Logo Passei Direto
Buscar
Material
páginas com resultados encontrados.
páginas com resultados encontrados.
left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

Prévia do material em texto

Ortodontia Preventiva I 
Crescimento e Desenvolvimento Craniofacial 
Fundamentos 
Maloclusão clínica evidente significa um problema 
esquelético 
A ortodontia exacerba, redireciona e estimula o 
crescimento ósseo 
Mecanismos de formação óssea 
A osteogênese ocorre de duas formas: 
INTRAMEMBRANOSA 
- ocorre a partir do tecido conjuntivo membranoso, em 
áreas de tensão onde uma força física de estiramento 
resulta na formação óssea 
- ex: periósteo/endosteo, suturas da face, ligamento 
periodontal 
ENDOCONDRAL 
- primeiro é formado um tecido cartilaginoso para 
proteger os mecanismos de formação (vasos 
sanguíneos, células) e depois o osso se forma, ocorre 
em áreas de compressão 
- ex: sincondroses da base do crânio, côndilos 
Definições 
CRESCIMENTO é o resultado de processos biológico 
(aumento do tamanho e nº de células) através dos quais 
a matéria se torna maior 
DESENVOLVIMENTO é a mudança de células ou 
tecidos generalizados em tecidos mais especializados 
MATURAÇÃO são mudanças que ocorrem com o 
amadurecimento ou a idade 
 
CRESCIMENTO + DESENVOLVIMENTO = MATURAÇÃO 
 
Gradiente céfalocaudal de crescimento 
O crescimento é maior no terço inferior da face do 
que na calota craniana devido a estímulos fisiológicos 
como, por exemplo, mastigar, falar, deglutir, etc 
 
Mecanismos de crescimento 
Existem dois tipos básicos de movimentos de 
crescimento: Remodelação e Deslocamento 
REMODELAÇÃO é ritmado pelo conjunto de tecidos 
moles que se relaciona com cada um dos ossos. O 
crescimento é diferencial, ou seja, algumas áreas 
crescem mais do que outras e é isso que da forma aos 
ossos, por isso a mandíbula de uma RN tem o formato 
diferente da de um adulto. É o mecanismo pelo qual o 
osso aumenta de volume e modifica sua forma 
 
Aposição X Reabsorção 
- áreas de aposição são maiores do que as de 
reabsorção 
A remodelação depende: 
- área, intensidade e direção 
- variações anatômicas 
- distribuição dos campos de crescimento 
- localização e formato dos campos 
- taxa e quantidade de crescimento em cada campo 
- diferença de ritmos de crescimento 
 
DESLOCAMENTO é o movimento físico de todo osso 
que acontece enquanto esse se remodela. 
Normalmente se desloca progressivamente para frente 
e para baixo. 
A medida que o osso aumenta em uma direção é 
simultaneamente deslocado na direção oposta. 
O osso é puxado pela força expansiva de todos os 
tecidos moles em crescimento adjacentes e ligados a 
ele pelas fibras de ancoragem, a medida que isso 
ocorre, novo osso é depositado imediatamente 
(remodelamento), o crescimento ocorre por 
consequência. 
DESLOCA → CRESCE 
Deslocamento primário → resultante do seu próprio 
crescimento 
Deslocamento secundário → resultante do crescimento 
de ossos vizinhos 
 
Principio do “V” 
Muitos ossos tem o formato de um “V” 
Ocorre aposição na parte interna do V e reabsorção 
na parte externa do V, dessa forma, o crescimento é 
direcionado para a parte ampla do V 
 
 
Sítios de Crescimento 
Abóboda craniana 
FONTANELAS 
- “moleiras” 
- área de crescimento ativo 
- após o nascimento o encéfalo começa a se 
desenvolver e aumentar de tamanho, os ossos do 
crânio começam a se separar o que provoca o 
estiramento das fibras de tecido conjuntivo fibroso e 
isso estimula a neoformação óssea (intramembranosa) 
Fontanela anterior → fecha até o 2º ano de vida 
Fontanela posterior → fecha até o 1º ano de vida 
Assoalho craniano 
SINCONDROSES 
- áreas de crescimento cartilaginoso que unem os 
ossos da base do crânio 
- áreas de compressão (endocondral) 
- o alongamento da porção média da base do crânio 
desloca todos os ossos da base do crânio para frente e 
para baixo (OBS: nesse caso Cresce → Desloca) 
Tempo de ossificação da cartilagem: 
Esfeno-occipital (12 a 15 anos) 
Esfeno-etimoidal (7 a 8 anos) 
Interesfenoidal (ao nascimento) 
Intraoccipital (4 a 5 anos) 
Pneumatização do seio esfenoidal (ampliação) 
SINDROME DE APERT restrição do crescimento das 
sincondroses, não há deslocamento, face achatada 
Complexo nasomaxilar 
Função (fala, respiração, mastigação) → Crescimento 
ABOBODA PALATINA 
Respirador bucal a linha desloca da abóboda palatina e 
fica baixa, ocorre o desequilíbrio entre a força do 
bucinador e a força da língua, o que provoca a 
contração do arco maxilar 
- crescimento para trás e para cima 
- deslocamento para frente e para baixo 
SUTURAS 
- zigomático-maxilar, zigomático-temporal, zigomático-
frontal, pterigopalatina 
- o estimulo é o estiramento que provoca neoformação 
óssea 
- tem inclinação oblíqua, o que promove o 
deslocamento p/ baixo e p/ frente 
- aplicação clínica: sutura palatina mediana, é estirada 
com um aparelho para estimular a formação óssea e 
corrigir um arco maxilar estreito 
TUBEROSIDADE MAXILAR 
- área de constante deposição óssea na parede 
posterior para criar espaço, alongando o arco para 
erupção dental 
- aplicação clínica: arco facial externo, empurra os 
dentes para tras e estimula o crescimento do arco 
ESPAÇO ÁEREO NASAL 
- reabsorção interna estimulada pela passagem de ar 
- expansão lateral da câmara nasal 
PALATO 
- aposição na parte interna e deslocamento no mesmo 
sentido da aposição 
 
Crescimento mandibular 
Toda a extensão da sua área participa do processo de 
remodelação 
Cresce: p/ cima e p/ trás 
Desloca: p/ baixo e p/ frente 
RAMO 
- aposição na margem posterior, reabsorção na 
margem anterior 
- alongamento mandibular, aumenta o comprimento do 
arco e cria espaço para a erupção dentária 
 
TUBEROSIDADE LINGUAL 
- aposição posterior e reabsorção na fossa lingual 
CONDILOS 
- princípios do V manutenção das distâncias entre os 
condilos 
- direção de crescimento é póstero-superior, varia em 
magnitude 
- área de compressão (endocondral) 
- as variações interferem na posição da rotação 
mandibular e pode causar mordida aberta ou profunda 
Rotação anti-horária: mordida profunda 
Rotação horária: mordida aberta 
CORPO 
- com a erupção dos dentes tem o aumento vertical 
com o crescimento do processo alveolar 
SINFISE MENTONIANA 
- variação individual 
 
 
Classificação das Maloclusões 
MALOCLUSÃO relação alternativa de partes 
desproporcionadas, suas alterações podem afetar 
dentes, ossos, músculos e nervos 
Classificação de ANGLE 
Propõe que o primeiro molar permanente superior 
ocupa uma posição estável no esqueleto e que as 
desarmonias decorrem de alterações anteroposteriores 
da arcada inferior em relação a ele. 
CLASSE I 
Relação anteroposterior normal – “Chave molar” 
- cúspide mesiovestibular do 1ºMS oclui no sulco central 
da face vestibular do 1ºM I 
- perfil facial reto 
- posição adequada da maxila-mandíbula 
CLASSE II 
O 1ºM I está distalizado em relação ao 1ºMS – 
Distoclusão 
- perfil facial convexo 
CLASSE II DIVISÃO 1º inclinação vestibular dos incisivos 
superiores 
CLASSE II DIVISÃO 2º incisivos superiores lingualizados 
ou verticalizados 
- pode ser SUBDIVISÃO direita ou esquerda 
CLASSE III 
O 1ºM I está mesializado em relação ao 1ºMS 
- perfil facial côncavo 
- não tem divisão 
- pode ter subdivisão direita ou esquerda 
OBS: o mesmo paciente pode ter uma classe de uma 
lado e outra do outro, nesse caso, classificar na menor 
classe 
 
Classificação de LISHER 
Classifica o mau posicionamento dental individual 
MESIOVERSÃO dente mesializado 
DISTOVERSÃO dente distalizado 
VETIBULO/LABIOVERSÃO coroa vestibularizada 
LINGUOVERSÃO coroa lingualizada 
INFRAVERSÃO dente áquem do plano oclusal 
SUPRAVERSÃO dente além do plano oclusal 
GIROVERSÃO rotação do dente em torno do seu longo 
eixo 
AXIVERSÃO alteração do longo eixo dental 
TRANSVERSÃO troca de lugar com outro dente 
PERVERSÃO impactação dental 
- podem ser combinados, ex: axiomesioversão 
Classificação de SIMON 
Relaciona a má oclusão com 3 planos anatômicos 
(Frankfurt, Sagital mediano e Orbital) 
ANOMALIAS ANTEROPOSTERIORES 
- plano orbitalPROTRAÇÃO anteriorização de todo o arco 
RETRAÇÃO deslocamento para posterior 
ANOMALIAS TRANSVERSAIS 
- plano sagital mediano 
CONTRAÇÃO aproximação dental ou de um segmento 
do arco 
DITRAÇÃO afastamento dental ou de um segmento do 
arco 
ANOMALIAS VERTICAIS 
- plano de Frankfurt 
ATRAÇÃO aproxima do plano 
ABSTRAÇÃO afasta do plano 
 
Desenvolvimento da Dentição Decídua 
Períodos 
PRÉ NATAL intrauterino 
PÓS NATAL a partir do nascimento 
Período pré dental 
- rolete gengival 
Período pós dental 
- período da dentição decídua 
- período da dentição mista 
- período da dentição permanente 
É importante identificar o fator etiológico que causou a 
maloclusão 
 
Período dos roletes gengivais 
- início desde o 4º mês de vida intrauterina (início da 
calcificação dos dentes decíduos) até o 6º mês de vida 
pós-natal 
Dentes natais presentes no momento do nascimento 
Dentes neonatais erupcionam durante os 30 primeiros 
dias do nascimento 
Dentes pré erupcionados durante o 2º/3º mês de vida 
IMPLICAÇÕES 
- presença ou ausência de raiz (na ausência extrai – 
deglutição) 
- supranumerário (extrai na maioria dos casos) 
- dente decíduo (se tiver raiz não extrai, pois a perda 
precoce pode causar má oclusão, na ausência de raiz é 
necessário extrair) 
Se mantido, pode causar lesão na mãe, aspiração, 
lesões na base da língua (doença de riga fede) 
O que fazer? Ataque ácido para arredondar as bordas, 
polimento e fluorterapia caseira (fluereto de sódio a 
0,02%) 
 
