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ANTIGUIDADE ESUROPEIA E ASIÁTICA

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Prévia do material em texto

MANUAL DO CURSO DE LICENCIATURA EM 
ENSINO DE HISTÓRIA 
 
 
1º Ano 
Disciplina: HISTÓRIA DA ANTIGUIDADE ESUROPEIA E 
ASIÁTICA 
Código: 
Total Horas/1o Semestre: 125 
Créditos (SNATCA): 5 
Número de Temas: 06 
 
 
 
 
 
INSTITUTO SUPER 
 
 
 INSTITUTO SUPERIOR DE CIÊNCIAS E EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA - ISCED 
 
ISCED CURSO: CONTABILIDADE E AUDITORIA; 10 Ano Disciplina/Módulo: Contabilidade Geral 
 i 
 
Direitos de autor (copyright) 
Este manual é propriedade do Instituto Superior de Ciências e Educação a Distância (ISCED), e 
contêm reservados todos os direitos. É proibida a duplicação ou reprodução parcial ou total 
deste manual, sob quaisquer formas ou por quaisquer meios (electrónicos, mecânico, 
gravação, fotocópia ou outros), sem permissão expressa de entidade editora (Instituto 
Superior de Ciências e Educação a Distância (ISCED). 
A não observância do acima estipulado o infractor é passível a aplicação de processos judiciais 
em vigor no País. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Instituto Superior de Ciências e Educação a Distância (ISCED) 
Direcção Académica 
Rua Dr. Almeida Lacerda, No 212 Ponta - Gêa 
Beira - Moçambique 
Telefone: +258 23 323501 
Cel: +258 82 3055839 
Fax: 23323501 
E-mail: isced@isced.ac.mz 
Website: www.isced.ac.mz 
 
ISCED CURSO: CONTABILIDADE E AUDITORIA; 10 Ano Disciplina/Módulo: Contabilidade Geral 
 ii 
 
 
Agradecimentos 
O Instituto Superior de Ciências e Educação a Distância (ISCED) e o autor do presente manual 
agradecem a colaboração dos seguintes indivíduos e instituições na elaboração deste manual: 
Pela Coordenação 
Pelo design 
Direção Académica do ISCED 
Direção de Qualidade e Avaliação do ISCED 
Financiamento e Logística 
 
Pela Revisão 
Instituto Africano de Promoção da Educação 
a Distancia (IAPED) 
 
Elaborado Por: José Francisco Bambo Sumburane (Mestrado em História) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ISCED CURSO: CONTABILIDADE E AUDITORIA; 10 Ano Disciplina/Módulo: Contabilidade Geral 
 iii 
 
 
Índice 
Visão geral 1 
Benvindo ao Módulo de História da Antiguidade Europeia E Asiática 
……………………Error! Bookmark not defined. 
Objectivos da Disciolina/Módulo ...................................................................................... 1 
Quem deveria estudar este módulo? ............................................................................... 1 
Como está estruturado este módulo? .............................................................................. 2 
Ícones de actividade ......................................................................................................... 3 
Habilidades de estudo ...................................................................................................... 3 
Precisa de apoio? .............................................................................................................. 5 
Tarefas (avaliação e auto-avaliação) ................................................................................ 6 
Avaliação ........................................................................................................................... 7 
TEMA I: CONSIDERAÇÕES GERAIS 9 
Unidade 1.1. INTRODUÇÃO - A Civilização Egípcia. ................................................................... 9 
Unidade 1.2. O Egipto Antigo ..................................................................................................... 8 
TEMA II: A Mesopotâmia 
Unidade 2.1. Introdução. Mesopotâmia ..................................... Error! Bookmark not defined. 
TEMA III: O Império Persa Error! Bookmark not defined. 
Unidade 3.1. Introdução. Noção, partes constitutintes, requisitos essenciais e representação 
gráfica .......................................................................................... Error! Bookmark not defined. 
Unidade 3.2. Classificação e caracterização das contas ............. Error! Bookmark not defined. 
Unidade 3.3. EXERCÍCIOS INTEGRADOS das unidades deste tema .......................................... 33 
TEMA IV: Os Hebreus Error! Bookmark not defined. 
Unidade 4.1 Introdução. Os 
Hebreus………………………………………………………………………………….Error! Bookmark not defined. 
TEMA V: A Grécia Antiga Error! Bookmark not defined. 
Unidade 5.1. Introdução. Grécia ................................................. Error! Bookmark not defined. 
Unidade 5.2. Origem da Grécia ................................................... Error! Bookmark not defined. 
TEMA VI: O Império Romano 57 
Unidade 6.1. Introdução. Roma .................................................. Error! Bookmark not defined. 
Unidade 6.2.Origem de Roma ................................................... Error! Bookmark not defined.2 
 
 
ISCED CURSO: CONTABILIDADE E AUDITORIA; 10 Ano Disciplina/Módulo: Contabilidade Geral 
 iv 
 
 
 
ISCED CURSO: CONTABILIDADE E AUDITORIA; 10 Ano Disciplina/Módulo: Contabilidade Geral 
 1 
 
Visão geral 
História da Antiguidade Europeia e Asiática 
Objectivos do Módulo 
Ao terminar o estudo deste módulo de História da Antiguidade 
Europeia e Asiática deverá ser capaz de: Comprender a origem e 
desenvolvimento das civilizações antigas. 
 
 
Objectivos 
Específicos 
 Identificar os condicionalismos que contribuíram para a 
emergência destas civilizações. 
 Caracterizar as civilizações antigas políticas, social, económica e 
culturalmente. 
 Descrever o legado destas civilizações para os nossos tempos 
 Analisar os factores que contribuíram tanto para o seu 
desenvolvimento e apogeu bem como a sua destruturação. 
 
 
Quem deveria estudar este módulo 
Este Módulo foi concebido para estudantes do 1º ano do curso de 
licenciatura em História da Antiguidade Europeia e Asiática do 
ISCED e outros como Gestão de Rcursos Humanos, Administração, 
etc. Poderá ocorrer, contudo, que haja leitores que queiram se 
actualizar e consolidar seus conhecimentos nessa disciplina, esses 
serão bem-vindos, não sendo necessário para tal se inscrever. Mas 
poderá adquirir o manual. 
 
