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Linguagem_Comunicacao_1sem2020

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1 
 
 
 
Centro Universitário de Patos de Minas 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Patos de Minas, 2020 
 
 
 
2 
 
Professores de 
Linguagem e Comunicação 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Centro Universitário de Patos de Minas 
 
 
 
 
3 
 
 
 
Centro Universitário de Patos de Minas 
 
 
PLANO DE ENSINO 
ANO LETIVO PERÍODOS CARGA HORÁRIA 
2020 1º e 2º Semestral: 80h – Semanal: 4h 
Identificação da disciplina: Linguagem e Comunicação 
 
 
EMENTA 
 
A noção de linguagem como interação e o domínio de mecanismos linguísticos (gramaticais) e discursivos que 
permitam ao usuário da língua não só a leitura eficiente de textos variados, mas também a produção deles, a 
fim de que possa interagir e atuar sobre o(s) outro(s), social e profissionalmente. 
 
OBJETIVO GERAL 
 
 Ler e produzir textos de maneira eficiente, considerando o interlocutor, o contexto de produção, a 
circulação e o papel dos textos numa dada comunidade. 
 
OBJETIVOS ESPECÍFICOS 
 
 
 Aplicar as etapas para uma leitura analítica em atividades de leituras acadêmicas e profissionais. 
 Reconhecer não só a diferença entre opinião e informação, mas também o processo intertextual na 
produção e na recepção de textos. 
 Dominar mecanismos linguísticos que permitam a leitura e a produção de textos com coesão e 
coerência e com progressão e articulação. 
 Detectar informações implícitas para desenvolver a leitura eficiente de textos diversos. 
 Compreender textos nos aspectos linguísticos, argumentativos e expressivos para desenvolver 
habilidade de interação por meio da língua. 
 Produzir textos que possibilitem uma participação social e profissional efetiva. 
 
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO 
 
1 ETAPAS PARA LEITURA ANÁLITICA 
1.1 Análise textual 
1.2 Análise temática 
1.3 Análise interpretativa 
 
2 PRODUÇÃO E RECEPÇÃO DE TEXTOS 
2.1 Opinião e informação 
2.2 Intertextualidade 
 
03 TEXTO E SUA TEXTUALIDADE 
3.1 Coerência textual 
3.2 Coesão referencial 
3.3 Coesão sequencial 
 
4 INFORMAÇÕES IMPLÍCITAS 
4.1 Subentendidos 
4.2 Pressupostos 
 
5 ARGUMENTAÇÃO 
5.1 Recursos argumentativos 
5.2 Falácias da argumentação 
 
6 GÊNEROS TEXTUAIS ACADÊMICOS 
6.1 Esquema 
6.2 Resumo 
6.3 Resenha 
 
ATIVIDADES PRÁTICAS SUPERVISIONADAS 
 
 
4 
 
Os discentes farão leituras de textos variados e de fontes diversas, selecionados pelo professor, voltados, direta 
ou indiretamente, à área de atuação escolhida, com a finalidade de reconhecer, de interpretar e de analisar os 
apontamentos teóricos feitos nas aulas. Será contemplada também a produção de textos a partir das leituras 
recomendadas. 
 
METODOLOGIA 
 
Para que se alcancem os objetivos propostos nas aulas de Linguagem e Comunicação, serão adotados os 
seguintes procedimentos didático-metodológicos: aulas expositivas, estudos de textos, debates, apresentação 
de seminários, oficinas de leitura e produção de textos. 
 
RECURSOS DIDÁTICOS 
 
Coletânea de textos e atividades, quadro, giz, textos selecionados de revistas, jornais e livros, datashow, vídeo, 
salas de computadores e outros recursos necessários ao desenvolvimento das aulas. 
 
AVALIAÇÃO 
 
Do discente: a avaliação, que consiste em um processo contínuo e permanente, será concebida e utilizada nesta 
disciplina como elemento constitutivo do processo ensino-aprendizagem que permite identificar, qualitativa e 
quantitativamente, os avanços e as dificuldades na concretização dos objetivos propostos. No decorrer do 
semestre letivo, serão distribuídos 100 (cem) pontos, da seguinte forma: 
 
1. Quarenta (40) pontos distribuídos pelo docente da disciplina, por meio da realização de provas e/ou outras 
atividades de avaliação. 
2. Vinte (20) pontos distribuídos pelo professor orientador do Projeto Integrador; 
3. Vinte (20) pontos atribuídos na Avaliação Colegiada (AC), elaborada pelo professor da disciplina, sob 
supervisão do Núcleo Docente Estruturante (NDE), considerando-se a ementa trabalhada durante o semestre; 
4. Vinte (20) pontos atribuídos na Avaliação Integradora (AVIN), considerando-se as ementas de todas as 
disciplinas trabalhadas durante o semestre. 
 
Do docente: os alunos avaliarão o desempenho e a atuação do professor por meio de instrumento elaborado pela 
CPA. 
 
BIBLIOGRAFIA BÁSICA 
 
ANTUNES, Irandé. Lutar com palavras: coesão e coerência. 4. ed. São Paulo: Parábola, 2008. 
FARACO, Carlos Alberto; TEZZA, Cristovão. Oficina de texto. 9. ed. Petrópolis: Vozes, 2011. 
FIORIN, J. L.; SAVIOLI, F. P. Para entender o texto: leitura e redação. 17. ed. São Paulo: Ática, 2007. 
 
 
BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR 
 
DISCINI, Norma. Comunicação nos textos: leitura, produção, exercícios. São Paulo: Contexto, 2010. 
GARCIA, Othon Moacir. Comunicação em prosa moderna: aprenda a escrever aprendendo a pensar. 27. ed. atual. 
Rio de Janeiro: FGV, 2011. 
KOCH, Ingedore Grunfeld Villaça. A coesão textual. 22. ed. São Paulo: Contexto, 2012. 
KOCH, Ingedore Villaça; TRAVAGLIA, Luiz C. A coerência textual. 18 ed. São Paulo: Contexto, 2012. 
MARCUSCHI, Luiz Antônio. Produção textual, análise de gêneros e compreensão. 2. ed.São Paulo: Parábola, 2008. 
 
HABILIDADES E COMPETÊNCIAS 
 
Elaborar sínteses; comunicar-se eficientemente nas formas escritas, oral e gráfica; ler e interpretar textos; 
analisar e criticar informações; extrair conclusões por indução e/ou dedução; estabelecer relações, 
comparações e contraste em diferentes situações; detectar contradições; argumentar coerentemente.
 
5 
 
Capítulo 1: Leitura analítica 
 
 
Neste capítulo, você vai refletir sobre a 
importância da leitura na formação de um 
cidadão. Para isso, você vai ler textos que 
abordam a temática da leitura. 
Simultaneamente a isso, você irá conhecer as 
etapas para uma leitura analítica, as quais 
podem contribuir para o seu aprimoramento 
como leitor. A seguir, é apresentado um 
roteiro para efetivar uma leitura analítica. 
 
ROTEIRO PARA UMA LEITURA ANALÍTICA 
 
 Faça uma leitura seguida e completa do texto. Assinale os pontos desconhecidos, como 
vocabulários, fatos, entre outros, e busque esclarecimentos sobre eles. 
 
 Indique o tema do texto. Responda à seguinte pergunta: “De que o texto fala”? 
 
 Explicite como o assunto do texto foi problematizado. 
 
 Aponte a ideia principal do texto (tese). Ela constitui a resposta ao problema levantado. 
 
 Identifique os argumentos utilizados pelo autor para demonstrar a tese. 
 
 Avalie o texto (alcance dos objetivos propostos, logicidade na apresentação das ideias, 
argumentação sólida, originalidade na abordagem do tema, contribuição do texto etc.). 
 Monte o esquema e faça o resumo do texto. 
 
Uma ferramenta de estudo muito eficaz é o ESQUEMA. Ele contribui para um 
estudo mais ativo, possibilita uma melhor compreensão do texto/conteúdo, 
permite a organização das ideias, desenvolve o espírito crítico, favorece a 
memorização, indica as relações de hierarquia entre as várias ideias, faculta o 
estudo dos textos ou apontamentos com mais facilidade. Para elaborar um bom 
esquema são necessários alguns cuidados: 1) ler bem o texto, fazendo, pelo menos, 
duas leituras; 2) compreender o seu conteúdo; 3) identificar o tema, as ideias 
principais e secundárias; 4) ordenar a informação de uma forma lógica; 5) 
condensar as ideias em frases curtas; 6) não apresentar opiniões. 
 
 
Na academia, um habilidade muito importante é a elaboração de RESUMO. Ele é 
uma redução do texto original, procurando captar suas ideias essenciais, na 
progressão e no encadeamento em que aparecem no texto. Não cabem, num 
RESUMO, comentários ou julgamentos ao que está sendo condensado. Muitas 
pessoas julgam que resumir é reproduzir frases ou partes de frases do texto 
original, construindo uma espécie de "colagem". Essa "colagem" de fragmentos do 
texto original não é um resumo. Resumir é apresentar, com as próprias palavras, os 
pontos relevantes de um texto. A reprodução de frases do texto, em geral, atesta 
que ele não foi compreendido. Para elaborarum bom resumo, é necessário 
compreender antes o conteúdo global do texto. Não é possível ir resumindo à 
medida que se vai fazendo a primeira leitura. Um RESUMO deve ainda apresentar: 
1) correção gramatical e léxico adequado à situação escolar/acadêmica; 2) 
indicação de dados sobre o texto resumido, no mínimo autor e título; 3) menção 
do autor do texto original em diferentes partes do resumo e de formas diferentes; 
4) menção de diferentes ações do autor do texto original (o autor questiona, 
debate, explica...); 5) texto compreensível por si mesmo. 
 
 
6 
 
1) Faça a leitura analítica de cada texto a seguir. Monte o esquema e elabore o resumo de cada texto. 
 
