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Bioengenharia do implante

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Bioengenharia do implante 
Introdução: 
A escolha do implante e do pilar, constitui uma importante escolha no 
planejamento em reabilitação com implantes dentários. 
Conexão protética: 
É a região cervical (plataforma) do implante que recebe o 
assentamento do componente protético; 
Função da plataforma do implante: 
Transmitem as forças ocluais para o osso, manutenção da estabilidade 
da peça protética, e consequentemente, no sucesso da prótese. 
Existem dois tipos de plataformas, a com hexágono externo e a com 
conexão interna. 
 
Conexão hexágono externo: Desenho original de 
Branemark para desdentados totais 
Idealizado para inserção cirúrgica do implante 
Primeira união pilar/implane- maior acompanhamento clínico longitudinal 
avaliado cientificamente. 
Amplamente utilizado em próteses múltiplas. 
Altura: 0,7- 1,2 mm 
Diâmetro: 2,0- 3,4mm 
VANTAGENS: 
 São apropriados para instalação de implantes em dois 
estágios; 
 Reversibilidade 
 Compatibilidade entre sistemas diferentes 
 Já foi o sistema de implante mais usado no mundo 
 Baixo custo 
 Simplicidade de técnica e previsibilidade 
 Grande variedade de componentes protéticos 
DESVANTAGENS: 
 Micro movimentos devido ao tamanho do hexágono 
 Baixa resistência aos movimentos rotacionais e laterais 
 Formação de Microgap 
 Induz a concentração de tensão na região coronária 
 Necessidade de ter grande precisão dimensional para 
garantir o acoplamento do componente protético sem folgas 
excessivas 
 A desadaptação implante-componente facilita a adesão de 
biofilme na borda da plataforma do implante com indução de 
saucerização; 
 A desadaptação entre o componente protético e a 
 Plataforma do implante pode levar ao insucesso do 
tratamento. 
 Indução de concentração de tensões podem proporcionar 
uma infiltração de bactérias e formação de biofilmes. 
Implantes de hexágono externo apresentam perda óssea marginal em 
média de 0,2mm a cada ano subsequente a instalação da prótese. 
Qual seria a solução? Plataforma de switching diminuição do raio de 
ação das bactérias que se alojam no GAP. 
PARTICULARIDADES: 
 Esse implante tem a sua plataforma expandida para os 
casos de baixo volume ósseo e espaços protéticos amplos; 
Conexão hexágono interno: As primeiras conexões 
internas eram por encaixe com deslizamento (SLIP-FIT); 
A interdigitação da fêmea no macho, promove uma grande estabilidade 
ao sistema, com um sextavado internamente. 
VANTAGENS: 
 Permite a redução da altura vertical da plataforma do 
implante; 
 Apropriado para colocação de implante em estágio único; 
 Facilita o assentamento do pilar 
 Protege o parafuso do abutment; 
 Diminui a possibilidade de micromovimentos. 
 STEVÃO (2005) afirma que há uma longevidade protética 
pela boa biomecânica; 
 
Layara Aquino 
 
 Redução do “stress” do parafuso do componente do 
implante; 
 Reduzir micro-inflitração bacteriana. 
 Maior resistência ao torque 
 Maior estabilidade da união pilar/implante 
Indicação: Prótese unitária parafusada e cimentada 
DESVANTAGENS: 
 Risco de fraturas do implante 
 Alto custo; 
Conexão interno cônica: Sistema cone morse; 
O termo é originário da engenharia mecânica e indústria. 
Os princípios básicos são a forma de travamento e a fricção entre os 
componentes. 
A solda fria tem característica anti-rotacional 
Uso em medicina: prótese de quadril 
Na implantologia teve início em 1985 na suécia. 
EFEITO CONE MORSE: O atrito entre duas superfícies levemente 
divergentes, combinado com uma pressão criada pela força de 
inserção, fixa o cone macho ao cone fêmea. 
VANTAGENS: 
 Estabilidade, forte resistentes a cargas laterais 
 Alta precisão e proteção ao parafuso 
 Resistência ao afrouxamento 
 Selamento biológico 
 Fixação Anti-Rotacional; 
 Alta estabilidade Mecânica; 
 Menor movimentação rotacional em relação a implantes de 
Hexágono Externo; 
 Maior Resistência ao desaperto de parafuso. 
 Redução do GAP; 
 Junção pilar/implante com selamento Bacteriano; 
 Plataforma do implante expandida em relação ao 
componente protético (Degrau de plataforma). 
 Preservação do osso alveolar; 
 Estabilidade gengival 
 Tecido peri-implantar com características semelhantes à 
gengiva natural; 
 Baixo potencial para perda óssea marginal; 
 Desempenho otimizado para carga imediata com resultados 
estéticos positivos. 
Geometria dos implantes: 
Nível ósseo da instalação em relação ao colo; 
 
