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PPR I

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Prótese parcial removível I 
 Prof. Renata 
 Introdução ao estudo da prótese parcial removível 
 Indicações e contraindicações 
 Classificação das arcadas parcialmente 
 desdentadas 
 
A ppr tem uma limitação estética grande (grampos na 
face vestibular). Se for corretamente executada vai 
devolver corretamente a função e a estética para o 
paciente. Ainda é uma importante ferramenta para 
reabilitação oral. 
Ppr: É totalmente reversível, pode ser usada 
temporariamente até que o paciente tenha condições de 
substituir por qualquer outro tratamento sem prejuízos 
(pouco invasiva) 
• Faz a reposição de tecido por elementos 
artificiais (dentes e rebordo alveolar) 
• Parcial: substituição de um ou mais dentes e 
estruturas associadas 
• Removível: inserida e removida 
• É uma alternativa de tratamento para muitos 
pacientes: Aspectos 
econômicos/técnicos/biológicos 
Tendência mundial: devido ao maior acesso de 
informação, reduziu o nª de cáries e aumentou o nª de 
dentes preservados. Além disso o aumento da população 
idosa e consequentemente uma menor indicação de PT e 
maior indicação de PPR. 
Objetivos da reabilitação protética: Preservar dentes e 
estruturas remanescentes; restaurar função 
mastigatória; distribuir carga mastigatória; melhorar 
estética; melhorar fonética; melhorar a saúde e o bem 
estar do paciente. 
Perda de função do sistema estomatognático: Doença 
periodontal; Cárie; Desgaste dos dentes; perda de 
função; Má oclusão; trauma 
Sequelas do desdentamento parcial: Inclinação, migração 
e rotação dos dentes; Extrusão dos dentes (passa a 
invadir espaço oclusal do arco oposto, dificultando a 
reabilitação); Perda DVO; Redução do rebordo residual 
(mais comumente na região posterior); Alterações 
estéticas; Perda da eficiência mastigatória (perda da 
capacidade de trituração dos alimentos) – toda 
capacidade mastigatória incidindo sobre os dentes 
anteriores + biofilme + problemas periodontais = perda 
dos dentes; Interferência: desvios mandibulares, desvios 
de fechamento; Alterações na fala 
Sistemas da prótese parcial removível: Sistema de 
retenção; Sistema de conexão; Sistema de suporte; 
Sistema de estabilização; Sistema de sela e dentes 
artificiais 
 
Retenção: 
• Grampos (para que a prótese não saia do sistema 
de suporte) 
• Attachments ou encaixes (necessidade de 
associação com próteses fixas) 
Classificação quanto ao tipo de suporte: 
• Dento-suportada: os dentes vão segurar a 
prótese 
• Dento-muco-suportada: a prótese vai ser 
segurada pelo dente e pela mucosa; próteses de 
extremidade livre (uma parte do suporte é feita 
pelo rebordo residual) 
• Muco-dento-suportada 
Indicações e contraindicações 
• Indicações: Extremidades livres uni ou 
bilaterais; Espaços protéticos amplos; Perda 
excessiva de tecido ósseo (repõe tecido 
perdido); Em prótese buco-maxilo-facial; Como 
protetoras durante osseointegração; 
Necessidade de reposição imediata de dentes 
anteriores perdidos (acidente); Pequenas 
movimentações ortodônticas; Como próteses 
imediatas; Em prótese provisória ou guia de 
reabilitação (devolve dv, estética, função 
enquanto todas as etapas do tratamento são 
realizadas); Outras indicações: Pacientes com 
problemas físicos e emocionais, Pacientes jovens 
(deve esperar fase final do crescimento para 
algo definitivo), Questões econômicas 
• Contraindicações: pacientes com problemas 
motores; pacientes com problemas mentais; 
pacientes com pobre higiene bucal; pacientes com 
crises convulsivas (p. ex. epiléticos) 
Razões de falhas com a P.P.R: diagnóstico incorreto; 
planejamento incorreto; preparo inadequado do sistema 
de suporte; falha de comunicação (entre o dentista e o 
paciente e entre o dentista e o laboratório de prótese). 
PPR x PPF: a PPR pode repor dentes e tecidos de suporte 
perdidos, pode usar áreas de tecidos moles para suporte, 
além dos dentes remanescentes, pode facilitar a 
manutenção da higiene oral pelo paciente, pode ser 
desenhada para esplintar e estabilizar dentes pilares 
com suporte reduzido e prever a perda, pode ser 
desenhada para distribuir as cargas da mastigação sobre 
várias área de suporte e para múltiplos dentes de 
suporte. 
PPR x PT: a manutenção dos dentes preserva o osso 
alveolar, principalmente em pacientes jovens; a PPR 
mandibular geralmente é mais estável e funcional e 
facilita a aceitação pelo paciente. 
Vantagens da PPR: boa relação custo/benefício; pouco 
desgaste da estrutura dental; fácil manutenção quando 
comparada a outros tipos de prótese; menor tempo para 
realização; versatilidade 
Classificação das arcadas parcialmente desdentadas 
A classificação é feita para que haja uma melhor 
compreensão dos desenhos das PPR´s e comunicação 
entre profissionais da área. 
Requisitos de um sistema de classificação: deve permitir 
rápida visualização do tipo de arco; deve permitir rápida 
diferenciação entre PPR dento-suportada e PPR dento-
muco-suportada; deve servir de guia para o desenho da 
PPR; deve ser universalmente aceita. 
Classificação de Kennedy: base topográfica (relação 
entre espaços protéticos e dentes remanescentes); mais 
utilizada; não leva em consideração (nª de dentes 
remanescentes e dimensão dos espaços desdentados) 
 
Classe I: Arco parcialmente 
desdentado com áreas 
edêntulas bilaterais 
posteriores aos dentes 
remanescentes. 
 
Classe II: arco parcialmente 
desdentado com área 
edêntula unilateral posterior 
aos dentes remanescentes. 
 
 
 
Classe III: arco parcialmente 
desdentado com área edêntula 
intercalada com pilares 
anteriores e posteriores. 
 
Classe IV: arco parcialmente 
desdentado com área edêntula 
anterior cruzando a linha média. 
Obrigatoriamente deve ter 
perdido os 2 incisivos centrais 
 
 
Regras de Applegate para classificação de Kennedy: 
A classificação do arco deve ser feita após o 
planejamento do caso, porque extrações podem alterá-la; 
3ªs molares perdidos que não serão repostos não entram 
na classificação; 
3ªs molares presentes e usados como pilares entram na 
classificação; 
 
 2ªs molares que não serão repostos não entram na 
classificação; 
 
Quando num mesmo arco parcialmente desdentado 
ocorrem áreas edêntulas adicionais, a área + posterior 
governa a classificação (exceto áreas de 3ªs molares); 
 
Próteses dento-muco-suportadas 
Dento-suportada 
Desdentamento pequeno = dento-suportada 
Desdentamento grande = dento-muco-suportada 
Áreas de desdentamento adicionais àquela que determina 
a classificação são determinadas como modificação de 
classe e são indicadas por seu número; 
 
A extensão das áreas de modificação não importa, sendo 
o fator determinante apenas o seu número; 
 
 Apenas as classes I, II e III podem ter modificações. 
Qualquer modificação adicional àquela que caracteriza 
um arco tipo IV será posterior, e, portanto, determinará 
a classificação do arco. 
 
Exame clínico do paciente 
 Prof. Valéria 
 
O principal objetivo da PPR é preservar as estruturas 
remanescentes. É um aparelho biomecânico (é importante 
entender a parte biológica – exame do paciente e a parte 
mecânica). 
Para um exame do paciente adequado é necessário a 
junção do exame clínico e radiográfico do paciente, para 
fechamento do correto diagnóstico. Além disso, é 
necessário fazer o exame dos modelos no articulador e 
no delineador. 
Exame clínico 
• subjetivo: coletar dados do paciente, anamnese 
(reações alérgicas, dificuldades motoras - 
paciente precisa colocar e remover a prótese, 
hipertensão, problemas cardíacos, febre 
reumática, diabetes), identificação, história 
médica, buco dental, queixa principal. 
• objetivo: avaliação da musculatura facial, dentes, 
tecidos subjacentes, quantidade de dentes 
adjacentes, contatos proximais, cárie, 
mobilidade, erosão do colo, disposiçãodo arco, 
abrasão, restaurações e próteses; partes moles 
(palato, língua, bochechas, freios e bridas, lábios, 
assoalho da boca, fibromucosa residual). Deve-se 
observar todas as condições anatômicas do 
paciente (tórus maxilar, mandibular). 
PPR 
• sistema de suporte 
• sistema de retenção 
• sistema de conexão 
• sistema de sela e dentes artificias 
• sistema de estabilização 
Sistema de suporte: dentes remanescentes, tecidos 
periodontais, fibromucosa e tecido ósseo alveolar 
• dentes remanescentes: é importante analisar 
aspecto qualitativo e quantitativo (além do 
número, analisar como esses dentes estão 
dispostos e como isso influencia no prognóstico). 
o qualitativo: forma, integridade e tamanho 
da coroa; número e forma das raízes; 
implantação alveolar (quanto maior a 
quantidade de raiz dentro do osso 
melhor); mobilidade dental; dentes 
inclinados; dentes fora do plano oclusal. 
▪ deve-se sempre radiografar os 
elementos suportes da ppr 
(dentes adjacentes e do outro 
lado) 
 
o quantitativo: número de dentes; 
distribuição superficial (forma que eles 
se distribuem ao longo do arco) 
▪ distribuição puntiforme – apenas 
um elemento na arcada 
• péssimo prognóstico – 
melhor extrair e fazer pt 
 
▪ distribuição linear 
 
▪ distribuição superficial – dentes 
distribuídos no arco de forma a 
contemplar uma figura 
geométrica 
 
▪ superficial > linear > puntiforme 
• ligamento periodontal: periodonto de proteção 
(fibras gengivodentais, transeptais e 
crestodentais); periodonto de sustentação 
(fibras oblíquas – transformam as cargas 
de compressão em cargas de tração – 
muito importante para ppr 
o cargas de tração: aposição óssea 
o cargas de compressão: reabsorção óssea 
(causada pela incidência de forças 
oblíquas) 
• fibromucosa 
• tecido ósseo alveolar 
O rebordo alveolar (residual) é composto pela 
fibromucosa e pelo processo alveolar. A fibromucosa 
precisa ser de qualidade para sustentação da ppr, ela 
apresenta resiliência (capacidade de sofrer retração, 
devido à ação de força compressiva, e voltar ao volume 
inicial quando a carga é removida; depende da espessura 
– textura) 
- Fibromucosa dura: firmemente aderira ao osso e 
delgada (por ser delgada, a prótese pode machucar) 
- Compressível: aderida ao osso e espessa (melhor 
prognóstico). 
- Flácida: não é aderida ao osso e é espessa (pior 
prognóstico). 
 