Texto 1: Ler e escrever; pensar e existir 
 
Muita gente escreve perguntando como 
se faz para escrever bem. Parece que, além do 
1% de inspiração que está no DNA de qualquer 
aspirante a Shakespeare, o que é determinante 
são os 99% de transpiração. O que, em matéria 
de escrita, só significa uma coisa: ler. 
Ler é fundamental. Não só por uma 
série de razões práticas — aumenta o 
vocabulário, o conhecimento geral, a capacidade 
de expressão e a probabilidade de sucesso com 
as mulheres —, mas especialmente por 
despertar áreas adormecidas do cérebro. Ler a 
boa literatura assim como entrar em contato 
com artes plásticas ou música ativa a 
imaginação, a capacidade de abstração. Mas, 
mais importante, ler desenvolve a única 
capacidade realmente importante nessa vida, 
que é a de pensar. 
Passando um certo ponto de leitura, a 
estupidez fica impossível. Você não pode ler 
Marx e Smith e concordar com ambos sem se 
questionar sobre qual dos modelos econômicos 
faz mais sentido. O mesmo vale para Platão e 
Maquiavel quando se fala dos governantes; Sun 
Tzu e Gandhi sobre a guerra; Hobbes e Thoreau 
sobre obediência civil; Freud, Jung, Santo 
Agostinho e Paulo Coelho no que diz respeito à 
espiritualidade etc. A lista é infinita: para cada 
aspecto mais ínfimo da vida humana, há uma 
multidão de opiniões diferentes e, quando você 
entra nelas, é impossível que o seu cérebro, 
enferrujado por horas e horas de baboseira 
televisiva, não pegue no tranco e comece a 
trabalhar. Só há três dificuldades nesse 
processo. 
A primeira é gostar de ler. Quem lê por 
obrigação não passa de algumas dezenas de 
livros e nunca entende o prazer que é a leitura. 
Essa ideia de que literatura é algo enfadonho é, 
claro, herança de todos os professores limitados 
que lhe mandaram ler porcaria no colégio e 
depois fizeram provas ou pediram ―fichas de 
leitura‖ em que você, como papagaio, teve de 
repetir a história para provar que leu. Duas 
dicas: primeiro, leia o que lhe interessa, não 
espere o professor lhe pegar pela mão; segundo, 
lute contra a mediocridade dos seus professores, 
exija tratamento de ser pensante. 
A segunda dificuldade é saber o que ler. 
Lembro-me de ficar lendo as pessoas que eu 
admirava ou tinha respeito na minha infância 
para ver o que elas liam ou recomendavam e aí 
tentava ler o mesmo. Acabei lendo ―O 
Nascimento da Tragédia‖, de Nietszche, com 
uns 14 anos, achando que a tragédia mencionada 
era alguma hecatombe; nem ideia da tragédia 
grega, Sofócles ou Ésquilo. Ou seja, não dá 
certo. Outro caminho é ler os clássicos, aquilo 
que todo mundo já disse que é bom, de Homero 
a Proust. 
Mas não adianta dar caviar para quem 
nunca comeu lambari. Vai encher o saco. 
Comece lendo coisas que lhe interessem e que 
prendam a atenção, aos poucos você acaba 
migrando para a boa literatura, por causa das 
citações, referências e tal. Só não vá para aquela 
areia movediça de esoterismo, autoajuda e 
romance ―melacueca‖, que porcaria vicia. 
Por último, ―há uma pedra no meio do 
caminho‖. Acontece para muitos de, depois de 
ler meia dúzia de livros, achar que o seu lado da 
moeda é o único e rejeitar todo o resto como 
mentira. É a arrogância típica do ―imbecil‖. 
Cuidado para passar essa fase. Quanto mais se 
lê, mais se nota que se sabe pouco, quase nada. 
E que pouco na vida é imutável, definitivo, 
inquestionável. O que importa é desenvolver a 
capacidade de pensar e de julgar por si só. Até 
para entender que tudo o que está escrito acima 
pode não passar da mais absoluta idiotice. 
 
(IOSCHPE. Gustavo Disponível em: <http://www1.folha.uol.com.br>. Data de publicação: 1º março 1999. Com adaptações). 
 
 
 
7 
 
Texto 2: Língua e poder 
 
―A terapia teve um efeito idiossincrático 
com prognóstico favorável em caso de pronta 
supressão‖. Essa frase, enigmática para os não-
iniciados nas sendas médicas, não significa 
muito mais do que ―o remédio teve efeito 
contrário, mas não causará problemas se for 
suspenso logo‖. 
Esse é um dos exemplos de jargão que 
consta da reportagem sobre linguagens técnicas 
publicada na semana passada no caderno 
Sinapse. O jargão é de fato inevitável, mas isso 
não significa que ele deva ser empregado em 
todas as ocasiões. Com efeito, toda profissão, 
do telemarketing à física de partículas, acaba 
por desenvolver um vocabulário específico, 
muitas vezes impenetrável para o leigo. Não 
apenas neologismos são criados como palavras 
comuns podem ter sua significação alterada. 
Em alguns casos, trata-se de uma 
necessidade. O jargão, no mínimo, economiza 
palavras, concentrando carga informativa em 
termos específicos. Quando um médico fala em 
―miocardiopatia idiopática‖, ele está na verdade 
dizendo um pouco mais do que apenas 
―problemas cardíacos de causa ignorada‖. No 
subtexto, um outro médico compreenderá que 
o paciente sofre de moléstia cardíaca de origem 
desconhecida e para a qual já foram descartadas 
as causas que mais comumente provocam 
doenças do coração. 
Em determinadas áreas científicas, os 
próprios objetos de estudo não passam de 
jargão. É o caso, por exemplo, da linguística, 
com seus morfemas, sintagmas e lexemas, e da 
física de partículas, com seus quarks, glúons e 
léptons. limite, sem o jargão, os fenômenos 
estudados não podem nem ser enunciados. 
Reconhecer a importância e a 
necessidade do jargão em certas situações não 
significa chancelar seu uso indiscriminado. Um 
médico ou um advogado que se dirijam a seus 
clientes em linguagem técnica incompreensível 
estão, na verdade, atendendo muito mal ao 
consumidor, que deve ter, em todas as 
ocasiões, acesso a uma explicação completa de 
sua situação em linguagem acessível. 
Infelizmente, as coisas nem sempre se 
passam assim. Desde que o mundo é mundo, 
profissionais de uma determinada área tendem 
a unir-se para manter sua arte impenetrável 
para o público em geral e, assim, aumentar seu 
poder. Não foi por outra razão que os escribas 
do antigo Egito complicaram 
desnecessariamente a escrita hieroglífica: era 
uma forma de conservarem e até de ampliarem 
sua posição hierárquica. Os tempos e as ciências 
mudaram, mas o princípio de complicar para 
valorizar-se permanece em vigor. 
Não devemos, é claro, ser ingênuos e 
acreditar que poderemos promover a plena 
igualdade através da língua. Democracia é, 
antes de mais nada, a arte de negociar, de 
aplicar o bom senso na solução de problemas. 
Nesse sentido, o bom profissional é aquele 
capaz de comunicar-se no melhor jargão com 
seus colegas, mas que consegue, sem grandes 
perdas, fazer-se entender pelo leigo. Os que 
ostensivamente abusam da linguagem técnica 
tendem a ser os menos capazes, os que mais 
precisam afirmar-se para não perder poder. 
 
(Disponível em: <https://www1.folha.uol.com.br/fsp/opiniao/fz2906200302.htm>) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
8 
 
Texto 3: Palavras e ideias 
 
Há alguns anos, o Dr. Johnson 
O‘Connor, do Laboratório de Engenharia 
Humana, de Boston, e do Instituto de 
Tecnologia, de Hoboken, Nova Jersey, 
submeteu a um teste de vocabulário cem alunos 
de um curso de formação de dirigentes de 
empresas industriais (industrial executives), os 
executivos. Cinco anos mais tarde, verificou 
que os dez por cento que haviam revelado 
maior conhecimento ocupavam cargos de 
direção, ao passo que dos vinte e cinco porcento mais ―fracos‖ nenhum alcançara igual 
posição. 
Isso não prova, entretanto, que, para 
vencer na vida, basta ter um bom vocabulário; 
outras qualidades se fazem, evidentemente, 
necessárias. Mas parece não restar dúvida de 
que, dispondo de palavras suficientes e 
adequadas à expressão do pensamento de 
maneira clara, fiel e precisa, estamos em 
melhores condições de assimilar conceitos, de 
refletir, de escolher, de julgar, do que outros 
cujo acervo léxico seja insuficiente ou 
medíocre para a tarefa vital da comunidade. 
Pensamento e expressão são 
interdependentes, tanto é certo que as palavras 
são o revestimento das ideias e que, sem elas, é 
praticamente impossível pensar. Como pensar 
que ―amanhã tenho uma aula às 8 horas‖, se não 
prefiguro mentalmente essa atividade por meio 
dessas ou de outras palavras equivalentes? Não 
se pensa in vácuo. A própria clareza das ideias 
(se é que as temos sem palavras) está 
intimamente relacionada com a clareza e a 
precisão das expressões que as traduzem. As 
próprias impressões colhidas em contato com o 
mundo físico, através da experiência sensível, 
são tanto mais vivas quanto mais capazes de 
serem traduzidas em palavras – e sem 
impressões vivas não haverá expressão eficaz. É 
um círculo vicioso, sem dúvida: ―... nossos 
hábitos linguísticos afetam e são igualmente 
afetados pelo nosso comportamento, pelos 
nossos hábitos físicos e mentais normais, tais 
como a observação, a percepção, os 
sentimentos‖. De forma que um vocabulário 
escasso e inadequado, incapaz de veicular 
impressões e concepções, mina o próprio 
desenvolvimento mental, tolhe a imaginação e 
o poder criador, limitando a capacidade de 
observar, compreender e até mesmo de sentir. 
―Não se diz nenhuma novidade ao afirmar que 
as palavras, ao mesmo tempo que veiculam o 
pensamento, lhe condicionam a formação. Há 
século e meio, Heder já proclamava que um 
povo não podia ter uma ideia sem que para ela 
possuísse uma palavra‖, testemunha Paulo 
Rónai em artigo publicado no Diário de 
Notícias, do Rio de Janeiro, e mais tarde 
transcrito na 2ª edição de Enriqueça o seu 
vocabulário (Rio, Civilização Brasileira, 1965), 
de Aurélio Buarque de Holanda Ferreira. 
Portanto, quanto mais variado e ativo é 
o vocabulário disponível, tanto mais claro, 
tanto mais profundo e acurado é o processo 
mental da reflexão. Reciprocamente, quanto 
mais escasso e impreciso, tanto mais 
dependentes estamos do grunhido, do grito ou 
do gesto, formas rudimentares de comunicação 
capazes de traduzir apenas expansões instintivas 
dos primitivos, dos infantes e ... dos 
irracionais. 
 
(GARCIA, Othon Moacir. Comunicação em prosa moderna. 8. ed. Rio de Janeiro, FGV, 1980. p. 155-6). 
 
9 
 
Capítulo 2: Produção e recepção de textos 
 
 
Neste capítulo, você irá refletir sobre 
produção e recepção de textos. O texto é 
determinado pela finalidade comunicativa. 
Conforme Nicola, Florina e Ernani (2002), o 
falante, ao realizar um ato de comunicação 
verbal, escolhe, seleciona palavras para depois 
organizá-las e combiná-las, conforme a sua 
vontade. Esse trabalho de seleção e combinação 
não é aleatório, mas está diretamente ligado à 
intenção do produtor do texto, ou informar ou 
opinar, por exemplo. 
 
2.1 Opinião e informação 
 
1) Leia os textos a seguir para responder ao que se pede. 
 
