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Psicomotricidade_-_Profª_Marise_Palmeira

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. 'd' de Iguaçu-G - UnlVerSl a .
UNI r _ Física
Curso Educaça(? motricidade. . lina - PSICO .
DISCIP . PalmeIraProf. Manse
Psicomotricidade
o ,""'
Psicomotricidade
PENSAMENTO
AÇÃO (MOVIMENTO)
EMOÇÃO
Está relacionada ao processo de maturação, onde o corpo é a origem das aquisições
cognitivas, afetivas e orgânicas. É sustentada por três conhecimentos básicos: o
movimento, o intelecto e o afeto.
Psicomotricidade, portanto, é um termo empregado para uma concepção de
movimento organizado e integrado, em função das experiências vividas pelo sujeito
cuja ação é resultante de sua individualidade, sua linguagem e sua socialização.
Em 1982 a Sociedade Brasileira de Terapia Psicomotora, atual Sociedade Brasileira de
Psicomotricidade, propôs uma definição bastante abrangente do que vem a ser Psicomotricidade:
"l~'a ciência q/li! tem como objeto de estudo a interação do Homem com seu COIPO em movimento
e a relaçlJo entre seu mundo interno e externo, bem como suas possibilidades de perceber, at1{ar,
agir com o meio (pessoas), com os objetos e consigo mesmo. Está relacionado ao processo de
1I1aturaçtlO,cujo corpo é a origem das aquisições cognitivas, a/etivas e orgânicas"
Psicomotricidade é a área que se ocupa do corpo em movimento.
corpo é um dos instrumentos mais poderosos que o indivíduo tem para expressar
conhecimentos, idéias, sentimentos e emoções.
Vítorda Fonseca, "A psicomotricidade VIsa privilegiar a qualidade da relação
afetiva, a mediatização, a disponibilidade tônica, a segurança gravitacional e o
controle postural, à noção do corpo, sua lateralização e direcionalidade e a
planificação pn'txica, enquanto componentes essenciais e globais da aprendizagem e
do seu ato mental concomitante. Nela o corpo e a motricidade são abordados como
unidade e totalidade do ser
"La Psicomotricidad consiste en Ia unidad dinámica de Ias actividades
de los gestos de Ias actitudes y de Ias posturas; aunque el sistema expres-
sivo, realizador y de Ia coexistencia con otros." Jacques Chazaud (1978)
Ajuriaguerra deíÍne assim: " Psicomotricidade se conceitua como
ciência da saúde e da educação, pois indiferentes das diversas escolas, psicológica,
cdndutist<l, evolutista, genética, e etc, ela visa a representação e a expressão motora,
através da utilização psíquica e mental do indivíduo."
liA Psicomotricidade é uma forma de Educação, Reeducação e/ou Te-
rapia perceptivo-motora fundamentada na comunicação global do ser huma-
no, na qual procura harmonizar o comportamento humano sob o enfoque do
movimento e da linguagem que são os meios pelos quais as pessoas se comu
nicam entre sí e transformam o mundo que as envolvem. Ii
Darcymires do Rêgo Barros (1989)
Histórico da Psicomotricidade
o termo "psicomotTicidade" aparece, pela primeira vez, no discurso médico, mais "specificamente, no
campo da Neurologia, quando, no século XIX houve uma preocupação em identificar e nomear as áreas
específicas do 'córtex cerebral segundo as funções desempenhadas por cada uma delas. E foi no século XX
que ela passou a desenvolver-se como uma prática independente e, aos poucos, transformar-se em ciência.
Até conseguir ter o espaço que ocupa hoje, a Psicomotricidade começou a ser praticada no momento em
que o corpo deixou de ser visto apenas como um pedaço de came, para ser algo indissociável do sujeito.
No século XVII, René Descartes ainda propunha esta dicotomia entre corpo e alma, mas já fazia
colocações de que o corpo' é tão unido à pessoa que ambos chegam a "misturar-se". No século XIX
constatou-se que existem disfunções graves evidenciadas no corpo sem que o cérebro tenha nenhuma
lesão, Segundo Levin, é esta "necessidade médica de encontrar uma área que explique os fenômenos
clínicos que niDmeia pela primeira vez a palavra psicomotricidade, no ano 1870" (p.23). Em 1909, Dupré
define a síndrÓme da debilidade motora, através das relações entre corpo e inteligência, dando partida para
o estudo dos transtornos psicomotores, patologias não relacionadas a nenhum indício neurológico
estudadas pela Psicomotricidade.
Henry Wallon, em 1925 começou a relacionar a motricidade com a emoção, explicando que chamou de
"diálogo tônico-emocional". E com essa teoria, temos o fim do dualismo cartesiano que separa o corpo do
desenvolvimento intelectual e emocional do indivíduo.
A prática mais especificamente psicomotora começou em 1935, com Eduard Guilmain, que elaborou
protocolos de exames para medir e diagnosticar transtornos psicomotores.