Todos os dentes decíduos estão separados da cavidade 
oral apenas por gengiva (abaulamentos gengivais), 
durante os 6 primeiros meses de vida ocorre 
deposição óssea em cima da coroa dos dentes 
decíduos para ter o crescimento vertical e aumentar a 
dimensão vertical, proteger a coroa e dar tempo para 
formar a raiz do dente. Após esse período, diminui a 
neoformação óssea e aumenta a reabsorção para 
permitir a erupção dental 
Forma do arco 
É geneticamente determinado, se altera em caso de 
estímulos (chupar dedo) 
SUPERIOR: 
- bastante largo e raso 
- sutura palatina mediana – crescimento transverso 
- forma arredondada 
INFERIOR 
- até o 3º mês de vida a mandíbula tem uma sutura 
que permite o crescimento transverso 
Relação maxila-mandíbula 
- maxila e mandíbula pequenas em relação a cabeça 
- espaço mesial anterior 
- posição distal do rolete inferior 
- movimentos mandibulares: abertura e fechamento 
Quando o bebe oclui, apenas a parte posterior dos 
roletes se tocam, formando o espaço mesial anterior 
Espaço mesial anterior: 
- postura neonatal da língua (amamentação) 
- permitir a erupção dos incisivos sem trauma no 
rebordo oposto 
- não apresenta relação com a máloclusão 
Retrusão mandibular é normal até os 6 meses, a 
amamentação estimula o crescimento + genética 
 
Desenvolvimento da dentição decídua 
Calcificação dos dentes decíduos 
- nascimento: início da calcificação do 1º M permanente 
no ramo da mandíbula (não irrompe por falta de 
espaço no arco e composição) 
Dentes decíduos: 
- manutenção do espaço para os dentes permanentes 
- guia de erupção para o dente permanente 
- desenvolvimento e manutenção do processo alveolar 
- mastigação, deglutição, fonação e estética 
Sequência de erupção 
- até os 2 anos TODOS os decíduos devem ter 
irrompido na cavidade oral 
1 . Grupo dos IC 
2 . Grupo dos IL 
3 . Grupo dos 1ºM 
4 .. Grupo dos C 
5 . Grupo dos 2ºM 
Biogênese da dentição decídua 
ERUPÇÃO DOS INCISIVOS (6M) 
- sobremordida profunda normal 
- desenvolve guia incisal 
- postura lingual mais retruida 
- início da remodelação da ATM 
ERUPÇÃO DOS 1º MOLARES (1 ANO) 
- primeiro aumento da DV 
- sobremordida leve ou topo-a-topo 
ERUPÇÃO DOS CANINOS 
- guia canino 
- espaço primata 
ERUPÇÃO DOS 2º MOLARES (2 ANOS) 
- estabilidade clínica da oclusão (até os 6 anos) 
- formação das raízes dos permanentes 
- reabsorção dos decíduos 
- relação distal do 2ºM decícuo (é guia de erupção 
para o permanente) 
Caracteristicas dos dentes decíduos 
COR: mais branco, menos resistente ao desgaste, 
menos tempo de formação, menos calcificação 
NÚMERO: 20 dentes (incisivos, caninos e molares) 
NOMENCLATURA: 51 / 61 / 71 / 81 
FORMA DO ARCO: ovoide, parabólico, semicircular, 
amplo ou raso 
DESGASTE FISIOLÓGICO: é um dos fatores normais 
na dentição decídua que faz a sobremordida chegar a 
zero ou topo-a-topo na dentição permanente 
Fatores que influencia o desgaste dos decíduos: 
- composição dos dentes decíduos 
- alimentação 
- relação vertical (ausência de curvas de compensação) 
Ausência de desgaste: 
- contatos prematuros 
- mordida cruzada funcional (desvia a mandíbula) 
ESPAÇAMENTOS NA DENTIÇÃO 
Espaços primatas: diastemas específicos 
- arco superior: mesial do canino, alinhar incisivos 
permanentes 
- arco inferior: distal do canino, ajuste do primeiro molar 
em classe I 
Diastemas generalizados: 
- arco tipo I de Baume: espaço entre os incisivos 
decíduos 
- arco tipo II de Baume: ausência de espaço 
Ambos os espaços servem para compensar a 
discrepância de tamanho dos incisivos permanentes e 
decíduos 
Um tipo de arco não se transforma em outro, é 
GENÉTICO 
OCLUSÃO 
- cada decíduo se relaciona com outros 4 dentes (2 
vizinhos, 2 antagonistas) 
- chave de oclusão é avaliada pela distal do 2ºM 
 
 
 
 
 
Desenvolvimento da Dentição Mista 
Estágio entre a erupção dos 1ºM permanente e a 
exfoliação do ultimo decíduo (2ºM superior) 
Dentes adicionais ou suplementares são aqueles que 
erupcionam sem a presença de antecessor, localizam-
se em regiões que anteriormente não existiam dentes 
decíduos (1, 2 e 3 molares permanentes) 
Dente sucessor são aqueles que erupcionam na 
presença de um antecessor, substituem os dentes 
decíduos (Incisivos e caninos permanentes, pré molares) 
 
Dentição Mista 
Durante esse período vários eventos estão ocorrendo, 
os dentes decíduos estão sofrendo exfoliação, os 
dentes permanentes estão em desenvolvimento e a 
face está sofrendo modificações através do 
crescimento e desenvolvimento 
- 6 até 11/12 anos 
Primeiro período transicional 
- ocorre entre os 6 aos 8 anos com os dentes 
inferiores precedendo os superiores 
- erupção dos 1º Molares e incisivos permanentes 
Período inter-transiconal 
- constitui um intervalo de 2 a 3 anos, não havendo 
erupção de NENHUM dente permanente, porém 
havendo extensa REABSORÇÃO do canino e molares 
decíduos e RIZOGÊNESE dos seus sucessores 
- nenhuma alteração clínica 
- 7/8 anos até 10/11 anos 
Segundo período transicional 
- ocorre geralmente dos 10 aos 12 anos 
- substituição dos caninos e molares decíduos pelos 
seus sucessores 
- erupção de caninos, pré molares e 2º molares 
 
Irrupção dentária é a perfuração do tecido gengival e 
aparecimento do dente na cavidade oral 
Erupção dentária movimento dentário desde a sua 
posição na cripta óssea através do processo alveolar, 
emergindo na cavidade bucal até a sua oclusão com o 
dente antagonista 
Processo de erupção dentária: 
- reabsorção da raiz do decíduo 
- formação da raiz do permanente 
- crescimento em altura dos processos alveolares 
- movimento do dente através do osso 
 
Fatores que interferem na erupção dentária 
Calcificação dentária 
- Nolla (1960) 
- o dente permanente só vai começar o seus 
movimentos de erupção quando se inicia a formação 
da raiz 
ESTÁGIO 06 DE NOLLA: 
- coroa completamente formada 
- inicio dos movimentos de erupção 
ESTÁGIO 08 DE NOLLA 
- 2/3 de raiz formada 
- o dente passa pela crista do processo alveolar 
(ultrapassa a área de maior resistência óssea) 
ESTÁGIO 09 DE NOLLA 
- raiz quase completa 
- o dente perfura a margem gengival (irrompe) 
Extração precoce de dentes decíduos 
Antes do estágio 06 – retarda a erupção 
No estágio 06 ou após ele – acelera a erupção 
Perda provocada por lesões periapicais – acelera a 
erupção (mesmo sem raiz, houve destruição óssea 
sobre a coroa)Sequência favorável de erupção dentária 
Maxila: 6 1 2 4 5 3 7 
Mandíbula 6 1 2 3 4 5 7 
- manter o comprimento do arco, qualquer alteração na 
sequencia perde espaço no arco 
- proporcionar a relação normal de molar 
- os dentes inferiores devem irromper antes dos 
superiores (evita mordida cruzada unitária) 
 
Padrão de erupção dos dentes 
permanentes 
Primeiro molar permanente 
- irrompe aos 5 – 6 anos 
- usa a superfície distal do 2ºM decíduo como guia 
- 2º levante na oclusao 
- começa a formar as curvas de Wilson e Spee, por 
causa da angulação dos dentes no osso, o que evita o 
desgaste dentário durante os movimentos mandibulares 
Inferior: 
- coroa mesialmente impactada 
- trajetória de erupção: oclusal e distal, sentido 
anteroposterior 
- trajetória vestibular no sentido transverso 
Superior: 
- coroa está para a distal/túber 
- trajetória de erupção: oclusal e mesial, sentido 
anteroposterior 
- trajetória palatina no sentido transverso 
Incisivos permanentes 
- os dentes permanente são maiores, precisam de mais 
espaço 
- irrompem entre os 6 – 7 anos 
- é normal se formar e irromper por lingual (extrai o 
decíduo que com a força da língua o permanente vai 
para posição) 
Espaços para incisivos: 
- espaço primata no arco superior 
- arco tipo I de Baume 
- crescimento vertical e transverso 
- inclinação vestibular dos incisivos (gera 1 mm de 
espaço) 
- distalização do canino decíduo (não é bom, empurra o 
problema para trás) 
FASE DO PATINHO FEIO: 
- diastemas, coroa dos superiores distalizada, 
sobremordida, vestibuloversão 
- é uma fase normal do desenvolvimento e NÃO deve 
ser corrigida, é corrigido espontaneamente com a 
erupção do canino, dos dentes posteriores e com o 
crescimento vertical da mandíbula 
- o canino está na base do nariz, posição muito alta, se 
tenta corrigir joga a raiz do incisivo contra a coroa do 
canino que reabsorve a raiz 
SOBREMORDIDA 
Decídua: 
- incisivos: sobremordida profunda 
- posteriores: sobremordida leve 
- final: topo-a-topo 
Mista 
- fase do patinho feio: sobremordida profunda 
Permanente 
- curva de Spee, normalidade da sobremordida 
Caninos permanentes e Pré-Molares 
Espaços: 
- crescimento 
- espaço primata inferior 
- leway space 
LEWAY SPACE 
É a diferença da somatória dos diâmetros M-D dos 
caninos e molares decíduos em relação a somatória dos 
seus sucessores 
Em média: 
 1,8mm no arco superior 
 3,8mm no arco inferior 
- está presente em TODOS, podem variam em 
tamanho 
- o inferior é sempre maior pois o 2ºM decíduo inferior 
é maior que o superior 
Importância clínica: 
- alinhar dentes 
- obter chave molar 
 
