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Aspectos básicos do planejamento de construções em confinamentos

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Universidade Federal de São João del Rei
Aspectos básicos do planejamento de construções em confinamentos
Amanda Oliveira Ramos
Caroline Oliveira Gontijo
São João del Rei, 22 de Maio de 2017
Introdução
O rebanho bovino brasileiro obteve um acréscimo de 569 mil cabeças em 2014, chegando a 212,3 milhões de cabeça, mantendo em segundo colocado no ranking mundial, atrás apenas da Índia (IBGE). A região Centro-Oeste é responsável por 33,5% do gado bovino nacional sendo a principal região produtora. Já as regiões do Mato Grosso, Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso do Sul e Pará respondem, juntos, por mais da metade do efetivo nacional (54,0%). É o que mostra a pesquisa Produção da Pecuária Municipal (PPM) 2014.
A criação destes animais pode ser conduzida a pasto, ou em confinamento, sendo que os bovinos criados a pasto apresentam um bom desenvolvimento na estação das chuvas, e fraco desempenho na época seca do ano, quando mantém ou até mesmo perdem peso, isso é devido à baixa produção e qualidade das pastagens durante o período das secas. Por isso no Brasil o confinamento é utilizado principalmente nestas épocas das secas, visando alcançar melhores preços no pico desta entressafra. 
A grande extensão territorial que o Brasil abriga favorece a criação em altos números sem que haja a competição com o espaço do homem. O clima tropical também é um ponto crucial para essa criação, onde temos variadas espécies de forrageiras, o que facilita a adaptação de diversos animais.
Temos por definição que Confinamento é o sistema de criação de bovinos em que lotes de animais são encerrados em piquetes ou currais com área restrita, e onde os alimentos e água são fornecidos em cochos, sendo mais utilizado em terminações de bovinos, sendo essa a fase que antecede a o abate do animal.
As instalações devem ser construídas de forma a proporcionar conforto aos animais, para que possam expressar todo o potencial dado pelo patrimônio genético para ganho de peso, além de facilitar o manejo, e ainda serem econômicas.
Objetivo
O objetivo do presente trabalho é elucidar os principais aspectos na construção de confinamentos de bovinos, definindo as fases de exploração e o ambiente adequado para cada uma delas.
Fases da exploração
Criação das bezerras e bezerros: Conduzida a pasto junto com o aleitamento natural até a desmama, esta acontece do terceiro ao oitavo mês de vida e é completada a pasto durante o resto do ano, nesta fase os animais contém idade de 0 a 1 ano. 
São necessários piquetes-maternidade contendo abrigos como forma de proteção dos animais contra condições ambientais desfavoráveis. No sistema tradicional, as vacas permanecem com os bezerros durante 24 horas por dia. Mas, o manejo tem sido feito recentemente, de forma que os bezerros fiquem com as vacas somente em um determinado período do dia, pela manhã, por exemplo.
A fase de criação é conduzida também em sistema de semi-confinamento na época seca, em instalações apropriadas dentro do curral (abrigos contendo comedouros, bebedouros, cocho para sal mineral), onde os animais recebem o pasto reservado e alimentação suplementar. Os bezerros possuem fase crítica nos primeiros 60 dias de vida e por isso, eles precisam de abrigos apropriados de. 
Para tratar dos bezerros nos comedouros dos pastos, com volumosos e concentrados, uma opção introduzida no Brasil é o "creep-feeding", que consiste de uma área cercada (eucalipto ou ipê) contendo portões de entrada com dimensões apropriadas somente ao acesso dos bezerros a comedouro coberto. 
A Figura 1 mostra os detalhes de construção de um "creep-feeding" utilizado numa fazenda de Paulínia, SP, no qual há disponibilidade de 6 metros de comedouro para 30 animais. Na Figura 2, podem ser visualizados mais alguns modelos dessa instalação.
