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TRABALHO PROFESSORA LIA MARTINS

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UNIVERSIDADE DO RIO DE JANEIRO – CAMPO GRANDE
CURSO: DIREITO PROFESSORA: LIA MARTINS ABRIL/ 2020.1
DISCIPLINA: LINGUAGEM E ARGUMENTAÇÃO TURMA: DIR 1 N
Nome: Thalyta-querén de Oliveira Dias Ferreira Matrícula: 2020764797
Nome: Leonardo Noronha de Souza Matrícula: 2020470095
Nome: João Guilherme Fernandes de Freitas Matrícula: 2020534696
Nome: Rosária da Costa Vasconcelos Matrícula: 2020725297
Atividades:
1. Identifique nos trechos abaixo os tipos de argumentos empregados pelo autor.
a) “Uma pesquisa realizada no Brasil e em outros dez países mostra que as festas de fim de
ano representam um motivo de stress para 87% das pessoas. Segundo os entrevistados,
os motivos das dores de cabeça vão desde as despesas com presentes de Natal até o tra-
balho extra que seus chefes costumam cobrar antes das férias.” (VEJA, 27/12/2006, p.33)
 R: Definição
b) “A imaginação e a audácia do crime organizado não tem mesmo limites. Agentes da 22ª
delegacia de Polícia Civil desbarataram ontem uma boca-de-fumo na vila São Borja (zona
norte de Porto Alegre) que utilizava um circuito fechado de TV para monitorar os passos da
comunidade. A parafernália tecnológica era composta por seis câmeras conectadas a seis
TVs [...] dotadas de lentes do tipo grande angular, capazes de documentar não só o que
está em frente, mas também ao redor da aparelhagem (visão lateral) [...]” (ZH, 09/03/2007,
p.60)
 R: Declaração
c) “Conforme James Lovelok ( cientista inglês inventor do aparelho que permitiu detectar o
acúmulo do pesticida DDT nos seres vivos, razão pela qual se interrompeu o uso da sub-
stância) o aquecimento global já passou do ponto sem volta. A situação se tornará insupor-
tável lá por 2040. (VEJA, 25/10/2006, p. 17 – texto adaptado)
 R:Citação
2. Identifique os tipos de argumentos presentes nos trechos abaixo:
a) Na semana passada, ainda que de forma espontânea e desorganizada, a sociedade reagiu
com indignação ao aumento de 91% que deputados e senadores pretendiam aplicar em
seus próprios salários – e forçou-os a dar um passo atrás. Houve reações exóticas, como a
do aposentado William Carvalho, que se acorrentou a uma pilastra do Senado – e também
reações deploráveis, com a da baiana que feriu a faca o deputado ACM Neto. Mas a voz
da sociedade se fez ouvir. Eis aí a boa notícia. (VEJA, 27/12/06, p.5)
 R: Argumento baseado num consenso
b) Discordo que os brasileiros queiram que o Estado resolva tudo. Sou uma brasileira que
não consegue fazer mais justamente porque o Estado atrapalha com o cultivo da burocra-
cia e a cobrança de impostos sem retorno. (Maria Fernanda Esteves Alves. VEJA (Car-
tas), 24/01/07, p.32)
 R: Argumento com base no raciocínio lógico
c) É lícito, do ponto de vista ético, realizar uma cesariana eletiva em uma gestante sem qual-
quer indicação reconhecida cientificamente?
Baseado na interpretação do que foi postulado no artigo “Surgery and patient choice: The
ethics of decision making”, do American College of Obstetricians and Gynecologists, publi-
cado no International Journal of Ginecology& Obstetrics em novembro de 2003, respondo
que sim, há uma base teórica para um posicionamento ético-profissional a respeito da deci-
são de se optar por uma cesariana a despeito da falta de indicação médica reconhecida.
