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Curso Profissionalizante
Me Formei, e Agora?
Centro Universitário Leonardo da Vinci
Organização:
Jacqueline Leire Roepke Capellaro
Reitor da UNIASSELVI
Prof. Hermínio Kloch
Pró-Reitor de Ensino de Graduação a Distância
Prof.ª Francieli Stano Torres
Pró-Reitor Operacional de Ensino de Graduação a Distância
Prof. Hermínio Kloch
Diagramação e Capa
Davi Schaefer Pasold
Revisão:
Harry Wiese
José Roberto Rodrigues
Todos os direitos reservados à Editora Grupo UNIASSELVI - Uma empresa do Grupo UNIASSELVI
Fone/Fax: (47) 3281-9000/ 3281-9090
Copyright © Editora GRUPO UNIASSELVI 2011.
Proibida a reprodução total ou parcial da obra de acordo com a Lei 9.610/98.
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Me Formei, e Agora?
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ESCOLHA PROFISSIONAL CONTINUADA
“Muitas vezes as pessoas tentam viver a vida às avessas: eles procuram ter 
mais coisas ou mais dinheiro, para poderem fazer o que querem, de modo 
que possam ser felizes. A coisa deve funcionar ao contrário: você 
primeiramente precisa ser quem você realmente é, para então 
fazer o que precisa ser feito, a fi m de ter o que você deseja.”
(Shakti Gawain)
O que é escolha profi ssional? A resposta para esta 
pergunta parece simples! Escolha profissional envolve 
decidir sobre uma ocupação, ou área de trabalho. Nesta 
seção, você poderá conhecer outros conceitos e importantes 
aspectos inerentes a escolha profi ssional, aprofundando seus 
conhecimentos sobre este tema. O objetivo desta etapa é 
oferecer condições para que você possa se conhecer melhor, 
percebendo suas identifi cações e singularidades, levando 
em conta e analisando suas determinações, ampliando e 
transformando, dessa maneira, sua consciência e adquirindo, 
assim, melhores condições de organizar seu projeto de vida 
(BOCK; AGUIAR, 1995). Para começar, que tal uma viagem 
no túnel do tempo para investigar como este processo ocorria 
em outras épocas? Vamos lá!?
A HISTÓRIA DA ESCOLHA PROFISSIONAL
A necessidade de ter que escolher uma profi ssão ou 
ocupação é uma preocupação recente das pessoas. Como 
veremos a seguir, até poucas décadas atrás, o homem já nascia 
com a sua ocupação “determinada”.
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Curso Profi ssionalizante
Silvio Bock (2002) analisou como ocorria o processo de 
inserção na vida ocupacional ao longo da história. Ele estudou 
como isto se processava na Pré-História, na Grécia Antiga, no 
período correspondente ao feudalismo, na transição deste para 
o capitalismo e na revolução industrial, como veremos a seguir.
A escolha profi ssional não consiste em um problema 
natural e universal da espécie humana. O trabalho dos 
ancestrais compreendia a atividade de coleta e mais tarde de 
caça, e não havia muita distinção de funções, salvo aquelas 
determinadas pelo sexo e, consequentemente, causadas pela 
especifi cidade orgânica na reprodução da espécie.
Na Grécia Antiga, a luta pela sobrevivência não 
dependia tanto de escolhas, uma vez que as condições já 
estavam estabelecidas pela estrutura da sociedade e a forma 
FONTE: Disponível em: <http://www.clickescolar.com.br/wp-content/
uploads/2011/04/pre-historia-americana.jpg>. Acesso em: 12 jul. 2011.
FIGURA 1 - SOCIEDADE PRÉ-HISTÓRICA
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Me Formei, e Agora?
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como ela se organizava. Embora houvesse certa fl exibilidade 
para a ocorrência de mobilidade social, fi lhos de artesãos, 
geralmente seriam artesãos, da mesma forma que os fi lhos 
de camponeses permaneceriam trabalhando no campo. Em 
Esparta, por exemplo, todos os meninos eram preparados para 
serem guerreiros.
FONTE: Disponível em: <http://www.corbisimages.com/
images/42-18803781.jpg?size=67&uid=c073ad98-c574-
4390-88fd-31f38a36ed30>. Acesso em: 12 jul. 2011.
FIGURA 2 - GRÉCIA
Já na Roma Antiga, a chance de mudar de classe social 
era ainda menor. Havia muita rigidez na divisão das classes 
sociais. A sociedade era composta por patrícios, plebeus, 
clientes e escravos, e as pessoas permaneciam na mesma 
classe em que nasciam.
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Curso Profi ssionalizante
Na transição do feudalismo para o capitalismo é quando 
a escolha profi ssional passa a assumir relativa importância. 
O modo de produção capitalista propiciou importantes e 
profundas mudanças, no modelo de produzir e reproduzir a 
existência humana. Na Revolução Industrial, observa-se que 
as teorias e as práticas na área de orientação profi ssional, 
FONTE: Curso profi ssionalizante
FIGURA 3 - PIRÂMIDE FEUDAL
No feudalismo, tanto a posição na sociedade, quanto 
a ocupação eram transmitidas de pai para fi lho, portanto, 
ao nascer, o indivíduo já tinha seu poder e prestígio social 
definidos. A ordem social era considerada resoluta pela 
“vontade de Deus”, e por isso, inquestionável. O conceito de 
vocação que imperava era o religioso. O trabalho se restringia 
à manutenção e reprodução da espécie, sendo produzido para 
a sobrevivência, mesmo que a ordem social fosse injusta, 
autoritária e violenta.
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Me Formei, e Agora?
