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O realismo surge como uma vertente crítica ao pensamento liberal do período entre guerras, acaba por ter uma perspectiva dominante nas RI’S e nos traz uma tradição de pensamento político com pressupostos comuns e ocorrem mudanças nos padrões repetitivos, que acabam por ser causa-efeito. Temos como os principais percursores o Tucídides, Nicolau Maquiavel, thomas hobbes e carl von clausewitz Nesse período temos a guerra do Peloponeso que nos traz alguns pontos importantes como o equilíbrio de poder, as alianças militares, natureza egoísta dos interesses das cidades-estados. É nos apresentado a razão fundamental para a guerra, que acaba por dizer sobre o crescimento do poder ateniense e o medo que essas mudanças nas relações de poder acabaram gerando em esparta. Aqui existe a predominância do poder sobre a moral, que é mostrada no diálogo dos mélios, no livro que foi escrito por Tucídides “o justo, nas discussões entre os homens, só prevalece quando os interesses de ambos os lados são compatíveis, e os fatores exercem o poder e os fracos se submetem” (p. 348, p 389). No diálogo dos melos nos é apresentado a racionalidade dos atores, a primazia das forças militares, o equilíbrio de poder, a natureza egoísta do homem e a desconfiança nas alianças circunstanciais Maquiavel escreveu o livro intitulado de “o príncipe” onde neste ele diz sobre a importância do para deter as ameaças existentes à segurança nacional, que podem colocar em risco a própria sobrevivência do estado. No livro ele aborda a questão da balança de poder e da formação de alianças entre cidades-estados na Itália. Ele nos mostra uma visão pessimista da natureza humana e analisa o mundo como ele é, e não como ele deveria ser de fato. Nota-se uma inaplicabilidade dos padrões morais individuais à condução do estado que é guiada por objetivos políticos e pelo uso de quaisquer meios disponíveis para poder preservar seus interesses e manter a segurança. O leviatã foi escrito pelo Thomas hobbes, que vai retratar uma visão pessimista da natureza humana e nos traz a necessidade de um contrato social que gira em torno de um estado civil, onde nós, seres humanos “vendemos” a nossa liberdade para vivermos em um estado que nos traga segurança. No livro ele descreve sobre a soberania absoluta e diz que sem um controle central forte, o caos acaba por permanecer, juntamente da guerra civil e do estado de natureza. Para os realistas o princípio da soberania prevalece na relação entre os estados, em decorrência do sistema Internacional ser anárquico, onde não há qualquer governo acima das unidades soberanas que o compõem, não existindo o contrato social entre os estados, não há ordem possível e a desconfiança mútua acaba por dominar. Quando estudamos carr, precisamos lembrar que ele escreveu “vinte anos de crise”, que era uma crítica às propostas do idealismo liberal e ao esquecimento da importância do poder nas relações internacionais, além de utilizar conceitos e argumentos realistas, porém, não apresenta uma teoria sistemática das relações entre os estados. Diz a respeito da política internacional como uma política de poder e seu realismo acaba não sendo totalmente despido de preocupações normativas, ao contrário dos autores propriamente realistas. No capítulo cinco, do “A crítica realista” temos que o realismo acaba sendo uma reação à utopia, acaba por retomar a frase de Tucídides onde ele diz “a justiça é o direito do mais forte”. ACABA POR NOS MOSTRAR A DIFERENÇA ENTRE A TEORIA E A PRÁTICA POLÍTICA E BUSCA PELA “VERDADE REAL”, QUE ACABA SE TORNANDO UM OBJETIVO OU DETERMINISMO. No realismo temos três princípios baseados em Maquiavel que são: A história é uma sequência de causa e efeito. Isso para os realistas significa que temos uma natureza humana, que somos egoístas. Onde acaba se derivando a causa e efeito e nós acabamos sendo a causa. A prática cria a teoria, não é a teoria que cria a prática. A ética é uma função política, os homens semelhantes pela coação, a moral é o produto do poder. Aqui, é válido lembrar que a moral não está acima do poder, mas ela acaba se derivando dele. O PODER COERCITIVO DECORRE DO 3 PRINCÍPIO, VAI DECORRER DO QUE É NECESSÁRIO, O ESTADO TEM ESSE PODER E DA VALORIZAÇÃO DO USO DA FORÇA POR PARTE DO ESTADO Crença no progresso histórico da humanidade “a história não pode ser julgada exceto por padrões histórico” – a história cria o direito e não o direito que cria a história. Já que é necessário julgar a história nós padrões para podermos entender ela de uma forma linear e de que ela é um ciclo de causa e efeito. Fatores materiais da política. Aqui é necessário que o estado pense e tenha materiais concretos. Interesse nacional acaba sendo o sentido de que existe os interesses das nações. Seu interesse acaba sendo sua sobrevivência e o interesse do estado é manter seu território e a sua sobrevivência. É UMA REALIDADE APRENDIDA PELO ESTUDIOSOS. Relatividade do pensamento – teorias intelectuais e padrões éticos não são apriorísticos, mas condicionados historicamente, frutos de interesses e circunstâncias. Com o processo empírico, os estudiosos conseguem estudar E compreender a realidade, onde essa realidade, pode ser aprendida pelos estudiosos, que elabora as teorias e vai tirando os padrões da sociedade, padrões éticos que estão na realidade. NÓS SERES HUMANOS TEMOS UM PENSAMENTO BEM DEPENDENTE DA REALIDADE. Pragmatismo do pensamento – dirigido à execução de objetivos, intencional – O duplo processo de desacreditar moralmente a política de um inimigo em potencial, e justificar moralmente a sua própria política - ex. Teorias produzidas para desacreditar um inimigo, ou inimigo em potencial, são uma das formas mais comuns de pensamento intencional. Retratar inimigos, ou possíveis vítimas, como seres inferiores perante Deus tem sido uma técnica familiar, de toda forma, desde os dias do Velho Testamento. As teorias raciais, antigas e modernas, pertencem a esta categoria pois o domínio de um povo, ou classe, sobre outro é sempre justificado pela crença na inferioridade mental e moral do dominado. Estado se identifica como nação . É UMA REALISDE APREENDIDA PELO ESTUDIOSOS. OS REALISTAS NOS FAZEM ENXERGAR O MUNDO DE FOMRA DESCONFIADA. Teorias da moral social são sempre produto de um grupo dominante, que se identifica com a comunidade como um todo, e que possui facilidades, negadas aos grupos ou indivíduos subordinados, para impor sua visão da vida na comunidade. As teorias da moral internacional são, pela mesma razão e em virtude do mesmo processo, o produto das nações ou grupos de nações dominantes. (p.105) Harmonia de interesses pretensa ou fictícia, criada pelo poder dominante do grupo privilegiado – segurança coletiva e resistência à agressão servem ao propósito de proclamar a identidade de interesses entre as nações. NA HARMONIA DE INTERESSES TEMOS INTERESSE DIFERENTES. A harmonia de interesses não existe, então a minha retórica acaba por criar essa “harmonia “. Com a existência de interesses, significa que eu vou defender os meus interesses.