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Capítulo 5 - ESCRITURAÇÃO

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Capítulo 5
ESCRITURAÇÃO
DISCIPLINA: Contabilidade Básica
CURSO: Administração
TURMA: 3º Período
DOCENTE: Lívia Miranda
Eunápolis (BA)
Agosto de 2017
Contextualização
Definição de Registrar
Classe gramatical: verbo transitivo direto
Tipo do verbo registrar: regular
Separação das sílabas: re-gis-trar
Significado de Registrar
v.t.Inscrever em registro.
Transcrever, mencionar um ato, um julgamento nos registros públicos, para lhes dar autenticidade.
[Por Extensão] Consignar certos fatos por escrito.
Anotar: registremos esse acontecimento.
Gravar um fenômeno físico: registrar uma sinfonia em discos.
Assinalar, mencionar.
Enviar correspondência postal sob responsabilidade dos correios, consignada em documento próprio. (Var.: registar.).
O quê registrar?
Atos e Fatos Administrativos
Atos Administrativos são os acontecimentos que ocorrem na empresa e não provocam alterações no Patrimônio. Entretanto, poderão, no futuro, provocar alterações no Patrimônio da empresa.
	Exemplos: admissão de empregados; assinatura de contratos de compras, vendas e seguros; aval de títulos; fianças em favor de terceiros etc.
Para entender melhor teremos uma situação patrimonial como base: 
Fatos Administrativos são os acontecimentos que provocam variações nos valores patrimoniais, podendo ou não alterar o Patrimônio Líquido.
	Por modificarem o Patrimônio, devem ser contabilizados por meio das Contas Patrimoniais e/oudas Contas de Resultado.
	Os Fatos Administrativos podem ser classificados em três grupos:
	- Fatos Permutativos;
	- Fatos Modificativos;
	- Fatos Mistos.
Fatos permutativos são aqueles que provocam permutações entre os elementos componentes do Ativo e/ou do Passivo, sem modificar o valor do Patrimônio Líquido. São também denominados Fatos Qualitativos. 
Pode ocorrer troca entre os elementos do Ativo, entre os elementos do Passivo e entre ambos ao mesmo tempo. 
Partindo do Balanço Patrimonial apresentado, suponhamos que na em presa J. Fernandes Ltda. tenha ocorrido o seguinte Fato, o qual chamaremos de Fato A: Recebimento da importância de $ 500, em dinheiro, referente a uma Duplicata.
Fatos permutativos
Permutação entre elementos Ativos
Fato A: Recebimento da importância de $ 500, em dinheiro, referente a uma Duplicata.
Permutação entre elementos Passivos
Fatos permutativos
Fato B:
Suponhamos que na conta Salários a Pagar, com valor de $ 300, registrada no Passivo, representando o valor líquido dos salários que a empresa tem a pagar a seus empregados, esteja contida a importância de $ 30, correspondente a Imposto de Renda. Esse valor deveria ter sido retido do salário dos empregados, mas ainda não foi. Para regularizar a situação, vamos retirar esse valor da conta Salários a Pagar e transferi-lo para a conta própria, denominada Impostos a Recolher.
Fatos permutativos
Permutação entre elementos Ativos e Passivos
Fato C: Compra de Móveis e Utensílios a prazo, por $ 700.
Esse Fato provocará, ao mesmo tempo, aumento no Ativo e no Passivo.
Veja como ficará o Balanço Patrimonial após esse evento:
Fatos permutativos
Diminuição
Fato D: suponhamos, agora, que a empresa J. Fernandes Ltda. tenha efetuado o pagamento, em dinheiro, de uma Duplicata no valor de $ 500.
Este evento diminuirá o Ativo, pela saída do dinheiro da conta Caixa; e também o Passivo, pela liquidação da Obrigação, no mesmo valor.
Veja, então, como ficará a situação patrimonial:
Observe que tanto no caso de aumento como no caso de diminuição houve permutação simultânea entre elementos do Ativo e do Passivo, sem interferência no Patrimônio Líquido, que não sofreu alteração.
Fatos modificativos são aqueles que acarretam alterações, para mais ou para menos, no Patrimônio Líquido. São também denominados Fatos Quantitativos. 
Envolvem Contas de Resultado (Receitas, Custos ou Despesas) 
Consequentemente, alteram o Patrimônio Líquido, para mais ou para menos.
