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Ortodontia Preventiva I Crescimento e Desenvolvimento Craniofacial Fundamentos Maloclusão clínica evidente significa um problema esquelético A ortodontia exacerba, redireciona e estimula o crescimento ósseo Mecanismos de formação óssea A osteogênese ocorre de duas formas: INTRAMEMBRANOSA - ocorre a partir do tecido conjuntivo membranoso, em áreas de tensão onde uma força física de estiramento resulta na formação óssea - ex: periósteo/endosteo, suturas da face, ligamento periodontal ENDOCONDRAL - primeiro é formado um tecido cartilaginoso para proteger os mecanismos de formação (vasos sanguíneos, células) e depois o osso se forma, ocorre em áreas de compressão - ex: sincondroses da base do crânio, côndilos Definições CRESCIMENTO é o resultado de processos biológico (aumento do tamanho e nº de células) através dos quais a matéria se torna maior DESENVOLVIMENTO é a mudança de células ou tecidos generalizados em tecidos mais especializados MATURAÇÃO são mudanças que ocorrem com o amadurecimento ou a idade CRESCIMENTO + DESENVOLVIMENTO = MATURAÇÃO Gradiente céfalocaudal de crescimento O crescimento é maior no terço inferior da face do que na calota craniana devido a estímulos fisiológicos como, por exemplo, mastigar, falar, deglutir, etc Mecanismos de crescimento Existem dois tipos básicos de movimentos de crescimento: Remodelação e Deslocamento REMODELAÇÃO é ritmado pelo conjunto de tecidos moles que se relaciona com cada um dos ossos. O crescimento é diferencial, ou seja, algumas áreas crescem mais do que outras e é isso que da forma aos ossos, por isso a mandíbula de uma RN tem o formato diferente da de um adulto. É o mecanismo pelo qual o osso aumenta de volume e modifica sua forma Aposição X Reabsorção - áreas de aposição são maiores do que as de reabsorção A remodelação depende: - área, intensidade e direção - variações anatômicas - distribuição dos campos de crescimento - localização e formato dos campos - taxa e quantidade de crescimento em cada campo - diferença de ritmos de crescimento DESLOCAMENTO é o movimento físico de todo osso que acontece enquanto esse se remodela. Normalmente se desloca progressivamente para frente e para baixo. A medida que o osso aumenta em uma direção é simultaneamente deslocado na direção oposta. O osso é puxado pela força expansiva de todos os tecidos moles em crescimento adjacentes e ligados a ele pelas fibras de ancoragem, a medida que isso ocorre, novo osso é depositado imediatamente (remodelamento), o crescimento ocorre por consequência. DESLOCA → CRESCE Deslocamento primário → resultante do seu próprio crescimento Deslocamento secundário → resultante do crescimento de ossos vizinhos Principio do “V” Muitos ossos tem o formato de um “V” Ocorre aposição na parte interna do V e reabsorção na parte externa do V, dessa forma, o crescimento é direcionado para a parte ampla do V Sítios de Crescimento Abóboda craniana FONTANELAS - “moleiras” - área de crescimento ativo - após o nascimento o encéfalo começa a se desenvolver e aumentar de tamanho, os ossos do crânio começam a se separar o que provoca o estiramento das fibras de tecido conjuntivo fibroso e isso estimula a neoformação óssea (intramembranosa) Fontanela anterior → fecha até o 2º ano de vida Fontanela posterior → fecha até o 1º ano de vida Assoalho craniano SINCONDROSES - áreas de crescimento cartilaginoso que unem os ossos da base do crânio - áreas de compressão (endocondral) - o alongamento da porção média da base do crânio desloca todos os ossos da base do crânio para frente e para baixo (OBS: nesse caso Cresce → Desloca) Tempo de ossificação da cartilagem: Esfeno-occipital (12 a 15 anos) Esfeno-etimoidal (7 a 8 anos) Interesfenoidal (ao nascimento) Intraoccipital (4 a 5 anos) Pneumatização do seio esfenoidal (ampliação) SINDROME DE APERT restrição do crescimento das sincondroses, não há deslocamento, face achatada Complexo nasomaxilar Função (fala, respiração, mastigação) → Crescimento ABOBODA PALATINA Respirador bucal a linha desloca da abóboda palatina e fica baixa, ocorre o desequilíbrio entre a força do bucinador e a força da língua, o que provoca a contração do arco maxilar - crescimento para trás e para cima - deslocamento para frente e para baixo SUTURAS - zigomático-maxilar, zigomático-temporal, zigomático- frontal, pterigopalatina - o estimulo é o estiramento que provoca neoformação óssea - tem inclinação oblíqua, o que promove o deslocamento p/ baixo e p/ frente - aplicação clínica: sutura palatina mediana, é estirada com um aparelho para estimular a formação óssea e corrigir um arco maxilar estreito TUBEROSIDADE MAXILAR - área de constante deposição óssea na parede posterior para criar espaço, alongando o arco para erupção dental - aplicação clínica: arco facial externo, empurra os dentes para tras e estimula o crescimento do arco ESPAÇO ÁEREO NASAL - reabsorção interna estimulada pela passagem de ar - expansão lateral da câmara nasal PALATO - aposição na parte interna e deslocamento no mesmo sentido da aposição Crescimento mandibular Toda a extensão da sua área participa do processo de remodelação Cresce: p/ cima e p/ trás Desloca: p/ baixo e p/ frente RAMO - aposição na margem posterior, reabsorção na margem anterior - alongamento mandibular, aumenta o comprimento do arco e cria espaço para a erupção dentária TUBEROSIDADE LINGUAL - aposição posterior e reabsorção na fossa lingual CONDILOS - princípios do V manutenção das distâncias entre os condilos - direção de crescimento é póstero-superior, varia em magnitude - área de compressão (endocondral) - as variações interferem na posição da rotação mandibular e pode causar mordida aberta ou profunda Rotação anti-horária: mordida profunda Rotação horária: mordida aberta CORPO - com a erupção dos dentes tem o aumento vertical com o crescimento do processo alveolar SINFISE MENTONIANA - variação individual Classificação das Maloclusões MALOCLUSÃO relação alternativa de partes desproporcionadas, suas alterações podem afetar dentes, ossos, músculos e nervos Classificação de ANGLE Propõe que o primeiro molar permanente superior ocupa uma posição estável no esqueleto e que as desarmonias decorrem de alterações anteroposteriores da arcada inferior em relação a ele. CLASSE I Relação anteroposterior normal – “Chave molar” - cúspide mesiovestibular do 1ºMS oclui no sulco central da face vestibular do 1ºM I - perfil facial reto - posição adequada da maxila-mandíbula CLASSE II O 1ºM I está distalizado em relação ao 1ºMS – Distoclusão - perfil facial convexo CLASSE II DIVISÃO 1º inclinação vestibular dos incisivos superiores CLASSE II DIVISÃO 2º incisivos superiores lingualizados ou verticalizados - pode ser SUBDIVISÃO direita ou esquerda CLASSE III O 1ºM I está mesializado em relação ao 1ºMS - perfil facial côncavo - não tem divisão - pode ter subdivisão direita ou esquerda OBS: o mesmo paciente pode ter uma classe de uma lado e outra do outro, nesse caso, classificar na menor classe Classificação de LISHER Classifica o mau posicionamento dental individual MESIOVERSÃO dente mesializado DISTOVERSÃO dente distalizado VETIBULO/LABIOVERSÃO coroa vestibularizada LINGUOVERSÃO coroa lingualizada INFRAVERSÃO dente áquem do plano oclusal SUPRAVERSÃO dente além do plano oclusal GIROVERSÃO rotação do dente em torno do seu longo eixo AXIVERSÃO alteração do longo eixo dental TRANSVERSÃO troca de lugar com outro dente PERVERSÃO impactação dental - podem ser combinados, ex: axiomesioversão Classificação de SIMON Relaciona a má oclusão com 3 planos anatômicos (Frankfurt, Sagital mediano e Orbital) ANOMALIAS ANTEROPOSTERIORES - plano orbitalPROTRAÇÃO anteriorização de todo o arco RETRAÇÃO deslocamento para posterior ANOMALIAS TRANSVERSAIS - plano sagital mediano CONTRAÇÃO aproximação dental ou de um segmento do arco DITRAÇÃO afastamento dental ou de um segmento do arco ANOMALIAS VERTICAIS - plano de Frankfurt ATRAÇÃO aproxima do plano ABSTRAÇÃO afasta do plano Desenvolvimento da Dentição Decídua Períodos PRÉ NATAL intrauterino PÓS NATAL a partir do nascimento Período pré dental - rolete gengival Período pós dental - período da dentição decídua - período da dentição mista - período da dentição permanente É importante identificar o fator etiológico que causou a maloclusão Período dos roletes gengivais - início desde o 4º mês de vida intrauterina (início da calcificação dos dentes decíduos) até o 6º mês de vida pós-natal Dentes natais presentes no momento do nascimento Dentes neonatais erupcionam durante os 30 primeiros dias do nascimento Dentes pré erupcionados durante o 2º/3º mês de vida IMPLICAÇÕES - presença ou ausência de raiz (na ausência extrai – deglutição) - supranumerário (extrai na maioria dos casos) - dente decíduo (se tiver raiz não extrai, pois a perda precoce pode causar má oclusão, na ausência de raiz é necessário extrair) Se mantido, pode causar lesão na mãe, aspiração, lesões na base da língua (doença de riga fede) O que fazer? Ataque ácido para arredondar as bordas, polimento e fluorterapia caseira (fluereto de sódio a 0,02%) Todos os dentes decíduos estão separados da