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UCAM – UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES 
SUSANE SAVOLDI SIEGA 
 
 
 
 
 
 
 
 
GESTÃO ESCOLAR: TRABALHO INTEGRADO AS COMPETENCIAS, 
ATRIBUIÇÕES E RESPONSABILIDADES DO ADMINISTRADOR, SUPERVISOR E 
ORIENTADOR EDUCACIONAL DIANTE DAS NECESSIDADES ATUAIS. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CORONEL FABRICIANO - MG 
2018 
Comentado [Prof1]: Utilize o verbo na voz ativa e na 3ª 
pessoa. Lembre-se que seu artigo deve conter de 5 a 10 páginas 
textuais, seu trabalho excedeu o exigido. 
 
 
UCAM – UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES 
SUSANE SAVOLDI SIEGA 
 
 
 
 
 
 
 
GESTÃO ESCOLAR: TRABALHO INTEGRADO AS COMPETENCIAS, 
ATRIBUIÇÕES E RESPONSABILIDADES DO ADMINISTRADOR, SUPERVISOR E 
ORIENTADOR EDUCACIONAL DIANTE DAS NECESSIDADES ATUAIS. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Artigo Científico Apresentado à Universidade 
Candido Mendes - UCAM, como requisito parcial 
para a obtenção do título de Especialista em 
Gestão escolar: Administração, Supervisão e 
Orientação Educacional. 
 
 
 
 
 
 
CORONEL FABRICIANO - MG 
2018 
1 
 
GESTÃO ESCOLAR: TRABALHO INTEGRADO AS COMPETENCIAS, 
ATRIBUIÇÕES E RESPONSABILIDADES DO ADMINISTRADOR, SUPERVISOR E 
ORIENTADOR EDUCACIONAL DIANTE DAS NECESSIDADES ATUAIS. 
Susane Savoldi Siega1 
 
RESUMO 
 
 
A educação contemporânea exige um profissional dinâmico, criativo e flexível, pois os desafios que 
se colocam para o gestor administrador, supervisor e orientador, na atualidade, parecem se 
multiplicar dia após dia. As mudanças que ocorrem em nossa sociedade são caracterizadas tanto 
pela sua expansão como pelo ritmo acelerado em que ocorrem. Mal acabamos de alcançar um 
desafio, já nos deparamos com outros. E um dos desafios é nos colocarmos na posição de eternos 
aprendizes. A formação do profissional, hoje em dia, deve ser contínua e possibilitar a reflexão sobre 
as atribuições do gestor, supervisor e orientador educacional frente às responsabilidades escolares. 
Além de buscar atualização e especialização nas áreas que tem competências em atuar, como 
profissional deve ser capaz de traçar um plano de desenvolvimento pessoal em que ele próprio seja o 
administrador do seu processo de aprendizagem, buscando aprofundar o conhecimento desejado. 
Essa postura de eterno aprendiz traz reflexos de grande impacto na sua prática pedagógica, pois 
ampliará sua competência para administrar, supervisionar e orientar a comunidade escolar. Sendo 
assim, este artigo tem como objetivo investigar as responsabilidades e as atribuições do “conjunto 
administrativo” que está a “frente” das organizações dentro dos espaços escolares. Para obter essas 
informações, realizou-se uma pesquisa bibliográfica com fundamentação em alguns autores como 
OLIVEIRA; ELMA; SÁ (2012), VASCONCELLOS (2009) entre outros, neste, procurou-se abordar o 
papel dos “líderes” frentes as responsabilidades escolares, bem como, a organização e o 
desenvolvimento democrático nos segmentos da escola, contribuindo assim, para o bom 
funcionamento do educandário. Portanto, conclui-se que gestar ou administrar supervisionar e/ou 
orientar dentro de um espaço escolar é um talento a parte que pode ser desenvolvido no cerne do 
indivíduo, porém, com certeza de que conduzir um conjunto de situações (escola, servidores, alunos, 
e outros), exige tolerância, afetividade, criatividade, comprometimento e muita responsabilidade, de 
modo a contribuir com uma educação de qualidade. 
 
Palavras-chave: Gestão Escolar: Administração, Supervisão, Orientação, 
Responsabilidades e Competências. 
 
Introdução 
 
No mundo contemporâneo, as organizações são uma inevitabilidade na vida das 
pessoas, desde que nascem (maternidade, até à sua morte (funerária,) Neste 
sentido, Ferreira, Neves e Caetano (2001, p. xxxi) referem: “Na situação atual, cada 
um de nós necessita das organizações para viver. […] Somos, quer queiramos quer 
não, seres que vivem e trabalham nas organizações, inseridos em unidades 
 
1 Graduada em Gestão de Recursos Humanos e Pedagogia pela Universidade Norte do Paraná (UNOPAR) Polo 
de Concórdia- SC. Aluna do curso de Pós – Graduação em Gestão Escolar: Administração, Supervisão e 
Orientação Educacional pela Universidade Candido Mendes. 
Comentado [Prof2]: Todo o texto deve ser estruturado em 
parágrafos com alinhamento justificado (com recuo de 1,5 cm 
na primeira linha), fonte 12 e o espaço entre linhas de 1,5 cm. 
 
2 
 
organizacionais, intencionalmente construídas e reconstruídas, em permanente 
evolução e mudança”. 
A construção de um país mais produtivo e de um mundo melhor passa, 
inevitavelmente, pela garantia do ensino de qualidade para todos. No Brasil, muitos 
são os desafios a superar para conseguir melhorar a aprendizagem dos alunos. As 
escolas precisam, por exemplo, ter mais autonomia para decidir sobre as escolhas 
relacionadas ao seu funcionamento e assumir a responsabilidade pelo cumprimento 
das metas de aprendizagem. Estas, por sua vez, precisam ser bem definidas e 
disseminadas na sociedade. 
Sendo assim a identidade do profissional da educação vai se construindo ao 
longo do tempo, por meio das vivencias e das experiências. O primeiro contato com 
os mais diversos espaços da escola (na administração na supervisão na orientação 
dentro ou fora das salas de aula entre outras situações que podemos encontrar) é 
impulsionado e proporcionado pelo espaço acadêmico, quando esse possibilita ao 
discente/docente, adentrar no mundo da escola através das pesquisas. 
 Desta maneira, investigar sobre o Supervisor, Orientador escolar, enfim, 
sobre a equipe administrativa da escola, possibilita que o docente/discente, futuro 
“especialista”, reflita ainda mais sobre a atuação e a formação de cada profissional 
dentro da instituição de ensino, de modo que as experiências e as vivenciadas já 
“adquiridas” possam contribuir para compreender melhor os desafios que esses 
profissionais encontram durante a caminhada da profissão. 
Desenvolver continuamente a competência profissional constitui-se em 
desafio a ser assumido pelos profissionais, pelas escolas e pelos sistemas de 
ensino, pois essa se constitui em condição fundamental da qualidade de ensino. 
Nenhuma escola pode ser melhor do que os profissionais que nela atuam. Nem o 
ensino pode ser democrático, isto é, de qualidade para todos, caso não se assente 
sobre padrões de qualidade e competências profissionais básicas que sustentem 
essa qualidade. A busca permanente pela qualidade e melhoria contínua da 
educação passa, pois, pela definição de padrões de desempenho e competências 
de diretores escolares, dentre outros, de modo a nortear e orientar o seu 
desenvolvimento. Este é um desafio que os sistemas, redes de ensino, escolas e 
profissionais enfrentam e passam a se constituir na ordem do dia das discussões 
sobre melhoria da qualidade do ensino. 
3 
 