Rebordo residual – análise no sentido mésio/distal 
- Rebordo horizontal (bom 
prognóstico – melhor) 
 
 
- Rebordo ascendente para distal 
(bom prognóstico) 
 
 
 
 
- Rebordo descendente para distal: 
resultante para distal, prótese puxa 
o dente para distal, provocando 
avulsão – prognóstico ruim) 
 
- Rebordo côncavo – pior prognóstico 
– borda da prótese fica alternando 
ora pra mesial, ora pra distal 
 
 
 
Rebordo no sentido vestíbulo – lingual 
• rebordo normal (zona primária e secundária 
recebe bem as forças mastigatórias – bom 
prognóstico) 
• rebordo alto (distribuição das forças 
concentradas na zona secundária de suporte – 
bom prognóstico) 
• rebordo reabsorvido (base do triângulo maior) 
• rebordo estrangulado (zona de retenção muito 
grande – paciente se machuca ao colocar e tirar a 
prótese) 
• rebordo em lâmina de faca 
É importante fazer um exame clínico criterioso (exame 
extra e intra oral, radiografia panorâmica – tecido ósseo, 
raízes residuais, relação dente/seio maxilar, fraturas, 
presença de tumores; periapical – cáries e recidivas, 
relação coroa-raiz, invasão de furca, lesão periapical, 
adaptação marginal, implantação óssea, obturação do 
canal, núcleo metálico ou pré-fabricado 
Exame dos modelos de estudo: registo da rc –> montagem 
no articulador -> delineador (todas as perpendiculares a 
um mesmo plano são paralelas entre si). 
Relações intermaxilares em PPR 
 Prof. Valéria 
É montado em articulador em RC pois é uma posição que 
não depende dos dentes, tem o côndilo em posição mais 
centralizada e mais anterior em relação a cavidade 
articular. Montagem de diagnóstico em posição de RC – é 
uma posição reprodutível que promove conforto ao 
paciente. Além disso, no articulador é possível passar de 
rc para mih, sendo que contrário não é possível. 
Análise dos modelos em articulador para ver o que é 
possível fazer naquele caso. Dependendo do caso é 
preciso fazer um enceramento diagnóstico. 
Prognóstico 
 ruim 
Relações intermaxilares 
Horizontais 
Mih: refere-se à relação da mandíbula com a maxila 
quando os dentes estão em máximo contato oclusal, 
independentemente da posição ou do alinhamento do 
conjunto côndilo-disco. 
Relação Cêntrica: relação da mandíbula com a maxila 
quando o conjunto côndilo-disco propriamente alinhado, 
está na posição mais superior contra a eminência 
articular, independente da posição dos dentes ou 
dimensão vertical. 
• Desprogramadores oclusais: 
o JIG 
o LEAF GAUGE 
o Espátula de afastamento lingual 
o Rolos de algodão (elimina memória 
proprioceptiva) 
Montagem dos modelos em articulador – montagem de 
diagnóstico 
• Modelo superior: registro com arco facial 
• Modelo inferior: registro da RC 
o Para registro no arco facial: Godiva no 
tripoidismo (um ponto anterior e 2 
posteriores) 
▪ Não pode ter báscula 
▪ Se não houver dentes 
posteriores, fazer um montinho 
de godiva, testando primeiro no 
modelo, o garfo precisa estar 
paralelo ao plano oclusal do 
paciente 
▪ Pode ser feito refinamento da 
godiva com pasta zinco enólica 
Montagem de diagnóstico: (dentes anteriores + 
estabilidade dos modelos): JIG + lâmina de cera. Se tiver 
instabilidade dos modelos utilizas bases de registro 
(resina acrílica + cera = parcial) 
• Bases de registro: adaptação, rigidez, 
estabilidade, comprimento, superfícies lisas, 
arredondadas e polidas, conforto, facilidade de 
obtenção do registro 
Técnicas para o registro da RC: guia da ponta do mento 
(a frente do paciente, polegar no mento e cabeça do 
paciente um pouco inclinada); manipulação bilateral 
(posição atrás do paciente, porém não tem visão direta); 
deglutição (conferir se a RC está adequada); miomonitor 
(usado para relaxar a musculatura, para que o 
pensionamento mandibular seja mais retruído que a 
maxila) 
Relações intermaxilares verticais 
• Dimensão vertical de oclusão (dvo) – com toque 
dos dentes: posição vertical da mandíbula em 
relação à maxila quando os dentes superiores e 
inferiores estão em contato intercuspídico na 
posição de fechamento máximo. 
• Dimensão vertical de repouso (dvr) – sem toque 
dos dentes: Posição vertical da mandíbula em 
relação à maxila quando os músculos elevadores e 
abaixadores estão em equilíbrio. 
• Espaço funcional livre (efl): dvr – dvo = pequena 
distância intermaxilar que corresponde ao 
deslocamento da mandíbula da posição de dvr à 
dvo. 
Algumas formas de determinação da dimensão 
vertical são o método de deglutição, técnica de willis 
e o método fonético (para conferência se a dimensão 
vertical está correta). Paciente não pode estar 
inclinado, pois a musculatura do pescoço altera a 
dimensão vertical. 
Pt x ppr 
Confecção da placa articular superior (não utiliza cabo + 
rolete de cera) -> usa a base dessa placa para fazer a 
moldeira (tira a cera e coloca o cabo), para fazer a 
montagem de trabalho 
Ajuste do plano protético (régua de fox – precisa estar 
paralelo ao plano de fox e ao plano infraorbitário) 
Registro com o arco facial 
Montagem do modelo superior no articulador por meio do 
arco facial 
Registro da rc e dvo 
Análise do perfil facial 
Montagem do modelo inferior no articulador 
Perda de DVO 
Quando há perda de dvo mas o paciente apresenta 
dentes de ambos os lados 
• Método modificado 
o Medir com compasso de willis– dvr 
o Diminuir efl (dvo=dvr-efl) 
o Ajustar planos de cera 
o Reavaliar (por meio da estética, harmonia 
facial, e fonética – palavras sibilantes) 
• Sequência de procedimentos 
o Obtenção dos modelos de estudo 
o Registro do arco facial 
o Montagem do modelo superior e inferior 
o Determinação da dvo 
o Registro da relação intermaxilar em rc 
o Montagem do modelo inferior no 
articulador 
o Restabelecimento da dvo no pino 
articulador 
A montagem de diagnóstico é sempre em rc, já a de 
tratamento pode ser montada tanto em rc quanto em 
mih. 
Sistema de retenção 
 Prof. Renata 
 
Todas as próteses necessitam de meios que as mantenham 
em posição. A PPF se utiliza de princípios de preparo e da 
presença de agente cimentante para manter-se em posição. 
A PT conta com as forças de coesão, adesão e pressão. 
 Já a PPR, se mantem em posição (impedindo que ela se 
desloque do sistema de suporte) através dos retentores 
diretos: grampos e encaixes ou attachments. 
 
Sistema de retenção: são elementos mecânicos de uma PPR 
responsáveis por sua retenção, assegurando uma posição 
estável e fixa, impedindo que seja removida ou deslocada de 
seu lugar, nos atos habituais do paciente (fonação, 
deglutição e mastigação). 
 
Equador anatômico: linha de maior cintorno do dente 
considerado isoladamente, não o relacionando com os demais 
elementos que compõe o sistema de suporte. 
 
Equador protético: linha de maior contorno do dente pilar 
considerado proteticamente, ou seja, em relação aos demais 
dentes remanescentes e estruturas adjacentes. 
 
➔ Assim como no caso 
anterior, as superfícies do 
dente pilar (vestibular ou 
lingual), podem ser 
divididas em área superior 
expulsiva ou inferior 
retentiva. 
 
Grampos 
Classificação: 
Quanto ao desenho: 
- Circular: acessa a área retentiva de uma posição acima do 
equador protético. 
- Barra: acessa a área retentiva de uma posição abaixo do 
equador protético. 
Quanto a técnica de confecção: 
- Fundidos: obtidos a partir de padrões de cera (PPF) 
- Forjados: preparados com fio ortodôntico (PPR provisória) 
- Combinados: combinação das duas técnicas (forjado pela 
vestibular e fundido pela lingual). 
 
Grampo ou braço de retenção: vai reter a prótese -> 
impedir que ela se desloque verticalmente do sistema de 
suporte. 
 
Grampo ou braço de reciprocidade: se opõem as forças 
laterais geradas pelo braço de retenção durante a remoção 
e inserção da prótese. -> rígido: acima do equador protético 
(como o braço de retenção precisa passar o equador e 
entrar em uma área retentiva, isso gera uma força lateral 
que é anulada pelo braço de reciprocidade, localizado acima 
do equador protético). Possui a mesma espessura em toda a 
sua extensão. 
 
Apoios: tem como função impedir o deslocamento da 
prótese no sentido ocluso gengival, transmitir a carga 
mastigatória aos dentes pilares e contribuir para o suporte 
da PPR. 
Tipos: oclusais; no cíngulo; incisais. 
 
Apoio oclusal: presente na superfície 
oclusal dos dentes posteriores, 
apoiados em cavidades denominadas 
nichos. 
Apoio incisal: não são mais utilizados -> comprometimento 
estético; aumentam o braço de potência da alavanca. 
 
Apoio no cíngulo: localizados na 
superfície lingual ou palatina de incisivos 
e caninos; são mais estéticos e diminuem 
o braço de potência da alavanca. 
 