(Marcos Wengrover Rosa- ginecologista e obstetra. ZH, 21/01/06)
 R: Argumento de autoridade
d) De acordo com o IBOPE, 83% dos brasileiros de consideraram satisfeitos ou muito satisfei-
tos com a vida. O número é duas vezes maior do que o total das pessoas atendidas pela
rede de esgoto – 40%. Há felicidade sem esgoto. (Diogo Mainardi. VEJA, 27?12?06,
p.103)
 R: Argumento baseado num consenso
e) Não pode ser uma vitória católica aquilo que vai contra a sua doutrina. Toda religião tem
seu credo. O que se cobra dos fiéis é que sejam coerentes com ele. Ser católico não é, co-
mo pretende o nominalismo do articulista, apenas se dizer católico: é ser fiel à doutrina do
magistério da Igreja. Sendo assim, não induza os leitores ao erro, criando antagonismos
onde não existem. Fiéis católicos são, com toda a força do Espírito Santo e da tautologia,
os que são fiéis ao catolicismo. Os que não aceitam ou discordam estejam à vontade, as-
sumam sua condição de opositores e avante, em vez de se dizerem católicos não-católi-
cos, façam como Lutero. (Lincoln Meireles Tomaz. VEJA (cartas), 23/03/05)
R: Argumento de competencia linguistica
3. Identifique nos textos abaixo: a) o campo problemático; b) a tese; c) os argumentos.

 A HORA DO TREM
Duplicar a BR-386, sim, mas junto com ela construir uma ferrovia. É bem mais barato,
e o trem carrega a carga de dezenas de carretas, além de passageiros, com muito mais
segurança.
LUIZ FERMINO FREITAS SOARES
FUNCIONÁRIO PÚBLICO - ARROIO DO MEIO
ZH, 04/08/2010
A) CAMPO PROBLEMÁTICO: “mas junto com ela construir uma ferrovia”
B) TESE: “Duplicar a BR-386, sim”
C) ARGUMENTOS: “É bem mais barato, e o trem carrega a carga de dezenas de car-
retas, além de passageiros, com muito mais segurança.”
EM REAÇÃO
Mais uma vez o governo federal age contra o povo, reajustando em 18% as tarifas pos-
tais. Na Argentina, quiseram cobrar mais imposto dos produtores rurais e eles foram às
ruas. Aqui, aceitamos tudo sem nada fazer. (ZH, 04/08/2010)
JOSÉ PEDRO NAISSER - AMBIENTALISTA - CURITIBA
A) CAMPO PROBLEMÁTICO: “Mais uma vez o governo federal age contra o povo.”
B) TESE: “Na Argentina, quiseram cobrar mais imposto dos produtores rurais e eles
foram às ruas. Aqui, aceitamos tudo sem nada fazer.”
C) ARGUMENTOS: “reajustando em 18% as tarifas postais.”
DESAFIO AO BOM SENSO
 São estarrecedoras as informações das autoridades estaduais de trânsito a res-
peito de motoristas que trafegam de forma irregular, muitos deles sem sequer possuir
carteira de habilitação. Calculam os órgãos policiais que 20% da frota de veículos do
Estado tem problemas de ordem legal. Embora a fiscalização não ocorra com a fre-
qüência desejada, 153 motoristas são flagrados diariamente sem CNH. Essa afronta ao
bom senso só encontra resguardo na cultura da impunidade, que predomina em todos
os setores da vida nacional. Fato que não pode deixar de ser destacado é o de que es-
sa permissividade atinge em especial motoristas jovens: 30% dos que têm entre 18 e
25 anos circulam ao volante sem habilitação. E o pior é que essas pessoas que se jul-
gam no direito de infringir a legislação normalmente são as primeiras a denunciar a
suposta existência de uma indústria da multa por parte dos órgãos fiscalizadores.
 ZH, 04 de agosto de 2010
A) CAMPO PROBLEMÁTICO: “São estarrecedoras as informações das autoridades
estaduais de trânsito a respeito de motoristas que trafegam de forma irregular,
muitos deles sem sequer possuir carteira de habilitação.” “E o pior é que essas
pessoas que se julgam no direito de infringir a legislação normalmente são as pri-
meiras a denunciar a suposta existência de uma indústria da multa por parte dos
órgãos fiscalizadores.”
