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TCC AUTISMO

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES 
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” 
AVM FACULDADE INTEGRADA 
 
 
 
 
 
O autismo na educação infantil 
 
 
 
 
 
 
Por: Rita de Cássia Araújo Paredes 
Prof. Orientador: Maria Esther de Araujo 
 
Rio de Janeiro – RJ 
201 
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES 
 
 
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” 
AVM FACULDADE INTEGRADA 
 
 
O Autismo na Educação Infantil 
 
 
Apresentação de monografia à 
AVM Faculdade Integrada como 
requisito parcial para obtenção 
do grau de especialista em 
Educação Especial e Inclusiva 
 
 
Por: Rita de Cássia Araújo Paredes 
Prof. Orientador: Maria Esther de Araujo 
 
 
Rio de Janeiro – RJ 
201 
 
 
 
Resumo 
 
O Tema Autismo ganhou grande força na sociedade atual como um todo, e não só na 
esfera educacional, pois não envolve só profissionais de educação, mas também familiares que 
são de grande importância no progresso educacional da criança. Sendo assim esse projeto tem 
como objetivo mostrar que o Autismo não deve mais se tratado somente como patologia e que é 
possível sim inserir essas crianças no universo dos considerados "normais". Esse projeto tem 
como objetivo também, mostrar a importância do professor em desmistificar todo o preconceito 
que existe quanto a capacidade da criança autista fazendo desse o principio básico da inclusão 
escolar. Será abordado também a importância da escola como janela central que possibilite a 
criança enxergar muito além das suas limitações. Falaremos sobre aspectos relacionados à parte 
física de uma sala de aula, tais como o tamanho ideal, a iluminação, ventilação e luz, quesitos 
esses essenciais para o desenvolvimento dessas crianças. Acima de tudo esse projeto quer 
elucidar que nesse conjunto de participações essenciais para o progresso da criança autista, o 
professor sem duvida é o agente transformador principal, ainda com falta de apoio, de condições 
de trabalho, o mesmo se adapta para poder abraçar essa criança da forma mais digna possível. 
Vale lembrar que recentemente essas crianças eram vistas como doentes apenas, e que mudanças 
recentes como a Declaração Mundial de Educação para todos, 1990 e Declaração de Salamanca 
1994, foram um marco a todo esse movimento de inclusão. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Metodologia 
 
Será realizada pesquisa bibliográfica acompanhada de pesquisa qualitativa de 
campo. Participou desse estudo a professora da creche Obra do Berço- RJ Eliane Souza, 
responsável pela turma do Pré-1 a qual existem a possibilidade de dois alunos autistas (em 
investigação diagnóstica). Dentre os autores pesquisados estão Krebs, Cool e Mantoan. Foi 
realizada entrevista com a responsável pela turma sobre as dificuldades que o profissional 
da educação encontra no dia a dia ao lidar com uma turma heterogênea composta por 25 
alunos onde dois desses alunos apresentam características autistas. 
O objetivo da pesquisa foi de analisar os procedimentos adotados pela 
professora uma vez que ela atua com crianças autistas na educação básica, identificar os 
conhecimentos que a mesma apresenta sobre o tema em questão, além de avaliar as 
dificuldades no dia a dia encontrada pelos professores e também as dificuldades 
encontradas por alunos autistas em se adaptar a um ambiente o qual ele não se sente 
realmente inserido. 
Para isso realizamos uma entrevista com a professora. Observamos que na 
grande maioria das respostas, a professora entende o autismo como um problema que isola 
o aluno das demais crianças e funcionários da escola, permanecendo centrado em um 
mundo particular sem interatividade. Na visão dela, o autismo é um transtorno que mantêm 
a criança em um mundo isolado prejudicando principalmente o seu relacionamento social e 
as trocas com o meio. 
Essa definição mencionada acima pela professora vai de encontro do que 
preconiza Cool et al (1995) quando propõe que “o que se observa em primeiro lugar é que a 
criança é muito passiva, ou seja, demonstra pouca sensibilidade as pessoas e aos objetos 
que estão a sua volta permanecendo isolada e alheia ao meio em que está inserida.” 
Observamos com isso que a característica do isolamento social é algo muito visível e 
perceptível. Por conta disso, tal característica, acaba por configurar-se como definição de 
autismo no âmbito mais amplo. 
Para a professora a principal característica encontrada em um aluno autista é o 
isolamento, demonstrando talvez a falta de um conhecimento mais aprofundado sobre a 
realidade dos autistas. Ainda com relação às características a professora cita ter observado 
dificuldades na aprendizagem em geral, resistência à alteração da rotina, falta de contato 
visual, movimentos repetitivos, repetição na fala. 
 
 
Segundo a professora o maior obstáculo na convivência com essas crianças é 
justamente o fato delas viverem em seu próprio universo não existindo um nível de 
comunicação entre elas. Existe também o fato do corpo docente não receber nenhum tipo 
de orientação, capacitação técnica ou ao menos a presença de um mediador em sala de aula 
para facilitar esse processo, uma vez que nem todas as escolas já aderiram a esse recurso 
reforçando a tese de que o tema inclusão ainda merece uma atenção especial e precisa ser 
levado a sério através de políticas específicas que saiam do papel e façam parte do dia a dia 
escolar. Além disso, existe também uma dificuldade muito grande em encaminhar essas 
crianças para avaliações a fim de serem realizados os diagnósticos o mais cedo possível, 
caindo mais uma vez toda a responsabilidade nas mãos do professor. 
Rodrigues, Krebs, Freitas (2005) afirmaram isso ao dizer que: 
O currículo pode ser identificado como um dos obstáculos a inclusão. A 
diferenciação curricular que se procura na inclusão é a que tem lugar num meio 
em que não se separam os alunos com base em determinadas categorias, mas em 
que se educam os alunos em conjunto, procurando aproveitar o potencial 
educativo das suas diferenças, em suma, uma diferenciação na classe assumida 
como um grupo heterogêneo. (Rodrigues, Krebs, Freitas. 2005) 
A professora nos informou que tem observado uma maior incidência de alunos 
com características autista em sala de aula e que inclusive já havia encaminhado tais alunos 
para o setor de psicologia e fonoaudiologia da instituição a fim de que fossem realizadas 
avaliações mais específicas. Relatou ainda que reconhece sua deficiência em relação as 
estratégias de ensino utilizada para promover a inclusão e garantir aprendizagem dessas 
crianças pois para isso seria necessário que ela mesmo se aprofundasse mais nesse tema. 
Afirmou também não saber agir em determinada situações com esses alunos e 
que procura sempre a ajuda de profissionais afins para ajudá-la. Isso vai de encontro ao 
discurso de Rodrigues, Krebs, Freitas (2005) ao dizer que: 
O curso de formação de professores na maioria dos casos não aborda os alunos 
com necessidades especiais e quando abrangem o assunto é de uma forma que 
raramente retrata a realidade. Por isso a dificuldade do professor em lidar com 
essas crianças em sala de aula. Não há preparo suficiente e nem recursos 
oferecidos são adequados pra se trabalhar. Há com certeza uma grande falta de 
estrutura e com alunos autistas é necessária uma estruturação especial. 
Cool (1995) também afirmou que: 
O ambiente não deve ser complexo demais a fim de facilitar sua aprendizagem e 
compreensão. Além disso, o professor deve manter uma postura de educador 
facilitador frente aos autistas e por esse motivo a necessidadede se ter uma 
formação mais completa, abrangendo os alunos especiais. 
 
 
A professora afirma que além de cursos, palestras e seminários sobre o tema 
inclusão, deveria haver também em sala de aula a figura de um mediador escolar 
oferecendo um suporte a mais e fazendo uma ponte entre esses alunos e o professor, uma 
vez que numa turma com media de 25 alunos não tem como o professor oferecer uma 
orientação especifica e atividades dirigidas para esses alunos. 
Com isso vemos a importância de termos profissionais especializados 
auxiliando todo o corpo docente da escola (psicólogos, fonoaudiólogos, terapeutas 
ocupacionais, etc.) a fim de que a inclusão realmente aconteça e de forma satisfatória para 
todos os envolvidos nessa questão. 
A educação especial é tarefa árdua, precisa está muito bem constituída por toda 
uma equipe multidisciplinar que oriente o trabalho do professor a fim de que esse possa ser 
consolidado da melhor maneira possível. Gauderer (1985) defende que tais profissionais 
são essenciais para auxiliarem o desenvolvimento e suprir informações dos alunos autistas 
aos pais e familiares em geral esclarecendo dúvidas frequentes e ajudando na interação 
entre autistas e o meio social que vivem.” 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Sumário 
Introdução ------------------------------------------------------------------------------------------------6 
Capítulo I: ------------------------------------------------------------------------------------------------8 
Autismo na Educação Infantil -------------------------------------------------------------------------8 
1.1 Um breve conceito ----------------------------------------------------------------------------------------------- 8 
1.2 A Etiologia do Autismo ---------------------------------------------------------------------------------------- 10 
1- Teoria Psicogenética ou Psicanalítica ----------------------------------------------------------------- 10 
2- Teoria Biológica. -------------------------------------------------------------------------------------------- 11 
3- Teoria Psicológica. ----------------------------------------------------------------------------------------- 12 
1.3 Inclusão da Criança Autista na Escola. ------------------------------------------------------------------- 12 
1.4 Fatores de Risco ------------------------------------------------------------------------------------------------ 13 
1.5 Estilos de Aprendizagem ------------------------------------------------------------------------------------- 14 
1.6 A Família da Criança Autista. ------------------------------------------------------------------------------- 15 
1.7 A Escola como Janela para o Mundo ---------------------------------------------------------------------- 17 
1.8 O Espaço Físico Ideal da Sala de Aula -------------------------------------------------------------------- 18 
1.10 A Formação dos Professores de Alunos Autistas --------------------------------------------------- 20 
Capítulo II ---------------------------------------------------------------------------------------------- 24 
Pais e Educadores – Parceiros no Crescimento da Criança Autista. --------------------------- 24 
2.1 Aceitação do Educador ---------------------------------------------------------------------------------------- 24 
2.2 Desenvolvimento Social da Criança Autista ------------------------------------------------------------- 26 
Capítulo III --------------------------------------------------------------------------------------------- 29 
 