 Fase de cria: Compreende a reprodução e o crescimento até a desmama, onde o bezerro atingirá 25 a 35% do peso de abate. No Brasil, a média de peso corporal à desmama é de 150 a 180 kg. Nesta fase, os bezerros desenvolvem o sistema nervoso e a ossatura, sendo necessário muito critério na condução dessa fase, onde esta representa para o produtor a fase de menor rentabilidade e a de maior risco. 
O rebanho de cria compreende os reprodutores, as vacas, as novilhas de reposição e os bezerros em aleitamento. 
Fase de recria: tem como objetivo, complementar o desenvolvimento ósseo e muscular do animal, correspondendo, em termos de planejamento a idade de 1 a 2 anos. 
Vai da desmama ao início da reprodução das fêmeas ou ao início da fase de engorda dos machos. Feita à base de pasto na estação chuvosa e à pasto mais suplementação alimentar na estação seca. 
Fase de terminação ou engorda: Prepara o animal para o corte. Pode ser conduzida à base de pasto o ano todo (extensivo), pasto na estação chuvosa e pasto mais alimentação suplementar na estação seca (semi-intensivo) ou em sistema de confinamento, técnica alternativa de engorda intensiva. 
Como instalações de apoio, são necessários silos para forragem, galpões de máquinas, cochos para sal mineral e farinha de ossos e ainda, tanque para melaço-uréia, além dos currais de manobra. 
O confinamento não é recomendado nas fases de cria a recria, pois além de ser anti-econômico, interfere no movimento do animal e conseqüentemente, no seu desenvolvimento muscular. 
Dados recentes evidenciam baixa taxa de desfrute na bovinocultura de corte no Brasil: de cada 100 bois, são abatidos somente 21,7, enquanto que para os EUA, esse índice é de 34,8 (MÂNCIO, 2001). Talvez, no sistema de exploração intensiva esteja a solução para este problema, urna vez que há alteração no ritmo do crescimento dos bois, o que modifica o ciclo pecuário e a capacidade de exploração. 
Vantagens no confinamento do gado de corte: exploração intensiva de pequenas a médias propriedades; exploração racional de recursos forrageiros; a obtenção de animais na entressafra de modo a normalizar preços médios; redução na idade de abate favorecendo retomo mais rápido do capital de giro; produção de adubo orgânico o que economizará na fertilização natural das capineiras que servirão de alimento para o próprio gado, e, a grande vantagem da maior maciez da carne. 
É necessário frisar porém, que confinamento requer capacidade profissional, pois o insucesso pode significar grandes prejuízos financeiros.
Localização do confinamento
A escolha do local onde serão instalados os currais de engorda é crucial para o sucesso do empreendimento e deve-se observar:
A. As facilidades de acesso.
B. As facilidades de captação e de distribuição de água. 
C. O controle da poluição ambiental, observando a posição dos currais em relação aos cursos de água. 
D. A proximidade das outras áreas que fazem parte do projeto. 
E. O conforto aos animais.
F. Os currais de engorda devem ser construídos em áreas onde o solo apresente boa drenagem, observando uma declividade entre 3 e 5%, principalmente se o piso não for revestido. A utilização de quebra ventos é importante e reflete na considerável melhoria das condições ambientais e de conforto. Á área onde estão situados os currais de engorda deve permitir facilidades no manejo dos resíduos e sua reciclagem. Os currais de engorda devem ser construídos à montante da área destinada à construção de esterqueiras ou lagoas de sedimentação, observando que devem apresentar declividade a partir dos cochos, facilitando a captação da água e dificultando a formação de lama.
