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Psoríase e líquen plano

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Psoríase e líquen plano
Psoríase
Eritematoescamosa.
Sem preferência de sexo, raça ou idade (porem media é 30 anos)
Região Sul e Sudeste (áreas mais distantes da linha do equador). Pois menos luz solar. 
Interação de fatores genéticos (HLA, B23, Cw6 e DQ9), associados a fatores ambientais (infecções, clima, tabagismo, estresse e drogas)
BALACCO e TIMMS
B – Beta bloqueadores
A – Antimaláricos
L – Lítio
A – AINES
C – Captopril (IECA)
CO – Corticoides
T – Trauma (Koebner)
I – Infecções (estreptocócica, estafilococica e HIV)
M – Medicamentos
M – Metabólicos (hipocalcemia)
S – Social (estresse, tabagismo, alcoolismo)
Leva a uma resposta imunomediada. Ativação de interleucinas (principalmente a gamainterferona e o fator de necrose tumoral alfa). Levando a uma combinação de processo inflamatório dermoepidermico e estado de hiperproliferação.
Alguns casos podem evoluir pra artrite psoriatica, podendo causar destruição articular.
Está associada a um estado inflamatório crônico e a sintrome plurimetabolica (DM, HAS, obesidade), o que promove maior comorbidade cardiovascular. 
Clinica: 
Placa eritematosa com escamas na superfície (prateada). 
Prurido é variável, normalmente leve.
Quadro crônico e reincidente. 
Quando feito curetagem metódica de Broqc (remover as escamas) surgem 2 sinais:
Sinal da vela: escama retirada da placa assume aspecto de lasca de vela
Sinal de Auspitz (orvalho sangrante)
Fenomeno de Koebner (sobre uma cicatriz após trauma, pode aparecer a psoríase) e Koebner reverso (trauma na placa, e ela some)
Formas Clinicas:
Forma Vulgar (placas)
Mais comum. Placa eritrodescamativa bem definidas e escamas branco-prateadas bem aderidas. Pode acontecer em qualquer área do corpo (criança mais em face) mas de preferência no couro cabeludo, retro auriculares, cotovelos e joelhos. 
Forma invertida: 
Pouco ou nenhuma descamação, se assemelha com assaduras, aparecem em regiões intertriguinosas (dobras)
Forma Gutata: 
Início abrupto, pequenas manchas eritematodescamativas por todo o corpo. Geralmente após infecção estreptocócica do trato respiratório superior. Esse quadro chega a melhorar com o uso de antibiótico como cefalexina, eritromicina e tetraciclina.
Forma Eritrodermica: 
Eritema prevalece sobre a descamação (praticamente toda a superfície corpórea). São graves pela resposta inflamatória sistêmica, tendo que internar, que pode evoluir para desidratação, perda proteica, distúrbios hidroeletrolíticos ou infecções. 
Geralmente desencadeada após vários tratamentos errôneos com uso de corticoide e sua parada abrupta. 
Forma pustulosa: 
Psoríase de von Zumbusch.
Pústulas (estéreis) disseminadas com manifestações sistêmicas (febre, adinamia, inapetência). São casos mais graves que evoluem com complicações (insuficiência cardíaca de alto debito, distúrbio eletrolítico, etc) 
Pode ser generalizada (após suspenção abrupta de corticoide sistêmico), ou localizada (palmo plantar ou entre os dedos)
Forma ungueal: 
50% dos casos. Associada a gravidade das lesões cutâneas e articulares. Pode haver lesão do leito ungueal (manchas de óleo, fratura distal, espessamento, hemorragia em estilhaço). Também pode haver lesão da matriz ungueal (pittings, que são lesões em pontos, manchas brancas e fratura proximal 
Psoríase artropática: 
Em até 75 % dos casos. Surge com aparecimento das lesões cutâneas, algumas vezes cerca de 10 anos depois.
Pode preceder lesões cutâneas em 10%, e ser simultânea em 15%. Uveite pode acompanhar o quadro. 
Principais formas: 
Oligoartrite assimétrica: mais comum
Interfalangiana distal: “dedos em salsicha”. Forma mais típica, porém menos frequente.
Artrite mutilante/deformante: mais grave. 
Poliartrite simétrica: simula artrite reumatoide, porem fatores reumatoides inativo. 
Espondiloartrite: acompanha coluna vertebral. 
Diagnostico: 
Clínica + anatomopatológico (se dúvida diagnostica).
Inflamação da derme (eritema) + hiper proliferação da epiderme (escamas)
No anatomopatológico: paraqueratose, neutrófilos na epiderme, acantose regular, afinamento supra papilar, vasos dilatados e tortuosos.
Maioria sem alterações laboratoriais, caso aparecer, somente Proteina C reativa, velocidade de hemossedimentação, etc.