ISCED CURSO: CONTABILIDADE E AUDITORIA; 10 Ano Disciplina/Módulo: Contabilidade Geral 
 2 
 
Como está estruturado este módulo 
Este módulo de Contabilidade Geral, para estudantes do 1º ano do 
curso de licenciatura em Contabilidade e Auditoria, à semelhança 
dos restantes do ISCED, está estruturado como se segue: 
Páginas introdutórias 
 Um índice completo. 
 Uma visão geral detalhada dos conteúdos do módulo, 
resumindo os aspectos-chave que você precisa conhecer para 
melhor estudar. Recomendamos vivamente que leia esta secção 
com atenção antes de começar o seu estudo, como componente 
de habilidades de estudos. 
Conteúdo desta Disciplina / módulo 
Este módulo está estruturado em Temas. Cada tema, por sua vez 
comporta certo número de unidades temáticas ou simplesmente 
unidades. Cada unidade temática se caracteriza por conter uma 
introdução, objectivos, conteúdos. 
No final de cada unidade temática ou do próprio tema, são 
incorporados antes o sumário, exercícios de auto-avaliação, só 
depois é que aparecem os exercícios de avaliação. 
Os exercícios de avaliação têm as seguintes caracteristicas: Puros 
exercícios teóricos/Práticos, Problemas não resolvidos e 
actividades práticas algunas incluido estudo de caso. 
 
Outros recursos 
A equipa dos académicoa e pedagogos do ISCED, pensando em si, 
num cantinho, recóndito deste nosso vasto Moçambique e cheio de 
dúvidas e limitações no seu processo de aprendizagem, apresenta 
uma lista de recursosdidácticos adicionais ao seu módulo para você 
explorar. Para tal o ISCED disponibiliza na biblioteca do seu centro 
de recursos mais material de estudos relacionado com o seu curso 
como: Livros e/ou módulos, CD, CD-ROOM, DVD. Para elém deste 
material físico ou electrónico disponível na biblioteca, pode ter 
acesso a Plataforma digital moodle para alargar mais ainda as 
possibilidades dos seus estudos. 
 
 
ISCED CURSO: CONTABILIDADE E AUDITORIA; 10 Ano Disciplina/Módulo: Contabilidade Geral 
 3 
 
Auto-avaliação e Tarefas de avaliação 
Tarefas de auto-avaliação para este módulo encontram-se no final 
de cada unidade temática e de cada tema. As tarefas dos exercícios 
de auto-avaliação apresentam duas características: primeiro 
apresentam exercícios resolvidos com detalhes. Segundo, 
exercícios que mostram apenas respostas. 
Tarefas de avaliação devem ser semelhantes às de auto-avaliação 
mas sem mostrar os passos e devem obedecer o grau crescente de 
dificuldades do processo de aprendizagem, umas a seguir a outras. 
Parte das tarefas de avaliação será objecto dos trabalhos de campo 
a serem entregues aos tutores/docentes para efeitos de correcção 
e subsequentemente nota. Também constará do exame do fim do 
módulo. Pelo que, caro estudante, fazer todos os exercícios de 
avaliação é uma grande vantagem. 
Comentários e sugestões 
Use este espaço para dar sugestões valiosas, sobre determinados 
aspectos, quer de natureza científica, quer de natureza diadáctico-
Pedagógica, etc, sobre como deveriam ser ou estar apresentadas. 
Pode ser que graças as suas observações que, em goso de 
confiança, classificamo-las de úteis, o próximo módulo venha a ser 
melhorado. 
 
Ícones de actividade 
Ao longo deste manual irá encontrar uma série de ícones nas 
margens das folhas. Estes icones servem para identificar diferentes 
partes do processo de aprendizagem. Podem indicar uma parcela 
específica de texto, uma nova actividade ou tarefa, uma mudança 
de actividade, etc. 
Habilidades de estudo 
O principal objectivo deste campo é o de ensinar aprender a 
aprender. Aprender aprende-se. 
Durante a formação e desenvolvimento de competências, para 
facilitar a aprendizagem e alcançar melhores resultados, implicará 
empenho, dedicação e disciplina no estudo. Isto é, os bons 
resultados apenas se conseguem com estratégias eficientes e 
eficazes. Por isso é importante saber como, onde e quando estudar. 
 
ISCED CURSO: CONTABILIDADE E AUDITORIA; 10 Ano Disciplina/Módulo: Contabilidade Geral 
 4 
 
Apresentamos algumas sugestões com as quais esperamos que caro 
estudante possa rentabilizar o tempo dedicado aos estudos, 
procedendo como se segue: 
1º Praticar a leitura. Aprender a Distância exige alto domínio de 
leitura. 
2º Fazer leitura diagonal aos conteúdos (leitura corrida). 
3º Voltar a fazer leitura, desta vez para a compreensão e assimilação 
crítica dos conteúdos (ESTUDAR). 
4º Fazer seminário (debate em grupos), para comprovar se a sua 
aprendizagem confere ou não com a dos colegas e com o padrão. 
5º Fazer TC (Trabalho de Campo), algumas actividades práticas ou as 
de estudo de caso se existirem. 
IMPORTANTE: Em observância ao triângulo modo-espaço-tempo, 
respectivamente como, onde e quando...estudar, como foi referido 
no início deste item, antes de organizar os seus momentos de estudo 
reflicta sobre o ambiente de estudo que seria ideal para si: Estudo 
melhor em casa/biblioteca/café/outro lugar? Estudo melhor à 
noite/de manhã/de tarde/fins de semana/ao longo da semana? 
Estudo melhor com música/num sítio sossegado/num sítio 
barulhento!? Preciso de intervalo em cada 30 minutos, em cada 
hora, etc. 
É impossível estudar numa noite tudo o que devia ter sido estudado 
durante um determinado período de tempo; Deve estudar cada 
ponto da matéria em profundidade e passar só ao seguinte quando 
achar que já domina bem o anterior. 
Privilegia-se saber bem (com profundidade) o pouco que puder ler e 
estudar, que saber tudo superficialmente! Mas a melhor opção é 
juntar o útil ao agradável: Saber com profundidade todos conteúdos 
de cada tema, no módulo. 
Dica importante: não recomendamos estudar seguidamente por 
tempo superior a uma hora. Estudar por tempo de uma hora 
intercalado por 10 (dez) a 15 (quinze) minutos de descanso (chama-
se descanso à mudança de actividades). Ou seja que durante o 
 