Fato E: a empresa J. Fernandes Ltda. pagou a importância de $ 100, em dinheiro, referente a Despesas com o uso de telefones. Esse Fato diminuirá o Caixa em $ 100, pela saída do dinheiro, e, por envolver uma Despesa, diminuirá também o Patrimônio Líquido no mesmo valor.
Após esse Fato, a Situação Patrimonial da empresa fica assim:
Fatos modificativos
Suponhamos, agora, a ocorrência do Fato F: a empresa J. Fernandes Ltda. recebe a importância de $ 200, em dinheiro, proveniente de Receitas de Aluguéis de Imóveis. Esse Fato aumentará o Ativo pela entrada do dinheiro na conta Caixa e aumentará o Patrimônio Líquido pela Receita auferida.
Veja a Situação Patrimonial anterior, modificada por esse evento:
OBSERVAÇÕES:
Convém ressaltar, neste momento, que toda Despesa acarreta redução nos Lucros e toda Receita acarreta aumento nos Lucros. Portanto, Despesas e Receitas provocam variações no Patrimônio Líquido.
Como registrar os atos e fatos administrativos ?
Através da escrituração
Escrituração é uma técnica contábil que consiste em registrar nos livros próprios (Diário, Razão, Caixa etc.) todos os acontecimentos que ocorrem na empresa e que modifiquem ou possam vir a modificar a situação patrimonial.
Obrigatoriedade
Qualquer tipo de empresa, independentemente de seu porte, natureza jurídica ou forma de constituição inclusive da própria organização contábil do contabilista, necessita manter escrituração contábil completa, para controlar o seu patrimônio e gerenciar adequadamente os seus negócios. 
Alem de uma necessidade administrativa e gerencial, a escrituração contábil é trazida como exigência expressa em diversas legislações vigentes.
	Legislação Societária  	Inicialmente nos artigos 1.179 a 1.195 da Lei 10.406 de 10 de janeiro de 2002 - Código Civil Brasileiro. 
A Lei das Sociedades por Ações, aprovada pela Lei 6.404 de 15 de dezembro de 1976 em seu Capítulo XV nas disposições aplicadas à escrituração
A legislação que regula a recuperação judicial, a extrajudicial e a falência do empresário e da sociedade empresária, Lei 11101/2005.
	Legislação Tributária	O Código Tributário Nacional - Lei nº 5.172/66;
RIR Decreto 3.000 de março de 1999;
A Lei Complementar 123/2006;
	Legislação Previdenciária	O Decreto 3.048 de 06 de maio de 1999 que aprova o Regulamento da Previdência Social e as Leis 8.212 e 8.213, ambas de 1991
	Legislação Profissional	O CFC, através da Resolução CFC nº 1.330/11, ITG 2000 (R1) Escrituração Contábil
Segundo estabelece o artigo 1.179 do Código Civil Brasileiro (Lei no 10.406/2002), todas as empresas (sejam elas caracterizadas como empresário — antiga empresa individual — ou como sociedade empresária) estão obrigadas a seguir um sistema de contabilidade, mecanizado ou não, com base na escrituração uniforme de seus livros, em correspondência com a documentação respectiva.
Obrigatoriedade
ITG 2000 (R1) Escrituração contábil
Diante da legislação acima e considerando sua atribuições legais, o Conselho Federal de Contabilidade (CFC) expediu a Resolução CFC nº 1.330/2011, que aprovou a ITG 2000 (R1) - Escrituração Contábil;
Estabelecendo os critérios e procedimentos a serem adotados pela entidade para a escrituração contábil de seus fatos patrimoniais, por meio de qualquer processo, bem como a guarda e a manutenção da documentação e de arquivos contábeis e a responsabilidade do profissional da contabilidade.
Dispensa
Está dispensado da escrituração contábil, pelo Código Civil, somente o pequeno empresário.