 
A Sexualidade da Criança Autista, a Intervenção nos Comportamentos Inadequados e 
Tratamento --------------------------------------------------------------------------------------------- 29 
3.1 A sexualidade da criança autista: -------------------------------------------------------------------------- 29 
3.2 Intervenção nos Comportamentos Inadequados ------------------------------------------------------ 31 
3.3 Tratamento ------------------------------------------------------------------------------------------------------ 33 
Conclusão ----------------------------------------------------------------------------------------------- 35 
Referências Bibliográficas --------------------------------------------------------------------------- 37 
Anexo --------------------------------------------------------------------------------------------------- 38 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Introdução 
 
O Objetivo desse trabalho é mostrar as dificuldades que os autistas enfrentam 
dia a dia no processo educacional. Isso nos leva prioritariamente a fazer uma retrospectiva 
histórica passando pela marginalização e segregações promovidas na idade média até um 
período mais humanista que nasceu na Europa logo após a revolução Francesa e 
consequentemente chegando ao século XIX, onde iniciaram os estudos sobre as 
deficiências propriamente ditas. Vale ressaltar que se entende por autismo uma inadequação 
no desenvolvimento que se apresenta de maneira grave durante toda a vida. Costuma 
aparecer nos três primeiros anos de vida e desde já traz certa incapacidade para o indivíduo 
que a possui. 
Pesquisas têm demonstrado que os alunos autistas são fortemente presos a 
rotina. Esses alunos respondem melhor aos sistemas organizados, sendo assim professores 
de alunos autistas necessitam organizar e manter certa rotina em sala de aula para 
efetivamente conseguirem ensinar essas crianças. Organizar a sala de aula ao nível da 
compreensão do aluno autista faz com que suas dificuldades de aprendizagem sejam 
diminuídas. Independente da idade de um aluno autista, a organização física, a 
programação das atividades, os métodos de ensino fazem toda diferença no processo de 
aprendizagem. Muitas vezes o aluno não compreende a explicação do professor o que pode 
causar uma reação agressiva ou desmotivação por parte dele; outras vezes é a linguagem do 
aluno que é insuficiente para manter uma comunicação efetiva com o professor fazendo 
através de um comportamento inadequado. 
Os autistas possuem vida psíquica e uma rede de relações sociais que com eles 
tendem a interagir, mas sua socialização é sempre muito difícil. Muitos deles, por não 
serem diagnosticados como autistas quando crianças são tidas como retardados ou 
psicóticos. Faz-se então necessário que haja um diagnostico realizado por uma equipe 
multidisciplinar objetivando uma melhor qualidade de vida para os portadores dessa 
síndrome que compromete o desenvolvimento da criança da realidade exterior e a criação 
mental de um mundo autônomo, o mais cedo possível. Atentemo-nos as palavras de Amy, 
“O autismo foi objeto de hipóteses formuladas por psicanalistas, educadores, biólogos, 
geneticistas, e cognitivistas. Permanece, no entanto, um mistério quanto a sua origem e 
evolução” (Amy, 2001, p. 19). 
O Capitulo I abordará o autismo na educação, conceituando a síndrome, a 
forma como os autistas conseguem aprender, as barreiras encontradas pelo professor, e as 
 
 
dificuldades dos pais em inserir seus filhos na sociedade. No Capitulo II iremos falar sobre 
o preconceito existente no cotidiano escolar da criança autista. Preconceito esse embutido 
no próprio professor que por muitas vezes limita o potencial do aluno autista, tratando – o 
como incapaz de ser inserido no contexto escolar esocial. O Capitulo III dará ênfase a 
sexualidade dos autistas e a necessidade de uma orientação específica relacionado a esse 
tema no sentido de orientá-los a um comportamento social adequado. Abordaremos 
também os diversos tipos de tratamentos e terapias indicadas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Capítulo I: 
Autismo na Educação Infantil 
 
1.1 Um breve conceito 
 
Considerando o fato de que atualmente o autismo não é mais considerado uma 
patologia que estigmatiza a criança para aprender, é possível que a criança autista faça parte 
do universo pedagógico junto a crianças ditas “normais”. Para isso professores estão sendo 
preparados para inserir essas crianças no ambiente escolar principalmente através da 
adaptação curricular. É imprescindível que essas crianças sejam alfabetizadas em escolas 
normais para que não haja segregação ou isolamento em escolas especializadas. O 
professor é peça fundamental em desmistificar todo o preconceito que existe em relação à 
capacidade cognitiva do aluno autista. Muito pode ser feito por essas crianças, mas o 
principal é acreditar que elas têm potencial para aprender. O papel do professor na pré-
escola é bastante relevante, pois através de uma avaliação diagnóstica ele classificará o 
aluno autista segundo o seu grau de dificuldade para aprendizagem e conseqüentemente 
criara estratégias de facilitação de forma que o aluno se sinta inserido no contexto escolar. 
A atenção especial deve ser dada as deficiências que essas crianças possuem em 
comunicação, interação, linguagem e do comportamento e a programação psicopedagógica 
ser traçada em cima dessas necessidades. Levando em consideração que a criança autista se 
caracteriza fundamentalmente pela falta de uniformidade em seu rendimento o professor 
precisa seguir uma programação educacional baseada na diagnose e na avaliação dos 
resultados, observando principalmente quais os canais de comunicação que o incapacita. É 
aconselhável que os professores tenham algum conhecimento de Psicologia do 
Desenvolvimento e que sejam orientados para uma atuação adequada nos graves distúrbios 
de comportamento que apresentam essas crianças. 
O diagnóstico precoce é apenas o primeiro desafio que o Brasil estava 
começando a utilizar, dando com isso um novo olhar para educação dessas crianças. É 
importante que esse diagnóstico seja realizado antes dos 36 meses de idade. Convém 
salientar que o autismo está presente também em algumas crianças que apresentam 
inteligência e fala preservadas. 
 
 
O autismo basicamente é mais conhecido como uma alteração que provoca um 
afastamento da criança do mudo exterior, encontrando-se sempre centrado em si mesmo o 
que evidencia sérias perturbações das relações afetivas com o meio. Quando desenvolve a 
linguagem essa é caracteristicamente descontextualizada em relação ao uso das palavras. O 
transtorno autista se apresenta como uma desordem que se manifesta desde o nascimento e 
por toda a vida. Esse transtorno acomete cerca de 20 entra cada 10 mil nascidos e é quatro 
vezes mais comum entre meninos do que meninas. Porém quando a menina é acometida os 
sintomas são mais graves. 
Devido a esse conjunto de sinais, o aluno autista, no contexto de inclusão 
escolar, necessita de um planejamento específico das práticas pedagógicas conforme o seu 
desenvolvimento, e o professor ao se deparar com uma criança autista poderá perceber 
certas características como: Ausência de linguagem verbal ou linguagem verbal pobre e 
inadequada (incapacidade de manter uma comunicação eficiente) ecolalia imediata ou 
tardia, hiperatividade ou passividade, contato visual deficiente (raramente olha nos olhos 
dos professores e dos pais), comunicação receptiva deficiente (apresenta grande dificuldade 
em compreender o que lhe é dito, não obedecem a ordens nem mesmo simples e muitas 
vezes também não atendem quando chamados pelo nome), problema de atenção e 
concentração, ausência de interação social, mudança de humor sem causa aparente, usar 
adultos como ferramenta, ausência de interesse por matérias ou atividades da sala de aula, 
interesse obsessivo por um determinado objeto ou coisa. 
Vale ressaltar que na Síndrome do Autismo estamos diante de uma criança com 
dificuldade para aprender e não com uma impossibilidade, sendo assim todos os recursos 
facilitários devem ser empregados na inclusão dessas crianças. Atualmente no Brasil vários 
eventos são realizados a fim de desmistificar e esclarecer vários pontos relacionados a essa 
síndrome. Podemos citar, por exemplo, a criação do dia da conscientização do autismo 
(dois de abril) e as leis Berenice Piana segundo a qual os portadores do autismo devem ser 
considerados deficientes, para fins legais isso foi um verdadeiro marco na conscientização 
da síndrome. É fundamental que haja uma preparação da sociedade para receber e aceitar os 
autistas e com isso exercitar a cidadania, pois isso só e possível quando manifestamos 
esforços para entender, tolerar e não discriminar. 
A inclusão do aluno autista em escola regular passa necessariamente pela 
presença do mediador escolar que são profissionais devidamente habilitados para promover 
a saúde e a interação entre todos os alunos. Quando a convivência com o deficiente se 
transformar em um habito rotineiro e feito sem alardes, a sociedade será de fato inclusiva. 
Vale salientar o fato de que durante décadas, renomados médicos especialistas acreditavam 
que as pessoas com autismo possuíam algum tipo de limitação mental, sabemos que em 
 