ISCED CURSO: CONTABILIDADE E AUDITORIA; 10 Ano Disciplina/Módulo: Contabilidade Geral 
 5 
 
intervalo não se continuar a tratar dos mesmos assuntos das 
actividades obrigatórias. 
Uma longa exposição aos estudos ou ao trabalhjo intelectual 
obrigatório, pode conduzir ao efeito contrário: baixar o rendimento 
da aprendizagem. Por que o estudante acumula um elevado volume 
de trabalho, em termos de estudos, em pouco tempo, criando 
interferência entre os conhecimentos, perde sequência lógica, por 
fim ao perceber que estuda tanto mas não aprende, cai em 
insegurança, depressão e desespero, por se achar injustamente 
incapaz! 
Não estude na última da hora; quando se trate de fazer alguma 
avaliação. Aprenda a ser estudante de facto (aquele que estuda 
sistematicamente), não estudar apenas para responder a questões 
de alguma avaliação, mas sim estude para a vida, sobre tudo, estude 
pensando na sua utilidade como futuro profissional, na área em que 
está a se formar. 
Organize na sua agenda um horário onde define a que horas e que 
matérias deve estudar durante a semana; Face ao tempo livre que 
resta, deve decidir como o utilizar produtivamente, decidindo 
quanto tempo será dedicado ao estudo e a outras actividades. 
É importante identificar as ideias principais de um texto, pois será 
uma necessidade para o estudo das diversas matérias que 
compõem o curso: A colocação de notas nas margens pode ajudar 
a estruturar a matéria de modo que seja mais fácil identificar as 
partes que está a estudar e Pode escrever conclusões, exemplos, 
vantagens, definições, datas, nomes, pode também utilizar a 
margem para colocar comentários seus relacionados com o que 
está a ler; a melhor altura para sublinhar é imediatamente a seguir 
à compreensão do texto e não depois de uma primeira leitura; 
Utilizar o dicionário sempre que surja um conceito cujo significado 
não conhece ou não lhe é familiar; 
Precisa de apoio? 
Caro estudante, temos a certeza que por uma ou por outra razão, o 
material de estudos impresso, lhe pode suscitar algumas dúvidas 
como falta de clareza, alguns erros de concordância, prováveis erros 
ortográficos, falta de clareza, fraca visibilidade, páginas trocadas ou 
invertidas, etc). Nestes casos, contacte os serviços de atendimento 
e apoio ao estudante do seu Centro de Recursos (CR), via telefone, 
 
ISCED CURSO: CONTABILIDADE E AUDITORIA; 10 Ano Disciplina/Módulo: Contabilidade Geral 
 6 
 
sms, E-mail, se tiver tempo, escreva mesmo uma carta participando 
a preocupação. 
Uma das atribuições dos Gestores dos CR e seus assistentes 
(Pedagógico e Administrativo), é a de monitorar e garantir a sua 
aprendizagem com qualidade e sucesso. Dai a relevância da 
comunicação no Ensino a Distância (EAD), onde o recurso as TIC se 
torna incontornável: entre estudantes, estudante – Tutor, estudante 
– CR, etc. 
As sessões presenciais são um momento em que você caro 
estudante, tem a oportunidade de interagir fisicamente com staff do 
seu CR, com tutores ou com parte da equipa central do ISCED 
indigitada para acompanhar as sua sessões presenciais. Neste 
período pode apresentar dúvidas, tratar assuntos de natureza 
pedagógica e/ou administrativa. 
O estudo em grupo, que está estimado para ocupar cerca de 30% 
do tempo de estudos a distância,é muita importância, na medida 
em que permite lhe situar, em termos do grau de aprendizagem 
com relação aos outros colegas. Desta maneira ficar a saber se 
precisa de apoio ou precisa de apoiar aos colegas. Desenvolver 
hábito de debater assuntos relacionados com os conteúdos 
programáticos, constantes nos diferentes temas e unidade 
temática, no módulo. 
Tarefas (avaliação e auto-avaliação) 
O estudante deve realizar todas as tarefas (exercícios, actividades e 
autoavaliação), contudo nem todas deverão ser entregues, mas é 
importante que sejam realizadas. As tarefas devem ser entregues 
duas semanas antes das sessões presenciais seguintes. 
Para cada tarefa serão estabelecidos prazos de entrega, e o não 
cumprimento dos prazos de entrega, implica a não classificação do 
estudante. Tenha sempre presente que a nota dos trabalhos de 
campo conta e é decisiva para ser admitido ao exame final da 
disciplina/módulo. 
Os trabalhos devem ser entregues ao Centro de Recursos (CR) e os 
mesmos devem ser dirigidos ao tutor/docente. 
Podem ser utilizadas diferentes fontes e materiais de pesquisa, 
contudo os mesmos devem ser devidamente referenciados, 
respeitando os direitos do autor. 
 
ISCED CURSO: CONTABILIDADE E AUDITORIA; 10 Ano Disciplina/Módulo: Contabilidade Geral 
 7 
 
O plágio1 é uma violação do direito intelectual do(s) autor(es). Uma 
transcrição à letra de mais de 8 (oito) palavras do testo de um autor, 
sem o citar é considerado plágio. A honestidade, humildade 
científica e o respeito pelos direitos autoriais devem caracterizar a 
realização dos trabalhos e seu autor (estudante do ISCED). 
Avaliação 
Muitos perguntam: Com é possível avaliar estudantes à distância, 
estando eles fisicamente separados e muito distantes do 
docente/turor!? Nós dissemos: Sim é muito possível, talvez seja uma 
avaliação mais fiável e concistente. 
Você será avaliado durante os estudos à distância que contam com 
um mínimo de 90% do total de tempo que precisa de estudar os 
conteúdos do seu módulo. Quando o tempo de contacto presencial 
conta com um máximo de 10%) do total de tempo do módulo. A 
avaliação do estudante consta detalhada do regulamentada de 
avaliação. 
Os trabalhos de campo por si realizaos, durante estudos e 
aprendizagem no campo, pesam 25% e servem para a nota de 
frequência para ir aos exames. 
Os exames são realizados no final da cadeira disciplina ou modulo e 
decorrem durante as sessões presenciais. Os exames pesam no 
mínimo 75%, o que adicionado aos 25% da média de frequência, 
determinam a nota final com a qual o estudante conclui a cadeira. 
A nota de 10 (dez) valores é a nota mínima de conclusão da cadeira. 
Nesta cadeira o estudante deverá realizar pelo menos 2 (dois) 
trabalhos e 1 (um) (exame). 
Algumas actividades praticas, relatórios e reflexões serão utilizados 
como ferramentas de avaliação formativa. 
Durante a realização das avaliações, os estudantes devem ter em 
consideração a apresentação, a coerência textual, o grau de 
cientificidade, a forma de conclusão dos assuntos, as 
recomendações, a identificação das referências bibliográficas 
utilizadas, o respeito pelos direitos do autor, entre outros. 
Os objectivos e critérios de avaliação constam do Regulamento de 
Avaliação. 
 