Pequeno empresário, é o empresário individual caracterizado como microempresa* que aufira receita bruta anual de até $ 60.000,00 (art. 68 da Lei Complementar no 123/2006);
A partir de 2018 este limite foi alterado para R$ 81.000,00 (oitenta e um mil reais) por força da LC 155/2016
LC 155/2016 DE 27 DE OUTUBRO DE 2016 (DOU de 28.10.2016)
CLICAR AQUI
	ME, EPP e MEI (LC 123/2006)	PME (TG 1000)	Grande Porte (Lei 11.638/07)
	ME: em cada ano-calendário, receita bruta igual ou inferior a R$ 360.000,00; 
EPP: em cada ano-calendário, receita bruta superior a R$ 360.000,00 e igual ou inferior a R$ 3.600.000,00 A partir de 2018, o limitemáximo passa a ser igual ou inferior a R$ 4.800.000,00
MEI: com receita bruta anual igual ou inferior a R$ 60.000,00, a partir de 2018 o limite passa a ser 81.000,00 (oitenta e um mil reais),	Ativo total inferior a R$240 milhões e receita bruta anual inferior a R$300 milhões (Lei 11638/07)
Não têm obrigação pública de prestação de contas (S.A ou LTDA); e
Elaboram demonstrações financeiras para fins gerais para usuários externos; 
	No exercício social anterior:
Ativo total superior a R$ 240.000.000,00 ou Receita bruta anual superior a R$ 300.000.000,00.
essas especificidades não são cumulativas, ou seja, basta enquadrar-se em uma delas
No caso de conjunto de sociedades, o somatório acima será analisado em relação a todas as sociedades do grupo.
qualquer tipo de sociedade poderá enquadrar-se no conceito de "sociedade de grande porte", até mesmo as sociedades limitadas.
CLASSIFICAÇÃO DAS EMPRESAS POR PORTE
Como?
O controle contábil das empresas começa com a escrituração das operações no Livro Diário, completando-se, depois, nos demais livros de escrituração.
É por meio dos Atos e dos Fatos Administrativos que ocorre a gestão do Patrimônio das empresas, e esses acontecimentos são registrados por meio da Escrituração.
Mas como escriturar esses acontecimentos?
Documentação
A base dos registros contábeis é a documentação (notas fiscais, recibos, cópias de cheques, etc.).
Os documentos não devem apresentar nenhuma rasura e caso sofram algum dano que dificulte a identificação de seu conteúdo eles deverão ser reconstituídos ou substituídos, na impossibilidade de reconstituição.
A data de emissão do documento, geralmente, determina a data do registro contábil, por isso a importância que o fluxo de papéis dentro da empresa seja adequado.
Mas existem documentos, como as notas fiscais de entrada de mercadorias, que são contabilizados na data da entrada no estabelecimento, e não na data de emissão do documento.
Os livros contábeis basicamente são dois: Razão e Diário. É importante ressaltar que a escrituração nos livros contábeis não se traduz como atividade principal no aprendizado de contabilidade. Essa tarefa (escrituração) gradativamente está sendo incorporada pelo computador. É fundamental, no entanto, para o estudante, o raciocínio contábil, a compreensão de todo o processo contábil.
PROCESSO CONTÁBIL 
D
X.X.X.
C
X.X.X.
Razonete
Livros Contábeis
	Quanto à utilidade	Quanto à natureza	Quanto à finalidade
	a) Principais — utilizados para o registro de todos os eventos do dia a dia da empresa, como ocorre com os livros Diário e Razão.
b) Auxiliares — utilizados para o registro de eventos específicos, como os livros Caixa, Contas Correntes, Registro de Duplicatas, além de todos os livros fiscais que podem servir de suporte para a escrituração do Diário e do Razão.	a) Cronológicos — aqueles em que os registros são efetuados obedecendo à rigorosa ordem cronológica de dia, mês e ano. Todos os livros destinados à escrituração mercantil são cronológicos (artigo 1.183 do Código Civil/2002, artigo 2º Decreto-lei nº 486/1969 etc.).
b) Sistemáticos — livros destinados ao registro de eventos da mesma natureza, como o Livro Caixa (entrada e saída de $) e o Livro Contas Correntes, destinado somente para o registro de transações que envolvam direitos e obrigações.	a) Obrigatórios — exigidos pela legislação civil (Código Civil/2002), pela legislação comercial (Decreto-lei nº 486/1969), pela legislação tributária (RIR/1999), pela legislação societária (Lei nº 6.404/1976) e pela Int. Técnica ITG 2000 aprovada pela Resolução nº 1.330/2011 do CFC
b) Facultativos — livros que as entidades utilizam sem que haja exigência legal.São denominados também livros auxiliares. Exemplos: Livro Caixa), Livro Contas Correntes, Livro de Controle de Contas a Receber, Livro de Controle de Contas a Pagar etc.