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O capitalismo coloca a temática do trabalho para além 
da sobrevivência pessoal. As pessoas já não podem mais 
garantir a sobrevivência de forma autônoma, necessitando, 
outrossim, vender sua força de trabalho. A partir deste 
momento, as pessoas começam a ter certa liberdade para 
escolher seu caminho, com base nas condições em que vivem 
FONTE: Disponível em: <http://pensandoemfamilia.com.br/blog/wp-content/
uploads/2009/12/fi lme.bmp>. Acesso em: 12 jul. 2011.
FIGURA 4 - TEMPOS MODERNOS - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL
deslancham, logo após a divisão técnica do trabalho. Passou-
se a procurar o homem certo para o lugar certo, com o intuito 
de intensifi car a produtividade das empresas e o processo 
seletivo recebeu elevada importância. Este novo modo de 
produção é infl uenciado pela ideologia liberal, que atinge sua 
maior expressão na Revolução Francesa: liberdade, igualdade 
e fraternidade.
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Curso Profi ssionalizante
e em função de suas vontades e aptidões. A classe social de 
origem do indivíduo continua interferindo na decisão, porém, já 
não mais com tanto peso; tornando a escolha multideterminada.
O QUE É ESCOLHA PROFISSIONAL?
Segundo Bock (1995 apud REIF; CAPELLARO, 2008), 
a escolha é um processo singular, perpassado por diversas 
determinações. Estas, são configuradas individualmente, 
e embora o ato de escolha seja determinado histórica e 
socialmente, é um momento importante da construção da 
individualidade da própria pessoa. Para escolher, é preciso 
ter a coragem de decidir o que quer ser e o que está disposto 
a abdicar.
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FIGURA 5 - “A CADA NOVA ESCOLHA, UMA RENÚNCIA A SER FEITA.”
DAI ALVES
“Escolher signifi ca dar preferência, selecionar, decidir 
pelo melhor num dado momento. Atualmente, eleger uma 
profi ssão faz-se necessário, principalmente quando deparamos 
com o mercado de trabalho” (LISBOA; SOARES, 2000, p. 54).
Escolha profi ssional pressupõe delimitar o que fazer, 
quem ser e qual lugar ocupar no mundo do trabalho. Escolhas 
são envolvidas por mudanças, medo, conflitos, riscos, 
inseguranças, perdas e consternação (BARDAGI; PARADISO, 
2003).
FONTE: Curso profi ssionalizante
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Curso Profi ssionalizante
Lembro-me de quando aos 10 anos, uma professora 
propôs uma atividade, onde contaríamos sobre a profi ssão 
que pretendíamos exercer. Minha resposta foi: psicóloga, 
professora e escritora. A professora me disse que só poderia 
escolher uma profi ssão. Embora gostasse muito das três, eu 
preferia a Psicologia.Posteriormente, recordo que durante 
muito tempo, fi quei com pesar por ter eliminado as duas outras 
alternativas, embora mantivesse a preferência pela Psicologia. 
Quanto mais a formatura do curso de Psicologia se aproximava, 
mais empolgada eu ficava com a minha escolha. Minha 
alegria foi ainda maior quando no estágio, conversei com uma 
psicóloga que conciliava o a atuação psicológica e a docência 
de Psicologia. Fiquei muito feliz com a possibilidade de acoplar 
as duas profissões. Hoje, percebo que é absolutamente 
possível desempenhar as três, paralelamente. No entanto, há 
casos em que a pessoa gosta de duas profi ssões totalmente 
distintas e ao optar por uma, poderá lamentar-se pela renúncia 
da outra.
Talvez, você esteja pensando sobre quando começa uma 
escolha profi ssional. É difícil dar uma resposta precisa quanto 
a isto. Mas, provavelmente, muitas escolhas profi ssionais são 
infl uenciadas por acontecimentos vividos ainda na infância. 
Desde crianças, somos questionados sobre nossos planos 
profi ssionais. Você lembra das respostas que dava, para a 
tradicional pergunta: “O que você quer ser quando crescer?”
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Me Formei, e Agora?
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Aproveite para escrever algumas delas aqui: _______
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Em geral, no fi nal do Ensino Médio (segundo grau) é 
que a preocupação com a escolha profi ssional se torna mais 
intensa. “O que farei, quando concluir o terceirão?” Muitas 
pessoas implicam bastante na escolha pelo curso superior no 
qual se matricularão. Alguns pensam que a escolha profi ssional 
será concluída nesta fase. No entanto, você deve ter percebido 
O que você
quer ser, 
quando 
crescer?
FONTE: Disponível em: <http://www.corbisimages.com/
images/42-20916643.jpg?size=67&uid=05057e2e-d341-4402-
9c93-23dcd481369a>. Acesso em: 11 jul. 2011. 
FIGURA 6 - MULHER E CRIANÇA
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Curso Profi ssionalizante
que alguns colegas trancaram o curso e talvez tenham iniciado 
um curso superior numa área bem distinta, da inicial. Você 
permaneceu no mesmo curso até o fi m? Pois, saiba que mesmo 
inconscientemente, você continuou decidindo permanecer na 
sua área, diariamente. A escolha profi ssional não se restringe 
a escolha de um curso superior. Ela pressupõe a escolha por 
um trabalho ou área de atuação.
Então, quando termina o processo de escolha profi ssional? 
Somente quando o coração deixa de bater. Por mais que uma 
pessoa tenha optado por uma profi ssão ainda na adolescência, 
e tenha trabalhado até os 80 anos de idade na mesma 
profi ssão, ela fez a escolha de prosseguir nela, todos os dias.
A escolha profi ssional ocorre ao longo da vida. Dúvidas 
e necessidade de posicionar-se no âmbito profi ssional não são 
exclusividade da adolescência. A formação universitária, por 
exemplo, é perpassada por confrontações com a realidade e 
frequentes refl exões sobre a escolha (BARDAGI; PARADISO, 
2003).