Setores de um confinamento 
A. Setor de armazenamento de alimentos e preparo de rações.
 área para produção de alimentos
B. Sistema de abastecimento de água. 
C. Setores de manejo do gado na terminação ou engorda.
 D. Sistema de manejo de efluentes líquidos.
 E. Sistema de manejo de dejetos sólidos. 
F. Setor administrativo
TIPOS DE CONFINAMENTO 
1) A céu aberto: Composto de curraletes, contendo um comedouro para volumosos que deve estar localizados ao longo das cercas e na parte externa, um cocho de sal e um bebedouro. Estes, foram feitos para confinar na entre 50 a 100 animais, sendo que para cadabovino deve ser disponibilizado e cerca de 8 a 20 m2. Unicamente os cochos de sal são cobertos (entretanto, boa parte dos currais de confinamento brasileira não apresenta cochos cobertos, devido ao alto custo), com pavimentação à sua frente. Os curraletes são separados por divisórias, que pode ser confeccionadas de madeira ou cordoalha. Deve-se existir área de sombreamento para os bovinos, como árvores, para garantir conforto, bem-estar para os animais, evitando consequentemente estresse e perda na produção.
 
2) Galpão Fechado (Galpão de Encerra): Consiste em um galpão com uma cobertura com beiral com largura de aproximadamente com área disponível para cada metro de largura, pé direito de metros, sendo recomendado para 40 a 50 bovinos. Dentro desse galpão deve estar disponível para casa animal 3,0 a 5,0 m², contendo comedouro para volumosos, sal mineral e bebedouro. Esse sistema não é muito utilizado no Brasil, devido a seu alto custo e necessidade de equipamentos e mão de obra especializado, mas como ponto positivo é um ótimo controle de doenças, temperatura, vento, umidade e entre outros.
Disposição dos currais no confinamento 
A forma mais prática e viável é aquela que adota os currais retangulares com o cocho na parte superior e o fundo do curral na parte inferior do terreno, com o dreno de captação de efluentes líquidos externamente ao curral. 
Nas Figuras 2 e 3 vemos currais retangulares do tipo cocho com cocho, ou seja, em um mesmo corredor temos linha de cocho dos dois lados, ou duas linhas de alimentação. Nessas figuras são mostrados vários detalhes dos corredores de alimentação e de manejo, das declividades a serem adotadas, do sistema de drenagem e do posicionamento de bebedouros. O mais importante é que o formato dos currais de engorda facilite a alimentação, o abastecimento de água, a drenagem, a retirada de dejetos sólidos, o manejo do gado, o acesso aos currais enfermaria, a ao setor administrativo.
Pisos
O piso de chão batido com o uso de cascalho com pelo menos 15 metros de largura ao longo dos cochos, a declividade deve ser de aproximadamente 5% (não menos de 3%), começando nos cochos o que facilita o escoamento da água de chuvas, evitando e dificultando a formação de lama. É recomendável a construção de uma calçada de concreto, na parte interna do cocho, com largura não deve ser menor de 3 metros, e a mesma é medida de acordo com a precipitação pluviométrica. Em terrenos onde a topografia apresenta declividade inferior a 2% devemos construir as áreas de descanso para os animais, e dessa forma, será necessária a movimentação de terra e preparo do terreno. 
Dimensões 
Em geral, os currais são construídos para abrigar entre 50 e 200 cabeças, e como recomendação prática utiliza-se os currais com menor número de animais para as categorias mais pesadas, e os currais maiores para animais mais jovens (leves). Outro detalhe de muita importância é a profundidade dos currais que não deve exceder 65 metros. Profundidades maiores dificultam as vistorias em relação aos animais presentes nos currais.
Densidade animal nos currais de engorda 
O tipo de piso se é revestido ou não, a precipitação pluviométrica da região onde será implantado o confinamento exercem influência direta em relação à recomendação da densidade. As condições de conforto oferecidas para os animais também tem relação direta, de acordo com que aumentamos esse conforto, a densidade populacional também aumenta. As densidades recomendadas devem ser de 4 m2 /animal em currais totalmente cobertos, 5–10 m2 /animal para currais com piso revestido, 20–50 m2 /animal com piso de chão batido, 100 m2 /animal com piso de chão batido e em regiões de alta precipitação. Alguns códigos de prática e bem estar animal recomendam no mínimo 9 m2 /cabeça, e esta densidade deve considerar o regime de chuvas no local. A tabela a seguir mostra algumas orientações técnicas. 