Desenvolvimento 
 
A educação é considerada uma das ciências mais importantes para a 
sociedade, por isso a escola tem uma nobre tarefa a cumprir. Porém, a escola como 
qualquer outra instituição, precisa ser bem administrada e ter na figura do gestor, do 
administrador, supervisor ou orientador educacional o responsável pelas ações 
desenvolvidas. Uma gestão eficaz consiste na garantia de uma escola eficiente e, 
consequentemente, de um processo de formação mais humana. 
Já é lugar comum a afirmação de que vivemos uma época de mudança. 
Porém, a mudança mais significativa que se pode registrar é a do modo como 
vemos a realidade e de como dela participamos, estabelecendo sua construção. No 
geral, a centralização, a fragmentação, o conversadorismo e a ótica do dividir para 
conquistar, do perde-ganha, estão ultrapassados, por conduzirem ao desperdício, ao 
imobilismo, ao ativismo inconsequente, à desresponsabilização por atos e seus 
resultados e, nem em ultima instância, à estagnação social e ao fracasso de suas 
instituições. 
Em meio a essa mudança, não apenas a escola desenvolveessa 
consciência, como a própria sociedade cobra que o faça. Assim é que a escola se 
encontra, hoje, no centro de atenções da sociedade. Isto porque se reconhece que a 
educação, na sociedade globalizada e econômica centrada no conhecimento, 
constitui grande valor estratégico para o desenvolvimento de qualquer sociedade, 
assim como condição importante para a qualidade de vida das pessoas. 
A educação, no contexto escolar, se complexifica e exige esforços redobrados 
e mais organização do trabalho educacional, assim como participação da 
comunidade na realização desse empreendimento, a fim de que se possa ser 
efetiva, já que não basta ao estabelecimento de ensino apenas preparar o aluno 
para níveis mais elevados de escolaridade, uma vez que o que ele precisa é 
aprender para compreender a vida, a si mesmo e a sociedade, como condições para 
ações competentes na prática cidadania. E o ambiente escolar como um todo deve 
oferecer-lhe esta experiência. 
O gestor e administrador precisa ter consciência do seu papel enquanto 
representante de uma instituição de ensino, da sua importante contribuição para a 
eficácia de uma escola e das suas reais contribuições na administração de uma 
escola. 
4 
 
Cada escola é uma escola; cada agrupamento de alunos traz as suas 
especificidades, como cada conjunto de professores, profissionais de direção e 
pessoal de apoio constituem-se em conjuntos particulares, que atuam e contribuem, 
de forma própria, para a dinâmica da escola. A escola é o espaço em que 
conhecemos e aprendemos sobre o mundo, sobre a ação/trabalho e a relação dos 
homens no mundo. Essa função da escola, a qual não se caracteriza em outros 
segmentos da sociedade, faz dela um importante instrumento de formação humana, 
logo, meio de possibilidade de emancipação social. 
 Com todas as novidades invadindo as práticas pedagógicas, a escola precisa 
trazer a cientificidade atrelada a essa evolução, no entanto, a escola precisa de bons 
gestores, de bons supervisores e de bons orientadores educacionais, que 
“gerenciem”, que supervisionem e que orientem o funcionamento dos serviços 
escolares, garantindo o alcance dos objetivos educacionais de toda unidade escolar. 
Nenhuma escola pode ser melhor do que os profissionais que nela atuam. 
Nem o ensino pode ser democrático, isto é, de qualidade para todos, caso 
não se assente sobre padrões de qualidade e competências profissionais 
básicas que sustentem essa qualidade (LÜCK,2009, p.12). 
Diante disso; 
A principal função da “direção”, no todo, é a de projetar e planejar, prover 
meios e recursos, prever tempos, avaliar. Mas, acima de tudo, significa 
formar e liderar equipes, sensibilizar pessoas, mobilizá-las para objetivos 
comuns (OLIVEIRA; ELMA; SÁ, 2012, p. 118). 
 
 
 O Papel Do Gestor Administrador No Sistema Educacional 
 
O termo “gestão” tem sido utilizado para definir a prática das atividades 
administrativas do espaço escolar. De acordo com Antunes (2008, p. 14) a origem 
etimológica do termo gestão vem do latim gero gestum, gerere e significa chamar 
para si, executar, gerar. Neste sentido podemos compreender que a gestão não é 
somente o ato de administrar, envolve dimensões que estão além de uma 
concepção de comando e autoritarismo, como a democratização e o diálogo. 
A gestão escolar possui dimensões que considera o enfoque da atuação em 
que o gerenciamento é considerado um meio e não um fim em si mesmo. Dentre as 
dimensões da gestão destacam-se quatro níveis: a Gestão Pedagógica, 
Administrativa, Financeira e Política (LÜCK, 2006). 
A atuação do gestor em relação ao primeiro nível refere-se à administração 
da área pedagógico-educativa. Estabelece em conjunto com a equipe os objetivos 
5 
 
do ensino, definindo as linhas da atuação em função dos mesmos bem como do 
perfil da comunidade escolar. A função do gestor envolve a administração voltada à 
estrutura física geral e espaços de apoio pedagógico, aos níveis e modalidades de 
ensino oferecidas/clientela, aos recursos humanos da escola, à organização da 
rotina escolar, ao processo ensino aprendizagem e à construção do Projeto Político 
Pedagógico (PPP). 
Conforme Lück (2006) na Gestão Administrativa o gestor responsabiliza-se 
pela parte física e institucional da escola, sendo suas especificidades enunciadas no 
plano escolar, bem como no regimento. Dentre as atribuições do gestor neste nível 
estão: a organização geral da instituição escolar, a relação da gestão com a 
comunidade interna/externa, a participação de ambas no planejamento, 
administração e avaliação da escola, a democratização das informações e por fim, a 
gestão do material e do patrimônio material. 
A função administrativa implica na Gestão Financeira que se responsabiliza 
pelas etapas que abrangem o investimento, a aplicabilidade e a prestação de contas 
dos recursos recebidos. Este nível de gestão deve observar os princípios da 
administração pública referente à legalidade, moralidade, impessoalidade e 
publicidade. Geralmente, os gestores em seu discurso comentam que este é o nível 
mais difícil de gerenciar, no entanto, essa fala ressalta o perfil de um gestor que 
possui dificuldades quanto ao trabalho em equipe, já que a Gestão Financeira 
permite o envolvimento efetivo da equipe administrativa, bem como da comunidade. 
É obvio que todo esforço da equipe gestora acaba se relacionando 
diretamente com as condições de exercer seu papel de articulador e promotor de 
uma educação cidadã e de qualidade, o que remete ao domínio específico para 
exercer a gestão política. Saber ser, saber conviver e saber propor ideias para o 
bem da escola remete, inicialmente, as suas lideranças. 
Segundo Lück (2006), essa dimensão da gestão envolve a ação para 
transformação, globalização, participação, práxis, cidadania, dentre outros aspectos. 
Para que estas dimensões da gestão sejam efetivamente executadas é necessário 
que o gestor seja dinâmico. Portanto, fazer gestão é provocar mudanças que são 
consideradas necessárias para obter os resultados desejados e que foram 
previamente planejadas. 
Assim, uma das figuras mais importantes da escola é o diretor. Sua função e 
atividades não são simples, pois envolvem: suprir as necessidades da escola, 
6 
 