É justamente por isso, que o título desta etapa é 
“Escolha Profi ssional Continuada”. Para que você entenda 
que é possível mudar de profi ssão, dar novos rumos a sua 
própria profi ssão, ou se manter na mesma profi ssão até o fi m. 
Não importa qual for a sua postura diante disto. Suas escolhas 
acontecerão, de uma forma ou de outra, durante toda a sua 
vida.
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Me Formei, e Agora?
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FONTE: Curso profi ssionalizante
FIGURA 7 - PLACA
Embora a escolha profi ssional seja uma questão séria, 
complexa e importante, ela não necessita ser defi nitiva e 
imutável. Você não precisa ser um eterno “refém” da sua 
escolha profi ssional. Lembre-se de que você é o autor da sua 
história, e pode experimentar outros caminhos, se assim quiser.
Fazer uma escolha ou re-escolha profi ssional 
implica tomar uma decisão, processo para o qual 
a maior parte das pessoas não é devidamente 
preparada, quer seja na família, escola ou demais 
instituições educativas vigentes (MOURA; 
MENEZES, 2004, p. 30).
"Se você escolhe não 
decidir, você já tomou 
uma decisão."
NEIL PEART 
Conheço uma pessoa de 30 anos que nunca trabalhou, e 
se justifi ca dizendo que ainda não descobriu qual é a profi ssão 
que lhe interessa. Por mais que esta pessoa considere que 
está protelando sua escolha profi ssional, ela está escolhendo 
diariamente por não escolher. E isto já consiste uma escolha.
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Curso Profi ssionalizante
O objetivo deste curso é justamente prepará-lo para 
que possa fazer um plano de carreira, com mais segurança. 
Acredite: você é capaz de fazer sua própria escolha profi ssional! 
Um dos princípios norteadores da Uniasselvi é que “CADA UM 
TEM QUE CONSTRUIR A SUA HISTÓRIA”. Lisboa e Soares 
(2000) destacam a importância da pessoa perceber-se ativa 
na construção da sua própria vida, tendo capacidade de fazer 
escolhas mesmo em condições limitadas e, muitas vezes, 
determinantes.
Vamos identifi car quais são estas determinações que 
tanto infl uenciam na escolha profi ssional? Então, mantenha-se 
concentrado(a) durante a leitura do tópico a seguir.
“A melhor escolha profi ssional é aquela que consegue 
dar conta (refl exão) do maior número de determinações 
para, a partir delas, construir esboços de projetos 
de vida profi ssional e pessoal” (BOCK, 2001 apud 
AGUIAR; BOCK; OZELLA, 2002, p. 173).
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Me Formei, e Agora?
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FATORES QUE INFLUENCIAM NA ESCOLHA 
PROFISSIONAL
Alguém já perguntou o que o(a) levou a escolher o curso 
superior que você concluiu? Qual foi a sua resposta? Já fi z 
esta pergunta para algumas pessoas e algumas respostas que 
obtive foram as seguintes:
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Curso Profi ssionalizante
Estas respostas já fornecem pistas de algumas fontes 
de infl uência na escolha profi ssional.
Soares (2002) alista os fatores que mais costumam 
interferir na escolha profissional: 1. Os fatores políticos 
abrangem as estratégias governamentais e seu posicionamento 
sobre a educação, sobretudo quanto ao ensino médio, 
pós-médio, ensino profi ssionalizante e universitário. 2. Os 
fatores econômicos compreendem o mercado de trabalho, a 
globalização, a informatização das profi ssões, o desemprego, 
a empregabilidade, a falta de planejamento fi nanceiro e os 
efeitos do sistema capitalista neoliberal. 3. Os fatores sociais 
correspondem à divisão da sociedade em classes sociais, 
ao curso superior como possibilidade de ascensão social, à 
infl uência da sociedade e da cultura na família. 4. Os fatores 
educacionais estão relacionados ao sistema de ensino do nosso 
país, à falta de investimento do poder público na educação, e 
às questões gerais do vestibular, bem como, da universidade 
pública e privada. 5. Os fatores familiares expressam a busca da 
realização das expectativas familiares e a infl uência no processo 
de transmissão da ideologia vigente, na família. 6. Os fatores 
psicológicos abarcam interesses, motivações, habilidades, 
competências pessoais, compreensão, conscientização dos 
aspectos determinantes da escolha e o grau de informação 
sobre as profi ssões.
Bock (1995 apud REIF; CAPELLARO, 2008) considera 
que atualmente a família já não impõe de maneira tão rígida 
o caminho profi ssional dos fi lhos, como acontecia outrora. 
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Me Formei, e Agora?
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FONTE: Disponível em: <http://www.
corbisimages.com/images/42-19748810.
jpg?size=67&uid=6360d0d6-6d7e-4ab6-
b80d-4475ff3b7b0a>. Acesso em: 12 jul. 
2011.
FIGURA 8 - MÃE, PAI E FILHO
FONTE: Disponível em: <http://www.
corbisimages.com/images/42-16387589.jpg?size=67&uid=3184701f-7cfb-4895-
884e-db019060628f>. Acesso em: 12 jul. 
2011.
FIGURA 9 - MÃE E FILHOS
No entanto, a família expressa grande expectativa quando a 
decisão profi ssional do jovem.
FONTE: Disponível em: <http://www.corbisimages.com/
images/42-25874993.jpg?size=67&uid=3345a719-cce0-
4971-a9ca-0954353dca04>. Acesso em: 14 jul. 2011.