 
alguns casos isso realmente acontece, porém esse fato se deve muito mais a razão da 
criança autista não ir para escola. A criança autista necessita aprender regras sociais, o que 
chamamos de “currículo oculto”. Isso pode parecer muito fácil para uma pessoa sã, porém 
para o aluno autista é um grande desafio. 
Luca Surian (2010) afirma que “A criança autista apresenta uma aderência 
inflexível a rotina ou rituais reagindo com intensa ansiedade a mudanças imprevistas no 
ambiente”; sendo assim cabe ao professor utilizar uma metodologia diferenciada ao lidar 
com esses alunos a fim de amenizar todo estresse causado na rotina escolar. Compreender e 
detectar o modo peculiar do aluno autista situar-se no mundo permite aos professores 
desenvolver sua pratica de modo a auxiliar o desenvolvimento infantil em consonância com 
os objetivos da educação infantil. 
 
1.2 A Etiologia do Autismo 
 
Ao longo de muito tempo, vários estudiosos se esforçaram e se aprofundaram 
em questões referentes às causas do autismo. Vários questionamentos a respeito das 
capacidades inatas que tornam o ser humano capaz de interagir com o outro foram 
realizados, e perguntas do tipo o que faz um ser humano se fechar sobre si mesmo foram 
feitas. Surgiram três teorias principais que procuram investigar quais os fatores que podem 
originar o autismo. São elas: 
 
1- Teoria Psicogenética ou Psicanalítica 
 
Na década de 50 e 60 o conceito de autismo estava direcionado a uma resposta 
desadaptada em face de um ambiente desfavorável e não a um déficit inato. Alguns autores 
consideravam o autismo como uma reação há relação parental, alegando que a criança 
poderia ser alvo de tratamento mecânico frio e obsessivo pelos pais. Outros autores 
sugeriram que a criança autista era vitima de falta de estimulação, rejeição e falta de amor 
ou de conflitos intrapsíquicos originados de interações desviantes da família. 
 
 
Em meados da década de 70 começaram a surgirrelatos que contrariavam os 
postulados dessas teorias. São exemplo disso às crianças vitimas de maus tratos e atos de 
negligencias que não deram origem a um quadro de autismo. Sendo assim as teorias 
psicogênicas foram sendo cada vez mais criticadas. Apesar de todas as contribuições das 
perspectivas psicogenéticas, convém salientar que ela teve uma influencia assoladora para 
muitos pais, visto que passaram a sentirem-se inteiramente culpados por terem “causado” 
tamanha perturbação em seus filhos. 
O desapontamento confirmado pelas intervenções psicanalíticas bem como a 
descoberta pela Associação do Autismo a fatores orgânicos contribuíram para por fim as 
teóricas psicogênicas. Aos poucos essa teórica foi abandonada e surgindo a hipótese da 
existência de uma base genética inerente ao autismo. 
 
2- Teoria Biológica. 
 
Atualmente considera-se que as causas do autismo sejam de origem 
neurológica. O argumento mais contundente contra a teórica psicogênica se deve ao fato 
dos autistas terem grande probabilidade de sofrerem de epilepsia e cuja incidência aumenta 
durante a infância e adolescência podendo chegar a ser de 25% dos adultos. 
Apesar de muitos estudos efetuados ainda não há certezas quanto ao papel dos 
genes no aparecimento do autismo. Sabemos porem que a síndrome acomete mais meninos 
do que meninas com total de cinco para um. Atualmente com base da relação do autismo 
com diversas patologias (rubéola, paralisia cerebral, meningite, etc.) o autismo tem sido 
descrito pela ocorrência em associação com uma grande variedade de perturbações de base 
biológica. Com base nesses dados se aceita que o autismo resulte da perturbação de 
determinadas áreas do sistema nervoso central que atingem a linguagem, o 
desenvolvimento cognitivo e intelectual, assim como a capacidade de estabelecer relação, 
podendo estar associada a uma gama de desordem cerebral. As investigações 
neurobiológicas evidenciaram a origem orgânica do autismo, embora ainda não tenha sido 
identificado de forma efetiva. Pode-se concluir que o autismo é causado por perturbações 
biológicas diversas, ou seja, que a um caráter multicausal para ela. 
As teorias biológicas dividem-se em: Teórica Genética, Teoria Neurológica, 
Teoria Neoquímico, Teoria Imunológica, Fatores pré, peri e pós natais. 
 
 
 
3- Teoria Psicológica. 
 
Apesar de o autismo ser uma síndrome definida em termos comportamentais, é 
aceito também atualmente que existam déficits cognitivos e vários níveis que a ela são 
associados. Em 1964 surge a primeira teoria psicológica defendida por Rinland. Essa teoria 
sugeria que crianças autistas tinham dificuldade na associação dos estímulos recebidos com 
a memória resultante de experiências anteriores, porém foram os estudos defendidos o 
Hermelin e O’Connor (1970) que deram a importância definitiva a essas investigações, 
como objetivo de identificar o déficit cognitivo básico associado aos distúrbios 
fundamentais do autismo. Esses autores defendem a teoria de que os autistas armazenam as 
informações verbais de forma neutra (sem analisá-las, atribuir-lhes significados ou 
reestruturá-las), não fazendo uso da estrutura sequencial para facilitar a consolidação da 
memória. Em seus estudos em meados da década de 70 permitiram destacar uma das 
deficiências mais importantes e específicas do autismo: A incapacidade de avaliar a ordem 
e sua estrutura, assim como o voltar usar a informação. Sendo assim conclui-se que os 
autistas seriam incapazes de extrair regras ou de estruturar experiências, tanto o domínio 
verbal, como não verbal; o que explicaria a dificuldade em realizar tarefas orientadas Por 
ordens complexas como a linguagem e interações sociais. 
Segundo essas teorias as anomalias sociais seria um resultado de falhas 
cognitivas e da incompreensão linguística. Esta concepção estimulou a pesquisa de uma 
anomalia de nível encefálico das funções linguísticas que incluem déficit na comunicação 
verbal e não verbal. Em 1980 surgem então a teoria da mente que seria mais uma das faces 
da teoria psicológica. 
 
1.3 Inclusão da Criança Autista na Escola. 
 
Ao longo das últimas décadas, o mundo vem discutindo no campo da educação, 
o que vem a ser inclusão e qual a melhor maneira de fazê-la. Alguns autores defendem a 
ideia de que independentemente do nível de dificuldade, todas as crianças devem ser 
incluídas na rede regular de ensino, mesmo que sejam em salas especiais. Outros autores 
 
 
defendem a inserção do aluno em sala regular sempre. Porém a inclusão de crianças autistas 
deve ser realizada de modo criterioso e bem orientado o que vai variar de acordo com as 
possibilidades e diferenças individuais de cada aluno. Na escola regular uma estratégia de 
facilitação da inclusão do aluno autista são as salas de apoio, professores especializados e a 
presença do mediador escolar. Esse professor especializado não necessita atender somente 
a uma escola, porém deverá saber realizar avaliações, organizar sistemas de trabalho, 
avaliar sua eficiência, avaliar problemas de comportamento e definir estratégias. 
O primeiro passo para a real inclusão do aluno autista consiste na aplicação do 
PEP-R pelo professor especializado (PEP –R = Perfil Psicoeducacional Revisado). Trata-se 
de uma avaliação simples desenvolvida com a intenção de testar o coeficiente de 
desenvolvimento de crianças autistas. Para Mantoan (1997), a inclusão deve causar uma 
mudança de perspectiva educacional, pois ela não se limita a ajudar somente os alunos que 
apresentam dificuldades na escola, mas beneficia a todos: Professores, Alunos, Gestores 
Escolar para que obtenham sucesso no processo educativo. 
A Escola que possui a proposta de inclusão leva em consideração as 
necessidades de todos os alunos e é estruturada em função dessas necessidades. Segundo 
Fávero et al (2004), reforça-se a ideia de que a inclusão é um desafio que ao ser enfrentado 
pela escola comum provoca a melhoria da qualidade da educação básica e superior. Essa 
discussão em respeito da inclusão ultrapassa a esfera da educação especial, pois ao falarmos 
em uma escola para todos questiona-se a constituição das interações nesse espaço e das 
relações da sociedade como um todo. Embora para o conhecimento as diferenças e 
semelhanças sejam fundamentais o desafio está em relacioná-las em um modo diverso, 
reconhecendo as semelhanças sem apagar as diferenças, mas colocando-se em relação a 
elas e aprendendo com elas. 
Segundo Sant’Ana (2005) em uma pesquisa realizada com dez professores do 
ensino fundamental sobre a inclusão foi verificado que essas dificuldades existem há 
décadas e pertencem a toda a estrutura educacional do país. Desta forma sabemos que 
existe grande necessidade de mudança na reestruturação do sistema escolar para que ocorra 
efetivamente a inclusão. 
 