B) TESE: “Essa afronta ao bom senso só encontra resguardo na cultura da impuni-
dade, que predomina em todos os setores da vida nacional.”
C) ARGUMENTOS: “Calculam os órgãos policiais que 20% da frota de veículos do Es-
tado tem problemas de ordem legal.” “Fato que não pode deixar de ser destacado
é o de que essa permissividade atinge em especial motoristas jovens: 30% dos que
têm entre 18 e 25 anos circulam ao volante sem habilitação.”
OS SEM RENDIMENTO
 A decisão de eliminar a exigência de declaração de isento do Imposto de Renda,
que a Receita Federal está anunciando para vigorar a partir deste ano, mais do que
saudável, é oreconhecimento de que era excessiva e injustificável. A declaração do
isento, que há 10 anos vem sendo exigida, foi instituída sob o argumento da necessi-
dade de limpar o cadastro de pessoas físicas, criado em 1969. Para acertar tal cadas-
tro, a Receita optou por submeter milhões de cidadãos a fazer uma declaração em
que diziam que não tinham rendimento suficiente para declarar. Felizmente, essa exi-
gência está caindo. É até mesmo inacreditável que ela tenha se mantido por tanto
tempo, tenha sido exigida com tanta insistência e tenha sido cumprida por tantos mi-
lhões de brasileiros. (ZH, 31/07/2012)
A) CAMPO PROBLEMÁTICO: “A decisão de eliminar a exigência de declaração de
isento do Imposto de Renda, que a Receita Federal está anunciando para vigorar a
partir deste ano, mais do que saudável, é o reconhecimento de que era excessiva
e injustificável.” “ Para acertar tal cadastro, a Receita optou por submeter mi-
lhões de cidadãos a fazer uma declaração em que diziam que não tinham rendi-
mento suficiente para declarar.”
B) TESE: “Felizmente, essa exigência está caindo. É até mesmo inacreditável que
ela tenha se mantido por tanto tempo, tenha sido exigida com tanta insistência e
tenha sido cumprida por tantos milhões de brasileiros.”
C) ARGUMENTOS: “ A declaração do isento, que há 10 anos vem sendo exigida, foi
instituída sob o argumento da necessidade de limpar o cadastro de pessoas físicas,
criado em 1969.”
4. Após a leitura atenta do texto, responda às questões que seguem:
QUESTÕES DISSERTATIVAS:
1. Determine a tese defendida por Assis Brasil no texto acima.
R: Algo muito perturbador está acontecendo com nossa educação básica, que não habilita
os brasileiros a expressarem-se no idioma nacional.
2. No 2º parágrafo, o escritor descarta um argumento que poderia justificar/explicar a raiz
do problema. Que argumento é esse?
R:Tais alterações idiomáticas são necessárias à atualização da cultura. Por obra dessa cria-
tividade, acontecem os vocábulos da moda, que vivem por um semestre e logo são substi-
tuídos.
3. No 3º parágrafo, Assis Brasil afirma que o real problema está no número de pessoas que
não conseguem organizar uma idéia.
a) No que ele se baseia para afirmar isso?
R: Nas reportagens de Tv’s e rádios
b) Que tipo de argumento é esse?
R: Uma ilustração
4. Em que tipo de argumento o escritor se baseia ao afirmar: Sabe-se o quanto somos criati-
vos (L. 3), a vida social[...], como se sabe, expressa-se em palavras (L. 26), E, óbvio, por
professores públicos remunerados com justiça. (L. 39)?