atender alunos, conversar com professores, ouvir as reivindicações dos pais, 
inteirar-se do trabalho pedagógico, bem como do trabalho burocrático. 
Nos dias atuais ainda é muito comum se ouvir a seguinte expressão: “A 
escola tem a cara do diretor”. Isso significa que a liderança diretiva imprime o perfil 
da organização escolar. Logo, um diretor de concepções tradicionais imprimirá um 
perfil tradicional e autoritário. Por outro lado um diretor democrático influenciará uma 
gestão democrática envolvendo os diversos autores a atores da educação. Sabe-se 
que por vezes há incoerência entre teoria e prática. Neste caso, é necessário ter 
uma postura investigativa e confrontar estes dois níveis de construção do 
conhecimento. 
No entanto o que seria uma gestão democrática? É aquela que permite a 
participação efetiva de toda a comunidade – equipe administrativa, professores, 
funcionários, alunos, pais, dentre outros - nas ações da escola, envolvendo o 
planejamento, execução, ação e avaliação. 
Para Antunes (2008, p. 16) 
Pensar a democratização da gestão educacional implica compreender a 
cultura escolar e os seus processos, bem como articulá-los às suas 
determinações históricas, políticas e sociais. Significa especialmente 
entender as diferentes concepções de “gestão democrática”. Estas 
diferentes concepções, de um lado, estão associadas ao rompimento do 
modelo autoritário, burocratizado e centralizador e à possibilidade de maior 
participação de todos, desde que todas as ações estejam intimamente 
articuladas ao compromisso sóciopolítico com os interesses coletivos. 
Expressam e favorecem as ampliações da compreensão do mundo, de si 
mesmo, dosoutros e das relações sociais, essenciais para a construção 
coletiva de um projeto de escola. 
 
A gestão constitui um fator de grande importância na direção de qualquer 
organização, seja ela de grande ou pequeno porte, industrial, comercial, política, 
religiosa, educacional ou de outra qualquer índole. Verifica-se que a gestão surgiu 
por consequência da administração, a qual possui suas origens em tempos que não 
se pensava em teorias administrativas, em que se utilizava a administração apenas 
como um suporte para a manutenção das empresas e organizações. As ideias não 
eram estudadas e muito menos anotadas, pois foi a partir das práticas que as teorias 
surgiram. Simões e Oliveira complementam, dizendo que: 
O histórico é marcado na administração pela busca de um método de 
trabalho mais científico, sendo deixado de lado o artesanato, visando 
sistemas operacionais mais eficientes que aumentassem a produção e a 
qualidade do produto, tornando-se assim uma proposta científica a ser 
considerada (2001, p. 26) 
 
7 
 
Na escola, o administrador lida com orientadores, coordenadores e outros 
sujeitos que fazem parte do processo ensino-aprendizagem, todos possuindo uma 
função dentro da hierarquia educacional. A ideia não é burocratizar a escola, mas 
sim, demonstrar que as atividades existem, mesmo que várias delas sejam 
realizadas por uma mesma pessoa, o que, aliás, é normal acontecer em qualquer 
empresa de pequeno e médio porte, que é o caso de uma unidade escolar. Segundo 
Ferreira (2006, p. 306), gestão “vem do latim (gestão – ônis) que significa ato de 
gerir, gerência, administração. Gestão é administração, é tomada de decisão, é 
organização, é direção”. 
O significado da palavra gerir cria a necessidade de se dirigir a escola não 
impondo, mas sim partindo dela mesma, em sua relação integrada com a 
comunidade a quem vai servir. Para Libâneo (2003, p. 318), “a gestão são, pois, 
atividades pelas quais são mobilizados meios e procedimentos para atingir os 
objetivos da organização, envolvendo, basicamente, os aspectos gerenciais e 
técnico-administrativos”. O referido conceito pressupõe a consciência de que a 
realidade da instituição pode ser mudada, somente na medida em que seus 
participantes tenham consciência de que são eles que a produzem com seus 
trabalhos. Sendo que os princípios citados acima por Libâneo (2003) e Ferreira 
(2006) são os que a gestão internaliza na educação, a fim de que o objetivo dela 
seja alcançado com sucesso, ou seja, tornar os alunos mais capacitados em busca 
de um mundo mais humano, onde as diferenças em diversos aspectos sejam 
ultrapassadas. Isso está inserido na gestão educacional, pois Ferreira contempla 
que: 
A gestão da educação hoje ultrapassou as formas estritamente racionais, 
técnicas e mecânicas que a caracterizaram durante muitos anos, sem, 
contudo prescindir de alguns destes mecanismos, enquanto instrumentos 
necessários ao seu bom desenvolvimento e ao ”bom funcionamento da 
escola”, mas, apenas enquanto instrumentam, a serviço do propósito 
decidido coletivamente e expressos no PPP da escola que cumpre, desta 
forma sua função social e seu papel político institucional. (2006, p. 308). 
 
Porém, este “líder” educacional precisa estar respaldado de uma eficiente 
equipe administrativa e docente, para então desenvolver um excelente trabalho no 
espaço escolar. A escola pode ser considerada um dos lócus que integra um 
“universo” de seres únicos e distintos e, o indivíduo estando neste espaço, 
independentemente de sua função, precisa ser respeitado e valorizado por todos. A 
8 
 
sincronia na comunidade escolar possibilita o desenvolvimento da dialética entre o 
grupo resultando em uma educação mais significativa. 
 Neste sentido, administrar, supervisionar e orientar um educandário nos dias 
de hoje, é desafiar-se frente as utopias que embargam o ensino, a inovação e a 
criatividade, é a essência para a realização de um trabalho eficaz, frente a 
complexidade contemporânea. 
Numa sociedade em que os valores éticos e morais encontram-se 
esgarçados em que o individualismo exacerbado e a competição 
desenfreada são partes constituintes do perfil dessa sociedade é fácil 
perceber o quanto se torna difícil a gestão, cujas as características 
principais sinalizam para a direção oposta- integrada e democrática 
(VASCONCELLOS, 2009, p. 59). 
 