FIGURA 10 - AVÓ, PAI E FILHA
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Curso Profi ssionalizante
A família pode interferir na escolha profi ssional de 
diversas formas. Uma família pode, tradicionalmente, ter 
médicos em praticamente todas as gerações. Então, com a 
chegada de um novo bebê nesta família, pode-se esperar 
que ele zele pela tradição e curse medicina, quando chegar 
à juventude. Também há casos, em que apenas o desejo dos 
pais interfi ra na decisão do fi lho. Certa vez conversei com uma 
mulher que estava grávida. Perguntei como estava o bebê. 
Eis a resposta dela: “De qual dos dois você está falando? Do 
engenheiro, ou do médico? É que estou esperando gêmeos, 
e são dois meninos...”
Conheço um advogado que não se sente realizado 
na profi ssão. Sua fi lha está concluindo o ensino médio e eu 
perguntei se ele tinha alguma preferência sobre a decisão do 
curso superior que ela fará. “Desde que não seja Direito, tudo 
é bem-vindo”.
Por outro lado, existem pais que fazem o possível para 
que os fi lhos decidam sozinhos, evitando interferir na escolha 
deles. Embora estes pais tenham boa intenção, os jovens 
tendem a sentir-se sem suporte para tomarem a decisão.
O ideal seria que os pais dessem liberdade de 
escolha para os fi lhos, mas que dialogassem 
sobre as profi ssões, o mercado de trabalho e 
etc. Os pais podem opinar, mas não deveriam 
ordenar a profi ssão que os fi lhos irão exercer.
19
Me Formei, e Agora?
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Você já identifi cou se a sua família teve participação 
na sua escolha profi ssional? Qual foi o tipo de infl uência que 
ela exerceu?
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_________________________________________________
Pereira e Garcia (2007) enfatizam as infl uências das 
amizades na escolha profi ssional. Salientam que durante a 
adolescência, é comum que os adolescentes passem mais 
tempo com seus amigos, pois o vínculo com os familiares 
tende a diminuir. As amizades são repletas de companheirismo, 
confi ança, segurança, e funcionam como suporte social e 
emocional. Servem ainda de fontes de informação. Você 
se lembra das conversas que teve com seus colegas de 
aula? Eles provavelmente comentavam sobre a intenção de 
fazer determinado curso superior e você aproveitava para 
descobrir as atividades daquela profi ssão, bem como, outras 
informações. E então, lembrou de algum amigo(a) que foi 
decisivo na sua escolha profi ssional?
20
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Curso Profi ssionalizante
FONTE: Disponível em: <http://www.corbisimages.com/
images/42-25822851.jpg?size=67&uid=cc8474b6-842b-4f71-9324-
8d13b4a5839c>. Acesso em: 11 jul. 2011.
FIGURA 11 - ESTUDANTES DO ENSINO MÉDIO
Silva (2004) ainda destaca a infl uência advinda dos 
meios de comunicação de massa, que detêm o poder de 
manipulação e alienação da população. A mídia televisiva, por 
exemplo, pode interferir na escolha profi ssional, de maneira 
explícita, fornecendo informações sobre as profi ssões, em 
reportagens sobre mercado de trabalho. Mas pode infl uenciar 
também, implicitamente, através da maneira que as profi ssões 
são apresentadas nos filmes, novelas, noticiários etc. A 
estereotipagem dos papéis profissionais pode propiciar 
ideias equivocadas ou preconceituosas. Você já percebeu, 
que geralmente o médico é o bonzinho da trama? Na telinha, 
advogados variam de espertalhões a vilões; administradores 
são cheios de grana etc. Como a profi ssão que você escolheu 
é geralmente representada pela TV? Será que isto interferiu 
na sua escolha?
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Me Formei, e Agora?
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FONTE: Disponível em: <http://www.corbisimages.com/images/
CBR003866.jpg?size=67&uid=4013854e-b42a-4039-9367-
5e34721b8304>. Acesso em: 11 jul. 2011.
FIGURA 12 - MÍDIA E PROFISSÕES
Outro fator que interfere na escolha profi ssional é o 
grau de conhecimento que se tem das profi ssões e os cursos 
superiores. Na hora da decisão, são poucos os adolescentes 
que se balizam no conhecimento concreto dos cursos superiores 
existentes no Brasil. A maioria da população desconhece os 
aproximadamente 120 cursos superiores reconhecidos pelo 
MEC (LISBOA; SOARES, 2000).
Você já deve ter ouvido alguém dizendo que optou 
por cursar Medicina Veterinária por gostar de animais, ou por 
Oceanografi a por achar o mar bonito etc. Algumas pessoas 
escolhem um curso superior, sem saber do que realmente 
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Curso Profi ssionalizante
Na próxima etapa deste curso, intitulada “Um leque de 
possibilidades”, você visualizará informações gerais sobre alguns 
cursos superiores. Além disso, descobrirá maneiras de pesquisar 
a respeito de profi ssões que possam lhe interessar.
O que é escolha profi ssional madura? De acordo com Moura 
e Menezes (2004) é a escolha ajustada, na qual a pessoa 
avalia e interpreta a realidade. Faz uma integração do seu 
autoconhecimento com a realidade profi ssional. Age com 
responsabilidade e independência. Faz um intercruzamento 
das variáveis pessoais e contextuais. É importante frisar que 
nem sempre a idade cronológica determina escolha madura.
ele trata. Já ouvi alguém dizer que prestaria vestibular para 
Engenharia de Agrimensura. Quando perguntei o motivo desta 
escolha, a pessoa respondeu que achou o nome do curso legal, 
parecendo ser algo interessante.
Pode-se dizer que uma escolha profi ssional é feita 
imaturamente quando a pessoa não utiliza critérios, ou se 
fundamenta em critérios inconsistentes, como, por exemplo, 
impressões distorcidas sobre a profi ssão, ou idealizadas.