Características de um desenho adequado: retenção; 
reciprocidade; estabilização; suporte; circunscrição; 
passividade. 
Retenção: impede que a prótese se desloque no sentido 
vertical (que ela saia do sistema de suporte); 
- Localização 
- Calibragem 
- Flexibilidade: o grampo deve ter alguma área flexível para 
que entre em contato com a área retentiva. É determinada 
pelo comprimento (+ longo -> + flexível); diâmetro (+ 
diâmetro -> - flexível); afilamento (o braço de retenção 
F=flexível 
SF=semi flexível 
R=rígida 
deve ter um filamento uniforme que permite que tenhamos 
a porção flexível); material (co-cr; titânio -> + flexíveis); 
forma da secção transversal. 
* nos grampos fundidos há apenas a secção meia cana e a 
flexibilidade em um só plano; já nos grampos forjados há a 
secção circular e a flexibilidade em qualquer plano 
(+utilizados, +fáceis de serem deformados). 
Reciprocidade: oposição às forças laterais geradas pelo 
braço de retenção durante a inserção e remoção da 
prótese, mas para ser efetivo (neutralização das forças) é 
necessário que o contato dos braços do grampo seja 
simultâneo – devem estar em contato com o dente 
simultaneamente) 
• Para que haja o contato simultâneo, é necessário 
planos guias 
 
Estabilização: propriedade de resistir ao descolamento 
horizontal; todos os componentes do grampo contribuem, 
menos as partes flexíveis (ponta do grampo circunferencial 
e braço do grampo tipo barra). 
Suporte: propriedade de resistir ao deslocamento vertical 
(ocluso-gengival); é conferido pelos apoios. 
Circunscrição: grampo deve circundar pelo menos 180º da 
coroa dental. 
Passividade: inatividade dos elementos (braço de retenção) 
quando a prótese está instalada (não pode exercer força 
sobre o dente, apenas durante a saída da prótese); grampo 
não deve exercer função de mola; só produzir carga se opõe 
à saída da prótese. 
 
Tipos de grampos: 
Grampo circular simples (grampo circunferencial ou de 
Ackers): é o mais utilizado em PPR; área retentiva oposta ao 
espaço protético (ponta ativa distante do EP); 
desvantagens: estética (grande porção de metal na 
vestibular), aumento do contorno da coroa dental. 
 
Grampo circunferencial reverso (de acesso invertido): 
mesmas características do circunferencial 
simples; diferença: extremidade retentiva 
encontra-se próxima a área anodôntica (ponta 
ativa ao lado da AA); indicação: molares 
inclinados para o espaço protético; Contra-
indicações: pré-molares (devido a estética). 
Grampo anelar: indicado para molares inferiores 
mesializados (em que a área retentiva é mésio-
lingual); porção rígida acima do equador 
protético – pode gerar interferência oclusal. -> 
braço de retenção na lingual e de reciprocidade 
na vestibular. 
Grampo em forquilha (em curva invertida): indicado para 
molares inferiores mesializados com área retentiva mésio-
vestibular; contra-indicado para pré-molares (estética – 
metal na vestibular); necessidade de altura gengivo-oclusal 
(para que possa caber todas as partes do 
grampo); interferências oclusais. -> a primeira 
porção do grampo é rígida e deve estar acima 
do equador protético (deve ter uma coroa 
clínica longa. 
Grampo geminado (circular duplo): união 
de dois grampos circunferenciais pelo 
apoio; indicado para classe III e IV de 
kennedy; preparo de canaletas oclusais 
(uma vez que há uma grande quantidade 
de metal na união dos dois braços). 
Grampo meio a meio: indicado para 
molares e pré-molares isolados entre dois 
espaços protéticos. São constituídos por: 2 
conectores; 2 apoios oclusais (M e D); dois 
braços (retenção e reciprocidade). 
Grampos tipo barra (grampos de Roach): atingem área de 
retenção desde uma posição gengival (abaixo do equador 
protético); mais utilizados para casos de extremidades 
livres (classe I e II de kennedy); evitar uso em áreas de 
retenção em tecido mole (braço de acesso numa porção 
gengival); denominados de acordo com as formas assumidas; 
mais utilizados: T (variações) e I. 
- Grampo T: indicado para extremidades livres, possuindo 2 
variações: ½ T ou 7 e o 7 invertido. 
 
Grampo I: É o mais estético (menor quantidade 
de metal na vestibular); indicados para caninos e 
pré-molares; contra-indicados para 
extremidades livres -> falta de circunscrição -> 
não conferem estabilidade horizontal. 
 
Grampos especiais: 
Grampo RPI: Formado por apoio ocluso-
mesial (Rest), placa proximal (proximal 
plate), grampo tipo barra I (I); indicados 
para extremidades livres(classe I) -> 
aumento da circunscrição; menor torque 
para dente pilar; melhor estética. 
Grampo RPA: modificação do RPI; formado por apoio 
oclusal (Rest), placa proximal (proximal 
plate), grampo circunferencial (ackers 
clasp); indicado quando a área retentiva 
estiver no terço gengival e distante do 
espaço da extremidade livre. 
Grampo mésio-disto-lingual (grampo MDL): indicado para 
incisivos centrais (estética – 
sem metal na vestibular); 
recobre cíngulo, terço médio da 
face lingual e faces proximais. 
 
Escolha 
depende da 
localização da 
área retentiva. 
Fatores para seleção dos grampos: dente (face do dente – 
onde está localizada a área retentiva, o tamanho da coroa, o 
relacionamento oclusal – evitar interferências, condição 
periodontal); estética (dentes anteriores ou posteriores, 
localização do traçado do equador protético). 
 
Sistema de conexão 
 Prof. Valéria Pagnano 
 
PPR – elementos constituintes: sistema de suporte; 
sistema de retenção; sistema de conexão; sistema de sela e 
dentes artificiais; sistema de estabilização. 
Sistema de conexão: elementos que fazem a união dos 
diversos elementos da prótese, que vão distribuir as cargas 
bilateralmente (entre os elementos suporte, tecidos 
subjacentes) e minimizar as forças sobre os dentes suporte 
da PPR. 
- Conectores maiores: une os elementos da prótese e 
distribui as cargas adequadamente (tramite as mesmas para 
as estruturas de suporte). Tem a função de preservar os 
elementos suporte. 
* Sua característica principal é a rigidez. Além disso, possui 
outros requisitos, como impedir traumatismos no tecido 
gengival (acompanhar/simular a anatomia), manter contorno 
natural das estruturas subjacentes, as bordas devem ser 
arredondadas, distantes da gengiva marginal livre e evitar a 
impactação alimentar. 
- Conectores menores: une alguns elementos ao conector 
maior. 
 
 
Conectores maiores maxilares: 
Barra palatina 
 - Deve ter uma largura mínima de 8 mm (para distribuir 
adequadamente as forças. 
- Indicado para classe III de Kenedy. 
- Indicações: pequenos espaços uni ou 
bilaterais; casos dento-suportados. 
- Contra-indicações: tórus volumoso e 
inoperável; ausência de dentes 
anteriores. 
Barra palatina dupla ou ântero-posterior: trata-se de 
uma barra palatina, só que existe uma barra posterior a ela, 
que deve se localizar pelo menos a 15 mm da área da barra 
anterior (para propiciar que não haja acumulo de resíduo 
alimentar nessa região), e deve estar localizada 
preferencialmente ligeiramente a frente do limite entre o 
palato duro e mole. A largura mínima da barra palatina deve 
ser de 6 a 8 mm (pode ser um pouco mais estreita pois a 
barra posterior ajuda na distribuição das forças e evita a 
flexão). Essa barra é indicada para casos com 
desdentamento anterior (classe IV), ou classe III 
modificação I. 
- Indicações: ausência de dentes anteriores; tórus palatino 
volumoso inoperável (anterior à barra posterior). 
- Contra-indicações: 
palato profundo 
(dificulta assentamento 
da barra posterior); 
tórus volumoso que 
pode recobrir todo o 
palato. 
Barra palatina suspensa: modificação da barra palatina 
dupla, no entanto ela se aloja nas superfícies palatinas dos 
dentes e não nos tecidos de suporte. Indicada para casos 
em que o paciente apresenta prognóstico periodontal 
duvidoso (ajuda na estabilização e contensão dos dentes; 
além disso há a possibilidade de incluir um dente artificial 
na estrutura metálica). Nas extremidades da barra é 
necessário que se faça preparos para alojar a extremidade 
da barra e ela não deslize na coroa do dente. Além disso, os 
dentes devem ter uma altura de coroa suficiente para 
alojar a barra anterior. 
- Indicações: ausência de dentes anteriores; com 
prognóstico duvidoso; ferulização 
ou contenção dentaria; tórus 
volumoso e inoperável anterior à 
barra posterior. 
- Contra-indicações: dentes com 
coroas curtas; palato profundo e 
tórus que recobre todo o palato. 
Barra palatina em forma de “U” ou ferradura: é 
necessário que haja um desdentamento anterior para sua 
indicação. Requer uma largura mínima da barra de 8 mm, 
para que o conector não sofra flexão. 
- Indicações: ausência de dentes anteriores; tórus volumoso 
e inoperável (recobrindo palato). 
- Contra-indicações: necessidade 
de grande suporte (se ele fletir, 
não distribuir adequadamente as 
forças mastigatórias -> prejudica 
suporte); extremidades livres. 
Conector palatino completo: principalmente em casos de 
necessidade de suporte (extremidades livres), pois recobre 
todo o palato. Contém metal e resina (misto). Pode 
apresentar rede de retenção. 
- Indicações: necessidade de grande 
suporte. 
- Contra-indicações: tórus volumoso 
(tem que aliviar muito a resina e a 
estrutura metálica. 
 
Critérios para seleção: necessidade de suporte; presença 
de tórus palatino (se envolve todo ou parte do palato); 
Os conectores devem ser 
rígidos para distribuir 
uniformemente as forças 
mastigatórias (não podem 
sofrer flexão). 
- Borda do conector deve 
estar distante da gengiva 
marginal livre no mínimo 6 mm. 
- O conector deve cruzar a 
linha mediana em 90º. 
- Bordas devem ser 
arredondadas. 
- Metal apresentando 
rugosidades (simulando 
rugosidades palatinas). 
substituição de dentes anteriores; necessidade de 
estabilização de dentes (barra palatina suspensa); fonética 
(conector que recobre rugosidades palatina pode atrapalhar 
a fala); atitude do paciente (preferência, desconforto); 
necessidade de retenção indireta. 
➔ nesse esquema, em que há um 
caso classe I de Kenedy, com 
desdentamento posterior bilateral, se 
for colocada uma prótese, devido sua 
movimentação (em função da 
fibromucosa e do próprio 
desdentamento), ela vai tender a 
girar de trás para frente, formando 
uma linha imaginária (linha de fulcro), 
que se estabelece nos elementos 
pilares mais posteriores. Para evitar 
isso, busca-se uma retenção indireta, 
em 90º a essa linha de fulcro. 
 