 Diante de tal conceito, a gestão toma um rumo na área organizacional, tendo 
como um dos elementos a ação administrativa em seu sentido mais amplo, levando 
a escola a obter sua organização específica, envolvendo os aspectos 
administrativos, físicos, pedagógicos e sociais. Gestão pedagógica e gestão 
administrativa são áreas que formam a gestão escolar, que funcionam interligadas, 
de modo integrado ou sistêmico. 
A gestão pedagógica cuida da condução da área educativa, propriamente 
dita, sendo considerado o lado mais importante e significativo da gestão escolar. Já 
a gestão administrativa cuida da parte física e da parte institucional. 
No cotidiano escolar, o gestor se vê com múltiplas situações nas quais 
precisa desempenhar seu papel. Contudo, a forma como ele irá desenvolver essa 
prática é que vai determinar o bom convívio com toda a comunidade escolar. 
Para tanto observamos que o gestor é o que dispõe e coordena a utilização 
adequada e racional de recursos e meios, organiza situações para a realização de 
fins determinados à atividade administrativa. 
Com toda via a realidade atual mostra um mundo ao mesmo tempo 
homogêneo e heterogêneo, num processo de globalização e individualização, 
afetando sentidos e significados de indivíduos e grupos, criando múltiplas culturas, 
múltiplas relações, múltiplos sujeitos. Se, de um lado, a pedagogia centra suas 
preocupações na explicitação de seu objeto, dirigindo-se ao esclarecimento 
intencional do fenômeno do qual se ocupa, por outro, esse objeto requer ser 
pensado na sua complexidade. 
Administrar uma entidade escolar é um momento intrínseco ao ato educativo 
seu caráter de mediação no desenvolvimento dos indivíduos no interior da dinâmica 
9 
 
sociocultural de seu grupo, sendo o conteúdo dessa mediação a cultura que vai se 
convertendo em patrimônio do ser humano, isto é, os saberes e modos de ação. 
Trata-se, portanto, de entender a educação como assimilação e reconstrução da 
cultura, e a pedagogia como prática cultural, forma de trabalho cultural, que envolve 
uma prática intencional de produção e internalização de significados para a 
constituição da subjetividade. 
 Esse foco aponta para um conceito de gestão escolar democrática como um 
processo que não se resume as tomadas de decisões e que é sustentado no diálogo 
e na alternativa, na participação ativa dos sujeitos do universo escolar, na 
construção coletiva de regras e procedimentos e na constituição de canais de 
comunicação, de sorte em ampliar o domínio das informações e todas as pessoas 
que atuam na sobre a escola, estamos construindo a nossa democracia, nosso 
exemplo área são recentes, que nos falta tradição nessa temática, porém acredito 
que no erro e no acervo vamos dia a dia, ano a ano, assumindo posturas de maior 
responsabilidade, como si próprio como parte de um todo, responsabilizando-se, 
solidarizando-se com o entorno e com planeta. 
Somos seres políticos todos os nossos atos estão permeados dessa ação. E 
um gestor de uma instituição educacional, possui em suas mãos escolhas que 
literalmente faz, fará a diferença de muitos destinos. Qual o papel do diretor numa 
gestão democrática? É muito importante e acredito que muito difícil, pois eu 
compararia como um maestro só que num palco que não são todos que tocam a 
mesma música... Este tem que encontrar o tempo todo equilíbrio entre as diferenças 
sabendo respeitá-las é um agregador, ‘’um espetasse’ ’profundo conhecedor de 
gestão humana, financeira de planejamento... 
 
O Papel Do Supervisor EscolarA origem histórica da supervisão escolar data da década de 1980, a partir da 
função supervisora de um gerente de fábrica sobre seus funcionários. Deste modo, 
sua procedência está relacionada à execução de um processo com eficácia. 
(ALMEIDA; SOUZA, 2010) Portanto, administrar é um processo complexo de gerir 
negócios, com características próprias, decorrentes da instituição mantenedora. 
Assim, o administrador escolar assume o compromisso de oferecer à população um 
serviço de qualidade. E como o homem só se constitui como tal na medida em que 
10 
 
se destaca da natureza e ingressa no mundo da cultura, eis como a formação 
cultural vem a coincidir com a formação humana, convertendo-se o pedagogo, por 
sua vez, em formador de homens. Para compreender melhor as origens da função 
supervisora, é necessário conhecer os princípios de gerência, segundo Taylor apud 
(ALMEIDA; SOARES, 2010, p. 24) 
1. O administrador [...] assume o cargo de todo o conhecimento tradicional 
que no passado foi possuído pelos trabalhadores e ainda de classificar, tabular e 
reduzir esse conhecimento a regras, leis e fórmulas. [...] É o princípio de dissociação 
do processo de trabalho das especialidades dos trabalhadores. 
2. Todo possível trabalho cerebral deve ser banido da oficina e centrado no 
departamento de planejamento ou projeto. [...] Esse é o princípio de “separação de 
concepção e execução”. 
3. A noção fundamental de tipos comuns de gerência é a de que cada operário 
tornou-se mais especializado em seu próprio ofício do que é possível a qualquer um 
ser na gerência, e que, em consequência, o pormenores de como o trabalho será 
mais bem feito devem ser deixados a ele. [...] Talvez o mais proeminente elemento 
isolado na gerência científica moderna seja a noção de tarefa. Esse é o princípio da 
utilização desse monopólio de conhecimento para controlar cada fase do processo 
de trabalho e seu modo de execução. 
Pensando conforme as teorias acima, justifica-se a supervisão escolar como 
meio de garantir a execução do que foi planejado. Portanto, a supervisão aparece, 
historicamente, como função de controle, onde a racionalidade é o princípio que 
fundamenta a filosofia tecnocrática vigente. (SILVA apud ALMEIDA; SOARES, 2010, 
p. 25). Inicialmente, os supervisores tiveram a tarefa de treinamento de professores. 
Com o tempo, passaram a executar as políticas educacionais definidas pelo 
governo. Nessa linha de pensamento, diz-se que a trajetória histórica do supervisor 
adquire, gradativamente, características de controle e execução do que é planejado 
externamente. (ALMEIDA; SOARES, 2010) 
A seguir, vê-se a transposição da supervisão administrativa empresarial para a 
prática do pedagogo supervisor escolar. 
O profissional de supervisão escolar exercia, inicialmente, a função de controle 
sobre o trabalho executado pelo professor, ou seja, ao supervisor cabia 
11 
 
“supervisionar o trabalho docente” (ALMEIDA; SOARES, 2010). Esse profissional 
era responsável por vistoriar os cadernos de chamada dos alunos de cada série, 
cobrar os planejamentos dos professores (verificando sua elaboração, processo de 
execução dentro das normas da instituição), analisar os resultados do processo de 
ensino-aprendizagem. De modo geral, a ação supervisora tinha como base a tarefa 
de tomar decisões e controlar o processo de ensino-aprendizagem, enquanto o 
professor era responsável pela execução das tarefas. Durante muito tempo a 
perspectiva tecnocrata da escola roubou um tempo precioso do supervisor, 
confinando-o ao preenchimento de papeis e ao controle rigoroso dos professores: 
cabia ao supervisor controlar os passos do professor, através de fichas de 
acompanhamento que pouco estavam relacionadas com o avanço pedagógico, mas 
sim com o controle das ações do professor que pouco podia ousar, pensar, agir e 
repensar. É contra esta visão que atualmente os supervisores lutam. 
Afinal, o papel fundamental do supervisor pedagógico é acompanhar as 
práticas dos professores com vistas à continuidade de sua formação no interior da 
escola. Assim nas palavras de Alarcão, pode-se dizer que: 
A supervisão é uma atividade cuja finalidade visa o desenvolvimento 
profissional dos professores, na sua dimensão de conhecimento e de ação, 
desde uma situação pré-profissional até uma situação de acompanhamento 
no exercício da profissão e na inserção na vida escolar (1996, p.95). 
 