1 Plágio - copiar ou assinar parcial ou totalmente uma obra literária, propriedade 
intelectual de outras pessoas, sem prévia autorização. 
 ISCED CURSO: CONTABILIDADE E AUDITORIA; 10 Ano Disciplina/Módulo: Contabilidade Geral 
 9 
 
TEMA – I: CONSIDERAÇÕES GERAIS. 
UNIDADE Temática 1.1. Introdução 
 
UNIDADE Temática 1.1. Introdução, Egipto Antigo. 
Introução 
 
A origem das civilizações 
Os factores que determinantes da origem e desenvolvimento das 
civilizações são os geográficos, o relevo, os recursos económicos, as fontes 
alimentares, o contacto com civilizações. A mais importante destas está 
ligada ao âmbito da geografia, gozando de maior preeminência o clima, 
pois nenhuma nação, antiga ou moderna, alcançou o mais alto nível 
cultural a não ser sob a influência de um estímulo climático. Associado ao 
clima temos a humidade devendo variar em torno de 75%. A variação do 
clima é importante para purificar de quando em quando a atmosfera e 
produzir variações de temperatura que parecem ser necessárias para 
estimular e revitalizar o homem. 
A topografia da superfície do globo também é um elemento 
condicionador, pois a forma e a configuração dos continentes são de 
grande importância quando oferecem vantagens para o desenvolvimento 
cultural. Os continentes que possuem uma costa irregular e condições 
geográficas diversificadas proporcionam os únicos meios favoráveis ao 
progresso das nações. Quanto mais compacto e homogéneo for um 
continente, mais atrasados serão os seus habitantes. Os povos que vivem 
em continentes como a Europa, com a sua costa fortemente recortada e 
sua variedade de condições geográficas, desfrutam importantes 
vantagens. Sua terra é acessível pela água até bem no interior. 
O declínio da cultura neolítica marcou o fim do que chamamos 
período pré-literário na história do homem. Este foi substituído por 
padrões mais complexos de cultura, baseados no conhecimento da escrita, 
mas a invenção da escrita não foi a única feição distintiva dessa nova 
ordem. Os instrumentos de pedra foram quase inteiramente suplantados 
por utensílios de bronze e outros metais. Além disso, calendários foram 
inventados; a religião, o estado e outras instituições desenvolveram-se em 
mais alto grau; a arte tornou-se mais refinada e houve avanços 
consideráveis na ciência e, por fim, no comércio e na indústria. Os 
progressos em tal terreno parecem ter sido muito rápidos no Egipto; não 
somente isso, senão que também as realizações dos egípcios lançaram os 
alicerces de grande parte do trabalho de outros povos. 
 
 
 ISCED CURSO: CONTABILIDADE E AUDITORIA; 10 Ano Disciplina/Módulo: Contabilidade Geral 
 10 
 
Ao 
completar esta unidade, você deverá ser capaz de: 
 
 
Objectivos 
específicos 
 
 
 
 Descrever o contexto da emergência da civilização egípcia; 
 Explicar a evolução da civilização egípcia; 
 Analisar a evolução política, económica, social e cultural da civilização egípcia. 
 
 
1. Civilização egípcia 
1.1. Formação 
A Civilização egípcia data do ano de 4.000 a.C. Até então, o conhecimento 
sobre o Egipto era obtido através de historiadores da Antiguidade greco-
romana. Ela situa-se a Nordeste sendo limitado ao norte pelo mar 
Mediterrâneo, ao Sul pela Núbia, a este pelo mar Vermelho e a oeste pelo 
deserto Líbio. Os elementos dominantes das populações que 
primitivamente habitaram o norte de África foram os povos hamíticos no 
Egipto, berbere na Argélia, Tunísia e Líbia, tuaregues na Tunísia e almóada 
no Marrocos. 
Com o evoluir da sua história vários outros povos fixaram-se na zona, como 
os gregos que dominaram a Líbia e se instalaram na Alexandria, no Egipto, 
os romanos que ocuparam o Egipto e todo o Magreb entre outros. 
O Egipto é uma dádiva do Nilo, disse Heródoto, historiador grego. A 
dependência que esta civilização apresenta em relação ao Nilo é absoluta, 
pois seu vale abrange mais de 1500 Km. Este grande rio tem como acção 
natural as cheias e vazantes que depositam húmus ao longo de seu leito 
favorecendo a agricultura. 
A interacção entre a acção humana e o meio ambiente é evidente na 
história da civilização egípcia, pois graças à abundância de suas águas era 
possível irrigar as margens durante o período das cheias. A necessidade da 
construção de canais para irrigação e de barragens para armazenar água 
próximo às plantações foi responsável pelo aparecimento do Estado 
centralizado. 
1.2. Política 
 ISCEDCURSO: CONTABILIDADE E AUDITORIA; 10 Ano Disciplina/Módulo: Contabilidade Geral 
 11 
 
A 
história política do Egipto Antigo é tradicionalmente dividida em duas 
épocas: 
Pré-Dinástica (até 3200 a.C.) 
Esta época caracteriza-se pela ausência de centralização política pois a 
população estava organizada em nomos (comunidades primitivas) 
independentes da autoridade central que era chefiada pelos monarcas. 
O Nilo favoreceu a sedentarização dos grupos humanos. O volume e a 
perenidade de suas águas facilitaram a abertura de canais de irrigação, 
ampliando as áreas cultiváveis. As comunidades primitivas (nomos), 
agrupamento de famílias, possuíam um chefe (nomarca) que organizava e 
administrava o trabalho colectivo. 
Dois reinos Alto Egipto (sul) e Baixo Egipto (norte) surgiram por volta de 
3500 a.C. em consequência da necessidade de se unir esforços para a 
construção de obras hidráulicas. 
Dinástica 
Esta época é caracterizada pela forte centralização política. Menés, rei do 
Alto Egipto, subjugou em 3200 a.C. o Baixo Egipto. Promoveu a unificação 
política das duas terras sob uma monarquia centralizada na imagem do 
faraó, dando início ao Antigo Império, Menés tornou-se o primeiro faraó. 
Os nomarcas passaram a ser “governadores” subordinados à autoridade 
faraónica. 
Iniciava-se a administração unificada do Egipto antigo, cuja história pode 
ser dividida em três grandes períodos: Antigo Império, Médio Império e 
Novo Império, com fases intermediárias. 
A forma do governo desenvolvida pelos faraós é denominada como 
Monarquia teocrática. O governante (faraó) era soberano hereditário, 
absoluto e considerado um encarnação divina. Era auxiliado pela 
burocracia estatal nos negócios de Estado. 
O governo era proprietário das terras e cobrava impostos das 
comunidades camponesas (servidão colectiva). Os impostos podiam ser 
pagos via trabalho gratuito nas obras públicas ou com parte da produção. 
Antigo Império (3 200 a 2 000 a.C.) 
Tinha como capital a cidade de Ménfis. O rei deus (teocracia) era supremo 
e todos os outros eram seus servos. Foi aproximadamente entre 2 700 e 2 
600 a.C. que construíram as grandes pirâmides em Gisé (Quéops, Quéfren 
e Miquerinos). 
Depois dessas monumentais construções, os gastos para sua manutenção 
tornaram-se insustentáveis. Os nobres 
 ISCED CURSO: CONTABILIDADE E AUDITORIA; 10 Ano Disciplina/Módulo: Contabilidade Geral 
 12 
 