R: Nos meios acadêmicos lusitanos é louvada nossa capacidade de acrescentar à língua
comum uma torrente incessante de neologismos; O argumento se baseia nos problemas na
lingua oral que “(...)diz respeito à vida social, que, como se sabe, expressa-se em palavras”;
Que são responsáveis por nossa educação e alfabetização, muitas vezes, professores pu-
blicos que não são devidamente remunerados”
5. Nos 2º e 3º parágrafos, o escritor relaciona os problemas na língua oral. No 4º, ele come-
ça a enumerar os problemas na língua escrita. Evidencie quais são eles:
1. Enchurrada de equívocos.
2. Tropeços de ortografia
3. Desacertos elementares de estruturação da frase
4. Impropriedades semânticas
5. Desvios de regência
6. No 6º parágrafo, o escritor levanta uma hipótese, uma razão que poderia ser a causa de
todas as dificuldades observadas no uso do idioma nacional.
a) Qual é ela?
R: A crônica impossibilidade de acesso aos estudos regulares causada pelas circunstanci-
as desfavoraveis da nossa distribuição de renda.
b) Esse argumento se mantém? Justifique sua resposta.
Não, pois como o próprio autor diz, esse problema persiste e se estende a diplomados.
“São pessoas a quem não falta a universidade, mas o curso primário”
Exercícios:
1. Identifique os modalizadores presentes nos enunciados abaixo:
a) “Os petistas parecem dizer que são donos da memória do povo e que podem fazer dessa
memória o que bem entendem” (André Petry. VEJA, 09/11/06, p. 65)
R: Eixo básico: O CRER - “Parecem”
b) “Toda a educação das mulheres deve ser relativa aos homens. Agradar-lhes, ser-lhes úteis, fa-
zer-se amar e honrar por eles, educá-los quando jovens, cuidar deles quando adultos, aconselhá-
los, consolá-los, tornar-lhes a vida agradável e doce, eis os deveres das mulheres em todos os
tempos.” (Rousseau)
R: Eixo básico: O SABER - “deve”
c) “Não há dúvida, sempre é preciso repisar, que o Brasil se caracteriza por enormes disparida-
des e injustiças, e que políticas de ação afirmativa podem ser um recurso eficaz para combatê-
las.” ( Roberto Pompeu de Toledo, VEJA, 25/10,2006, p.174)
R: Eixo básico: O SABER - “Não há dúvida”
d) “ A nossa será possivelmente a seleção mais bem paga na Alemanha.Nunca um Brasil tão ri-
co se apresentou a uma Copa do Mundo”. (Idem, VEJA, 31/05/2006, p. 126)
R: Eixo básico: O CRER - “possivelmente”
e) “ Que a opinião pública peça pena de morte e prisão perpétua para menores de 16 e 17 anos,
tudo bem, se entende: esse ser abstrato chamado opinião pública não tem responsabilidade. Mas
a imprensa tem que ter responsabilidade. A imprensa tem a obrigação de saber que um dos pres-
supostos da pena que se aplica aos criminosos é a sua regeneração.[...]” (Paulo Santana. ZH,
02/03/2007, p.55)
R: Eixo básico: O SABER - “tem a obrigação de saber”
2. Indique se os índices avaliativos destacados nos trechos abaixo (1) representam a posi-
ção do locutor diante do fato, (2) valorizam ou desvalorizam o fato, (3) delimitam a abran-
gência do fato.
a) ( 1 ) “ O conhecimento se propaga, principalmente, pela força da palavra.”
b) ( 3 ) O homem, finalmente, aceitou as nossas desculpas.
c) ( 2 ) O excelente desempenho da equipe brasileira deu-nos o título mundial.
d) ( 2 ) “O problema é sério, mas não pode ser focalizado apenas nos laboratórios fraudulentos, fe-
lizmente ainda minoria[...]”
e) ( 3 ) “Finalmente, um retrato à altura de Vinícius de Moraes, grande poeta e figuraça.”
3. “ No domingo passado, cerca de 250 igrejas cristãs de todo o país abriram as suas portas
para receber as armas de fogo que, voluntariamente, foram entregues por seus ex-proprie-
tários, em uma impressionante prova de consciência de que é preciso desarmar o Brasil.”
(Renan Calheiros. ZH, 21/05/2005)
a) A expressão destacada no texto caracteriza-se como um modalizador que corresponde ao eixo
do:
R: SABER
b) Comente o emprego dos índices avaliativos que aparecem no trecho acima:
R: se representa diante dos enunciados que produz: “voluntariamente, foram entregues por
seus ex-proprietários.”
