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1 2019 Sistemas de Transporte I Professor José Nelson SISTEMAS DE TRANSPORTE I AULA 04 INSTITUTO TECNOLÓGICO DE CARATINGA CURSO DE ENGENHARIA CIVIL 2 2019 Sistemas de Transporte I Professor José Nelson HIERARQUIZAÇÃO VIÁRIA 3 2019 Sistemas de Transporte I Professor José Nelson PLANEJAMENTO DA CIRCULAÇÃO VIÁRIA • Compatibilizar volumes de tráfego que utilizam as vias públicas com a capacidade dessas em suportar tais volumes; • Viabilizar uma rede eficiente de circulação; - Observar características geométricas das vias; - Alterações na circulação vigente; - Reordenar fluxos de tráfego ou promover alterações na geometria das vias. 4 2019 Sistemas de Transporte I Professor José Nelson fo n te : re v is ta 4 R o d as Publicidade, 1.962 5 2019 Sistemas de Transporte I Professor José Nelson Planejamento da oferta • a oferta à circulação de veículos é fornecida pelo sistema viário de uma cidade ou região • o sistema viário é resultado da aplicação de medidas urbanísticas de uma cidade ou região, resultantes do planejamento urbano, determinado por seu plano diretor 6 2019 Sistemas de Transporte I Professor José Nelson Planejamento da oferta • o sistema viário deve ser um dos instrumentos para permitir a mobilidade da população com conforto, rapidez e segurança • o plano diretor de uma cidade deve ser pensado em conjunto com o planejamento de transportes – portanto, ambos devem ser associados • não é racional tentar acompanhar o crescimento da frota expandindo o sistema viário 7 2019 Sistemas de Transporte I Professor José Nelson Planejamento da oferta Quatro Rodas, jan.62 8 2019 Sistemas de Transporte I Professor José Nelson Planejamento da oferta • entre outros elementos, o plano cidade diretor deve da conter uma as regras de uso e ocupação do solo • o município deve ter um tratamento legal para a permissão da construção de Polos Geradores de Tráfego – PGTs (Denatran 2001) fonte: Denatran 9 2019 Sistemas de Transporte I Professor José Nelson Planejamento da oferta exemplo de desenho urbano: Paris 10 2019 Sistemas de Transporte I Professor José Nelson Planejamento da oferta Plano de avenidas do prefeito de São Paulo, Prestes Maia, 1935 11 2019 Sistemas de Transporte I Professor José Nelson Planejamento da oferta Plano de vias expressas para a cidade de São Paulo, 1972 12 2019 Sistemas de Transporte I Professor José Nelson fo n te : F o lh a d e S . P au lo Planejamento da oferta Plano de vias expressas para a cidade de São Paulo, 2011 13 2019 Sistemas de Transporte I Professor José Nelson Planejamento da oferta fonte: O Estado de S. Paulo Exemplo de conflito de interesses envolvendo o planejamento urbano, a Engenharia de Tráfego e os moradores (comunidade), empreendedores (grupos e prefeituraeconômicos) (poder público) 14 2019 Sistemas de Transporte I Professor José Nelson fo n te : F o lh a d e S . P au lo , 1 .j u l. 1 3 Planejamento da oferta A aplicação intensiva de tecnologia (incluindo o ITS) permitirá o planejamento de cidades que minimizem a necessidade de deslocamento por transporte individual (são as chamadas “smart cities”) 15 2019 Sistemas de Transporte I Professor José Nelson PLANEJAMENTO DA CIRCULAÇÃO VIÁRIA Rede viária funcional ↕ Definir hierarquização viária ↓ Significa definir funções básicas para cada via Importante: • Vias: papéis distintos; • Operam de forma integrada; • Atendem demandas do tráfego e demais necessidades urbanas. 16 2019 Sistemas de Transporte I Professor José Nelson Analogia: sistema circulatório humano e sistema viário A fig. retrata o sistema circulatório do corpo humano. Em vermelho, as artérias por onde circula o sangue arterial e, em azul, as veias por onde circula o sangue venoso. Algumas veias e artérias são estruturais para o sistema, sendo mais grossas e suportando maior volume de sangue para diferentes órgãos e partes do corpo. 