Diâmetro e comprimento do implante: 
CRITERIOS PARA A SELEÇÃO DO DIÂMETRO DO IMPLANTE: 
 Diâmetro padrão: 4 mm (3,75 A 4,5 mm) 
 Implante inferior ao padrão com cerca de 3,3 mm (2,90 a 
3,5 mm) 
 Superior ao padrão (5 a 7 mm) 
 Perfil de emergência da prótese e anatomia do dente a ser 
substituído. 
 Superfície de fixação do dente a ser substituído. 
 Espaço disponível (mesiodistal, vestibulolingual). 
 Volume ósseo residual. 
 Fatores biomecânico. 
Quantidade e qualidade do tecido ósseo: 
O comprimento dos implantes é um fator que influencia o torque de 
inserção e a estabilidade primária dos implantes. 
Sempre que possível sugerimos a escolha dos implantes longos 
comparados com os curtos nas indicações 
Morfologia dos implantes: 
Vamos abordar os diferentes tipos de implantes em forma de 
parafuso utilizados, bem como suas vantagens e inconvenientes. 
Modificações no desenho e na superfície tem sido sugerido para 
aumentar o sucesso das reabilitações. 
OBJETIVO: 
 Permitir a estabilidade primária (quando se inicia a instalação 
do implante). 
 Distribuição das forças através da interface implante-osso 
 O desenho deve ser capaz de estimular formação óssea e 
facilitar osteointegração 
A estabilidade primária é essencialmente mecânica e pode ser em 
respostas dos tecidos à instalação ao implante. (franciscone, 2004). 
A noção de estabilidade primária, apesar de ser classicamente um 
conceito subjetivo e estar baseado na percepção tátil do 
implantodontista, tornou-se um objetivo principal de instalação dos 
implantes odontológicos. 
FUNÇÃO: É de amortecer as cargas biomecânicas (distribuição e 
dissipação das forças), a fim de se otimizar a função da prótese 
dentária. MORAES et al (2008) 
Forma do colo: 
Parte inicial após a plataforma. 
 
 
Forma do corpo 
IMPORTANTE!!! 
 
RELAÇÃO DESENHO X TIPO DE OSSO: 
IMPLANTES CÔNICOS Melhor estabilidade mecânica primária; 
retenção mecânica e transferência de forças compressivas (Shalak 
1985); C.I. para ossos de densidade alta; 
 Áreas de osso tipo III e IV. 
IMPLANTE CILÍNDRICO quantidade de contato ósseo com o implante; 
 Áreas com osso tipo I e II. 
IMPLANTE MISTO Verificou-se que mesmo tendo estabilidade 
primária, em alguns casos só o implante cônico não era suficiente; 
 Áreas de osso tipo II; III e IV; 
ÁPICE: 
 
Roscas: 
IMPORTANTE!!! 
FUNÇÃO: Maximizar o contato inicial; melhorar a estabilidade inicial; 
aumentar a área de superfície de contato do implante dentário; 
promover uma dissipação do estresse. 
Com roscas e sem roscas (Não tem estabilidade primária): 
 
MODIFICAÇÕES DAS ROSCAS: Alterações no desenho e 
tamanho das roscas para melhor condensação de osso pobre em 
densidade têm melhorado bastante os resultados da técnica de carga 
imediata. 
QUANTIDADE DE ROSCAS: 
 Simples Duplo 
 
FORMATO: 
Trapezoidal (Osso tipo 1 e 2) Arredondada (osso fino) 
 
Triangular (osso compacto) Quadrada (Osso tipo 4) 
 
IMPORTANTE O QUADRO À SEGUIR: 
Forma da rosca Facilidade 
de 
inserção 
Travame
nto do 
implante 
Distribuiç
ão da 
força 
Indicação: 
Triangular Ótimo Regular Regular Osso tipo 
1 
Quadrado Regular Ótimo Ótimo Osso tipo 
3 e 4 
Trapezoidal Boa Bom Bom Osso tipo 
2 
Arredondadas Regular Ótimo Bom Osso tipo 
3 e 4 
Quanto a superfície do implante: 
IMPORTÂNCIA: Anexação e adesão; 
 
OBJETIVO: 
 Conhecer a resposta óssea em razão dos tipos de 
superfície (usinadas ou rugosa) 
 Determinar a importância da rugosidadede superfície. 
 Conhecer diversos tipos de tratamentos existentes. 
 Observar aspectos de cada superfície. 
Se dividem em: Superfícies usinados; rugosa, tratadas ou texturizadas. 
Quanto mais modificações (texturas) na superfície do implante maior a 
união do implante ao osso 
Usinados: 
Princípio: Não tem textura; 
Parâmetro de tratamento: nenhum tratamento de superfície 
Aspecto: macroscopicamente lisos e brilhantes; 
RUGOSIDADE (0,50 – 0,85) 
RESPOSTA ÓSSEA (CORTICAL) 
Implante usinado permite que o processo de mineralização do osso em 
direção ao implante, mas não possui uma superfície indutora. Elias et al 
(2004) 
Pinto et al (2006), observaram a nível microscópico que a orientação 
das estrias e sulcos das superfícies usinadas seguem o sentido do 
corte, dificultando o espalhamento das células, tornando-se uma 
superfície anisotrópica. 
Segundo Linder et al., 1983, superfícies lisas de implantes de titânio 
favorecem a migração de células epiteliais com formação de cápsula 
fibrosa, resposta contrária ao desejado. (FIBROINTEGRAÇÃO) 
Já superfícies rugosas além de inibirem a migração das células epiteliais 
são favoráveis para a formação do tecido ósseo (Schwartz et al., 
1996). (OSSEOINTEGRAÇÃO) 
Tratamento de superfície: 
 