4. “Claro que a violência brasileira, no campo e nas cidades, tem origens diversas, como a força
do crime organizado, a brutal desigualdade social e a miséria dela decorrente, a própria cultura da
violência em si, a questão fundiária, entre outras causas. Mas está muito claro que o banimento
da arma de fogo será decisivo para uma redução drástica do número de assassinatos.[...] O núme-
ro de assaltos à mão armada também deverá cair[...]” (idem)
R: Se representa diante do enunciado que produz: Pois esta esclarecendo que existem di-
versas origens da violencia brasileira, e isso é claro, tanto para o locutor quanto para os ou-
vintes.
a) A expressão destacada no trecho acima é um modalizador. Em que eixo ele se situa? Por quê?
R: Do SABER, pois esta afirmando algo.
b) Qual o referente textual da forma remissiva gramatical “ela” (dela – L.2)?
R: Violencia brasileira
c) As formas do futuro do presente “será decisivo” (L.4) e “deverá cair” (L.5) tem no texto um em-
prego modal. Em que eixo esse modalizador se situa?
R: Quase - Asseverativos
Leia o texto a seguir e resolva as questões propostas:
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A educação possível
 Lya Luft
Educação é algo bem mais amplo do que escola. Começa em casa, onde precisam
ser dadas as primeiras informações sobre o mundo (com criança também se conversa!),
noções de postura e compostura, respeito,limites. Continua na vida pública, nem sem-
pre um espetáculo muito edificante, na qual vemos políticos concedendo-se um bom
aumento em cima dos seus já polpudos ganhos, enquanto professores recebem salários
escrachadamente humilhantes, e artistas fazendo propaganda de bebida num momento
em que médicos, pais e responsáveis lutam com a dependência química de milhares de
jovens. Quem é público, mesmo que não queira, é modelo: artistas, líderes, autorida-
des. Não precisa ser hipócrita nem bancar o santarrão, mas precisa ter consciência de
que seus atos repercutem, e muito.
Estamos tristemente carentes de bons modelos, e o sucesso da visita do papa tam-
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bém fala disso: além do fator religião, milhares foram em busca de uma figura pater-
nal admirável, que lhes desse esperança de que retidão, dignidade, incorruptibilidade,
ainda existem. Mas vamos à educação nas escolas: o que é educar? Como deveria ser
uma boa escola? Como se forma e se mantém um professor eficiente, como se prepa-
ram crianças e adolescentes para este mundo competitivo onde todos têm direito de
construir sua vida e desenvolver sua personalidade?
É bem mais simples do que todas as teorias confusas e projetos inúteis que se nos
apresentam. Não sou contra colocarem um computador em cada sala de aula neste rei-
no das utopias, desde que, muito mais e acima disso, saibamos ensinar aos alunos o
mais elementar, que independe de computadores: nasce dos professores, seus méto-
dos, sua autoridade, seu entusiasmo e seus objetivos claros. A educação benevolente e
frouxa que hoje predomina nas casas e escolas prejudica mais do que uma sala de aula
com teto e chão furados e livros aos frangalhos. Estudar não é brincar, é trabalho. Pa-
ra brincar temos o pátio e o bar da escola, a casa.
Sair do primeiro grau tendo alguma consciência de si, dos outros, da comunidade
onde se vive, conseguindo contar, ler, escrever e falar bem (não dá para esquecer isso,
gente!) e com naturalidade, para se informar e expor seu pensamento, é um objetivo
fantástico. As outras matérias, incluindo as artísticas, só terão valor se o aluno souber
raciocinar, avaliar, escolher e se comunicar dentro dos limites de sua idade.