17 2019 Sistemas de Transporte I Professor José Nelson Existem aspectos básicos que devem ser atendidos na definição da hierarquização funcional do sistema viário de uma área ou cidade: ◼ atribuição de uma função prioritária a cada trecho da via (acesso, circulação ou deslocamento); resultando na classificação das vias em locais, coletoras, arteriais (expressas, ...). ◼ prover um sistema contínuo e com transição gradativa (sistema expresso/arterial, alimentação por coletoras, acessadas por locais, ...), balanceado em termos de capacidade (por corredores e rotas principais). HIERARQUIZAÇÃO VIÁRIA 18 2019 Sistemas de Transporte I Professor José Nelson A hierarquização deve permitir que a função atribuída a cada via possa ser efetivamente cumprida, ou seja permitindo a máxima eficiência de deslocamento pelas vias expressas e arteriais; facilitando a circulação e transição para o sistema arterial nas vias coletoras; preservando o ambiente urbano e facilitando o acesso ao uso do solo e às coletoras para as vias locais. HIERARQUIZAÇÃO VIÁRIA 19 2019 Sistemas de Transporte I Professor José Nelson O princípio da hierarquização funcional das vias Em um sistema viário, as vias recebem diferentes tipos de classificação e possibilidade de intervenção. As principais funções das vias em um ambiente urbano são: • deslocamentos de longa distância • ligação entre os bairros • circulação nos bairros • acesso às moradias 20 2019 Sistemas de Transporte I Professor José Nelson HIERARQUIZAÇÃO VIÁRIA Código de Trânsito Brasileiro (CTB) – Artigo 60 As vias são classificadas a partir de suas características funcionais e físicas: : I – Vias urbanas: • Via de trânsito rápido (expressas); • Via arterial; • Via coletora; • Via local. II – Vias rurais: • Rodovia - via rural pavimentada. • automóveis e camionetas - 110 km/h; • ônibus e micro-ônibus - 90 km/h; • demais veículos – 80 km/h; • Estrada - via rural não pavimentada - 60 km/h Além destas, há vias para atendimento a demandas bem específicas, como ciclovias e vias destinadas ao tráfego exclusivo de pedestres. 21 2019 Sistemas de Transporte I Professor José Nelson Segundo o CTB (Anexo I e art. 61): • expressas (ou de trânsito rápido) – aquela caracterizada por acessos especiais com Classificação das vias trânsito livre, sem intersecções em nível, sem acessibilidade direta aos lotes lindeiros e sem travessia de pedestres em nível (velocidade máxima = 80 km/h) 80 Km/h 22 2019 Sistemas de Transporte I Professor José Nelson • Fortes restrições de acessibilidade: - Às áreas adjacentes; - Atividades que comprometam a fluidez. VIAS EXPRESSAS Classificação das vias 23 2019 Sistemas de Transporte I Professor José Nelson • Livre de interferências laterais de veículos e pedestres; • Sem interseções, semaforizadas ou não, pontos de ônibus, táxi ou carga e descarga; • Sem áreas para estacionamento; • A conexão com sistema viário da cidade é realizadas pelas vias de serviço ou coletoras. VIAS EXPRESSAS Classificação das vias 24 2019 Sistemas de Transporte I Professor José Nelson • Transposição do tráfego: - Veicular: viadutos e trincheiras; - Pedestres: passagens subterrâneas ou aéreas. • Os bairros e equipamentos urbanos nas proximidades, via de regra, apresentam problemas de acessibilidade; • Segregam áreas urbanizadas mais que leito de rio; •“Tráfego de passagem” (tráfego que não se destina a determinado bairro ou região, ou mesmo não se destina àquela cidade. VIAS EXPRESSAS Classificação das vias 25 2019 Sistemas de Transporte I Professor José Nelson Especificações gerais: • Malha de vias arteriais: ~ 8 km (distâncias umas das outras); • Pistas separadas; • Mínimo de 2 faixas de tráfego por sentido; • Área de acostamento; • Separador das pistas: barreira física, de modo a impedir travessia irregular de pedestres. • Velocidade máxima: 80 km/h VIAS EXPRESSAS Classificaçãodas vias 26 2019 Sistemas de Transporte I Professor José Nelson • arteriais - aquela caracterizada por intersecções em nível, geralmente controlada por semáforo, com acessibilidade aos lotes lindeiros e às vias secundárias e locais, possibilitando o trânsito entre as regiões da cidade (velocidade máxima = 60 km/h) Classificação das vias 60 Km/h 27 2019 Sistemas de Transporte I Professor José Nelson em detrimento da• Prioridade à fluidez acessibilidade; • Operam como corredores de transporte: - Estrutura básica da rede de transporte público (por elas passa a maioria das linhas de ônibus de uma cidade/regiões de um