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Terapia Nutricional em Oncologia Pediátrica

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Terapia Nutricional em Oncologia Pediátrica 
 
O câncer infanto-juvenil é considerado 
raro quando comparado aos tumores que 
afetam adultos, as neoplasias mais 
frequentes na infância são: leucemia, 
tumores no SNC e linfomas, seguidos de 
neuroblastoma, nefroblastoma ou tumor 
de wilms, entre outros. 
 
Porque o câncer infantil é diferente? 
→ Em geral, o câncer em crianças e 
adolescentes costuma crescer 
rapidamente, por questões, celulares, 
porém responde melhor à quimioterapia 
com chances de cura de 80%. 
 
→ Os sintomas são: 
● Febre, perda de peso sem explicação, 
hematomas, sangramentos e anemia (em 
caso de leucemia). 
● Dores de cabeça, tontura e falta de 
equilíbrio ou coordenação, alterações 
nos olhos como inchaço e pupila branca, 
caroços no pescoço ou virilhas (em caso 
de tumores no sistema nervoso central) 
● Tosse persistente ou falta de ar, 
sudorese noturna, inchaço abdominal, 
cansaço e dor nos membros. 
 
 
Câncer e Desnutrição 
→ 65 a 50% dos pacientes pediátricos 
com câncer já apresentam algum grau 
de desnutrição no momento do 
diagnóstico. 
→ Por conta da: Redução da ingestão 
alimentar, alteração do gasto 
energético, absorção e metabolismo de 
nutrientes, toxicidade oral e 
gastrointestinal, nefrotoxicidade, 
infecções. 
→ Todos esses fatores acima 
associados com o estresse da 
internação ou até mesmo separação da 
família pode ser um fator causal dessa 
desnutrição. 
→ A desnutrição instalada nesse 
paciente pode acometer: 
 ● Maior número de infecções; 
 ● Menor resposta terapêutica; 
 ● Maior probabilidade de recidivas; 
 ● Menores taxas de sobrevida; 
 
Intervenção Nutricional 
→ A intervenção nutricional tem como 
objetivo: 
 ● Promover o crescimento e 
desenvolvimento da criança 
 ● Melhorar a resposta imunológica 
 ● Aumentar a tolerância do paciente 
ao tratamento e melhorar sua 
qualidade 
A atuação do nutricionista é ampla e 
deve estar presente em ambas as fases 
do tratamento: tanto na curativa quanto 
na paliativa. 
 
 
Sinais e Sintomas causados pela 
terapia antitumoral 
 
→ Anorexia: 
● É necessário mostrar ao 
acompanhante a importância da 
alimentação apesar da inapetência, e 
ajustar a ingestão atual para o ideal o 
mais próximo possível. 
● Modificar a consistência da dieta 
conforme a aceitação do paciente é uma 
ótima dica, aumentando o 
fracionamento da dieta e reduzir o 
volume por refeição, oferecendo de 6 a 8 
refeições ao dia; 
● Aumentar a densidade calórica das 
refeições e quando necessário utilizar 
complementos nutricionais 
hipercalóricos ou hiperproteícos. 
→ Disgeusia e Disosmia 
● É importante estimular a ingestão de 
alimentos mais prazerosos para aqueles 
em que a disgeusia está aumentada. 
● Aumentar o fracionamento da dieta, 
reduzindo o volume por refeição, e 
modificar a consistência dos alimentos 
conforme aceitação. 
● Quando necessário utilizar 
complementos nutricionais com 
flavorizantes e aromas, lembrar dos 
sabores antes de ingeri-lo e dar 
preferência aos alimentos com sabores 
mais fortes. 
● Dar preferência a alimentos em 
temperaturas extremas para estimular 
outros sentidos 
→ Náuseas e Vômitos 
 ● Dar preferência a alimentos mais secos 
e de consistências brandas, aumentar 
fracionamento da dieta, reduzindo o 
volume, evitar jejuns prolongados. 
● Evitar preparações gordurosas, evitar 
beber líquidos durante as refeições, 
 
manter cabeceira elevada após as 
refeições. 
● Importante orientar consumo de 
alimentos cítricos (suco e picolé de 
limão ou maracujá) 
→ Xerostomia 
● Modificar consistência, evitar 
alimentos secos, duros ou picantes, 
utilizar alimentos à temperatura 
ambiente, fria ou gelada. 
● Diminuir sal das refeições, evitar 
vegetais frescos crus, intensificar a 
higiene oral. 
→ Odinofagia 
● Modificar consistência da dieta de 
acordo com a intensidade da dor do 
paciente, evitar alimentos secos e 
duros. 
● Dar preferência a alimentos na 
consistência pastosa (carnes macias 
bem cozidas picadas, desfiadas ou 
moídas) ou liquidificados. 
→ Esofagite 
● Evitar alimentos secos e duros, 
utilizar dieta hipolipídica e pobre em 
fibras insolúveis, usar papas de frutas 
e sucos não ácidos. 
● Mastigar bem os alimentos, evitar 
ingestão de café, bebidas alcoolicas, 
refrigerante ou qualquer bebida 
gaseificada, evitar condimentos 
ácidos que possam irritar a mucosa. 
→ Saciedade Precoce 
● Aumentar a densidade calórica das 
refeições e priorizar sucos mistos de 
legumes com frutas, ao invés de 
ingerir separadamente na forma in 
natura. 
→ Trismo 
● Utilizar artifícios para facilidar a 
digestão (canudos, seringas, colheres, 
sequeezes). 
 
 
→ Enterite 
● Progredir a consistências da dieta 
conforme a melhora do paciente, orientar 
a ingestão adequada de líquidos. 
● Utilizar dieta pobre em resíduos, glúten, 
sacarose, lactose, teína, cafeína, fibras 
insolúveis. 
● Utilizar dieta adequada em fibras 
solúveis 
→ Diarreia 
● Evitar alimentos flatulentos e 
hiperosmolares 
● Utilizar dieta pobre em fibras insolúveis 
e adequada em fibras solúveis 
● Ingerir líquidos isotônicos entre as 
refeições em volumes proporcionais às 
perdas. 
→ Constipação intestinal 
● Orientar a ingestão de alimentos ricos 
em fibras e com características laxativas 
● Considerar a utilização de módulo de 
fibra dietética mista 
● Estimular a ingestão hídrica conforme 
recomendações. 
→ Neutropenia 
● Não se recomenda o uso de pro 
bióticos, deve-se utilizar agua potável e 
higienizar bem todas as frutas e verduras. 
● Ingerir condimentos e grãos apenas se 
forem cozidos, ingerir leite esterilizado ou 
pasteurizado, não consumir oleaginosas 
nem chás em saches ou folhas secas. 
● Preferir consumir alimentos 
industrializados em embalagem pra 
consumo individual imediato 
● Evitar carnes industrializadas, 
preferindo apenas as bem cozidas. 
 
 
 
 
Anotações

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