 
Conectores maiores mandibulares: 
Barra lingual: indicada sempre que possível (desenho mais 
simples). É necessário ter uma distância entra a borda da 
gengiva marginal livre e o conector de 3 a 4 mm. A largura 
da barra para que ela não sofre flexão seja de 4 mm no 
mínimo. E a porção inferior dessa barra deve se distanciar 3 
mm do assoalho da boca -> distância mínima de 10 mm entre 
a gengiva marginal livre e o assoalho da boca. Indicado 
quando não houver necessidade de buscar retenção indireta 
por meio do conector - na região anterior (classe II de 
kennedy; classe III modificação I). 
- Indicações: altura suficiente entre o assoalho da boca e a 
gengiva marginal livre; quando não há necessidade de 
retenção indireta. 
- Contra-indicações: 
distância pequena entre 
o assoalho da boca e a 
gengiva marginal livre; 
inserção alta de freio 
lingual; presença de 
tórus lingual volumoso e 
inoperável. 
Barra lingual dupla ou de Kennedy: modificação da barra 
lingual, no entanto existe uma barra superior que se aloja 
nas superfícies linguais dos dentes inferiores. Indicado em 
caso de classe I de kennedy inferior (barra superior 
promove retenção indireta que impede movimentação da 
prótese de trás para frente). Necessidade de distância 
mínima de 10 mm também é necessária, assim como dentes 
com altura suficiente para alojar a barra superior. 
Extremidade da barra sempre deve ser apoiada para que a 
prótese não deslize (preparo de cavidades denominadas 
nichos). 
- Indicações: necessidade de retenção indireta. 
- Contra-indicações: dentes com coroas curtas, distância 
pequena entre o assoalho da boca e a gengiva marginal livre, 
inserção alta de freio lingual e a 
presença de tórus lingual 
volumoso e inoperável. 
- Ela ainda pode ser contínua ou 
descontínua (promove estética). 
 
 
Placa lingual: quando não a distância mínimade 10 mm. 
Porém ela recobre a gengiva marginal livre, e necessita 
cuidado redobrado com a higienização. 
- Indicações: substituição de dentes anteriores e com 
prognóstico duvidoso; distância pequena entre o assoalho da 
boca e a gengiva marginal livre; freio lingual com inserção 
alta; tórus lingual volumoso e 
inoperável; necessidade de retenção 
indireta na região anterior (classe I 
de kennedy inferior). 
- Contra-indicações: má higienização 
(conscientização é necessária). 
Placa dental: indicado quando o paciente apresenta coroa 
mais longa (para alojar a placa dental na lingual dos dentes 
inferiores), sem distância mínima de 10 mm. Promove certa 
estabilização, possibilidade de colocar dentes artificiais. 
Não recobre área de gengiva marginal livre (vantagem). 
Também deve ter o preparo de nichos nas suas 
extremidades para alojar a extremidade da barra e não 
deslizar. 
- Indicações: substituição de dentes anteriores e com 
prognóstico duvidoso; distância pequena entre o assoalho da 
boca e a gengiva marginal livre; freio 
lingual com inserção alta; tórus 
lingual volumoso e inoperável. 
- Contra-indicações: dentes com 
coroas curtas. 
Barra sublingual: indicada em grandes reabsorções 
alveolares devido a problemas periodontais. Uma dificuldade 
é a obtenção de molde adequado (copiar o assoalho da boca 
– podendo machucar). É pouco utilizado. Há um pequeno 
espaço existente entre a GML e o assoalho da boca. 
Barra vestibular: passa pela vestibular do arco, não 
prejudica a estética do paciente. É usada quando os dentes 
estão muito inclinados para lingual (retenção se dá pela 
lingual). 
- Indicações: grande inclinação dos dentes inferiores para 
lingual; tórus lingual volumoso e inoperável. 
- Contra-indicações: pequena altura no 
fundo de saco do vestíbulo labial (< 7 a 
9 mm - insuficiente para alojar a barra); 
inserção alta de freio labial 
(compromete a colocação da barra). 
Swinglock: composto por uma estrutura vestibular e uma 
lingual que são unidas por soldagem. Quando há necessidade 
de preservar elementos dentais é indicado. É um conector 
que não gera muitas forças tanto na colocação quanto na 
remoção da prótese. Paciente precisa ter habilidade motora 
e ver se o paciente é destro ou canhoto para analisar o lugar 
de colocação do 
feixe. 
- Indicações: 
dentes suportes, 
tratados 
A RI funciona como um fator de escolha do 
conector mandibular. No caso de maxilar, 
interfere na oclusão e a necessidade de 
retenção indireta acaba sendo suprida pelo 
suporte da prótese (retenção e estabilização 
da prótese – possibilidade de recobrir o palato 
– no inferior não há possibilidade de recobrir 
o soalho da boca). 
periodontalmente, mas com prognóstico duvidoso; dentes e 
tecidos moles com contornos desfavoráveis. 
- Contra-indicações: pequena altura no fundo de saco do 
vestíbulo labial; inserção alta de freio labial (frenectomia). 
 
Critérios para seleção: necessidade de retenção indireta – 
evita movimento de báscula da prótese (mais importante -> 
não há como buscar muito suporte na mandíbula devido a 
anatomia da mesma); estabilidade horizontal (necessidade 
ou não de estabilizar/preservar dentes; indicado para 
dentes com prognóstico duvidoso); considerações 
anatômicas (tórus, freio lingual, distância entre GML e o 
assoalho da boca); estética; planejamento preventivo 
(conectores que permitem substituição por dentes 
artificiais posteriormente); preferência do paciente. 
 
Conectores menores 
Funções: união do conector maior às demais partes e 
trasnferência de esforços (ajuda na distribuição de forças 
mastigatórias). 
 
Devem ser rígidos; distância 
mínima entre eles deve ser de 5 
mm; localização dos conectores 
interdentais deve ser nas 
ameias -> maior conforto (nunca 
na parte côncava ou convexa dos 
dentes). 
Regras para o desenho: localização: ameias; não devem 
causar efeito de cunha (alívio de cera no modelo); 
cruzamento com tecidos gengivais deve ser em ângulo reto 
(menor em relação ao maior e em relação aos tecidos 
gengivais). 
Top tissular: estrutura posicionada posteriormente a 
estrutura metálica (rede de 
retenção) em caso de extremidades 
livres, para evitar a movimentação da 
estrutura no momento da inclusão e 
prensagem da prótese. 
Linha de término: linha 
biselada que promove melhor 
adaptação da resina à estrutura 
metálica (evita acúmulo de 
alimento). 
 
Obs.: rever casos de uso dos tipos de conectores no final da 
vídeo-aula. 
 
 
 
 
Delineamento 
 Prof. Ricardo 
 prova 
Delineamento: é um conjunto de procedimentos de 
diagnóstico que visa obter informações a respeito do 
padrão, da forma e do contorno dos dentes pilares e tecidos 
moles adjacentes. É de responsabilidade do CD, pois 
constitui uma das etapas do exame clínico do paciente, 
pautada na análise dos modelos de estudo. Permite que 
complementar o exame clínico, determinando o diagnóstico 
completo e correto do caso, permitindo estabelecer o 
planejamento (a prótese que será produzida) + o plano de 
tratamento (sequência mais lógica e eficiente de chegar ao 
planejamento proposto), executando as modificações sobre 
o sistema de suporte para integração da prótese e 
estabelecendo um prognóstico para o caso. 
O delineamento é estabelecido 
com um instrumento chamado delineador 
(paralelômetro, tangeciômetro, 
paralelímetro). Ele é construído com base 
em um princípio geométrico de que todas 
as perpendiculares a um mesmo plano são 
paralelas entre si. Determina o paralelismo 
relativo entre 2 ou mais superfícies. 
- É composto por duas facas recortadoras; uma porta 
grafite/cera; jogo de calibradores de retenção; mesa porta 
modelos (não fica fixa sobre a base). 
 
Exame do paciente: existem situações em que a relação 
entre os arcos é tão complicada que falta espaço pra tudo. 
(em caso de dentes extruídos, dentes intruídos, 
girovertidos, extrusões em bloco, falta de dimensão 
vertical). 
Exame dos modelos de estudo: precisa ser realizado tanto 
no articulador, como no delineador. 
Obs.: em casos em que há uma boa condição estética e 
funcional, próteses de extremidade livre não são indicadas 
(execução e manutenção complicadas a longo prazo). 
Exame dos modelos de estudo no delineador: devemos 
tangenciar a face dos dentes com qualquer uma das pontas. 
Quando fazemos esse tangenciamento, podemos identificar 
o equador protético (linha de maior contorno do dente pilar 
considerado proteticamente, ou seja, em relação aos demais 
dentes remanescentes e estruturas adjacentes, e que 
divide o dente em duas regiões: cervical em relação ao 
traçado – retentiva / oclusal em relação ao traçado – não 
retentiva ou expulsiva). 
 
Na extremidade da ponta vertical móvel do delineador 
temos um mandril e uma fenda biselada, em que vai ser 
encaixada a ponta para análise. O modelo deve ser girado 
levemente, acompanhando a ponta (sua inclinação deve ser 
exatamente a projeção da haste vertical móvel do 
delineador). Se ela ficar muito alta ou muito baixa, a 
inclinação estará errada. O traçado do equador protético 
deve ser feito em todas as faces livres dos dentes pilares. 
A extremidade da porta cera/grafite deve 
estar sempre posicionada ao nível da 
cervical, ou abaixo, enquanto se contorna o 
dente analisado, para que se consiga 
tangenciar o mesmo. O contorno cervical do 
dente é irregular, pode ser necessário 
ajustar a altura do porta grafite. Caso a 
inclinação dos modelos seja feita e 
traçarmos ora com a cera ora com o grafite, os traçados 
serão diferentes, logo as cores devem ser diferentes, para 
não gerar confusão e fazer a escolha de posições 
inadequadas. 
Equador protético: sempre será o objetivo final do 
delineamento, portanto somente será traçado quando 
tivermos certeza que a posição de trabalho é aquela. 
 