município). • Interligam PGTs (Pólos Geradores de Tráfego); • “Tráfego de passagem”; • Integradas ao sistema viário urbano existente; • Razoável nível de acessibilidade às áreas adjacentes; VIAS ARTERIAIS Classificação das vias 28 2019 Sistemas de Transporte I Professor José Nelson VIAS ARTERIAIS Classificação das vias 29 2019 Sistemas de Transporte I Professor José Nelson • Proibição de estacionamento; • Operações de embarque e desembarque de pessoas e mercadorias limitadas; • Pontos de ônibus em baias apropriadas, recuadas; • Carga e descarga: - Horários específicos; - Fora dos picos; - Camionetas ou caminhões de médio porte. • Reduzido número de interseções com possibilidade de conversão à esquerda; • Cuidados: pontos para travessia de pedestres (faixas de pedestres semaforizadas e passarelas). VIAS ARTERIAIS Classificação das vias 30 2019 Sistemas de Transporte I Professor José Nelson Conversão à esquerda VIAS ARTERIAIS Classificação das vias 31 2019 Sistemas de Transporte I Professor José Nelson • Malha de vias arteriais: ~ 1 km (distâncias umas das outras); • Pistas separadas; • Mínimo de 2 faixas de tráfego por sentido de tráfego; • Canteiro central; • Segurança: ciclistas e pedestres. • Velocidade máxima: 60 km/h. VIAS ARTERIAIS (Recomendações) Classificação das vias 32 2019 Sistemas de Transporte I Professor José Nelson • Existência de vias arteriais sem capacidade compatível com volumes de tráfego que precisam atender (avanço da urbanização). de• É geralmente impossível a introdução alterações profundas nas suas características. •Transferir, parcialmente, tráfego de passagem dessas vias para outras devidamente projetadas e construídas para atuarem como arteriais. VIAS ARTERIAIS (Considerações) Classificação das vias 33 2019 Sistemas de Transporte I Professor José Nelson • coletoras – aquela destinada a coletar e distribuir o trânsito que tenha necessidade de entrar ou sair das vias de trânsito rápido ou arteriais, possibilitando o trânsito dentro das regiões da cidade (velocidade máxima = 40 km/h) Classificação das vias 40 Km/h 34 2019 Sistemas de Transporte I Professor José Nelson • Vias coletoras e locais; acessibilidade na• Compromisso prioritário: circulação; • Conforto e segurança dos pedestres. • “A vida das cidades acontece em torno das vias coletoras e locais”; • Redes de vias coletoras interligam sistemas arteriais às vias locais, canalizando tráfego dos corredores de transporte para áreas residenciais. VIAS COLETORAS Classificação das vias 35 2019 Sistemas de Transporte I Professor José Nelson VIAS COLETORAS Classificação das vias 36 2019 Sistemas de Transporte I Professor José Nelson • Vias dos bairros; • Normalmente as de melhor condição de traçado e pavimentação; • Utilização pelo transporte público; • Infraestrutura de comércio e serviços do bairro. VIAS COLETORAS Classificação das vias 37 2019 Sistemas de Transporte I Professor José Nelson • Estacionamento: pelo menos em um dos lados: acessibilidade e segurança; • Velocidade máxima 40 km/h; • Não há necessidade de baias para ônibus; • Embarque e desembarque de passageiros junto às calçadas; • Mão dupla e em binários conforme volumes e capacidade; • Vias coletoras distantes ~ 400 metros. VIAS COLETORAS (Recomendações) Classificação das vias 38 2019 Sistemas de Transporte I Professor José Nelson 30 Km/h • locais – aquela caracterizada por intersecções em nível não semaforizadas, destinada apenas ao acesso local ou a áreas restritas (velocidade máxima = 30 km/h) Classificação das vias 39 2019 Sistemas de Transporte I Professor José Nelson • Volumes relativamente baixos; • Inexistência de tráfego de atravessamento (passagem); • Plena acessibilidade às casas e edifícios adjacentes; • Oferta de estacionamento; • Condicionada por limitações da via (características físicas). VIAS LOCAIS Classificação das vias 40 2019 Sistemas de Transporte I Professor José Nelson • Operar preferencialmente em mão dupla; • Mão única: - Áreas muito verticalizadas; - Vias que não apresentam um mínimo de 2 faixas de tráfego; • Velocidade: 30 km/h. VIAS LOCAIS Classificação das vias 41 2019 Sistemas de Transporte I Professor José Nelson Obstáculo na zona de