O supervisor pedagógico contribui para a formação dos professores 
articulando a teoria e prática, buscando fazer elo do seu saber e o conhecimento 
profissional dos professores, interagindo, mediando, intervindo, problematizando e 
questionando as vivências escolares, num movimento de aprendizagem contínua e 
mútua. Neste contexto, o supervisor pedagógico surge como figura essencial, pois a 
ele cabe a criação de contextos favoráveis à aprendizagem e ao desenvolvimento 
dos novos professores e, por sua influência, à aprendizagem de desenvolvimento 
dos seus alunos. 
Seu papel na escola é essencial, especialmente quando falamos na formação 
em serviço e na escola reflexiva. O supervisor pedagógico é a pessoa central da 
formação na escola e tem como objetivo principal “criar condições de aprendizagem 
e desenvolvimento profissionais” (ALARCÃO, 1996). O supervisor escolar representa 
um profissional importante para o bom desempenho da educação escolar, o grupo 
escolar, o qual deve opinar expor seu modo de pensar e procurar direcionar o 
trabalho pedagógico para que se efetive a qualidade na educação. 
12 
 
Na atualidade o supervisor se direciona para uma ação mais científica e mais 
humanística no processo educativo, reconhecendo, apoiando, assistindo, sugerindo, 
participando e inovando os paradigmas, pois tem sua “especialidade” nucleada na 
conjugação dos elementos do currículo: pessoas e processos. 
Um dos assuntos mais polêmicos da atualidade e que vem sendo 
amplamente discutido é a educação, no seu sentido de formação humana. Educar é 
uma tarefa que exige comprometimento, perseverança, autenticidade e 
continuidade. 
As mudanças não se propagam em um tempo imediato, por isso, as 
transformações são decorrentes de ações. No entanto, as ações isoladas não 
surgem efeito. A importância do supervisor educacional, que representa uma das 
pessoas que procura direcionar o trabalho pedagógico na escola em que atua para 
que se efetive a qualidade em todo o processo educacional, sabe-se que o 
Supervisor Escolar é um servidor especializado em manter a motivação do corpo 
docente, deve ser um idealista, definindo claramente que caminhos tomar, que 
papéis se propõem a desempenhar, buscando constantemente ser transformador, 
trabalhando em parceria, integrando a escola e a comunidade na qual se insere. 
Desse modo, caracteriza-se pelo que congrega, reúne, articula, enfim soma e não 
divide. Com toda esta conjuntura, compreender e caracterizar a função supervisora 
no contexto educacional brasileiro não ocorre de forma independente ou neutra, 
sendo que a função decorre do sistema social, econômico e político e está 
relacionada a todos os determinantes que configuram a realidade brasileira ou por 
eles condicionada. 
Acredita-se que o Supervisor Escolar tem a possibilidade de transformar a 
escola no exercício de uma função realmente comprometida com uma proposta 
política e não com o cumprimento de um papel alienado assumido. A caracterização 
da Supervisão precisa ser definida e assumida pelo Educador e pelo Supervisor. 
O Supervisor possui uma função globalizadora do conhecimento através da 
integração dos diferentes componentes curriculares. Sem esta ação integradora, o 
aluno receberia informações soltas, sem relação uma das outras, muitas vezes 
inócua. Conforme Medina (1997) argumenta que nesse processo, o professor e 
supervisor têm seu objeto próprio de trabalho: o primeiro, o que o aluno produz; e o 
segundo, o que o professor produz.Comentado [Prof3]: Fonte do autor? 
13 
 
O professor conhece e domina os conteúdos lógico-sistematizados do 
processo de ensinar e aprender; o supervisor possui um conhecimento abrangente a 
respeito das atividades de quem ensina e das formas de encaminhá-las, 
considerando as condições de existência dos que aprendem (alunos). É uma opção 
que lhe confere responsabilidade e a tranquilidade de poder. 
 O Supervisor Educacional deverá ser capaz de desenvolver e criar métodos 
de análise para detectar a realidade e daí gerar estratégias para a ação; deverá ser 
capaz de desenvolver e adotar esquemas conceituais autônomos e não 
dependentes, diversos de muitos daqueles que vem sendo empregados como 
modelo, pois um modelo de Supervisão não serve a todas as realidades. 
Portanto acredita-se que uma das funções específicas do Supervisor Escolar é a 
socialização do saber docente, na medida em que a ela cabe estimular a troca de 
experiências entre os professores, a discussão e a sistematização de práticas 
pedagógicas, função complementada pelos órgãos de classe que contribuirá para a 
construção, não só de uma teoria mais compatível à realidade brasileira, mas 
também do educador coletivo. De acordo com Rangel é sucinto afirmar que: 
A ação supervisora não pode ser vista de forma isolada do contexto no 
interior e no entorno da escola e, tampouco, ficar à margem das relações 
que permeiam o seu ambiente. Vale, ainda, lembrar que o educador 
supervisor está também, em processo de construção pessoal e profissional. 
Assim, tão necessária quanto à atenção ao corpo docente e discente, é a 
atenção ao supervisor e à supervisão: uma atenção que é da escola, da 
sociedade, das políticas de educação, em apoio à sua formação e ao 
reconhecimento do seu trabalho (2009, p.67-68). 
 
 No entanto, se tratando da função do supervisor escolar, os conselhos 
municipais de educação e os próprios educandários, precisam levar em 
consideração, que no Brasil não se tem uma legislação que ampare essa função em 
suas práticas escolares e, que somente se tem referências a apoios pedagógicos. 
Neste sentido, o supervisor escolar pode estar vinculado a esses apoios, sendo 
assim, a Lei das Diretrizes e Bases da Educação Nacional de dezembro de 1996, 
faz referências ao apoio pedagógico em seu artigo 64 quando inclui o seguinte 
parecer: 
Art. 64. A formação de profissionais de educação para administração, 
planejamento, inspeção, supervisão e orientação educacional para a 
educação básica, será feita em cursos de graduação em pedagogia ou em 
nível de pós-graduação, a critério da instituição de ensino, garantida, nesta 
formação, a base comum nacional. 
 
Comentado [Prof4]: Fonte do autor? 
 