No segundo grau, que encaminha para a universidade ou para algum curso técnico
superior, o leque de conhecimentos deve aumentar. Mas não adianta saber história ou
geografia americana, africana ou chinesa sem conhecer bem a nossa, nem falar vários
idiomas se nem sequer dominamos o nosso. Quer dizer, não conseguimos nem nos colo-
car como indivíduos em nosso grupo nem saber o que acontece, nem argumentar, acei-
tar ou recusar em nosso próprio benefício, realizando todas as coisas que constituem o
termo tão em voga e tão mal aplicado: "cidadania".
O chamado terceiro grau, a universidade, incluindo conhecimentos especializados,
tem seu fundamento eficaz nos dois primeiros. Ou tudo acabará no que vemos: univer-
sitários que não sabem ler e compreender um texto simples, muito menos escrever de
forma coerente. Universitários, portanto, incapazes de ter um pensamento indepen-
dente e de aprender qualquer matéria, sem sequer saber se conduzir. Profissionais
competindo por trabalho, inseguros e atordoados, logo, frustrados.
Sou de uma família de professores universitários. Fui por dez anos titular de lin-
güística em uma faculdade particular. Meu desgosto pela profissão – que depois aban-
donei, embora gostasse do contato com os alunos – deveu-se em parte à minha dificul-
dade de me enquadrar (ah, as chatíssimas e inócuas reuniões de departamento, o ca-
derno de chamada, o currículo, as notas...) e em parte ao desalento. Já nos anos 70
recebíamos na universidade jovens que mal conseguiam articular frases coerentes,
muito menos escrevê-las. Jovens que não sabiam raciocinar nem argumentar, portanto
incapazes de assimilar e discutir teorias. Não tinham cultura nem base alguma, e ainda
assim faziam a faculdade, alguns com sacrifício, deixando-me culpada quando os tinha
de reprovar.
Em tudo isso, estamos melancolicamente atrasados. Dizem que nossa economia
floresce, mas a cultura, senhores, que inclui a educação (ou vice-versa, como quei-
ram...), anda mirrada e murcha. Mais uma vez, corrigir isso pode ser muito simples.
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Basta vontade real. Infelizmente, isso depende dos políticos, depende dos governos.
Depende de cada um de nós, que os escolhemos e sustentamos.
 (Veja, 22/05/2007, p. 22)
1. Observe as afirmações abaixo:
I. O uso de expressões como precisam ser dadas (L. 1 e 2), precisa ter consciência (L.
9/10), deve aumentar (L. 32), em relação à modalidade do enunciado, situam-no no ei-
xo do SABER.
II. Ao dizer que com criança também se conversa (L. 2), Lya contraria a posição de mui-
tos pais e educadores que pensam ou agem não levando isso em consideração.
III. Segundo o primeiro parágrafo, políticos e artistas poderiam contribuir para a educação,
não fossem os maus exemplos que dão às nossas crianças e adolescentes.
Estão corretas as alternativas:
(a) I e II (b) I, II e III (c) II e III (d) I e III (e) Apenas a I
2. Marque o que, segundo o texto, for incorreto:
(a) Com a expressão escrachadamente humilhantes (L. 6), a escritora desvaloriza os salários re-
cebidos pelos professores.
(b) Toda pessoa pública, segundo Lya, deve ter consciência da influência que exerce na socieda-
de, já que, muitas vezes, torna-se um modelo a ser seguido.
(c) Toda pessoa pública deveria ter um comportamento mais discreto diante da mídia; se necessá-
rio, mostrar uma face mais pura e honesta, ainda que não apresentasse de fato essas qualidades.
(d) O pronome isso (L. 12) refere-se à carência de bons modelos. (L. 11)
(e) O pronome lhes (L. 13) retoma milhares (L12)
3. Marque o item em que a substituição do articulador não alterou o sentido do texto:
(a) mesmo que não queira (L. 8) – caso não queira
(b) desde que saibamos ensinar aos alunos (L. 20) – para que saibamos ensinar aos alunos
(c) para se informar (L. 28) – a fim de que se informe
(d) se o aluno souber raciocinar (L. 29/30) – embora o aluno saiba raciocinar
(e) Universitários, portanto, incapazes de (L. 41 – Universitários, todavia, incapazes de
4. Observe o que se afirma abaixo:
I. O operador ainda (L. 14) tem no texto o mesmo valor que na frase: Ele não educa e
ainda me desmoraliza quando o faço.