cruzamento: descontinuidade da circulação em vias locais. • Elimina tráfego de passagem (atravessamento), contribuindo para cumprir papel de vias voltadas para a acessibilidade. VIAS LOCAIS Classificação das vias 42 2019 Sistemas de Transporte I Professor José Nelson Supressão do cruzamento de vias locais: ligações diagonais entre passeios. • Elimina tráfego de passagem, sendo as vias voltadas essencialmente para a acessibilidade. VIAS LOCAIS Classificação das vias 43 2019 Sistemas de Transporte I Professor José Nelson VIAS DE USO RESTRITO • Destinadas a atender demandas específicas: - Ciclovias; - Vias destinadas ao tráfego exclusivo de pedestres; ↓ Circulação de pedestres e bicicletas Classificação das vias 44 2019 Sistemas de Transporte I Professor José Nelson Classificação das vias CTB, art. 61 foto antiga da Av. (São Rebouças Paulo), uma via arterial, que na época estava com regulamentação de velocidade máxima de 70 km/h § 2º O órgão ou entidade de trânsito ou rodoviário com circunscrição sobre a via poderá regulamentar, por meio de sinalização, velocidades superiores ou inferiores àquelas estabelecidas no parágrafo anterior. 45 2019 Sistemas de Transporte I Professor José Nelson Classificação das vias A hierarquia das vias e a classificação viária correspondente 46 2019 Sistemas de Transporte I Professor José Nelson Classificação das vias A hierarquia das vias e a classificação viária correspondente 47 2019 Sistemas de Transporte I Professor José Nelson Classificação das vias • dos 15 mil km que formam o sistema viário principal da cidade de São Paulo, 80% são de vias locais (12.200 km) • as coletoras representam 13% (1.985 km) • o restante (7%) pode ser considerado como de vias arteriais, uma vez que o sistema expresso não chega a 100 km Dados da cidade de São Paulo: 48 2019 Sistemas de Transporte I Professor José Nelson Representação esquemática da hierarquia das vias fonte: Cepam - Centro de Estudos e Pesquisas de Administração Municipal 49 2019 Sistemas de Transporte I Professor José Nelson Hierarquização Viária: estrutura de um sistema hierarquizado de vias 50 2019 Sistemas de Transporte I Professor José Nelson FLUIDEZ versus ACESSIBILIDADE Vias expressas Vias arteriais Vias coletoras Vias locais X www.perkons.com.br/arquivos/curiosidades/hierarquia.gif 51 2019 Sistemas de Transporte I Professor José Nelson CRUZAMENTO DE VIAS HIERARQUIZADAS • NÃO existem interseções em nível ao longo de via expressa; arteriais: sinalização• Interseção de duas semafórica. • Ciclos de duas fases (permitindo, comumente, apenas os movimentos em frente e à direita); • Havendo limitação do sistema viário: semáforos programados para conversões à esquerda. 52 2019 Sistemas de Transporte I Professor José Nelson HIERARQUIZAÇÃO VIÁRIA CRUZAMENTO DE VIAS HIERARQUIZADAS • Arteriais com coletoras: semaforizadas, na medida do possível, ciclos de duas fases (ciclode 60 segundos); • Semáforos nas interseções de vias coletoras; • Projetos de novos bairros: - Interseções entre arteriais, arteriais e coletoras, e entre duas coletoras: sinalização estatigráfica, inicialmente. 53 2019 Sistemas de Transporte I Professor José Nelson Lo ca l CRUZAMENTO DE VIAS HIERARQUIZADAS • NÃO devem existir cruzamentos de vias locais com arteriais. arterial Canteiro central Evitar tráfego de passagem: eliminar possibilidade de atravessamento de arterial. Cada segmento de via local: início e/ou término na arterial. 54 2019 Sistemas de Transporte I Professor José Nelson Lo ca l CRUZAMENTO DE VIAS HIERARQUIZADAS • Tráfego disciplinado apenas com sinalização estatigráfica. tráfego deEntroncamento deslocado: inibe atravessamento junto à coletora. coletora 55 2019 Sistemas de Transporte I Professor José Nelson CRUZAMENTO DE VIAS HIERARQUIZADAS • Interseções de vias locais: - NÃO há necessidade de sinalização específica. - Regra geral: veículo trafegando pela direita tem prioridade de passagem. HIERARQUIZAÇÃO VIÁRIA 56 2019 Sistemas de Transporte I Professor José Nelson Hierarquia das vias – exemplo –São Paulo Expressa Arterial Coletora Local 57 2019 Sistemas de Transporte I Professor José Nelson TRAÇADO URBANO DO BAIRRO BOM PASTOR! •Bom Pastor é um bairro planejado de Juiz de Fora , suas ruas apresentam, em sua grande maioria, um traçado orthogonal constituído por uma avenida central (Avenida Dr. José Procópio Teixeira) que se constitui como uma via arterial secundária em sua conformação clássica! Paralela a essa avenida, há uma via coletora principal (Rua Senador Salgado Filho) que, juntamente com a avenida principal, direciona os fluxos dos automóveis às demais vias locais principais, dentro dos parâmetros urbanísticos preconizados a essas categorias.! 