Em 1948 Ajuriaguerra redefiniu o conceito de debilidad'e motora e delimitou com clareza os transtomos
psicomotores no seu Manual de Psiquiatria InfantiL Este é um dos autores que até hoje continua sendo
bastante citado,nos trabalhos relacionados ao desenvolvimento infantil.
Outros pesquisadores importantes da área: Jean Le Boulch, André Lapierre, Bernard Auconturier,
Aleksander Luria, P. Vayer, Jean Berges, Jean-Claude Coste, Vitor Fonseca.
Na década de 70, diferentes autores definem a psicomotricidade como uma motricidade de relação.
Começa então; a ser delimitada uma diferença entre uma postura reeducativa e uma terapêutica que, ao
clespreocupar-se da técnica instrumentalista e ao ocupar-se do "corpo de mil sujeito" vai dando
prohJTessivamente, maior importância à relação, à afetividade e ao emocional. Para o psicomotricista, a
criança constitui sua unidlde a partir das interações com o mundo externo e nas ações do Outro (mãe e
substitutos) sobre ela.
Sociedade Brasileira de Psicomotricidade
PSICOMOTRICIDADE
Campos de Atuação
A educação psicornotora é dirigida à atuação dentro do âmbito escolar, principalmente
nos segmentos da Educação lntàntil e no Ensino Fundamental 1. Teve início na França, com o
professor de Educação Física Lê Boulch, na segunda metade da década de 60, já visando o
desenvolvimento global do indivíduo por meio dos movimentos e, mais especificamente, evitar
distúrbios de aprendizagem. Assim, a Psicomotricidade atua proporcionando ambientes que
estimulem as vivências corporais, ou seja, buscando desafiar os alunos, atingindo suas zonas de
desenvolvirnentos, como defende Vygotsky.
A reeducação psicomotora é o atendimento individual ou em pequenos grupos de
crianças, adolescentes ou adultos que apresentam sintomas de ordem psicomotora. Estes sintomas
podem vir acompanhados de distúrbios mentais, orgânicos, psiquiátricos, neurológicos,
relacionais e afetivos.
A terapia psicomotora é também realizada com crianças, adolescentes ou adultos,
individualmente ou em pequenos grupos que apresentem grandes perturbações de ordem
patológica.
A meta do desenvolvimento psicomotor é o controle do próprio corpo até ser capaz de
extrair todas as possibilidades de ação e expressão que sejam possíveis a cada um.
A cri311ç.arecém-nascida e de algumas semanas, não controla seu corpo, tem movimentos
incontTolados e Lão-coordenados: sua cabeça cai para os lados quando não está presa ou
apoiad?, é incapaz de manter-se sentada, etc. Ao final da primeira infância, o quadro é
notavelmente diferente: seus movimentos são voluntários e coordenados, controla a posição
de seu corpo e dos segmentos corporais mais importantes (braços, pemas, tronco) e é capaz
de andar e con"er.
Leis do Desenvolvimento do Controle Motor
Já no segundo semestre do segundo ano, há um processo de progressivo domínio de
connole corporal, regido pelas Leis Céfalo-calldal e pela Lei Próximo-dista1.
Lei Céfalo-caudal: as partes do corpo que estão mais próximas da cabeça são
controladas antes I sendo que o controle estende-se posteriormente para baixo.
A criança mantém sua cabeça ereta ante.s do tronco.
Lei Próximo-distal: as partes que estão mais próximas do eixo corporal são
controladas antes que as que se encontram mais afastadas. A articulação do
ombro é controlada antes da articulação do cotovelo.
Em conseqüência ao exposto por estas leis, o movimento da criança vai
integrando e controlando voluntariamente um maior número de grupos
musculares (psicomotricidade grossa), com o que vai se tornando
progressivomeni"emais preciso (psicomotricidade fina), permitindo incorporar
repe,rtár'ios psicomotores mais especializado.:>e complexos, que abrem novas
perspectivas à percepção e à ação sobre o meio.
A Psicomotricidade tem como concepção fundamental o desenvolvimento harmônico
da personalidade, integrado à atividade matara e a atividade mental, podendo wna
influenciar a outra, por meio de dois componentes: sócio-afetivo e cognitivo.
A Psicomotricidade é uma ação educativa baseada e fundamentada na
comunicação, na linguagem e no movimento natural consciente e espontâneo
da criança.
1Vlovimentos naturais e espontâneos da criança:
Rolar _. rastejar - pegar - engatinhar - andar - lançar - equilibrar - saltar
(profundidade- distância- altura) - correr - trepar - pendurar - gatear e outros.
~":~ flj ~ (
- A_:~-~·
Estruturas Psicomotoras
São as aç~ôespsicomotoras que, agindo de forma integrada, permitem a atlJa~ã{) hannÔftiça
da criança no mundo. -"-
São várias as classificações e as tenninologias utilizadas para denominar as funções psicomotoras.
Os conceitos são basicamente os mesmos; o que muda é a fOfll!:'!de classificar e agrupar estes conceitos
Habilidades Psicomotoras de Base
Habilidades de Locomoção - São aquelas que permitem ao corpo deslocar-se na direção
horizontal ou vertical, de um ponto para outro no espaço.