14 
 
 
O Papel E A Importância Do Orientador Educacional 
 
 
Assim como na supervisão escolar, a origem da orientação educacional é 
colocada como um ajustamento dos indivíduos às necessidades da ordem social. 
Seu surgimento no Brasil, data da década de 1940, por meio das Leis Orgânicas. 
Nelas o ensino médio foi dividido em duas partes, a formação profissional e a 
formação secundária. A orientação escolar se desenvolveu, prioritariamente, na 
instituição de formação secundária. (ALMEIDA; SOUZA, 2010) 
Pimenta (1995 apud ALMEIDA; SOUZA, 2010, p. 28) afirma que essa 
formação secundária, tinha por finalidade, entre outras, “a formação integral da 
personalidade do adolescente” e “dar preparação intelectual geral que possa servir 
de base a estudos mais elevados de formação especial”. A orientação profissional 
se desenvolveu no ensino médio profissionalizante, principalmente industrial, que 
cumpria a função de formar a mão de obra industrial. (PIMENTA, 1995, p. 23) 
Cabe ressaltar que, nesse período, as escolas secundárias eram administradas 
por entidades religiosas. Foi em escolas particulares católicas que a orientação 
educacional mais se desenvolveu. 
De acordo com Pimenta (1995 apud ALMEIDA; SOARES 2010), a orientação 
se desenvolveu com base nas formulações da psicologia científica, que era 
responsável pela criação dos testes de inteligência aplicados para convencer os 
indivíduos de que obter ou não um emprego depende da capacidade de cada um. 
A atuação do orientador escolar sofreu influência de experiências vividas nos 
EUA e na França, afirma Pimenta (1995 apud ALMEIDA; SOUZA, 2010, p. 28). 
A influência norte-americana na orientação escolar objetiva o ajustamento dos 
alunos ao desenvolvimento da sociedade, através de alguns princípios fundamentais 
da orientação, tais como a saúde do aluno; integração satisfatória na vida familiar e 
social; cidadania; vocação; uso adequado do tempo de lazer; formação do caráter. 
(ALMEIDA; SOUZA, 2010) 
Já a influência francesa, se desenvolveu com a finalidade de conhecer melhor o 
aluno. O orientador escolar era chamado de psicólogo escolar e, sua principal 
atividade era elaborar um dossiê com todas as informações possíveis sobre o aluno 
para servir de base orientadora para os professores. 
15 
 
O trabalho do orientador educacional no Brasil ampliou-se a partir da década 
de 1970, com o intuito de orientar na vocação dos alunos. Porém, vinha como uma 
educação reguladora e não como uma necessidade das escolas. (ALMEIDA; 
SOUZA, 2010) 
Nesse período, a atuação do orientador educacional tinha por base princípios 
de uma teoria escola novista, em que o aluno é o centro do processo de ensino-
aprendizagem, devendo ser respeitados seu ritmo de aprender e sua 
individualidade. (ALMEIDA; SOUZA, 2010) 
O orientador educacional também foi compreendido como um especialista em 
relações interpessoais (atuando com o trabalho de mudar as atitudes de alunos e 
professores), efetivando o projeto educacional de desenvolvimento integral dos 
alunos. 
Sendo assim, pode-se dizer que, como a supervisão, a orientação escolar tem 
sua origem nos princípios da lógica capitalista de organização do processo de 
produção. Pois, inicialmente, a função do orientador era calcada em uma lógica de 
organização hierarquizada de trabalho, visando à eficiência e produtividade do 
processo. 
A partir das necessidades do desenvolvimento integral do aluno: física, 
intelectual, social, emocional, moral, vocacional e profissional, percebeu-se a 
necessidade de um profissional que atendesse e orientasse os alunos, entendendo, 
que a escola não mais atua apenas na transmissão do saber científico, mas também 
no desenvolvimento social e cultural de seus educandos. Mediante essa interação 
que está além do ensino-aprendizagem surge o papel do orientador educacional que 
tem como objetivo orientar o aluno no conhecimento pessoal e do ambiente 
sociocultural onde está inserido, a fim de que este tome decisões acertadas e 
reflexivas mediante ao seu desenvolvimento pessoal e social (GIACAGLIA; 
PENTEADO, 2006). 
Com tantas mudanças econômicas e consequentemente sociais e culturais, a 
escola se transformou e com isso foram criadas e ampliadas algumas funções 
importantes ao bom funcionamento do espaço escolar a fim de responder as 
necessidades educativas. 
O orientador educacional no exercício de seu papel possui atribuições que 
estão regulamentadas pelo decreto n° 72846 de 26 de Setembro de 1973. Tais 
atribuições são divididas em: privativas e participativas. As atribuições privativas 
16 
 
correspondem ao planejamento e coordenação de ações na escola e comunidade, 
como também, na implementação e funcionamento de serviços de orientação 
educacional. 
 As atribuições participativas caracterizam-se pela participação nas atividades 
escolares e na identificação das características inerentes a essas atividades. Além 
dessas atribuições, o papel do orientador é harmonizar situações conflitantes 
ocorridas no espaço escolar, através de leitura da realidade do cotidiano vivido na 
escola, como também estabelecer diálogo e promover ações preventivas, a fim de 
evitar problemas. 
O orientadornão pode ser confundido com o psicólogo da escola, sua função 
é totalmente pedagógica o que não lhe dá o direito fazer terapias com os alunos e 
nem emitir diagnósticos de distúrbios de personalidades ou de comportamentos. Ou 
ainda, não se pode confundir com a função do coordenador pedagógico, onde 
possui tarefas parecidas, mas com objetivos diferentes. Sabemos que a ação do 
orientador na escola parece, muitas vezes, aos demais agentes do processo 
educativo, irrelevante, comum ou inconsciente. 
O orientador educacional é comumente procurado, pela direção das escolas, 
a concretizar múltiplas tarefas, emergentes no cotidiano da escola, e que vão desde 
o controle disciplinar exercido às vezes camufladamente sob uma pretensa condição 
de aconselhamento, até as performances relativas á distribuição de merenda 
escolar. 
Ainda hoje se percebe que alunos, pais, professores, e a própria equipe 
administrativa desconhecem o real papel e função do orientador educacional. Para 
Luck (1986, p. 18) “Não têm sido demostrados, via de regra, com objetividade, pela 
Orientação Educacional de cada escola, os resultados que produz e a sua eficácia, 
em consequência do que, deixa de sobressair sua relevância no processo 
educativo”. Portanto, a atuação do orientador tem sido comumente, assistemática e 
descontinua. Luck complementa dizendo que: 
A orientação se refere à condição de apresentar clara, precisa e 
objetivamente, diretrizes de ação, de especificar, adequadamente, que 
efeitos se pretende produzir; o que se pretende fazer e em que 
circunstância, etc. A capacidade de um plano ou projeto de oferecer 
orientação efetiva à ação depende de sua clareza, especificidade, 
exequibilidade, precisão e simplicidade (LUCK, 1986, p. 31). 
 