Trajetória de inserção/remoção:trajetória a ser seguida 
pela prótese desde seu primeiro contato com o sistema de 
suporte até o assentamento final (a de remoção é a mesma 
em sentido contrário). 
Métodos de determinação: 
Método de Roach (3 planos -> plano oclusal): é definido por 
3 pontos não alinhados sobre os dentes da arcada. 
- Na arcada superior, o ponto anterior vai ser colocado na 
intercessão entre os pontos médio e incisal da face palatina 
de um dos incisivos centrais, e os pontos posteriores na 
região das pontas de cúspides mesio-vestibular do 1ª ou 2ª 
molar de cada lado. 
- Na arcada inferior o ponto anterior vai na incisal de um 
dos incisivos centrais e os pontos posteriores na ponta das 
cúspides mesio-vestibulares dos 1ª e 2ª’s molares. 
Obs.: não escolher pontos muito próximos, tomando cuidado 
com dentes intruídos/extruídos, pois podem apresentar um 
plano inadequado. 
 
Obs.: se eventualmente faltarem os dentes anteriores ou 
posteriores, usaremos planos protéticos em cera, que vão 
representar os dentes ausentes. 
- Para ter certeza da posição do plano oclusal em relação à 
haste vertical do delineador (deve estar perpendicular), 
iremos fazer com que a ponta de análise, mantida na mesma 
altura, toque os 3 pontos que determinamos, deslocando o 
modelo sobre a base do delineador. 
* trajetória de inserção de inclinação 0: trajetória de 
inserção perpendicular ao plano oclusal, ou de inclinação 0 
em relação ao plano oclusal. 
Método das bissetrizes ou de Roth: vai fazer uma análise 
conjunta da inclinação de cada dente pilar, tanto vista 
lateralmente quanto por posterior, e traçar várias 
bissetrizes que nos darão a inclinação lateral e antero-
posterior do modelo. Não é mais utilizado. 
Método da conveniência: sempre será associada ao método 
de Roach para definirmos com propriedade a trajetória de 
inserção e remoção para qualquer caso de PPR. 
 
Após traçarmos o plano oclusal do modelo e definirmos uma 
trajetória perpendicular de inserção a esse plano, traçamos 
o equador protético. Os elementos de retenção são 
colocados abaixo do equador protético, numa região que nos 
dê retenção suficiente para manter essa prótese em 
posição. Se for posicionado não muito longe do equador 
protético (alto na vestibular), o grampo do dente anterior 
ficará muito visível, comprometendo a estética, logo, é 
necessário buscar um posicionamento mais cervical dos 
braços dos grampos. Porém, dessa forma, o braço do grampo 
tocará o dente pela lingual em sua trajetória de inserção, 
gerando um problema de interferência de colocação da 
prótese em posição. 
 
 
Durante a função mastigatória caso algum alimento fique 
aderido à prótese, haverá o tracionamento da mesma no 
sentido de removê-la da posição de assentamento, sempre 
em sentido perpendicular ao plano oclusal -> logo, se 
colocarmos a prótese inclinada em relação ao plano oclusal, 
não haverá interferências na colocação/retirada, mas ela 
não sairá de posição (retenção além da necessária). Conclui-
se que nem sempre a trajetória perpendicular ao plano 
oclusal é a melhor para se colocar a prótese na boca, mas 
sempre perpendicular ao plano oclusal, existe a 
possibilidade dessa prótese sair da posição. 
Trajetória potencial de deslocamento (TPD): É a 
trajetória pela qual a prótese é tracionada, sempre que, em 
função, existe a tendência ao deslocamento por adesão de 
alimentos, e que sempre é perpendicular ao plano oclusal. 
Obs.: o traçado é dependente 
da inclinação relativa dos 
dentes. O mesmo dente em 
posições diferentes resulta 
em traçados diferentes. 
 
Isso justifica a análise na trajetória de inclinação de 0, que 
é perpendicular ao plano oclusal. 
 
 
 
 
 
Retenção: característica da PPR que lhe confere a 
capacidade de resistir ao deslocamento vertical no sentido 
de sua remoção do sistema de suporte. Toda PPR tem que 
ter retenção. 
Estabilidade: característica da PPR que lhe confere a 
capacidade de resistir aos deslocamentos horizontais e 
verticais (sentido ocluso-gengival), e que contribui para a 
retenção por manter o correto posicionamento dos grampos 
sobre os dentes pilares. É conferida por qualquer parte 
rígida metálica que faça contato com o dente, e a 
estabilidade vertical é conferida pelos apoios, que também 
são rígidos. 
 
Planos guia: paredes planas e paralelas que encontramos 
para a trajetória de inserção/remoção. São paredes axiais 
dos dentes pilares paralelas entre si e com a trajetória de 
inserção definida pela PPR. Para que tenhamos garantia que 
exista reciprocidade, é sempre importante procurar a 
existência de planos guias 
naturais nos dentes 
pilares ou de paredes no 
dente que possam ser 
preparadas entre si e com 
a trajetória que definimos 
para a PPR. 
Faces proximais: mesial e distal (quando livres) 
Faces linguais ou palatinas 
- Normalmente esses planos guias quando preparados tem 
uma extensão de 2 a 4 mm na porção mais alta da coroa, não 
muito próximo da região cervical. 
- Podemos encontrar paredes divergentes para oclusal, que 
vão permitir que essa prótese, quando levada em posição, vai 
ter um caminho não muito adequado de inserção, permitindo 
que ela se desloque e só vai ter uma posição definida na 
posição final de assentamento. Qualquer movimento no 
sentido de remoção afasta a estrutura metálica dessas 
paredes, e a prótese volta a ter liberdade de movimentação 
horizontal. Quando as paredes são convergentes para 
oclusal, a prótese para que não entre em área retentiva, 
também vai ter uma movimentação horizontal mais fácil, e 
um pequeno ponto de contato que garante certa 
estabilidade somente na posição final de assentamento. 
Nenhuma das situações são muito satisfatórias. 
- O ideal é que tenhamos paredes paralelas, que vão 
permitir que essa prótese em todo o movimento de 
inserção/remoção funcione em contato permanentes com a 
parede dos dentes, fazendo com que ela não consiga ter 
movimentação horizontal, dado que a parte lingual da 
prótese e o conector maior que une os dois lados são 
sempre rígidos. Elas garantem estabilidade à prótese, e 
devem ser procuradas em todos os dentes pilares (quanto 
mais, maior a possibilidade de obtermos esses planos guia). 
- Os planos guia nos garante uma trajetória de inserção 
única, individualizada. 
- Como procurar: contato da faca com a coroa do dente 
marca a posição do equador protético, se existe um contato 
pontual, é possível preparar a face desse dente, para que 
consigamos a existência de um plano guia. Se o contato for 
superficial com a parte plana da faca, deve-se aliviar a 
região cervical, para que não haja compressão da papila. 
 
- O preparo dos planos guia sempre deve obedecer a 
trajetória de inserção definida, fazendo um corte em 
“slice” sobre a face do dente, sem a formação de degrau, 
começando e terminando em 0, na espessura de esmalte 
apenas. 
- Em esmalte natural não pode haver formação de degrau! -> 
risco de cárie (paciente não consegue higienizar). 
- Durante o enceramento das coroas, a confecção de planos 
guia pode ser feita de forma mais livre e eventualmente 
pode ter a existência de degrau, dado que na PF numa 
superfície metálica, não vai haver risco de cárie. 
 
Retenção: deve ser bem localizada e calibrada -> retenção 
suficiente para manter a prótese em posição. A melhor 
localização é aquela que dê melhor resultado estético 
possível. Usar as 3 pontas calibradoras para fazer a medida 
de retenção, posicionadas no mandril da haste vertical do 
delineador, com o cuidado de que elas sejam o 
prolongamento exato da haste vertical, vamos tangenciar 
com essas pontas a face que estamos procurando a 
existência da retenção. No local em 
que a haste toca lateralmente o 
dente, está o equador protético. 
Além desse toque lateral, o disco 
calibrador também precisa tocar o 
dente desta maneira. Se o disco 
não tocar, a retenção é maiordo que a que o disco mede; se 
a haste não tocar, a retenção é menor do que a que esse 
disco mede -> situações que não permitem a correta 
calibragem da retenção. 
Tipos (quantidades) de retenções de acordo com as 
pontas disponíveis: 
- 0,25mm/0.01”/pequena 
- 0,50mm/0.02”/média 
- 0,75mm/0.03”/grande 
* Liga de Co-Cr = P e M (mais usada + durabilidade). 
* Liga de Ti / titânio = P, M e G (mais flexível, porém só é 
utilizada quando o paciente tiver alergia qualquer 
componente da liga anterior) -> alto custo. 
Determinação do posicionamento dos braços de retenção: 
afastar a haste calibradora do dente e marcar a posição do 
toque do disco calibrador na coroa (ponto), marcando o e 
exato posicionamento da extremidade retentiva dos braços 
de retenção, que precisa estar pelo menos 1 mm acima da 
margem gengival livre, assim, o posicionamento do braço de 
retenção não irá gerar problema periodontal. 
- As áreas retentivas devem ser procuradas na face mesio-
vestibular, na disto-vestibular e no centro da face. 
- Quanto maior o ângulo de retenção -> maior a efetividade 
daquela retenção. Quanto mais tempo em contato com a 
coroa, mais tempo esse braço de retenção vai fazer força 
Se para esta trajetória há retenção suficiente, então o 
funcionamento da PPR está favorecido. É a trajetória 
inicial de delineamento. TPD = TI = 90º -> acaba evitando 
a TPD. Sempre começar com trajetória perpendicular. 
durante a inserção/remoção da prótese. 
Com a diminuição do â de retenção mais 
próximo do equador protético o braço de 
retenção ficará (diminuindo as forças 
laterais exercidas ao dente) bom por esse 
lado, mas pode prejudicar a estética por 
estar mais alto. Esse ângulo é chamado de 
convergência ou de retenção, se for feita 
uma mesma retenção, calibrada em 
diferentes posições, com diferentes ângulos de retenção, 
quando maior o ângulo em que uma mesma quantidade de 
retenção é encontrada, mais efetiva a mesma se torna. 
- Distância de ação dos braços do 
grampo: deve ter contatos simultâneos 
(entre braço de retenção e 
reciprocidade) e que a distância de ação 
do braço de reciprocidade seja >/= a do 
braço de retenção -> maior facilidade de obter o efeito de 
reciprocidade. 
 