IMPORTANTE: Implantes de superfícies tratadas melhoram a 
estabilidade secundária (sinônimo da osseointegração) por promover um 
aumento dos níveis de ósseointegração. 
TRATAMENTO POR ADIÇÃO 
É aplicado à superfície do implante um recobrimento, que pode ser do 
mesmo material do corpo do implante ou não. 
1. Projetado por plasma: 
As superfícies rugosas são o resultados de um Revestimento obtido 
por plasma-spray de titânio (bioinerte) ou de hidroxiapatita 
(bioatividade). 
Consiste na propulsão de titânio, de hidreto de Titânio ou hidroxiapatita 
em ciclone de ar Quente que pode atingir 15.000°c. 
IMPORTANTE! O uso de gases ionizantes por aspersão térmica com 
spray de plasma de titânio, aumentam a área de contato superficial, 
proporcionando maior osseointegração. 
ASPECTO: Em pouco tempo rugosa; maior aumento arredondadas; 
dependem do tamanho dos grãos projetados e material usado 
POR ADIÇÃO PARTICULAS SPRAY DE PLASMA 
HIDROXIAPATITA: A superfície com deposição por plasma spray 
de hidroxiapatita (HA) obteve os maiores percentuais de contato osso-
implante nas análises histológicas em comparação com outras 
superfícies. 
POR ADIÇÃO DE SPRAY PLASMA DE TITÂNIO: 
Estas alterações morfológicas da superfície aceleram a absorção do 
sangue, pela ação do efeito da molhabilidade garantindo o processo mais 
eficaz de osseointegração. 
A superfície adquire um aspecto de “lava vulcânica”. 
TRATAMENTO POR SUBTRAÇÃO FÍSICA: 
Tratamento de 
adilçao: projetado 
por plasma
De titânio e 
hidroxiapatita
Eletroquiímica
Oxidação anódica
Depósito de 
bruchita
Tratamento por 
subtração física:
Jateamento
óxido de titânio 
Alumínio
Fosfato tricálcio
Tratamento por 
subtração 
química:
corrosão
sem jateamento 
e com ácido;
IMPORTANTE! É um modelo simples e acessível. Dificuldade em 
conseguir um tratamento homogêneo. 
O jateamento consiste em bombardear a superfície do titânio, criando 
rugosidades 
MATERIAIS UTILIZADOS: 
 Óxido de alumínio; 
 Sílica; 
 Óxido de titânio; 
 Hidroxiapatita; 
 Fosfato tricálcico 
Por jateamento de partículas – materiais utilizados: sílica ou alumínio; 
Dificuldade em conseguir uma superfície homogênea (variação do 
número de porosidade); 
Incorporação de partículas à superfície 10 – 30% metálica. 
TRATAMENTO POR SUBTRAÇÃO QUÍMICA: 
Consiste em um processo que atua sobre a superfície do titânio por 
meio de ácidos fortes. O ataque cria porosidades irregulares, propício 
para o crescimento ósseo e à fixação micromecânica. 
TIPOS DE ATAQUES: 
CORROSÃO (HCL, HF e H2SO4) E DECAPAGEM (HF e HNO3). 
Controle do grau de porosidade da superfície (padronização da 
temperatura, concentração e tempo de aplicação dos ácidos baixo 
custo associação aos métodos de limpeza das impurezas superficiais 
geradas pela usinagem 
PARÂMETROS: 
 Jateamento preliminar à corrosão 
 Composição do banho, temperatura banho 
 E tempo de corrosão. 
ATAQUE ÁCIDO 
Ciotti et al (2007) observaram que o ataque duplo proporcionou uma 
interação entre osso e implante. 
JATEAMENTO DE PARTICULAS ASSOCIADO AO TRATAMENTO ÁCIDO 
Guo et al (2007) relatam que as superfícies tratadas com jateamento 
(tio2) e hf (ácido fluorídrico) apresenta capacidade osteoindutora muito 
forte. 
Estágio atual: 
SUPERFÍCIES NANOTEXTURIZADAS/MICRO 
 
Conclusão: 
Vários tratamentos de superfície (como jateamento, “plasma spray” 
de titânio, revestido com hidroxiapatita, ataque ácido e indução no 
aumento da camada de óxido de titânio) têm sido responsabilizados pela 
melhora nas características de superfície e aumento da quantidade e 
qualidade do osso formado na interface, potencializando o 
embricamento mecânico entre implante e osso.

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