Relação terminal da face distal dos 2ºM 
decíduos 
Degrau Distal (10%) 
- Classe II 
- a criança já tem uma deficiência no crescimento 
(maxila maior que mandíbula) ou possui hábitos 
 
Plano Reto (76%) 
- Topo a Topo: sem espaço primata inferior 
- Classe I: sem espaço primata inferior + Leway space 
- Classe II: sem espaço primata inferior + hábitos 
anormais + sequencia anormal de erupção + 
crescimento anormal da maxila 
- Classe III: com espaço primata inferior + Leway space 
+ crescimento anterior da mandíbula 
 
Degrau Mesial (14%) 
- Classe I: sem espaço primata + não usa Leway space 
- Classe III: com espaço primata + usa o Leway space + 
crescimento anterior da mandíbula 
 
 
 
 
 
Etiologia das maloclusões 
Fatores etiológicos 
- locais (é o que tratamos) 
- gerais (síndrome de down – ortodontista não corrige) 
Fatores etiológicos locais 
- é preciso remover o fator etiológico, e não apenas 
corrigir a posição dentária 
- causa (hábitos, crescimento anormal) 
- essa maloclusão provoca quais consequências no 
paciente (baba quando dorme, respiração alterada) 
- diagnóstico (ex: mordida aberta provocada por X, 
esquelética, dentária) 
- conduta clínica 
Mordida aberta 
- chupar dedo, palato profundo 
- deglutição atípica (coloca a língua entre os dentes 
para deglutir), primeiro faz a fono, e coloca uma grade 
no aparelho 
Principais fatores etiológicos 
- anomalias do nº de dentes 
- anomalias do tamanho dos dentes 
- anomalias na forma dos dentes 
- freio labial anormal e barreira mucosa 
- perda precoce dos dentes decíduos 
- perda precoce dos dentes permanentes 
- retenção prolongada dos dentes decíduos 
- via de erupção anormal 
- erupção tardia dos dentes permanente 
- anquilose dental 
- carie dental 
- restaurações inadequadas 
- outros 
Dentes supranumerários 
É um germe dentário a mais ou menos sem forma 
(conicos) ou com forma de dente (suplementar) em 
excesso na arcada dentária superior ou inferior 
Geralmente resulta de distúrbio durante o estágio de 
morfodiferenciação – histodiferenciação 
Não existe tempo definido para o desenvolvimento 
(acompanhar radiograficamente) 
Podem se formar antes do nascimento ou até mais 
tarde, aos 10 – 12 anos 
Classificação 
Localização: 
- mesiodens: entre os incisivos 
- paramolares: entre pré-molares 
- distomolares: atrás do ultimo molar 
Forma 
- cônico 
- suplementar 
- odontoma 
CAUSAS 
- hereditariedade 
- dicotomia do germe dentário 
- hiperatividade da lamina dentária 
- proliferação da camada externa da bainha epitelial 
- fissuras palatinas 
- fatores locais como inflamação 
- síndromes relacionadas – displasia cleido-craniana, 
síndrome de Gardner 
FREQUÊNCIA 
- mais incidência na maxila, na dentição permanente 
(90%) 
- mesiodents 
CONSEQUÊNCIAS 
- impedimento da erupção dos dentes 
- alteração do tempo de erupção 
- alteração da sequencia de erupção 
- reabsorção da raiz do permanente 
- perda de espaço na arcada 
DIAGNOSTICO 
- clínico 
- radiográfico (é o ideal) 
CONDUTA CLÍNICA 
- extração o mais precoce possível, o ideal é intervir 
antes do supranumerário irromper, ou seja, antes dele 
instalar uma maloclusão 
Critério 
- manter o dente mais parecido com o dente do grupo 
correto 
- manter o que estiver mais hígido (presença de cárie, 
tratamento endodontico) 
- manter o que tiver com diâmetro M-D mais próximo 
do ideal 
- posição no arco mais correta (o que tiver mais longe 
da linha média, está mais fora da sua posição normal) 
- o que tiver a cor mais agradável 
- avaliar o que é melhor para cada paciente, justificar o 
motivo da extração do dente 
Ausencia congênitas 
Oligodontia – ausência de mais de seis dentes 
Hipodontia – ausência de um a seis dentes 
Anodontia – ausência total de dentes, associação a 
displasia ectodérmica hereditária 
CAUSAS 
- distúrbios durante a formação do dente 
- hereditariedade 
- tendência evolutiva (afeta o ultimo dente do grupo a 
irromper) 
- condições sistêmicas 
- displasia ectodérmica hereditária 
FREQUÊNCIA 
- dentição permanente 
- maxila 
- mais comum que supranumerários 
- 3º molar é o mais afetado 
CONSEQUÊNCIAS 
- desarmonia oclusal 
- estética alterada 
- perda de espaço (migração dentária) 
- diastemas (espações residuais) 
- não estabelece a chave de oclusão 
- retenção prolongada de decíduos 
- extrusão do antagonista 
- perda do contato oclusal e proximal, mesmo com a 
permanência do decíduo 
- nem sempre causa uma maloclusão, as vezes falta 
um dente em cada arco e se equilibra naturalmente 
CONDUTA CLINICA 
- radiografia: contar no nº de dentes 
- manutenção do dente decíduo na boca 
- extração do dente decíduo precocemente 
(fechamento – com os próprios dentes - ou 
manutenção dos espaços) 
Manutenção do espaço: 
- com o dente decíduo (algum dia vai exfoliar) 
- mantem o espaço com ortodontia 
Fechamento do espaço: 
- não há necessidade de prótese (quando fecha com 
os dentes) 
- solução permanente 
- longo tempo de tratamento 
- necessidade de devolver a anatomia dos dentes 
Canino no lugar do lateral – perde guia canino, arruma 
a estética e depois o levantamento fica em grupo, pq 
se não fizer isso o lateral recebe toda a carga e é 
perdido 
AUSÊNCIA DEPRÉ-MOLAR: 
- desgastes interproximais: se não extrair – 
acompanhar e fazer um desgaste na proximal do 2º 
molar decíduo, que o 1º molar mesializa um pouco 
sozinho (se já tiver irrompido) 
- extração: 2º molar decíduo mantem o leway space – 
se extrair precisa colocar um aparelho (quando tiver 
raiz formada de todos os permanentes) para mesializar 
o primeiro molar permanente, o ideal seria extrair com 
o 1º molar intraósseo pq ele mesializa sozinho; 
- dente anquilosado: fica preso no osso, não importa se 
tem permanente irrompido, ou se tem ausência de 
algum dente; depois fecha o espaço com a 
mesialização do molar, ou com o aparelho após a 
formação da raiz de todos os dentes 
Microdontia 
- é mais fácil corrigir, com dentística 
CAUSA 
- hereditariedade 
FREQUÊNCIA 
- incisivos laterais 
CONDUTA CLÍNICA 
- restaurações estéticas 
- tratamento ortodontico (prévia abertura de espaço) 
Macrodontia 
CLASSIFICAÇÃO 
- localizada: é incomum, o dente é normal sob todos os 
aspectos, exceto no tamanho 
É mais difícil arrumar 
FREQUÊNCIA 
Os mais afetados são os incisivos, em meninos 
CONSEQUÊNCIAS 
- modificações na oclusão 
DIAGNOSTICO 
- clínico 
CONDUTA CLÍNICA 
- reestabelecer o tamanho dentário (dentítica) 
- planejamento ortodôntico (extração / desgaste) 
 
Anomalias de forma 
CONSEQUÊNCIA 
- altera o tamanho do dente, causa maloclusão 
Cuspide em garra: causa contato prematuro, desgastar 
o dente 
Freio labial anormal 
- ao nascimento: é normal ter o freio inserido na papila, 
quando os dentes irrompem não pode permanecer ali 
- freio na crista alveolar 
- erupção dentária: inserção migra para cima, correção 
espontânea 
DIAGNOSTICO 
- tracionar o lábio, fica isquêmico 
- radiografias periapicais: septo em V (normal), septo 
em Pá (é o que causa o diastema) 
- divergência da coroa dos incisivos (normal) 
CONDUTA CLÍNICA 
- o diastema só vai fechar se for causado pela fase do 
patinho feio, espera o canino irromper que fecha 
- cirurgia está indicada precocemente, pois quando o 
canino irrompe e o freio já foi removido é mais fácil do 
canino fecha o espaço; só não faz se a criança não 
permite 
- precisa tirar o freio e raspar as fibras, para evitar 
reicidivas 
- aparelho para fechar o diastema 
CONSEQUÊNCIA 
- adquire hábitos viciosos (reicidiva se não remove o 
hábito, interposição da língua, chupar o freio) 
- interferência na fonação 
- efeito estético indesejável 
- diastema interincisal (microdontia, supranumerários na 
linha média, ausência do IL, cistos e tumores) 
- restringe os movimentos labiais 
 