Interferências 
- Retenção excessiva: gera flexão exagerada do braço de 
retenção, podendo gerar até deformação plástica do 
mesmo, gerando força excessiva sobre o dente pilar. 
- Obstáculo propriamente dito à inserção da PPR. 
- Áreas de tecido mole: área de pré-maxila / parte lingual 
da região posterior da mandíbula desdentada / face V da 
região de PM da mandíbula / dentes lingualizados / tórus 
palatinos ou mandibulares. 
- Precisam ser identificadas para permitir que não 
tenhamos problemas durante a inserção da prótese. 
 
 
 
 
 
- Para evitar a interferência de uma área retentiva em 
tecido mole, é necessário mudar a trajetória de inserção da 
prótese (saindo da posição perpendicular ao plano oclusal e 
coincidente com o TPD) fazendo com que a base de acrílico 
entre de uma forma natural em contato com aquela área 
retentiva, sem causar sobrecontorno do lábio, desconforto 
e sem espaço que permita a retenção de restos alimentares. 
Nessa situação evitamos a interferência e ganhamos 
capacidade retentiva, utilizando uma área diferente da 
prótese. 
 
Trajetória de Inserção vai ser determinada a partir: 
- Para escolha da trajetória, nós começamos em uma posição 
perpendicular, que define a trajetória de inclinação 0, 
determinada pelo método de roach, fazendo com que a 
trajetória seja perpendicular ao plano oclusal. 
1. planos guias 
2. retenção 
3. ausência de interferências 
4. estética 
* método de roach (plano oclusal) + método de conveniência 
= determinação da melhor trajetória de inserção/remoção. 
• inicial / diagnóstico: sempre perpendicular ao plano oclusal 
• definitiva: depende do plano guia/retenção/ausência de 
interferências/estética 
* a definitiva pode ser = ou ≠ da inicial -> porém, só a análise 
desses modelos vai nos dizer se vale a pena inclinar o 
modelo, pra que posição inclinar, para que tenhamos o 
melhor conjunto desses 4 fatores. 
Trajetória de inserção IDEAL = mínima interferência + 
máxima estabilidade 
Obs.: deve-se reduzir ao mínimo indispensável as 
intervenções a serem realizadas sobre o sistema de 
suporte. 
Deve-se fazer o registro da trajetória de inserção -> 
cimentar o pino rígido ao modelo, fora da área de desenho 
da estrutura metálica (para não perder todo o trabalho ao 
devolver o delineador). Se precisarmos reposicionar o 
modelo no delineador caso haja a necessidade de reanálise, 
com modelo na mesa porta-modelos, totalmente solta, 
prende-se o pino de registro no mandril da haste vertical; 
ao apertar o mandril a mesa se reorienta; travada, a mesa 
reposiciona o modelo na inclinação determinada. 
 
Resumo Delineamento 
I. determinação do plano oclusal do modelo (localização dos 
3 pontos na arcada) 
II. posicionamento do modelo de estudo com o plano oclusal 
perpendicular à haste vertical do delineador -> trajetória 
de inserção inicial de diagnóstico ou de inclinação zero 
III. identificação de paredes dentais planas, paralelas 
entre si para esta trajetória de inserção = planos guia 
(inclinação do modelo nos sentidos ântero-posterior e/ou 
latero-lateral para localizar o maior número possível de 
planos guia) 
IV. localização e quantificação das áreas de retenção 
V. verificação da ocorrência de possíveis interferências e 
imaginar o resultado estético possível 
VI. definição e registro da trajetória de inserção ideal para 
o caso 
VII. obtenção do traçado do equador protético (objetivo 
final do delineamento) 
 
Se houver um modelo que não tenha áreas retentivas 
distribuídas de forma equilibrada -> Inclinar o modelo de 
estudo para criar retenção ou equilibrar a distribuição de 
áreas retentivas é solução viável para os casos de PPR? 
- Sim! Mas é indispensável a presença de planos guia 
naturais ou de faces dentais que possam ser preparadas 
como planos guia (que vão individualizar a trajetória de 
inserção/remoção da prótese -> ao analisar a situação em 
função, na trajetória potencial de deslocamento, notamos 
que a TI/R é diferente desta, fazendo com que na tração 
perpendicular ao plano oclusal, essa prótese não consiga 
sair, uma vez que na parede do plano guia vai haver uma 
retenção por contato da estrutura nessa face -> continua 
tendo retenção adequada). 
* diminui a retenção que era maior que a grande e aumenta a 
retenção que era menor que a pequena. 
 
- Não! Se não houver a presença de planos guia, naturais ou 
preparados, que vão garantir a trajetória de inserção e 
remoção única. É um erro comum por se levar em conta 
apenas a retenção. 
 
Princípios para o desenho das PPR’s 
 Prof. Ricardo 
 
Para que seja definido qual o melhor desenho para a PPR a 
ser indicada para o caso em questão, primeiramente há que 
se estabelecer os requisitos básicos que ela deve 
contemplar: suporte, estabilidade, retenção, função e 
estética. A função mais básica da PPR é interromper a 
destruição desse sistema de suporte, preservando o 
remanescente dental e as estruturas adjacentes, mantendo 
a saúde desse conjunto. 
 
Toda vez que construímos uma prótese, devemos levar em 
conta considerações mecânicas, que vão garantir que essa 
prótese tenha estrutura forte o suficiente para que seja 
usada por um bom período de tempo sem danos. Também é 
importante as considerações biológicas, para que essa 
prótese não seja causadora de problemas sobre o sistema 
de suporte que ela vai ser integrada. O conjunto desses 
fatores estabelece a biomecânica dessas próteses, que 
garante o seu funcionamento adequado. 
 
Qualquer que seja a via de transmissão (dental ou 
fibromucosa), a carga mastigatória que incide sobre uma 
prótese parcial removível será sempre destinada ao 
tecido ósseosubjacente. Diante de uma boa condição de 
saúde, essas forças são bem absorvidas e distribuídas ao 
osso de suporte, não causando danos ao longo do tempo. 
 
Nas próteses de extremidade livre (dentomucossuportada), 
parte da carga aplicada sobre os dentes artificiais durante 
a função mastigatória é transferida, via fibromucosa de 
revestimento, diretamente ao rebordo residual, na forma 
de carga de compressão. O efeito desta condição, caso não 
seja controlada, pode gerar concentração de forças e 
reabsorção mais acelerada ainda do rebordo, fazendo com 
que a prótese perca adaptação se movimente ainda mais. A 
resiliência da fibromucosa é fundamental, é a capacidade de 
retornar a forma original ao cessar a força. 
 
1ª princípio: as próteses de extremidade livre devem ser 
planejadas prevendo a obtenção de efetivo suporte mucoso 
(precisamos ter uma base extensa o suficiente e muito bem 
adaptada ao tecido de suporte – tendo moldes bem feitos, 
que permitam a obtenção de bons modelos) -> isso faz com 
que a força dessa extremidade livre seja melhor 
distribuída, reduzindo os efeitos danosos ao longo do 
tempo. 
Importante: a PPR, se mal planejada ou construída, pode se 
tornar uma máquina destrutiva! 
 
Tanto a alavanca quanto o plano inclinado geram cargas de 
torção, que são cargas laterais sobre os dentes pilares, para 
as quais os dentes não tem boa resposta. 
 
Planos inclinados: ocorrem toda vez que eu quero apoiar 
uma prótese sobre uma face que é naturalmente inclinada, 
como a face lingual do incisivo central/canino. Ao sofrer 
força mastigatória, essa prótese vai deslizar sobre essa 
superfície, fazendo com que a sua estrutura metálica atinja 
o próprio tecido periodontal marginal, prejudicando a 
manutenção ao longo do tempo. Também podem ocorrer nos 
dentes posteriores, se considerarmos apenas as faces 
vestibulares ou palatinas e para evitar que eles funcionem 
na boca, precisamos garantir um apoio que interrompa esse 
possível deslizamento das próteses -> colocação de um apoio 
em um local preparado (nicho), mantendo a 
relação oclusal entre os dentes, sem 
nenhuma interferência (que pode ser até 
mais danosa que a falta de apoio). A 
relação dos braços de retenção e 
reciprocidade com o dente fica mantida, sem a possibilidade 
do deslizamento da estrutura metálica sobre as faces 
inclinadas dos dentes. 
- Nos dentes anteriores, se não for feito um preparo, a 
prótese apoiada sobre a palatina vai deslizar sob ação de 
força mastigatória, ainda causando um componente de força 
para vestibular, que pode movimentar esse dente. Se o apoio 
for colocado sobre um nicho, a força mastigatória gerada é 
direcionada mais próximo ao longo eixo do dente, tornando a 
sua distribuição mais favorável. Esse nicho é construído 
sobre o cíngulo dos dentes anteriores. 
 
Alavanca: barra rígida suportada em algum lugar entre suas 
extremidades. 
1ª classe: é representada por uma gangorra e apresenta um 
fulcro entre o braço de resistência e o braço de potência. 
- Fórmula: R.D = P.d (R= resistência/ D=distância da R ao 
fulcro/ P=potência/ d= distância da P ao fulcro) 
2ª classe: potência na extremidade + próxima, resistência 
no meio e o fulcro na extremidade + distante -> carriola. 
3ª classe: fulcro + próximo, potência no centro e resistência 
mais distante -> vara de pesca. 
 