1.4 Fatores de Risco 
 
 
 
Alguns fatores são considerados de risco para o desenvolvimento do autismo. 
São eles: Sexo, ou seja, meninos são de quatro a cinco vezes mais propensos a desenvolver 
autismo, sendo que a causa disso ainda é desconhecida, o histórico familiar também é 
levado em consideração, sendo assim, observamos que famílias que já tenham tido algum 
integrante com autismo correm risco maiores de ter um outro integrante posteriormente. Da 
mesma forma é comum que alguns pais que já tenham gerado um filho autista apresentem 
problemas de comunicação e de interação social. Outros tipos de transtornos também são 
encontrados, crianças com alguns problemas de saúde específicos tendem a ter mais riscos 
de desenvolver autismo do que outras crianças. Encontramos também casos de epilepsiae 
esclerose tuberosa entre esses transtornos. A idade dos pais também é fator relevante sendo 
observado que quanto mais avançada a idade dos pais, mais chances de a criança 
desenvolver autismo até os três anos de idade. Não há uma fórmula correta para prevenir o 
autismo, mas estudos recentes mostram que papel da herança genética para o 
desenvolvimento do transtorno não é tão grande como se supunha. Os genes desempenham 
50% das chances de uma criança vir a ter autismo. Ou seja, em pelo menos metade dos 
casos não há muito a se fazer contra a genética humana. Mas os outros 50% correspondem 
a fatores externos, muito relacionados ao ambiente em que a criança cresce e a hábitos 
comportamentais. Isso abre um campo enorme de pesquisa, especialmente no que diz 
respeito à prevenção do autismo. 
 
1.5 Estilos de Aprendizagem 
 
Os estilos de aprendizagem variam de criança para criança, daí a importância 
do corpo docente levar em consideração as diferenças individuais no processo de 
apropriação de saberes. Quando falamos em estilos de aprendizagem estamos falando nas 
características particulares que cada pessoa possui para aprender, ou seja, cada indivíduo 
possui um estilo único e diferenciado no processo de adquirir conhecimentos. Essa 
diversidade dos estilos de aprendizagem pode e deve ser entendido não como um problema, 
mas sim como mais um recurso enriquecedor. Os três principais estilos de aprendizagem 
são: 
 
. Estilo linguístico auditivo: Sabe-se que 60% das pessoas têm tendência a 
trabalhar melhor a informação de modo oral, revelando muita dificuldade em transformar a 
 
 
oralidade em escrita. Esse grupo tem a tendência de estudarem em voz alta e preferem 
realizar trabalhos em grupo. 
. Estilo linguístico visual: Fazem parte desse grupo 35% das pessoas. Elas 
preferem trabalhar a informação de modo escrito e são mais bem sucedidas em trabalhos 
individuais. Apresentam dificuldades em transformar a imagem mental em verbalizações. 
. Estilo cinestésico visual-auditivo: Apenas fazem parte desse grupo 5% das 
pessoas. Não apresentam um estilo definido. Preferem trabalhar as informações enquanto se 
movimentam, ou seja, conseguem trabalhar as informações enquanto estão vendo, ouvindo, 
mexendo. 
Peeters (1997) defende que o estilo de aprendizagem mais usado pelos autistas 
é o visual, nesse sentido as tarefas deverão ser decompostas em pequenas partes 
visualmente distintas. 
 
1.6 A Família da Criança Autista. 
 
A família é uma rede complexa de relações e emoções, sintetizando é formada 
por um grupo que controla as respostas de seus membros aos estímulos e as informações 
interiores e exteriores. Andolf (1981) exprime a ideia de que o comportamento de um 
indivíduo é a causa de um comportamento de outro. É um grande erro dizer que se uma 
criança não se comporta bem na escola é porque a família não a educou de forma adequada. 
Conforme conceitualiza Sampaio Gameiro (1985), a vida de uma família é um 
longo ciclo de eventos desenvolvimentais: Nascimentos, crescimentos, mortes, sentimentos 
de ódio e de amor, que abrangem gerações e vários contextos históricos sócios culturais. 
Frente ao exposto, proporcionar o desenvolvimento do autista implica em uma 
atitude da família em conjunto com a equipe profissional especializada. É fato que se faz 
necessário um trabalho estruturado e organizado por parte dos profissionais, que acima de 
tudo devem dar suporte, informações a respeito da síndrome autista e seu desenvolvimento. 
Com isso, não somente a família terá as bases de como precisara agir frente a essas 
dificuldades, mais também terá como objetivo melhora a qualidade de vida do autista, 
proporcionando a ele o desenvolvimento de suas habilidades. 
 
 
A síndrome autista compromete seriamente o grupo familiar. As relações 
familiares são afetadas quando um elemento de seu grupo apresenta uma doença. As 
limitações que uma doença traz levam a família a alguns tipos de limitação permanente e 
isso é claramente visto na capacidade adaptativa ao longo do desenvolvimento da vida 
familiar. 
É evidente de quando os pais recebem a notícia de que seu filho é portador do 
autismo, um profundo sentimento de luto é vivenciado pela perda da criança saudável que 
esperavam. Segundo Krynski (1969) apresentam sentimentos de desvalia por terem sido 
escolhidos para viver essa experiência dolorosa. 
Após um período conturbado na descoberta do filho autista, vem a aceitação e 
uma maior tranquilidade. É nesse momento que se deve recorrer a terapia a fim de 
conseguir um suporte para lidar com tantas emoções. Pais de autistas observam alterações 
no comportamento de seus filhos desde cedo, que nenhum profissional enxergaria em 
pouco tempo de contado. 
Gauderer (1992) já contava para o sofrimento da família dos autistas e pontuava 
a necessidade da mesma receber uma abordagem que acolhesse esse sofrimento, tanto por 
razões humanitárias quanto principalmente para que funcione melhor uma vez que a família 
saudável proporciona uma qualidade de vida melhor para a criança deficiente. Toda família 
precisa aprender a lidar com o filho autista e principalmente administrar o tempo em prol 
dessa criança. Cabe a família integrar a criança na sociedade, funcionando também como 
meio de cultura, crescimento e bem estar. Cada criança necessitará dependendo de suas 
características clinicas de maior ou menor cuidado e atenção, situação essa que pode muitas 
vezes gerar um estresse na família. É justamente nesse processo catalizador das relações 
que entra o suporte terapêutico, cabendo a esse profissional orientar quanto ao manejo de 
situação de crise, promover a autonomia do individuo, acolher a família e impor limites. 
A família será sempre uma forte aliada terapêutica para o sucesso da 
intervenção. É notório que quanto mais saudável for o funcionamento familiar melhor serão 
as condições de cuidar do doente. 
Sem duvida criar um filho divergente traz angustias e encargos adicionais para os 
pais. Com tudo é necessário recordar que criar um bebe normal também pode ser 
um processo angustiante para muitos pais, não sendo, portanto um fato exclusivo 
e inerente a excepcionalidade. De qualquer maneira devemos ter sempre em 
mente que a família de uma criança excepcional necessita tanto de atendimento e 
orientação quanto o próprio individuo, não só para a sua própria organização e 
ajustamento como também para que possa constituir um elemento de apoio e 
ajuda ao processo de educação e reabilitação do indivíduo que dela necessita. A 
 
 
primeira etapa da orientação familiar consiste em auxiliar os pais a uma aceitação 
emocional da criança excepcional, que pode ser definida como a concordância 
entre os fatores internos (sentimentos dos pais) e os fatores externos (a realidade 
da situação). Só então os pais terão condições de propiciar situações que 
favorecem o desenvolvimento pleno e seus a seus filhos. (AMIRALIAN,1986, P 
51-52). 
 
