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justiça ambiental

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A modernização ecológica é um processo que procura conciliar o crescimento econômico e a resolução de conflitos ambientais com ênfase em adaptação tecnológica, economia de mercado e crença na colaboração e no consenso. A questão ambiental apresenta um confronto entre uma posição cultural e uma posição utilitarista :Posição cultural: questiona os valores do consumismo estabelecido na era capitalista e por meio da industrialização químico-mecanizada da agricultura; Posição utilitarista: inaugurada pelo Clube de Roma, estava preocupada em assegurar a continuidade da acumulação capitalista por meio da economia de recursos em matéria e energia.
A ideia de justiça ambiental se fundamenta na promoção de uma cultura de direitos e na crítica às consequências da posição ambiental utilitarista, que defende uma modernização ecológica do capitalismo contemporâneo sem abordar a questão social em torno dos conflitos ambientais; No Brasil, a relação estabelecida entre movimentos sociais e ambientais se caracterizará pela defesa aos ambientes culturalmente definidos (indígenas, quilombolas, ribeirinhos), busca de proteção social igualitária contra os efeitos de segregação e desigualdade ambiental produzidos pelo mercado e a defesa dos direitos de acesso igualitário aos recursos ambientais
As conferências ambientais surgiram da preocupação com a relação homem-natureza, em que os impactos causados pela ação antrópica se tornaram crescentes, atingindo o meio ambiente, em muitos casos de forma irreversível (desmatamentos, contaminação da água, emissão de gases poluentes e outros). Ex: a eco-92 despertou a atenção do mundo para problemas importantes no Brasil, como o avanço do desmatamento, conflitos por terra na Amazônia
“que braseiro, que fornalha
Nem um pé de plantação
Por falta d’água perdi meu gado
Morreu de sede meu alazão” asa branca- Luiz Gonzaga
Somente após a última árvore ser cortada. Após o último rio ser envenenado. Após o último peixe ser pescado. Somente então o homem perceberá que não pode comer dinheiro!” Provérbio Indígena Norte-Americano
Deparamos-nos com tantas questões ambientais: poluição, desmatamento da Amazônia, incêndios em florestas, aquecimento global e tantas outras.
Então ouvimos muito que o desenvolvimento sustentável é a solução para essas questões. Mas você sabe o que significa?  
O conceito desenvolvimento sustentável foi idealizado na Conferência de Estocolmo em 1972 e conceituado no Relatório Brundtland em 1987 como: 
 “Aquele que atende as necessidades do presente sem comprometer a possibilidade das gerações futuras de atender as suas próprias necessidades” (NAÇÕES UNIDAS, 1987).
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E como se faz isso?
Para Ignacy Sachs (2004), um dos principais nomes na idealização do conceito, o desenvolvimento deve ser ambientalmente sustentável, economicamente viável e socialmente desejável.
Em outras palavras o desenvolvimento deve prezar pelo crescimento econômico que traz melhores condições sociais e com menor impacto ao meio ambiente.
No entanto, a gente sabe que no atual sistema econômico, movido por produção e consumo, tais objetivos não são pautados - não há distribuição de renda e não há preocupação com os danos a natureza.
Para tanto, um desenvolvimento mais sustentável precisa levar em consideração o modo de produção e o padrão de consumo compatível com a base material (recursos oferecidos pela natureza).
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Logo, pode-se dizer que desenvolvimento sustentável é um conceito aberto e por vezes contraditório que é utilizado ao interesse do capital, pois está pautando na desigualde dos meios de produção e de divisão do trabalho que acarreta diversos problemas ambientais e sociais.
Para José Eli da Veiga (2005) o desenvolvimento sustentável é uma utopia para o século XXI. Ainda é um conceito em construção e é sempre pauta de discussão das conferências promovidas pelas Nações Unidas sobre Meio Ambiente.
 Em nível global, atualmente essa discussão é orientada pela Agenda 2030 que traz diversos objetivos para uma gestão mais sustentável.
3)Pode-se considerar dois planos de ação: (1) um relativo às políticas especificas para cada tipo de problema ambiental a ser enfrentado; (2) o outro relativo à estabilização da expansão do sistema em nível sustentável – o crescimento zero. Em relação ao primeiro plano de ação, para a economia ecológica é preciso simplesmente inverter a lógica de decisão da economia ambiental: a quantidade de recursos naturais a ser usada – escala – deve ser previamente definida com base em parâmetros ecológicos de sustentabilidade. Ao definir limites de uso dos recursos naturais surge o problema da sua distribuição entre os diversos atores, cujo critério deve ser o da justiça. Finalmente, caberá ao mercado a alocação eficiente dos investimentos enquadrada por essas restrições ecológicas e sociais.
Em relação ao segundo plano de ação, objeto da quinta e conclusiva seção, são brevemente analizados os dois problemas a enfrentar para se alcançar o crescimento zero: (a) parar o crescimento econômico sem gerar uma crise; (b) as expectativas de consumo em sociedades de consumo. A solução técnica para o primeiro problema é especialmente a de formulação de políticas macroeconômicas, uma macroeconomia ambiental. De modo mais específico, trata-se de enfrentar, por exemplo, o problema do emprego, da desigualdade e do estímulo às inovações tecnológicas.
A legitimidade para a implementação dessas políticas depende da solução do segundo problema, aquele das expectativas de consumo que tornam legítimas as políticas opostas, de estímulo ao crescimento. A aceitação, por parte da população, de restrições ao consumo em benefício de populações de outros países e/ou de um futuro longínquo implica, forçosamente, certa dose de altruísmo. Entretanto, esse necessário altruismo legitimador de políticas de crescimento zero poderá ser reforçado pela percepção crescente de que o nível de conforto material atual é mais do que suficiente, e que continuar o esforço de crescimento produzirá mais malefícios que benefícios. Uma definição de desenvolvimento sustentável é, então, proposta.

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