Texto 1: Raquel Dodge defende que vaquejada vai contra a Constituição 
 
A procuradora-geral da República, 
Raquel Dodge, em parecer encaminhado 
ontem ao Supremo Tribunal Federal (STF), 
afirmou que ―não é possível extrair da 
Constituição autorização para impor 
sofrimento intenso e para mutilar animais, com 
fundamento no exercício de direitos culturais e 
esportivos‖. 
No entendimento da PGR, a Emenda 
Constitucional 96/2017, que autoriza as 
vaquejadas em território brasileiro, é 
inconstitucional. A manifestação foi enviada ao 
ministro Dias Toffoli, relator da Ação Direta 
de Inconstitucionalidade (ADI 5728) 
apresentada pelo Fórum Nacional de Proteção 
e Defesa Animal. 
A PGR lembra que a emenda aprovada 
pelo Congresso Nacional no ano passado 
determina que práticas desportivas que utilizem 
animais não são consideradas cruéis, desde que 
sejam manifestações culturais. No entanto, a 
procuradoria entende que ―trata-se de uma 
―ilogicidade insuperável não definir como 
cruéis essa práticas‖. 
Raquel Dodge considera a vaquejada, 
ainda que seja histórica em algumas regiões do 
país, incompatível com os preceitos 
constitucionais que obrigam a República a 
preservar a fauna, a assegurar ambiente 
equilibrado e, sobretudo, a evitar desnecessário 
tratamento que causam dor e sofrimento aos 
animais. 
―Não há possibilidade de realizar 
vaquejada sem maus-tratos e sofrimento 
profundo dos animais‖, afirma a PGR. Na 
opinião de Raquel Dodge, não há dúvida de 
que animais envolvidos em vaquejadas são 
submetidos a condições degradantes e 
sistemáticas de lesões e maus-tratos, que 
caracterizam tratamento cruel. 
 
(Disponível em: <https://revistagloborural.globo.com/Noticias/noticia/2018/05/raquel-dodge-defende-que-vaquejada-vai-
contra-constituicao.html>. Com adaptações). 
 
 
1. Com que intenção o texto foi produzido? 
2. A que recursos linguísticos o autor recorreu para que predominasse a imparcialidade na transmissão 
das informações? 
 
 
Texto 2: Dor garantida por lei 
 
Uma PEC (proposta de emenda 
constitucional) aprovada há pouco pela Câmara 
dos Deputados e prestes a ser confirmada pelo 
Senado determina que, ao contrário do que 
dispôs o STF (Supremo Tribunal Federal), o 
Brasil considere legal que se obrigue um boi a 
 
10 
 
correr numa arena entre dois cavalos montados 
por vaqueiros que tentam jogá-lo ao chão, 
puxando seu rabo. Em breve, traduzido para o 
legalês castiço e sob o nome fantasia de 
vaquejada, isso estará na Constituição. 
Na prática, significa que será 
constitucional encurralar — tornar indefeso — 
um boi e submetê-lo à chibata, de modo a 
infligir-lhe tal dor e pavor que, uma vez 
liberto, ele contrarie a sua natureza de animal 
lento e inofensivo e saia descontrolado pela 
arena, tentando fugir dos que o maltratam e 
dando ensejo a ser perseguido e derrubado 
pelos dois homens a cavalo. 
A Constituição garantirá que sua cauda, 
ao ser agarrada, puxada e torcida e sofrer 
brutal tração pelo vaqueiro, esteja sujeita ao 
rompimento dos ossos que a compõem ou, no 
mínimo, ao desenluvamento, que é a violenta 
retirada de pele e tecidos. O texto 
constitucional autorizará ainda que o boi sofra 
fraturas nas patas, ruptura de vasos sanguíneos 
e lesões nas vértebras, na medula espinal e nos 
órgãos internos. Pelo mesmo artigo, a 
Constituição propiciará aos cavalos o direito de 
também serem açoitados ao mesmo tempo em 
que o boi (para acompanhá-lo na velocidade) e 
terem o ventre retalhado pelas esporas em 
forma de estrela. 
A Constituição, já vergada ao peso de 
tantas emendas, acolherá tudo isso porque os 
congressistas não podem ficar mal com os 
eleitores das regiões em que a vaquejada é uma 
manifestação "cultural". 
A legalização da crueldade e da covardia 
não ameniza o sofrimento das vítimas, mas 
permite a seus algozes um sono bem pago e 
sem culpa. 
 
(CASTRO, Ruy. Disponível em: <https://www1.folha.uol.com.br/colunas/ruycastro/2017/06/1893940-dor-garantida-por-
lei.shtml>). 
 
 
 
1. Com que intenção o texto foi produzido? 
2. Esse texto mantém relação intertextual com outro texto. Justifique. 
 
 
Texto 3: Música de vaquejada 
 
Sou um vaqueiro experiente 
Filho de um nordestino 
Vaqueiro de muitas glórias 
Seguidor de um destino 
De ir atrás de Vaquejada 
Derrubando boi na faixa 
Com alegria de um menino. 
 
Solte o boi deixe correr 
Solte o boi e não bezerro 
Sou vaqueiro afamado 
Que trabalha o dia inteiro 
Pegar boi pelo cabo 
Puxar jogar por lado 
Fácil como um carneiro. 
 
Quando eu vejo o animal 
Saindo pelo portão 
O corpo treme todo 
Acelera o coração 
Disparo o meu cavalo 
Pego o bicho pelo rabo 
E faço rolarpelo chão. 
 
Minha vida é Vaquejada 
Sou um homem do Sertão 
Nasci comendo cobras 
Cresci domando alazão 
Tenho mulher, tenho filhos 
Vivo sempre em perigo 
Por honrar a profissão. 
(CARDOSO, Luiz Carlos Marques. Disponível em: <http://www.luizcarlosbill.com.br/blog/cordel/musica-de-vaquejada/>). 
 
 
1. Com que intenção o texto foi produzido? A que recursos o autor recorreu para concretizar sua 
intenção? 
 
 
http://www.luizcarlosbill.com.br/blog/cordel/musica-de-vaquejada/
 
11 
 
2.2 Intertextualidade 
 
 Pode-se dizer que textos são reuniões 
de várias vozes: polifonia. Essas vozes podem 
aparecer no texto de maneira explícita ou 
implícita. Nenhum texto se produz no vazio ou 
se origina do nada. Todo texto se alimenta, de 
modo claro ou subentendido, de outros textos. 
Um, ao retomar outro, tanto pode reiterar ou 
subverter as ideias presentes no texto 
―original‖. O autor utiliza-o com o objetivo de 
apoiar ou de dizer algo totalmente diferente do 
que foi dito em outro texto, de criticar um 
ponto de vista, uma visão de mundo. 
 Para Nicola, Florina e Ernani (2002), o 
conhecimento das relações entre os textos – e 
os textos utilizados como intertexto – é um 
poderoso recurso de produção e apreensão de 
significados. Quando um determinado autor 
recorre a outros textos para compor os 
próprios, certamente tem um motivo muito 
claro – a construção de significados específicos 
(crítica, reflexão, releitura, entre outras 
questões). Percorrer o caminho inverso, ou 
seja, buscar esse motivo e reconstruir o 
processo de produção leva a desvendar tais 
significados, pois um texto completa outro, 
lança luz sobre o outro. É o exercício da leitura 
que irá garantir tudo isso. 
 
1) Leia, com atenção, os textos seguintes para responder ao que se pede. 
 
Texto 1: Sem adjetivos 
 
―Eu sabia que estava com um cheiro de 
suor, de sangue, de leite azedo. Ele [delegado 
Fleury] ria, zombava do cheiro horrível e mexia 
em seu sexo por cima da calça com olhar de 
louco.‖ 
De Rose Nogueira, jornalista em São 
Paulo. Da ALN, foi presa em 1969, semanas 
depois de dar à luz. 
―No quinto dia, depois de muito 
choque, pau de arara, ameaça de estupro e 
insultos, abortei. Quando melhorei, voltaram a 
me torturar.‖ 
De Izabel Fávero, professora de 
administração em Recife. Da VAR-Palmares, 
foi presa em 1970. 
―Eu passei muito mal, comecei a 
vomitar, gritar. O torturador perguntou: 
‗Como está?‘. E o médico: ‗Tá mais ou menos, 
mas aguenta‘. E eles desceram comigo de 
novo." 
De Dulce Chaves Pandolfi, professora 
da FGV-Rio. Da ALN, foi presa em 1970 e 
serviu de ―cobaia‖ para aulas de tortura. 
―Eu não conseguia ficar em pé nem 
sentada. As baratas começaram a me roer. Só 
pude tirar o sutiã e tapar a boca e os ouvidos.‖ 
De Hecilda Fontelles Veiga, professora 
da Universidade Federal do Pará. Da AP, foi 
presa em 1971, no quinto mês de gravidez. 
―Eu era jogada, nua e encapuzada, como 
se fosse uma peteca, de mão em mão. Com os 
tapas e choques elétricos, perdi dentes e todas 
as minhas obturações.‖ 
De Marise Egger-Moellwald, socióloga, 
mora em São Paulo. Do então PCB, foi presa 
em 1975. Ainda amamentava seu filho. 
―Eu estava arrebentada, o torturador 
me tirou do pau de arara. Não me aguentava 
em pé, caí no chão. Nesse momento, fui 
estuprada.‖ 
De Gilze Cosenza, assistente social 
aposentada de Belo Horizonte. Da AP, foi 
presa em 1969. Sua filha tinha quatro meses. 
Trechos de 27 depoimentos de 
sobreviventes, intercalados às histórias de 45 
mortas e desaparecidas no livro ―Luta, 
Substantivo Feminino‖, da série ―Direito à 
Verdade e à Memória‖. Será lançado na PUC-
SP hoje, a seis dias do 31 de março. 
 
(Eliane Cantanhêde, Folha de S. Paulo, 25 março 2010, p. A2. 
Opinião). 
 
 
 
 
 
12 
 
 
1. Esse texto apresenta unidade temática. Qual? O que assegura essa unidade? 
2. Como compreender o recurso da intertextualidade na produção do texto? 
 
 
Texto 2: Nossa vida, mais amores 
Um dos maiores poemas, e talvez o mais 
célebre, da literatura brasileira diz em sua 
segunda estrofe: ―Nosso céu tem mais estrelas/ 
Nossas várzeas têm mais flores/ Nossos bosques 
têm mais vida/ Nossa vida, mais amores‖. Você 
adivinhou: é a ―Canção do Exílio‖, de Gonçalves 
Dias (1823-1864), que começa, claro, com 
―Minha terra tem palmeiras/ Onde canta o 
sabiá‖. 
Quando o poeta o escreveu, em 1843, o 
Brasil, ainda com 90% de território a desbravar, 
tinha de si próprio uma visão romântica e 
idealizada. Hoje sabemos muito mais sobre o 
país — e tanto que, se Gonçalves Dias fosse 
reescrever seu poema, teria outras imagens a 
escolher. Eis algumas. 
Nossas barragens são criminosas e 
inseguras — rompem-se e levam à morte o que 
encontram pela frente. Nossos viadutos e 
pontes vão abaixo ou racham, pela ação do 
tempo ou por serem feitos com material de 
quinta. Nossos museus se incendeiam e 
destroem patrimônios que não nos pertencem, 
mas à humanidade. 
Nossos mares, baías e rios recebem 
nossos abjetos dejetos naturais e industriais e só 
têm o odor como protesto antes de morrer. 
Nosso céu é, às vezes, uma hipótese — algo que 
deve existir acima da camada de poluição. E 
nossos sistemas de fiscalização, obedientes a 
interesses maiores, não fiscalizam. 
Nossos hospitais, escolas e transportes 
públicos são carentes, insuficientes ou 
inexistentes. Nossas estradas, ruas e calçadas são 
crateras, impróprias para humanos e carros. 
Nossas cidades têm vastos territórios vedados 
aos cidadãos e outros em que, pela miséria, seus 
habitantes podem praticar tudo, menos a 
cidadania. E nossos administradores são 
inoperantes, incompetentes ou corruptos. 
Falando neles, nossos corruptos são, 
estes, sim, dignos de poemas e rapsódias. 
Penetraram por todas as brechas conhecidas da 
vida pública — e, como não paramos de 
descobrir, também pelas desconhecidas. 
 