1.7 A Escola como Janela para o Mundo 
 
Embora sempre houvesse uma necessidade de capacitar os professores para que 
a inclusão realmente aconteça na prática, existe uma duvida a respeito de qual, ou quais, 
modelos de formação continuada são mais eficazes para desenvolver as competências 
desejadas nos docentes. Nessa temática podemos observar dois grupos de professores: Os 
que atuam em classe comum e os que trabalham em escolas especializadas. Temos que ter 
em mente também o público alvo que será envolvido com a proposta de formação 
continuada. A partir desse princípio o diálogo e as metas deverão ser traçadas. Temos que 
ter sempre em mente que qualificar umaescola para a inclusão dos alunos autistas implica 
em reestruturar todo o ensino e suas práticas (usuais e excludentes). Na inclusão não é a 
criança que se adapta a escola e sim a escola que se molda para receber o aluno. Vale 
ressaltar que muitas vezes como não só os professores como também os coordenadores 
escolares não estão aptos para desenvolver um plano pedagógico coerente com as 
necessidades do aluno autista, lança-se mão de um orientador terapêutico que poderá ser 
um psicólogo ou um fonoaudiólogo o que é um erro. Não se deve promover a substituição 
do profissional. Esses profissionais podem até fazer parte da equipe técnica, porém de 
forma complementar, sem que isso não diminua a responsabilidade do professor. 
O professor precisa ir além de ser um transmissor de conhecimento, na escola o 
aluno deficiente ou não deverá vivenciar experiências significativas para o seu processo de 
aprendizagem. A escola cria significados, promove reflexões, resgata valores e socializa. O 
papel da escola é também usar de todos os recursos possíveis para transformar o entorno. 
Hoje se pode dizer que a escola é a maior responsável pela educação e formação de um 
indivíduo, e nesse processo o professor é a pessoa intermediária disso. Todo indivíduo 
depende de uma estrutura social e política para uma boa sobrevivência, afinal as crianças de 
hoje serão futuramente as responsáveis pelas grandes transformações socioeconômicas, 
culturais e políticas de nosso país. É necessário que todo trabalho educativo esteja voltado 
também para a construção moral dos cidadãos objetivando o bem-estar não só pessoal 
como também o coletivo. 
 
 
Werneck (1995) cita, “A formação para a cidadania é o ponto mais importante e 
supõe evidentemente uma formação pessoal.” Sendo assim é preciso que a escola contribua 
para uma nova postura ética. Cabe ao professor além de alfabetizar e passar conhecimentos 
específicos, ensinar seus alunos a tomar decisões, a saber escolher entre o certo e o errado 
em uma época de diversas transformações na sociedade e no mundo. 
O sentido da vida só pode ser aprendido pela própria pessoa, mas as atitudes 
podem ser ensinadas. Segundo Arantes (2003): 
A sociedade solicita que a educação assuma funções mais abrangentes que 
incorporem em seu núcleo de objetivos a formação integral do ser humano. Essa 
proposta educativa objetiva a formação da cidadania, visando que alunos 
desenvolvam competências para lidar de maneira consciente, crítica, democrática 
e autônoma com a diversidade e conflitos de idéias, com as influências da cultura 
e com os sentimentos e as emoções presentes nas relações que estabelecem 
consigo mesmo e com o mundo a sua volta. (Arantes, 2003) 
 
 
1.8 O Espaço Físico Ideal da Sala de Aula. 
 
Antes de planejar a organização física da sala de aula o professor deve avaliar o 
meio ambiente de um modo geral. Alguns aspectos devem ser considerados que são o 
tamanho da sala de aula, outras salas que estão próximas, o número de acesso a pontos de 
luz, a qualidade da iluminação, se há ou não ventilação adequada, se há algum tipo de 
estímulos em excesso na parede que possa distrair os alunos, qualquer outro tipo de 
aspectos móveis que possam interferir negativamente no processo de aprendizagem, 
Alguns aspectos indesejáveis podem ser desprezados ou mesmo serem 
modificados, mas existem algumas situações que podem necessitar uma mudança na sala. 
Por exemplo: Uma sala com muitas saídas não é indicada quando se tem alunos que tem 
habito de correr; um ambiente prioritário e localização do banheiro. Os professores que 
estão treinando os alunos a usar o banheiro não querem ter que andar grandes distâncias 
cada vez que o aluno tenha que ir lá. 
Definir áreas apropriadas para tarefas de aprendizagem específicas, identificar 
com clareza os limites e definir matérias facilmente acessíveis ajudam os alunos a 
 
 
identificarem de forma independente onde devem estar e onde obter seus próprios 
materiais. Desta forma os professores não têm que estar constantemente repetindo 
instruções ou lembrando algo aos alunos, causando menos confusão. Cheguei a estas 
palavras observando as aulas da professora regente, o comportamento e desenvolvimento 
dos autistas em sala de aula. 
Através de toda observação em sala de aula pude perceber que a melhor 
maneira de usar a organização para ajudar os alunos a ter um desempenho bem sucedido: é 
na montagem das tarefas dos professores. Isto torna as situações de aprendizado mais fáceis 
e ajuda-os a superar a distração a resistência a mudanças e a falta de motivação. As 
instruções podem ser dadas verbalmente ou não. Em qualquer caso as instruções devem ser 
dadas ao nível de compreensão do aluno. Instruções verbais também podem ser 
acompanhadas de gestos, para ajudar a compreensão. Ao dar instruções o professor precisa 
estar certo que as expectativas e consequências estão organizadas e claras para o aluno. 
Para ensinar eficazmente alunos autistas, o professor deve proporcionar uma 
organização do método de trabalho, incluindo a sala de aula, de maneira que os alunos 
entendem onde ficar, o que fazer e como fazê-lo, de forma mais independente possível. 
 
1.9 A Avaliação Diagnóstica 
 
A inclusão do aluno autista infelizmente ainda está associada à necessidade de 
se fazer uma forte reestruturação em todo currículo e planejamento escolar, assim como a 
uma adaptação específica com profissionais especializados. Na medida em que vemos o 
aluno somente pelo ângulo de suas limitações, passamos a desacreditar ser possível a sua 
educabilidade e a sua permanência em uma escola comum. 
Pesquisas realizadas mostraram que os professores muitas vezes apresentam 
ideias distorcidas a respeito desses alunos principalmente no que se refere a sua capacidade 
de comunicação, daí a necessidade de se realizar a avaliação diagnóstica. Essa avaliação 
nada mais é do que um ensaio sobre o nível de dificuldade que cada aluno apresenta. É uma 
avaliação não punitiva e que vai além da forma clássica, o objetivo é contabilizar acertos e 
erros, interpretando a produção do aluno. Com isso o professor consegue definir em que 
etapa do processo de construção do conhecimento seu aluno se encontra administrando 
assim as ferramentas necessárias para estimular o seu progresso. Esse diagnóstico vai 
 
 
permitir que o professor possa adequar sua metodologia de ensino as necessidades de cada 
aluno. Com essa avaliação conseguimos levantar os pontos fracos e fortes dos alunos desde 
que utilizemos estratégias variadas em sua execução. É necessário que essa avaliação não 
se limite ao início do ano letivo, mas sim que seja utilizada ao logo do processo de 
aprendizado. Pode-se lançar mão de dinâmicas, jogos, debates, vídeos, apresentações e etc.. 
Quando realizamos no início do ano ela objetiva fornecer dados para que o planejamento 
seja ajustado e contemple medidas para retomada do conteúdo ou até mesmo para possíveis 
encaminhamentos (reforço escolar, fonoaudiologia, etc.). Quando feita ao longo do ano 
possibilita que o professor reavalie os resultados alcançados e modifique sua estratégia 
mudando a forma de como o conteúdo está sendo transmitido. 
Os dados dessa avaliação não podem classificar o aluno em “aluno bom ou 
ruim”. Até porque ao fazer uso dessa ferramenta o professor também terá a oportunidade de 
rever conceitos sobre a sua prática. A avaliação não serve só para diagnosticar o grau de 
conhecimento dos seus alunos como também se estão ou não assimilando o conteúdo que 
está sendo passado, daí a necessidade de realizá-la ao longo de todo o ano letivo. A 
abordagemdo autismo é relativa a diferentes formas de identificar déficits com objetivos 
diagnósticos. As características diagnósticas do autismo tais como os déficits na área social 
e problemas de comunicação, são úteis para distingui-las de outras deficiências, mas são 
relativamente imprecisos na sua conceituação de como o individuo entende o mundo, como 
age com base nesta compreensão e aprende. 
 
1.10 A Formação dos Professores de Alunos Autistas 
 
Apesar de muito empenho sabe-se que a inclusão implica em transformações 
lentas e sofridas e que não acontecerá da noite para o dia. Mudar a escola é uma árdua 
empreitada que exige que se coloque sempre a aprendizagem como base, pois ela foi 
constituída para que todos aprendam de acordo com suas peculiaridades. 
Os profissionais de educação estão cada vez mais se deparando com um grupo 
heterogêneo de alunos, o que dificulta o trabalho e o seu desenvolvimento. Os docentes se 
vêem impotentes e forçados a encontrar respostas aos diversos problemas presentes em sala 
de aula. Os alunos ditos normais já são por si só um desafio constante, pois sabe-se que 
cada um tem um ritmo próprio e não respondem da mesma forma aos conteúdos 
lecionados. Esse fator toma proporções ainda mais alarmantes e desesperantes quando se 
 