II. O pronome isso (L. 20) retoma colocarem um computador em cada sala de aula (L. 19)
III. Com a expressão (n)os dois primeiros (L. 39) a escritora refere-se a “algum curso técni-
co superior” (L. 31) e “a universidade” (L. 38).
Estão corretas as alternativas:
a) II e III (b) I e III (c) Apenas a I (d) I e II (e) Apenas a II
5. A escritora caracteriza o Brasil como o reino das utopias (L. 20) baseada:
(a) nas teorias confusas e projetos inúteis que nos apresentam para resolver o problema da edu-
cação no Brasil.
(b) na brincadeira em que se transformou o ensino em sala de aula.
(c) na falta de consciência que têm os professores.
(d) na falta de entusiasmo e de objetivos claros dos professores.
(e) na forma como se formam professores e alunos.
6. Marque F ou V:
(a) (V) A bibliografia que indicaria o texto em questão, num artigo, por exemplo, seria: LUFT, Lya.
A educação possível. VEJA, 22 de maio de 2007, p. 22.
(b) (V) Segundo a escritora, o primeiro e o segundo graus não preparam adequadamente os alu-
nos para a universidade, não os capacitando para ter um pensamento independente e aprender
qualquer matéria.
(c) (V) O fato de Lya pertencer a uma família de professores e ter sido ela mesma professora atri-
bui-lhe a condição de autoridade para falar sobre o assunto.
(d) (F) Segundo a escritora, o que a levou a abandonar o magistério foram os alunos que, além de
nãosaberem raciocinar, não sabiam respeitar os limites de sua idade.
A ordem correta das respostas é:
(a) V, V, V, F (b) V, V, F, F (c) V, F, F, V (d) F, V, V, F (e) F, F, F, V
7. Observe as afirmativas abaixo:
 I. o pronome las (L. 50) refere-se a frases coerentes (L. 49)
 II. o pronome alguns e os (L. 52) referem-se a jovens (L. 49)
 III. o pronome isso (L. 53)retoma o fato de nossa economia florescer (L. 53/54)
Estão corretas as alternativas:
(a) Apenas a I (b) I e III (c) II e III (d) I e II (e) Apenas a III
8. Segundo o texto, não é correto concluir que:
(a) muitas vezes, os professores acabam assumindo, ao desaprovar um aluno, uma culpa que não
lhes cabe, já que a verdadeira razão dessa reprovação está na falta de base que o aluno tem ao
ingressar na universidade.
(b) a educação de qualidade passa necessariamente pelo lúdico, que deve reproduzir na sala de
aula as diversões que o aluno encontra fora dela.
(c) há, no Brasil, um descompasso entre o desenvolvimento econômico e o cultural: enquanto o
primeiro cresce, o segundo declina.
(d) melhorar a educação no país, depende, em última instância, de nós, escolhendo políticos real-
mente preocupados em resolver os problemas educacionais do Brasil.
(e) Os problemas apontados pela escritora – falta de raciocínio e de argumentação, incapa-
cidade de assimilar e discutir teorias etc. - não surgiram, segundo a escritora, apenas na
última década.
9. Se Lya Luft tivesse se referido ao estudo de uma pesquisadora holandesa, Maresa
Sprietsma , o qual constatou , no cruzamento das informações do Saeb, que a disponibilida-
de de um laboratório de informática afetou negativamente as notas dos alunos de 8ª série,
tanto em português como em matemática:
(a) ela estaria recorrendo a um argumento de autoridade para comprovar sua tese.
(b) ela estaria trazendo um argumento baseado em provas concretas.
(c) haveria neste trecho presença de polifonia.
(d) estão corretas as alternativas a e b.
(e) estão corretas as alternativas a, b e c.
	 A HORA DO TREM
	EM REAÇÃO
	DESAFIO AO BOM SENSO

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