cavidade oral apenas por gengiva (abaulamentos gengivais), durante os 6 primeiros meses de vida ocorre deposição óssea em cima da coroa dos dentes decíduos para ter o crescimento vertical e aumentar a dimensão vertical, proteger a coroa e dar tempo para formar a raiz do dente. Após esse período, diminui a neoformação óssea e aumenta a reabsorção para permitir a erupção dental Forma do arco É geneticamente determinado, se altera em caso de estímulos (chupar dedo) SUPERIOR: - bastante largo e raso - sutura palatina mediana – crescimento transverso - forma arredondada INFERIOR - até o 3º mês de vida a mandíbula tem uma sutura que permite o crescimento transverso Relação maxila-mandíbula - maxila e mandíbula pequenas em relação a cabeça - espaço mesial anterior - posição distal do rolete inferior - movimentos mandibulares: abertura e fechamento Quando o bebe oclui, apenas a parte posterior dos roletes se tocam, formando o espaço mesial anterior Espaço mesial anterior: - postura neonatal da língua (amamentação) - permitir a erupção dos incisivos sem trauma no rebordo oposto - não apresenta relação com a máloclusão Retrusão mandibular é normal até os 6 meses, a amamentação estimula o crescimento + genética Desenvolvimento da dentição decídua Calcificação dos dentes decíduos - nascimento: início da calcificação do 1º M permanente no ramo da mandíbula (não irrompe por falta de espaço no arco e composição) Dentes decíduos: - manutenção do espaço para os dentes permanentes - guia de erupção para o dente permanente - desenvolvimento e manutenção do processo alveolar - mastigação, deglutição, fonação e estética Sequência de erupção - até os 2 anos TODOS os decíduos devem ter irrompido na cavidade oral 1 . Grupo dos IC 2 . Grupo dos IL 3 . Grupo dos 1ºM 4 .. Grupo dos C 5 . Grupo dos 2ºM Biogênese da dentição decídua ERUPÇÃO DOS INCISIVOS (6M) - sobremordida profunda normal - desenvolve guia incisal - postura lingual mais retruida - início da remodelação da ATM ERUPÇÃO DOS 1º MOLARES (1 ANO) - primeiro aumento da DV - sobremordida leve ou topo-a-topo ERUPÇÃO DOS CANINOS - guia canino - espaço primata ERUPÇÃO DOS 2º MOLARES (2 ANOS) - estabilidade clínica da oclusão (até os 6 anos) - formação das raízes dos permanentes - reabsorção dos decíduos - relação distal do 2ºM decícuo (é guia de erupção para o permanente) Caracteristicas dos dentes decíduos COR: mais branco, menos resistente ao desgaste, menos tempo de formação, menos calcificação NÚMERO: 20 dentes (incisivos, caninos e molares) NOMENCLATURA: 51 / 61 / 71 / 81 FORMA DO ARCO: ovoide, parabólico, semicircular, amplo ou raso DESGASTE FISIOLÓGICO: é um dos fatores normais na dentição decídua que faz a sobremordida chegar a zero ou topo-a-topo na dentição permanente Fatores que influencia o desgaste dos decíduos: - composição dos dentes decíduos - alimentação - relação vertical (ausência de curvas de compensação) Ausência de desgaste: - contatos prematuros - mordida cruzada funcional (desvia a mandíbula) ESPAÇAMENTOS NA DENTIÇÃO Espaços primatas: diastemas específicos - arco superior: mesial do canino, alinhar incisivos permanentes - arco inferior: distal do canino, ajuste do primeiro molar em classe I Diastemas generalizados: - arco tipo I de Baume: espaço entre os incisivos decíduos - arco tipo II de Baume: ausência de espaço Ambos os espaços servem para compensar a discrepância de tamanho dos incisivos permanentes e decíduos Um tipo de arco não se transforma em outro, é GENÉTICO OCLUSÃO - cada decíduo se relaciona com outros 4 dentes (2 vizinhos, 2 antagonistas) - chave de oclusão é avaliada pela distal do 2ºM Desenvolvimento da Dentição Mista Estágio entre a erupção dos 1ºM permanente e a exfoliação do ultimo decíduo (2ºM superior) Dentes adicionais ou suplementares são aqueles que erupcionam sem a presença de antecessor, localizam- se em regiões que anteriormente não existiam dentes decíduos (1, 2 e 3 molares permanentes) Dente sucessor são aqueles que erupcionam na presença de um antecessor, substituem os dentes decíduos (Incisivos e caninos permanentes, pré molares) Dentição Mista Durante esse período vários eventos estão ocorrendo, os dentes decíduos estão sofrendo exfoliação, os dentes permanentes estão em desenvolvimento e a face está sofrendo modificações através do crescimento e desenvolvimento - 6 até 11/12 anos Primeiro período transicional - ocorre entre os 6 aos 8 anos com os dentes inferiores precedendo os superiores - erupção dos 1º Molares e incisivos permanentes Período inter-transiconal - constitui um intervalo de 2 a 3 anos, não havendo erupção de NENHUM dente permanente, porém havendo extensa REABSORÇÃO do canino e molares decíduos e RIZOGÊNESE dos seus sucessores - nenhuma alteração clínica - 7/8 anos até 10/11 anos Segundo período transicional - ocorre geralmente dos 10 aos 12 anos - substituição dos caninos e molares decíduos pelos seus sucessores - erupção de caninos, pré molares e 2º molares Irrupção dentária é a perfuração do tecido gengival e aparecimento do dente na cavidade oral Erupção dentária movimento dentário desde a sua posição na cripta óssea através do processo alveolar, emergindo na cavidade bucal até a sua oclusão com o dente antagonista Processo de erupção dentária: - reabsorção da raiz do decíduo - formação da raiz do permanente - crescimento em altura dos processos alveolares - movimento do dente através do osso Fatores que interferem na erupção dentária Calcificação dentária - Nolla (1960) - o dente permanente só vai começar o seus movimentos de erupção quando se inicia a formação da raiz ESTÁGIO 06 DE NOLLA: - coroa completamente formada - inicio dos movimentos de erupção ESTÁGIO 08 DE NOLLA - 2/3 de raiz formada - o dente passa pela crista do processo alveolar (ultrapassa a área de maior resistência óssea) ESTÁGIO 09 DE NOLLA - raiz quase completa - o dente perfura a margem gengival (irrompe) Extração precoce de dentes decíduos Antes do estágio 06 – retarda a erupção No estágio 06 ou após ele – acelera a erupção Perda provocada por lesões periapicais – acelera a erupção (mesmo sem raiz, houve destruição óssea sobre a coroa)Sequência favorável de erupção dentária Maxila: 6 1 2 4 5 3 7 Mandíbula 6 1 2 3 4 5 7 - manter o comprimento do arco, qualquer alteração na sequencia perde espaço no arco - proporcionar a relação normal de molar - os dentes inferiores devem irromper antes dos superiores (evita mordida cruzada unitária) Padrão de erupção dos dentes permanentes Primeiro molar permanente - irrompe aos 5 – 6 anos - usa a superfície distal do 2ºM decíduo como guia - 2º levante na oclusao - começa a formar as curvas de Wilson e Spee, por causa da angulação dos dentes no osso, o que evita o desgaste dentário durante os movimentos mandibulares Inferior: - coroa mesialmente impactada - trajetória de erupção: oclusal e distal, sentido anteroposterior - trajetória vestibular no sentido transverso Superior: - coroa está para a distal/túber - trajetória de erupção: oclusal e mesial, sentido anteroposterior - trajetória palatina no sentido transverso Incisivos permanentes - os dentes permanente são maiores, precisam de mais espaço - irrompem entre os 6 – 7 anos - é normal se formar e irromper por lingual (extrai o decíduo que com a força da língua o permanente vai para posição) Espaços para incisivos: - espaço primata no arco superior - arco tipo I de Baume - crescimento vertical e transverso - inclinação vestibular dos incisivos (gera 1 mm de espaço) - distalização do canino decíduo (não é bom, empurra o problema para trás) FASE DO PATINHO FEIO: - diastemas, coroa dos superiores distalizada, sobremordida, vestibuloversão - é uma fase normal do desenvolvimento e NÃO deve ser corrigida, é corrigido espontaneamente com a erupção do canino, dos dentes posteriores e com o crescimento vertical da mandíbula - o canino está na base do nariz, posição muito alta, se tenta corrigir joga a raiz do incisivo contra a coroa do canino que reabsorve a raiz SOBREMORDIDA Decídua: - incisivos: sobremordida profunda - posteriores: sobremordida leve - final: topo-a-topo Mista - fase do patinho feio: sobremordida profunda Permanente - curva de Spee, normalidade da sobremordida Caninos permanentes e Pré-Molares Espaços: - crescimento - espaço primata inferior - leway space LEWAY SPACE É a diferença da somatória dos diâmetros M-D dos caninos e molares decíduos em relação a somatória dos seus sucessores Em média: 1,8mm no arco superior 3,8mm no arco inferior - está presente em TODOS, podem variam em tamanho - o inferior é sempre maior pois o 2ºM decíduo inferior é maior que o superior Importância clínica: - alinhar dentes - obter chave molar Relação terminal da face distal dos 2ºM decíduos Degrau Distal (10%) - Classe II - a criança já tem uma deficiência no crescimento (maxila maior que mandíbula) ou possui hábitos Plano Reto (76%) - Topo a Topo: sem espaço primata inferior - Classe I: sem espaço primata inferior + Leway space - Classe II: sem espaço primata inferior + hábitos anormais + sequencia anormal de erupção + crescimento anormal da maxila - Classe III: com espaço primata inferior + Leway space + crescimento