É possível que uma pessoa escolha uma profi ssão 
aleatoriamente e sinta-se realizada nela. Mas será que se a 
pessoa fi zer uma escolha mais madura, planejada, aumentará 
a probabilidade de conquistar a realização profi ssional?
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Me Formei, e Agora?
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COMO ESTÁ SENDO A SUA ESCOLHA PROFISSIONAL?
Que tal refletir a respeito dos fatores que mais 
infl uenciaram a escolha pelo curso superior que você fez? Em 
maior ou menor grau, todos os fatores podem ter interferido 
na sua escolha. Mas faça um esforço para identifi car os que 
foram preponderantes.
Será que foram os aspectos políticos? Ou os 
educacionais? Quem sabe, a família tenha tido maior 
contribuição... Ou, talvez, foram os fatores psicológicos?! Foi 
a mídia que explícita ou implicitamente o conduziu a escolher 
pelo seu curso? Podem ter sido vicissitudes econômicas ou 
sociais. Seus amigos tiveram relevante participação durante 
a escolha?
pol
ítica
família
educação
sociedade
amizade
mídi
a
eco
no
m
ia
FONTE: Disponível em: <http://www.corbisimages.com/images/
CBR003866.jpg?size=67&uid=4013854e-b42a-4039-9367-
5e34721b8304>. Acesso em: 11 jul. 2011.
FIGURA 13 - INFLUÊNCIAS NA ESCOLHA PROFISSIONAL
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Curso Profi ssionalizante
Talvez você esteja se perguntando: “Que diferença faz 
saber isso?” Saiba que quanto mais consciente você estiver 
sobre os fatores que o influenciaram, mais ativo poderá 
ser ao encaminhamento que dará a sua vida profi ssional. 
Poderá decidir manter-se na mesma direção, ou mudá-la 
completamente. Ou, poderá fazer uma leve mudança de rota. 
Além disso, poderá se sentir mais seguro(a) para tomar as 
decisões diante de situações que forem surgindo.
Já ouvi pessoas dizerem quenão gostam da área em 
que trabalham, mas que estão se esforçando para aprenderem 
a gostar dela. É possível aprender a gostar de uma profi ssão? 
Depende. Se a pessoa tiver total aversão à profi ssão, é melhor 
que ela reveja sua escolha profi ssional e comece a percorrer 
outro caminho. Se a pessoa não gosta da profi ssão, mas tem 
identifi cações com ela, e acha que vale a pena tentar, poderá 
sim, se apaixonar pela profi ssão, com o passar do tempo.
Você se lembra da vantagem competitiva que foi 
apresentada na primeira etapa deste curso? Muitas vezes a 
mola propulsora da diferenciação é a paixão pelo trabalho. 
Para que um trabalho seja executado com excelência ele 
precisa ser feito com amor. Até mesmo a qualifi cação costuma 
depender do amor que a pessoa sente pelo que faz. Quando 
uma pessoa ama sua profi ssão, ela tem mais motivação para 
qualifi car-se, pois se aprofundar na sua área lhe dá prazer, 
e o valor fi nanceiro envolvido nos cursos é encarado como 
investimento e não como despesa.
Você percebe a diferença entres as frases a seguir?
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“AMO O QUE FAÇO”
“FAÇO O QUE AMO”
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Curso Profi ssionalizante
COMO VOCÊ ESTÁ?
Como você está se sentindo em relação à sua escolha 
profi ssional? Está satisfeito, decepcionado, arrependido ou 
indiferente?
Recomendo aos satisfeitos que aproveitem bem este 
momento. No entanto, segue um lembrete: você é uma 
pessoa, portanto, passível de mudanças. Certo dia, uma 
mulher comentou que quando adolescente seu lazer preferido 
era beber refrigerante com as amigas, sentadas na calçada. 
Depois, o lazer preferido tornou-se as “baladas na night”. 
Depois que começou a namorar, o lazer preferido passou a 
ser o jantar a dois. Quando o fi lho completou 3 anos, o maior 
divertimento era acompanhá-lo ao parque. Ou seja, enquanto 
vivermos podemos mudar. Então, por mais que hoje você esteja 
realizado com a sua profi ssão, é recomendável prosseguir a 
leitura, pois caso um dia, você mude de opinião, saiba que 
ações tomar, para que esteja melhor preparado.
Se você estiver insatisfeito com a sua profi ssão, procure 
avaliar os motivos que estão causando a insatisfação. Já vi 
pessoas decidirem começar outro curso superior, por não 
terem encontrado oportunidades de trabalho na sua área, no 
As pessoas estão em constante 
movimento e transformação, por 
isso, suas escolhas também podem 
se transformar no decorrer da vida.
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bairro em que moravam. Você percebe outras soluções que 
uma pessoa nesta situação poderia cogitar?
Por exemplo, imagine uma pessoa que tenha se formado 
em Engenharia da Aquicultura e da Pesca e more numa 
pequena cidade do interior do Oeste Catarinense. Ao procurar 
um emprego fi xo, pode ter difi culdade para encontrar uma vaga, 
sendo que não há empresas de pescado na região, tampouco 
mar ou uma bacia hidrográfi ca relevante por ali. Se a mesma 
pessoa optar por fazer outra faculdade, e curse Engenharia 
de Telecomunicações, após a formatura poderá novamente 
se deparar com a escassez de vagas nesta mesma região. 