Barreira gengival 
A mucosa comumente se deteriora antes que o dente 
irrompa, porém, nem sempre isso acontece 
- quando o dente não irrompe no período correto, a 
criança mastiga em cima da gengiva, que fica espessa e 
atrasa a erupção dos outros dentes 
CONDUTA CLÍNICA 
- é indicado a ulectomia quando o dente parece estar 
apto a irromper e não o faz (indicada quando a mucosa 
gengival é espessa, raiz não ta totalmente formada – 
tem força de erupção) 
- se a raiz está totalmente formada o dente não tem 
força para irromper, precisa tracionar de dentro do 
osso 
Perda precoce de dentes decíduo 
- manutenção do espaço para o permanente 
- guia de erupção dos dentes permanentes 
- mastigação 
- deglutição 
- fonação 
- estética 
- perda precoce de dente decíduo (quando o germe 
permanente não está no estágio 6 de nolla) 
- quando um dente é perdido por doença periapical, 
acelera a erupção do permanente, que geralmente 
irrompe sem raiz formada 
Estágio 06 de Nolla: 
- os dentes permanentes iniciam a erupção somente 
quando a coroa está completamente formada 
Antes do estágio 06 – retarda 
Depois do estágio 06 – acelera 
Provocada por lesões periapicais – acelera, irrompe 
sem raiz 
Analisar: 
1 . A perda foi precoce? Ver o estágio de formação da 
raiz do germe permanente 
CAUSAS 
- região anterior: traumas e cárie 
- região posterior: cárie 
CONSEQUÊNCIAS 
- formação de osso sobre o sucessor 
- atraso ou aceleração na erupção do sucessor 
- alteração na sequencia de erupção 
- redução do perímetro do arco (perda de espaço) 
- hábitos viciosos (colocar a língua no espaço) 
- giroversão dos dentes vizinhos 
- deglutição atípica 
- extrusão do dente antagonista 
- diastemas 
- perda da função mastigatória (mastiga sobre a 
gengiva, que é espessada) 
CONDUTA CLÍNICA: 
- manter espaço (se os dentes vizinhos ainda não 
inclinaram) 
- recuperar espaço (quando os dentes já inclinaram) 
- fechar espaço 
Avaliar: 
- numero de dentes perdidos 
- tipo de dente perdido 
- época 
- condições do arco 
Manutenção/ Recuperação do espaço: 
- tempo decorrido desde a perda 
- idade dentária do paciente (Nolla) 
- quantidade de osso cobrindo o sucessor 
- sequencia de erupção dentária 
- ausência congênita do permanente 
CONSIDERAÇÕES CLÍNICAS: 
A quantidade de perda de espaço aumenta com o 
tempo, sendo a velocidade do fechamento maior no 
arco superior 
O espaço do 2º molar decíduo superior fecha em 
maior velocidade que o 2º molar decíduo inferior 
O espaço do 1º molar decíduo superior e inferior 
migram no mesmo tempo 
Segmento posterior – mantem ou recupera 
Segmento anterior – coloca o aparelho mantenedor de 
espaço com dentes, para a criança não desenvolver o 
hábito de interpor a língua e mastigar sobre a gengiva, 
e para recuperar a estética 
Perda de canino decíduo inferior: 
- incisivos irrompem e se deslocam, ocorre o desvio da 
linha média 
- é mais difícil corrigir, precisa da orto corretiva 
- perda bilateral: arco lingual de nance 
Obs: não pode instalar o aparelho na mesma sessão 
que extrai o dente decíduo 
Perda precoce do 2º molar decíduo antes da erupção 
do 1º molar permanente: 
- primeiro molar permanente migra para mesial de 
corpo (coroa e raiz) intraósseo, vai ocupar um espaço 
muito maior do que deveria. Perde todo o lewaay 
space, a criança entra em classe 3, precisa de orto 
corretiva 
- redução do perímetro do arco 
- extrusão do antagonista 
Perda de 2º molar decíduo após a erupção do 1º molar 
permanente: 
- inclinação do 1º molar permanente 
- recuperar o espaço com orto preventiva 
OBS o aparelho móvel não empurra a raiz, apenas a 
coroa 
- afeta o leeway space 
Perda precoce de dentes permanente 
Anterior: trauma 
- consequências: desarmonia oclusal, estética alterada, 
função alterada 
Posterior: cárie 
Canino: extração dentária errada, perde guia canina, vai 
ter problemas de ATM – o certo é extrair o pré molar 
e reposicionar o canino 
CONSEQUÊNCIAS 
- diminuição do comprimento do arco 
- extrusão do dente antagonista 
- desenvolvimento de maloclusões 
- implicações periodontais 
- inclinação dos dentes adjacentes 
CONDUTA CLÍNICA 
- recuperar espaço 
- fechar espaço 
Perda dos segundos molares 
- deslizamento mesial dos 3º molares – oclusão 
aceitável com o tempo 
Retenção prolongada de decíduos 
CAUSAS: 
- anquilose do dente decíduo 
- hereditariedade 
- rizólise X rizogênese 
- agenesia do dente permanente 
- doenças congênitas (disostose cleido craniana) 
- endocrinopatias (hipotireoidismo) 
CONSEQUÊNCIAS 
- barreira mecânica à erupção do permanente 
- desvio do eixo de erupção 
- erupção anormal do permanente 
- atraso na erupção do permanente 
- maloclusão 
CONDUTA CLÍNICA 
- exame radiográfico: cronologia de erupção, presença 
do permanente, reabsorções atípicas, anquilose do 
decíduo 
- extração (não deixar a maloclusão se instalar) 
Via anormal de erupção dentária 
CAUSAS 
- permanência prolongada do decíduo 
- infecção dos decíduos 
- interferência mecânica (AEO – quando é usado muito 
precocemente, antes do segundo molar irromper, leva 
a impactação do 2º molar) 
- perda prematura do decíduo 
CONSEQUÊNCIA 
- maloclusão (falta de contatos corretos) 
- reabsorção da raiz dos dentes vizinhos 
Impacção do 1º molar superior 
- sinal de falta deespaço no arco dentário 
- vai reabsorver o 2º molar decíduo e o pré molar vai 
ficar impactado 
DIAGNOSTICO 
- radiográfico (prevenção) 
- cúspide distal do 1º molar permanente superior mais 
próxima do plano oclusal do que as cúspides mesiais 
CONDUTA CLÍNICA: 
- manter a posição 
- correção ortodôntica 
Com o germe do pré molar (ver grau de formação) – 
extrai o decíduo e coloca um fio para distalizar o molar 
(fio de latão, alastic de separação, separador de Kesiling) 
Com germe do pré molar ausente – entrai o decíduo e 
deixa o molar mesializar, vai formar classe 2 de um lado 
Anquilose dentaria 
Resulta numa união óssea direta entre a raiz do dente e 
o osso alveolar 
- dente fica preso no osso alveolar 
- forma um degrau entre o permanente e o decíduo, 
dente em infraoclusão 
- radiografia, tomografia 
- é frequente durante a dentição mista 
CONDUTA CLÍNICA: 
extração, manutenção do decíduo com aumento de 
coroa clínica para impedir a extrusão do antagonista 
(quando não pode extrair o decíduo porque o 
permanente não está no estágio 06 de nolla) 
- extração do dente anquilosado + mantenedores de 
espaço (+2mm de infra-oclusão) 
- manutenção do dente decíduo (restauração do 
diâmetro cervico-oclusal até a época correta de 
extração para permitir a erupção do permanente) 
- anquilose do dente permanente: recolocação ou 
extração do dente (anteriores – primeiro recolocação; 
posteriores – extração) 
CAUSAS 
- lesões ou traumas 
- enfermidades congênitas e endócrinas 
- processos inflamatórios 
- idiopáticas 
É importante o diagnóstico precoce 
DIAGNÓSTICO 
Exame clínico: 
- dente infraoclusão 
- percussão som “seco” 
Exame radiográfico 
- imagem tridimensional (a tomografia é melhor para 
ver) 
Cárie dentária 
- interproximal: os dentes vizinhos vão empurrando os 
dentes, e causa apinhamento 
- é a maior causa de maloclusão localizada 
- afeta as duas dentições 
- leva a perda precoce de dentes 
Traumas 
CONSEQUÊNCIAS 
- impactação dentária 
- desloca a trajetória de erupção dos dentes 
permanentes 
- defeitos de esmalte 
- fraturas dentinárias 
- reabsorção radicular 
 
Conclusões 
- diagnóstico diferencial, classificar a maloclusão 
1 . eliminar o fator etiológico 
2 . pensa em qual aparelho usar 
Fatores etiológicos 
- locais (é o que tratamos) 
- gerais (síndrome de down – ortodontista não corrige) 
Fatores etiológicos locais 
- é preciso remover o fator etiológico, e não apenas 
corrigir a posição dentária 
- causa (hábitos, crescimento anormal) 
- essa maloclusão provoca quais consequências no 
paciente (baba quando dorme, respiração alterada) 
- diagnóstico (ex: mordida aberta provocada por X, 
esquelética, dentária) 
- conduta clínica 
Mordida aberta 
- chupar dedo, palato profundo 
- deglutição atípica (coloca a língua entre os dentes 
para deglutir), primeiro faz a fono, e coloca uma grade 
no aparelho 
Principais fatores etiológicos 
- anomalias do nº de dentes 
- anomalias do tamanho dos dentes 
- anomalias na forma dos dentes 
- freio labial anormal e barreira mucosa 
- perda precoce dos dentes decíduos 
- perda precoce dos dentes permanentes 
- retenção prolongada dos dentes decíduos 
- via de erupção anormal 
- erupção tardia dos dentes permanente 
- anquilose dental 
- carie dental 
- restaurações inadequadas 
- outros 
Dentes supranumerários 
É um germe dentário a mais ou menos sem forma 
(conicos) ou com forma de dente (suplementar) em 
excesso na arcada dentária superior ou inferior 
Geralmente resulta de distúrbio durante o estágio de 
morfodiferenciação – histodiferenciação 
Não existe tempo definido para o desenvolvimento 
(acompanhar radiograficamente) 
Podem se formar antes do nascimento ou até mais 
tarde, aos 10 – 12 anos 
Classificação 
Localização: 
- mesiodens: entre os incisivos 
- paramolares: entre pré-molares 
- distomolares: atrás do ultimo molar 
Forma 
- cônico 
- suplementar 
- odontoma 
CAUSAS 
- hereditariedade 
- dicotomia do germe dentário 
- hiperatividade da lamina dentária 
- proliferação da camada externa da bainha epitelial 
- fissuras palatinas 
- fatores locais como inflamação 
- síndromes relacionadas – displasia cleido-craniana, 
síndrome de Gardner 
FREQUÊNCIA 
- mais incidência na maxila, na dentição permanente 
(90%) 
- mesiodents 
CONSEQUÊNCIAS 
- impedimento da erupção dos dentes 
- alteração do tempo de erupção 
- alteração da sequencia de erupção 
- reabsorção da raiz do permanente 
- perda de espaço na arcada 
DIAGNOSTICO 
- clínico 
- radiográfico (é o ideal) 
CONDUTA CLÍNICA 
- extração o mais precoce possível, o ideal é intervir 
antes do supranumerário irromper, ou seja, antes dele 
instalar uma maloclusão 
Critério 
- manter o dente mais parecido com o dente do grupo 
correto 
- manter o que estiver mais hígido (presença de cárie, 
tratamento endodontico) 
- manter o que tiver com diâmetro M-D mais próximo 
do ideal 
- posição no arco mais correta (o que tiver mais longe 
da linha média, está mais fora da sua posição normal) 
- o que tiver a cor mais agradável 
- avaliar o que é melhor para cada paciente, justificar o 
motivo da extração do dente 
Ausencia congênitas 
Oligodontia – ausência de mais de seis dentes 
Hipodontia – ausência de um a seis dentes 
Anodontia – ausência total de dentes, associação a 
displasia ectodérmica hereditária 
CAUSAS 
- distúrbios durante a formação do dente 
- hereditariedade 
- tendência evolutiva (afeta o ultimo dente do grupo a 
irromper) 
- condições sistêmicas 
- displasia ectodérmica hereditária 
FREQUÊNCIA 
- dentição permanente 
- maxila 
- mais comum que supranumerários 
- 3º molar é o mais afetado 
CONSEQUÊNCIAS 
- desarmonia oclusal 
- estética alterada 
- perda de espaço (migração dentária) 
- diastemas (espações residuais) 
- não estabelece a chave de oclusão 
- retenção prolongada de decíduos 
- extrusão do antagonista 
- perda do contato oclusal e proximal, mesmo com a 
permanência do decíduo 
- nem sempre causa uma maloclusão, as vezes falta 
um dente em cada arco e se equilibra naturalmente 
CONDUTA CLINICA 
- radiografia: contar no nº de dentes 
- manutenção do dente decíduo na boca 
- extração do dente decíduo precocemente 
(fechamento – com os próprios dentes - ou 
manutenção dos espaços) 
Manutenção do espaço: 
- com o dente decíduo (algum dia vai exfoliar) 
- mantem o espaço com ortodontia 
Fechamento do espaço: 
- não há necessidade de prótese (quando fecha com 
os dentes) 
- solução permanente 
- longo tempo de tratamento 
- necessidade de devolver a anatomia dos dentes 
Canino no lugar do lateral – perde guia canino, arruma 
a estética e depois o levantamento fica em grupo, pq 
se não fizer isso o lateral recebe toda a carga e é 
perdido 
AUSÊNCIA DE PRÉ-MOLAR: 
- desgastes interproximais: se não extrair – 
acompanhar e fazer um desgaste na proximal do 2º 
molar decíduo, que o 1º molar mesializa um pouco 
sozinho (se já tiver irrompido) 
- extração: 2º molar decíduo mantem o leway space – 
se extrair precisa colocar um aparelho (quando tiver 
raiz formada de todos os permanentes) para mesializar 
o primeiro molar permanente, o ideal seria extrair com 
o 1º molar intraósseo pq ele mesializa sozinho; 
- dente anquilosado: fica preso no osso, não importa se 
tem permanente irrompido, ou se tem ausência de 
algum dente; depois fecha o espaço com a 
mesialização do molar, ou com o aparelho após a 
formação da raiz de todos os dentes 
 