anterior da mandíbula Degrau Mesial (14%) - Classe I: sem espaço primata + não usa Leway space - Classe III: com espaço primata + usa o Leway space + crescimento anterior da mandíbula Etiologia das maloclusões Fatores etiológicos - locais (é o que tratamos) - gerais (síndrome de down – ortodontista não corrige) Fatores etiológicos locais - é preciso remover o fator etiológico, e não apenas corrigir a posição dentária - causa (hábitos, crescimento anormal) - essa maloclusão provoca quais consequências no paciente (baba quando dorme, respiração alterada) - diagnóstico (ex: mordida aberta provocada por X, esquelética, dentária) - conduta clínica Mordida aberta - chupar dedo, palato profundo - deglutição atípica (coloca a língua entre os dentes para deglutir), primeiro faz a fono, e coloca uma grade no aparelho Principais fatores etiológicos - anomalias do nº de dentes - anomalias do tamanho dos dentes - anomalias na forma dos dentes - freio labial anormal e barreira mucosa - perda precoce dos dentes decíduos - perda precoce dos dentes permanentes - retenção prolongada dos dentes decíduos - via de erupção anormal - erupção tardia dos dentes permanente - anquilose dental - carie dental - restaurações inadequadas - outros Dentes supranumerários É um germe dentário a mais ou menos sem forma (conicos) ou com forma de dente (suplementar) em excesso na arcada dentária superior ou inferior Geralmente resulta de distúrbio durante o estágio de morfodiferenciação – histodiferenciação Não existe tempo definido para o desenvolvimento (acompanhar radiograficamente) Podem se formar antes do nascimento ou até mais tarde, aos 10 – 12 anos Classificação Localização: - mesiodens: entre os incisivos - paramolares: entre pré-molares - distomolares: atrás do ultimo molar Forma - cônico - suplementar - odontoma CAUSAS - hereditariedade - dicotomia do germe dentário - hiperatividade da lamina dentária - proliferação da camada externa da bainha epitelial - fissuras palatinas - fatores locais como inflamação - síndromes relacionadas – displasia cleido-craniana, síndrome de Gardner FREQUÊNCIA - mais incidência na maxila, na dentição permanente (90%) - mesiodents CONSEQUÊNCIAS - impedimento da erupção dos dentes - alteração do tempo de erupção - alteração da sequencia de erupção - reabsorção da raiz do permanente - perda de espaço na arcada DIAGNOSTICO - clínico - radiográfico (é o ideal) CONDUTA CLÍNICA - extração o mais precoce possível, o ideal é intervir antes do supranumerário irromper, ou seja, antes dele instalar uma maloclusão Critério - manter o dente mais parecido com o dente do grupo correto - manter o que estiver mais hígido (presença de cárie, tratamento endodontico) - manter o que tiver com diâmetro M-D mais próximo do ideal - posição no arco mais correta (o que tiver mais longe da linha média, está mais fora da sua posição normal) - o que tiver a cor mais agradável - avaliar o que é melhor para cada paciente, justificar o motivo da extração do dente Ausencia congênitas Oligodontia – ausência de mais de seis dentes Hipodontia – ausência de um a seis dentes Anodontia – ausência total de dentes, associação a displasia ectodérmica hereditária CAUSAS - distúrbios durante a formação do dente - hereditariedade - tendência evolutiva (afeta o ultimo dente do grupo a irromper) - condições sistêmicas - displasia ectodérmica hereditária FREQUÊNCIA - dentição permanente - maxila - mais comum que supranumerários - 3º molar é o mais afetado CONSEQUÊNCIAS - desarmonia oclusal - estética alterada - perda de espaço (migração dentária) - diastemas (espações residuais) - não estabelece a chave de oclusão - retenção prolongada de decíduos - extrusão do antagonista - perda do contato oclusal e proximal, mesmo com a permanência do decíduo - nem sempre causa uma maloclusão, as vezes falta um dente em cada arco e se equilibra naturalmente CONDUTA CLINICA - radiografia: contar no nº de dentes - manutenção do dente decíduo na boca - extração do dente decíduo precocemente (fechamento – com os próprios dentes - ou manutenção dos espaços) Manutenção do espaço: - com o dente decíduo (algum dia vai exfoliar) - mantem o espaço com ortodontia Fechamento do espaço: - não há necessidade de prótese (quando fecha com os dentes) - solução permanente - longo tempo de tratamento - necessidade de devolver a anatomia dos dentes Canino no lugar do lateral – perde guia canino, arruma a estética e depois o levantamento fica em grupo, pq se não fizer isso o lateral recebe toda a carga e é perdido AUSÊNCIA DEPRÉ-MOLAR: - desgastes interproximais: se não extrair – acompanhar e fazer um desgaste na proximal do 2º molar decíduo, que o 1º molar mesializa um pouco sozinho (se já tiver irrompido) - extração: 2º molar decíduo mantem o leway space – se extrair precisa colocar um aparelho (quando tiver raiz formada de todos os permanentes) para mesializar o primeiro molar permanente, o ideal seria extrair com o 1º molar intraósseo pq ele mesializa sozinho; - dente anquilosado: fica preso no osso, não importa se tem permanente irrompido, ou se tem ausência de algum dente; depois fecha o espaço com a mesialização do molar, ou com o aparelho após a formação da raiz de todos os dentes Microdontia - é mais fácil corrigir, com dentística CAUSA - hereditariedade FREQUÊNCIA - incisivos laterais CONDUTA CLÍNICA - restaurações estéticas - tratamento ortodontico (prévia abertura de espaço) Macrodontia CLASSIFICAÇÃO - localizada: é incomum, o dente é normal sob todos os aspectos, exceto no tamanho É mais difícil arrumar FREQUÊNCIA Os mais afetados são os incisivos, em meninos CONSEQUÊNCIAS - modificações na oclusão DIAGNOSTICO - clínico CONDUTA CLÍNICA - reestabelecer o tamanho dentário (dentítica) - planejamento ortodôntico (extração / desgaste) Anomalias de forma CONSEQUÊNCIA - altera o tamanho do dente, causa maloclusão Cuspide em garra: causa contato prematuro, desgastar o dente Freio labial anormal - ao nascimento: é normal ter o freio inserido na papila, quando os dentes irrompem não pode permanecer ali - freio na crista alveolar - erupção dentária: inserção migra para cima, correção espontânea DIAGNOSTICO - tracionar o lábio, fica isquêmico - radiografias periapicais: septo em V (normal), septo em Pá (é o que causa o diastema) - divergência da coroa dos incisivos (normal) CONDUTA CLÍNICA - o diastema só vai fechar se for causado pela fase do patinho feio, espera o canino irromper que fecha - cirurgia está indicada precocemente, pois quando o canino irrompe e o freio já foi removido é mais fácil do canino fecha o espaço; só não faz se a criança não permite - precisa tirar o freio e raspar as fibras, para evitar reicidivas - aparelho para fechar o diastema CONSEQUÊNCIA - adquire hábitos viciosos (reicidiva se não remove o hábito, interposição da língua, chupar o freio) - interferência na fonação - efeito estético indesejável - diastema interincisal (microdontia, supranumerários na linha média, ausência do IL, cistos e tumores) - restringe os movimentos labiais Barreira gengival A mucosa comumente se deteriora antes que o dente irrompa, porém, nem sempre isso acontece - quando o dente não irrompe no período correto, a criança mastiga em cima da gengiva, que fica espessa e atrasa a erupção dos outros dentes CONDUTA CLÍNICA - é indicado a ulectomia quando o dente parece estar apto a irromper e não o faz (indicada quando a mucosa gengival é espessa, raiz não ta totalmente formada – tem força de erupção) - se a raiz está totalmente formada o dente não tem força para irromper, precisa tracionar de dentro do osso Perda precoce de dentes decíduo - manutenção do espaço para o permanente - guia de erupção dos dentes permanentes - mastigação - deglutição - fonação - estética - perda precoce de dente decíduo (quando o germe permanente não está no estágio 6 de nolla) - quando um dente é perdido por doença periapical, acelera a erupção do permanente, que geralmente irrompe sem raiz formada Estágio 06 de Nolla: - os dentes permanentes iniciam a erupção somente quando a coroa está completamente formada Antes do estágio 06 – retarda Depois do estágio 06 – acelera Provocada por lesões periapicais – acelera, irrompe sem raiz Analisar: 1 . A perda foi precoce? Ver o estágio de formação da raiz do germe permanente CAUSAS - região anterior: traumas e cárie - região posterior: cárie CONSEQUÊNCIAS - formação de osso sobre o sucessor - atraso ou aceleração na erupção do sucessor - alteração na sequencia de erupção - redução do perímetro do arco (perda de espaço) - hábitos viciosos (colocar a língua no espaço) - giroversão dos dentes vizinhos - deglutição atípica - extrusão do dente antagonista - diastemas - perda da função mastigatória (mastiga sobre a gengiva, que é espessada) CONDUTA CLÍNICA: - manter espaço (se os dentes vizinhos ainda não inclinaram) - recuperar espaço (quando os dentes já inclinaram) - fechar espaço Avaliar: - numero de dentes perdidos - tipo de dente perdido - época - condições do arco Manutenção/ Recuperação do espaço: - tempo decorrido desde a perda - idade dentária do paciente (Nolla) - quantidade de osso cobrindo o sucessor - sequencia