Na gutata, pode aparecer indícios de infecção estreptocócica por meio do ASLO (anticorpo estreptolisina O) 
Psoríase pustulosa generalizada pode aparecer hipocalcemia. 
Tratamento: 
Não há cura. Quadro costuma ser recorrente. 
Antes de indicar o tratamento é importante estimar a gravidade da psoríase utilizando o PASI (Psoriasis Area and Severity Index) que leva em conta o número e a gravidade das lesões em diferentes partes do corpo. Os com escore PASI maior que 10 merecem tratamentos mais potentes.
Nunca usar corticoide sistêmico (risco de efeito rebote).
Formas localizadas: 
Corticoides tópicos de média e alta potência (betametasona e clobetasol) + drogas antiproliferativas (derivados do coaltar e o calcipotrieno)
Fotoretapia: forma mais extensas
PUVA (psoraleno via oral + UVA)
Metodo de Goeckerman (coaltar pomada + UVB)
Formas graves e extensas: 
Tratamento sistêmico com imunossupressores (Metotrexate e Ciclosporina) e os retinoides (Acitretina). 
Também pode usar imunobiológicos: ação anti-interleucinas, como anti-TNF-alfa (infliximabe, isalimumabe e etanercepte) e anti-interleucinas 12 e 23 (ustequinumabe)
Para artrite psoriática, pode ser feito imunobiológicos e metotrexato. 
Pode começar internando, depois continuidade em ambulatório.
Nunca usar corticoide sistêmico.
Líquen plano
Papulopruriginosas. 
Erupção de lesões com coloração violácea característica com prurido associado.
Crônica e reincidente
Adultos jovens (30 a 60 anos). 
Mundial, sem preferencia de sexos ou etnias.
Interação de fatores genéticos, associados a fatores ambientais (Infecções virais: Hepatite C; Drogas: IECA, Tiazídicos, antimaláricos; Vacinas: hepatite B e influenza; Alérgenos de contato: metais). 
Essa associação leva a resposta autoimune, onde os linfócitos T vão agredir os queratinócitos da camada basal. 
Paciente com quadro eruptivo disseminado e acometimento oral importante deve realizar sorologia para hepatites C e B pois há relatos na literatura de sua associação. 
Clinica:
Doença dos 7 P’s
P – Pápulas/placas 
P – Planas
P – Poligonais
P – Purpúricas (violácea)
P – Pruriginosas
P – Pequenas (0,5 a 1 cm)
P – Punhos
Estrias de Wickham – estrias esbranquiçadas que aparecem principalmente com o dermatoscópio.
Fenômeno de Koebner – após cicatriz por trauma, aparece o líquen plano sobre a cicatriz
Não destacáveis com espátula (diferencial com candidíase)
Formas Clinicas: 
Forma hipertrófica: 
Placas espessas, verrucosas, mais pruriginosa. Pode evoluir para CEC
Formas foliculares: 
Que acontece sobre pelos. Nessa área pode aparecer alopecias por placas tonsurantes. Alopecia cicatricial. Ex: alopecia frontal fibrosante
Forma Bolhosa: 
Bolhas aparece apenas sobre a lesão do líquen plano. Infiltrado inflamatório intenso. Bolha dermo-epidermica. 
Forma Penfigoide: 
Também sobre a pele sã. Por anticorpos BP 180.
Mucosas: 
Acometimento acontece em 75 % dos casos. 
Oral é a mais comum.
 Pode ser na forma reticulada: mais comum
Pode aparecer na forma erosiva: mais grave, pode evoluir para CEC. 
Unhas: acomete cerca de 15% dos casos
Achado mais comum é o pterígio proximal (pedaço de pele que invade a unha proximal) 
Diagnostico: 
Clinico + anatomopatológico 
Exames laboratoriais não auxiliam.
No anatomopatológico: ortoqueratose (espessamento da camada córnea, porém é achatado). Hipergranulose. Acantose em “dentes de serra”. Infiltrado em faixa na derme papilar. 
Também pode aparecer corpos de Civatte: degeneração dos queratinócitos. 
Tratamento: 
Corticoides são a base do tratamento. 
Localizado: corticoides tópicos 
Generalizados: corticoide sistêmico ( > 20 mg) (prednisona 0,5 a 1 mg/kg)
Se quadro resistente, responde bem ao uso de retinoides, como a isotretinoína 0,5 mg/kg. 
Se na mucosa, corticoide tópico ou a isotretinoína.
Se liquen plano pilar, pode provocar alopecia cicatricial,
devendo ser tratado precocemente com corticoide tópico ou hidroxicloroquina. 
Para o prurido: Hidroxizine
Redução espontânea em 65% dos casos em 1 ano. 
Recidiva acontece em 20% dos casos

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