Ex: Rastejar, rolar, andar, correr, saltar, escalar e outras.
Habilidades de manipulação - São aquelas que possibilitam ao ser humano um
relacionamento motor com um ou mais objetos.
Ex: Pegar, arremessar, chutar e outros.
Tônus - é a tensão fisiológica dos músculos que garante equilíbrio estático e dinâmico, coordenação e
postura en1 qualquer posição adotada pelo corpo, esteja ele parado Quem mOvimento.
Equilíbrio,... é a capacidade de manter-se sobre uma base reduzida de sustentação do corpo utiTrzando
uma combinação adequada de ações musculares, parado ou em movimento.
É o c~erebelo que ajusta penrianentemente o tônus postural em combinação como desenvolvimento do ato
11lOtO. Ele fixa estas reações sob forma de automatismos posturais inconscientes, tradução das experiências
vividas individualmente. Estas atitudes de referência estabilizadas, verdadeiros esquemas postmais
inc.onscientes, são no entanto constantemente adaptadas às condições atuais de desenvolvimento da açãü,
graças â atuação das reações de equilibraçilo. O desenpenl10 normal da função de equilibração pode ser
perturbado por causas psicológicas. Todo medo ocasiona reações de enrijecimento que comprometem as
reações reflexas de equilíbrio.
Organização espaço-temporal - é a capacidade de orientar-se adequadamente no espaço e no
tempo. Para isso, é preciso ter a noção de perto, longe, em cima, embaixo, dentro, fora, ao lado de, antes,
depois. Alguns autores estudam a organização espacial e a organização temporal separadamente.
Orientação Temporal: Orientar-se no tempo é situar o presente em relação a um antes, e a
lllll d(:.pois, é avali::.lro movimento no tempo, distinguir o rápido e o lento; esta é uma noção
que se fOl1najuntamente :0111as noções espaciais.
Odentação Espacial: É: perceber as posições, direções, distâncias, tamanhos, o
movimento, a forma cios corpos, enfím, todos os caracteres geométricos dos COrpOB.
Ritmo - é a ordenação constan(e e periódica de um ato 1'1Otol'.
Diz-respeito à movimentação própria de cad,rwlT. Ritmo lento-, I11erderado-,acelerado~ cadenciado". Noção-
de duração e sucessão, no diz respeito à percepção dos sons no tempo. A falta de habilidade rítmica pode
causar mna leitura lenta, silabada, com pontuação e entonação inadequadas.
Na parte gráfí?a, as dificuldades de ritmo contribuem para que a criança escreva duas ou mais palavras
unidas, adicione letras nas palavras ou omita letras e sílabas.
Lateralidade
A lateralidade é função de dominância, tendo um dos hemisférios a iniciati-
va da organização do ato motor, que incidirá no aprendizado e na consolidação
das praxias. E~ta capacidade funcional, suporte da intencionalidade, será de-
senvolvida de'maneira fundamental.nessa época da ativjdade'-dê~irÍvestigação
durante a qual a criança vai confrontar-se com o seu meio. Permitir à criança
organizar suas atividades motaras globais é a ação educativa fundamental.
Desse modo, coloca-se a criança em melhores condições para constituir uma
lateralidade homogênea e coerente.
Só a partir do momento em que os movimentos se combinam e organizam
numa intenção motora é que se impõe e justifica a presença de um lado pre-
dominante que irá ajustar-se a motricidade.
A 18teralidade da criança irá impor-se com as experiências de complexidade
cre~nte com que se defronta. Praticamente. é difícil falar d~ lateralização
manifesta antes dos 4 anos.
Segundo Le Boulch. a dominância é funcional. vinculada à própria experiên-
cia da cliança, ao seu amadurecimento e à elaboração do esquema corporal.
A comprovação da dominância nada é sem o estudo da maneira como a crian-
ça utiliza essa dominância, a maneira como ela integra a drferenciação entre a
sua direita e a sua esquerda, o modo como ela a projeta no mundo.
Não se deve forçar a mudança do lado dominante da criança.
O conhecimento e o domínio específico de um dos lados do corpo só é adquirido por ela
quando há uma perfeita sintonia do esquema corporal, a orientação espaço-temporal e as percepções.
O bebê ao nascer não tem opção por nenhum dos lados do corpo, ou seja, a posição reflexa é
assimétricq. Já no terceiro mês de vida, ela entra num período de simetria: quando deitada de costas,
movimenta igualmente os dois lados. Aproximadamente com um ano meio de idade, já expressa
preferência por um dos lados do corpo, notando-se quando ela passa a usar sempre a mesma mão para
realizar tarefas. Mas nem sempre essa preferência se mantém; os dois lados são ainda utilizados.
Aos três anos ela já utiliza exclusivamente a mão dominante. É importante então não forçá-Ia
a usar só a mão direita se o predomínio é dado à mão esquerda.
