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restauração em resina composta - classe I

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● → ↳↪ 
 
Classificação de Black 
 
Classe I 
↪ Regiões de má coalescência de esmalte (cicatrículas e 
fissuras). 
 
 ↳ Onde o esmalte tem uma maior irregularidade, o que 
facilita o acúmulo de biofilme dentário. 
↪ REGIÕES: 
 Oclusal de molares e pré-molares; 
 Palatina dos incisivos e caninos (região de cíngulo); 
 2/3 oclusais da palatina dos superiores; 
 2/3 oclusais da vestibular dos molares inferiores. 
 
 
[ PASSOS CLÍNICOS ] 
 
1. Avaliação clínica e radiográfica da 
lesão de cárie 
 
↪ A avaliação clínica normalmente é feita no primeiro 
atendimento, pelo qual fazemos inspeção, palpação, 
verificamos o tamanho da cavidade, se está cavitado ou 
não. 
↪ Como exame complementar, é feito RADIOGRAFIA 
INTERPROXIMAL 
↪ A anamnese é muito importante, pois avaliamos se o 
paciente tem o não dor e, se tiver se é uma pulpite 
reversível ou irreversível, se é de do dente ou um abcesso 
periodontal, etc. 
↪ A radiografia nos informa se a cárie está ou não muito 
profunda. 
↪ Fazemos o odontograma e verificamos o que devemos 
tratar primeiro, ou seja, o que é mais urgente. 
↪ Se notar uma área radiolúcida na radiografia, muitas 
vezes pode ser o CIV e não uma lesão. 
↪ É importante instruir o paciente quanto a higiene e 
quanto a dieta nesse primeiro atendimento, como, por 
exemplo, ensiná-lo a passar o fio dental corretamente  
mostrar como passa na boca dele e depois pedir para ele 
reproduzir. 
 
2. Profilaxia 
↪ No dia da restauração, fazer uma profilaxia com pedra 
pomes e água ou pasta profilática, se usar a última, deve 
lavar com abundância. A pasta profilática tem em sua 
composição compostos oleosos que, por sua vez, pode 
interferir na resistência de união do adesivo se não lavar 
direito. Podemos limpar os dentes que estarão isolados na 
restauração, não só o que será restaurado. 
 
 
 
 
Restauração em resina composta 
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3. Seleção de cor 
● ANTES DO ISOLAMENTO 
↳ Se fizermos depois, o dente vai desidratar e ficará mais 
claro. 
 ● Escala de cor (próteses e clareamento dental) 
↳ Vê a cor mais semelhante do dente adjacente. 
Normalmente essa escala é usada em prótese e 
clareamento dental  podemos usar a escala e 
fotografias para a escolha da cor. 
● Polimerização de incrementos de resina na superfície de 
esmalte remanescente 
↳ Na restauração, normalmente pode ser colocado 
incrementos de resina na superfície do esmalte e depois 
fotopolimerizar para ver a cor. 
↳ DICA: se o incremento foi de uma resina A2 (esmalte), a 
cor da dentina poderá ser um tom a mais, OA3 (0=opaca) 
ou DA3 (D=dentina) ou DA2.  sempre mesmo tom ou 
um tom a mais, visto que a dentina é naturalmente mais 
escura que o esmalte. 
 
4. Anestesia 
↳ O paciente será anestesiado porque iremos isolar e 
remover tecido cariado. 
↳ Tem pacientes que possui um baixo limiar de dor 
(estímulo mínimo capaz de transformar um estímulo em 
dor).  varia muito para cada paciente. Porém na clínica 
da faculdade sempre devemos anestesiar, visto que 
demoraremos mais o procedimento do que um dentista já 
experiente. 
 
5. Isolamento do campo operatório 
↳ Sempre tentar isolar, principalmente em tempos de 
covid-19. 
↳ Caso o paciente não tenha coroa suficiente para fazer 
isolamento ou tiver alguma limitação, iremos analisar o caso 
para ver se faz ou não o isolamento absoluto. 
 
6. Remoção do tecido cariado 
● Remoção de esmalte e restaurações: alta rotação 
↳ Ponta diamantada esférica 1012/1014 
● Remoção de dentina: brocas em baixa rotação e 
cortantes manuais (smear layer) 
↳ Usar colher de dentina ou broca esférica em baixa 
rotação 
● Remoção de cárie das paredes circundantes 
↳ Dentina afetada e dentina infectada. 
● Manutenção da dentina afetada (parede pulpar e axial) 
● Escolha correta da broca pelo tamanho da ponta ativa 
↳ Deve ser uma ponta diamantada com um tamanho um 
pouquinho menor da cavidade (60% do tamanho da 
cavidade aprox..) 
● Regularização do ângulo cavo-superficial 
↳ COMO FAZER ESSA REMOÇÃO? 
1°) Fazer o acesso com uma ponta diamantada esférica 
no esmalte 
2°) Após o acesso, usar a colher de dentina, chegando nas 
paredes circundantes para remover o tecido cariado.  
quantas vezes for necessário até remover tudo e 
tentando manter o máximo de esmalte sem suporte. 
Além da colher de dentina, podemos usar a broca esférica 
de alta rotação, porém a colher tem a vantagem de ser 
mais tátil  removemos das paredes circundantes, 
podendo manter dentina afetada na parede do soalho em 
casos de cavidades profundas ou muito profundas com 
risco de exposição pulpar. Só podemos fazer isso na 
parede pulpar ou axial. 
 