 
tratam de alunos com necessidades educativas especiais. Apesar da formação acadêmica, o 
educador sente-se frustrado perante tantos obstáculos, pois não sente o apoio desejado nem 
possuem na maior parte das vezes, condições de trabalho favoráveis ao combate dos 
mesmos. Porém muito dos educadores conscientes dessa realidade que nos rodeia, partem 
numa exploração sem fim par obter algumas respostas, noções, estratégias, enfim, tudo que 
seja útil para prestar auxílio aos alunos mais necessitados, tornando a sua prática 
pedagógica a mais completa e frutífera possível. 
O aluno autista requer que seu aprendizado receba uma atenção especial e uma 
formação específica por parte dos professores devido ao conjunto de sinais e sintomas 
peculiares a essa síndrome. É necessário haver muita conversa com a família e muita troca 
de informações com toda equipe multidisciplinar envolvida no processo para que 
consigamos uma ajuda eficaz a esse aluno. 
Os professores diante de tantas interrogações, tantas dúvidas necessitam de uma 
formação mais aprofundada e porque não dizer um reconhecimento também financeiro 
objetivando a prática da real inclusão desses alunos em sala de aula. É necessário que haja 
uma sinalização prévia dos possíveis casos de autismo em sala de aula para que a 
intervenção aconteça o mais previamente possível. Sabemos que quanto mais cedo esses 
casos forem diagnosticados e tratados não só na esfera médica como também no 
educacional, os professores terão mais facilidades em reduzir ou até mesmo anular certos 
comportamentos que possam a vir comprometer a vida acadêmica dessas crianças. O 
educador infantil ao se deparar com um aluno autista deverá ter em mente que terá como 
objetivos principais desenvolver ao máximo as competências, favorecer um equilíbrio 
pessoal o mais harmonioso possível, fomentar o bem estar emocional e apresentar-lhe um 
mundo repleto de relações significativas. 
O professor precisa prever concretamente os estímulos condicionantes em 
função do objetivo que pretende atingir para uma determinada tarefa, para isso ele deverá: 
Não trabalhar muitos aspectos ao mesmo tempo, tendo o cuidado de escolher as 
prioridades, sempre utilizar uma linguagem clara e precisa, estabelecer rotinas de fácil 
assimilação e entendimento, ser consistente ao trabalhar comportamentos particulares e se 
preciso for pedir ajuda aos psicólogos da instituição, a comunicação entre os indivíduos 
envolvidos na educação da criança autista devera ser continua, ou seja, todos devem usar a 
mesma regra, sempre que possível tentar utilizar uma postura calma e divertida ao se 
deparar com os comportamentos inadequados, quando a intervenção e a confrontação se 
fizerem necessários certificar-se antecipadamente de que é capaz controlar a situação com 
sucesso, ser sempre cuidadoso para não reforçar comportamentos indesejáveis, ter o hábito 
de dividir todas as tarefas de comportamentos a serem trabalhados e abordados em passos 
 
 
pequenos, ser paciente e persistente pois o comportamento da criança autista demora a se 
modificar, solicitar ajuda sempre que necessário for, ter em mente os pontos positivos da 
situação e não olhar só para os problemas ou pontos negativos. 
A grande problemática e o grande obstáculo dos professores diante dos alunos 
autistas são justamente a falta de qualificação específica desses profissionais e as salas de 
aula cada vez mais numerosas. Sabemos que a educação da pessoa autista não tem recebido 
a atenção necessária. Até mesmo profissionais competentes que se deparam com esses 
alunos, que parecem não compreender a vida, sentem sua segurança e até mesmo sua 
competência abalada e muitos acabam desistindo. Não podemos esquecer que a educação 
tem papel muito importante no desenvolvimento de todas as crianças, a atividade educativa 
tem por objetivos proporcionar o desenvolvimento de habilidades e competências, garantir 
o equilíbrio pessoal, estabelecer relações significativas e até mesmo proporcionar um bem 
estar emocional. Apesar desses objetivos educacionais serem para todos, os autistas 
necessitam de modelos especiais, uma vez que apresentam fortes deficiências de 
comunicação, interação, e atenção. 
É importante ressaltar que para se educar um autista é preciso também 
promover sua integração social, sendo possível por meio dela aquisição de conceitos 
importantes para a vida. O maior desafio para se garantir uma qualidade de ensino é o de 
existir essa política educacional forte na formação de professores e de um bom projeto 
político educacional. 
A formação de todos os professores atuantes na escola necessita de uma 
coerência com a política educacional que busca a integração dos alunos com necessidades 
especiais no ensino regular. Em se tratando da formação inicial percebemos que apesar da 
grande necessidade, muitos cursos de formação de professores não promovem o 
desenvolvimento na área das necessidades especiais, ou até, por várias vezes não divulgam 
esse conhecimento. 
Em se tratando de educação contínua o que se apresenta aos professores 
raramente está inserido na realidade em que se identificam os problemas das necessidades 
especiais. Sem contar que a disponibilização de materiais oferecidos é crítica, insuficiente e 
inadequada. Para trabalhar com educação especial é preciso ter forte determinação 
profissional, sendo esta fundamental para que se possa desenvolver uma prática 
educacional adequada e eficaz. 
É fundamental para se trabalhar com alunos autistas um profissional com ampla 
formação geral, com capacidades educativas e interdisciplinares, a fim de lidar com os seus 
 
 
alunos de forma plena. Isso porque a formação superior não garante uma prática com 
qualidade melhor ou pior, e sim uma qualificação na área educacional para lidar com as 
inúmeras diversidades existentes no âmbito escolar, é preciso muito mais que graduação. É 
preciso ter competência profissional. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Capítulo II 
 Pais e Educadores – Parceiros no Crescimento da 
Criança Autista. 
 
 
Pais e professores necessitam internalizar o conceito de que quando se trabalha 
com inclusão escolar de alunos autistas, ausência defala não significa déficits cognitivos 
irremediáveis. Quando esse preconceito for finalmente transportado, estratégias deverão 
serem criadas a fim de facilitar a compreensão dos autistas em relação ao que esperamos 
deles. Estímulos sensoriais diversos podem e devem ser utilizados através de vários canais 
perceptivos. Com a ajuda da comunicação corporal aos poucos a criança autista começa a 
entrar em contato com o mundo que o cerca, e essa estimulação deverá começar desde bebê 
pela família. 
Cabe ao educador criar sempre um caminho visual organizado e ilustrativo, aliado a 
comandos verbais e ao letrado, pedindo sempre uma coisa de cada vez. 
 
2.1 Aceitação do Educador 
 
A preparação dos profissionais para o trabalho com os alunos portadores de 
autismo é de suma importância, pois o educador é um dos agentes responsáveis não 
somente por transmitir conteúdos pedagógicos como também transmitir valores e normas 
sócias que possam inserir a criança na esfera simbólica do discurso social. Sendo assim, o 
trabalho com os educadores deverá englobar, de forma permanente, programas de 
capacitação, supervisão e avaliação. (Sant’ Ana, 2005). 
A escola deve ser sempre uma fonte rica para o desenvolvimento da valorização 
e diminuição da rejeição, pois através dela diminuiremos o preconceito e consequentemente 
a rejeição e a estigmatização. 
Para facilitar e viabilizar o trabalho dos professores com os alunos autistas é 
necessário criar nas escolas tradicionais, em suas classes comuns, um trabalho terapêutico 
 
 
em conjunto passando pela figura do mediador escolar. Isso é uma experiência nova e 
muita promissora, pois os pacientes estão migrando dos consultórios para a escola e não 
mais o contrario. 
Segundo Ellis (2001), “O movimento inclusivo nas escolas por mais que seja 
ainda muito contestado e de caráter ameaçador de toda e qualquer mudança, especialmente 
no meio educacional, é irresistível e convence a todos pela lógica de seu desenvolvimento 
social.” Muitos professores apresentam ideias distorcidas a respeito do aluno autista 
principalmente no que se refere a sua capacidade de comunicação. E essas concepções 
acabam interferindo nas práticas pedagógicas e na expectativa em relação à educabilidade 
dessas crianças. 
Pesquisas indicam que os professores manifestam uma tendência a centralizar 
suas preocupações em aspectos pessoais como medo e ansiedade diante do quadro autista e 
a grande duvida é sempre em relação à agressividade desses alunos. Quando não há uma 
aceitação dessas crianças por parte dos professores assim como um ambiente inapropriado a 
possibilidade de ganhos no desenvolvimento sede lugar ao prejuízo, porém quando há uma 
efetiva participação da escola em conjunto com a família, o aprendizado de coisas simples 
do dia a dia é notório como, por exemplo, conhecer-se e torná-los independentes. 
É bem verdade que a diversidade de manifestações comportamentais dos alunos 
autistas é enorme e talvez a insegurança de alguns professores em lidar com a situação. 
Sabemos que a inclusão movimenta toda a escola, mais são os professores aqueles que 
diretamente precisam “dar conta” das peculiaridades de cada aluno. Esse fato por si só 
justifica tanto receio por parte do corpo docente diante do aluno autista. Porém, todo esse 
processo afeta também as famílias dos alunos. Embora ter o filho autista em classes comum 
ser o grande desejo da maioria dos pais muitos deles declaram que nem sempre essa 
convivência é harmoniosa e respeitosa. Sabemos que para 53% dos pais de crianças autistas 
o principal motivo para levarem seus filhos á escola é a socialização. Apenas 18% 
acreditam que a escola desenvolva de fato a aprendizagem, a independência, a 
comunicação, e o comportamento dessas crianças. 
Vale lembrar que durante muito tempo essas crianças eram tratadas como 
doentes que precisavam apenas de atendimentos médico, não de educação. Só na década de 
90 que as ideias assistências foram suplantadas pela tese da inclusão. Tudo ainda é muito 
novo para o professor e documentos como A Declaração Mundial de Educação para Todos 
(1990) e a Declaração de Salamanca (1994) foram um marco no movimento da inclusão. A 
inclusão só acontecera realmente quando houver uma parceria dos pais com a escola com 
 
 
um só pensamento de que nos caminhos da inclusão para atender a diversidade todos saem 
beneficiados. 
O professor precisa ficar atento e atualizado, pois com as novas políticas 
educacionais, o professor precisa ter uma formação mais ampla e cabe a ele elaborar um 
plano educacional especializado para cada estudante, como objetivo de diminuir as 
barreiras específicas de todos eles. A missão maior do professor é acima de tudo 
desmistificar o estigma de que o aluno autista não consegue aprender. É preciso que seja 
criada facilitações de ensino para esses alunos tendo como base e apoio o planejamento 
curricular. 
 