Para um efetivo conhecimento da lateral idade, é preciso levar a criança a:
- dominar a noção de esquerda / direita em relação a seu corpo e ao ambiente
- estabelecer com clareza o lado dominante do seu corpo
'. empregar os termos direita e esquerda
O domínio da lateral idade faz parte de um complexo de habilidades que envolvem o esquema corporal,
Coordenação global ou motricidade ampla - é a ação simultânea de diferentes gnlpos
musculares na execuçi10 de movimentos voluntários, 'amplos e relativamente complexos.
Exemplo: para caminhar utilizamos a coordenação motora ampla em que membros superiores e
inferiores se altemam coordenadamente para que'haja deslocamento.
Coordenação Viso-segmentar: É a habilidade de coordenar a vlsào com movimentos do corpo.
A coordenação viso-matara é estabelecida por meio da coordenação da vi-
são com os movimentos do corpo. Envolve destreza e precisão das mãos e
uma ação diferenciada olho-mão, olho-pé e olho-corpo. O estímulo é visual po-
rém, nem sempre a coordenação viso-motora é de caráter manual pois o ato
motor correspondente pode ser efetuado por todo o corpo ou por apenas uma
parte deste. .
A coordenação viso-motara exige uma maturação neurológica que ocorre de
acordo' com o desenvolvimento infantil e se completa por volta dos onze anos
de idade.
fvlotrícidade fina - é a capacidade de realizar movimentos coordenados utilizando pequenos grupos
musculares Requer um ato de grande precisão no mOVImento.
coordenação motora fina diz respeito à habilidade e destreza manipulativa.
Uma coordenação elaborada dos dedos da mão facilita a aquisição de novos
conhecimentos. É através do ato da preensão que a criança vai descobrindo o mundo
ao seu redor, o meio em que vive. Sabemos que esta interação não é alcançada somente
através do uso das mãos, mas o seu papel é essencial.
A mão é um dos instrumentos mais úteis para a descoberta do mundo, afirmando que é
um instrumento de ação a serviço da inteligência.
Junto a coordenação motora fina é preciso que se adquira um bom controle ocular, ouseja,
a visâ() acompanhando os gestos da mão, isto é chamado de
coordenação óculo-visual ou viso-motora.
A coordenE.ção óculo-manual se efetua com precisão sobre a base de um domínio visual
previamente estabelecido ligado aos gestos executados, facilitando uma maior harmonia dos
movimentos, ou seja, é a capacidade de controlar os músculos pequenos para exercícios
finos como' perfuração, recorte, colagem, encaixes, etc.
O desenvolvimellto da escrita depende de diversos fatores e um deles,
que é de extrema importância, é a coordenação dos movimentos e desenvolvimento
da motrícidade fina dos dedos da mão.
Controle da Respiração
o controle da respiração e da expiração retrata a condição neurológica da criança ..BSsa
não é uma cunduta psicomotora. fácil de ser trabalhada, uma vez que as crianças pequenas
ainda não têm total domínio de sua capacidade de respirar.
a controle da respiração ê de fundamental importância no processo de aprendizado da ~
Uma respiração falha ou incorreta pode influenciar na leitura~ na faI~ no desempenho das
alividades fisicas e nas que.:.'i<5esligadas ao desenvolvimento emocional.
Relaxamento - é um método de recondicionamento psicológico que proporciona uma sensação
de calma, reduz a fadiga e afeta, em alguns pontos, o funcionamento do organismo, fazendo
com que (l agitação desapareça.
- Esquel na corpora 1- é o saber a respeito do seu próprio corpo e de suas partes, permitindo que o
ser humano se relacione com espaços, objetos e pessoas que o rodeiam. As informações proprioceptivas
ou cinestésicas é que constroem este saber acerca do corpo e à medida que o corpo cresce, acontecem
modificações e ajustes no esquema corporal. .
Exemplo: a criança sabe que a cabeça está em cima do pescoço e sabe que ambos fazem palie de um
conjunto maior que é o corpo.
- Imagem corporal- é a representação mental inconsciente que fazemos do nosso próprio corp.o,
formada a partir do momento em que este corpo começa a ser desejado e, conseqüentemente a desejar e
a ser marcado por uma história singular e pelas inscrições materna e patema.
Fatores essenciais ao desenvolvimento pscicomotor:
Percepção: é a capacidade de captar e decodifícar os estímulos através dos órgãos dos
sentidos que recebem as sensações do ambiente e as transmitem para () cérebro, ou seja, o
conhecimento se dá a nível neurológico.
A maioria das crianças aprende que temos cinco sentidos:
visão, audição, olfato, tato e gustação. Há, entretanto outros sentidos muito importantes que não
estão incluidos nesta lista.
Consciência da posição do corpo, ou "propriocepção" é um desses sentidos.
Propriocepção é o sentido que faz com que nosso cérebro desenvolva um mapa interno do corpo
de modo que possamos fazer atividades sem precisar monitorar tudo visualmente o tempo todo.