 
Cochos
 A escolha dos cochos e do modelo devem ser aqueles que facilitem a distribuição e consumo dos alimentos pelos animais sem que ocorram desperdícios e não devem comprometer a integridade física dos mesmos. Existem materiais classificados como os mais econômicos e tecnicamente mais adequados, são eles os sintéticos, derivados do petróleo, de madeira e os de concreto. Quanto à proteção da chuva, os cochos podem ser descobertos ou cobertos, sendo que a adoção de um ou de outro, dependerá principalmente das condições climáticas prevalecentes na região e da freqüência de uso das instalações. 
Em regiões onde ocorrem baixas precipitações durante a época seca do ano, e as instalações são usadas somente nesta época, deve-se optar pelo cocho descoberto. Entretanto, face ao percentual que a alimentação representa no custo total do confinamento, e dos reflexos que problemas de manejo com a alimentação podem trazer quanto ao ganho e conversão alimentar, a cobertura do cocho não deve ser descartada, principalmente se houver uso mais intenso das instalações, eliminando assim os riscos de alterações climáticas imprevisíveis que prejudicam o manejo alimentar. No entanto, qualquer decisão deve passar por uma criteriosa análise técnica e econômica, sempre buscando alternativas que possibilitem tornar o sistema mais eficiente. O dimensionamento dos cochos deve atender a alguns quesitos, tais como: 
A. Volume de alimentos a ser distribuído. 
B. Forma de distribuição dos alimentos 
C. Conforto dos animais, no sentido de facilitar o consumo e, portanto, devem ser construídos sem cantos nas partes internas. 
As medidas mostradas aqui podem servir de base para a construção dos cochos (Figura 9), a largura no topo deve ficar entre 70 e 80 cm; a largura na base entre 45 e 60 cm; a profundidade deve ser de 50 cm e a borda superior deve estar a 70 cm do solo. A medida linear (comprimento) por animal depende da categoria, e para que todos os animais dos diferentes currais sejam alimentados ao mesmo tempo, deve ser de 70 cm/animal (para animais mais pesados), e de 40 a 60 cm/animal para lotes mais jovens. O espaço de cocho por animal deve levar em conta a hierarquia social e o acesso físico ao mesmo.
Cercas e Porteiras 
As cercas utilizadas em sistema de confinamento não possuem tantas diferenças das já conhecidas em currais clássicos. Já as porteiras possuem duas localizações, as que são construídas na cabeceira dos currais, ou seja, na face dos cochos é devido à importância e a facilidade para a limpeza de dejetos sólidos, e as localizadas no fundo do curral para o manejo do gado facilitando o trabalho dos peões. 
Bebedouros 
A localização dos bebedouros devem ser em um local afastado de qualquer fonte de contaminação, por exemplo devem ser afastadas dos comedouros/cochos devido a contaminação pelos alimentos. Com a construção deste com uma distância de no mínimo 10 metros essa contaminação será bastante minimizada. Uma boa localização seria no fundo do curral, onde se houver algum tipo de vazamento as condições do curral será mantida e a manutenção será mais fácil.
Qualquer que seja a localização dos bebedouros há necessidade de um calçamento ao redor do mesmo, que deve ser de pelo menos 3 x 3 metros. Os bebedouros podem ser construídos de forma a atender um ou dois lotes, sendo essa escolha dependente da intensidade de uso e tamanho do projeto, mas a melhor opção é de um bebedouro por curral. Estes itens também definem o tipo de material a ser utilizado, mas independente de qual o seja, recomenda-se 5o cm de profundidade e 3 cm lineares para cada animal, com uma vazão mínima de 0,3%/minuto do volume estimado para consumo diário.