2ª princípio: o planejamento das PPR deve ser conduzido de 
forma a evitar o surgimento de alavancas e planos 
inclinados. 
- Os planos inclinados podem ser evitados a partir da 
confecção de nichos onde colocar os apoios da prótese, que 
são rígidos e definem a posição de assentamento da prótese 
em relação aos dentes pilares. As alavancas, no entanto, vão 
sempre estar presentes em próteses de extremidade livre, 
não podendo ser evitada totalmente, podendo apenas ser 
controlada. 
3ª princípio: no planejamento das próteses de extremidade 
livre deve-se reduzir a mesa oclusal em todas as dimensões 
(ML/VL) e manter a sela, dentro dos limites da área 
chapeável, o mais ampla possível. Assim, a geração de força 
da prótese é reduzida (braço de potência), necessitando de 
menor resistência para manter essa prótese em posição, 
obtendo um equilíbrio mais fácil. Além disso, se manter a 
sela mais ampla possível, há uma melhor área de distribuição 
da força gerada pela mesa oclusal, evitando concentrações 
que podem acelerar o processo de reabsorção óssea. 
 
 
No caso das alavancas em dentes anteriores, o apoio no 
cíngulo é mais favorável que o apoio na incisal. 
- Fulcro: ponto ao redor do qual o dente vai girar. / 
resistência: implantação no tecido ósseo. / potência: força 
mastigatória gerada na 
prótese. Quando o apoio é 
feito no cíngulo, o braço de 
potência gerado é menor que 
gerado pelo apoio incisal. Além 
do apoio no cíngulo evitar um 
comprometimento estético -> 
vantagem mecânica e estética. 
 
4ª princípio: nas próteses de extremidade livre, os apoios 
devem ser posicionados na mesial dos dentes pilares e 
associados a grampos tipo barra -> para controle do tipo de 
alavanca (1ª classe -> + básica e + potente). Nas próteses de 
extremidade livre iremos tentar transformar a alavanca de 
1ª classe em 2ª classe (- prejudicial). 
 
 
Funcionamento da alavanca de 1ª classe: quando o paciente 
mastiga e faz força sobre a base da prótese, dada a 
resiliência da fibromucosa, ela vai ter uma movimentação 
para baixo, a prótese gira ao redor do fulcro e o grampo vai 
pra cima e pra trás, fazendo com que sua extremidade se 
aproxime do equador protético, o braço de retenção é 
ativado e gera força sobre o 
dente. A continuidade disso 
pode gerar problemas ao longo 
do tempo. Logo, é melhor evitar 
esse tipo de situação toda vez 
que há uma extremidade livre e 
se a mucosa for mais resiliente. 
Funcionamento da alavanca de 2ª classe: apoio distante da 
área anodôntica associado a um grampo tipo barra, ligado a 
base da prótese (rede de retenção) e quando ela receber 
força pela mastigação e a fibromucosa ceder devido sua 
resiliência, a prótese também vai ter uma movimentação, 
mas como o braço de retenção está ligado a extensão da 
prótese na região distal, esse grampo acompanha o 
movimento da prótese. Quando o grampo desce ligeiramente 
sobre a face do dente, pela 
convexidade da face, ao invés 
de fazer força para reter, vai 
se afastar ligeiramente da 
coroa do dente, permanecendo 
passivo (sem gerar força). 
 
Determinação da linha de fulcro: eixo imaginário, 
determinado pelos apoios mais posteriores da PPR, em torno 
da qual a prótese tem tendência à rotação. 
Obs.: esses apoios podem estar em dentes anteriores. 
 
Retenção indireta: ao adicionar um elemento na região 
anterior da prótese, em caso de força mastigatória, há a 
compressão da parte distal da prótese, o giro ao redor do 
fulcro e a parte anterior se levantando levemente, causando 
um afastamento do apoio do dente na região anterior, e um 
movimento para posterior que não dá para ser evitado. Em 
caso de adesão de algum alimento na base posterior da 
prótese, o movimento seria impedido, pois ao começar o 
movimento de giro para fora do sistema de suporte, o apoio 
na região anterior vai tocar o dente, gerando uma 
resistência ao movimento de saída da porção posterior. 
Quanto mais distante essa resistência estiver do apoio, 
melhor o controle desse movimento. Se esse afastamento 
não é controlado pela 
retenção, a prótese fica 
desconfortável e pode 
haver a entrada de 
alimentos sob a base. 
 
5ª princípio: os retentores indiretos devem ser 
posicionados na maior perpendicular à linha de fulcro para 
impedir a rotação da prótese. 
 
As faces palatinas maxilares de canino a canino são faces 
funcionais, logo, para que possa ser colocado algum elemento 
da prótese nessas faces palatinas e ter o efeito de 
retenção indireta desejado, as guias anteriores não podemestar funcionando (verificar a oclusão pra ver se existe 
espaço). Na arcada inferior, essas faces não são funcionais, 
podendo ser usadas sempre. 
 
6ª princípio: nas PPR dentossuportadas os apoios dos 
retentores diretos devem ser posicionados em áreas 
adjacentes às áreas anodônticas (maior rigidez da 
estrutura metálica, considerando que os apoios estarão o 
mais próximo possível entre si). 
Dentes pilares e apoios: 
- Pilares -> dentes adjacentes à área anodôntica 
- Apoios -> adjacentes à área anodôntica 
* exceções: extremidades livres (o apoio será tirado de 
perto da área anodôntica e associar um grampo tipo barra 
para mudar o tipo de alavanca); interferência oclusal (mudar 
a localização do apoio, para que seja menos prejudicial que a 
interferência). 
 
Retentores diretos: adjacentes à área anodôntica, porém, 
dentes com comprometimento periodontal não tem suporte 
ideal, portanto, existe um comprometimento e esses não 
podem passar por uma força exagerada para garantir 
longevidade. Dessa forma, esses dentes não receberão os 
retentores diretos. 
Obs.: dentes tratados, com prognóstico até duvidoso, mas 
nunca condenados. 
- Devido ao efeito anti-estéticos, na região de caninos e 
pré-molares, nunca se usa um grampo circunferencial de 
mesial para distal -> a parte mais espessa do dente ficaria 
visivelmente a mostra (regra absoluta!). 
 
Sequência para o desenho da PPR: 
- Delimitação da área anodôntica -> classificação da arcada 
de maneira correta. 
- Escolha dos dentes pilares e posicionamento dos apoios. 
- Determinação da linha de fulcro (ver se tem uma linha de 
fulcro ativa em torno da qual a prótese pode ter a tendência 
de rotação). 
- Posicionamento do retentor indireto. 
- Escolha e posicionamento dos conectores. 
* a escolha dos retentores diretos é fundamental para a 
característica de retenção da prótese, porém, a escolha 
final do retentor tem que ser levada em função da 
aparência que eles vão ter na clínica (estética não pode ser 
negligenciada). O grampo por sua vez, pode ser escolhido 
antes. 
 
Como é caso de extremidade livre (classe I mandibular), os 
apoios serão posicionados na mesial dos dentes pilares e 
associados a um grampo tipo barra -> mudança da alavanca 
tipo 1 para a 2. Depois de determinar a linha de fulcro, 
posicionamos os braços de retenção tipo barra (se tem 
braço de retenção, tem de reciprocidade). Em seguida, é 
posicionada a placa de estabilização, as redes de retenção, 
top tissular, conector maior/lingual, a barra lingual dupla -> 
fazendo a retenção indireta propriamente dita. 
 
 
A placa de estabilização apresenta o mesmo desenho de um 
concector menor, no entanto muda a função. É 
preferencialmente posicionada na face distal do dente pilar 
num plano guia preparado ou natural, fazendo a proteção do 
dente artificial que será montado contra o desgaste por 
atrito no dente natural, na trajetória de inserção/remoção 
da prótese. 
 
 
 
 
 
Nesse caso (classe I maxilar), o apoio foi posicionado na 
disto-oclusal, pois se for trabalhado com o apoio afastado 
da área anodôntica, obrigatoriamente teria que ser 
associado a um grampo tipo barra para mudança da alavanca. 
No entanto, se for selecionado esse desenho, os braços de 
retenção tipo barra ficará por vestibular, e em um sorriso 
amplo, esses grampos serão expostos, havendo prejuízo 
estético. Verificar clinicamente se há exposição do grampo, 
caso haja, o apoio será posicionado na distal e será usado 
um braço circuferencial (- volumoso) -> menor prejuízo 
estético. Isso acontece em caso de maxila exclusivamente. 
Além disso, a alavanca tipo 1 pode ser usada, pois teremos 
na maxila um conector maior atravessando o palato e 
fazendo nessa região mais uma área de suporte para a 
prótese. Essa área e suporte adicional impede a rotação da 
prótese de maneira mais evidente. 
 
*Tomar cuidado com a ocorrência de interferência oclusal 
devido a presença de guia anterior (falta de espaço para o 
posicionamento do retentor indireto). Se isso ocorrer, o 
retentor indireto não será usado, pois a falta dele causa 
menos prejuízo do que a interferência oclusal (perda 
dentária). 
*O conector maior usado nesse caso é um conector palatino 
completo misto, usado sempre que for preciso muito 
suporte no palato. 
 
Nesse caso (classe II mandibular) se for escolhido apenas 
esse dente pilar, por um apoio passam inúmeras retas, 
impossibilitando definir se existe ou não uma linha de 
fulcro. Logo, usaremos dentes pilares no lado não 
desdentado da arcada, fazendo com que essa linha de fulcro 
fique única. 
 
*na porção posterior, colocar um grampo geminado na área 
não desdentada -> apoio duplo (braços de retenção e de 
reciprocidade) 
*na área de extremidade livre será usado o grampo tipo 
barra (sem prejuízo estético) 
*o conector menor deve descer pela mesial do canino, até se 
unir a barra lingual 
 
Nesse caso (classe II maxilar), a linha de fulcro deve ser 
selecionada da mesma forma. Porém, como existe uma 
extremidade livre na maxila, se houver prejuízo estético 
melhor usar o apoio distal com o braço circunferencial, caso 
contrário, apoio mesial com o grampo tipo barra. 
O retentor indireto cai em face palatina funcional, se não 
houver espaço, a posição é transferida para o 1ª pré molar 
(mais anterior) e oferece a face oclusal para posicionar o 
retentor indireto 
*na área posterior grampo geminado -> apoio duplo 
*apoio distal com braço circunferencial na extremidade 
livre -> se houver prejuízo estético 
 
 
Nesse caso (classe II modificação I – mandibular), o 
posicionamento de apoios na área dento suportada é 
adjacente a área anodôntica. No canino o apoio é cíngulo, e 
para mudar o tipo de alavanca, o conector menor dele vai 
sair pela mesial. A maior perpendicular daria na lingual do 
canino, no entanto já existe um apoio anterior a linha de 
fulcro, que pode ser usado como retentor indireto, sem 
necessidade de adicionar nada na prótese. 
*sempre que tem retenção, tem que ter reciprocidade, 
porém em caninos dificilmente há espaço para isso, assim o 
apoio vai exercer a função de reciprocidade, que vai existir 
somente quando a prótese estiver totalmente assentada. 
Além disso, o canino por estar na curvatura dos arcos e ser 
o dente mais bem implantado na arcada, é preparado pra 
receber um pouco de força lateral, mesmo assim sempre 
tem que ter algo rígido se opondo ao braço de retenção. 
 