De tal modo, sob o ponto de vista legal, o exercício da profissão de Orientador 
17 
 
Educacional foi previsto na Lei nº 5.564/68, regulamentada pelo Decreto nº 
72.846/63. O Orientador é formado em curso de Licenciatura em Pedagogia com 
habilitação especifica em Orientação Educacional. Neste contexto, entende-se que a 
orientação educacional tem um papel da maior relevância, por trabalhar com a 
questão da construção das identidades dos educandos e também dos próprios 
educadores. 
Com toda via, o Orientador deve coordenar as atividades que visem à 
formação cívica do Educando na escola, bem como, deve constituir uma visão 
contextualizada de todo trabalho desenvolvido na instituição educacional, ou seja, ao 
estudo da realidade do aluno, trazendo-a para dentro da escola, no sentido da 
melhor promoção ao seu desenvolvimento. 
Para Martins (1984), a Orientação Educacional é parte do processo educativo 
que facilita, mediante métodos científicos e técnicos, a todos os educandos, 
possibilidades de desenvolvimento pessoal. Ainda dentro da perspectiva do autor 
acrescenta que: 
O Orientador Educacional deverá ter um bom preparo, a nível universitário, 
que lhe forneça adequados conhecimentos de Psicologia Educacional, 
Psicologia da Criança e do Adolescente, Psicologia Pedagógica, Sociologia 
Educacional, Filosofia da Educação, Biologia Educacional, Estatística 
Educacional, Docimologia, Orientação Profissional, Administração Escolar, 
Estrutura e Funcionamento e Magistério (MARTINS, 1984, p. 30-31). 
 
Assim, a orientação educacional deve ser um processo dinâmico, continuo, 
sistemático e integrado em todo o currículo escolar. É um processo cooperativo e 
integrado em que todos os educadores, e em especial o professor, assumem papel 
ativo e de relevância. Vê o aluno como um ser global que deve desenvolver-se 
harmoniosa e equilibradamente em todos os aspectos físico, mental, emocional, 
social, moral estético, político, educacional e vocacional. É um processo de 
assistência direta ou indireta a todos os educandos, indistintamente. 
Por fim, a orientação educacional procura antes de tudo promover situações e 
condições que favoreçam o desenvolvimento do educando e prevenir situações de 
dificuldade, e não estabelecer-se como recurso de remediação de problemas já 
designados. Segundo Smidt: 
A Orientação Educacional, no seu sentido restrito, é um método pelo qual o 
Orientador Educacional ajuda o aluno, na escola, a tomar consciência de 
seus valores e dificuldades, concretizando, principalmente através do 
estudo, sua realização em todas as suas estruturas e em todos os planos 
de vida escolar, familiar, social, espiritual (SMIDT,1975 apud MARTINS, 
1984, p.71). 
 
Comentado [Prof5]: Fonte do autor? 
18 
 
Diante de tanta responsabilidade, Oliveira, Lima e Sá (2012, p.19), acrescenta 
que o papel do gestor, coordenador e supervisor escolar está pautado em “planejar, 
traçar metas e programas de ação; Organizar, coordenar recursos em função dos 
objetivos definidos; Comandar, fazer com que as pessoas executem as tarefas que 
lhes são atribuídas, respeitando a hierarquia existente”. Ainda essas mesmas 
autoras, trazem um destaque para o papel do supervisor educacional, segundo elas, 
o supervisor escolar tem a responsabilidade de atuar junto aos professores e, 
principalmente: 
-Participar da definição da concepção de educação adotada pela instituição 
escolar e da forma como ela trabalha com o conhecimento e com o 
processo ensino-aprendizagem. 
-Comprometer-se com o aprimoramento do processo ensino-aprendizagem, 
em especial com os aspectos didáticos e metodológicos. 
-Elaborar, de forma participativa, o Projeto Político Pedagógico da escola, 
acompanhando e avaliando as ações que lhe são compatíveis. 
-Planejar e coordenar as reuniões pedagógicas realizadas com o corpo 
docente. 
-Avaliar periodicamente o trabalho pedagógico desenvolvido, observando os 
critérios estabelecidos. 
-Orientar o processo de planejamento realizado pelos professores. 
- Elaborar um plano de ação de Supervisão Educacional. 
-Trabalhar de forma integrada com o Orientador Educacional. 
-Desenvolver estudos sobre temas relacionados ao currículo escolar, 
conteúdos, metodologia, avaliação, entre outros. (OLIVEIRA; LIMA; SÁ, 
2012, P.17), 
 
Ainda para essas autoras, o orientador educacional deve: 
- Acompanhar os alunos no seu desempenho escolar, atendendo-os em 
grupo ou individualmente em caso(s) de dificuldades na aprendizagem e/ou 
no relacionamento, buscando uma ênfase preventiva na sua ação; 
- Realizar atendimento grupal às turmas, sempre que necessário; 
- Trabalhar em conjunto com o Supervisor Educacional; 
- Elaborar o seu próprio plano de ação; 
- Oferecer informação profissional e orientação vocacional aos alunos; 
- Elaborar perfis de turma e espelhos de classe; 
- Atender aos pais, sempre que necessário; 
- Discutir, com os professores, questões relativas ao desenvolvimento e à 
aprendizagem dos alunos (OLIVEIRA; LIMA; SÁ, 2012, p.118), 
 
De acordo com as informações acima descritas, percebe-se que há uma 
preocupação por parte dos órgãos educacionais, em desenvolver atribuições para os 
cargos que estão “à frente” do educandário, para que assim, eles possam conhecer 
a natureza, a organização e o funcionamento da educação, bem como, a relação de 
sua atividade dentro da escola e fora dela, contribuindo assim para com o 
desenvolvimento do aluno, tanto no processo de ensinar e aprender, como também 
identificando os princípios, as normas legais e as medidas educacionais, presando 
19 
 
sempre, a melhoria da qualidade do ensino e aprendizagem dentro do espaço 
escolar. 
Contudo, deve-se ter a clareza que todos os profissionais que atuam na área 
da educação precisam ter conhecimento e compreensão sobre a relação que a sua 
função tem com a prática pedagógica e ideológica, dentro do espaço escolar, pois 
como afirma Cury (2006), diretores, coordenadores pedagógicos e administrativos, 
coordenadores de área disciplinar, professores, auxiliares, pessoal de apoio, todos 
através de seu trabalho, tem algum grau de imbricação com as práticas escolares e 
com as políticas educacionais, seja nosentido de viabilizarem a efetivação 
institucional dos respectivos programas governamentais, ou seja, pelo potencial 
crítico e de práxis pedagógica capaz de ampliar ou limitar os efeitos da própria 
política pública. 
Portanto, todo e qualquer servidor educacional precisa estar voltado para uma 
educação democrática integrada à transparência e impessoalidade, autonomia e 
participação, liderança e trabalho coletivo, voltada na participação e deliberação 
pública, proporcionando o crescimento dos indivíduos como cidadãos. (CURY, 
2006). 
Determinação, coragem e autoconfiança são os fatores decisivos para o 
sucesso. Não importam quais sejam os obstáculos e as dificuldades se 
estamos possuídos de uma inabalável determinação, conseguiremos 
superá-los. Independentemente das circunstancia, devemos ser sempre 
humildes, recatados e despedidos de orgulho. 
“O sucesso” nasce do querer, da determinação e persistência em chegar a 
u objetivo, mesmo não atingindo o alvo, quem busca e vencer obstáculos, 
no mínimo fara coisas admiráveis. (José de Alencar). 
 