↳ Com a resina, é possível manter o esmalte sem suporte. 
 
7. Ataque ácido/lavagem e secagem 
 
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↳ Se não seguirmos esses critérios rigorosamente (tempo 
da lavagem e da secagem), uma das consequências disso é 
a sensibilidade pós-operatória.  TOMAR MUITO CUIDADO 
COM ISSO!! 
↳ Podemos lavar na mesma quantidade de tempo que 
deixar o ácido. 
↳ IMPORTANTE: lavar bastante o dente. 
↳A secagem do dente é seletiva. O esmalte possui uma 
desmineralização superficial e o ácido fosfórico promoverá 
micro retenções na superfície do esmalte. Já na dentina, 
depois de remover o tecido cariado, forma-se uma lama 
dentinária que, por sua vez, ocupa toda a superfície da 
dentina e entra nos túbulos dentinários  o ácido 
fosfórico remove essa lama dentinária, promove uma 
desmineralização da dentina, aumenta à embocadura dos 
túbulos dentinários, expõe as fibras colágenas. 
Se secar demais a dentina, as fibras colágenas vão 
coaptar, gerará uma sensibilidade maior e uma resistência 
de união prejudicada  por isso é importante que a 
secagem seja muito criteriosa. 
 
8. Adesivo/primer e polimerização 
 
↳ A aplicação do adesivo com microbrush não pode deixar 
encostamento, pois não possui carga orgânica. 
↳ O primer é aplicado esfregando na dentina. 
↳ O adesivo que usamos já vem com o primer, então, 
aplicamos na microbrush, tiramos o excesso no dorso da 
luva e aplicamos no esmalte e esfregar na dentina por 
30s. Depois jogar um jato de ar de leve para o primer 
penetrar na dentina, nos túbulos dentinários e em toda a 
região que o ácido fosfórico desmineralizou.  o primer 
precisa penetrar já que o adesivo só vai penetrar onde ele 
passou. 
 
 
 
9. Aplicação incremental da resina 
composta e fotoativação 
● Reconstrução da dentina com compósitos mais 
saturados e menos translúcidos; 
● Conformação sequencial das cúspides e das cristas 
marginais. 
↳ Colocar incrementos de resina composta de 2mm. Pegar 
um pouquinho de resina composta no seu tubo, colocar na 
luva limpa, fazer uma bolinha com o incremento, pegar 
com a espátula (limpa) e levar no dente. 
↳ Os incrementos são colocados um por um nas cúspides 
imitando o formato das mesmas com a espátula de resina. 
↳ Coloca um incremento e fotopolimeriza por uns 20s (de 
acordo com a recomendação do fabricante), até 
preencher todas as cúspides. 
↳ Precisamos entender muito bem a anatomia dentária 
para fazer uma boa restauração!! 
 
→ DICA: ao invés de fotopolimerizar várias vezes, posso 
colocar incrementos opostos e fotopolimerizar, assim 
otimiza o tempo. 
 
 
 
↳ Fotopolimerizar por 40s no final para garantir que deu 
tudo certo e para dar mais resistência e longevidade para 
a restauração. 
 
10. Ajuste oclusal 
● Pinça Miller 
● Papel carbono 
● Pontas diamantadas fde granulação fina e extrafina 
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● Verificar se existe toque oclusal nos dentes adjacentes 
e do lado oposto 
● Contatos equilibrados e distribuídos 
● Evitar contatos fortes na interface dente/resina 
↳ IMPORTANTE: depois de realizar uma restauração 
certinha com ponto de contato, o paciente pode achar que 
a restauração está muito alta, mas pode ser esse ponto 
de contato novo. 
 Como saber se está alta mesmo ou se é o ponto 
de contato novo? 
- Olhando os dentes adjacentes, inclusive o dente do lado 
oposto.Se os dois lados estiverem equilibrados, mas o 
paciente ainda achar que a restauração está alta, avisar 
ele para esperar uns dias para ver se ocorre a 
adaptação, senão desgastará muito o dente. 
 
↳ Checar em MIH (contatos devem ser equilibrados e bem 
distribuídos) com o carbono e depois ajustar em 
movimentos de lateralidade e protrusão. Esses movimentos 
são nocivos aos dentes posteriores, então, caso a 
restauração tiver um ponto muito forte, precisamos 
desgastar porque será um contato prematuro que 
prejudicará. O ideal é que os dentes posteriores não sejam 
um guia para os movimentos mandibulares. 
 
11. Acabamento e polimento da 
restauração 
● Pontas de borracha, pontas diamantadas F e FF, brocas 
multilaminadas, pasta para polimento, etc ... 
↳ Definimos a anatomia final do dente, usamos ponta 
diamantada F ou FF em alta rotação com água ou brocas 
multilaminadas 
↳ Polimento é feito com pontas de borracha e escova de 
acabamento de silício e pasta para polimento. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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