apoiaram o poder do faraó até o momento em que lhes garantiu uma 
posição social. Mas, quando se sentiram suficientemente seguros e fortes, 
passaram a disputar o poder, ocorrendo um período de anarquia, que pôs 
fim ao Antigo Império. 
Médio Império (2 000 a 1 580 a.C.) 
O faraó recupera o poder, Tebas é a nova capital (Vale dos Reis) e os faraós 
da XII dinastia ampliaram as obras de irrigação devolvendo a prosperidade 
ao Egipto. Apesar dessa prosperidade, os Hicsos, oriundos da Ásia menor, 
com toda sua superioridade bélica invadem o Egipto e reinam no delta por 
quase dois séculos, mantendo os faraós isolados em Tebas. Nessa época 
também houve a invasão dos hebreus (semitas) 
O Egipto tornava-se o celeiro do Oriente Médio, rompendo seu isolamento 
tradicional. O comércio, interno e externo, se tornava bastante activo, 
quer na bacia do Nilo, quer no Mediterrâneo. 
Novo Império (1 580 a 1 100 a.C.) 
Após a expulsão dos hicsos em 1580 a.C. por Amosis I, houve o despertar 
de um sentimento nacionalista e militarista que submeteu os hebreus à 
escravidão até 1250 a.C. no episódio conhecido como Êxodo. Foi o apogeu 
do Egipto como maior império do mundo, Tutmés III (1 480 a 1 448 a.C.) 
deu ao império a maior expansão territorial, até o Eufrates e Ramsés II (1 
292 a 1 225 a.C.) derrotou os hititas na batalha do Kadesh, assegurando o 
domínio territorial sobre a Palestina e a Síria. As novas riquezas obtidas 
possibilitaram a construção de magníficos templos em Luxor e Karnak, 
conhecido como a morada dos deuses. 
A economia assumia um carácter dinâmico, com a animação do comércio 
urbano no delta do Nilo e intensas relações com a Fenícia e a 
Mesopotâmia. Foi durante o novo império que houve a reforma religiosa 
monoteísta (1350 a.C.), realizada por Amenófis IV (1 377 a 1 358 a.C.), que 
mudou seu nome para Akhenaton. 
Baixo-império (1 100 à 525 a.C.): 
Após 1 100 a.C. ocorreu um longo período de decadência com conquista 
de diversos povos, inclusive os Assírios em 622 a.C sob Assurbanipal. 
Psamético I, governante da cidade de Saís, liberta o país dos assírios, 
conhecido como Renascimento Saíta, dando início ao último período de 
independência do Egipto que posteriormente (525 a.C.) foi conquistado 
pelos persas sob Cambises virando uma mera província desses. 
1.3. Economia 
O sistema económico dos egípcios repousava principalmente numa base 
agrária. A agricultura era variada e grandemente desenvolvida, e o solo 
produzia excelentes colheitas de trigo, cevada, painço, legumes, frutas, 
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 13 
 
linho 
e algodão. Teoricamente, a terra constituía propriedade do rei, mas em 
períodos remotos este doara grande parte delas aos seus súbditos e, por 
isso, na prática muitos indivíduos eram proprietários. 
O comércio não teve grande papel até 2.000 a.C., mas depois dessa data 
subiu rapidamente a uma importância de primeira plana. Estabeleceu-se 
um comércio florescente com a ilha de Creta, a Fenícia, a Palestina e a Síria. 
Os principais artigos de exportação consistiam em trigo, tecidos de linho e 
cerâmica fina. A importação limitava-se dum modo geral ao ouro, prata, 
marfim e madeira. A manufactura constituía um ramo da vida económica 
de não menor significado que o comércio. Já em 3.000 a.C., grande número 
de pessoas eram ocupadas em actividades industriais, na maior parte em 
ofícios especializados. 
Em épocas posteriores, estabeleceram-se oficinas que empregavam vinte 
ou mais pessoas, sob o mesmo tecto e com certo grau de divisão de 
trabalho. As indústrias principais eram a cantaria, a construção de navios 
e a manufactura de cerâmica, vidro e tecidos. 
Desde épocas remotas os egípcios tinham feito progressos no 
aperfeiçoamento das técnicas de comércio. Conheciam elementos de 
contabilidade e de escrituração. Seus mercadores emitiam pedidos e 
recibos de mercadorias. Inventaram a escritura de propriedade, o contrato 
escrito e o testamento. Apesar de não possuírem nenhum sistema de 
cunhagem, chegaram a ter, não obstante, um padrão monetário. Argolas 
de cobre e de ouro, de moeda-argola egípcia o mais antigo sistema de 
circulação na história das civilizações. Provavelmente só era usado para as 
transacções maiores. Os negócios simples dos camponeses e dos citadinos 
mais pobres continuaram, sem dúvida, a se fazer na base da troca directa. 
O sistema económico egípcio sempre foi colectivista. Desde os mais 
remotos tempos as energias do povo foram dirigidas dentro de normas 
socialistas. Concebiam-se como idênticos os interesses do indivíduo e os 
da sociedade. As actividades produtivas da nação inteira giravam em torno 
das imensas empresas do estado e o governo por muito tempo continuou 
sendo o maior dos empregadores. Deve-se notar, contudo, que durante o 
Antigo e o Médio Império esse colectivismo não foi completo, deixando 
largo campo à iniciativa particular. Os mercadores dirigiam pessoalmente 
seus negócios; muitos artífices tinham lojas próprias e, com o correr dos 
tempos, um número cada vez maior de camponeses elevaram-se à 
condição de lavradores independentes. O governo continuava a tomar 
conta das pedreiras e das minas, a construir pirâmides e templos e a lavrar 
as propriedades reais. 
O mais alto desenvolvimento do controle estatal se deu com a fundação 
do Novo Império. A extensão que tomava oabsolutismo militar e a 
crescente frequência das guerras de conquista aumentaram a necessidade 
de maiores rendas e de uma produção ilimitada de mercadorias. A fim de 
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 14 
 