A maioria das pessoas ignora a existência desse sentido. Isso é um problema particularmente sério
quando ele não funciona bem. Se nem ao menos temos consciência de que o sentido existe, é
muito difícil entender problemas relacionados a ele.
Assim como nossos olhos e ouvidos mandam informação sobre o que vemos e ouvimos para o
cérebro. partes dos nossos músculos e articulações percebem a posição do nosso corpo e mandam
essa informação para o cérebro. Dependemos dessa informação para saber exatamente onde as
partes do nosso corpo estão e para planejar movimentos.
Quando o sentido de propriocepção funciona bem, constantemente fazemos ajustes automáticos
em nossa posição. Este sentido nos ajuda a manter posição adequada em uma cadeira, segurar
utensíl i6s tais como uma caneta ou garfo de maneira adequada, julgar como manobrar no espaço
de modo a não bater nas coisas, a que distância temos de estar das pessoas para não ficar perto
demais, quanta pressão colocar para evitar quebrar um lápis ou um brinquedo e a mudar as ações
que não foram bem sucedidas tais como jogar uma bola em um alvo.
Como a propriocepção nos ajuda com [unções tão básicas, um problema nesse sistema pode nos
causar bastante dificuldade. O que geralmente acontece é que a criança tem de prestar atenção em
coisas que deveriam acontecer automaticamente. Também pode ter de usar visão para "descobrir"
como fazer os ajustes. Isso pode necessitar muita energia. A criança pode se sentir desajeitada,
frustrada e até sentir medo em algumas situações. Por exemplo, pode ser muito assustador descer
escadas se você não sabe onde estão os seus pés.
Percepção Visual: no início do desenvolvimento da percepção visual, a criança vê o todo,
não sendo capaz de analisar as partes. Pouco a pouco ela vai descobrindo as partes desse todo,
reconhecendo semelhanças e diferenças entre os próprios colegas, entre o mobiliário e o material
escolar e entre partes do todo de gravuras e desenhos, isto é, vai descobrindo os pormenores e isso
requer o desenvolvimento da memótia visual. Dica: brincadeiras de esconde-esconde (pode ser
objetos ou os próprios colegas), atividades com materiais que devam ser colocados na ordem dada
pelo professor. (Ex: ao sinal do professor os alwlOs deverão pegar uma bola amarela, um bastão,
uma corda, enfim, materiais disponíveis e pode-se também nessa brincadeira trabalhar cores e
espessuras), eletànte colorido, colocar certos objetos em ordem de um lugar para o outro,
brincadeira da "mina" com quadrados feitos de papel colorido colocados no chão.
Percepção Auditiva: é a capacidade de perceber e diferenciar os sons e sua intensidade
(forte, médio, fraco). O trabalho para desenvolver a percepção auditiva deve se iniciar com os sons
do meio ambiente, sons vocais, corporais, de objetos, sons de instmmentos musicais e, finalmente,
sons verbais. Dica: Reconhecer o colega de olhos fechados(vendados) somente pelo som
caminhando em sua direção. Imitação de animais e se agmpando pelo sons dos mesmos, fazer
movimento de acordo com o litmo de voz do professor (Ex: se o professor faz um som contínuo os
alunos correm(ou caminham rápido), se ele faz um som intercalado eles diminuem o movimento
illtercalado-o também, bandinha com material reciclado, exploração de objetos musicais e seus
diterentes sons, brincadeira do "muro" barulhento, rodas cantadas ....
Percepção Tátil: é a capacidade de perceber a sensação através da pele onde devemos
propiciar à cliança o manuseio de vários objetos, bem como sentir diferentes sensações. Dica: de
olhos fechados (vendados), reconhecer pelo tato vários objetos, reconhecer o colega, os materiais ao
seu redor. ..
Esquema Corporal
Esquema corporal é o conhecimento imediato e intuitivo que a criança tem do próprio
corpo e que a capacita a atuar tanto sobre suas partes como em relação ao mundo
exterior.
A educação do esquema corporal deve evoluir do global (o corpo como um todo) para o
específico (as diversas partes do corpo), da ação ( a própria atividade com o corpo) para a
reflexão (o controle do movimento do corpo em determinada atividade).
A criança percebe-se e percebe as coisas que a cercam em função de seu próprio corpo. O desenvolvimento
de uma criança é o resultado da interação de seu corpo com os objetos de seu meio, com as pessoas com
quem convive e com o mundo onde estabelece ligações afetivas e emocionais.
O corpo deve ser entendido não somente como algo biológico e orgânico que possibilita a visão, a audição,
o movimento, mas é também um lugar que permite expressar emoções.
A construção do Esquema corporal resulta das experiências que possuímos, provenientes do corpo e das
sensações que experimentamos. Não é um conceito aprendido e que depende de treinamento. Ele se
organiza pelas experiências do corpo da criança. É uma construção mental que a criança realiza
gradualmente, de acordo com o uso que faz de seu corpo. Um esquema corporal organizado pennite a uma
criança se sentir bem, na medida em que seu corpo lhe obedece, em que tem domínio sobre ele, em que o
conhece bem, em que pode utilizá-Io para alcançar um maior poder cognitivo.