 
 
*se a movimentação na área de extremidade livre for muito 
exagerada e pouco controlada, talvez vale a pena tirar o 
braço de retenção e deixar só o de estabilidade (que deixa 
de ser de reciprocidade), evitando que esse dente seja 
sobrecarregado. 
*em área dento suportada pode se colocar braço de 
retenção tipo barra com apoio na distal, pois a alavanca 
existe apenas na área de extremidade livre. 
 
Nesse caso, em que há classe II modificação I na maxila, no 
caso da extremidade livre, se houver prejuízo estético 
(apoio distal e braço de retenção circunferencial), caso 
contrário, apoio mesial com braço de retenção tipo barra 
para mudança de alavanca. Retenção indireta pode ser 
transferida para o apoio oclusal do pré-molar. 
*o desenho da prótese de cada lado deve ser o mais similar 
possível. Se for diferente, o paciente terá a sensação que 
um lado é mais retentivo que o outro (tipo barra é mais 
retentivo que o circunferencial). 
 
Nesse caso (classe III maxilar e mandibular), ambos são 
bem parecidos. Linha de fulcro unilateral -> retentor 
indireto colocado no outro lado na arcada, na área não 
desdentada. Como é área não desdentada, provavelmente 
será colocado braços geminados para obter um conjunto 
melhor de retenção. 
*no canino da mandíbula pode ser usado um grampo tipo 
barra, por ser uma prótese dento suportada e não haver 
alavanca (o apoio também não é mudado), tendo comovantagem estética, por ficar escondido pelo lábio. No pré-
molar da maxila ele pode ser usado caso não haja prejuízo 
estético. 
 
 
 
*na maxila, para fazer a união dos elementos da prótese, 
teremos uma barra palatina que vai se afunilando em 
direção ao grampo geminado, porém é fácil fraturar, para 
evitar isso colocaremos um apoio adicional no pré-molar, e 
iremos alargar a barra palatina. 
*na mandíbula, utilizar uma barra lingual simples, se a 
prótese ficar bem rígida não há necessidade de apoio 
adicional. 
*nesse caso, o retentor indireto é o conjunto de grampo 
(pode ser qualquer elemento da prótese posicionado 
anterior a linha de fulcro). 
 
Nesse caso (classe III modificação I maxilar e mandibular), 
não há linha de fulcro ativa, pois sempre vai ser em oposição 
a ela um apoio, fazendo com que qualquer tentativa de 
movimentação dessa prótese, terá uma oposição rígida -> 
não há necessidade de retenção indireta. 
*na maxila uma barra palatina. 
*na mandíbula uma barra lingual. 
 
 
Nesse caso (classe IV maxilar e mandibular), o retentor 
indireto será posicionado lateralmente na arcada, na região 
posterior, que é onde existe a disponibilidade de dentes. 
 
 
*evitar trabalhar em região de 3ªs molares 
*como é uma área não desdentada, utilizar grampos 
geminados. Além disso, sempre que possível não colocar 
grampos de retenção na região anterior, logo, os grampos 
geminados atrás compensam essa falta de retenção, no caso 
da maxila. 
*no molar da mandíbula, o apoio adjacente a área anodôntica 
permanece e é feito um apoio adicional para o grampo 
geminado. 
*na maxila, nesse tipo de prótese dento suportada, pode-se 
trabalhar com a barra palatina dupla anteroposterior. Se a 
curvatura do palato do paciente na região posterior por 
muito acentuada, existe a possibilidade que essa barra 
acabe ficando um pouco afastada do palato, causando 
desconforto (trabalhar com conector em U ou ferradura, 
porém ele é passível de ser entortado se o paciente apertar 
a região posterior -> perde-se a prótese). 
*na mandíbula utilizar uma barra lingual simples. 
*os retentores diretos são mantidos na região anterior, pois 
embora não existam braços de retenção, a extensão dos 
conectores menores na face mesial dos caninos, molar e 
pré-molar, preferencialmente localizados sobre planos 
guias, para que tenha alguma retenção por atrito nessa 
região. 
 
Na região mesial de caninos devemos preferencialmente 
tentar fazer um plano guia (coroa longa -> fácil conseguir 
produzir esse plano). Assim, será garantido uma trajetória 
de inserção única, seguindo a trajetória definida pelo plano 
guia (paralela à trajetória de inserção escolhida). Dessa 
forma, garantimos que a parte anterior da prótese só pode 
sair se o conjunto da prótese por puxada para remoção, 
portanto os braços de retenção do grampo geminado na 
parte posterior + o atrito na anterior, garantirá uma 
estabilidade muito boa para essa prótese, mantendo-a em 
posição. Sem a existência desse plano guia, a parte anterior 
pode rotacionar, e haja uma tendência de deslocamento 
dessa região anterior. 
 
 
Desenho da estrutura metálica da PPR: todo o desenho 
dessa estrutura é apenas o contorno -> para obter a 
informação mais clara possível. 
 
Quando eu vejo que existe o cruzamento da parte rígida do 
grampo abaixo do equador protético, identificamos que 
nessa região é preciso modificar o contorno desse dente, 
para que não haja invasão da área retentiva por uma parte 
rígida do grampo. -> retenção muito exagerada (força 
excessiva sobre o dente pilar). 
 
 
Preparo do sistema de suporte 
 Prof. Valéria 
 
Objetivos: 
- Facilitar a colocação e a remoção da PPR (única trajetória 
para inserção e remoção); 
- Eliminar interferências; 
- Permitir êxito a longo prazo (maior durabilidade da 
prótese); 
 
Fases: 
- Fase pré-protética: após fazer diagnóstico e planejamento 
já é denominado quais dentes serão avulcionados, precisam 
de endo (cirurgia, endo, perio, dentística); 
- Fase protética: modificação dos dentes para PPR; 
 
Tipos de preparo (são feitos sempre em nível de esmalte -> 
para não causar iatrogenia nos dentes suporte) 
Preparo de planos-guia: duas ou mais áreas planas, naturais 
ou preparadas nas paredes axiais dos dentes pilares, 
paralelas entre si e com a trajetória de inserção da prótese. 
São buscados nas superfícies proximais ou 
linguais/palatinas. Nas faces proximais colocamos o 
conector menor e nas faces palatinas os braços de 
reciprocidade, que são elementos rígidos que não podem 
estar localizados em área de retenção. Assim, é feito um 
desgaste na superfície lingual para que o braço de 
reciprocidade fique acima do equador protético. 
- Os planos guias promovem uma única trajetória de 
inserção e remoção da prótese -> desgastar convexidade 
das faces proximais dos dentes, fornecendo estabilidade à 
prótese devido ao contato íntimo dessas estruturas nessas 
faces, promovendo retenção friccional. 
- No momento em que o braço de retenção entrar em ação, 
o braço de reciprocidade vai estar agindo como um 
anteparo, segurando o dente em posição (ambos os braços 
agem simultaneamente -> reciprocidade efetiva) 
- Ao ser feito esse desgaste com uma ponta diamantada 
(cilíndricas longas – 4103, 3098), é importante manter o 
contorno natural do dente, obtendo uma superfície de 2 a 4 
mm. 
 
Fases para preparo de plano-guia: 
*Preparo no modelo: modelo posicionado na mesa do 
delineador, é feito o desgaste no modelo de estudo, 
obtendo a guia de transferência em resina acrílica (que vai 
permitir fazer o desgaste correto na boca do paciente) 
- Preparar uma “muralha de resina” na superfície incisal dos 
dentes, pois ela que nos dá a trajetória de inserção da 
prótese, ela é a guia de transferência, que transfere o 
desgaste que foi feito no dente do modelo para a boca do 
paciente, transferindo a trajetória de inserção (o plano 
ideal para se fazer o desgaste na boca do paciente). 
Se for preciso, cimentar, para não ficar saindo de posição 
na boca do paciente. 
- Deve-se fazer acabamento e polimento e aplicação tópica 
de flúor. 
*Preparo no paciente 
 
Modificação do equador protético (alteração de contorno): 
desgaste suave da superfície do dente, apenas para 
obtermos um contorno melhor, e não para obtermos um 
paralelismo das paredes -> não precisa ser paralelo à 
trajetória de inserção da prótese. Pode ser feito em 
qualquer superfície axial. 
- Em casos em que houver um contato prematuro (devido ao 
posicionamento correto do grampo), precisamos rebaixar o 
equador protético, para o grampo ser posicionado em uma 
posição inferior, melhorando a relação entre os dentes 
antagonistas. Se o grampo for posicionado acima do EP 
interfere com a oclusão do paciente (contato prematuro 
com a vertente interna da cúspide vestibular) 
- Em casos de molares inclinados, também optamos por essa 
modificação, pois se fosse feito planos guia iria ter que 
desgastar uma boa parte do dente para sua obtenção 
Maneiras para realizar essa modificação: 
- Mudança na inclinação no modelo: pode perder os planos 
guia obtidos naturalmente! 
- Desgaste seletivo do dente (ameloplastia): desgaste 
apenas em nível de esmalte -> desgaste aleatório, para 
tentar obter um posicionamento melhor desse equador 
protético (melhor!), ele é abaixado para que a porção inicial 
do braço de retenção que é rígida, seja colocada acima do 
EP, mas que não interfira na oclusão do paciente. Pode ser 
utilizada a mesma ponta do plano guia, ou uma tronco-cônica. 
 
 
- Colocação de restauração fundida: não é indicado, a não 
ser que o dente esteja muito inclinado/destruído, indicação 
de PPF. 
Confecção de retenção adicional: quando há uma falta de 
retenção no dente pilar. Essa retenção será confeccionada, 
quase sempre em superfície vestibular, onde será alojado o 
braço

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