atender a essa necessidade, o governo estendeu seu controle sobre todos 
os departamentos da vida económica. 
A totalidade das terras cultiváveis tornou-se propriedade do faraó, tanto 
em teoria como na prática. Ainda que vastos territórios fossem concedidos 
aos favoritos do rei, grande parte do solo era trabalhada por servos e 
escravos reais. A antiga classe média independente desapareceu quase 
por completo. Os serviços dos artífices eram reclamados para o 
levantamento dos magníficos templos e para a manufactura dos 
apetrechos de guerra, enquanto o comércio exterior se tornava monopólio 
do estado. À medida que o Império marchava para a ruína o governo 
absorvia cada vez mais as actividades económicas do povo. 
Excepto no reinado de Ikhnáton, sempre existiu uma aliança aviltante 
entre os faraós do Novo Império e os sacerdotes. Levados pela cobiça do 
poder e dos proveitos materiais, os membros da hierarquia eclesiástica 
apoiavam os imperadores em suas ambições de domínio despótico. Como 
recompensa era-lhes concedida isenção de tributos e uma grande parcela 
da riqueza nacional. Prisioneiros de guerra Ilhes eram entregues em tal 
número que chegaram a ser donos de dois por cento da população do país 
como escravos do templo. Além disso, recebiam dos seus generosos 
patronos uma sétima parte da terra arável, centenas de milhares de 
cabeças de gado e aproximadamente uma centena de navios. 
Empregavam grande número de artífices na manufactura de amuletos e 
de objectos funerários, que vendiam com enorme lucro aos devotos 
iludidos. É indubitável que essas empresas clericais significavam um sério 
desvio dos recursos nacionais e, por esse motivo, contribuíram para a 
decadência económica e social. Uma parte desproporcionada da riqueza 
do Egipto estava sendo desperdiçada em propósitos estéreis da igreja e do 
estado, em preparativos para o além-túmulo e na conquista de um 
império. 
A agricultura de regadio foi a principal actividade económica no Antigo 
Egipto. É chamada assim por estar directamente relacionada às obras 
hidráulicas. O Estado (Faraó) comandava as actividades produtivas uma 
vez que era detentor das terras. Não havia especializações produtivas 
regionais e o território era auto-suficiente com relação às matérias-primas 
básicas. O Estado não se monetarizou e os objectos eram trocados por 
objectos. Os artesãos trabalhavam apenas para enfeitar os palácios e 
adornos pessoais. 
1.3. Sociedade 
No Egipto Antigo observamos uma estrutura bastante rígida, na qual a 
possibilidade de ascensão era mínima entre seus integrantes, sendo as 
profissões cargos e funções transmitidas por hereditariedade. 
A sociedade se dividia entre os que se apossaram das terras e aqueles que 
tinham apenas a força de trabalho. As melhores terras ficaram nas mãos 
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dos 
mais fortes militarmente (nobreza) que, sob a protecção dos sacerdotes e 
dos deuses, controlavam os trabalhadores. A sociedade estava assim 
dividida: 
Faraó: governante máximo do Estado e adorado como uma divindade viva 
descendente de Amon-Rá. A função política- religiosa por ele ocupada 
imprimia uma natureza teocrática ao governo egípcio. 
Sacerdotes: Responsáveis pelo equilíbrio das actividades religiosas, 
tomavam a tarefa de administrar todos os bens a serem ofertados pelos 
deuses. 
Membros da nobreza ou família real: eram originários da família do Faraó, 
dos líderes do Exército e dos altos funcionários do governo. 
Escribas- formavam um sector intermediário da sociedade egípcia, e era 
pessoas escolarizadas e por via disso participavam no desenvolvimento 
comercial. 
Comerciante - Graças à sua acção, era possível o acesso a uma série de 
produtos, como a madeira, utilizada na construção de embarcações e 
sarcófagos; o cobre e o estanho, metais úteis na fabricação de 
armamentos militares; e ervas, geralmente empregadas na medicina e nos 
processos de mumificação. 
Soldados e artesãos: Compunham uma parcela menos privilegiada da 
sociedade egípcia. Os soldados viviam dos produtos recebidos em troca 
dos serviços por eles prestados e os artesãos tinham uma vida bastante 
simples e trabalhavam nas construções e oficinas existentes no país. 
Felás, escravos e camponeses: faziam parte de segmentos inferiores da 
sociedade egípcia. Em geral, estes escravos eram obtidos por meio das 
conquistas militares. 
1.5. Artesanato e cultura 
O artesanato era muito importante. Utilizaram o linho e o couro de 
animais, confeccionavam cerâmicas e durante largo tempo não houve 
separação entre agricultores e artesãos: como o ciclo agrícola era de seis 
meses (plantio e colheita), o restante do tempo era aproveitado nas 
actividades artesanais e na conservação dos canais de irrigação e dos 
reservatórios. 
O papiro era abundante às margens do Nilo. As fibras da planta foram 
usadas para fazer embarcações, redes e cordas, mas acabou tendo enorme 
importância quando utilizado como matéria-prima para fazer papel. De 
acordo com o historiador J. Yoyotte, o “cultivo intensivo do papiro 
provavelmente contribuiu para o desaparecimento dos pântanos, refúgio 
dos pássaros, crocodilos e hipopótamos, que, na opinião dos próprios 
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 16 
 