Os livros contábeis obrigatórios, entre eles o Livro Diário e o Livro Razão, em forma não digital, devem revestir-se de formalidades extrínsecas, tais como:
serem encadernados;
terem suas folhas numeradas sequencialmente;
conterem termo de abertura e de encerramento assinados pelo titular ou representante legal da entidade e pelo profissional da contabilidade regularmente habilitado no Conselho Regional de Contabilidade. 
serem autenticados no registro público competente
Os livros contábeis obrigatórios, entre eles o Livro Diário e o Livro Razão, em forma digital, devem revestir-se de formalidades extrínsecas, tais como:
serem assinados digitalmente pela entidade e pelo profissional da contabilidade regularmente habilitado;
serem autenticados no registro público competente.
quando exigível por legislação específica, serem autenticados no registro público ou entidade competente. (Alterada pela ITG 2000 (R1))
Formalidades Extrínsecas
Em idioma e em moeda corrente nacionais;
Em forma contábil;
Em ordem cronológica de dia, mês e ano;
Com ausência de espaços em branco, entrelinhas, borrões, rasuras ou emendas; e
com base em documentos de origem externa ou interna ou, na sua falta, em elementos que comprovem ou evidenciem fatos contábeis.
Formalidades Intrínsecas
data do registro contábil, ou seja, a data em que o fato contábil ocorreu;
conta devedora;
conta credora;
histórico que represente a essência econômica da transação ou o código de histórico padronizado, neste caso baseado em tabela auxiliar inclusa em livro próprio;
valor do registro contábil;
informação que permita identificar, de forma unívoca, todos os registros que integram um mesmo lançamento contábil.
O registro contábil deve conter o número de identificação do lançamento em ordem sequencial relacionado ao respectivo documento de origem externa ou interna ou, na sua falta, em elementos que comprovem ou evidenciem fatos contábeis.
 A terminologia utilizada no registro contábil deve expressar a essência econômica da transação.
A escrituração em forma contábil deve conter, no mínimo:
Admite-se o uso de códigos e/ou abreviaturas, nos históricos dos lançamentos, desde que permanentes e uniformes, devendo constar o significado dos códigos e/ou abreviaturas no Livro Diário ou em registro especial revestido das formalidades extrínsecas;
A escrituração contábil e a emissão de relatórios, peças, análises, demonstrativos e demonstrações contábeis são de atribuição e de responsabilidade exclusivas do profissional da contabilidade legalmente habilitado.
As demonstrações contábeis devem ser transcritas no Livro Diário, completando-se com as assinaturas do titular ou de representante legal da entidade e do profissional da contabilidade legalmente habilitado com a DHP.
Algumas Características
LIVRO DIÁRIO
Livro obrigatório (exigido por lei), registra os fatos contábeis em partidas dobradas na ordem rigorosamente cronológica do dia, mês e ano. O livro deve ser encadernado com folhas numeradas e deve conter termos de abertura e encerramento e ser submetido à autenticação da Junta Comercial. O atraso na escrituração do Livro Diário não poderá ultrapassar 180 dias, sob pena de multa prevista pelo Imposto de Renda. 
Requisito básicos de um Livro Diário Geral são:
 Data da operação (transação).
 Título da Conta de Débito e do Crédito.
 Valor do Débito ou Crédito.
 Histórico.
O uso do Diário está previsto na legislação civil (art. 1.180 do Código Civil Brasileiro (Lei no 10.406/2002), na legislação comercial (Decreto-lei no 486/1969, art. 5o), na legislação tributária (art. 258 do Regulamento do Imposto de Renda - RIR/1999) e na legislação societária (Lei no 6.404/1976).
Por ser obrigatório, o Diário está sujeito às formalidades legais extrínsecas e intrínsecas exigidas para os livros de escrituração.
Formalidades extrínsecas (ou externas) – dizem respeito ao livro propriamente dito, isto é, sua apresentação material.
Formalidades intrínsecas (ou internas) – estão relacionadas à escrituração propriamente dita.
Livro Diário - Base Legal
O Termo de Encerramento é idêntico ao de Abertura, diferenciando-se somente no título — termo deencerramento — e no tempo do verbo servir, passando de “servirá” para “serviu”.