Microdontia 
- é mais fácil corrigir, com dentística 
CAUSA 
- hereditariedade 
FREQUÊNCIA 
- incisivos laterais 
CONDUTA CLÍNICA 
- restaurações estéticas 
- tratamento ortodontico (prévia abertura de espaço) 
Macrodontia 
CLASSIFICAÇÃO 
- localizada: é incomum, o dente é normal sob todos os 
aspectos, exceto no tamanho 
É mais difícil arrumar 
FREQUÊNCIA 
Os mais afetados são os incisivos, em meninos 
CONSEQUÊNCIAS- modificações na oclusão 
DIAGNOSTICO 
- clínico 
CONDUTA CLÍNICA 
- reestabelecer o tamanho dentário (dentítica) 
- planejamento ortodôntico (extração / desgaste) 
Anomalias de forma 
CONSEQUÊNCIA 
- altera o tamanho do dente, causa maloclusão 
Cuspide em garra: causa contato prematuro, desgastar 
o dente 
Freio labial anormal 
- ao nascimento: é normal ter o freio inserido na papila, 
quando os dentes irrompem não pode permanecer ali 
- freio na crista alveolar 
- erupção dentária: inserção migra para cima, correção 
espontânea 
DIAGNOSTICO 
- tracionar o lábio, fica isquêmico 
- radiografias periapicais: septo em V (normal), septo 
em Pá (é o que causa o diastema) 
- divergência da coroa dos incisivos (normal) 
CONDUTA CLÍNICA 
- o diastema só vai fechar se for causado pela fase do 
patinho feio, espera o canino irromper que fecha 
- cirurgia está indicada precocemente, pois quando o 
canino irrompe e o freio já foi removido é mais fácil do 
canino fecha o espaço; só não faz se a criança não 
permite 
- precisa tirar o freio e raspar as fibras, para evitar 
reicidivas 
- aparelho para fechar o diastema 
CONSEQUÊNCIA 
- adquire hábitos viciosos (reicidiva se não remove o 
hábito, interposição da língua, chupar o freio) 
- interferência na fonação 
- efeito estético indesejável 
- diastema interincisal (microdontia, supranumerários na 
linha média, ausência do IL, cistos e tumores) 
- restringe os movimentos labiais 
 
Barreira gengival 
A mucosa comumente se deteriora antes que o dente 
irrompa, porém, nem sempre isso acontece 
- quando o dente não irrompe no período correto, a 
criança mastiga em cima da gengiva, que fica espessa e 
atrasa a erupção dos outros dentes 
CONDUTA CLÍNICA 
- é indicado a ulectomia quando o dente parece estar 
apto a irromper e não o faz (indicada quando a mucosa 
gengival é espessa, raiz não ta totalmente formada – 
tem força de erupção) 
- se a raiz está totalmente formada o dente não tem 
força para irromper, precisa tracionar de dentro do 
osso 
Perda precoce de dentes decíduo 
- manutenção do espaço para o permanente 
- guia de erupção dos dentes permanentes 
- mastigação 
- deglutição 
- fonação 
- estética 
- perda precoce de dente decíduo (quando o germe 
permanente não está no estágio 6 de nolla) 
- quando um dente é perdido por doença periapical, 
acelera a erupção do permanente, que geralmente 
irrompe sem raiz formada 
Estágio 06 de Nolla: 
- os dentes permanentes iniciam a erupção somente 
quando a coroa está completamente formada 
Antes do estágio 06 – retarda 
Depois do estágio 06 – acelera 
Provocada por lesões periapicais – acelera, irrompe 
sem raiz 
Analisar: 
1 . A perda foi precoce? Ver o estágio de formação da 
raiz do germe permanente 
CAUSAS 
- região anterior: traumas e cárie 
- região posterior: cárie 
CONSEQUÊNCIAS 
- formação de osso sobre o sucessor 
- atraso ou aceleração na erupção do sucessor 
- alteração na sequencia de erupção 
- redução do perímetro do arco (perda de espaço) 
- hábitos viciosos (colocar a língua no espaço) 
- giroversão dos dentes vizinhos 
- deglutição atípica 
- extrusão do dente antagonista 
- diastemas 
- perda da função mastigatória (mastiga sobre a 
gengiva, que é espessada) 
CONDUTA CLÍNICA: 
- manter espaço (se os dentes vizinhos ainda não 
inclinaram) 
- recuperar espaço (quando os dentes já inclinaram) 
- fechar espaço 
Avaliar: 
- numero de dentes perdidos 
- tipo de dente perdido 
- época 
- condições do arco 
Manutenção/ Recuperação do espaço: 
- tempo decorrido desde a perda 
- idade dentária do paciente (Nolla) 
- quantidade de osso cobrindo o sucessor 
- sequencia de erupção dentária 
- ausência congênita do permanente 
CONSIDERAÇÕES CLÍNICAS: 
A quantidade de perda de espaço aumenta com o 
tempo, sendo a velocidade do fechamento maior no 
arco superior 
O espaço do 2º molar decíduo superior fecha em 
maior velocidade que o 2º molar decíduo inferior 
O espaço do 1º molar decíduo superior e inferior 
migram no mesmo tempo 
Segmento posterior – mantem ou recupera 
Segmento anterior – coloca o aparelho mantenedor de 
espaço com dentes, para a criança não desenvolver o 
hábito de interpor a língua e mastigar sobre a gengiva, 
e para recuperar a estética 
Perda de canino decíduo inferior: 
- incisivos irrompem e se deslocam, ocorre o desvio da 
linha média 
- é mais difícil corrigir, precisa da orto corretiva 
- perda bilateral: arco lingual de nance 
Obs: não pode instalar o aparelho na mesma sessão 
que extrai o dente decíduo 
Perda precoce do 2º molar decíduo antes da erupção 
do 1º molar permanente: 
- primeiro molar permanente migra para mesial de 
corpo (coroa e raiz) intraósseo, vai ocupar um espaço 
muito maior do que deveria. Perde todo o lewaay 
space, a criança entra em classe 3, precisa de orto 
corretiva 
- redução do perímetro do arco 
- extrusão do antagonista 
Perda de 2º molar decíduo após a erupção do 1º molar 
permanente: 
- inclinação do 1º molar permanente 
- recuperar o espaço com orto preventiva 
OBS o aparelho móvel não empurra a raiz, apenas a 
coroa 
- afeta o leeway space 
Perda precoce de dentes permanente 
Anterior: trauma 
- consequências: desarmonia oclusal, estética alterada, 
função alterada 
Posterior: cárie 
Canino: extração dentária errada, perde guia canina, vai 
ter problemas de ATM – o certo é extrair o pré molar 
e reposicionar o canino 
CONSEQUÊNCIAS 
- diminuição do comprimento do arco 
- extrusão do dente antagonista 
- desenvolvimento de maloclusões 
- implicações periodontais 
- inclinação dos dentes adjacentes 
CONDUTA CLÍNICA 
- recuperar espaço 
- fechar espaço 
Perda dos segundos molares 
- deslizamento mesial dos 3º molares – oclusão 
aceitável com o tempo 
Retenção prolongada de decíduos 
CAUSAS: 
- anquilose do dente decíduo 
- hereditariedade 
- rizólise X rizogênese 
- agenesia do dente permanente 
- doenças congênitas (disostose cleido craniana) 
- endocrinopatias (hipotireoidismo) 
CONSEQUÊNCIAS 
- barreira mecânica à erupção do permanente 
- desvio do eixo de erupção 
- erupção anormal do permanente 
- atraso na erupção do permanente 
- maloclusão 
CONDUTA CLÍNICA 
- exame radiográfico: cronologia de erupção, presença 
do permanente, reabsorções atípicas, anquilose do 
decíduo 
- extração (não deixar a maloclusão se instalar) 
Via anormal de erupção dentária 
CAUSAS 
- permanência prolongada do decíduo 
- infecção dos decíduos 
- interferência mecânica (AEO – quando é usado muito 
precocemente, antes do segundo molar irromper, leva 
a impactação do 2º molar) 
- perda prematura do decíduo 
CONSEQUÊNCIA 
- maloclusão (falta de contatos corretos) 
- reabsorção da raiz dos dentes vizinhos 
Impacção do 1º molar superior 
- sinal de falta de espaço no arco dentário 
- vai reabsorver o 2º molar decíduo e o pré molar vai 
ficar impactado 
DIAGNOSTICO 
- radiográfico (prevenção) 
- cúspide distal do 1º molar permanente superior mais 
próxima do plano oclusal do que as cúspides mesiais 
CONDUTA CLÍNICA: 
- manter a posição 
- correção ortodôntica 
Com o germe do pré molar (ver grau de formação) – 
extrai o decíduo e coloca um fio para distalizar o molar 
(fio de latão, alastic de separação, separador de Kesiling) 
Com germe do pré molar ausente – entrai o decíduo e 
deixa o molar mesializar, vai formar classe 2 de um lado 
Anquilose dentaria 
Resulta numa união óssea direta entre a raiz do dente e 
o osso alveolar 
- dente fica preso no osso alveolar 
- forma um degrau entre o permanente e o decíduo, 
dente em infraoclusão 
- radiografia, tomografia 
- é frequente durante a dentição mista 
CONDUTA CLÍNICA: 
extração, manutenção do decíduo com aumento de 
coroa clínica para impedir a extrusão do antagonista 
(quando não pode extrair o decíduo porque o 
permanente não está no estágio 06 de nolla) 
- extração do dente anquilosado + mantenedoresde 
espaço (+2mm de infra-oclusão) 
- manutenção do dente decíduo (restauração do 
diâmetro cervico-oclusal até a época correta de 
extração para permitir a erupção do permanente) 
- anquilose do dente permanente: recolocação ou 
extração do dente (anteriores – primeiro recolocação; 
posteriores – extração) 
CAUSAS 
- lesões ou traumas 
- enfermidades congênitas e endócrinas 
- processos inflamatórios 
- idiopáticas 
É importante o diagnóstico precoce 
DIAGNÓSTICO 
Exame clínico: 
- dente infraoclusão 
- percussão som “seco” 
Exame radiográfico 
- imagem tridimensional (a tomografia é melhor para 
ver) 
Cárie dentária 
- interproximal: os dentes vizinhos vão empurrando os 
dentes, e causa apinhamento 
- é a maior causa de maloclusão localizada 
- afeta as duas dentições 
- leva a perda precoce de dentes 
Traumas 
CONSEQUÊNCIAS 
- impactação dentária 
- desloca a trajetória de erupção dos dentes 
permanentes 
- defeitos de esmalte 
- fraturas dentinárias 
- reabsorção radicular 
 
