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QUESTIONÁRIO DIREITO ADMINISTRATIVO II – Turma da Manhã Intervenção do Estado na Propriedade Privada (ponto 3 do programa) As respostas devem ser inseridas no Moodle até 18 de setembro. 1ª Questão: (valor 1,0 ponto) Qual a natureza jurídica do tombamento? Limitação administrativa? Servidão administrativa? Instituto autônomo? Justifique a sua resposta. R: O tombamento (art. 216, §1º da CF) é uma forma de intervenção na propriedade na qual o Poder Público visa proteger o patrimônio cultural brasileiro, preservando desta maneira, a memória nacional. Ocorre quando o Poder Público verifica que tal bem móvel ou imóvel merece proteção estatal especial, pois retrata relevante valor histórico, turístico, artístico, paisagístico ou arqueológico. A natureza jurídica do tombamento é ainda tópico de discussão. Para alguns, o tombamento é uma servidão administrativa. Para outros, é um bem de interesse público. Há também quem defenda a hipótese de natureza de limitação administrativa. Contudo, para Maria Sylvia Zanella Di Pietro, é um instrumento especial de intervenção restritiva do Estado na propriedade privada, com fisionomia própria e inconfundível com as demais formas de intervenção. De tal forma, temos que o tombamento não tem natureza real e afeta qualquer bem que tenha valor histórico, turístico, artístico, paisagístico ou arqueológico. 2ª Questão: (valor 1,0 ponto) Uma vez notificado o proprietário do imóvel que se pretende preservar através do tombamento, é permitido que o proprietário altere as características do bem? Justifique a sua resposta. R: Não. Conforme disposto no DL 25/1937, o tombamento produz efeitos para o proprietário do bem, para o Poder Público e terceiros. O proprietário tem o dever de proteger o bem em questão, evitando que seja destruído, demolido ou mutilado, devendo preservá-lo de forma a manter as suas características culturais. Da mesma forma, a reparação, pintura ou restauração de imóveis só é permitida com a aprovação prévia do poder público, sob pena de multa. Se o proprietário não dispuser de meios para garantir a conservação do bem, deve notificar o órgão ou entidade competente para que possa ser feitas as obras necessárias. Por fim, está obrigado a notificar o Poder Público em caso de furto ou extravio do referido bem, sob pena de multa.
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