Os Termos de Abertura e de Encerramento devem ser apostos, respectivamente, no anverso da primeira e no verso da última ficha ou folha numerada do Diário, na mesma data e antes de iniciada a escrituração, salvo quando a escrituração for realizada em fichas ou folhas soltas ou contínuas, caso em que, sendo o diário encadernado após a sua escrituração, os termos mencionados serão lavrados na data da autenticação.
Livro Razão - Base Legal
O Razão é um livro de grande utilidade para a Contabilidade porque nele é registrado o movimento individualizado de todas as contas.
A Escrituração do livro Razão passou a ser obrigatória a partir de 1991 (art. 14 da Lei no 8.218 de 29/8/91).
Permite o controle do movimento de cada conta, separadamente. 
Por muito tempo foi facultativo. Hoje é obrigatório;
Indispensável em qualquer tipo de empresa;
É o instrumento mais valioso para o desempenho da contabilidade;
RAZÃO ANALÍTICO x SINTÉTICO
	Razão Sintético (Conta sintética)	Razão Analítico (Conta Analítica)
	Estoques	 Estoque de mercadorias.
 Estoque de Produtos Acabados.
 Estoque de Produtos em Elaboração.
 Estoque de Manterias-primas.
	Duplicatas a receber	 Cia. Nacional de Adubos.
 Cia. Real de Inseticidas.
 Lopes & Dias - Construções
	Banco conta movimento	 Banco do Brasil S.A.
 Banco do Estado de São Paulo S.A
 Banco Real S/ª
	Fornecedores	 João Alves & Cia Ltda.
 Pedreira Mateus Ltda.
 Comércio de Ferramenta Rama S.A
	Empréstimos a pagar	 Banco Brasileiro de Descontos S.A
 Financeira Crédito Real.
 Banco do Brasil S.A.
RAZÃO ANALÍTICO x SINTÉTICO
CAIXA
SI 1.000.000
800.000
200.000
Saldo 
Devedor
D
C
Equipamentos
800.000
D
C
Saldo 
Devedor
Valores
D/C
-
800.000
-
-
Saldo já existente
Compra de Equipamentos
-
20.02.X5
1.000.000
200.000
D
D
Saldo
Crédito
Débito
Código 1.1.1 (Plano de Contas)
Histórico
Data
Conta: CAIXA
Valores
D/C
-
800.000
Aquisição à vista
20.02.X5
800.000
D
Saldo
Crédito
Débito
Código 1.3.8 (Plano de Contas)
Histórico
Data
Conta: EQUIPAMENTOS
Livro diário e livro razão 
(NBC ITG 2000 (R1) – ESCRITURAÇÃO CONTÁBIL) 
No Livro Diário devem ser lançadas, em ordem cronológica, com individualização, clareza e referência ao documento probante, todas as operações ocorridas, e quaisquer outros fatos que provoquem variações patrimoniais. 
Quando o Livro Diário e o Livro Razão forem gerados por processo que utilize fichas ou folhas soltas, deve ser adotado o registro “Balancetes Diários e Balanços”.
No caso da entidade adotar processo eletrônico ou mecanizado para a sua escrituração contábil, os formulários de folhas soltas, devem ser numerados mecânica ou tipograficamente e encadernados em forma de livro.
Em caso de escrituração contábil em forma digital, não há necessidade de impressão e encadernação em forma de livro, porém o arquivo magnético autenticado pelo registro público competente deve ser mantido pela entidade.
Os registros auxiliares, quando adotados, devem obedecer aos preceitos gerais da escrituração contábil.
A entidade é responsável pelo registro público de livros contábeis em órgão competente e por averbações exigidas pela legislação de recuperação judicial, sendo atribuição do profissional de contabilidade a comunicação formal dessas exigências à entidade.
Livro diário e livro razão 
(NBC ITG 2000 (R1) – ESCRITURAÇÃO CONTÁBIL) 
Livro Caixa
O livro Caixa é um livro auxiliar. Nele são registrados todos os Fatos Administrativos que envolvam entradas e saídas de dinheiro.
O Caixa é o livro onde são registradas todas as operações que envolvam bens numerários, inclusive a movimentação bancária. É portanto um livro de ordem sistemática, muito embora as operações financeiras venham a ser registradas em ordem cronológica. O livro Caixa é um livro facultativo, apesar da sua grande utilidade nas empresas, sendo considerado mesmo indispensável nos grandes empreendimentos.