58 2019 Sistemas de Transporte I Professor José Nelson Princípios da hierarquização funcional O sistema viário deve ser balanceado em termos de capacidade, com transição gradativa entre suas vias e contínuo em sua função 59 2019 Sistemas de Transporte I Professor José Nelson Princípios da hierarquização funcional • balanceado – capacidade compatível com a demanda • os desbalanceamentos entre oferta e demanda provocam os congestionamentos, que fazem com que os motoristas busquem rotas alternativas, utilizando-se para isso, eventualmente, de vias com funções inadequadas para isso 60 2019 Sistemas de Transporte I Professor José Nelson Princípios da hierarquização funcional • transição gradativa – os deslocamentos devem ser efetuados em vias que atendam a organização funcional • por exemplo, a saída de um sistema expresso deve se dar por vias arteriais. Antes de se chegar ao sistema viário local, o tráfego dessas arteriais deve ser distribuído por vias coletoras 61 2019 Sistemas de Transporte I Professor José Nelson Exemplo de desobediência aos princípios de hierarquização (transição gradativa): a ligação viária Túnel Ayrton Senna/Sena Madureira/Ricardo Jafet (vias expressa/arteriais, todas com 3 faixas) é interrompida pelo trecho das vias Mons. Manuel Vicente e Maurício Klabin, coletoras, esta última com 2 faixas Princípios da hierarquização funcional 62 2019 Sistemas de Transporte I Professor José Nelson Proposta de projeto viário para resolver o problema citado no slide anterior (fonte: PMSP) Princípios da hierarquização funcional 63 2019 Sistemas de Transporte I Professor José Nelson Princípios da hierarquização funcional • contínuo – transição suave entre as funções (sem gargalos) • ao sair de uma via e adentrar em uma outra, de função distinta, esta última deve atender ao fluxo que a ela se destina, sem gerar perturbações na corrente de tráfego ou apresentar gargalos 64 2019 Sistemas de Transporte I Professor José Nelson (descontinuidade). Interfere na medida da demanda das seções posteriores Exemplo: acesso da Radial Leste para a Ligação Leste-Oeste, em S. Paulo: a descontinuidade no número de faixas formava um gargalo Princípios da hierarquização funcional Gargalo é a seção crítica de uma via ou trecho de via onde ocorre a restrição de capacidade 65 2019 Sistemas de Transporte I Professor José Nelson princípio da continuidade foi aplicado, regularizando-se a seção da via com barreiras de concreto Princípios da hierarquização funcional Vista da correção do gargalo da Radial Leste: o 66 2019 Sistemas de Transporte I Professor José Nelson Variável de oferta veicular • Variável de oferta – Capacidade (C) • Capacidade de tráfego = máximo fluxo que pode normalmente atravessar uma seção ou trecho de via, nas condições existentes de tráfego, geometria e controle, em um determinado período (unidade de C = veíc/h) C = Fluxo máximo = Fmáx 67 2019 Sistemas de Transporte I Professor José Nelson Alguns fatores que podem afetar a oferta viária • geometria da via – número de faixas, largura, rampa, curvatura, valetas • tipo de pavimento – aderência, composição 68 2019 Sistemas de Transporte I Professor José Nelson Alguns fatores que podem afetar a oferta viária • controle do tráfego – sinalização (semáforo; parada obrigatória) • aleatoriedade – chuva, acidentes • movimentos do tráfego – entrelaçamentos 69 2019 Sistemas de Transporte I Professor José Nelson Exemplos de entrelaçamento TRECHO DE ENTRELAÇAMENTO: quando a trajetória dos veículos de duas ou mais correntes independentes se combinam (convergência), formando uma corrente única (trecho de entrelaçamento) e logo se separam (divergência). 