de erupção dentária - ausência congênita do permanente CONSIDERAÇÕES CLÍNICAS: A quantidade de perda de espaço aumenta com o tempo, sendo a velocidade do fechamento maior no arco superior O espaço do 2º molar decíduo superior fecha em maior velocidade que o 2º molar decíduo inferior O espaço do 1º molar decíduo superior e inferior migram no mesmo tempo Segmento posterior – mantem ou recupera Segmento anterior – coloca o aparelho mantenedor de espaço com dentes, para a criança não desenvolver o hábito de interpor a língua e mastigar sobre a gengiva, e para recuperar a estética Perda de canino decíduo inferior: - incisivos irrompem e se deslocam, ocorre o desvio da linha média - é mais difícil corrigir, precisa da orto corretiva - perda bilateral: arco lingual de nance Obs: não pode instalar o aparelho na mesma sessão que extrai o dente decíduo Perda precoce do 2º molar decíduo antes da erupção do 1º molar permanente: - primeiro molar permanente migra para mesial de corpo (coroa e raiz) intraósseo, vai ocupar um espaço muito maior do que deveria. Perde todo o lewaay space, a criança entra em classe 3, precisa de orto corretiva - redução do perímetro do arco - extrusão do antagonista Perda de 2º molar decíduo após a erupção do 1º molar permanente: - inclinação do 1º molar permanente - recuperar o espaço com orto preventiva OBS o aparelho móvel não empurra a raiz, apenas a coroa - afeta o leeway space Perda precoce de dentes permanente Anterior: trauma - consequências: desarmonia oclusal, estética alterada, função alterada Posterior: cárie Canino: extração dentária errada, perde guia canina, vai ter problemas de ATM – o certo é extrair o pré molar e reposicionar o canino CONSEQUÊNCIAS - diminuição do comprimento do arco - extrusão do dente antagonista - desenvolvimento de maloclusões - implicações periodontais - inclinação dos dentes adjacentes CONDUTA CLÍNICA - recuperar espaço - fechar espaço Perda dos segundos molares - deslizamento mesial dos 3º molares – oclusão aceitável com o tempo Retenção prolongada de decíduos CAUSAS: - anquilose do dente decíduo - hereditariedade - rizólise X rizogênese - agenesia do dente permanente - doenças congênitas (disostose cleido craniana) - endocrinopatias (hipotireoidismo) CONSEQUÊNCIAS - barreira mecânica à erupção do permanente - desvio do eixo de erupção - erupção anormal do permanente - atraso na erupção do permanente - maloclusão CONDUTA CLÍNICA - exame radiográfico: cronologia de erupção, presença do permanente, reabsorções atípicas, anquilose do decíduo - extração (não deixar a maloclusão se instalar) Via anormal de erupção dentária CAUSAS - permanência prolongada do decíduo - infecção dos decíduos - interferência mecânica (AEO – quando é usado muito precocemente, antes do segundo molar irromper, leva a impactação do 2º molar) - perda prematura do decíduo CONSEQUÊNCIA - maloclusão (falta de contatos corretos) - reabsorção da raiz dos dentes vizinhos Impacção do 1º molar superior - sinal de falta deespaço no arco dentário - vai reabsorver o 2º molar decíduo e o pré molar vai ficar impactado DIAGNOSTICO - radiográfico (prevenção) - cúspide distal do 1º molar permanente superior mais próxima do plano oclusal do que as cúspides mesiais CONDUTA CLÍNICA: - manter a posição - correção ortodôntica Com o germe do pré molar (ver grau de formação) – extrai o decíduo e coloca um fio para distalizar o molar (fio de latão, alastic de separação, separador de Kesiling) Com germe do pré molar ausente – entrai o decíduo e deixa o molar mesializar, vai formar classe 2 de um lado Anquilose dentaria Resulta numa união óssea direta entre a raiz do dente e o osso alveolar - dente fica preso no osso alveolar - forma um degrau entre o permanente e o decíduo, dente em infraoclusão - radiografia, tomografia - é frequente durante a dentição mista CONDUTA CLÍNICA: extração, manutenção do decíduo com aumento de coroa clínica para impedir a extrusão do antagonista (quando não pode extrair o decíduo porque o permanente não está no estágio 06 de nolla) - extração do dente anquilosado + mantenedores de espaço (+2mm de infra-oclusão) - manutenção do dente decíduo (restauração do diâmetro cervico-oclusal até a época correta de extração para permitir a erupção do permanente) - anquilose do dente permanente: recolocação ou extração do dente (anteriores – primeiro recolocação; posteriores – extração) CAUSAS - lesões ou traumas - enfermidades congênitas e endócrinas - processos inflamatórios - idiopáticas É importante o diagnóstico precoce DIAGNÓSTICO Exame clínico: - dente infraoclusão - percussão som “seco” Exame radiográfico - imagem tridimensional (a tomografia é melhor para ver) Cárie dentária - interproximal: os dentes vizinhos vão empurrando os dentes, e causa apinhamento - é a maior causa de maloclusão localizada - afeta as duas dentições - leva a perda precoce de dentes Traumas CONSEQUÊNCIAS - impactação dentária - desloca a trajetória de erupção dos dentes permanentes - defeitos de esmalte - fraturas dentinárias - reabsorção radicular Conclusões - diagnóstico diferencial, classificar a maloclusão 1 . eliminar o fator etiológico 2 . pensa em qual aparelho usar Fatores etiológicos - locais (é o que tratamos) - gerais (síndrome de down – ortodontista não corrige) Fatores etiológicos locais - é preciso remover o fator etiológico, e não apenas corrigir a posição dentária - causa (hábitos, crescimento anormal) - essa maloclusão provoca quais consequências no paciente (baba quando dorme, respiração alterada) - diagnóstico (ex: mordida aberta provocada por X, esquelética, dentária) - conduta clínica Mordida aberta - chupar dedo, palato profundo - deglutição atípica (coloca a língua entre os dentes para deglutir), primeiro faz a fono, e coloca uma grade no aparelho Principais fatores etiológicos - anomalias do nº de dentes - anomalias do tamanho dos dentes - anomalias na forma dos dentes - freio labial anormal e barreira mucosa - perda precoce dos dentes decíduos - perda precoce dos dentes permanentes - retenção prolongada dos dentes decíduos - via de erupção anormal - erupção tardia dos dentes permanente - anquilose dental - carie dental - restaurações inadequadas - outros Dentes supranumerários É um germe dentário a mais ou menos sem forma (conicos) ou com forma de dente (suplementar) em excesso na arcada dentária superior ou inferior Geralmente resulta de distúrbio durante o estágio de morfodiferenciação – histodiferenciação Não existe tempo definido para o desenvolvimento (acompanhar radiograficamente) Podem se formar antes do nascimento ou até mais tarde, aos 10 – 12 anos Classificação Localização: - mesiodens: entre os incisivos - paramolares: entre pré-molares - distomolares: atrás do ultimo molar Forma - cônico - suplementar - odontoma CAUSAS - hereditariedade - dicotomia do germe dentário - hiperatividade da lamina dentária - proliferação da camada externa da bainha epitelial - fissuras palatinas - fatores locais como inflamação - síndromes relacionadas – displasia cleido-craniana, síndrome de Gardner FREQUÊNCIA - mais incidência na maxila, na dentição permanente (90%) - mesiodents CONSEQUÊNCIAS - impedimento da erupção dos dentes - alteração do tempo de erupção - alteração da sequencia de erupção - reabsorção da raiz do permanente - perda de espaço na arcada DIAGNOSTICO - clínico - radiográfico (é o ideal) CONDUTA CLÍNICA - extração o mais precoce possível, o ideal é intervir antes do supranumerário irromper, ou seja, antes dele instalar uma maloclusão Critério - manter o dente mais parecido com o dente do grupo correto - manter o que estiver mais hígido (presença de cárie, tratamento endodontico) - manter o que tiver com diâmetro M-D mais próximo do ideal - posição no arco mais correta (o que tiver mais longe da linha média, está mais fora da sua posição normal) - o que tiver a cor mais agradável - avaliar o que é melhor para cada paciente, justificar o motivo da extração do dente Ausencia congênitas Oligodontia – ausência de mais de seis dentes Hipodontia – ausência de um a seis dentes Anodontia – ausência total de dentes, associação a displasia ectodérmica hereditária CAUSAS - distúrbios durante a formação do dente - hereditariedade - tendência evolutiva (afeta o ultimo dente do grupo a irromper) - condições sistêmicas - displasia ectodérmica hereditária FREQUÊNCIA - dentição permanente - maxila - mais comum que supranumerários - 3º molar é o mais afetado CONSEQUÊNCIAS - desarmonia oclusal - estética alterada - perda de espaço (migração dentária) - diastemas (espações residuais) - não estabelece a chave de oclusão - retenção prolongada de decíduos - extrusão do antagonista - perda do contato oclusal e proximal, mesmo com a permanência do decíduo - nem sempre causa uma maloclusão, as vezes falta um dente em cada arco e se equilibra naturalmente CONDUTA CLINICA - radiografia: contar no nº de dentes - manutenção do dente decíduo na boca - extração do dente decíduo precocemente (fechamento – com os próprios dentes - ou manutenção dos espaços) Manutenção do espaço: - com o dente decíduo (algum dia vai exfoliar) - mantem o espaço com ortodontia Fechamento