(CASTRO, Ruy. Disponível: <https://www1.folha.uol.com.br/colunas/ruycastro/2019/01/nossa-vida-mais-amores.shtml>). 
 
1. Com que intenção o texto foi produzido? 
2. Quais são os dois ―Brasis‖ descritos no texto? 
 
RESENHA é um trabalho de síntese, publicado logo após a edição de uma obra. 
Tem por objetivo servir como veículo de crítica e avaliação. Podem-se fazer 
resenhas de livros, artigos de periódicos, filmes e outros. As resenhas acadêmicas 
devem vir precedidas da referência bibliográfica completa das obras a que se 
referem – diferentemente das publicadas pela mídia sem intenção acadêmica. A 
resenha deve ser elaborada com apreciação justa, clareza de exposição, precisão e 
concisão, para cumprir sua finalidade de auxiliar na seleção de leituras. A resenha 
contribui para desenvolver a mentalidade científica e levar o iniciante à pesquisa e 
à elaboração de trabalhos monográficos. Lakatos e Marconi (1995, p. 245) 
propõem um roteiro para elaboração de resenhas científicas e/ou acadêmica: 1. 
Referência bibliográfica; 2. Credenciais do autor; 3. Resumo da obra; 4. Conclusões 
da autoria; 5. Metodologia da autoria; 6. Quadro de referência do autor; 7. Crítica 
do resenhista; 8. Indicações do resenhista. 
 
 
https://www1.folha.uol.com.br/fsp/1994/11/20/mais!/13.html
https://www1.folha.uol.com.br/fsp/1994/11/20/mais!/13.html
https://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2019/01/sem-brumadinho-e-mariana-vale-acumula-acoes-ambientais-de-r-8-bilhoes.shtml
https://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2018/11/parte-de-viaduto-da-marginal-pinheiros-cede-e-bloqueia-pista-expressa.shtml
https://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2018/09/apos-mais-6-h-bombeiros-controlam-incendio-no-museu-nacional-no-rio.shtml
 
13 
 
2) Preencha as lacunas com diferentes formas de menção ao dizer do autor do texto resenhado e de 
outros autores. Note que se trata de um livro contendo vários artigos e 
―organizado‖ por duas autoras. 
 
Informação e globalização na era do conhecimento 
 
Helena M. M. Lastres e Sarita Albagali (organizadoras) 
Rio de Janeiro. Editora Campus. 1999. 318 p. 
Por André Gardini 
 
"O tomate é um produtohigh tech!" 
Essa afirmação fora de contexto pode parecer 
um tanto maluca, mas o 
___________________ Informação e 
globalização na era do conhecimento mostra como 
um sistema de inovações tecnológicas pode ser 
responsável por transformações na relação da 
sociedade com o espaço e entre as próprias 
sociedades. A frase está no capítulo 
"Desmaterialização e trabalho", escrito por 
Ivan da Costa Marques, da UFRJ. O 
________________ descreve uma pesquisa 
realizada na Universidade da Califórnia que, 
visando [...]. 
Discussões como essas estão no 
____________________ organizado por 
Helena M. M. Lastres, economista e mestre em 
Engenharia da Produção da Universidade 
Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), e Sarita 
Albagli, socióloga e doutora em geografia 
(UFRJ). O _________________ está 
dividido em 11 capítulos escritos por autores 
de diferentes formações, como ciência da 
informação, ciência política, geografia, 
economia e sociologia. Os _______________ 
discorrem sobre temas marcantes e 
responsáveis por profundas transformações no 
início deste novo milênio. 
Nesse sentido, Lastres, no 
_________________ "A economia da 
informação, do conhecimento e do 
aprendizado", corrobora a idéia de Marques, 
pois diferencia dois tipos de inovação, as 
tecnológicas e as organizacionais, entendidas 
como complementares. [...] A 
________________ faz uma análise do papel 
da informação e do conhecimento na área da 
economia da inovação [...]. 
Portanto, a ________________ 
sugere que os sistemas nacionais, regionais ou 
locais de informação sejam tratados como uma 
rede de instituições dos setores públicos e 
privados, tendo a inovação e o aprendizado 
como seus principais aspectos. [...] 
 
 
14 
 
Capítulo 3 
 
03 Texto e sua textualidade 
 
Não adianta saber que escrever é 
diferente de falar. É necessário preocupar-se 
com o sucesso dos objetivos da produção 
textual, como a interação entre o produtor do 
texto e o seu receptor. Para que se tenha êxito 
nesse processo, deve-se construir um todo 
significativo. É preciso, portanto, recorrer a 
elementos que auxiliem na ligação das partes, 
na construção da coerência, entre outros. 
Neste capítulo, você terá acesso, num 
primeiro momento, a uma questão 
fundamental quando se fala de textos, que é a 
coerência. Num segundo momento, será 
abordado outro fator que contribui para o 
sucesso da produção de textos, que é a coesão. 
Por último, será vista a construção do 
parágrafo e sua articulação no texto. 
 
 
3.1 Coerência e coesão textual 
 
Como vimos anteriormente, os textos 
são veiculadores de intenções. Essas intenções 
ou propósitos do autor de um texto somente 
terão sentido se houver uma organização 
harmônica das ideias apresentadas. Podemos 
dizer, portanto, que um texto não é um 
aglomerado de frases, mas um todo organizado 
capaz de manter contato com seus leitores, 
agindo sobre eles. Dizer que um texto é uma 
organização de sentido é dizer que ele é 
coerente. 
A coerência é resultante da não-
contradição entre os segmentos textuais e da 
adequação entre o que está na materialidade 
textual e o contexto extraverbal. No primeiro 
caso, um segmento é pressuposto para o 
seguinte e assim sucessivamente. No segundo, 
o que é dito no texto deve estar em harmonia 
com o nosso conhecimento de mundo, sobre o 
que é permitido ou não em determinadas 
situações – que inclui nosso conhecimento 
sobre tipo e gêneros textuais. Assim, há uma 
transmissão e uma recepção de uma linha de 
pensamento. 
Fiorin e Savioli (2007) identificam três 
níveis em que a coerência deve ser observada: 
narrativo, figurativo e argumentativo. No 
primeiro, a coerência está na decorrência lógica 
das ações e de suas relações com os 
personagens que as praticam. No segundo, a 
coerência está na articulação harmônica entre o 
que é descrito (as figuras), com base na relação 
de significado que mantém entre si. No 
terceiro, a coerência está na apresentação 
concatenada de uma ideia que será defendida, 
de argumentos que sustentam essa ideia e do 
remate dado pela conclusão. 
Seria incoerente uma fala de um 
conferencista como esta: 
 
As empresas brasileiras têm produzido muito 
e gerado postos de trabalho. Os empresários apostam 
numa nova forma de garantir a fidelidade de seus 
colaboradores por meio da divisão dos lucros. Os 
colaboradores da base da hierarquia, em virtude de 
suas ocupações, não puderam participar dessa 
divisão. 
 
Além de um preconceito com alguns 
trabalhadores, o raciocínio lógico instaurado 
inicialmente nos leva a pensar que todos os 
trabalhadores teriam parte nos lucros, o que 
não ocorre. A fala do conferencista é, pois, 
incoerente. 
Há certa confusão entre os termos 
coerência e coesão. Enquanto a coerência se 
refere à unidade de sentido e, por isso, é de um 
nível profundo, a coesão é a ligação, a relação, 
a conexão entre as palavras, expressões, frases 
ou parágrafos do texto. Os elementos coesivos 
assinalam a conexão entre partes do texto. 
 
15 
 
A palavra texto, na sua etimologia, vem 
do latim textum, que significa tecido, 
entrelaçamento. Produzir um texto é o mesmo 
que praticar a ação de tecer, entrelaçar 
unidades e partes com a finalidade de formar 
um todo. Desse modo, podemos falar em 
textura de um texto, que é a rede de relações 
coesivas. 
São muitos os mecanismos de coesão 
textual. Nesta seção, vamos estudar alguns. 
Esperamos que, a partir desse estudo, você 
esteja apto a não só perceber outros em suas 
leituras, mas também a recorrer a outros em 
sua produção textual. Escolhemos um editorial 
da revista Veja (27 abril 2006, p. 9) para 
demonstração do que consideramos um texto 
bem tecido. Destacamos apenas alguns recursos 
coesivos para estudo e para demonstração da 
continuidade textual. 
 
O Brasil tem jeito 
 
Desde a volta da democracia, em 1985, 
o país tem passado por uma série de escândalos na 
esfera institucional. No Poder Executivo, houve o 
impeachment de um presidente e, 
recentemente, a demissão de ministros 
envolvidos em esquemas ilícitos. No Legislativo, 
por seu turno, ainda se escutam os ecos do 
mensalão e não empalideceram as imagens dos 
―anões‖ da Máfia do Orçamento sendo banidos 
da vida pública. Agora, com a Operação 
Hurricane (furacão, em inglês), deflagrada pela 
Polícia Federal para prender os integrantes de 
uma quadrilha que explorava o jogo de caça-
níqueis, chegou a vez de o Judiciário ter exposta a 
sua banda podre. Três desembargadores foram 
presos e um ministro do Superior Tribunal de 
Justiça (8) está afastado das suas funções. Pesa 
sobre esses togados a acusação de venda de 
liminares. Com tais instrumentos jurídicos, os 
exploradores do jogo conseguiam manter em 
funcionamento milhares de casas ilegais de 
jogatina, dotadas de máquinas manipuladas para 
lesar o jogador. Há indícios de que pode haver 
ainda outros altos integrantes do Judiciário 
comparsas dessa máfia. 
A sucessão de escândalos de corrupção no 
Brasil costuma provocar nos cidadãos a impressão de 
que o país não tem jeito. É como se a 
desonestidade fosse parte inextirpável do 
caráter nacional. Compreende-se que os 
ânimos se arrefeçam, mas é preciso enxergar o 
fenômeno de um ângulo mais amplo. Em primeiro 
lugar (18), os escândalos só vêm à tona graças 
ao bom funcionamento das instâncias responsáveis 
pela fiscalização do poder – entre as quais a 
imprensa livre, a polícia e, ressalte-se, a imensa 
maioria dos integrantes do Poder Judiciário. Em 
segundo lugar, a cada quadrilha estourada, a cada 
esquema desvendado, dá-se um passo a mais 
para a depuração das instituições. Por isso, 
pode-se analisar a operação da Polícia Federal ora 
em curso (24) como uma contribuição ao 
aprimoramento da Justiça, cuja distribuição 
igualitária e eficiente é um dos pilares das 
sociedades abertas e modernas. A continuar por 
esse caminho, o Brasil tem jeito, sim. 
 