Portanto, ao invés de ingressar num novo curso, a pessoa 
poderia pesquisar quais são os locais de maior oportunidade 
e mudar-se para algum deles. Esta é apenas uma solução 
hipotética. Na Região Norte do País, por exemplo, há muitas 
vagas para a Engenharia da Pesca. Outra hipótese seria 
a de abrir um negócio próprio, talvez como consultoria, ou 
até mesmo, com a criação de peixes em açudes. Ou seja, a 
insatisfação desta pessoa não era com a atuação da profi ssão, 
em si, mas com a difi culdade de inserção profi ssional.
Caso você tenha dificuldade para avaliar os seus 
sentimentos, uma consulta com um psicólogo seria uma 
excelente alternativa.
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FONTE: Disponível em: <http://www.corbisimages.com/
images/42-25477020.jpg?size=67&uid=864252b3-2760-440f-8bb7-
9dacf7a299ef>. Acesso em: 11 jul. 2011.
FIGURA 14 - ATENDIMENTO PSICOLÓGICO
É impressionante como as pessoas julgam que um 
acompanhamento com um psicólogo sobre a orientação 
profi ssional seja um investimento fi nanceiro elevado. No 
entanto, você já parou para pensar quanto custa um curso 
superior? Além do investimento monetário, há a dedicação 
de tempo envolvida. O que sai mais caro? Pagar um 
acompanhamento psicológico de orientação profi ssional, 
ou entrar num curso superior e na hora de formar-se 
constatar que não tem nada a ver com a profi ssão?
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Segundo Alves Júnior (1983:16), "o trabalho ocupa 
dois terços da vida humana, isto é, o homem gasta 
em média de 30 a 40 anos de sua vida, trabalhando. 
Uma escolha mal feita irá prejudicar não só o próprio 
indivíduo como também a sociedade pois, além de 
constituir uma forma de realização pessoal, o trabalho 
representa uma função social". Normalmente o jovem 
faz a escolha e pensa que o problema já está resolvido. 
Quando começa o curso, no entanto, podem surgir 
dúvidas. É importante que o jovem tenha coragem de 
rever a escolha quando não se sente seguro e nem 
feliz com ela (HOTZA, 1998, p. 2)
Para os que estão indiferentes quanto ao trabalho, 
recomendo que examinem melhor sua situação. Você já viu 
alguém literalmente apaixonado pela sua profi ssão? É até 
bonito apreciar alguém executando uma tarefa com prazer. 
Refl ita sobre o conselho de Confúcio: “Escolha um trabalho que 
você ame e não terá que trabalhar um único dia em sua vida.”
Ou talvez, você está trabalhando na profi ssão dos seus 
sonhos e não tenha percebido o quanto é feliz. Já conversei 
com pessoas que mudaram de profi ssão e se arrependeram, 
utilizando a frase: “Eu era feliz e não sabia”.
Mais importante do que perceber o seu sentimento é a 
sua atitude e ação que tomará diante dele.
“Não posso escolher como me sinto, mas 
posso escolher o que fazer a respeito.” 
William Shakespeare
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Você está curioso para entender como ocorre um 
processo de orientação profi ssional?
ORIENTAÇÃO PROFISSIONAL
Muitas pessoas imaginam que a orientação profi ssional 
restringe-se à aplicação de testes vocacionais que as auxiliam 
na hora de escolher o curso superior que realizarão. Entretanto, 
a orientação profi ssional vai muito além disso. Ela auxilia a 
pessoa a pensar e a questionar, a respeito de si mesma, sobre 
os fatores que infl uenciam a escolha profi ssional, o mercado 
de trabalho, as condições sociais, políticas e econômicas 
(HOTZA, 1998). 
Aguiar, Bock e Ozella (2002) consideram a orientação 
profi ssional promotora de saúde, pois além de expandir e 
transformar a consciência dos orientandos sobre a realidade 
que os rodeia, também os instrumentaliza para agir e resolver 
as difi culdades apresentadas. É um processo que costuma 
melhorar o bem-estar psicossocial das pessoas. 
Em geral, o processo de orientação profissional, 
é conduzido por psicólogos, consultores de carreira, 
psicopedagogos ou pedagogos. Pode ser realizado em diversos 
lugares, e os encontros podem ser em grupo ou individuais. De 
acordo com Spaccaquerche (2005), a orientação profi ssional 
pode ocorrer até mesmo através da internet. A duração do 
processo é variável, assim como o valor fi nanceiro envolvido. 
Porém, é possível conversar sobre tais aspectos, já no primeiro 
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encontro.
FONTE: Disponível em: <http://www.
corbisimages.com/images/42-20610799.
jpg?size=67&uid=fc5fad14-8d5a-4890-
b3a7-de81e93cc3e2>. Acesso em: 13 jul. 
2011.
FIGURA 15 - ORIENTAÇÃO 
PROFISSIONAL ON-LINE
Os assuntos abordados durante o encontro costumam 
ser: autoconhecimento, trabalho, informaçõessobre as 
profi ssões, escolha propriamente dita e mercado de trabalho. 
Neste curso, você terá contato com estes assuntos, aproveite 
a oportunidade!
De acordo com Aguiar, Bock e Ozella (2002), ao concluir 
o processo de orientação profi ssional, o jovem poderá 
sintetizar, reorganizar e talvez até ressignifi car suas 
experiências, sua história, bem como as informações 
e descobertas.
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A reorientação profi ssional consiste numa assessoria 
que um psicólogo, consultor de carreira, psicopedagogo ou 
pedagogo oferece para alguém que esteja cogitando em 
mudar de área de trabalho ou de profi ssão. Existem pessoas 
que buscam este serviço em diferentes momentos da vida. 