do espaço: - não há necessidade de prótese (quando fecha com os dentes) - solução permanente - longo tempo de tratamento - necessidade de devolver a anatomia dos dentes Canino no lugar do lateral – perde guia canino, arruma a estética e depois o levantamento fica em grupo, pq se não fizer isso o lateral recebe toda a carga e é perdido AUSÊNCIA DE PRÉ-MOLAR: - desgastes interproximais: se não extrair – acompanhar e fazer um desgaste na proximal do 2º molar decíduo, que o 1º molar mesializa um pouco sozinho (se já tiver irrompido) - extração: 2º molar decíduo mantem o leway space – se extrair precisa colocar um aparelho (quando tiver raiz formada de todos os permanentes) para mesializar o primeiro molar permanente, o ideal seria extrair com o 1º molar intraósseo pq ele mesializa sozinho; - dente anquilosado: fica preso no osso, não importa se tem permanente irrompido, ou se tem ausência de algum dente; depois fecha o espaço com a mesialização do molar, ou com o aparelho após a formação da raiz de todos os dentes Microdontia - é mais fácil corrigir, com dentística CAUSA - hereditariedade FREQUÊNCIA - incisivos laterais CONDUTA CLÍNICA - restaurações estéticas - tratamento ortodontico (prévia abertura de espaço) Macrodontia CLASSIFICAÇÃO - localizada: é incomum, o dente é normal sob todos os aspectos, exceto no tamanho É mais difícil arrumar FREQUÊNCIA Os mais afetados são os incisivos, em meninos CONSEQUÊNCIAS- modificações na oclusão DIAGNOSTICO - clínico CONDUTA CLÍNICA - reestabelecer o tamanho dentário (dentítica) - planejamento ortodôntico (extração / desgaste) Anomalias de forma CONSEQUÊNCIA - altera o tamanho do dente, causa maloclusão Cuspide em garra: causa contato prematuro, desgastar o dente Freio labial anormal - ao nascimento: é normal ter o freio inserido na papila, quando os dentes irrompem não pode permanecer ali - freio na crista alveolar - erupção dentária: inserção migra para cima, correção espontânea DIAGNOSTICO - tracionar o lábio, fica isquêmico - radiografias periapicais: septo em V (normal), septo em Pá (é o que causa o diastema) - divergência da coroa dos incisivos (normal) CONDUTA CLÍNICA - o diastema só vai fechar se for causado pela fase do patinho feio, espera o canino irromper que fecha - cirurgia está indicada precocemente, pois quando o canino irrompe e o freio já foi removido é mais fácil do canino fecha o espaço; só não faz se a criança não permite - precisa tirar o freio e raspar as fibras, para evitar reicidivas - aparelho para fechar o diastema CONSEQUÊNCIA - adquire hábitos viciosos (reicidiva se não remove o hábito, interposição da língua, chupar o freio) - interferência na fonação - efeito estético indesejável - diastema interincisal (microdontia, supranumerários na linha média, ausência do IL, cistos e tumores) - restringe os movimentos labiais Barreira gengival A mucosa comumente se deteriora antes que o dente irrompa, porém, nem sempre isso acontece - quando o dente não irrompe no período correto, a criança mastiga em cima da gengiva, que fica espessa e atrasa a erupção dos outros dentes CONDUTA CLÍNICA - é indicado a ulectomia quando o dente parece estar apto a irromper e não o faz (indicada quando a mucosa gengival é espessa, raiz não ta totalmente formada – tem força de erupção) - se a raiz está totalmente formada o dente não tem força para irromper, precisa tracionar de dentro do osso Perda precoce de dentes decíduo - manutenção do espaço para o permanente - guia de erupção dos dentes permanentes - mastigação - deglutição - fonação - estética - perda precoce de dente decíduo (quando o germe permanente não está no estágio 6 de nolla) - quando um dente é perdido por doença periapical, acelera a erupção do permanente, que geralmente irrompe sem raiz formada Estágio 06 de Nolla: - os dentes permanentes iniciam a erupção somente quando a coroa está completamente formada Antes do estágio 06 – retarda Depois do estágio 06 – acelera Provocada por lesões periapicais – acelera, irrompe sem raiz Analisar: 1 . A perda foi precoce? Ver o estágio de formação da raiz do germe permanente CAUSAS - região anterior: traumas e cárie - região posterior: cárie CONSEQUÊNCIAS - formação de osso sobre o sucessor - atraso ou aceleração na erupção do sucessor - alteração na sequencia de erupção - redução do perímetro do arco (perda de espaço) - hábitos viciosos (colocar a língua no espaço) - giroversão dos dentes vizinhos - deglutição atípica - extrusão do dente antagonista - diastemas - perda da função mastigatória (mastiga sobre a gengiva, que é espessada) CONDUTA CLÍNICA: - manter espaço (se os dentes vizinhos ainda não inclinaram) - recuperar espaço (quando os dentes já inclinaram) - fechar espaço Avaliar: - numero de dentes perdidos - tipo de dente perdido - época - condições do arco Manutenção/ Recuperação do espaço: - tempo decorrido desde a perda - idade dentária do paciente (Nolla) - quantidade de osso cobrindo o sucessor - sequencia de erupção dentária - ausência congênita do permanente CONSIDERAÇÕES CLÍNICAS: A quantidade de perda de espaço aumenta com o tempo, sendo a velocidade do fechamento maior no arco superior O espaço do 2º molar decíduo superior fecha em maior velocidade que o 2º molar decíduo inferior O espaço do 1º molar decíduo superior e inferior migram no mesmo tempo Segmento posterior – mantem ou recupera Segmento anterior – coloca o aparelho mantenedor de espaço com dentes, para a criança não desenvolver o hábito de interpor a língua e mastigar sobre a gengiva, e para recuperar a estética Perda de canino decíduo inferior: - incisivos irrompem e se deslocam, ocorre o desvio da linha média - é mais difícil corrigir, precisa da orto corretiva - perda bilateral: arco lingual de nance Obs: não pode instalar o aparelho na mesma sessão que extrai o dente decíduo Perda precoce do 2º molar decíduo antes da erupção do 1º molar permanente: - primeiro molar permanente migra para mesial de corpo (coroa e raiz) intraósseo, vai ocupar um espaço muito maior do que deveria. Perde todo o lewaay space, a criança entra em classe 3, precisa de orto corretiva - redução do perímetro do arco - extrusão do antagonista Perda de 2º molar decíduo após a erupção do 1º molar permanente: - inclinação do 1º molar permanente - recuperar o espaço com orto preventiva OBS o aparelho móvel não empurra a raiz, apenas a coroa - afeta o leeway space Perda precoce de dentes permanente Anterior: trauma - consequências: desarmonia oclusal, estética alterada, função alterada Posterior: cárie Canino: extração dentária errada, perde guia canina, vai ter problemas de ATM – o certo é extrair o pré molar e reposicionar o canino CONSEQUÊNCIAS - diminuição do comprimento do arco - extrusão do dente antagonista - desenvolvimento de maloclusões - implicações periodontais - inclinação dos dentes adjacentes CONDUTA CLÍNICA - recuperar espaço - fechar espaço Perda dos segundos molares - deslizamento mesial dos 3º molares – oclusão aceitável com o tempo Retenção prolongada de decíduos CAUSAS: - anquilose do dente decíduo - hereditariedade - rizólise X rizogênese - agenesia do dente permanente - doenças congênitas (disostose cleido craniana) - endocrinopatias (hipotireoidismo) CONSEQUÊNCIAS - barreira mecânica à erupção do permanente - desvio do eixo de erupção - erupção anormal do permanente - atraso na erupção do permanente - maloclusão CONDUTA CLÍNICA - exame radiográfico: cronologia de erupção, presença do permanente, reabsorções atípicas, anquilose do decíduo - extração (não deixar a maloclusão se instalar) Via anormal de erupção dentária CAUSAS - permanência prolongada do decíduo - infecção dos decíduos - interferência mecânica (AEO – quando é usado muito precocemente, antes do segundo molar irromper, leva a impactação do 2º molar) - perda prematura do decíduo CONSEQUÊNCIA - maloclusão (falta de contatos corretos) - reabsorção da raiz dos dentes vizinhos Impacção do 1º molar superior - sinal de falta de espaço no arco dentário - vai reabsorver o 2º molar decíduo e o pré molar vai ficar impactado DIAGNOSTICO - radiográfico (prevenção) - cúspide distal do 1º molar permanente superior mais próxima do plano oclusal do que as cúspides mesiais CONDUTA CLÍNICA: - manter a posição - correção ortodôntica Com o germe do pré molar (ver grau de formação) – extrai o decíduo e coloca um fio para distalizar o molar (fio de latão, alastic de separação, separador de Kesiling) Com germe do pré molar ausente – entrai o decíduo e deixa o molar mesializar, vai formar classe 2 de um lado Anquilose dentaria Resulta numa união óssea direta entre a raiz do dente e o osso alveolar - dente fica preso no osso alveolar - forma um degrau entre o permanente e o decíduo, dente em infraoclusão - radiografia, tomografia - é frequente durante a dentição mista CONDUTA CLÍNICA: extração, manutenção do decíduo com aumento de coroa clínica para impedir a extrusão do antagonista (quando não pode extrair o decíduo porque o permanente não está no estágio 06 de nolla) - extração do dente anquilosado + mantenedoresde espaço (+2mm de infra-oclusão) - manutenção do dente decíduo (restauração do diâmetro