No quadro abaixo, encontram-se os comentários acerca dos elementos de coesão destacados no texto. 
 
 
(1)Embora essa “série de escândalos‖ esteja indefinida, é a expressão desencadeadora da organização 
do texto. 
(2) O autor apresenta, sem comentários, o primeiro dos três poderes institucionais e, a partir daí, 
dois escândalos aí ocorridos. 
(3) O autor apresenta, sem comentários, o segundo dos três poderes institucionais. 
(4) Essa expressão marca a passagem para a apresentação dos escândalos no Legislativo. Não há 
comentários acerca desses escândalos. 
(5) Essa expressão marca a passagem para a apresentação do escândalo no Judiciário. No meio da 
 
16 
 
expressão é apresentado o escândalo aí ocorrido. 
(6) Essa expressão apresenta o terceiro dos três poderes, que é o Judiciário. 
(7) Refere-se ―quadrilha que explorava o jogo de caça-níqueis‖, que, por sua vez, antecipa a ―banda 
podre‖ do Judiciário. 
(8) Refere-se a ―banda podre‖, identificando-a. 
(9) Refere-se a ―três desembargadores‖ e a ―um ministro‖. 
(10) Refere-se a ―liminares‖. 
(11) Refere-se aos envolvidos no escândalo que pagaram pelas liminares. 
(12) Elemento que mostra a inclusão de membros do Judiciário no escândalo. 
(13) Refere-se aos desembargadores e ao ministro, além de deixar marcado o envolvimento de outros 
integrantes do Judiciário. 
(14) Refere-se a ―banda podre‖, já detalhada anteriormente. 
(15) Recupera ―uma série de escândalos na esfera institucional‖ do primeiro parágrafo para o articular 
com o segundo e para acrescentar que o Brasil não tem jeito. 
(16) Conector que opõe a impressão de que o Brasil não tem jeito a um novo modo de ―ver‖ os 
escândalos, anunciando-se um otimismo. 
(17) Refere-se aos escândalos na esfera institucional. 
(18) Expressão que fragmenta, num primeiro momento, a noção ―amplo‖, anteriormente 
apresentada. 
(19) Essas ―instâncias‖ são apresentadas a seguir, após um travessão, destacando-se o Judiciário. 
(20) Operador que enfatiza a ideia seguinte. 
(21) Opõe-se a ―banda podre‖ do primeiro parágrafo, assinalando o otimismo do autor. 
(22) Expressão que fragmenta, num segundo momento, a noção ―amplo‖, anteriormente apresentada. 
(23) Conector responsável por encaminhar o fechamento da questão de que o Brasil tem jeito. 
(24) Refere-se a ―Operação Hurricane‖, no primeiro parágrafo. 
(25) Refere-se ao Poder Judiciário. 
(26) Refere-se a ―Justiça‖. 
(27) Expressão que abre a conclusão subjetiva do autor. ―Esse caminho‖ refere-se ao fato de que, se os 
esquemas são desvendados, há depuração das instituições. 
(28) Recupera o título do título do texto, deixando explícito o otimismo do autor. 
 
 
 Você percebeu que um texto não é 
simplesmente um conjunto de frases aleatório. 
A nossa experiência como falante não é a de 
formar frases; a nossa experiência é a de 
produzir textos a todo momento. A análise e a 
leitura do texto O Brasil tem jeito mostraram o 
papel dos mecanismos de coesão, que é, de 
acordo com Antunes (2005, p. 47), criar, 
estabelecer e sinalizar os laços que deixam os 
vários segmentos do texto ligados, articulados, 
encadeados. Portanto, a função da coesão é a 
de promover a continuidade do texto, a 
sequência interligada de suas partes, para que 
não se perca o fio de unidade que garante sua 
interpretabilidade. 
Quando lemos o primeiro parágrafo do 
texto O Brasil tem jeito, temos a impressão – ou 
somos levados a isso – de que o Brasil não tem 
jeito. São mencionados vários escândalos nos 
poderes constitutivos de nosso país. Na 
transição para o segundo parágrafo, o autor 
retoma a ―série de escândalos‖ do primeiro 
parágrafo para, além de dar continuidade ao 
seu texto, fazê-lo progredir noutra direção, 
que é a de nos levar a acreditar que o Brasil tem 
jeito. No interior de cada parágrafo, são feitas 
retomadas e antecipações, além de se deixarem 
explícitas algumas conexões. Tudo isso para 
garantir não só a continuidade do texto, mas 
também o sucesso de sua interpretabilidade. 
 
17 
 
Há dois tipos de coesão: a referencial e 
a sequencial. O primeiro tipo se caracteriza por 
substituições de um elemento por outro e por 
reiterações de elemento do texto. O segundo 
tipo se refere ao desenvolvimento 
propriamente dito, ora por procedimentos de 
manutenção temática, como emprego de 
termos pertencentes ao mesmo campo 
semântico, ora por meio de processos de 
progressão temática, que podem realizar-se por 
meio da satisfação de compromissos textuais 
anteriores ou por meio de novos acréscimos ao 
texto. 
Quando vamos escrever um texto nos 
baseamos em quatro elementos centrais: a 
repetição, a progressão, a não-contradição e a 
relação. Todas essas partes compõem o texto, 
relacionando-se com o que já foi dito ou com o 
que se vai dizer. Vejamos o que quer dizer cada 
um desses elementos. 
 
Repetição – Ao longo de um texto coerente, ocorrem repetições, retomadas de 
elementos. Essa retomada é normalmente feita por pronomes ou por palavras e expressões 
equivalentes ou sinônimas. Também podemos repetir a mesma palavra ou expressão, o 
que deve ser feito com cuidado, a fim de que não seja prejudicado. 
 
Progressão – Num texto coerente, devemos sempre acrescentar novas informações ao 
que já foi dito. A progressão complementa a repetição: esta garante a retomada de 
elementos passados; aquela garante que o texto não se limite a repetir indefinidamente o 
que já foi colocado. Dessa forma, equilibramos o que já foi dito com o que se vai dizer, 
garantindo a continuidade do tema e a progressão do sentido. 
 
Não-contradição – Num texto coerente, não devem surgir elementos que contradigam 
aquilo que já foi considerado falso, ou vice-versa. Esse tipo de contradição só é tolerado se 
for intencional. Não se deve confundir a não-contradição com o contraste, pois a 
aproximação de idéias e fatos contrastantes é um recurso muito freqüente no 
desenvolvimento da argumentação. 
 
Relação – Num texto coerente, os fatos e conceitos devem estar relacionados. Essa 
relação deve ser suficiente para justificar sua inclusão num mesmo texto. Para que se avalie 
o grau de relação dos elementos que vão construir o texto, é importante organizá-lo 
esquematicamente antes de escrever. Feito o esquema, é importante observar se a 
aproximação das idéias é realmente eficaz. 
 
Esses quatro itens (repetição, 
progressão, não-contradição e relação) podem 
ajudar a avaliar o grau de coesão dos textos. A 
configuração final do texto depende ainda de 
outros fatores, como o canal de comunicação, 
o perfil do receptor e as finalidades pretendidas 
pelo emissor. Todos esses fatores afetam 
diretamente as feições do texto que se pretende 
bem-sucedido. 
Alguns elementos linguísticos são 
importantes na produção do texto. O sentido 
deles deve ser captado pelos leitores. Esses 
elementos linguísticos são os operadores 
argumentativos. Eles servem para orientar a 
sequência discursiva, estabelecendo relações 
entre os segmentos do texto: orações de um 
mesmo período, períodos, sequências textuais, 
parágrafos ou partes de um texto. É importante 
lembrar que num texto, principalmente de 
natureza argumentativa, o uso de operadores 
mostra a capacidade do produtor de 
apresentar, de defender e de refutar 
argumentos. Os principais valores dos 
operadores argumentativos são: adição, 
oposição ou contraste, alternância, 
conclusão, explicação, causa, 
comparação, condição, conformidade, 
consequência, finalidade, proporção, 
tempo, inclusão e exclusão, enumeração 
e distribuição, retificação, entre outros. 
 
 
18 
 
1) Identifique pelo menos uma incoerência no texto a seguir. 
 
Durante sua carreira de goleiro, 
iniciada no Comercial de Ribeirão Preto, sua 
terra natal, Leão, de 51 anos, sempre impôs 
seu estilo ao mesmo tempo arredio e 
disciplinado. Por outro lado, costumava ficar 
horas aprimorando seus defeitos após os 
treinos. Ao chegar à seleção brasileira em 
1970, quando fez parte do grupo que 
conquistou o tricampeonato mundial, Leão não 
dava um passo em falso. Cada atitude e cada 
declaração eram pensadas com uma 
racionalidade típica de sua família, jáque seus 
outros dois irmãos, Edmílson, 53 anos, e 
Édson, 58, são médicos. (Correio Popular, Campinas, 
20 out. 2000 - com adaptações) 
2) Por que as frases abaixo são ambíguas? 
 
a) A cantora deixou a plateia emocionada. 
b) O pai proibiu o filho de sair de seu carro. 
c) O médico examinou o paciente preocupado. 
d) A mãe procurou o brinquedo do filho em seu quarto. 
e) Crianças que recebem leite materno frequentemente são mais sadias. 
f) No site ―namoro‖ é possível conhecer muitas pessoas sem nenhum compromisso. 
g) Polícia prende acusado de matar a namorada no velório dela. 
h) Andando pela zona rural do litoral norte, facilmente se encontram casas de veraneio e moradores de 
alto padrão. 
i) Atendimento preferencial para idosos, gestantes, deficientes, crianças de colo (Placa sobre um dos 
caixas de um banco). 
j) Uma pesquisa com 600 crianças e adolescentes mostra que a publicidade tem função pedagógica – e 
prova que a garotada vê comerciais com um inteligente ceticismo. 
 
3) O texto a seguir é uma reprodução de uma placa de aviso afixada nas bombas de etanol dos postos 
de combustíveis. Identifique a incoerência presente nesse aviso. 
 
 
 
 
4) Leia os textos a seguir para preencher os quadros. Na coluna de coesão referencial, escreva o 
referente ao qual o termo ou expressão destacada faz alusão. Na coluna da coesão sequencial, diga o 
valor semântico do conector destacado. 
 
