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ESTADOS MODERNOS – FRANÇA E INGLATERRA - Os Estados da França e da Inglaterra se formam a partir de um conflito armado: A GUERRA DOS 100 ANOS. - França Seu início, em 1337 se deu porque o rei inglês, Eduardo III, viu na ausência de um herdeiro para o trono francês a possibilidade de unificar os reinos. Isso iria gerar prosperidade econômica para monarquia inglesa, pois incorporariam regiões ricas como os Flandres. As primeiras batalhas foram bem sucedidas e os ingleses conquistaram alguns territórios. Porém, com a peste negra, a guerra foi interrompida pela primeira vez, e só retomadas as batalhas em 1356. Em 1360 a França aceita assinar o Tratado de Brétigny, que reconhecia que parte de seus antigos territórios era de domínio inglês. Todavia, o rei Carlos V reorganizou o exército francês e conquistou novamente esses territórios para a França. Devido as revoltas internas na França, a segunda pausa na guerra ocorreu. Sua retomada ocorreu em 1415, quando a Inglaterra conquista novos territórios e consegue, com a assinatura do Tratado de Troyes, garantir o direito de suceder o trono francês. A guerra chegará ao fim em 1453, com a Inglaterra derrotada e sem anexar territórios franceses. Os longos anos de guerra formaram um exército francês forte e unificado, não se mostrando muito eficaz a convocação de vassalos para integrá-lo. Isso fez com que também a coroa se fortalecesse, mais ainda com a cobrança da talha real – imposto criado pelo rei Carlos VII para produzir armas e pagar aos soldados. No século XV a dinastia Valois aumentou a arrecadação de impostos e seguiu investindo no exército nacional. Com o rei Francisco I, o controle das assembleias provinciais passou a ser do governo central e não mais do local. Em 1516, foi assinada a Concordata de Bolonha, que dava ao rei o poder de nomear o alto clero francês. Joana D’Arc foi uma importante personagem da guerra dos 100 anos, pois aos 17 anos ela comandou 4000 homens no exército francês, disfarçada de homem. Ao ser capturada pelos ingleses, foi julgada e condenada por heresia e condenada a morrer na fogueira, em 1431. Anos depois teve se processo revisado e foi inocentada pelo Papa Calisto III. No século XX, ela foi canonizada pela Igreja Católica. - Inglaterra A formação de seu Estado foi mais conturbada. Além da guerra dos 100 anos, A Inglaterra teve que combater a Batalha de Hastings (em 1066 para garantir a hegemonia dos anglo-saxões na ilha, expulsando os normandos do norte da França). Após ela, e após a guerra dos 100 anos, houve a Guerra das duas rosas, que tem esse nome porque as famílias envolvidas tinham uma rosa em seu brasão e disputavam o trono britânico. A rosa branca, dos York e a vermelha dos Lancasters disputaram entre 1455 e 1485. Triunfou a aliança dos Lancasters, com o cavaleiro de outra casa aristocrática, Henrique Tudor, que se tornou rei e conciliou as duas famílias ao se casar com Isabel, nobre da família York. Começava a dinastia Tudor e o Estado Moderno Inglês. Ele foi nomeado Henrique VII e reforçou o sistema fiscal, criou burocracia e investiu no Exército Nacional. A unidade inglesa foi facilitada pelo campo jurídico, tendo em vista o commom law (conjunto de decisões judiciais que se baseava na tradição e no costume, lei comum para as mais variadas regiões do reino). Henrique VII tinha seu poder limitado pelo Parlamento (Grande Conselho – um assembleia composta de representantes da nobreza e depois aberto para participação da burguesia). Essas e outras características do Estado Inglês eram especificadas em um documento chamado de Magna Carta, do ano de 1215 ( ao mesmo tempo que tinha um viés feudal, porque descentralizava o poder do rei e dava-o aos nobres, tinha um viés moderno por possuir princípios de direitos humanos e limitações ao monarca. Seu surgimento se justifica no fato de que o rei João sem terras gastava muito dinheiro em guerras, que eram custeadas pela nobreza, tendo o documento a função submeter as decisões do rei ao Grande Conselho).
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