A descoberta pela criança de sua imagem no espelho, se dá por volta de seis meses de idade.
Inicialmente a criançasente-se SUl~resa com a imagem que vê. Às vezes tenta pegar seu reflexo, sorri para
ele sem reconhecer que é sua própria imagem refletida. A criança usa o espelho como fator de conhecimento
de si, raciocina e descobre seu eu.
Um esquema corporql bem estabelecido implica equilíbrio global, lateralidade afirmada,
independência dos diferentes segmentos do corpo em relação ao tronco e de uns em
relação aos outros e, ainda, o domínio dos impulsos e das inibições. No entanto, se a
criança não tiver consciência do próprio corpo, do modo como ele se situa no espaço, ou
não perceber a relação de distância e posição dos objetos em relação a si mesma, não
dominará seus movimentos com harmonia. Isso poderá resultar em certo desajeitamento,
falta de coordenação matara, lentidão na escrita, letras mal grafadas etc. Problemas nesta
área podem tambí;m afetar a percepção, resultando em confusão ou inversão de letras do
tipo p/b/q'd.
para conseguir um esquema corporal bem estruturado é necessário levar a criança a:
- adquirir consciência global de seu corpo
- identificar e localizar as partes do corpo
- descobrir diferentes posições do corpo
- dominar o ato respiratnrio
- perceber a simetria corporal
A Imagem corporaí é o conceito que cada pessoa tem de seu corpo e suas partes. Paía que este cono.:ito
se forme é necessário o conhecimento tanto das estruturas anatõmicas e relaçlJes entre as parte do corpo,
bem como elos movimentos e funções de cada patte do corpo, além reCOJiheC11llentoda posição do corpo
no espaço e em relação aos ohjetos.
A boa formé1çào da imagem corporal é ponto importante para aquisição de outnLs qualidades psicomotoras
e pnncipalmente para o auto-conceito.
Etapas do esquema corporal - proposta por Le Boulch
ta etapa: corpo vivido (até 3 anos de idade)
Corresponde à fase de inteligência sensória motora de Piaget. O bebê sente o meio ambiente
como fazendo parte dele mesma. À medida que cresce, com um maior amadurecimento de
seu sistema nervoso, vai ampliando suas experiências e passa, pouco a pouco a diferenciar
de seu meio ambiente. Nesse período a criança tem uma necessidade muito grande de
movimentação e através desta vai enriquecendo a experiência subjetiva de seu corpo e
ampliando a sua experiência matara. Suas atividades iniciais são espontâneas.
2a Etapa: corpo pt::rcebido ou descoberto ( 3 a 7 anos)
Correspond .:à organização do esquema corporal devido à maturação da "função de
interiorização" que é definida como a possibilidade de deslocar sua atenção do meio
ambiente para seu próprio corpo a fim de levar à tomada de consciência.
A função de interiorizaçãc permite a passagem do ájustamento espontâneo, a um
ajustamento controlado que, propicia um maior domínio do corpo, culminando em uma
maior dissociação dos movimentos voluntários. A criança com isso, passa a aperfeiçoar e
refinar seus movimentos adquirin io uma maior coordenação dentro de um espaço e tempo
determinado. Descobre sua dominância e com ela seu eixo corporal.
O corpo passa a ser um ponto de referência para se situar e situar os objetos em seu espaço
e tempo. Neste momento assimila conceitos como embaixo, acima, direita, esquerda e
adquire também noções temporais como a duração dos intervalos de tempo e de ordem e
sucessão, isto é, primeiro e ultimo. No final dessa fase, a criança pode ser caracterizada
como pré-operatória, porque está submetida à percepção num espaço em palte
representado, mas ainda centralizado sobre o próprio corpo.
3a Etapa: corpo representado (7 a 12 anos)
Nesta etapa observa-se a estruturação do esquema corporal.
No início desta fase a representação mental da imagem do corpo consiste numa simples
imagem reprodutora e é uma imagem de corpo estática. A criança só dispõe de uma
imagem mental do corpo em movimento a partir de 10/12 anos, significando que atingiu
uma representação mental de uma sucessão matara, com a introdução do fator temporal.
Sua imagem do corpo passa a ser antecipatória, e não mais somente reprodutora revelando
um verdadeiro trabalho mental devido à evolução das funções cognitivas correspondentes
ao estágio preconizado por Piaget de operações concretas.
Os pontos de referência não estão mais centrados no corpo próprio, mas são exteriores ao
sujeito, podendo ele mesmo criar os pontos de referência que irão orientá-Io.
o desenvolvimento psicomotor é um processo contínuo o qual se dá a evolução da inteligência, da
comunicação, da afetividade, da sociabilidade e da aprendizagem de forma global e simultânea.
Decorre por etapas e depende da maturação do sistema nervoso central. Todas as crianças passam
por todas as etapas, embora o ritmo na aquisição possa variar de uma para a 0utn.