 
19 
 
Texto 1: [Glicose como fonte de energia] 
 
A glicose é constantemente aproveitada 
pelas células do corpo como fonte de energia, 
por isso é necessário manter sua concentração 
no sangue em equilíbrio. Níveis glicêmicos 
alterados (elevação ou redução) trazem 
consequências negativas para o corpo, e a 
maneira mais adequada de reduzir essas 
complicações é tentando manter o equilíbrio. 
Para isso se faz necessário realizar medições da 
glicemia. 
As diferentes técnicas de 
monitoramento da glicose no sangue podem 
ser classificadas em laboratorial e portátil. A 
primeira é mais confiável, entretanto, como 
gera maiores custos, seu uso fica restrito aos 
laboratórios de análises clínicas e hospitais. 
Outra desvantagem observada é a necessidade 
de maiores volumes de sangue (três mililitros) 
para realizar o teste. 
Além disso, é preciso muito cuidado e 
agilidade ao manipular uma amostra que será 
submetida à dosagem de glicose no laboratório, 
pois o consumo desse carboidrato pelos 
eritrócitos no sangue ocorre na taxa de 
aproximadamente 10% por hora em 
temperatura ambiente. Esse consumo pode ser 
ainda mais acelerado se a amostra estiver 
contaminada. (Texto adaptado). 
 
 COESÃO REFERENCIAL COESÃO SEQUENCIAL 
sua – por isso – 
essas complicações – Para – 
isso – entretanto – 
A primeira – como – 
o teste – Além disso – 
desse carboidrato – pois – 
Esse consumo –icose) se – 
 
Texto 2: A maçã não tem culpa 
 
Pela lenda judaico-cristã, o homem 
nasceu em inocência. Mas a perdeu quando 
quis conhecer o bem e o mal. Há uma distorção 
generalizada considerando que o pecado 
original foi um ato sexual, e a maçã ficou sendo 
um símbolo de sexo. 
Quando ocorreu o episódio narrado na 
bíblia, Adão e Eva já tinham filhos pelos 
métodos que adotamos até hoje. Não usaram 
proveta nem recorreram à sapiência técnica e 
científica do ex-doutor Abdelmassih. Numa 
palavra, procederam dentro do princípio 
estabelecido pelo próprio Senhor: "Crescei e 
multiplicai-vos". O pecado foi cometido 
quando não se submeteram à condição humana 
e tentaram ser iguais a Deus, conhecendo o 
bem e o mal. A folha de parreira foi a primeira 
escamoteação da raça humana. 
Criado diretamente por Deus ou 
evoluído do macaco, como Darwin sugeriu, o 
homem teria sido feito para viver num paraíso, 
em permanente estado de graça. Nas religiões 
orientais, o homem, criado ou evoluído, ainda 
vive numa fase anterior ao pecado dito original. 
O homem se interioriza pela 
meditação, deixando a barba crescer ou 
tomando banho no Ganges, já que busca a si 
mesmo dentro do universo físico e espiritual. 
Quando atinge o nirvana, ele vive uma situação 
de felicidade, num paraíso possível. Adão e 
Eva, com sua imensa prole, poderiam ter 
continuado no Éden se não tivessem cometido 
o pecado. A maçã de Steve Jobs não tem nada a 
ver com isso. 
Repito: o pecado original não foi o 
sexo, o ato do sexo, prescrito pelo próprio 
latifundiário, dono de todas as terras e de todos 
os mares. A responsabilidade pelo pecado foi a 
soberba do homem em ter uma sabedoria igual 
à de seu Criador. 
 
(Adaptado de CONY, Carlos Heitor. A maçã não tem culpa. 
Disponível em: <http://www1.folha.uol.com.br>). 
 
20 
 
COESÃO REFERENCIAL COESÃO SEQUENCIAL 
a – Mas – 
princípio estabelecido pelo próprio Senhor – nem – 
ele – como – 
sua (imensa prole) – já que – 
isso – se – 
 
5) Leia este texto para responder ao que se pede. 
 
Comissária da EgyptAir “previu” desastre no Facebook 
 
 
Samar Ezz Eldin, aeromoça que estava no avião da EgyptAir que 
caiu no mar Mediterrâneo na última quinta-feira (19), “previu” que seria 
vítima de um acidente aéreo por meio de uma montagem postada no 
Facebook há mais de dois anos. 
Publicada em 26 de setembro de 2014, a imagem mostra Eldin 
saindo da água, puxando uma mala e com a roupa molhada e ao fundo 
a cauda de um avião afundando. A foto já foi compartilhada mais de 5 
mil vezes na rede social. 
Uma parente da aeromoça, Mervat Mohamed, disse ao jornal Al 
Watan que Eldin tinha 26 anos, trabalhava havia dois na EgyptAir e 
tinha se casado seis meses antes da tragédia. Ao todo, 66 pessoas 
estavam a bordo do voo MS804, que seguia de Paris, na França, para o 
Cairo, no Egito, mas desapareceu dos radares no sul do Mediterrâneo. 
Ainda não se sabe o que teria causado o desastre, mas especula-
se que a aeronave tenha sido derrubada por um atentado terrorista. 
 
(Disponível em: <http://noticias.terra.com.br>. Acesso: 22 maio de 2016. Data de 
publicação: 21 maio 2016). 
 
 
a) A leitura do título leva a que interpretação? Depois de ler o texto, que interpretação deve ser dada 
ao título? Reescreva o título de modo que fique clara a intenção comunicativa. 
b) Neste fragmento, transcrito com adaptações do texto, há uma ambiguidade sintática. Identifique-a 
e reescreva o fragmento de modo que seja dada a ele a interpretação desejada pelo jornalista. 
 
Samar Ezz Eldin “previu” que seria vítima de um acidente aéreo por meio de uma montagem postada no Facebook. 
 
 
6) Leia o fragmento de matéria jornalística reproduzido a seguir para responder ao que se pede. 
 
Teste evita biópsia de próstata desnecessária 
 
Aparelho usa onda eletromagnética para examinar a glândula de forma 
não invasiva em caso de suspeita de câncer 
 
 
Homens que passam por biópsia podem sofrer efeitos colaterais 
e ansiedade; nova tecnologia está em teste 
 
 
MARIANA VERSOLATO 
EDITORA-ASSISTENTE DE "CIÊNCIA+SAÚDE" 
 
 
 Um aparelho cilíndrico que é posicionado entre as pernas do 
paciente pode evitar biópsias desnecessárias na próstata, segundo um 
estudo do A.C. Camargo Cancer Center. 
 O hospital em São Paulo é o primeiro do país a usar esse exame na 
prática clínica. 
 O teste com o equipamento pode ser feito por homens com 
suspeita de câncer de próstata que já se submeteram aos exames de 
toque e de sangue (PSA) e têm indicação para fazer uma biópsia. 
 
21 
 
 O objetivo é definir quem realmente deve ser submetido à biópsia, 
um procedimento invasivo que pode causar ansiedade e efeitos como 
dores e sangramento na urina e na ejaculação. 
 Na biópsia, uma agulha inserida no reto colhe fragmentos da 
próstata do paciente. A anestesia pode ser local (com sedação) ou geral. 
[...]. 
 
 
(Disponível em: <http://www1.folha.uol.com.br>. Acesso: 20 maio 2016. Data de 
publicação: 01 nov. 2013). 
 
 
a) O título da matéria pode gerar um estranhamento no leitor. Por quê? Reescreva o título demodo 
que fique clara a intenção comunicativa. 
b) Em muitas situações textuais, o leitor, em virtude de seu conhecimento de mundo, faz uma 
interpretação que não corresponde literalmente ao que foi dito ou escrito. Qual é a informação que 
está explícita na passagem destacada a seguir? Como deve ser interpretada? 
 
O objetivo é definir quem realmente deve ser submetido à biópsia, um procedimento invasivo que pode causar 
ansiedade e efeitos como dores e sangramento na urina e na ejaculação. 
 
 
7) Leia esta notícia, para responder ao que se pede. 
 
Morre bebê de brasileira que foi abusada e atirada da janela 
 
Menina de 17 meses também havia sofrido abusos sexuais 
 
 Morreu na noite da última terça-feira (26) a pequena Alicia, filha de 
17 meses de uma jovem brasileira que foi jogada da janela de um 
apartamento por um espanhol em Vitoria, no País Basco. A informação é 
do jornal El Mundo . 
 O episódio ocorreu na madrugada da segunda passada (25), 
quando a mãe entrou em casa e surpreendeu o homem, que tem 30 
anos, abusando sexualmente da menina. Os dois então começaram a 
discutir, até que ele atirou Alicia pela janela da residência, que fica no 
primeiro andar de um prédio. 
 A criança ainda ficou internada por quase dois dias com 
politraumatismos graves, mas não resistiu aos ferimentos. A brasileira, 
que tem cerca de 18 anos, segue internada, mas não corre risco de 
morrer, enquanto o espanhol está sob custódia da polícia na unidade de 
psiquiatria de um hospital de Vitoria. 
 
(Disponível em:<http://noticias.terra.com.br>. Acesso: 20 maio 2016. Data de publicação: 
27 jan. 2016). 
 
 
a) O produtor dessa notícia foi eficiente na sua elaboração? Por quê? 
b) No último parágrafo, as proposições introduzidas pelo ―mas‖ contrapõem-se às proposições 
anteriores que giram em torno do verbo ―internar‖. Que informações implícitas podem ser detectadas 
a respeito da internação da ―criança‖ e da ―brasileira‖? 
 
 
8) Leia, com atenção, o fragmento de texto a seguir para responder ao que se pede. 
 
 
Vaticano admite abuso de freiras por padres 
 
O Vaticano admitiu ontem a validade de um relatório segundo o 
qual alguns missionários e padres obrigam freiras a fazer sexo com 
eles, chegando, em alguns casos, a cometer estupro e forçar as vítimas 
a fazerem abortos. Segundo o relatório, citado pelo jornal romano "La 
Repubblica", algumas freiras são forçadas a tomar pílulas 
 
22 
 
anticoncepcionais. 
De acordo com o Vaticano, o problema se restringe a 
determinada área geográfica, mas o relatório citou casos ocorridos em 
23 países, incluindo Brasil, Estados Unidos, Filipinas, Índia, Irlanda e 
Itália. A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil evitou pronunciar-se 
– sua assessoria disse que a entidade tomou conhecimento das 
informações por meio da imprensa. [...] 
 
 
(PAGANI, Steve. Disponível em: <http://www1.folha.uol.com.br>. Data de postagem: 21 
março 2001. ). 
 
 
 
a) Nesse fragmento de texto, há duas ocorrências do verbo ―admitir‖: uma no título e outra na 
primeira linha. Essas duas ocorrências geram o mesmo efeito de sentido? Por quê? 
b) O conector ―mas‖ é empregado, geralmente, para estabelecer uma relação semântica de contraste 
ou de oposição entre termos ou ideias. Como você avalia o emprego desse conector no primeiro 
período do segundo parágrafo? 
 
