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Neurotransmissão - Farmacologia

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Farmacologia 
Neurotransmissão 
 
 Princípios gerais da neurotransmissão química: 
 Um neurônio libera o mesmo transmissor ou transmissores em todas 
as sinapses. 
 Os neurônios são controlados em relação a liberação de 
neurotransmissores por outros neurônios ou outras células. As células 
podem liberar mediadores que controlam a liberação de 
neurotransmissores, isso se chama feedback negativo. Um exemplo é 
quando os hormônios controlam sua própria liberação. Na 
neurotransmissão isso é chamado de regulação homotrópica e 
heterotrópica. 
 Regulação homotrópica: Quando o próprio neurotransmissor 
ou um subproduto de sua célula efetora controla a liberação 
desse neurotransmissor. Ocorre em um único eixo. Por 
exemplo, a noradrenalina liberada estimula a musculatura lisa 
e ocorre a produção de um mediador, a prostaglandina, que 
controla negativamente a liberação desse neurotransmissor. 
Existem receptores pré-sinápticos localizados no próprio 
neurônio e podem ser estimulados ou inibidos. 
 
 Regulação heterotrópica: Quando ocorre com diferentes 
neurotransmissores e neurônios. Um neurônio que libera um 
determinado neurotransmissor que não é o mesmo liberado por 
outro neurônio e, esse neurotransmissor irá atuar 
heterotropicamente no segundo neurônio. 
 
 A regulação heterotrópica e homotrópica pode ser tanto positiva quanto 
negativa, ou seja, ela pode atuar inibindo ou estimulando a liberação de 
neurotransmissores. 
 
 Princípio da co-transmissão: 
 Diz que a maioria dos neurônios libera mais de um neurotransmissor. 
 
 Etapas básicas da neurotransmissão: 
 Muito importante. São divididas em, basicamente, 13 etapas. 
1. Ocorre a captação de precursores como a tirosina (origina a 
adrenalina), o triptofano (origina a serotonina) e a histidina (origina a 
histamina). 
2. Ocorre a síntese do neurotransmissor. 
3. Os neurotransmissores são armazenados em vesículas e pode ocorrer 
dois processos: (4) os neurotransmissores produzidos em excesso 
são eliminados ou (5) ocorre uma despolarização por potencial de 
ação propagada, (6) o influxo de cálcio devido a despolarização e (7) 
a liberação do neurotransmissor por exocitose. 
7. O neurotransmissor que foi liberado na fenda sináptica pode entrar em 
algumas vias. (8) ele pode se difundir para a membrana pós-sináptica e 
(9) interagir com os receptores dessa membrana causando o seu efeito; 
ele pode (10) ser inativado e voltar a atuar como um precursor, (11) pode 
ser recaptado pelo neurônio, (12) pode ser recaptado por uma célula não-
neuronal e (13) pode ser recaptado por receptores pré-sinápticos, 
realizando uma regulação homotrópica. 
O número 11 é diferente do 13 pois, em 11 ocorre uma recaptação do 
neurotransmissor e no 13 ocorre o reconhecimento do neurotransmissor 
pelo receptor pré-sináptico. 
 
Ex: Precursores e neuroreceptores: 
Colina + Acetato  Acetilcolina 
Tirosina  DA  NA  A 
Triptofano  Serotonina 
Histidina  Histamina 
 
 Recaptação ou captação 1: É uma forma de controle do efeito do 
neurotransmissor. Se ele não é recaptado, ele está livre para exercer 
efeito, seja em nível central ou periférico. 
 Captação 2: Quando a recaptação ocorre em uma célula não neuronal, é 
uma forma de armazenamento. 
 
 Neurotransmissão colinérgica: 
 Todos os fármacos agonistas e antagonistas que lidam com o sistema 
enzimático e com o sistema de recaptação dos neurotransmissores. 
 Quando falamos em neurotransmissão colinérgica, falamos da 
acetilcolina. 
 A acetilcolina é o principal neurotransmissor do sistema nervoso 
parassimpático. 
 Receptores da acetilcolina: 
 Muscarínico – inibe a acetilcolina; 
 Nicotínico – estimula a acetilcolina tanto no SNA simpático 
quanto no parassimpático. 
 
 Rota biossintética: 
 É a primeira etapa, a introdução da matéria prima no neurônio. 
 As duas matérias primas para a formação da acetilcolina são: a colina 
e o acetato. 
 A enzima que faz a união desses dois substratos é a CAT (Colina acetil 
transferase). 
 Já quem faz o metabolismo, a degradação da acetilcolina é a enzima 
acetilcolinesterase (AChe). 
 
