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EXERCÍCIOS DE EPIDEMIOLOGIA 1 - Assinale as características de um estudo de coorte: C) Estudo observacional. Conjunto de indivíduos sem a doença. São acompanhados para se comparar a ocorrência da doença em cada grupo 2 - No ano de 1982, teve início em Pelotas, Rio Grande do Sul, um estudo de saúde perinatal que incluiu todos os nascimentos ocorridos no ano. Um dos objetivos foi conhecer o peso do bebê ao nascimento e sua associação com mortalidade infantil ao final do primeiro ano de vida. As crianças eram classificadas em dois grupos: peso normal (≥ 2.500 g) e baixo peso (< 2.500 g). Ao final do primeiro ano, comparou-se a taxa de mortalidade infantil entre os dois grupos. Qual foi o tipo de delineamento dessa pesquisa? Justifique. C) Estudo de coorte. Pois é um estudo que avalia o impacto de fatores prognósticos (o peso do bebê em relação a mortalidade). 3 - Nos estudos de Coorte, o significado da medida do risco relativo é: D) A razão da ocorrência do agravo entre os expostos e não expostos ao fator de risco. 4 - Para investigar a relação entre o uso de estrogênio após a menopausa e o risco de doença coronariana (DC), Stampfer et al (1985) seguiram 32317 enfermeiras, que haviam entrado na menopausa e que estavam inicialmente livres de DC, sendo obtido ao final do estudo um total de 105786 pessoas-ano de observação. Entre os principais, Stampfer et al encontraram o seguinte: Tipo de uso Pessoas-ano Casos (DC) X (IC 95%) Nunca usou 51477 60 1.0 Usou alguma vez 54309 30 0.5 (0.3 – 0.7) Usa atualmente 29922 11 0.3 (0.2 – 0.5) a) Cite o nome da medida X e descreva seu significado. X = RR. É o efeito relativo associado com a exposição. b) Interprete o resultado da tabela acima. Pessoas que usaram alguma vez ou usam atualmente o estrogênio após menopausa, são menos propensas a desenvolverem doença coronariana, quando comparadas com pessoas que nunca usaram. c) Calcule a Densidade de Incidência em cada grupo (por 1000 pessoas-ano). · Nunca usou: 60 / 51477 = 1,16 por 1.000 pessoas-ano · Usou alguma vez: 30 / 54309 = 0,55 por 1.000 pessoas-ano · Usa atualmente: 11 / 29922 = 0,36 por 1.000 pessoas-ano 5 - Quais são as vantagens e desvantagens dos estudos transversais? Vantagens: Capacidade de inferir resultados; Pode representar a população; Investiga relações de doenças crônicas; Não é muito caro; Permite vários desfechos e exposições. Desvantagens: Alguns vieses, como de memória, de aferição e de confundimento são desvantagens. Causalidade reversa é outra desvantagem. 6 - Para calcular a prevalência de uma a doença específica, é necessário saber: C) o número de casos existentes desta doença num intervalo de tempo definido. 7 - Um inquérito sobre alcoolismo foi realizado em 1.011 adultos que constituíam amostra aleatória da população adulta do Distrito Federal. No mês de julho de 1985, todas as pessoas componentes da amostra foram entrevistas, em domicílio, e os resultados armazenados em computador. Foram considerados positivos 100 adultos. Calcule o coeficiente. Trata-se de prevalência ou incidência? Justifique. Coeficiente: 100 / 1011 = 0,09. Trata-se de Prevalência, pois o inquérito foi realizado com casos existentes. 8 - Moradores de três bairros com três diferentes tipos de abastecimento de água foram requisitados para participar em uma pesquisa para identificar o cólera. Como várias mortes por cólera ocorreram recentemente, praticamente todos foram submetidos ao exame. A proporção de moradores que era portador em cada bairro foi computada e comparada. Classifique este estudo: a) Estudo transversal; 9 - Um estudo transversal teve por objetivo identificar fatores de risco para a deficiência de vitamina A. Um dos fatores investigados foi o aleitamento materno. Abaixo são apresentados os dados obtidos no estudo: D+ /Com vitamina A D- / Sem vitamina A TOTAL E+ Amamenta 565 228 793 E - Não amamenta 270 74 344 TOTAL 835 302 1137 Qual é a razão de prevalência da associação entre deficiência de vitamina A e amamentação? Interprete. Prevalência entre os que são amamentados: 556 / 793 = 0,70 Prevalência entre os que não são amamentados: 270 / 344 = 0,78 RP = 0,70 / 0,78 = 0,89. Quem amamenta tem 0,9 a prevalência de ter deficiência de vitamina A, se comparado a quem não amamenta. 10 - É ideal que, em estudos de prevalência, seja feita uma amostragem aleatória da população. Justifique. Uma amostragem probabilística aumenta a chance de os participantes serem representativos da população-alvo, assegurando a validade interna do estudo e possibilitando extrapolar os resultados (validade externa) do estudo para outras comunidades. 11 - Identifique e explique os possíveis vieses dos estudos de prevalência. · Viés de confundimento (análise estratificada) · Viés de memória · Viés de aferição · Causalidade reversa Leia o resumo abaixo e responda às questões 12 e 13: ROMBALDI, Airton José et al . Prevalência e fatores associados a sintomas depressivos em adultos do sul do Brasil: estudo transversal de base populacional. Rev. bras. epidemiol., São Paulo , v. 13, n. 4, Dec. 2010 Com o objetivo de identificar a prevalência de sintomas depressivos e examinar fatores associados em uma população adulta do sul do Brasil, foi realizado um estudo transversal de base populacional, incluindo 972 indivíduos, de ambos os sexos, idade entre 20 e 69 anos, moradores na zona urbana da cidade de Pelotas, Rio Grande do Sul. A seleção amostral teve os setores censitários do município como unidades amostrais primárias e os domicílios como unidades secundárias. O questionário incluiu variáveis socioeconômicas, comportamentais e nutricionais. As prevalências dos sintomas depressivos tristeza, ansiedade, falta de energia, falta de disposição, pensar no passado e preferir ficar em casa, na população de Pelotas, foram, respectivamente, de 29,4 por cento, 57,6 por cento, 37,4 por cento, 40,4 por cento, 33,8 por cento e 54,3 por cento. Concluiu-se que as prevalências de sintomas depressivos foram elevadas e os indivíduos do sexo feminino, idade avançada, fumantes e obesos mostraram-se associadas à maioria dos desfechos. A depressão é um importante problema de saúde publica e o conhecimento de como a sintomatologia depressiva se distribui na população e os fatores associados à sua presença podem ajudar no melhor entendimento da fenomenologia dos transtornos depressivos e a traçar estratégias de prevenção e intervenção.(AU) 12 - a) Descreva a hipótese do estudo. Identificar a prevalência de sintomas depressivos e examinar fatores associados em uma população adulta do sul do Brasil b) Descreva o tipo de estudo e o delineamento utilizado. Estudo transversal de base populacional 13 - a) Descreva o(s) fator(es) de exposição ou fator(es) de risco estudado(s); socioeconômicas, comportamentais e nutricionais b) Descreva o(s) desfecho(s) estudados. Sintomas depressivos tristeza, ansiedade, falta de energia, falta de disposição, pensar no passado e preferir ficar em casa c) Qual a medida de associação utilizada? Prevalência
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