 
 
9) Complete as lacunas com elementos de coesão sequenciais. 
 
a) Os aterros sanitários diferem de lixões (em que o lixo é despejado no solo a céu aberto) 
_________________ têm dispositivos para minimizar efeitos nocivos ao ambiente, 
_________________ impermeabilização do solo, drenagem e tratamento de efluentes líquidos e 
gasosos e cobertura dos resíduos. Há ainda uma categoria intermediária, os aterros controlados, que 
usam princípios de engenharia para confinar os resíduos e fazem sua cobertura após cada jornada de 
trabalho (evitando danos à saúde pública), _________________ não dispõem de outros mecanismos 
para impedir a poluição local. _________________ importância da adoção de medidas para a 
preservação ambiental, não é raro o uso de lixões no Brasil. _________________ dados da Pesquisa 
Nacional de Saneamento Básico realizada em 2000 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística 
(IBGE), o lixo produzido diariamente no país naquele ano chegava a cerca de 125 mil toneladas. Desse 
volume total, 47,1% era destinado a aterros sanitários, 22,3% a aterros controlados e 30,5% a lixões. 
Mas, em relação ao número de municípios que dava ao lixo um destino final adequado, a situação não 
era favorável: 63,6% utilizavam lixões, 18,4%, aterros controlados e 13,8%, aterros sanitários; 5% 
não informaram para onde vão seus resíduos. 
 
b) A Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (Unesco) estima que há 880 
milhões de analfabetos adultos e 115 milhões de jovens em idade escolar fora da escola, entre a 
população mundial. A Unesco, _________________, não divulgou os números para cada país 
pesquisado. Em setembro do ano passado, o Ministério da Educação divulgou os dados mais recentes 
sobre o Brasil, onde 14,7% da população entre 14 e 49 anos de idade continua analfabeta. Houve uma 
grande redução do problema, _________________, há 20 anos, mais de 30% da população naquela 
faixa etária não sabia ler e escrever. O Ministério relacionou a queda dos índices de analfabetismo com 
o aumento da escolaridade: em 1980, apenas 49% das crianças entre 7 e 14 anos estavam na escola, 
percentual que subiu para 96% no ano passado. O Brasil reduziu pela metade o percentual de 
analfabetos na população, _________________ dobrou o número de crianças em idade escolar nas 
salas de aula. Esse avanço é relevante, _________________ a simples alfabetização já não é mais 
suficiente para a conquista de emprego num mercado de trabalho competitivo. 
 
 
 
23 
 
c) O mais recente relatório do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC)prevê que a 
produção de alimentos em todo o mundo pode sofrer um impacto dramático nas próximas décadas por 
conta das mudanças climáticas provocadas pelo aquecimento global. _________________ os 
cientistas do painel, o aumento da temperatura ameaça o cultivo de várias plantas agrícolas 
_________________ pode piorar o já grave problema da fome em partes mais vulneráveis do 
planeta. Países pobres da África e da Ásia seriam os mais afetados, _________________ grandes 
produtores agrícolas, _________________ o Brasil, _________________ sentiriam os efeitos, já 
na próxima década. 
 
10) Numere os períodos na ordem em que formem um texto coeso e coerente. 
 
( ) Essa invenção permitiu o sofisticado gosto dos reis franceses de colecionar livros, e a mesma 
revolução que os degolou foi responsável por abrir suas coleções ao povo. 
( ) Há cerca de 2.300 anos, os homens encontraram uma maneira peculiar de guardar o 
conhecimento escrito juntando-o num mesmo espaço. A biblioteca foi uma entre outras das brilhantes 
idéias dos gregos, que permanecem até hoje. 
( ) Apesar da resistência da Igreja, a informação começou a girar mais rápido com a invenção da 
imprensa de Gutemberg. 
( ) Assim, as bibliotecas passaram a ser "serviço de todos", como está escrito nos anais da maior 
biblioteca do mundo, a do Congresso, em Washington, que tem 85 milhões de documentos em 400 
idiomas diferentes. 
( ) Depois deles, a Idade Média trancou nos mosteiros os escritos da antiguidade clássica e os 
monges copistas passavam o tempo produzindo obras de arte. 
 
11) Numere os períodos na ordem em que formem um texto coeso e coerente.ponto) 
 
( ) A geolocalização indica, por rastreamento de dados do IP do computador ou do GPS do celular, 
exatamente onde uma pessoa está. 
( ) As empresas sabem disso e estão criando formas para fazer com que a distância entre a casa e o 
emprego diminua. 
( ) Com essa informação, é possível rastrear um candidato mais próximo a uma companhia. 
( ) Uma das maisrecentes é usar recursos de geolocalização na hora do recrutamento. 
( ) Hoje, um dos grandes anseios dos profissionais é morar perto do trabalho. 
 
12) Os sinais de pontuação foram retirados dos textos a seguir. Pontue-os adequadamente. 
 
Texto 1: O que acontece com a comida que sobra do restaurante 
 
Ela até pode ser doada mas geralmente 
é descartada se a comida foi exposta como em 
um bufê de restaurante por quilo ela 
necessariamente precisa ser jogada fora se foi 
preparada e armazenada na cozinha seguindo as 
normas da resolução RDC nº 275 da Anvisa 
pode ser doada em até um dia porém por causa 
da Lei n° 8.137 de 1990 quem responde por 
qualquer problema que essa comida possa 
causar na saúde de alguém é o restaurante se 
um estabelecimento qualquer doar as sobras a 
uma instituição e depois esse alimento causar 
alguma doença, é o próprio doador que será 
responsabilizado por isso a maioria dos 
restaurantes prefere jogar a comida fora 
 
 
 
24 
 
Texto 2: Carne branca ou carne escura 
 
Famoso na ceia de Natal o peru começa 
a tomar conta dos supermercados mas o que é 
melhor comer a carne branca do peito ou a 
carne escura das coxas as diferenças 
nutricionais entre as duas não são tantas em 
geral o que faz um corte de peru ou qualquer 
outro tipo de ave mais escuro do que outro é o 
tipo e músculo que contém a carne é mais 
escura se tem níveis mais altos de mioglobina 
um composto que permite que os músculos 
transportem oxigênio necessário para 
atividades que gastem energia como perus e 
galinhas não voam e andam bastante a carne das 
pernas deles é mais escura enquanto suas asas e 
peitos são brancos muitas pessoas escolhem 
carne branca por causa do seu conteúdo 
calórico comparada com a branca a carne 
escura contém mais ferro zinco riboflavina 
tiamina e vitaminas B6 e B12 ambas têm menos 
gordura do que a maioria dos cortes de carne 
vermelha então não tem como escolher errado 
 
Texto 3: Vacas mugem com sotaque regional diz estudioso 
 
Um estudo recente da Universidade de 
Londres afirma que as vacas como as pessoas ao 
falarem apresentam sotaques regionais distintos 
ao mugir o professor John Wells especialista 
em fonética da Instituição foi investigar o 
assunto depois que criadores de vacas leiteiras 
perceberam ligeiras diferenças nos "muuuus" 
das vacas de diferentes regiões em seu rebanho 
eu passo muito tempo com as minhas vacas e 
definitivamente elas mugem com um sotaque 
de Somerset disse Lloyd Green que tem uma 
fazenda em Glastonbury no oeste da Inglaterra 
conversei com outros fazendeiros na região e 
eles também perceberam fatos semelhantes em 
suas vacarias com cachorros também é assim 
quanto mais próxima a relação do dono com os 
animais mais fácil é pegarem o sotaque Wells 
afirma que também já foram identificados 
sotaques diferentes em passarinhos para o 
estudioso entretanto o fenômeno pode ser 
resultado do contato com outros animais da 
região não com humanos 
 
13) Uma leitura atenta do texto abaixo mostra que foram retiradas as vírgulas. 
 
Ao anular uma norma catarinense que negava autorização para impressão de notas fiscais a empresas 
devedoras de ICMS o STF determinou que o poder público em todas as esferas deixe de aplicar 
sanções arbitrárias a contribuintes inadimplentes. Esse tipo de punição está previsto em legislações 
municipais e estaduais em todo o país. Com base no parágrafo único do artigo nº 170 da Constituição 
dez dos 11 ministros definiram que a cobrança de tributos deve ser executada por seus meios típicos. 
 
O número de vírgulas suprimidas é: ________________________________. 
 
14) Esquematize as frases a seguir, pondo em evidência os paralelismos. 
 
a) Governo ou se torna racional ou se destrói de vez. 
b) Não estou descontente com seu desempenho, mas sim com sua arrogância. 
c) Falava-se da chamada dos conservadores ao poder e da dissolução da Câmara. 
d) O projeto não só será aprovado, mas também posto em prática imediatamente. 
e) Estamos questionando tanto seu modo de ver os problemas quanto sua forma de solucioná-los. 
 
15) Reescreva as frases abaixo, estabelecendo os paralelismos. 
 
 
25 
 
a) Ele não só trabalha mas também é estudante. 
b) Mentir tornou-se mais conveniente do que a verdade. 
c) Para vencer, é preciso esforço e que sejamos compenetrados. 
d) Trata-se de um argumento forte e que pode encerrar o debate. 
e) Faríamos a pesquisa na biblioteca, mas, à última hora, desistiu-se. 
f) Durante as quartas-de-final, o time do Brasil vai enfrentar a Holanda. 
g) É enorme a discrepância entre os candidatos e as vagas nos concursos. 
h) Tanto os países da América do Sul e os da América Central estão enfrentando dificuldades políticas. 
i) A preservação do meio ambiente representa não só um dever de cidadania e para que o planeta 
sobreviva. 
j) Preparo profissional e estimular senso crítico são metas essenciais para sobressair-se no mercado de 
trabalho. 
k) Muitos brasileiros vivem abaixo da linha da miséria, enquanto os Estados Unidos são famosos pelo 
seu alto padrão de vida. 
 
16) Indique as alternativas nas quais ocorre a quebra do paralelismo. Em seguida, faça a correção. 
 
a) Gosto de dançar e comer bolos de chocolate. 
b) Ora jogava videogame, ora fazia a lição de casa. 
c) Acordou, tomou banho, foi pra aula e estudou o dia inteiro. 
d) Após lavar o carro, Joana sentiu-se cansada e dormiu a tarde inteira. 
e) O presidente da Rússia negocia com a Ucrânia sobre a crise na Crimeia. 
f) Quanto mais estudamos, as chances de passarmos no vestibular aumentam. 
g) A diferença entre computadores disponíveis e crianças no laboratório de informática é grande. 
 