antigos, davam brilho à paisagem egípcia”. 
No geral o topo da pirâmide social era ocupado pelo faraó e sua família. 
Considerado inicialmente descendente dos deuses, chegou a ser um deles, 
identificado, ao longo do tempo, ora com Hórus, ora com Amon-Rá e, até 
mesmo, com Osíris, deus considerado o fundador do Egipto. Os sacerdotes 
fortaleciam o poder do faraó, ocupando, assim, uma posição privilegiada 
com a nobreza fundiária. Os funcionários, como os escribas, “os que 
sabiam ler e escrever”, demarcavam as propriedades, conferiam a 
produção e o armazenamento dos cereais (trigo e cevada), controlavam os 
rebanhos e colectavam os impostos dos camponeses. 
Os camponeses formavam a grande camada popular, encarregados de arar 
a terra, semear, cuidar da plantação, colher, abrir canais, construir 
reservatórios. Na época de menor necessidade de mão-de-obra na 
lavoura, boa parte dela era empregada na construção de monumentos. Os 
escravos eram pouco numerosos, pois as guerras eram raras, pelo menos 
até o Novo Império. 
Cultura 
A origem da religião egípcia se iniciou no período pré-dinástico quando 
havia uma série de cultos dedicados aos totens. Cada nomo tinha seu deus 
protector. À medida que os nomos se agrupavam, o número de deuses 
crescia. Deuses animais (zoomórficos), com forma meio humana e meio 
animal (antropozoomórficos), e forma humana (antropomórficos), 
ocupavam o imaginário religioso egípcio antigo, como Anúbis, com cabeça 
de chacal sobre o corpo humano; Hórus, o falcão protector do faraó; Ápis, 
o boi; Hator, a vaca; além dos elementos da natureza, como Set (o vento), 
Osíris (o Nilo), Rá (o Sol). 
A religião egípcia mandava que se conservassem os corpos dos grandes 
(mumificação). Já os do povo, não era possível passarem pelo mesmo 
processo. Eram as múmias parte do Culto dos Mortos, tão acentuado na 
vida desse povo. Seguiam-se à morte as cerimónias fúnebres, que 
terminavam com a colocação das múmias em sarcófagos. Era um 
complicado processo de embalsamamento do corpo, uma preparação do 
invólucro terreno da alma, visando conservá-lo à sua espera. A 
mumificação propiciou, por outro lado, um grande conhecimento deanatomia, até hoje admirado. 
Arte egípcia 
A arquitectura egípcia era a principal manifestação artística dos egípcios, 
fortemente influenciada pela religião. As principais edificações, 
monumentais em suas dimensões, foram os túmulos (pirâmides e 
hipogeus), templos e palácios. 
Os templos eram considerados moradias pessoais dos deuses. Obras 
imponentes, sustentadas por enormes 
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colunas e ornamentadas com estátuas colossais de divindades e faraós. 
Entre os túmulos, destacavam-se as pirâmides, cujas técnicas de 
construção ainda hoje intrigam os engenheiros e historiadores, e Os 
templos eram considerados moradias pessoais dos deuses. 
Obras imponentes, sustentadas por enormes colunas e ornamentadas 
com estátuas colossais de divindades e faraós. Entre os túmulos, 
destacavam-se as pirâmides, cujas técnicas de construção ainda hoje 
intrigam os engenheiros e historiadores, e continuam sendo objectos de 
estudo. Outro tipo de construção tumular eram os hipogeus, escavados 
directamente nas rochas. 
Para dificultar a acção de bandidos, os túmulos tinham passagens secretas, 
verdadeiros labirintos, muitas estátuas de deuses e salas pintadas, visando 
protecção e garantia de sobrevivência ao corpo embalsamado. Tudo em 
vão. Os saques aconteceram desde a Antiguidade. 
Quando a estátua representava um faraó, um sacerdote, um nobre, ela 
substituía o risco da destruição física causada pela morte. Esculpiam 
também sarcófagos de vários materiais, como madeira e granito. A pintura 
egípcia, além dos temas do cotidiano, retractava cenas religiosas e temas 
funerários, geralmente acompanhadas de descrições hieroglíficas, 
normalmente encontradas nas câmaras mortuárias. 
A escrita 
A escrita egípcia, chamada pelos gregos de hieróglifos (escrita sagrada), 
surgiu antes de 3000 a.C. Durante muito tempo ousou desafiar os 
estudiosos interessados em sua decifração. Coube ao francês 
Champollion, nas primeiras décadas do século XIX, o grande mérito, 
comparando um texto em grego clássico, em demótico (escrita egípcia 
popular, mais simplificada) e em hieróglifo, existentes na Pedra de Roseta, 
um achado arqueológico da campanha de Napoleão no Egipto, decifrou a 
escrita egípcia, dando início à Egiptologia. Com isso, abriu-se um largo 
campo para resgatar o passado dessa civilização. Com mais de 600 
símbolos gráficos, os hieróglifos, escritos e pintados principalmente em 
papiro, eram vinculados à função religiosa. 
 
 
Sumário 
Nesta Unidade temática estudamos e discutimos a origem do Egipto 
Antigo até a sua unificação em 3200 a.C.. Nisto, procuramos ver a sua 
evolução política, o desenvolvimento económico, social e cultural. 
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Exercícios de AUTO-AVALIAÇÃO 
GRUPO-1 (Com respostas detalhadas) 
1. O Egipto é uma dádiva do Egipto? Argumenta 
2. Caracterize o período pré-dinástico do Egipto. 
3.Caracterize o períododinástico. 
4.Identifique a forma do governo vigente no Egipto antigo. 
5.Localize no tempo a construção das pirâmides e de exemplos. 
6. Que impacto teve a invasão do Hicsos no Egipto. 
7. Refira-se as consequências da expulsão dos Hicsos em 1580 ac. 
8. Caracterize o baixo-império. 
9. Comente: A sociedade egípcia era rígida. Encontramos Faraó, 
Sacerdotes, Membros da família real, escribas, comerciantes, soldados, 
artesãos, felás, escravos e camponeses. 
Respostas: 
1. O Egipto é uma dádiva do Nilo devido a dependência que esta 
civilização apresenta em relação ao Nilo. 
2. P período pré dinástico caracteriza-se pela ausência de centralização 
política. 
3. O período dinástico se caracterizada pela forte centralização política. 
4. Monarquia teocrática. 
5. As pirâmides foram construídas aproximadamente entre 2 700 e 2 600 
a.C. Entre as grandes pirâmides destacam-se a de Quéops, Quéfren e 
Miquerinos. 
6. O Egipto tornava-se o celeiro do Oriente Médio; O comércio, interno 
e externo, se tornava bastante activo. 
7. O despertar de um sentimento nacionalista e militarista que submeteu 
os hebreus à escravidão até 1250 a.C. no episódio conhecido como 
Êxodo. 
8. Decadência após a conquista de diversos povos, inclusive os Assírios 
em 622 a.c. 
9. A sociedade egípcia era bastante rígida uma vez que a possibilidade 
de ascensão era mínima entre seus integrantes, sendo as profissões 
cargos e funções transmitidas por hereditariedade. 
 