Conclusões 
- diagnóstico diferencial, classificar a maloclusão 
1 . eliminar o fator etiológico 
2 . pensa em qual aparelho usar 
 
 
Hábitos Orais 
Maloclusões 
Problemas dentais 
Problemas esqueléticos 
Problemas musculares (chupar dedo) 
Intrauterino já tem o exercício da sucção (mecanismo 
de sobrevivência) 
Nasce sem mandíbula praticamente – facilitar parto 
natural 
Aleitamento adequado – estímulo para desenvolvimento 
da mandíbula a nível da maxila 
 
Hábitos 
Costume e práticas que por meio de repetição vão se 
tornar um mecanismo de naturalidade 
Hábitos bucais 
Estamos começando a reconhecer quão danosos são 
os hábitos viciosos de lábios e língua, quão difíceis eles 
são de resolver e quão desastroso é o resultado do 
tratamento a menos que eles sejam corrigidos. 
Classificação 
HÁBITOS EXTRA ORAIS 
Apoiar queixo e rosto sobre a mão, posições anormais 
no uso do travesseiro, dormir de um único lado 
HÁBITOS INTRA ORAIS 
Mordida – unhas, lábios, língua e objetos 
Sucção – pelegar/digital, língua, bochechas, lábios, 
cobertor, lençol e outros objetos 
DEGLUTIÇÃO ALTERADA 
RESPIRAÇÃO ORAL OU BUCAL 
 
Hábitos intra-orais 
Sucção digital ou chupeta 
- desaparecer espontaneamente até os dois anos de 
idade é o ideal, porém não é o que ocorre 
- desde o nascimento até os 4 anos de idade, até essa 
idade tem uma deformação temporária e responde 
satisfatoriamente em 80% dos casos 
 
Chupeta convencional X anatômica ou ortodôntica 
- mordida aberta anterior – semidiferenciação estatística 
- mordida cruzada posterior mais frequente com a 
chupeta convencional 
- aspecto miofuncional levemente melhor com a 
chupeta anatômica 
 
Tríade de Graber 
Grau de deformação da oclusão 
- para que um hábito seja pernicioso deve estar 
causando maloclusões 
- os efeitos prejudiciais estão ligados a 3 fatores: 
duração, intensidade e frequência do hábito 
 
 
 
 
 
 
 
Influencia da amamentação natural sobre a criança 
- necessidade orgânica e afetiva 
- saúde 
- exercício miofuncional orofacial (é cansativo) 
- redução da frequência do hábito de sucção 
 
Amamentação artificial adequada 
- furo pequeno 
- anatomia adequada 
Amamentação artificial causa: 
- hipotonicidade da língua 
- respiração oral ou mista 60% 
- atresia do arco superior 
Respiradores orais estão associados à: 
< período de amamentação natural 
> Histórico de hábitos de sucção e mordida 
 
 
 
 
 
Sucção do polegar 
Fase I 
- sucção normal, subclinicamente significante. Do 
nascimento até mais ou menos 3 anos, na dependência 
do desenvolvimento social da criança 
Fase II 
- sucção significante clinicamente, dos 3 aos 6 ou 7 
anos 
- dois fatores: ansiedade, melhor época para correção 
Fase III 
- sucção não tratada, após 4 anos requer imediata 
terapia ortodôntica e psicológica 
 
Sucção digital 
Tentativas mal sucedidas de eliminar o hábito 
Vigilancia contínua da criança pelos pais – mecanismo 
de atrair atenção 
TRATAMENTO 
Pais – evitar repreensão ou recompensa/suborno 
Criança – explicações detalhadas 
Profissional – programa de autoajuda 
 
Aparelhos para interceptação de 
hábitos 
Grade vertical com ou sem pontas ativas com ou sem 
cobertura acrílica (com ponta ativa é agressivo demais) 
Aparelhos removíveis 
- melhor esperar um pouco, após os 6 anos de idade 
(mais maturidade, melhor entendimento) 
Interceptador de hábito fixo 
 
Deglutição alterada 
Quando a criança tem mordida aberta para conseguir 
deglutir é necessário que a língua se projete entre os 
dentes, criando assim um selamento que permita a 
deglutição, ou seja, a mordida aberta favorece a 
deglutição alterada e o hábito de colocar a língua entre 
Duração Intensidade 
Frequência 
os dentes para deglutir piora o quadro de mordida 
aberta 
DEGLUTIÇÃO NORMAL 
- lábios se tocam levemente 
- músculos faciais de expressão não são utilizados 
- contração do musculo temporal com elevação da 
mandíbula 
- dentes entram em oclusão 
DEGLUTIÇÃO ALTERADA 
- projeção anterior da língua 
- hipotonicidade do lábio superior 
- função anormal do lábio inferior 
- língua descansa na linha de oclusão ou na mesa de 
oclusão 
- músculos faciais de expressão (orbicular oral e 
mentais) são contraídos para posicionar o bolo alimentar 
para trás com a língua 
- músculos da mastigação não são utilizados para 
aproximar os maxilares 
Os hábitos fazem a criança responder pior ao 
tratamento 
TRATAMENTO 
Multiprofissional 
- ortodontia: aparelhos com pontas (língua bate e 
recua) 
- fonoaudióloga 
 
Interposição do lábio inferior 
É quando o lábio é colocado entre o arco inferior e os 
dentes superiores, causando a projeção dos incisivos 
para vestibular (força lingual e ausência do lábio como 
barreira) 
- causa aumento do overjet 
TRATAMENTO 
Lip bumper ou Placa labial ativa – não corrige o overjet, 
apenas é um interceptador de hábito pois impede que 
a criança interponha o lábio inferior entre os dentes 
 
 
 
Respirador bucal 
Características faciais 
FACE ADENOIDIANA 
- face longa e estreita 
- olhar cansado, fisionomia sem expressão 
- olheiras decorrentes da congestão venosa devido ao 
edema nasal 
- nariz pequeno = estreitamento da abertura nasal 
- lábios entreabertos, hipotônico e ressecados – lábio 
superior curto 
- interposição do lábio inferior entre IS e II 
- pressão do lábio inferior sobre a face palatina dos 
incisivos 
- hiperplasia gengival 
- atresia nasal (encaminhar para otorrino/fono, tratar 
causa, reeducar a respiração se não tem reicidiva) 
Síndrome do respirados oral – terço inferior da face 
aumentado 
 
Características esqueléticas 
- crescimento anormal na região posterior da face, 
altura facial posterior diminuída 
- crescimento alveolar excessivo no sentido vertical, 
altura facial anterior aumentada 
- inclinação aumentada do plano mandibular 
- ângulo geníaco obtuso 
- alteração na nasofaringe 
- IS protruidos e II inclinados para lingual 
- curva de spee acentuada 
- overjet ou sobressaliencia 
- arco maxilar contraído, palato profundo e distancia 
intermolar diminuída (língua devia estar posicionada mais 
alta, favores a mordida cruzada - língua baixa força os 
dentes da mandíbula para frente) 
Características oclusais 
- mordida aberta anterior 
- contração do arco maxilar 
- língua baixa 
- aumento do ângulo mandibular no sentido horário 
- área 
- extrusão de dente que favorecem mordida aberta 
(dente deveria estar ocluindo, abriu a mordida e teve 
extrusão) 
 
Mordida cruzada posterior unilateral funcional 
O hábito de sucção digital e a respiração bucal podem 
favorecer a instalação de mordidas cruzadas, o 
abaixamento da mandíbula, devido a esses hábitos, 
provoca um desequilíbrio das forças da língua e do 
musculo bucinador exercidas sobre a maxila, causando 
sua contração. 
A contração da maxila gera um contato prematuro em 
caninos decíduos, o que faz a criança desviar a 
mandíbula para procurar uma posição confortável em 
máxima intercuspidação habitual,causando a mordida 
cruzada funcional 
- linha mediana não se coincidem 
- crescimento assimétrico da mandíbula 
- unilateral falsa tem contração e tendência de mordida 
cruzada, porém 2 lados estão prejudicados (RC e MIH 
não coincidem linha média) 
- unilateral verdadeira - RC e habitual coincidem com a 
linha média 
CRESCIMENTO ASSIMÉTRICO DA MANDÍBULA 
- compressão de um lado – reabsorção 
- neoformação do outro lado 
- assimetria facial 
- comumente esquelética 
 
TRATAMENTO 
Expansão rápida da maxila 
- com aparelho disjuntor 
- dentomucosuportado – aparelho fixo 
- abertura em V da sutura palatina mediana 
Efeitos: 
- aumento da largura nasal e maxilar 
- diminuição da resistência nasal durante a respiração 
(melhora respiração porque teto da boca é o assoalho 
nasal) 
- precisa de exercícios para melhorar a respiração 
 
FATORES LOCAIS 
- tamanho, localização da tonsila faríngela 
- infecções respiratórias recorrentes 
- processos alérgicos 
- asma 
- rinite crônica 
 
TRATAMENTO DE MORDIDA ABERTA ANTERIOR 
- interceptação de hábito 
- terapia fonoaudióloga 
- forças ortopédicas (aparelho de Thurou modificado) 
- otorrino, fono, orto 
 
 
 
Diastema 
Diastema 
Definição: qualquer espaço entre 2 dentes 
- na fase do patinho feio é uma condição normal, não 
precisa de intervenção 
Tipos 
LOCALIZADA: espaço excessivo em um ponto de 
contato 
GENERALIZADA: espaço excessivo em vários pontos 
de contato 
 