Logo após a formatura do ensino superior, depois de 5 anos 
de atuação, um pouco antes da aposentadoria, ou até mesmo, 
depois de aposentadoria. Procurar reorientação profi ssional 
nem sempre demonstra insatisfação ou decepção com a 
profi ssão. Uma pessoa pode ter trabalhado 30 anos numa 
profi ssão e ter sido plenamente feliz. Mas, em determinado 
momento pode desejar fazer algo diferente, ou pode ter 
mudado e aquela atividade não lhe proporcionar mais tanto 
prazer. Também é possível que uma pessoa tenha exercido 
determinada profi ssão em busca de estabilidade fi nanceira. 
Então, enquanto esta pessoa se sente insegura, pode desejar 
mudar sua trajetória, a fi m de fazer o que realmente lhe dá 
prazer.
Há ainda as pessoas que conciliam atividade profi ssional 
e hobbye. Por exemplo, uma pessoa que trabalha na área 
administrativa e nos momentos de lazer, dedica-se à pintura.
QUAL É O SEU OBJETIVO PROFISSIONAL?
Sinceramente, como você responderia hoje, a pergunta: 
“O que você quer ser quando crescer?”
Você já pensou como pretende estar daqui a 5 anos?
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Muitas pessoas conduzem sua vida profissional, 
contando com o acaso. Escolhem um curso superior 
aleatoriamente, ou sem considerar critérios signifi cativos, 
aproveitam algumas oportunidades que se apresentam, e 
assim, levam sua vida profi ssional. Algumas delas podem até 
sentir-se felizes, vivendo assim. Outras, no entanto, depois de 
longos anos podem pensar: “Como eu pude trabalhar tantos 
anos numa coisa que não combina comigo?”
Como já vimos, sempre há a possibilidade de mudar. 
Mas, ao invés de viver passivamente à espera de oportunidades, 
que tal fazer acontecer, criando suas próprias oportunidades?
Qual é o seu sonho? O que é mais importante? 
Reconhecimento? Prestígio econômico? Prestígio social? 
Família? Prazer? Amizades? Bem-estar? Fama?
Vamos imaginar um garotinho que sempre amou a 
natureza. Desde criança dizia que queria ser biólogo, e se 
imaginava trabalhando em fl orestas, respirando ar puro, em 
contato direto com plantas e animais. Entretanto, quando 
concluiu o Ensino Médio, ele descobriu que na sua cidade 
não havia uma instituição de ensino superior que oferecesse 
Ciências Biológicas. Como tinha boas notas em matemática, 
decidiu cursar Ciências Contábeis. Por ironia do destino, surgiu 
uma vaga em uma madeireira para ele. Nela, trabalha cerca 
de 10 anos, dentro de uma sala, envolto de papéis, números e 
diante de um computador. Sua consciência o incomoda todos 
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Ele poderia ter pesquisado sobre o curso de Ciências 
Biológicas e descobriria que nem todos os profi ssionais desta 
área trabalham ao ar livre, pois podem se direcionar para um 
dos segmentos a seguir: bioinformática, biologia marinha, 
controle de pragas e vetores, docência, genética, biotecnologia, 
meio ambiente, microbiologia e gerenciamento costeiro. 
Depois, poderia pesquisar se alguma cidade vizinha oferecia 
o curso de Ciências Biológicas. Poderia ter optado por outro 
curso cujo trabalho proporcionasse atividades ao ar livre. Caso 
tivesse realmente decidido por contábeis, poderia trabalhar 
os dias. Ainda que esteja recebendo um salário excelente, será 
que ele se sente feliz? O que ele poderia ter feito para ser mais 
fi el aos seus valores e princípios?
FONTE: Curso profi ssionalizante
FIGURA 16 - PENSAMENTOS
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Se você já sabe onde quer chegar, não espere que 
a vida se encarregue de lhe oferecer a oportunidade. 
Prepare-se, qualifi que-se e corra atrás dos seus sonhos.
Outro exemplo: uma pessoa vegetariana que é contra o 
massacre de bovinos ou suínos em larga escala, provavelmente 
não se sentirá realizada profi ssionalmente se trabalhar em um 
abatedouro, ou num açougue, ou numa empresa do ramo 
alimentício que manipula carnes.
Você ainda não descobriu qual é a profissão que 
lhe propiciará realização? No tópico a seguir, você terá a 
oportunidade de conhecer-se melhor. Isto poderá lhe dar 
algumas pistas. Na próxima etapa do curso, você poderá 
conhecer algumas profi ssões. É possível que você se apaixone 
mais ainda pela sua área, ou descubra outras áreas que 
arrebatem o seu coração.
 O AUTOCONHECIMENTO
“Autoconhecimento é o grande poder pelo qual nós 
compreendemos e controlamos nossas vidas.” Vernon Howard
numa empresa que fosse de outro ramo, com auditoria, 
contabilidade gerencial, controle e perícia, ou até mesmo, 
sendo professor na área contábil.
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FONTE: Disponível em: <http://www.corbisimages.com/
images/42-20917023.jpg?size=67&uid=91490ad9-c34f-49be-
9805-13343a8fdf19>. Acesso em: 13 jul. 2011.
FIGURA 17 - NARCISO
O autoconhecimento consiste em examinar a própria 
vida. É olhar para o seu passado, presente e futuro, tentando 
responder às perguntas:
Quem você era?
Quem você é?
Quem você será?
Examinar a própria vida é refl etir sobre os aspectos 
pessoais: gostos, valores, motivações, identificações, 
singularidades, habilidades, aptidões, interesses, características 
(físicas e de personalidade), atividades preferidas e preteridas 
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etc. Conhecer-se favorece uma visão menos ideologizada ou 
preconceituosa de si mesmo. 
O autoconhecimento é um processo contínuo que deve 
ultrapassar a identifi cação dos aspectos pessoais e buscar a 
gênese do aparecimento de tais características, principalmente 
porque elas não são estáticas: elas mudam conforme o passar 
do tempo e das experiências. É importante ressaltar que 
os aspectos pessoais não determinam a escolha, mas sim, 
indicam alguns caminhos (BOCK, 1995).