Quando a criança nasce, mostra aquilo que conhecemos come reflexos primitivos, que, mais tarde,
possibilitarão os movimentos voluntários. Estes reflexos, inatos em todas as crianças, permitem ao
bebê realizar as funções básicas de respirar, comer ou virar a cabeça à procura do peito.
No início, a aprendizagem é muito global. O bebê aprende de forma simultânea a deslocar-se, a
prestar atenção ao que lhe dizem, a estabelecer um vínculo com a figura de afeição, etc. À medida
que o bebê vai crescendo, podemos estimulá-Io de fonna mais precisa.
É fundamental que os pais proporcionem aos filhos um ambiente acolhedor e estimulante. Eles têm
um papel fundamental na estimulação dos bebês, na transmissão do entusiasmo por explorar o
mundo e promover a possibilidade da criança aprender.
Durante os dois primeiros anos de vida, o desenvolvimento da motricidade e do psiquismo
confundem-se e sobrepõem-se através do desenvolvimento sensorial, motor e cognitivo, que
constituem o desenvolvimento psicomotor,
Neste desenvolvimento intervêm fatores genéticos, fatores do meio em que a criança vive e o sexo
do bebê. Os fatores genéticos referem-se a tudo o que cada criança herda dos pais. Por outro lado,
em função do meio em que o bebê viva, aprenderá rapidamente o que lhe ensinamos. Daí ser tão
:mportante proporcionarmos à criança um ambiente estimulante, a possibilidade de brincar e de
explorar, porque assim oferecemos-lhe uma oportunidade única de adquirir rapidamente
conheéÍmentos.
etapas do desenvolvimento psicomotor
A aquisição das etap:lS cb deserwolvimento psicomotor ocorre) em média) nas ida:les
descritas) devendo ser c0r6iderad9 a variabilidade entre as diferentes crianças.
Desenvolvimento
Posição da
Barriga
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Ficar em pé
Posição da
caoeça
Sontar
Relacionamento
Social
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11' "."n iJ"'~J,lP n~("J-; t" ~q,.;...•(h::~
Segundo BalTeto (2000), "O desenvolvimento psicomotor é de suma importância na prevenção de
problemas da aprendizagem e na reeducação do tônus, da postura, da direcionalidade, da lateralidade e
do ritmo", A educação da criança deveevidenciar a relação através do movimento de seu próprio corpo,
levando em consideração sua idade, a cultura corporal e os seus interesses.
"Toda a criança tem direito a um bom início de vida"
GESELL
Podemos aílrmar que vários autores estudaram a evolução nos indivíduos, entre eles, Mira Y Lopes,
GeselL Erickson, Freud, Pierre Vayer, WalIon, Piaget, entre outros, Seja qual for a Escola à qual eles
pertençam, lodos são unânimes em afirmar que a importânciJ dessa evolução para o desenvolvimento
harmônico do. ser humano é sumamente considerada:
[] WalIon dá muita imp0l1fll1cia a relações afetivas do eu com o mundo exterior,
[J Píaget estuda de forma lógica a fonnação e a evolução da inteligência da criança,
Q Gl~sell utiliza um método descritivo p<u'a apreciar os diferentes estágios da evolução da criança e
SLlJinserção no mundo,
• qual é o maior centro de atividade do recém-nascido?
• Por onde ele recebe as impressões de umidade, calor, flio e estabelece as plimeiras relações afetívas?
_ é pela bOCJ, pois é por meio dela que o bebê estabelece suas primeiras relações, daí a importância da
amamentação, que lhe dá segurança e conforto; a certeza de estar sendo amado e reconhecido.
êl Oque acontece depois .?
a criança começa a nxar ;15 fOlmas, seguindo-as com os olhos. Após algumas semanas, começa a experimentar
diferentes pressC)cs nas pm1es do corpo, pela pele, Um pouco mais tarde, ela desenvolve sua" mãos como pm1e de
si, como elementos intermediúrios entre o dentro e o fora, Isso é muito impo11ante, pois começa aí a diferenciação
entre crian<,:ac mundo, a percepç~lo do eu e cios outros. Em torno dos seis meses, o bebê descobre seus pés,
começando a incoqx)rá-los conforme aconteceu com SWL~ mãos, Ao complel;u" seu primeiro <U10de vida, toma
conhecimento da existência do pólo al1al e de suas peculiaridades, ficando sua atenção nessa zona. A integração
da noção do tronco faz,"se por volta de dois m10S,qU<U1dodurante a marcha a criança cai, levanta, dá encontros,
entim, sente seu corpo cóntra as paredes, os portais, o chão, os móveis, as pessoas que a cercam e tudo mais,
Sabemos, assim, que a "configuração total" elo indivíduo ocon"e após o terceiro ,mo de vida, o que significa que a
cliança tem consciência dos pés, das mãos e do tronco como um todo contínuo. É aí que a criança descobre
sua irn::tgem lotal no espelho, gosta de se olhar a todo instante C0l110 se começasse a se sentir inteira.