 Receptores: 
 Dois são os receptores na neurotransmissão colinérgica: os 
nicotínicos e os muscarínicos. 
 Nicotínico: Tem dois subtipos e são ionotrópicos (Canais iônicos): 
 nN – Sistema nervoso autônomo, gânglios simpáticos e 
parassimpáticos. 
 nM – Junção neuromuscular, placa motora; 
 
 Muscarínico: Tem 5 subtipos e são metabotrópicos (proteína G): 
 M1 – Neurais e células gástricas; 
 M2 – Coração; 
 M3 – Glândulas e músculos lisos; 
 M4 e M5 – SNC; 
 
 Onde os fármacos podem atuar influenciando na neurotransmissão? 
 Receptores muscarínicos (mAChR): 
 Gânglios: 
 Receptores nicotínicos (nAChR): 
 Enzima que degrada a acetilcolina (AChe): 
 
1. Agonistas e antagonistas muscarínicos: 
 Quando o fármaco atua inibindo ou estimulando os receptores 
muscarínicos. 
 Quando estimulamos esses receptores, nós só imitamos o que o corpo 
faz, atuação como agonista muscarínico, tudo aquilo que já vimos 
que acontece fisiologicamente. 
 Ex: Gotas oftálmicas de pilocarpina, utilizadas para tratamento 
de glaucoma. 
 Quando inibimos esses receptores, atuamos como antagonista 
muscarínico, bloqueando determinada ação da acetilcolina. 
 Ex: Atropina e Escopolamina. Se a acetilcolina causa miose, o 
antagonista muscarínico vai causar a nidríase; se a acetilcolina 
atua no repouso e na digestão, o antagonista muscarínico vai 
atuar inibindo a motilidade do TGI e por aí vai. 
 
Obs.: Buscopam (escopolamina) atua diminuindo a ação da acetilcolina no trato 
gastrointestinal, realizando a diminuição da motilidade do TGI e, é diferente do 
buscofem (ibuprofeno) que atua apenas contra a dor, como analgésico. 
 
 Ex: Tratamento de bronquite – como a acetilcolina atua fazendo 
a broncoconstrição, os antagonistas colinérgicos vão atuar 
fazendo a broncodilatação. Esse tratamento é feito com uma 
associação de antagonista muscarínico e um agonista 
adrenérgico. 
 
Obs.: Sempre se coloca mais o antagonista muscarínico do que o antagonista 
adrenérgico devido aos efeitos colaterais do segundo. 
 
 
 
2. Estimulantes ganglionares: 
 Não existem muitos exemplos pois seus efeitos são muito 
exacerbados. 
 Ex: Nicotinas em adesivo que diminuem a abstinência. 
 A nicotina tem um efeito muito variado no sistema nervoso central e 
por isso não existem medicamentos que utilizam esses tipos de 
estimulantes. 
 Aumenta o nível de dopamina e, por isso, causa dependência em seu 
usuário. 
 
3. Bloqueadores ganglionares: 
 Impedem a liberação da acetilcolina na “raiz”, a nível de gânglio. 
 São fármacos que atuam inibindo ou liberando a síntese de ACh. 
Ex: Toxina botulínica e Neomicina (Nebacetin). 
 
 A toxina botulínica por ser muito tóxica, começou a ser estudada em 
época de guerra. Dependendo da dosagem que era administrada ela 
podia levar o indivíduo à morte em no máximo 3 meses. Porém, hoje, 
ela possui utilização terapêutica. 
 A toxina botulínica faz a desnaturação de proteínas relacionadas ao 
atracamento das vesículas à fenda sináptica. Assim, não ocorre a 
sinapse e nem a liberação dos neurotransmissores. 
 A toxina botulínica é utilizada, além da estética, para a reabilitação de 
pacientes com distúrbios neurológicos etc. 
 
Obs.: Espasticididade: é a resistência do estiramento passivo de um músculo 
em função da sua contração hiperativa. 
 
4. Bloqueadores da transmissão na junção neuromuscular – placa motora: 
 São divididos em dois grupos em função de seu efeito e o que os 
diferencia é sua farmacodinâmica e consequência do efeito: 
 Não-despolarizantes – São antagonistas competitivos da 
acetilcolina. São moléculas grandes que se ligam ao sítio de 
ligação da acetilcolina. É reversível, aumentado a concentração 
da acetilcolinainibindo a AChe. 
 
 Despolarizantes – Tem similaridade química com a 
acetilcolina, chegam ao receptor e promovem uma 
despolarização muito prolongada que gera uma 
hiperpolarização e o bloqueio da célula. Não existe antídoto. 
 
 Aplicação: Normalmente, são utilizados em anestesias gerais para a 
paralisia das fibras musculares, relaxamento da musculatura esquelética 
voluntária e por isso são adjuvantes de anestésicos.

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