2.2 Desenvolvimento Social da Criança Autista 
 
O desenvolvimento psicossocial dos autistas também é muito incerto pelos 
déficits e desvios no desenvolvimento da linguagem apresentado desde os primeiros 
balbucios. Não é raro os números desses gestos serem reduzidos ou diferentes do normal; 
alguns autistas nem chegam a desenvolver uma linguagem comunicativa, porém quando 
alguns a desenvolvem, é necessário uma atenção maior para que eles a desenvolvam o 
máximo possível, ou seja atenção especial deverá ser dada a essa área através de 
estimulações específicas. Segundo Williams e Wright, (2008) é de extrema importância 
auxiliar crianças e jovens a melhorar o desenvolvimento de aptidões sociais, para que esses 
possam sentir-se mais a vontade em um mundo que é em grande parte social. Os autores 
acreditam que uma intervenção precoce reduz o isolamento e a ocorrência de 
comportamentos repetitivos, 
fora de suas barreiras. Para que isso ocorra o convívio fora de instituições especializadas e 
com o grupo mais heterogêneo possível precisa ser uma pratica diária. Precisamos preparar 
esses indivíduos para que eles possam conhecer um mundo que fica muito além de suas 
limitações físicas, mentais e sociais e isso só poderá ser feito com uma política séria 
voltada para a inclusão e para uma melhor preparação técnica dos professores. 
A questão social abrange necessariamente a inclusão, pois é a inclusão que vai 
oferecer ao aluno autista o máximo de autonomia. Conforme Weschenfelder (1996), a 
integração social é quem constrói a identidade sócio-cultural, sendo assim, observamos que 
a reabilitação psicosocial busca trazer o individuo autista de suas dificuldades ao mundo 
novo, como mais expectativas que o articule em seu espaço social. Não podemos deixar de 
 
 
ressaltar que em algum momento os autistas necessitarão de uma trégua do mundo social, 
pois a inclusão para eles necessita ser feita como cuidado maior devido a forte resistência a 
mudanças que eles apresentam. 
A inclusão dos autistas assistida minuciosamente por uma equipe 
multidisciplinar é uma realidade. Pesquisas demonstram que os autistas de auto-
funcionamento podem ter uma vida próxima do normal se bem acompanhados e inseridos 
no contexto social deles. É interessante observamos a criança inserida em uma escola 
tradicional e observarmos os ganhos obtidos pela mesma não só no campo pedagógico 
como também no social. A interação com crianças ditas normais proporciona contextos 
sociais que permitem vivenciar experiências que dão origem a troca de ideias, de papeis e o 
compartilhamento de atividades que exigem negociação interpessoal e discussão para 
resolução de conflitos. O conceitode competência social é muitas vezes utilizado para nos 
referirmos as habilidades sócias, porém a habilidade social se refere a descrição do 
desenvolvimento do individuo, já a competência é entendida como uma avaliação da ação 
de um individuo em uma determinada situação. Isso pressupõe que crianças com maiores 
habilidades sociais são socialmente mais competentes. 
Estudos desenvolvidos por Lordelo e Carvalho (1998) com crianças pequenas 
em creche identificaram notáveis ganhos no desenvolvimento social dessas crianças a partir 
da oportunidade de interação com os pares, proporcionado pelo ambiente, e isso vale 
também para os portadores de autismo. Almeida (1997) parte da noção de que o ser 
humano está inatamente programado para estabelecer vínculos sociais, mais que o 
desenvolvimento social só se constrói na sequência de interações em qualquer estágio da 
vida. Concluímos então que proporcionar as crianças autistas oportunidades de conviver 
com outras crianças da mesma faixa etária possibilita o estímulo ás suas capacidades 
interativas impedindo o isolamento contínuo. A oportunidade de convívio com crianças 
normais é a base para o seu desenvolvimento. Esse convívio em escolas regulares 
oportuniza os contatos sociais enriquecendo os desenvolvimentos delas. É importante ao 
lidar com a criança autista o segmento de regras, pois é através delas que os pais preparam 
o filho para serem inseridos na sociedade. Devemos sempre ter em mente que, embora a 
convivência do autista na sociedade seja algo difícil, há diversas técnicas para eles se 
socializarem e cada um têm um nível de eficiência de acordo com o perfil psicosocial. 
Conforme Weschenfelder (1996) a integração social é quem constrói a identidade sócio-
cultural. E para que haja oportunidade de construção social é preciso que as escolas 
quebrem o estigma de excluir essas crianças. 
A família como peça fundamental nesse processo deverá receber um 
treinamento afim de que saibam utilizar técnicas comportamentais que auxiliem na 
 
 
adequação dessa criança na sociedade. É fato que nossa organização social impõe muitas 
barreiras culturais que necessitam ser modificadas a fim de assegurar a igualdade de 
possibilidades a todos os cidadãos. De um modo geral, ignoramos tudo o que não esteja no 
padrão considerado normal. Devemos nos esforçar (família, escola, estado) a fim de trazer 
do isolamento os estigmatizados, para que não sejam mais condenados a inviabilidade de 
políticas retrogradas e para expor os obstáculos enfrentados pelos autistas. 
A verdade é que na prática pouco foi feito. Temos que sair do mundo do papel 
para o operacional, no entanto a mudança nas leis da inclusão já foi o primeiro importante 
passo para a concretização dos direitos sociais dos autistas, faltando porém, colocá-las em 
prática o mais rápido possível. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Capítulo III 
A Sexualidade da Criança Autista, a Intervenção nos 
Comportamentos Inadequados e Tratamento 
 
A pessoa com Autismo tem necessidade de expressar seus sentimentos de modo 
próprio e único. A repressão da sexualidade é usualmente encontrada e entendida nestes 
grupos, como consequência de um desequilíbrio interno, dos afetos, dos comportamentos, 
da maneira de se relacionar no mundo, diminuindo assim as possibilidades de se tornarem 
seres psiquicamente saudáveis. 
Observamos nos casos em que a sexualidade é bem encaminhada na vida destas 
pessoas: melhora o seu desenvolvimento afetivo, transcurso da 
puberdade/adolescência/vida adulta mais tranquila e feliz, facilita a capacidade de se 
relacionar, melhora a auto-estima, permite a construção da identidade adulta e a adequação 
à sociedade. 
O tema sexualidade em nossa cultura vem sempre acompanhado de 
preconceitos e discriminações, e quando se trata de pessoas com necessidades especiais a 
repercussão é bem maior. Notamos que a sobrecarga de valores morais e preconceitos 
aumentam quando o tema passa a ser sexualidade da pessoa autista, gerando polêmica 
quanto às diferentes formas de abordá-lo, isto acontece na sociedade, na família, com os 
pais e na escola. 
 
3.1 A sexualidade da criança autista: 
 
A dificuldade de expressão e a falta de habilidade social são as características 
mais difíceis de serem eliminadas no autismo o que torna o grande obstáculo em suas vidas 
para o desenvolvimento da sua sexualidade. 
O fato dos autistas não conseguirem interagir socialmente acarreta uma grande 
frustração. Essa rejeição gera muita ansiedade e tristeza, não só nos autistas como em toda 
a família. Na verdade é muito difícil lidar com o sentimento de rejeição principalmente a 
 