Esse desenvolvimento é muito importante, e a cdança, se não viver todas essas experiências, indispen-
sáveis ao seu crescimento, poderá apresentar dificuldades futuras que provavelmente aparecerão em diversas
{rreas, como a da linguagem, a da fala, a motora, entre outras.
o ser .Jumano não deve ser visto de forma segmentada, mas, sim, integralmente, at1iculada-
mente, em c;JC um segmento estú diretamente integrado e.vivo de acareio com o outro e dependendo do outro.
Sendo assim, a definição de Psicomotricidade, simplificadamente, pode ser: "Psicomotricidade é a
relação entre o pensamento e a ação, envolvendo a emoção".
Podemos confirmm essa definição por meio de pensamentos de estudiosos da Psicomotlicidade que
você deve conhecer, tais como Piaget, Wallon, Gesell, Piem; Vayer, entre outros, O que eles diziam pode ser
resumido clesta forma:
o movimento é uma significação expressiva e intencional, é uma manifestação vital da pessoa humana,
O essencial no movimento é sua intencionaJidade, significação e expressão,
O movimento envolve o ser no seu mundo.
Estágios do Desenvolvimento Segundo Piaget
l\s crianças pequenas aprendem mais lentamente, mas elas também parecem usar estratégias
diferentes. Pala Piaget toda criança nasceria com certas estratégias inatas, genéticas, para interagir Cal
o ambiente. Estas estratégias primitivas são o ponto de partida para o desenvolvimento do pensamento,
mas elas se modificam b'Tadualmente, em função da relação da criança com o meio ambiente.
Sua teoria sugere que existam dois processos fundamentas no funcionamento intelectual de como o
ser humano vai organizar suas experlencias e adaptá-las ao que foi experimentado. Estes processos
seriam a "adaptação" e a "organização". O primeiro em seu nível mais básico seria um processo de
ajustalllenlO comportamental ao meio ambiente. Já a organização da experiência incluiria processos
como a combinaçào das infot1nações provenientes dos diferentes sentidos e a tendência a classificar ou
agrupar em conjuntos ou sistemas
A teoria piagetiana dividiu o desenvolvimento do pensamento da criança em quatro estágios
Estágio sf'nsório-motor que vai desde o nascimento até os dois anos. Neste estágio o bebê
opera quase totalmente com esquemas abertos, visíveis com ações como olhar, tocar, pegar e
sugar. No inicio, quase todos esses esquemas são reflexos básicos, mas, aproximadamente C0111
um mês, senão antes, o bebê superou estes reflexos inatos e aborda os objetos e pessoas de
maneIras novas.
Estágio pré-ol)eratório
Estágio pré-operacional, que vai dos dois aos seis anos. Este estágio se caracteriza pelo
egocenlTismo da criança que não consegue entender o que as outras pessoas pensem e corno vêm
o mundo de uma fOTIl1adiferente da sua. É incapaz de perceber a reversibilidade das coisas,
Apresente] um raciocínio indutivo, isto é, a criança vê que duas coisas acontecem ao mesmo
tempo e supõe que uma é a causa da outra. Conseguem ainda classificar objetos através da sua
similaridade, 0\1 seja, inclusão de classes.
Estágio operatório concreto
Estágio operacíonal conc.reto, que vai dos seis aos doze anos. Neste estágio a criança adquire
o escl~lema das operações como a soma, a subtração, a multiplicação, a ordenação seria!'
Consegue compreender a reversibilidade das coisas e já apresenta um raciocínio indutivo. A
criança neste estágio é capaz de superar a mudança imediata e considerar a relação lógica
envolvida, ou seja, adquiriu o esquema da conservação e constância dos objetos. Ainda
apresenta difículdade ern operar com princípios abstratos quando eles estão ligados a objetos
específicos. Com a !:,.raduall11at1tridade dos lobos frontais, dá-se início ao raciocínio f011na1e a
maior percepção emociona!.
Estágjo>dasoperações formais
Est-:lgio operaciona! formal, que vai dos 12 anos em diante
E a tàse de transição para o modo adulto de pensar. E durante essa fase que se forma a capacidade de
raciocinar sobrc hipóteses e idéias abstratas, Nesse momento, a linguagem tem um papel fundamental,
porque serve de suporte conce1tuaL
No estágio operatório formal (ou operacional formal) a criança começa a raciocinar lógica e
sistematicamente. Esse estágio é definido pela habilidade de engajar-se no raciocínio abstrato.
As deduções lógicas podem ser feitas sem o apoio de objetos concretos.
A representação agora permite a abstração total. A criança não se limita mais a representação imediata
nem somente às relações previamente existentes, mas é capaz de pensar em todas as relações possíveis
logicamente buscando soluções a partir de hipóteses e não apenas pela observação da realidade.
Em outras palavras, as estruturas cognitivas da criança akançam seu nível mais elevado de
desenvohrimento e tornam-se aptas a aplicar o raciocínio lógico a todas as classes de problema.<;.
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