Fatores etiológicos 
Durante desenvolvimento normal 
DENTIÇÃO DECÍCUA 
- arco tipo I de Baume 
- espaço primata 
DENTIÇÃO MISTA 
- fase do patinho feio (inclinação dos dentes, canino se 
encontra alto) 
 
DENTIÇÃO PERMANENTE 
- não está presente normalmente 
Deficiência de material dentário no arco 
- discrepância de tamanho dentário (dentes conóides) 
- dentes ausentes 
- dentes ectópicos (fora de posição) 
- dentes extraídos (fibrosamento do tecido, tem 
dificuldade de irrompimento do dente) 
- apinhamento 
- comprimento do arco aumentado 
- língua em posição anormal (língua baixa, com 
tonicidade aumentada, vestibulariza os dentes) 
Impedimentos físicos 
- dente decíduo retido 
- dente supranumerário 
- freio labial anormal (parte óssea em pá, puxar pra 
cima e pra frente, papila fica isquêmica) 
- fusão imperfeita da pré-maxila (inserção de fibras, 
parte óssea em W) 
- presença de cistos e tumores 
- sobremordida exagerada (vestibulariza os incisivos 
superiores) 
- perda dos dentes posteriores 
Artificais 
Condição que é causada por uma intervenção 
- expansão palatal rápida 
 
Diagnóstico diferencial 
Exame clínico 
Identificar: 
- espaço localizado ou generalizado 
- medir os dentes 
- ausência de dentes 
- presença de sobremordida 
- presença de hábitos 
- tratamento ortodôntico prévio (artificial) 
- levantar o lábio superior e verificar a presença de 
isquemia (distema interincisal – diastema anterior) 
- determinar, se possível, se o espaço está aumentado 
Exame radiográfico 
- verificar fusão imperfeita da pré-maxila (linha média) 
- presença de supranumerário 
- ausência congênita de incisivo lateral 
- presença de lesões na linha média 
DIASTEMA INTERINCISAL 
- teste isquêmico 
- radiografias periapicais (caso não consiga identificar 
apenas no teste clínico) 
Tratamento 
- aparelhos removíveis (Hawley, placas com grampos, 
placas modificadas) – removível é limitado, não 
consegue fazer muitas movimentações. Só pode ser 
usado para fechar diastema caso tenha convergência 
do ápice (duas molas) 
- aparelhos fixos (elástico + braquetes) 
- cirúrgico (frenectomia – remoção completa do tecido 
fibroso em sua origem – frenotomia – remoção parcial 
do tecido fibroso e reinserção mais apical) 
Indicação da cirurgia: 
- após caninos apresentarem metade da sua coroa na 
cavidade oral 
- frenectomias precoces podem resultar numa 
formação cicatricial que impede o movimento mesial 
dos incisivos 
- frenectomia antes do tratamento ortodôntico estão 
contra-indicadas 
 
Conclusão 
- deve-se saber que existem fases normais do 
desenvolvimento dentário onde há espaçamento entre 
os dentes 
- é necessário conhecer os fatores etiológicos dos 
diastemas para poder diagnosticar e estabelecer o 
tratamento correto 
- deve-se aguardar a erupção dos caninos 
permanentes para, se necessário, indicar a frenectomia 
 
 
Mantenedores de espaço 
Perda precoce de dentes decíduos 
Se há uma perda precoce do dente decíduo, todo o 
equilíbrio de desenvolvimento normal é rompido, assim, 
é necessário o aparelho ortodôntico para recuperar 
esse equilíbrio 
Mesmo sem perda precoce é possível desenvolver 
uma má oclusão 
Definição: é definida pelo extravio de um dente decíduo 
antes do tempo de sua esfoliação natural. Há 2 vezes 
mais chance de ter ocorrido perda precoce anterior a 
uma maloclusão. Se ocorrer é necessário manter o 
espaço 
Se o dente for perdido antes do estágio 6 de Nolla do 
permanente, é considerado perda precoce 
O ideal é que o dente decíduo seja perdido quando o 
permanente estiver com 2/3 de raiz formada 
Como saber se a perda é precoce? 
- idade do paciente 
- estágio de formação da raiz do permanente (Nolla) 
 
Causas da perda precoce 
Traumatismos 
- pouco provável em segundo molar decíduo inferior 
- muito comum em incisivos centrais superiores 
- comum entre 5 – 6 anos de idade 
Processos anormais de reabsorção 
1 . Incisivo lateral inferior irrompe para a distal 
ocasionando a esfoliação precoce do canino decíduo, 
causando perda de espaço no arco dentário 
 
2 . Falta de espaço para irrompimento dos IC 
superiores, irrompe para a distal e reabsorve 
precocemente os laterais decíduos. Revela falta de 
espaço já existente, mas não acentua a deficiência 
 
3 . Desvio do trajeto eruptivo do 1º molar permanente 
superior (deveria estar inclinado para a distal, mas se 
inclina para a mesial), erupciona em cima do segundo 
molar decíduo superior 5 anos antes do normal, 
levando a esfoliação precoce do 2º molar decíduo 
superior (além disso o desvio intenso para mesial ocupa 
muito espaço do segundo molar decíduo, não deixando 
espaço para erupção do 2º pré molar) 
 
Cárie 
- restaurar o dente decíduo sempre que possível 
- quando perder muita massa dentária, precisa extrair o 
dente decíduo e manter o espaço 
Exodontias e Patologias 
- negligência do tratamento (não valorizar o dente 
decíduo, “é decíduo, vai cair”) 
- problemas culturais (desvalorização do dente decíduo, 
não valoriza a escovação) 
- com finalidade ortodôntica (não tem quando se trata 
de um dente decíduo; é comum extrair o canino 
decíduo inferior para resolver o apinhamento primário 
dos incisivos inferiores, o que pode causar impactação 
dos caninos inferiores permanentes) 
- anquilose (esteve em erupção e parou), falha primária 
de erupção (dente que nunca esteve em erupção, e 
nunca vai irromper, precisa extrair) 
 
OBS: falha primária de erupção no dente 65 permitindo 
a inclinação mesial do dente 26 e a impactação do 25 
– conduta é extrair o dente 65 
Problemas da perda precoce dos decíduos 
- migração mesial dos posteriores 
- inclinação lingual dos incisivos 
- aceleração ou retardo na erupção 
- extrusão dos antagonistas 
- instalação dos hábitos nocivos 
- comprometimento estético e psicológico 
- dificuldade em articular sons 
 
Mantenedores de espaço 
Requisitos para usar mantenedor de espaço 
O sucessor permanete está presente e hígido 
- teórico: não mantém espaço para um dente que não 
existe 
- clínico: para evitar a mesialização dos dentes vizinhos, 
manter o espaço para por um implante no futuro 
O espaço para o dente não diminuiu 
- partir para a recuperação do espaço se tiver 
diminuido 
A relação molar e de caninos não foi afetada 
- não alterou a classe que o paciente era (classe I fica 
classe I) 
Predileção favorável da analise da dentição mista 
- já vai ter problema de espaço., independente da 
manutenção do espaçoCaso que cumpre os requisitos para utilização do 
mantenedor de espaço (não perdeu o espaço, 
sucessor presente e integro, classe I mantida) 
 
Planejamento do mantenedor de espaço (cai 
na prova) 
Tempo decorrido após a perda 
- maior movimento dos dentes vizinhos nos primeiros 6 
meses 
- mais rápido na maxila (porque o osso é mais poroso, 
é sempre o primeiro a ser colocado) 
- aparelho depois cirúrgica, atuar o mais cedo possível 
(antes do dente decíduo ser extraído) 
Idade dentária do paciente 
- o irrompimento do permanente depende do estágio 
de formação de Nolla 
- perda de decíduos antes do estágio 6 de Nolla – 
retarda a erupção 
 
- perda de decíduos após o estágio 8 de Nolla (2/3 de 
raiz formada) – acelera a erupção (mesmo assim 
colocar o mantenedor de espaço, para segurança que 
o espaço não vai ser perdido) 
 
 
 
Quantidade de osso que cobre o dente não irrompido 
- lesão periapical acelera o irrompimento (houve 
destruição do osso que recobria o permanente – 
irrompe sem raiz totalmente formada, nunca pode 
fazer endo) 
- presença de osso retarda o irrompimento, pois há um 
barreira mecânica que dificulta a erupção 
Sequencia de erupção dentária 
 
Maxila: 1º M – Incisivos – 1º PM – 2º PM – C – 2º M 
Mandíbula: 1º M – Incisivos – C – 1º PM – 2º PM – 2ºM 
- se inverter a sequencia, os dentes vão se 
empurrando e há perda de espaço 
Erupção tardia do dente permanente 
- quando altera a sequencia de erupção 
- pode estar reabsorvendo raiz de permanente 
Caso 1: Canino com erupção tardia – conduta é extrair 
o decíduo e manter o espaço para que o permanente 
tenha espaço para irromper 
 
Caso 2: Canino permanente com um cisto e deslocado 
para mesial – conduta é exodontia do decíduo e 
mantenedor do espaço 
 
Ausência congênita do dente permanente 
- mantenedor ou acompanhamento 
- a melhor opção é manter o espaço (os dentes 
vizinhos vão estar verticais e é mais fácil movimentá-los 
assim 
Apresentação aos pais 
- é um aparelho passivo, não vai movimentar os dentes 
- passar informação primeiro 
 
Aparelhos mantenedores de espaço 
Escolha do aparelho 
Idade da criança (decide por fixo ou removível a 
depender da idade) 
Grau de cooperação (meninas colaboram mais, 
meninos menos) 
Higiene bucal (se for precária o removível é melhor, 
pois tira para comer e higieniza) 
Número de dentes perdidos (se perdeu muitos dente 
precisa ser o removível com dente de estoque, para 
evitar interposição da lingual e déficit mastigatório) 
Tipo de padrão esquelético (pacientes mais verticais 
tem mais facilidade de movimentação dos dentes – 
fixo, braquifaciais – removível) 
Hábitos bucais (removível com dente de estoque, evita 
os hábitos) 
Desejo da criança e dos pais 
 
Tipos de aparelhos 
Fixos 
BANDA ALÇA 
- indicada para perdas precoces unilaterais de no 
máximo 1 ou 2 dentes (se não fica muito longa de 
flexível) 
- banda no dente vizinho (anterior ou posterior), precisa 
ficar bem adaptada no dente, abaixo da crista marginal 
- faz a moldagem com a banda em posição, tira a 
banda do dente e transfere para o molde 
- fio 0,8 mm, adapta por fora do rebordo para não 
atrapalhar o espaço do dente 
 