 
“afetiva sexual”. Para o autista isso se torna ainda mais complexo, pois apesar deles não 
conseguirem demonstrar de forma convencional seus interesses por outras pessoas, eles 
existem ainda em que um grau e uma lógica diferente da comumente assistida em outras 
pessoas. Porém a falta de experiência de comunicação e interação que deveria ter sido 
vivenciada na infância fará toda a diferença nesse momento da vida, principalmente no que 
diz respeito a lidar com os estados mentais e emoções dos outros. 
De acordo com a psicóloga Vera Soares: “O ideal é eles terem uma vida sexual 
saudável, mas as convenções como namoro, casamento e constituição familiar são de difícil 
assimilação. Geralmente desenvolve afeições por pessoas do seu meio, o que é 
recomendável, pois a aceitação é mais favorável.” 
Muitas teorias qualificam os autistas como serem hermético, ou seja, sem 
interesse pela sexualidade, porém na prática vemos justamente o oposto, com uma 
revelação de um instinto sexual bem aflorado, fato esse que acarreta muita preocupação em 
toda família. Na verdade os psicólogos defendem a tese de que a questão não é de que eles 
sejam mais impulsivos do que as outras pessoas, é que eles têm muita dificuldade em 
estabelecer uma censura para os seus impulsos. 
É necessário que aqueles que lidam com uma pessoa autista tenham em mente 
que a sexualidade faz parte do desenvolvimento do organismo e do processo normal de 
maturação. A puberdade, caracterizada pelo crescimento repentino e mudanças no corpo 
físico, acarreta ansiedade na pessoa autista. Sendo assim é importante que pais e 
educadores estejam preparados para enfrentar essa fase inevitável do desenvolvimento 
orgânico. Nesse momento toda a família necessita ser orientada em como lidar com essa 
situação. Independente do grau do autismo, a instrução sexual deverá ser uma realidade de 
preferência antes das primeiras manifestações (toques dos próprios órgãos genitais, ereção 
perceptível no caso dos meninos) e da ansiedade que possa acompanhá-los. Deve-se ter em 
mente a necessidade de focar-se em toda a família nesse processo e não somente no 
indivíduo com transtorno invasivo do desenvolvimento, pois o problema persiste e 
desenvolve de acordo com o desenvolvimento da criança autista. Ou seja, outros problemas 
aparecem com a chegada da adolescência e da puberdade. Surge então o desejo sexual e 
todos os transtornos que isso pode causar, pois o desenvolvimento sexual humano é muito 
mais complexo que em outros seres, já que não depende apenas da maturação orgânica. 
Depende também do intelecto, o que dificulta a aceitação no jovem autista. 
O jovem autista de médio a alto funcionamento deverá ser instruído 
verbalmente do mesmo modo que se faz em um adolescente normal, pois provavelmente as 
instruções do orientador sexual serão assimiladas por ele. O importante nesse processo épassar tranquilidade e mostrar que o processo de excitação sexual é natural, não havendo o 
que temer. 
É imprescindível estipular regras a fim de que não venha a ser vítimas de 
violência sexual ou demonstrarem um comportamento sexual socialmente incorreto, assim 
como redirecionar comportamentos inadequados. Precisamos estar atentos, pois quando a 
sexualidade é ignorada ou ainda renegada contribui para o surgimento de comportamentos 
sexuais errôneos. A negação da sexualidade e a infantilização das pessoas com deficiência 
só colaboram para que apresentem mais dificuldades para se tornarem mais independentes, 
bem como para estabelecerem relacionamentos. 
 
3.2 Intervenção nos Comportamentos Inadequados 
 
A melhor técnica para eliminar comportamentos desajustados seja na esfera da 
sexualidade ou não é a aprendizagem insistente do comportamento adequado. Nesse 
sentido são propostas as seguintes medidas face aos comportamentos como birras, 
agressões e outro: Eliminar sempre o estímulo que desencadeia os maus comportamentos e 
atitudes inadequadas, ensinar-lhes a fazer frente a determinadas situações desencadeantes 
desses comportamentos, reforçar os comportamentos adequados e já aprendidos de forma 
que a criança seja motivada a empregar estes comportamentos com maior frequência, 
eliminação do reforço do comportamento desajustado, retirada da atenção, deixando a 
criança sozinha, isolada se for o caso, aplicação de castigo positivo a fim de eliminar 
comportamento inadequado, antes que crie uma habituação, castigo negativo, não dar a 
criança aquilo que ela espera obter através de um comportamento inadequado, relaxação e 
auto – instrução perante as fobias e medos. Nesse momento é importante haver firmeza e 
clareza nas instruções dadas. 
As reações bizarras e inusitadas vão se instalando no repertório comportamental 
da criança gradualmente e a esse fator percebe-se que se faz uma diferença significativa nas 
relações vinculadas a esta sociedade. Para trabalhar todas essas áreas Pereira (1996) sugere 
um leque variado de modelos de intervenção que são aplicados aos autistas como, por 
exemplo, o Modelo Comportamentalista; o qual tem como base as teorias de aprendizagem 
(condicionamento clássico e o condicionamento operante). Esse modelo pressupõe eliminar 
os comportamentos desajustados e ensinar os comportamentos adequados através de um 
estímulo que é o reforço apreciado. 
 
 
A aplicação desse estímulo condicionante que deverá ser previsto em função 
dos objetivos que se pretende atingir. Esse estímulo provocará um determinado 
comportamento na criança que deverá ser previsível para o educador. Para alguns autores 
os esforços sociais tem pouco significado para essas crianças, sendo os esforços sensoriais 
e alimentares os mais eficazes. 
 
. Modelo TEACHH (Treatment and Education of Autistic and Related 
Comunication Handcapped Children): Esse modelo pretende fazer com que a pessoa 
autista se torne autônoma em qualquer contexto da vida. É um modelo sinônimo de 
estruturação. Para alguns autores que defendem esse modelo o ambiente deve proporcionar 
um aumento da capacidade de motivação, atenção, memória e comunicação. Por exemplo, a 
estruturação física da sala de aula, o horário de trabalho que permite a criança antecipar 
acontecimentos, a área de trabalho independente onde a criança pode realizar tarefas 
autonomamente, as rotinas, etc., 
. Modelo Flootime: Foi desenvolvido com o objetivo de desenvolver um 
modelo integrador da abordagem das perturbações da comunicação e da relação. Essa 
abordagem é traduzida como um tempo no chão e é um modelo de intervenção interativa 
não dirigida que tem como objetivo envolver a criança numa relação afetiva. Esse modelo 
tenta mobilizar em simultâneo os seis níveis funcionais que são atenção, envolvimento, 
reciprocidade, comunicação, utilização de sequências de ideias e pensamento lógico 
emocional. 
. Modelo ABA (Análise Comportamental Aplicada): Consiste na aplicação de 
métodos de análise comportamental com o objetivo de modificar comportamentos. Os 
princípios fundamentais do ABA são, criar situações de acertos, isto é iniciar as tarefas que 
o aluno consegue realizar com sucesso, oferecer apoio em caso de dificuldade para ir 
avançando e retirando o apoio as poucos, criar situações de acertos, isto é iniciar as tarefas 
que o aluno consegue realizar com sucesso, oferecer apoio em caso de dificuldade para ir 
avançando e retirando o apoio as poucos, responder adequadamente com uma recompensa, 
fornecer instruções claras e concretas, oferecendo apoio material compatível, reforçar 
sempre a conduta correta. 
Esse modelo se assenta na premissa de uma terapia intensiva, que pode ir até 40 
horas semanais durante aproximadamente dois anos em contexto escolar ou não. 
 
 
 
3.3 Tratamento 
Segundo Assumpção (2000), o tratamento do autismo consiste em intervenções 
psicoeducacionais, orientação familiar, desenvolvimento da linguagem ou comunicação. 
O ideal é que a criança autista seja avaliada por uma equipe multidisciplinar e 
que a partir disso seja criado um plano de intervenção. Dentre os profissionais que fazem 
parte dessa equipe podemos citar: Psicólogos, Fonoaudiólogos, Psiquiatras, Terapeuta 
Ocupacional, Fisioterapeuta e Educador Físico ou Psicomotricista. 
Atualmente recorre-se a três métodos de intervenção para o desenvolvimento e 
a estruturação do autista no mundo e que possui eficácia comprovados que são: 
 
1) TEACCH (Treatment and Education of Autistic and Related Comunication 
Handcapped Children) : Esse programa combina diferentes materiais visuais para organizar 
o ambiente físico através de rotinas e sistemas de trabalho de forma a tornar o ambiente o 
mais compreensível e estruturado possível dentro das dificuldades do aluno autista, visando 
sempre a independência e o aprendizado espontâneo. 
2) PECS (Picture Exchange Communication System): Esse método utiliza 
figuras e adesivos para facilitar a comunicação e a compreensão na medida em que 
estabelece uma associação entre a atividade e o símbolo. 
3) ABA (Applied Behavior Analysis): Análise comportamental aplicada que se 
embasa na aplicação dos princípios fundamentais da teoria do aprendizado que se baseia no 
condicionamento operante e reforçadores para incrementar comportamentos socialmente 
significativos, reduzir comportamentos indesejados e desenvolver habilidades. 
 
Com relação aos medicamentos, eles devem ser prescritos pelos médicos e 
serão sempre indicados quando houver alguma morbidade neurológica ou psiquiátrica, e 
quando seus sintomas interferem no cotidiano. Vale ressaltar que até o momento não existe 
uma medicação específica para o tratamento do autismo. A o longo das últimas décadas 
devido ao aumento do número de nascimento de crianças autistas foram criadas 
intervenções efetivas para auxiliar não só o autista, mas também oferecer um suporte para 
toda a família. O que vai estabelecer o sucesso ou não do desenvolvimento da criança 
autista é justamente esse apoio e intervenção familiar feita organizadamente seguindo 
critérios traçados pela equipe multidisciplinar. O pressuposto dessa intervenção 
 
 
comportamental dos pais é de que o comportamento da criança é aprendido e mantido 
através do contexto familiar a qual ela é inserida, sendo assim é responsabilidade dos pais 
modificarem esses padrões se o mesmo não estiver causando um efeito positivo no 
desenvolvimento da criança. 
Com base no relato e em pesquisas realizadas os comportamentos mais difíceis 
encontrados nessas crianças são limites baixo para frustrações, distração, irritabilidade,

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