Muitas pessoas buscam um teste vocacional com o 
intuito de conhecerem-se melhor. Este tipo de teste até é 
válido, se for utilizado como complementação durante uma 
escolha profi ssional. No entanto, utilizar o resultado apontado 
pelo teste, como único critério de escolha profissional é 
inconveniente. Você é responsável pela sua escolha. Não 
transfi ra sua responsabilidade e liberdade, para um teste 
vocacional. Da mesma forma, não é recomendável ingressar 
em uma carreira para responder às expectativas de familiares, 
ou para aproveitar a estrutura que a família talvez ofereça, 
como no caso dos pais que cedem os seus escritórios ou 
consultórios, para que os fi lhos exerçam a mesma atividade.
Talvez, você tenha lido todo este texto, em busca de 
uma resposta. Você já assistiu ao fi lme Matrix? Lembra-se de 
quando o Neo (personagem interpretado por Keanu Reeves) 
procura o oráculo, em busca de orientação, sobre uma decisão 
que precisa tomar? Você lembra qual foi a resposta do Oráculo? 
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Não esqueça que é você 
quem conviverá com a 
sua escolha, diariamente.
Ela o recorda da célebre frase atribuída a Sócrates: “Conhece-
te a ti mesmo”.
Você pode se conhecer melhor através de refl exões e 
de alguns exercícios.Caso sinta muita difi culdade ou tenha a 
impressão de que não está tendo avanços, é recomendável 
procurar um psicólogo.
Uma boa alternativa é escrever uma breve autobiografi a. 
Abaixo seguem algumas perguntas que podem balizar seu 
texto, ou até mesmo, servirem de roteiro:
1. Quais são as coisas que eu mais gosto de fazer?
2. O que me faz sentir feliz?
3. Quais são as atividades que me dão prazer?
4. Quais são as atividades que me desafi am?
5. O que penso sobre mim mesmo(a)?
6. O que as pessoas dizem sobre mim?
7. O que eu faço bem-feito?
8. Quais eram as minhas disciplinas favoritas na escola, 
e no ensino superior?
9. Quais foram os conselhos ou os elogios que recebi 
dos meus professores ao longo da vida escolar/acadêmica?
10. Quais foram os conselhos ou os elogios que recebi 
de líderes no âmbito profi ssional?
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11. Quais são as coisas que detesto fazer? 
12. O que me causa raiva?
13. O que me deixa triste?
14. Já senti a sensação de “missão cumprida”? Quando 
e como foi?
15. Já me senti no lugar certo? Em que situação?
16. Já me passou pela mente “o que estou fazendo 
aqui”? Quando isto aconteceu?
17. Quais são as coisas que me atraem?
18. Existe alguma coisa que eu faria até de graça? O 
quê?
19. Se eu pudesse inventar uma profi ssão que se 
encaixasse perfeitamente em mim, como ela seria? Em 
que ambientes eu trabalharia? Que tipo de atividades eu 
desempenharia? Qual seria o meu horário de trabalho? Como 
eu me vestiria? Trabalharia sozinho, ou com outras pessoas? 
Quem e como elas seriam? Minhas tarefas seriam repetitivas 
ou dinâmicas? Eu viajaria bastante, ou não? Ficaria milionário, 
rico ou me contentaria com o sufi ciente para sobreviver? Seria 
líder ou subordinado? Exigiria muito tempo de dedicação 
diariamente, ou proporcionaria muitas horas vagas para passar 
com a família, ou com hobbyes?
Releia a frase anterior e dedique alguns instantes para 
refl etir sobre ela.
Agora, leia a seguinte lista de valores e escolha os 10 
que você considera primordiais. Procure colocá-los em ordem 
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de importância.
Amor Justiça Honra
Prazer Honestidade Obediência
Emoção Liberdade Conhecimento
Estabilidade Paz Beleza
Saúde Solidariedade Status
Espiritualidade Riqueza Amizade
Afetividade Humildade Família
Prestígio Tradição Cooperação
Poder Comprometimento Ética
Privacidade Respeito Ecologia
Prática Sinceridade Simplicidade
“Para fazer boas coisas no mundo, primeiro 
você precisa saber quem é você e o que 
dá sentido a sua vida.”
(Robert Browning)
Estas são algumas sugestões que podem lhe auxiliar 
a conhecer-se melhor. Quanto mais você se dedicar na 
autorrefl exão, mais efetiva ela tende a ser.
Puxa! Quantas informações nesta etapa, não é mesmo?
Você pôde resgatar a história da escolha ocupacional/
profi ssional, pôde conhecer algumas minúcias da escolha 
profi ssional, bem como os fatores que incidem sobre ela. Ainda 
pôde analisar sobre a sua escolha profi ssional, e foi convidado 
a pensar sobre o seu objetivo profi ssional. Quanto a este 
aspecto, não deixe de visualizar o objeto de aprendizagem 
FONTE: A autora
QUADRO 1 - VALORES
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desta etapa, intitulado “Planejando a carreira”. Ele dá algumas 
luzes sobre como realizar um projeto de vida no âmbito do 
trabalho. Para fi nalizar, você teve a oportunidade de olhar 
para si mesmo, corroborando com o pensamento de Audrey 
Giorgi: “De vez em quando você tem que fazer uma pausa e 
visitar a si mesmo.”
Nos encontraremos na próxima etapa, na qual você 
visualizará diversas profi ssões e aprenderá como aprofundar 
seus conhecimentos a respeito delas. Até lá!
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Curso Profi ssionalizante
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