COROA DE AÇO ALÇA 
- indicação: diante da destruição de dentes decíduos 
- coloca uma coroa no dente vizinho que está 
destruído e a banda é soldada na coroa 
 
ORIENTADOR DE ERUPÇÃO 
- indicação: perda do 2º molar decíduo antes do 
irrompimento do 1º molar permanente, ou seja, não 
tem dente vizinho para apoiar a banda 
- usa acrílico com dente de estoque que faz uma 
pressão sobre o robordo e é entendido como a 
presença de um dente, o que faz o dente permanente 
não mudar de posição 
- colocar uma película de chumbo em baixo do acrílico 
e radiografar para ver se está sobre o primeiro molar 
permanente (se tiver tem que cortar até ficar adaptado 
na mesial) 
 
ARCO LINGUAL 
- indicado: perdas precoces bilaterais, principalmente no 
arco inferior 
- bandas adaptadas nos primeiros molares de ambos os 
lados, por lingual 
 
Mecanismos de manutenção do espaço 
- impede o movimento mesial dos molares (banda no 
molar e anteparo anterior) 
- incisivo inferior não inclina para lingual (se inclinar para 
lingual perde espaço no arco, se for pra vestibular 
ganha espaço no arco) 
BOTÃO PALATINO DE NANCE 
- indicação: perda bilateral no arco superior 
- é parecido que o arco lingual, mas tem um botão de 
acrílico na região de incisivos superiores, na curvatura 
anterior do palato 
- botão: diametro de 10 mm, deve ser apoiado em osso 
basal pois é mais resistente do que o osso alveolar, 
evita ferimento no palato 
Mecanismo de manutenção 
- botão de nance apoiado no palato impede o 
movimento mesial dos molares (acúmulo de comida, 
rugas palatinas pronunciadas pode causar dor por 
compressão) 
- banda nos molares 
 
BARRA TRANSPALATINA 
- indicada: perda precoce bilaterais no arco superior 
- pode ser soldada ou encaixada (usar amarrada em um 
fio dental, pois pode deglutir – fazer raio X de tórax) 
 
MANTENEDOR FIXO COM DENTES 
- prótese apoiada em um fio ortodôntico 
- indicação: perda precoce de dentes anteriores 
- exige um desgaste em dentes decíduos (câmara 
pulpar ampla) 
 
 
Removíveis 
APARELHOS REMOVÍVEIS 
- consegue repor dentes perdidos em todo o arco, 
através de dentes de estoque presos ao aparelho 
removível 
- evitar usar adans no arco inferior por causa da barra 
lingual do grampo, o aparelho vai ser deslocado pela 
oclusão com o dente superior 
- observar a erupção dos dentes permanentes, 
acompanhar a cada mês 
- melhora a estética 
 
PRÓTESE PARCIAL 
- perda de vários dentes (cárie de mamadeira) 
- reestabelece a estética e oclusão 
- dificuldade no uso por uma criança, tem difícil 
retenção pois só tem apoio em molares 
 
PRÓTESE TOTAL 
- nenhuma retenção em dente 
- é muito difícil ter retenção 
- consultar frequentes com radiografias panorâmicas 
para acompanhar o processo de irrompimento dos 
permanentes 
 
Perda precoce – grupos de dentes 
Incisivos 
Perda até uns 3 anos 
Aspectos envolvidos 
- estéticos (sofre bullyng) 
- fonéticos (tem fala soprada) 
- mastigatórios 
- deglutição 
- psicológico 
- instalação de hábitos 
Não colocar o mantenedor após 5 anos de idade, pois 
já tem o início da erupção dos incisivos permanentes 
INDICAÇÃO DO MANTENEDOR: satisfazer requisitos 
estéticos e fonéticos e ocasionalmente, prevenir que a 
criança desenvolva hábitos de interposição de língua, 
sobretudo nos casos de perda múltipla de incisivos 
decíduos. 
OBS: não usar o dente do paciente avulsionado como 
reposição no aparelho removível, pois quando o dente 
perde a irrigação ele fica muito desidratado e branco 
 
Caninos 
Aspectos envolvidos 
- apinhamento 
- desvio de linha média 
- redução do perímetro do arco 
- inclinação lingual dos incisivos (perde o contato lateral, 
os incisivos inclinam para lingual – aumenta overjet e 
overbite) – conduta: arco lingual com “esporão” para 
evitar a inclinação dos incisivos e desvio da linha média 
 
INDICAÇÃO DE MANTENEDOR: evitar deslocamentos 
dentários indesejados 
Primeiros molares 
Aspectos envolvidos 
- migração distal do canino 
- migração mesial do 2º molar (impactação do 1º pré 
molar) 
- tendência ao apinhamento pela redução do perímetro 
do arco 
Segundos molares 
- bastante preocupantes (Cai na prova) 
Antes da irrupção do 6 (1ºM) 
- migração intraóssea do primeiro molar permanente 
- grande perda de espaço (passa por cima da coroa do 
pré molar dentro do osso) 
Após a irrupção do 6 (1ºM) 
- mesialização (inclinação/giroversão), não vai migrar de 
corpo 
- perda de espaço (menos preocupante que o outro) 
Ambas precisam de mantenedor de espaço imediato, 
porém o primeiro caso é mais grave 
PERGUNTAS 
Qual seria a provável sequela aos 8 anos de idade, com 
a perda precoce do segundo molar decíduo inferior aos 
4 anos de idade, se um mantenedor de espaçonão for 
confeccionado? R: O primeiro molar permanente 
intraósseo migraria de corpo para a mesial, passando 
por cima da coroa do pré molar que está intraósseo e 
mais abaixo do que o primeiro molar permanente, 
ocasionando grande perda de espaço no arco. 
 
 
 
 
 
 
 
Mordida Cruzada Anterior
Mordida cruzada 
Um ou mais dentes ocupam posições anormais no 
sentido vestíbulo-lingual 
A posição pode ser lingual ou vestibular em relação aos 
dentes antagonistas 
- para vestibular: mordida cruzada vestibular 
- para lingual: mordida cruzada lingualizada 
A mordida cruzada pode ser unilateral ou bilateral 
Etiologia 
RETENÇÃO PROLONGADA DE DENTES DECÍDUOS 
- dentes permanentes irrompem fora de posição por 
falta de espaço no arco (o germe se mantém por 
palatina e irrompe no palato) 
PERDA PREMATURA DE DENTES DECÍDUOS 
- o germe do permanente perde totalmente sua guia 
de erupção, e irrompe mais por palatina que é onde 
está posicionado 
DISCREPÂNCIA ÓSSEA-DENTAL NEGATIVA 
- por falta de espaço, irrompe fora de posição 
DEFICIÊNCIA DE CRESCIMENTO ÓSSEO 
- fator hereditário, falta crescimento da maxila e a 
mandíbula cresce mais ou normalmente, causando uma 
mordida cruzada anterior – não é causada por posição 
dentária, é um problema ósseo, mordida cruzada 
esquelética 
HÁBITOS BUCAIS 
- sucção digital – maior pressão do bucinador que 
contrai o arco maxilar, respiração bucal – mordida 
cruzada posterior – por causa do posicionamento mais 
baixo da língua, que não fica em contato com o palato, 
e com isso tem o desequilíbrio das forças do bucinador, 
que pressionam o palato para dentro contraindo o arco 
maxilar 
Consequências mordida cruzada 
A mordida cruzada precisa ser corrigida o mais rápido 
possível, pois: 
- inflamação gengival e reabsorção óssea (durante o 
crescimento, é possível recuperar o osso que foi 
perdido) 
Interferências oclusais (contatos prematuros em caninos 
decícuos) a criança busca um posição confortável em 
MIH, causando um desvio funcional da mandíbula, de um 
lado vai ter compressão e do outro estiramento do 
tecido retrodiscal, na área de pressão vai ter 
reabsorção óssea, na área de estiramento vai ter 
deposição óssea. Promove o crescimento assimétrico 
da mandíbula, com alterações musculares e articulares 
- após a época de crescimento (16 – 17 anos), a estética 
facial é prejudicada e a função também, e o único 
tratamento que resolve é a ortognática 
- precisa encaminhar para um odontopediatra ou 
ortodontista 
Disfunção da atm em crianças 
- sinais e sintomas da ATM aumentam com a idade 
- mordidas cruzadas com desvio funcional precisam de 
tratamento precoce 
 
Mordida cruzada anterior 
Diagnóstico 
EXAME INTRA-ORAL 
Dentária: envolve apenas os dentes 
Esquelética: envolve dentes e a base óssea 
- número de dentes envolvidos (quanto maior o nº de 
dentes cruzados, maior a chance de ser esquelética) 
 -alinhamento do dente que está cruzado (deslocado 
para palatina – malposição dentária, se o dente está no 
seu alinhamento normal provavelmente o problema é 
esquelético) 
- oclusão cêntrica e habitual (deslocamento mandibular) 
AVALIAÇÃO CEFALOMÉTRICA 
- para poder confirmar o diagnóstico de alteração 
esquelética 
- inclinação do incisivo central superior (se tiver boa 
relação maxila-mandíbula é possível descruzar a 
mordida posicionando o ICS mais para labial) 
- se tiver relação maxila-mandíbula alterada, a mordida 
cruzada é esquelética 
 
Tratamento para MCA dentária 
Placa palatina com molas digitais: 
- splint oclusal: faz o levantamento oclusal 
Plano inclinado de acrílico: 
- não possui grampos 
- é apenas feito de acrílico, precisa ser transparente 
- precisa ser cimentado na boca 
- a largura do plano inclinado deve ser a mesma do 
dente cruzado 
- angulação de 45º 
- quando morde só toca o incisivo cruzado com o plano 
inclinado, os outros dentes ficam totalmente sem 
contato 
- indicado: um ou dois dentes cruzados, no máximo, 
precisa de apoio de 4 a 6 dentes inferiores para cada 
dente cruzado 
- só pode ficar na boca no máximo 3 semanas, pois é 
um aparelho mecânico traumático (só um dente toca), 
extrusão dos dentes que não estão em contato 
- vantagem: é rápido, é fixo (não depende da 
colaboração da criança) 
Aparelho ortodôntico fixo: 
- usado quando o paciente está em dentição 
permanete 
- correção rápida 
REQUISITOS PARA CORREÇÃO 
- espaço na arcada 
- angulação/inclinação do incisivo (se tiver muito 
inclinado, a mordida cruzada tem grandes chances de 
ser esquelética) 
- overbite (se tiver sobremordida é difícil movimentar, 
precisa primeiro fazer um levantamento oclusal) 
 
Tratamento para MCA esquelética 
Redirecionar o crescimento facial, o tratamento é 
totalmente diferente da MCA dentária 
Aparelho com força extra-oral

Mais conteúdos dessa disciplina