Solário 
O uso do solário não Brasil não é bem adequada apesar de ter uma importância muito grande no manejo dos gados mantendo-os limpos e secos. Mas em países onde a pratica dessa atividade já é antiga, usa-se regularmente. A construção dos solários devem possuir forma retangular, devem ser compactados e respeitando uma altura mínima 1,5 metros no centro, e uma inclinação de 25% nas laterais e que também devemser planas. 
Corredores 
Para um manejo fácil, correto e sem ocorrer o estresse nos animais está intimamente ligada ao acesso a todos os setores da forma mais pratica e fácil. Devido a isso os corredores de serviço como os de condução de animais, limpeza dos cochos e bebedouros, retirada dos resíduos devem ser recomendados a ser separados do corredor de recebimento dos alimentos. Onde os corredores de serviços ficam locados no fundo do curral na parte externa e junto a cerca, e os de alimentação ficam na frente dos cochos também na parte externa. 
As dimensões dos corredores depende do tamanho e densidade do confinamento, sendo recomendável um tamanho entre 4 e 12 metros, sendo que o tamanho de 8 metros já garante a passagem de 2 veículos juntos, o que acaba racionalizando o tempo. Recomenda-se que o corredor de alimentação seja pavimentado, ou seja, feita um cascalhamento principalmente em regiões onde a precipitação pluviométrica seja grande, essa recomendação evita que o solo se ceda durante a distribuição dos alimentos o que dificultará a distribuição. Em relação ao uso de cascalho nos corredores de manejo deve-se ficar atento quando o uso de eqüinos na lida do gado. 
As dimensões dos corredores de serviço também são variáveis como no corredor de alimentação. Recomenda-se que a largura dos mesmo se coincidem com a da porteira, o que implicará em uma facilidade do manejo do gado. 
Manejo de resíduos 
Os resíduos provenientes de instalações, tanto os dejetos sólidos como o líquido, de qualquer área de produção é baste prejudicial para o meio ambiente. Durante o planejamento de uma instalação deve conter medidas que evitem e controlam os efeitos causados por esses resíduos. Em caso de um sistema despoluição, deve-se observar algumas normas recomendadas, como: 
A. Evitar que a precipitação pluvial ocorrendo fora da área do confinamento venha a confluir sobre ele. 
B. Todos os confinamentos devem possuir, em terreno adjacente, tanques ou lagoas de retenção e sedimentação para captação das águas servidas. 
C. Todos os currais, pavimentados ou não, devem apresentar uma declividade a partir da área de alimentação (cochos) que possibilite o escoamento e a coleta das águas servidas. 
Externamente as cercas do fundo do curral devem ser construídas os canais coletores para a drenagem, visando captar as águas servidas para os tanques de retenção. Os mesmo devem ser projetados e construídos de modo a conduzir sólidos em suspensão; 
A. Após tempo suficiente de sedimentação, o conteúdo residual líquido dos tanques ou lagoas deve ser retirado e espalhado em outro local. 
B. O esterco acumulado nos currais deve ser raspado e amontoado, reservando-se áreas secas para o descanso dos animais. 
C. Terminada a operação, todo o esterco acumulado deverá ser transportado para as esterqueiras ou para as áreas de cultura. Os drenos para captação de efluentes líquidos devem ser localizados fora do curral no sentido oposto aos cochos, e a drenagem é fundamental para manter as boas condições dos currais.
Referencias Bibliográficas
BRANCO, Antonio Ferriani. Manual de instalações para confinamento de bovinos
ALMANAQUE DO CAMPO. Confinamento de bovinos. Disponível em: <http://www.almanaquedocampo.com.br/imagens/files/confinamento_bovinos_corte.pdf>. Acesso em: 15 mai. 2017.
SOUZA, Cecília De F.; TINOCO, Ilda De F. F.; SARTOR, Valmir. Informações básicas para projetos de construções.

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