 
Conclusão 
 
Atualmente fizemos parte de um mundo onde as mudanças são constantes 
inclusive na educação, sendo o conhecimento um produto do esforço humano, então 
esse mesmo conhecimento é, também a paixão pela busca constante da renovação 
como ser humano evolutivo, lembrando que a educação é um campo no qual a 
cultura, economia e política inevitavelmente se misturam, então, para conhecer a tal 
realidade é preciso estudar e buscar os objetivos inserindo a teoria com a prática no 
contexto histórico educativo, relembrando que para ser gestor administrativo, 
supervisor e orientador, neste contexto cotidiano não basta ter domínio dos 
Comentado [Prof6]: Citação Longa: contém mais de três 
linhas, nesse caso, deve ser inserido fora do corpo do texto, 
em bloco, dando dois espaços antes e depois da citação, com 
recuo de 4,0cm da margem esquerda, espaço simples entre 
linhas, fonte tamanho 10 (sem aspas). Recuo de 4 cm da 
Coloque no final da citação, entre parênteses: sobrenome do 
autor em caixa alta, com o ano e página. Neste caso: 
(FREIRE, 1996, p. 73) 
Comentado [Prof7]: A conclusão é de caráter qualitativo, 
portanto, não permiti quadros, tabelas, citações entre outras. 
 
Preferencialmente redigir o trabalho na 3ª pessoa do singular. 
20 
 
conteúdos da área de conhecimento a ser ensinado, mas sim ir além da teoria, para 
a prática educativa. 
Durante toda a nossa vida sofremos influências de diversos segmentos do 
meio externo, seja pelos meios de comunicação em massa, pela evolução 
tecnológica ou pelos próprios elementos pertencentes ao meio social. 
O sistema educacional é uma corrente que pertence a essa evolução, quando 
falamos em educação, a compreendemos em uma amplitude mais globalizada, que 
vai além do espaço escolar, além do professor, da direção administrativa, do 
supervisor e do orientador que está ligado diretamente a um sistema de ensino que 
integra o contexto escolar voltado para o aluno. 
 Diante disso, quando escolhemos uma profissão estamos trilhando um 
caminho para a vida individual e social; a identidade em nossa profissão nos 
possibilita assumir posturas e competências, uma vez que, o docente possui 
responsabilidades na informação e na transformação do intelecto do aluno. Sendo 
assim concluímos que diante de enumeras transformações sociais, onde 
informações e descobertas acontecem em frações de segundo a prática pedagógica 
do educador não fica situada apenas no âmbito do conhecimento, envolve também 
dimensões éticas, na medida em que lida com valores, interesses e concepções de 
homem e de mundo, assim, o papel de todo setor administrativo de uma gestão 
escolar é ser competente nessa ação planejada. O que significa que as suas 
escolhas ao planejar suas atividades educativas não são gratuitas ou casuais. 
Dessa forma em uma sociedade cujas relações se dão entre classes sociais 
antagônicas, cujos interesses se conflitam, pautados numa relação de exploração e 
subalternidade, a educação, como ressalta Libâneo (1990, p. 66), “só pode ser 
crítica, pois a humanização plena implica a transformação dessas relações”. 
Justamente por isso, considera-se necessário a reflexão dos discursos sobre 
as práticas educacionais pelas quais já se passaram e a evolução das mesmas até 
os dias atuais. Atualmente, com a globalização, o profissional tem o dever de ser 
versátil, flexível e principalmente, saber trabalhar em grupo. Com o supervisor, com 
o orientador e com o gestor administrador, não poderia ser diferente. 
21 
 
O Supervisor Escolar desempenha um papel importante através de sua 
atuação na construção da qualidade da formação de sujeitos através do modo como 
lidera os professores, como utiliza o controle escolar, e também através da forma de 
poder e autoridade que exerce sobre os professores e os demais setores da escola. 
Deve ser um profissional que se comunica bem, nunca usando de arrogância, 
palavras duras, nem se valendo de preconceitos contra este e aquele, mas deve 
procurar diluir conflitos, buscando sempre a integração de todos os agentes da 
escola - alunos, professores e gestores. 
Da mesma forma o Orientador e o Gestor ou administrador Educacional têm 
uma grande responsabilidade que exige dele um olhar sujeito/aluno amplo, sabendo 
que cada aluno e cada pessoa dentro da escola merece atenção e respeito, pois é 
cidadão constituído de história, crenças e valores; o que deve levar a escola a ter 
um Projeto Político Pedagógico, que reflita a questão da formação do sujeito. 
Diante do exposto, concluiu-se que gestar, supervisionar e orientar pode ser 
considerado um “talento” a parte, uma arte, um dom que faz uso da tolerância, da 
afetividade, da criatividade, do comprometimento e da responsabilidade, de modo 
que, exercendo qualquer uma destas funções, o indivíduo desenvolva em paralelo, a 
habilidade do falar e do administrar. Diante disso, acredito que a arte de gestar, 
supervisionar e orientar exige um olhar holístico frente a educação, frente aos 
discentes, aos docentes, enfim, a comunidade escolar como um todo. 
Enfrentar um sistema fragmentado e “engessado” torna o dia a dia destes 
“líderes” desafiador, porque nem todas as práticas que poderiam ser exercidas 
nestas funções, são vistas com “belos olhos” pelos demais participantes da escola. 
Por isso, percebe-se que sair de uma “administração” convencional exige esforço e 
dedicação, para tentar assim, tornar o ensino com mais excelência. 
Contudo, acredito que tanto o gestor, supervisor e orientador escolar, são 
líderes que articulam que organizam que mediam que facilitam e que analisam os 
problemas e os conflitos da escola, já que qualquer comportamento e/ou qualquer 
situação, pode interferir positivamente ou negativamente no andamento das práticas 
pedagógicas. Por isso, cabe a esses membros administrativos desenvolver um olhar 
mais sensível para cada segmento da escola, seja ele para professor, para agente 
22 
 
de alimentos, agente de limpeza, bibliotecária, para os sujeito/aluno, onde cada 
espaço desses, podem ser vistos de maneira “diferenciada”, percebendo as 
dificuldades e as potencialidades, para assim, ajudar a avançar cada vez mais no 
bom funcionamento do ensino. 
Portanto, esse artigo, proporcionou-me momentos de reflexões e ao mesmo 
tempo, possibilitou-me analisar com mais afinco as responsabilidades em estar à 
frente de uma organização escolar. 
Para finalizar, entendo que a seguinte citação deixa claro de como 
precisamos enfrentar nosso futuro, com muita determinação, coragem e 
autoconfiança são fatores decisivos para o sucesso. Não importam quais sejam os 
obstáculos e as dificuldades. Se estivermos possuídos de uma inabalável 
determinação, conseguiremos superá-los. Independentemente das circunstâncias, 
devemos ser sempre humildes, recatados e despidos de orgulho (DALAI LAMA). 
 
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processo educativo. Disponível em: 
Comentado [Prof8]: Apresente o titulo da obra em itálico, sem 
negrito. 
http://kdfrases.com/frase/149682
http://kdfrases.com/frase/149682
http://kdfrases.com/frase/149682
http://kdfrases.com/frase/149682
http://kdfrases.com/autor/dalai-lama
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9394.htm
23 
 
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