17) Leia os trechos a seguir e proponha uma redação adequada para as quebras de paralelismo 
presentes neles. 
 
a) Austrália é uma nação construída sobre a cerveja. Quando Port Jackson — o local em torno do qual 
a cidade de Sydney surgiu — foi colonizado no final do século 18, seus poucos habitantes estavam 
famintos não apenas por comida, mas se ressentiam também da falta de um suprimento constante de 
cerveja e outros tipos de bebidas alcoólicas. (Disponível em: <https://www.terra.com.br>). 
 
b) Haydon Morgan, cervejeiro da empresa, ficou encarregado da fermentação da levedura secular e 
descobriu que ela tinha propriedades bem diferentes de suas semelhantes comerciais modernas. 
(Disponível em: <https://www.terra.com.br>). 
 
c) Após testar pequenos fermentos de 120 litros, eles aumentaram a produção para 5 mil litros, o que 
gerou um resultado ligeiramente diferente, uma cerveja com um perfil de sabor diferente da 
fermentação, ganhando a etiqueta de "temperamental" da equipe cervejeira. (Disponível em: 
<https://www.terra.com.br>). 
 
d) Não é raro, no atual momento, um mesmo profissional fazer trabalhos para rádio, TV e imprensa 
escrita. Mas é fundamental que cada um desses meios seja abordado com uma perspectiva característica 
e condizente com as necessidades de seu público. Esse contato com os espectadores vai se intensificar 
ainda mais a partir dos próximos anos, seja na televisão, na internet ou mesmo em veículos grandes, a 
tendência é que cada vez mais a mídia trabalhe para proporcionar diferentes sensações ao público, 
usando sons, imagem e textos para informar.(Disponível em: <https://g37.com.br>). 
https://g37.com.br/
 
26 
 
e) O país se prepara para ter um novo ‗mapa‘ dos solos brasileiros. O mapeamento, com diferentes 
graus de detalhamento, permitirá gerar dados para o subsídio de políticas públicas, assim como para 
orientar a agricultura e apoiar decisões de crédito agrícola, entre outras ações. Coordenado pela 
Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), o Programa Nacional de Solos do Brasil 
(PronaSolos) envolverá diversos ministérios e órgãos federais e deve mapear todos os solos do país em 
até 30 anos. (Disponível em: <http://cienciahoje.org.br>) 
 
18) Indique os paralelismos sintáticos da publicidade a seguir. 
 
EM 28 ANOS, O BNB CONSEGUIU DEIXAR AS 
COISAS BEM MELHORES.PARA TODOS OS SANTOS 
 
Até 1952, Padre Cícero era, praticamente, o único agente de 
desenvolvimento do Nordeste. 
 
A ele se recorria para arranjar emprego, casar a filha, garantir o inverno, curar 
doenças, erradicar endemias, abrir caminhos, mostrar soluções. 
 
Hoje, as coisas mudaram. Pede-se aos santos, mas espera-se que as soluções 
venham pelo esforço e ação das instituições humanas. 
 
Como, por exemplo, o BNB, que responde ao desemprego com crédito 
industrial; ao drama da seca com pesquisa técnica cientifica e financiamento de 
projetos de açudagem e irrigação; à baixa produtividade agrícola com apoio 
técnico e crédito rural; aos problemas das áreas metropolitanas com 
investimentos em infraestrutura urbana. 
 
Com o apoio e a participação, é claro, de toda a comunidade nordestina. 
 
Pois os milagres, hoje, nascem sempre das mãos, do coração e da mente de 
todos os santos de casa. 
 
Banco do Nordeste do Brasil S.A. 
O banco de 35 milhões de brasileiros. 
 
19) Considere este artigo do CC: 
 
A doação pode ser revogada por ingratidão do donatário ou por inexecução do cargo. 
 
A = A doação 
B = pode ser revogada 
C = por ingratidão 
D = por inexecução do cargo 
Considerando que as setas representam relações sintáticas entre expressões linguísticas, assinale a 
opção que corresponde à estrutura do período. 
 
 
a) 
 
 
b) 
 
 
c) 
 
 
d) 
 
 
e) 
 
http://cienciahoje.org.br/
 
27 
 
20) Este anúncio publicitário é marcado por quebra de paralelismo. Identifique essa quebra e 
proponha uma solução. 
 
80% dos professores são mestres e doutores – índice similar às melhores faculdades públicas 
brasileiras. 
 
3.2 Parágrafo isolado e no texto 
 
O parágrafo é, segundo Garcia (1978, p. 
203), ―uma unidade de composição, constituída 
por um ou mais de um período, em que se 
desenvolve determinada idéia central, ou 
nuclear, a que se agregam outras secundárias, 
intimamente relacionadas pelo sentido e 
logicamente decorrentes dela.‖ A definição desse 
autor não se aplica a todo tipo de parágrafo; 
aplica-se a apenas ao parágrafo-padrão. 
O parágrafo-padrão é bastante 
recorrente nos textos de natureza dissertativa, já 
que trabalham com ideias e exigem rigor e 
objetividade na composição. Apresenta a 
seguinte estrutura: a) introdução ou tópico 
frasal: expressa a ideia principal do parágrafo, 
definindo seu objetivo; b) desenvolvimento: 
corresponde a ampliação do tópico frasal, com 
apresentação de ideias secundárias que o 
fundamentam ou esclarecem; c) conclusão: nem 
sempre presente, especialmente nos parágrafos 
mais curtos e simples, a conclusão retoma a ideia 
central, levando em consideração os diversos 
aspectos no desenvolvimento. 
O texto a seguir, que é uma resenha, 
ilustra essa concepção de parágrafo-padrão.
 
Os descobridores, de Daniel J. Boorstin; Civilização Brasileira; 646 páginas 
 
O caminho que o historiador americano Daniel Boorstin escolheu para 
escrever essa história* compacta da ciência é duplamente inovador. Em primeiro 
lugar, ele deixou de lado os habituais catálogos de nomes e descrições de 
experimentos que costumam rechear as obras de referência, entediando o leitor 
não especializado. Preferiu fazer a crônica da luta surda que sempre se travou 
entre as fantasias que os séculos transformariam em ciência e a “intocável 
realidade” que os instrumentos científicos de uma época podiam detectar. A 
segunda novidade foi a opção por uma narrativa romanceada – e não 
burocraticamente cronológica – para descrever a trajetória da evolução de 
alguns instrumentos, como o relógio, a bússola e o microscópio. Com isso, 
algumas passagens da obra ganham sabor inesperado. É o caso da história dos 
despertadores digitais, que o leitor aprenderá, deliciosamente, ter sua origem 
numa engenhoca inventada nos mosteiros medievais com a finalidade de acordar 
os monges para as orações noturnas. Longe da sisudez dos textos 
técnicos, Boorstin consegue a proeza de unir precisão científica e 
leitura acessível. 
 
 
Assunto: a obra Os descobridores, de Daniel J. Boorstin, editada pela Civilização Brasileira. 
Delimitação do assunto: resenha crítica da obra. 
Objetivo fixado: mostrar a dupla inovação pelo escritor Boorstin ao escrever a história da ciência. 
Tópico frasal: Boorstin, ao escrever uma história compacta da ciência, procede a duas inovações. 
 
Plano de desenvolvimento das ideias: 
1 Apresentação das duas novidades: 
1.1 Abandono dos catálogos de nomes e descrições de experimentos e preferência pela crônica. 
1.2 Opção por uma narrativa romanceada. 
Conclusão: o autor une precisão científica e leitura acessível. 
 
28 
 
1) Para cada conjunto de informações esquemáticas a seguir, produza um parágrafo dissertativo-
argumentativo completo. Observe a delimitação de cada um deles e fixe um objetivo. Para a 
elaboração do tópico frasal e do desenvolvimento, seja fiel às informações dos quadros; não faça 
comentários, apenas descreva. Na conclusão, apresente sua opinião. Na redação, leve em 
consideração o emprego do paralelismo. 
 
a) Como empresários de sucesso começam o dia 
 
 
 
(Disponível em: <https://www.nibo.com.br/blog/como-empresarios-de-sucesso-comecam-o-dia/>) 
 
 
29 
 
b) Complicações causadas pela insônia 
 
 
 
(Disponível em: <http://osteocarlapestana.blogspot.com/2016/02/insonia.html>) 
 
 
 
 
c) Abandono da prática de esportes 
 
 
 
(Disponível em: <http://www.esporte.gov.br/diesporte/2.html>) 
 
 
 
 
30 
 
d) Consuma sem consumir o mundo em que você vive 
 
 
 
(Disponível em: <https://bunifeitabira.blogspot.com/2011/11/consuma-sem-consumir-o-mundo-que-vive.html>) 
 
 
31 
 
2) Mostre como o autor, no texto a seguir, garantiu a progressão e a articulação das ideias por meio de 
parágrafos bem concatenados. 
 
Vivendo com o lixo 
 
Há dez anos, dei-me conta de que o 
aparelho de fax em minha bancada de trabalho 
só estava servindo para ocupar espaço – 
suficiente para acomodar os quatro volumes do 
"Lello Universal", os três do "Webster's 
Dictionary" e os nove da "História da 
Literatura Ocidental", de Otto Maria 
Carpeaux. Sei disso porque foi o que botei no 
lugar quando me livrei do bicho. 
Custei a perceber que há muito 
ninguém me mandava mensagens por fax nem 
eu para ninguém. Não havia motivo para 
conservar o objeto que, apesar de meio úmido 
de maresia, ainda funcionava bem. Assim, dei-o 
para minha faxineira, que o aceitou empolgada 
– até concluir que, também para ela, aquele 
aparelho já era inútil, derrotado pelo e-mail. 
Perguntei-lhe outro dia o que tinha feito com o 
fax. Não se lembrava. 
É o que vivo me perguntando: para 
onde vão esses aparelhos depois que morrem? 
Com os eletrodomésticos, é diferente: antes de 
ir para o ferro-velho, um liquidificador pode 
atravessar gerações, mesmo que bata abacate, 
amendoim e gelo de hora em hora. mas 
celulares, torres, teclados, monitores, 
notebooks, mouses, baterias, pilhas têm de ser 
regularmente jogados fora, destino que 
também já atinge iPods, Kindles, Nooks etc. – 
esses, não por desgaste, mas por já superados. 
E para onde vão as embalagens de plástico disso 
tudo? 
Por mais que os órgãos do ambiente 
lutem para que as empresas que produzem ou 
vendem lixo eletrônico o recebam de volta e 
lhe deem um fim adequado – chama-se a isso 
de "logística reversa" –, parte de seus 
componentes tóxicos continua entre nós, no ar 
ou na água. Donde não se espante se, numa 
dessas, seu café ou suco vier temperado com 
mercúrio, chumbo, berílio, cádmio ou 
arsênico. 
Afinal, para onde quer que se mande 
esse veneno – reciclado ou não –, ele não tem 
como deixar o planeta. 
 
(CASTRO, Ruy. Vivendo com o lixo. Disponível em: 
<www1.folha.uol.com.br/fsp/opiniao/78830-vivendo-
com-o-lixo.shtml>. Acesso em: 18 abril 2015 – com 
adaptações). 
 
 
3) O objetivo do Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade) é avaliar o desempenho dos 
estudantes com relação aos conteúdos programáticos previstos nas

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