A escrituração do livro em análise divide-se em duas partes: 
uma para o débito - onde são lançadas todas as entradas de dinheiro;
uma para o crédito - onde se registram todas as saídas de bens numerários.
O saldo apresentado pelo livro Caixa deve coincidir com o saldo da conta "Caixa" apresentado pela contabilidade e com os valores existentes em cofre.
Livro Caixa
Pausa para Reflexão
	O Decreto nº 6.022/07 institui o Sistema Público de Escrituração Digital (SPED), prevendo que os livros e documentos contábeis e fiscais serão emitido em forma eletrônica. 
	O Diário e o Razão são para o SPED contábil, um livro digital único.
	Significa o fim do uso do papel?
Métodos de Escrituração
É o modo de registro dos fatos administrativos, bem como dos atos administrativos relevantes;
Métodos de escrituração conhecidos:
métodos das partidas simples
métodos das partidas dobradas
Métodos das partidas simples
Consiste no registro de operações específicas envolvendo o controle de um só elemento;
É deficiente e incompleto, por não permitir o controle global do patrimônio;
As entidades que utilizam apenas esse método de registro normalmente são aquelas que não visam ao lucro.
Métodos das partidas dobradas
Esse método, que é de uso universal e foi divulgado no século XV (1494), na cidade de Veneza, na Itália, pelo frade franciscano Luca Pacioli, consiste no seguinte:
“Não há devedor sem que haja credor e não há credor sem que haja devedor, sendo que a cada débito corresponde um crédito de igual valor”
Lançamento
É o meio pelo qual se processa a Escrituração;
Os Fatos e os Atos Administrativos são registrados por meio do lançamento, inicialmente no livro Diário, mediante documentos que comprovem a legitimidade da operação (Notas Fiscais, Recibos, Contratos etc.).
Elementos essenciais
local e data da ocorrência;
conta a ser debitada; 
conta a ser creditada;
histórico;
valor.
Passos para a elaboração do lançamento
1º passo: local e a data;
2º passo: documento foi emitido;
3º passo: elementos envolvidos;
4º passo: contas a utilizar;
5º passo: preparar o histórico;
6º passo: identificar qual conta será debitada e qual será creditada;
7º passo: efetuar o lançamento.
Vejamos, agora, como se faz um lançamento no livro Diário.
Suponhamos o seguinte Fato ocorrido na empresa:
Compra à vista (em dinheiro) de um armário de aço, marca Mantiqueira, conforme Nota Fiscal nº 8.931, da Maquinolândia Ltda., no valor de $ 1.000.
Veja, agora, esse mesmo quadro de maneira simplificada:
4.3.1 – LANÇAMENTOS DE 1ª FÓRMULA
Quando aparece no lançamento apenas UMA CONTA DEBITADA e apenas UMA CONTA CREDITADA.
Exemplo: Compra de uma casa à vista, do Sr. Plínio de Almeida, situada na Av. Nove de Julho, nº 1.001, nesta cidade, conforme escritura pública de compra e venda, no valor de R$ 200.000,00, totalmente pago em dinheiro no dia 06 de fevereiro de 2010.  
Seguindo todos os passos para o lançamento, fica assim:
Eunápolis-BA, 06 de fevereiro de 2010
D – Imóveis
C – Caixa
Histórico: Valor pago em dinheiro, para aquisição de uma casa, adquirida do Sr. Plínio de Almeida, situada na Av. Nove de Julho, nº 1.001, Colatina-ES, conforme escritura pública de compra e venda registrada no Cartório de Colatina-ES sob nº 1.286/X.
..............................................................................................R$ 200.000,00
Exercício: Faça o seguinte lançamento, considerando a Cidade de Eunápolis-BA e a data de Hoje.
Compra à vista (Dinheiro), de um automóvel, marca XYZ, conforme Nota Fiscal nº 9.890, da Comercial de Veículos Ltda, no valor de R$ 35.000,00.
Eunápolis-BA, 05 de maio de 2018
D – Veículos
C – Caixa
Histórico: Valor pago em dinheiro, para aquisição de um automóvel, marca XYZ, adquirida da Comercial de Veículos Ltda, conforme Nota Fiscal nº 9.890,.
..............................................................R$ 35.000,00
RESPOSTA
"Os homens prudentes sabem tirar proveito de todas as suas ações, mesmo daquelas a quesão obrigados pela necessidade." 
(Nicolau Maquiavel)

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