cervico-oclusal até a época correta de extração para permitir a erupção do permanente) - anquilose do dente permanente: recolocação ou extração do dente (anteriores – primeiro recolocação; posteriores – extração) CAUSAS - lesões ou traumas - enfermidades congênitas e endócrinas - processos inflamatórios - idiopáticas É importante o diagnóstico precoce DIAGNÓSTICO Exame clínico: - dente infraoclusão - percussão som “seco” Exame radiográfico - imagem tridimensional (a tomografia é melhor para ver) Cárie dentária - interproximal: os dentes vizinhos vão empurrando os dentes, e causa apinhamento - é a maior causa de maloclusão localizada - afeta as duas dentições - leva a perda precoce de dentes Traumas CONSEQUÊNCIAS - impactação dentária - desloca a trajetória de erupção dos dentes permanentes - defeitos de esmalte - fraturas dentinárias - reabsorção radicular Conclusões - diagnóstico diferencial, classificar a maloclusão 1 . eliminar o fator etiológico 2 . pensa em qual aparelho usar Hábitos Orais Maloclusões Problemas dentais Problemas esqueléticos Problemas musculares (chupar dedo) Intrauterino já tem o exercício da sucção (mecanismo de sobrevivência) Nasce sem mandíbula praticamente – facilitar parto natural Aleitamento adequado – estímulo para desenvolvimento da mandíbula a nível da maxila Hábitos Costume e práticas que por meio de repetição vão se tornar um mecanismo de naturalidade Hábitos bucais Estamos começando a reconhecer quão danosos são os hábitos viciosos de lábios e língua, quão difíceis eles são de resolver e quão desastroso é o resultado do tratamento a menos que eles sejam corrigidos. Classificação HÁBITOS EXTRA ORAIS Apoiar queixo e rosto sobre a mão, posições anormais no uso do travesseiro, dormir de um único lado HÁBITOS INTRA ORAIS Mordida – unhas, lábios, língua e objetos Sucção – pelegar/digital, língua, bochechas, lábios, cobertor, lençol e outros objetos DEGLUTIÇÃO ALTERADA RESPIRAÇÃO ORAL OU BUCAL Hábitos intra-orais Sucção digital ou chupeta - desaparecer espontaneamente até os dois anos de idade é o ideal, porém não é o que ocorre - desde o nascimento até os 4 anos de idade, até essa idade tem uma deformação temporária e responde satisfatoriamente em 80% dos casos Chupeta convencional X anatômica ou ortodôntica - mordida aberta anterior – semidiferenciação estatística - mordida cruzada posterior mais frequente com a chupeta convencional - aspecto miofuncional levemente melhor com a chupeta anatômica Tríade de Graber Grau de deformação da oclusão - para que um hábito seja pernicioso deve estar causando maloclusões - os efeitos prejudiciais estão ligados a 3 fatores: duração, intensidade e frequência do hábito Influencia da amamentação natural sobre a criança - necessidade orgânica e afetiva - saúde - exercício miofuncional orofacial (é cansativo) - redução da frequência do hábito de sucção Amamentação artificial adequada - furo pequeno - anatomia adequada Amamentação artificial causa: - hipotonicidade da língua - respiração oral ou mista 60% - atresia do arco superior Respiradores orais estão associados à: < período de amamentação natural > Histórico de hábitos de sucção e mordida Sucção do polegar Fase I - sucção normal, subclinicamente significante. Do nascimento até mais ou menos 3 anos, na dependência do desenvolvimento social da criança Fase II - sucção significante clinicamente, dos 3 aos 6 ou 7 anos - dois fatores: ansiedade, melhor época para correção Fase III - sucção não tratada, após 4 anos requer imediata terapia ortodôntica e psicológica Sucção digital Tentativas mal sucedidas de eliminar o hábito Vigilancia contínua da criança pelos pais – mecanismo de atrair atenção TRATAMENTO Pais – evitar repreensão ou recompensa/suborno Criança – explicações detalhadas Profissional – programa de autoajuda Aparelhos para interceptação de hábitos Grade vertical com ou sem pontas ativas com ou sem cobertura acrílica (com ponta ativa é agressivo demais) Aparelhos removíveis - melhor esperar um pouco, após os 6 anos de idade (mais maturidade, melhor entendimento) Interceptador de hábito fixo Deglutição alterada Quando a criança tem mordida aberta para conseguir deglutir é necessário que a língua se projete entre os dentes, criando assim um selamento que permita a deglutição, ou seja, a mordida aberta favorece a deglutição alterada e o hábito de colocar a língua entre Duração Intensidade Frequência os dentes para deglutir piora o quadro de mordida aberta DEGLUTIÇÃO NORMAL - lábios se tocam levemente - músculos faciais de expressão não são utilizados - contração do musculo temporal com elevação da mandíbula - dentes entram em oclusão DEGLUTIÇÃO ALTERADA - projeção anterior da língua - hipotonicidade do lábio superior - função anormal do lábio inferior - língua descansa na linha de oclusão ou na mesa de oclusão - músculos faciais de expressão (orbicular oral e mentais) são contraídos para posicionar o bolo alimentar para trás com a língua - músculos da mastigação não são utilizados para aproximar os maxilares Os hábitos fazem a criança responder pior ao tratamento TRATAMENTO Multiprofissional - ortodontia: aparelhos com pontas (língua bate e recua) - fonoaudióloga Interposição do lábio inferior É quando o lábio é colocado entre o arco inferior e os dentes superiores, causando a projeção dos incisivos para vestibular (força lingual e ausência do lábio como barreira) - causa aumento do overjet TRATAMENTO Lip bumper ou Placa labial ativa – não corrige o overjet, apenas é um interceptador de hábito pois impede que a criança interponha o lábio inferior entre os dentes Respirador bucal Características faciais FACE ADENOIDIANA - face longa e estreita - olhar cansado, fisionomia sem expressão - olheiras decorrentes da congestão venosa devido ao edema nasal - nariz pequeno = estreitamento da abertura nasal - lábios entreabertos, hipotônico e ressecados – lábio superior curto - interposição do lábio inferior entre IS e II - pressão do lábio inferior sobre a face palatina dos incisivos - hiperplasia gengival - atresia nasal (encaminhar para otorrino/fono, tratar causa, reeducar a respiração se não tem reicidiva) Síndrome do respirados oral – terço inferior da face aumentado Características esqueléticas - crescimento anormal na região posterior da face, altura facial posterior diminuída - crescimento alveolar excessivo no sentido vertical, altura facial anterior aumentada - inclinação aumentada do plano mandibular - ângulo geníaco obtuso - alteração na nasofaringe - IS protruidos e II inclinados para lingual - curva de spee acentuada - overjet ou sobressaliencia - arco maxilar contraído, palato profundo e distancia intermolar diminuída (língua devia estar posicionada mais alta, favores a mordida cruzada - língua baixa força os dentes da mandíbula para frente) Características oclusais - mordida aberta anterior - contração do arco maxilar - língua baixa - aumento do ângulo mandibular no sentido horário - área - extrusão de dente que favorecem mordida aberta (dente deveria estar ocluindo, abriu a mordida e teve extrusão) Mordida cruzada posterior unilateral funcional O hábito de sucção digital e a respiração bucal podem favorecer a instalação de mordidas cruzadas, o abaixamento da mandíbula, devido a esses hábitos, provoca um desequilíbrio das forças da língua e do musculo bucinador exercidas sobre a maxila, causando sua contração. A contração da maxila gera um contato prematuro em caninos decíduos, o que faz a criança desviar a mandíbula para procurar uma posição confortável em máxima intercuspidação habitual,causando a mordida cruzada funcional - linha mediana não se coincidem - crescimento assimétrico da mandíbula - unilateral falsa tem contração e tendência de mordida cruzada, porém 2 lados estão prejudicados (RC e MIH não coincidem linha média) - unilateral verdadeira - RC e habitual coincidem com a linha média CRESCIMENTO ASSIMÉTRICO DA MANDÍBULA - compressão de um lado – reabsorção - neoformação do outro lado - assimetria facial - comumente esquelética TRATAMENTO Expansão rápida da maxila - com aparelho disjuntor - dentomucosuportado – aparelho fixo - abertura em V da sutura palatina mediana Efeitos: - aumento da largura nasal e maxilar - diminuição da resistência nasal durante a respiração (melhora respiração porque teto da boca é o assoalho nasal) - precisa de exercícios para melhorar a respiração FATORES LOCAIS - tamanho, localização da tonsila faríngela - infecções respiratórias recorrentes - processos alérgicos - asma - rinite crônica TRATAMENTO DE MORDIDA ABERTA ANTERIOR - interceptação de hábito - terapia fonoaudióloga - forças ortopédicas (aparelho de Thurou modificado) - otorrino, fono, orto Diastema Diastema Definição: qualquer espaço entre 2 dentes - na fase do patinho feio é uma condição normal, não precisa de intervenção Tipos LOCALIZADA: espaço excessivo em um ponto de contato GENERALIZADA: espaço excessivo em vários pontos de contato Fatores etiológicos Durante desenvolvimento normal DENTIÇÃO DECÍCUA - arco tipo I de Baume - espaço primata DENTIÇÃO MISTA - fase do patinho feio (inclinação dos dentes, canino se encontra alto) DENTIÇÃO PERMANENTE - não está presente normalmente Deficiência de material dentário no arco - discrepância de tamanho dentário (dentes conóides) - dentes ausentes - dentes ectópicos (fora de posição) - dentes extraídos (fibrosamento do tecido, tem dificuldade de irrompimento do dente) - apinhamento - comprimento do arco aumentado - língua em posição anormal (língua baixa, com tonicidade aumentada, vestibulariza os dentes) Impedimentos físicos - dente decíduo retido - dente supranumerário - freio labial anormal (parte óssea em pá, puxar pra cima e pra frente, papila fica isquêmica) - fusão imperfeita da pré-maxila (inserção de fibras, parte óssea em W) - presença de cistos e tumores - sobremordida exagerada (vestibulariza os incisivos superiores) - perda dos dentes posteriores Artificais Condição que é causada por uma intervenção - expansão palatal rápida Diagnóstico diferencial Exame clínico Identificar: - espaço localizado ou generalizado - medir os dentes - ausência de dentes - presença de sobremordida - presença de hábitos - tratamento ortodôntico prévio (artificial) - levantar o lábio superior e verificar a presença de isquemia (distema interincisal – diastema anterior) - determinar, se possível, se o espaço está aumentado Exame radiográfico - verificar fusão imperfeita da pré-maxila (linha média) - presença de supranumerário - ausência congênita de incisivo lateral - presença de lesões na linha média DIASTEMA INTERINCISAL - teste isquêmico - radiografias periapicais (caso não consiga identificar apenas no teste clínico) Tratamento - aparelhos removíveis (Hawley, placas com grampos, placas modificadas) – removível é limitado, não consegue fazer muitas movimentações. Só pode ser usado para fechar diastema caso tenha convergência do ápice (duas molas) - aparelhos fixos (elástico + braquetes) - cirúrgico (frenectomia – remoção completa do tecido fibroso em sua origem – frenotomia – remoção parcial do tecido fibroso e reinserção mais apical) Indicação da cirurgia: - após caninos apresentarem metade da sua coroa na cavidade oral - frenectomias precoces podem resultar numa formação cicatricial que impede o movimento mesial dos incisivos - frenectomia antes do tratamento ortodôntico estão contra-indicadas Conclusão - deve-se saber que existem fases normais do desenvolvimento dentário onde há espaçamento entre os dentes - é necessário conhecer os fatores etiológicos dos diastemas para poder diagnosticar e estabelecer o tratamento correto - deve-se aguardar a erupção dos caninos permanentes para, se necessário, indicar a frenectomia Mantenedores de espaço Perda precoce de dentes decíduos Se há uma perda precoce do dente decíduo, todo o equilíbrio de desenvolvimento normal é rompido, assim, é necessário o aparelho ortodôntico para recuperar esse equilíbrio Mesmo sem perda precoce é possível desenvolver uma má oclusão Definição: é definida pelo extravio de um dente decíduo antes do tempo de sua esfoliação natural. Há 2 vezes mais chance de ter ocorrido perda precoce anterior a uma maloclusão. Se ocorrer é necessário manter o espaço Se o dente for perdido antes do estágio 6 de Nolla do permanente, é considerado perda precoce O ideal é que o dente decíduo seja perdido quando o permanente estiver com 2/3 de raiz formada Como saber se a perda é precoce? - idade do paciente - estágio de formação da raiz do permanente (Nolla) Causas da perda precoce Traumatismos - pouco provável em segundo molar decíduo inferior - muito comum em incisivos centrais superiores - comum entre 5 – 6 anos de idade Processos anormais de reabsorção 1 . Incisivo lateral inferior irrompe para a distal ocasionando a esfoliação precoce do canino decíduo, causando perda de espaço no arco dentário 2 . Falta de espaço para irrompimento dos IC superiores, irrompe para a distal e reabsorve precocemente os laterais decíduos. Revela falta de espaço já existente, mas não acentua a deficiência 3 . Desvio do trajeto eruptivo do 1º molar permanente superior (deveria estar inclinado para a distal, mas se inclina para a mesial), erupciona em cima do segundo molar decíduo superior 5 anos antes do normal, levando a esfoliação precoce do 2º molar decíduo superior (além disso o desvio intenso para mesial ocupa muito espaço do segundo molar decíduo, não deixando espaço para erupção do 2º pré molar) Cárie - restaurar o dente decíduo sempre que possível - quando perder muita massa dentária, precisa extrair o dente decíduo e manter o espaço Exodontias e Patologias - negligência do tratamento (não valorizar o dente decíduo, “é decíduo, vai cair”) - problemas culturais (desvalorização do dente decíduo, não valoriza a escovação) - com finalidade ortodôntica (não tem quando se trata de um dente decíduo; é comum extrair o canino decíduo inferior para resolver o apinhamento primário dos incisivos inferiores, o que pode causar impactação dos caninos inferiores permanentes) - anquilose (esteve em erupção e parou), falha primária de erupção (dente que nunca esteve em erupção, e nunca vai irromper, precisa extrair) OBS: falha primária de erupção no dente 65 permitindo a inclinação mesial do dente 26 e a impactação do 25 – conduta é extrair o dente 65 Problemas da perda precoce dos decíduos - migração mesial dos posteriores - inclinação lingual dos incisivos - aceleração ou retardo na erupção - extrusão dos antagonistas - instalação dos hábitos nocivos - comprometimento estético e psicológico - dificuldade em articular sons Mantenedores de espaço Requisitos para usar mantenedor de espaço O sucessor permanete está presente e hígido - teórico: não mantém espaço para um dente que não existe - clínico: para evitar a mesialização dos dentes vizinhos, manter o espaço para por um implante no futuro O espaço para o dente não diminuiu - partir para a recuperação do espaço se tiver diminuido A relação molar e de caninos não foi afetada - não alterou a classe que o paciente era (classe I fica classe I) Predileção favorável da analise da dentição mista - já vai ter problema de espaço., independente da manutenção do espaçoCaso que cumpre os requisitos para utilização do mantenedor de espaço (não perdeu o espaço, sucessor presente e integro, classe I mantida) Planejamento do mantenedor de espaço (cai na prova) Tempo decorrido após a perda - maior movimento dos dentes vizinhos nos primeiros 6 meses - mais rápido na maxila (porque o osso é mais poroso, é sempre o primeiro a ser colocado) - aparelho depois cirúrgica, atuar o mais cedo possível (antes do dente decíduo ser extraído) Idade dentária do paciente - o irrompimento do permanente depende do estágio de formação de Nolla - perda de decíduos antes do estágio 6 de Nolla – retarda a erupção - perda de decíduos após o estágio 8 de Nolla (2/3 de raiz formada) – acelera a erupção (mesmo assim colocar o mantenedor de espaço, para segurança que o espaço não vai ser perdido) Quantidade de osso que cobre o dente não irrompido - lesão periapical acelera o irrompimento (houve destruição do osso que recobria o permanente – irrompe sem raiz totalmente formada, nunca pode fazer endo) - presença de osso retarda o irrompimento, pois há um barreira mecânica que dificulta a erupção Sequencia de erupção dentária Maxila: 1º M – Incisivos – 1º PM – 2º PM – C – 2º M Mandíbula: 1º M – Incisivos – C – 1º PM – 2º PM – 2ºM - se inverter a sequencia, os dentes vão se empurrando e há perda de espaço Erupção tardia do dente permanente - quando altera a sequencia de erupção - pode estar reabsorvendo raiz de permanente Caso 1: Canino com erupção tardia – conduta é extrair o decíduo e manter o espaço para que o permanente tenha espaço para irromper Caso 2: Canino permanente com um cisto e deslocado para mesial – conduta é exodontia do decíduo e mantenedor do espaço Ausência congênita do dente permanente - mantenedor ou acompanhamento - a melhor opção é manter o espaço (os dentes vizinhos vão estar verticais e é mais fácil movimentá-los assim Apresentação aos pais - é um aparelho passivo, não vai movimentar os dentes - passar informação primeiro Aparelhos mantenedores de espaço Escolha do aparelho Idade da criança (decide por fixo ou removível a depender da idade) Grau de cooperação (meninas colaboram mais, meninos menos) Higiene bucal (se for precária o removível é melhor, pois tira para comer e higieniza) Número de dentes perdidos (se perdeu muitos dente precisa ser o removível com dente de estoque, para evitar interposição da lingual e déficit mastigatório) Tipo de padrão esquelético (pacientes mais verticais tem mais facilidade de movimentação dos dentes – fixo, braquifaciais – removível) Hábitos bucais (removível com dente de estoque, evita os hábitos) Desejo da criança e dos pais Tipos de aparelhos Fixos BANDA ALÇA - indicada para perdas precoces unilaterais de no máximo 1 ou 2 dentes (se não fica muito longa de flexível) - banda no dente vizinho (anterior ou posterior), precisa ficar bem adaptada no dente, abaixo da crista marginal - faz a moldagem com a banda em posição, tira a banda do dente e transfere para o molde - fio 0,8 mm, adapta por fora do rebordo para não atrapalhar o espaço do dente COROA DE AÇO ALÇA - indicação: diante da