70 2019 Sistemas de Transporte I Professor José Nelson Exemplos de entrelaçamento Eixo Av. Dr. Arnaldo, São Paulo/Consola ção: o movimento dos ônibus em diagonal restringe a capacidade da via (nesta foto e na seguinte) 71 2019 Sistemas de Transporte I Professor José Nelson Exemplos de entrelaçamento 72 2019 Sistemas de Transporte I Professor José Nelson fo to : A u to b an Exemplos de entrelaçamento Em interligações viárias em forma de trevo, caso os volumes de tráfego sejam altos, pode ocorrer interferência na fluidez devido ao entrelaçamento dos movimentos das alças. 73 2019 Sistemas de Transporte I Professor José Nelson fo to :A u to b an Exemplos de entrelaçamento Exemplo de interligação de rodovias cujo traçado elimina os efeitos do entrelaçamento 74 2019 Sistemas de Transporte I Professor José Nelson fo to : A u to b an Exemplos de entrelaçamento Exemplo de interligação de rodovias usada no Rodoanel (São Paulo) que elimina os efeitos do entrelaçamento através de um arranjo geométrico complexo 75 2019 Sistemas de Transporte I Professor José Nelson • alteração de circulação • regulamentação de estacionamento • melhorias nas condições do controle semafórico • melhorias do pavimento • faixas reversíveis Ações de Engenharia que podem interferir na capacidade de uma via 76 2019 Sistemas de Transporte I Professor José Nelson Faixa reversível: medida operacional para aumento no número de faixas (maior oferta) foto e vídeo: CET Ações de Engenharia que podem interferir na capacidade de uma via 77 2019 Sistemas de Transporte I Professor José Nelson A largura das faixas e a capacidade: • valor de referência de capacidade para via semaforizada = 1.800 veíc/h, por faixa, de 3,5 m de largura, plana, bem pavimentada, com tempo bom; • esse valor é decorrente de vários fatores, incluindo as condições de dirigibilidade (espaçamento do veículo à frente, poder de frenagem etc) Ações de Engenharia que podem interferir na capacidade de uma via 78 2019 Sistemas de Transporte I Professor José Nelson 1 o sem estre d e 2 0 1 6 fonte: 4 Rodas, mar.11 Outra possibilidade em teste, usando o ITS “Intelligent Transport Systems” ou “Sistemas Inteligentes de Transporte”: comboios de veículos, no qual o líder assume o controle de todos os integrantes,interconectados eletronicamente, gerando economia e reduzindo o desgaste dos motoristas . Ações de Engenharia que podem interferir na capacidade de uma via 79 2019 Sistemas de Transporte I Professor José Nelson 1 0 ,5 m 1 0 ,5 m 1 o sem estre d e 2 0 1 6 Redução na largura das faixas (no exemplo, reduzindo- -se de 3,5 para 2,5 m, há um acréscimo de uma faixa) Ações de Engenharia que podem interferir na capacidade de uma via 80 2019 Sistemas de Transporte I Professor José Nelson • a largura de 2,5 m é a mínima para uma faixa, conforme Resolução 236/07 do Contran fonte: Resolução 236/07 do Contran – Manual Brasileiro de Sinalização – Volume IV – Sinalização Horizontal, Cap. 5 Ações de Engenharia que podem interferir na capacidade de uma via 81 2019 Sistemas de Transporte I Professor José Nelson • a providência de se reduzir a largura das faixas deve ser reservada para casos críticos de falta de capacidade, pois traz desconfortos aos motoristas • outra recomendação importante é utilizar a redução na largura somente nas aproximações semafóricas, pois em trechos longos existe dificuldade por parte dos motoristas em manter os veículos em faixas estreitas. Ações de Engenharia que podem interferir na capacidade de uma via 82 2019 Sistemas de Transporte I Professor José Nelson Redução na largura das faixas 1 4 3 2 1 2 3 O rebalizamento elevou de 3 para 4 o número de faixas, aumentando a capacidade da via. Ações de Engenharia que podem interferir na capacidade de uma via 83 2019 Sistemas de Transporte I Professor José Nelson Exemplo de outra medida operacional para aumentar a oferta: liberação do uso do acostamento em congestionamento, mediante informação via Painel de Mensagens Variáveis - PMV (outra aplicação do ITS) Fonte: Traffic Technology Ações de Engenharia que podem interferir na capacidade de uma via 84 2019 Sistemas de Transporte I Professor José Nelson OBRIGADO!
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