destruição de dentes decíduos - coloca uma coroa no dente vizinho que está destruído e a banda é soldada na coroa ORIENTADOR DE ERUPÇÃO - indicação: perda do 2º molar decíduo antes do irrompimento do 1º molar permanente, ou seja, não tem dente vizinho para apoiar a banda - usa acrílico com dente de estoque que faz uma pressão sobre o robordo e é entendido como a presença de um dente, o que faz o dente permanente não mudar de posição - colocar uma película de chumbo em baixo do acrílico e radiografar para ver se está sobre o primeiro molar permanente (se tiver tem que cortar até ficar adaptado na mesial) ARCO LINGUAL - indicado: perdas precoces bilaterais, principalmente no arco inferior - bandas adaptadas nos primeiros molares de ambos os lados, por lingual Mecanismos de manutenção do espaço - impede o movimento mesial dos molares (banda no molar e anteparo anterior) - incisivo inferior não inclina para lingual (se inclinar para lingual perde espaço no arco, se for pra vestibular ganha espaço no arco) BOTÃO PALATINO DE NANCE - indicação: perda bilateral no arco superior - é parecido que o arco lingual, mas tem um botão de acrílico na região de incisivos superiores, na curvatura anterior do palato - botão: diametro de 10 mm, deve ser apoiado em osso basal pois é mais resistente do que o osso alveolar, evita ferimento no palato Mecanismo de manutenção - botão de nance apoiado no palato impede o movimento mesial dos molares (acúmulo de comida, rugas palatinas pronunciadas pode causar dor por compressão) - banda nos molares BARRA TRANSPALATINA - indicada: perda precoce bilaterais no arco superior - pode ser soldada ou encaixada (usar amarrada em um fio dental, pois pode deglutir – fazer raio X de tórax) MANTENEDOR FIXO COM DENTES - prótese apoiada em um fio ortodôntico - indicação: perda precoce de dentes anteriores - exige um desgaste em dentes decíduos (câmara pulpar ampla) Removíveis APARELHOS REMOVÍVEIS - consegue repor dentes perdidos em todo o arco, através de dentes de estoque presos ao aparelho removível - evitar usar adans no arco inferior por causa da barra lingual do grampo, o aparelho vai ser deslocado pela oclusão com o dente superior - observar a erupção dos dentes permanentes, acompanhar a cada mês - melhora a estética PRÓTESE PARCIAL - perda de vários dentes (cárie de mamadeira) - reestabelece a estética e oclusão - dificuldade no uso por uma criança, tem difícil retenção pois só tem apoio em molares PRÓTESE TOTAL - nenhuma retenção em dente - é muito difícil ter retenção - consultar frequentes com radiografias panorâmicas para acompanhar o processo de irrompimento dos permanentes Perda precoce – grupos de dentes Incisivos Perda até uns 3 anos Aspectos envolvidos - estéticos (sofre bullyng) - fonéticos (tem fala soprada) - mastigatórios - deglutição - psicológico - instalação de hábitos Não colocar o mantenedor após 5 anos de idade, pois já tem o início da erupção dos incisivos permanentes INDICAÇÃO DO MANTENEDOR: satisfazer requisitos estéticos e fonéticos e ocasionalmente, prevenir que a criança desenvolva hábitos de interposição de língua, sobretudo nos casos de perda múltipla de incisivos decíduos. OBS: não usar o dente do paciente avulsionado como reposição no aparelho removível, pois quando o dente perde a irrigação ele fica muito desidratado e branco Caninos Aspectos envolvidos - apinhamento - desvio de linha média - redução do perímetro do arco - inclinação lingual dos incisivos (perde o contato lateral, os incisivos inclinam para lingual – aumenta overjet e overbite) – conduta: arco lingual com “esporão” para evitar a inclinação dos incisivos e desvio da linha média INDICAÇÃO DE MANTENEDOR: evitar deslocamentos dentários indesejados Primeiros molares Aspectos envolvidos - migração distal do canino - migração mesial do 2º molar (impactação do 1º pré molar) - tendência ao apinhamento pela redução do perímetro do arco Segundos molares - bastante preocupantes (Cai na prova) Antes da irrupção do 6 (1ºM) - migração intraóssea do primeiro molar permanente - grande perda de espaço (passa por cima da coroa do pré molar dentro do osso) Após a irrupção do 6 (1ºM) - mesialização (inclinação/giroversão), não vai migrar de corpo - perda de espaço (menos preocupante que o outro) Ambas precisam de mantenedor de espaço imediato, porém o primeiro caso é mais grave PERGUNTAS Qual seria a provável sequela aos 8 anos de idade, com a perda precoce do segundo molar decíduo inferior aos 4 anos de idade, se um mantenedor de espaçonão for confeccionado? R: O primeiro molar permanente intraósseo migraria de corpo para a mesial, passando por cima da coroa do pré molar que está intraósseo e mais abaixo do que o primeiro molar permanente, ocasionando grande perda de espaço no arco. Mordida Cruzada Anterior Mordida cruzada Um ou mais dentes ocupam posições anormais no sentido vestíbulo-lingual A posição pode ser lingual ou vestibular em relação aos dentes antagonistas - para vestibular: mordida cruzada vestibular - para lingual: mordida cruzada lingualizada A mordida cruzada pode ser unilateral ou bilateral Etiologia RETENÇÃO PROLONGADA DE DENTES DECÍDUOS - dentes permanentes irrompem fora de posição por falta de espaço no arco (o germe se mantém por palatina e irrompe no palato) PERDA PREMATURA DE DENTES DECÍDUOS - o germe do permanente perde totalmente sua guia de erupção, e irrompe mais por palatina que é onde está posicionado DISCREPÂNCIA ÓSSEA-DENTAL NEGATIVA - por falta de espaço, irrompe fora de posição DEFICIÊNCIA DE CRESCIMENTO ÓSSEO - fator hereditário, falta crescimento da maxila e a mandíbula cresce mais ou normalmente, causando uma mordida cruzada anterior – não é causada por posição dentária, é um problema ósseo, mordida cruzada esquelética HÁBITOS BUCAIS - sucção digital – maior pressão do bucinador que contrai o arco maxilar, respiração bucal – mordida cruzada posterior – por causa do posicionamento mais baixo da língua, que não fica em contato com o palato, e com isso tem o desequilíbrio das forças do bucinador, que pressionam o palato para dentro contraindo o arco maxilar Consequências mordida cruzada A mordida cruzada precisa ser corrigida o mais rápido possível, pois: - inflamação gengival e reabsorção óssea (durante o crescimento, é possível recuperar o osso que foi perdido) Interferências oclusais (contatos prematuros em caninos decícuos) a criança busca um posição confortável em MIH, causando um desvio funcional da mandíbula, de um lado vai ter compressão e do outro estiramento do tecido retrodiscal, na área de pressão vai ter reabsorção óssea, na área de estiramento vai ter deposição óssea. Promove o crescimento assimétrico da mandíbula, com alterações musculares e articulares - após a época de crescimento (16 – 17 anos), a estética facial é prejudicada e a função também, e o único tratamento que resolve é a ortognática - precisa encaminhar para um odontopediatra ou ortodontista Disfunção da atm em crianças - sinais e sintomas da ATM aumentam com a idade - mordidas cruzadas com desvio funcional precisam de tratamento precoce Mordida cruzada anterior Diagnóstico EXAME INTRA-ORAL Dentária: envolve apenas os dentes Esquelética: envolve dentes e a base óssea - número de dentes envolvidos (quanto maior o nº de dentes cruzados, maior a chance de ser esquelética) -alinhamento do dente que está cruzado (deslocado para palatina – malposição dentária, se o dente está no seu alinhamento normal provavelmente o problema é esquelético) - oclusão cêntrica e habitual (deslocamento mandibular) AVALIAÇÃO CEFALOMÉTRICA - para poder confirmar o diagnóstico de alteração esquelética - inclinação do incisivo central superior (se tiver boa relação maxila-mandíbula é possível descruzar a mordida posicionando o ICS mais para labial) - se tiver relação maxila-mandíbula alterada, a mordida cruzada é esquelética Tratamento para MCA dentária Placa palatina com molas digitais: - splint oclusal: faz o levantamento oclusal Plano inclinado de acrílico: - não possui grampos - é apenas feito de acrílico, precisa ser transparente - precisa ser cimentado na boca - a largura do plano inclinado deve ser a mesma do dente cruzado - angulação de 45º - quando morde só toca o incisivo cruzado com o plano inclinado, os outros dentes ficam totalmente sem contato - indicado: um ou dois dentes cruzados, no máximo, precisa de apoio de 4 a 6 dentes inferiores para cada dente cruzado - só pode ficar na boca no máximo 3 semanas, pois é um aparelho mecânico traumático (só um dente toca), extrusão dos dentes que não estão em contato - vantagem: é rápido, é fixo (não depende da colaboração da criança) Aparelho ortodôntico fixo: - usado quando o paciente está em dentição permanete - correção rápida REQUISITOS PARA CORREÇÃO - espaço na arcada - angulação/inclinação do incisivo (se tiver muito inclinado, a mordida cruzada tem grandes chances de ser esquelética) - overbite (se tiver sobremordida é difícil movimentar, precisa primeiro fazer um levantamento oclusal) Tratamento para MCA esquelética Redirecionar o crescimento facial, o tratamento é totalmente diferente da MCA dentária Aparelho com força extra-oral