 
 
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TEMA – I: Mesopotâmia 
UNIDADE Temática 1.1. Introdução 
UNIDADE Temática 1.2. A evolução e o papel da Contabilidade como 
instrumento de gestão. 
UNIDADE Temática 1.3. Divisões da Contabilidade 
UNIDADE Temática 1.4. EXERCÍCIOS deste tema 
 
UNIDADE Temática 1.1. Introdução, Considerações Gerais à Disciplina: natureza, 
objectivos e Princípios. 
Introução 
A origem das civilizações 
Os factores que determinantes da origem e desenvolvimento das 
civilizações são os geográficos, o relevo, os recursos económicos, as fontes 
alimentares, o contacto com civilizações. A mais importante destas está 
ligada ao âmbito da geografia, gozando de maior preeminência o clima, 
pois nenhuma nação, antiga ou moderna, alcançou o mais alto nível 
cultural a não ser sob a influência de um estímulo climático. Associado ao 
clima temos a humidade devendo variar em torno de 75%. A variação do 
clima é importante para purificar de quando em quando a atmosfera e 
produzir variações de temperatura que parecem ser necessárias para 
estimular e revitalizar o homem. 
A topografia da superfície do globo também é um elemento 
condicionador, pois a forma e a configuração dos continentes são de 
grande importância quando oferecem vantagens para o desenvolvimento 
cultural. Os continentes que possuem uma costa irregular e condições 
geográficas diversificadas proporcionam os únicos meios favoráveis ao 
progresso das nações. Quanto mais compacto e homogéneo for um 
continente, mais atrasados serão os seus habitantes. Os povos que vivem 
em continentes como a Europa, com a sua costa fortemente recortada e 
sua variedade de condições 
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 20 
 
geográficas, desfrutam importantes vantagens. Sua terra é acessível pela 
água até bem no interior. 
O declínio da cultura neolítica marcou o fim do que chamamos 
período pré-literário na história do homem. Este foi substituído por 
padrões mais complexos de cultura, baseados no conhecimento da escrita, 
mas a invenção da escrita não foi a única feição distintiva dessa nova 
ordem. Os instrumentos de pedra foram quase inteiramente suplantados 
por utensílios de bronze e outros metais. Além disso, calendários foram 
inventados; a religião, o estado e outras instituições desenvolveram-se em 
mais alto grau; a arte tornou-se mais refinada e houve avanços 
consideráveis na ciência e, por fim, no comércio e na indústria. Os 
progressos em tal terreno parecem ter sido muito rápidos no Egipto; não 
somente isso, senão que também as realizações dos egípcios lançaram os 
alicerces de grande parte do trabalho de outros povos. 
 
 
Ao completar esta unidade, você deverá ser capaz de: 
 
 
Objectivos 
específicos 
 
 
 
 Descrever o contexto da emergência das civilizações da Mesopotâmia; 
 Explicar a evolução das civilizações da Mesopotâmia; 
Analisar a evolução política, económica, social e cultural das civilizações da 
Mesopotâmia; 
 
1. Mesopotâmia 
2.1. Formação 
A Mesopotâmia nasce nas terras entre os rios tigre eEufrates, a civilização 
logo se espalhou por todo o fértil crescente, a área de terras produtivas 
em forma de ferradura que se estende no rumo norte da Babilónia, em 
direcção ao planalto do Eufrates, e depois se curva no rumo sul, outra vez, 
passando pela Síria e pela Palestina. Gradualmente, a civilização ainda 
mais se difundiu: na direcção leste para a terra dos Medos e dos Persas; 
na do oeste pela Ásia Menor, até as ilhas e península da Grécia e da Itália, 
até as costas distantes do mediterrâneo. 
A civilização mesopotâmica era completamente diferente da egípcia. Sua 
política, assinalada por interrupções bruscas; sua composição racial era 
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 21 
 
menos homogénea e sua estrutura social e económica oferecia campo 
longo à iniciativa individual. 
2.3. Política 
A exploração da terra na Mesopotâmia baseava-se em um complexo 
sistema de propriedade, segundo a qual a posse privada ainda não era 
exercida na plenitude. De modo geral a propriedade da maioria das terras 
era dos templos e do Estado que as distribuíram para rendeiros, colonos e 
funcionários públicos. Para realizar todas as tarefas, exigiu esforços de 
todos e o tempo sentiu-se a necessidade de um poder centralizado que 
dirigisse essa sociedade. Desse processo surgiu o Estado. O poder do 
Estado justificava-se inicialmente porque um governo centralizado 
poderia coordenar melhor o trabalho da população na construção de 
grandes obras de interesses comum. 
Houve, no entanto, um desvio de funções que se esperava do Estado. O 
grupo de pessoas que controlavam o governo passou a usar poder que 
detinham para explorar o restante da sociedade. Os governantes 
aumentavam suas riquezas e privilégios. A maioria do povo era vítima da 
pobreza e da exploração, desta forma acentuam-se a distância entre 
governantes e governados. 
Assim o nascimento da civilização na Mesopotâmia foi marcada, não só 
pela formação do Estado, mas também pelo início da desigualdade e da 
exploração social entre homens, que passaram de uma sociedade 
comunitária para uma sociedade dividida em classes. 
O controlo político era exercido por uma elite que obrigatoriamente 
também era o chefe religioso (patesi) e responsável pelo templo 
(zigurate). Diferente do Egipto, onde o chefe do Estado era visto como um 
deus, na Mesopotâmia ele era apenas um dos representantes dos deuses 
na Terra. Ele mantinha um grupo de sacerdotes para ajudá-lo a administrar 
as cidades. Estabeleceu assim uma íntima relação, muito presente e forte 
nesse período da história entre o poder político e o religioso; onde um não 
existia sem o outro. 
2.4. Economia 
A agricultura era o principal interesse económico da maior parte dos 
cidadãos, sendo os sumerianos óptimos lavradores. Devido ao seu 
conhecimento de irrigação, conseguiam fartas colheitas de cereais e de 
frutos subtropicais. A terra era dividida em grandes propriedades que se 
achavam nas mãos dos governantes, dos padres e dos oficiais do exército, 
o cidadão rural médio ou era um rendeiro ou um servo. No comércio 
estava a segunda fonte da riqueza nacional. Um activo intercâmbio se 
estabelecera com todos os países vizinhos, girando em torno da troca de 
metais e de madeiras, procedentes do norte e do oeste, por produtos 
agrícolas e mercadorias manufacturadas das regiões inferiores do vale. 
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 22 
 
Quase todas as técnicas usuais de negócios tinham grande 
desenvolvimento; usavam-se habitualmente facturas, recibos, notas 
promissórias e cartas de crédito. O costume requeria que as transacções 
fossem confirmadas em contrato escrito, assinado por testemunhas. Os 
mercadores empregavam vendedores que viajavam até regiões distantes 
e vendiam mercadorias em comissão. Em todas as transacções maiores 
serviam como dinheiro barras ou lingotes de ouro e de prata, sendo a 
unidade-padrão de troca um siclo de prata, do valor aproximado de dois 
dólares ao câmbio moderno. 
 
Na Mesopotâmia as terras cultiváveis pertenciam aos deuses; por isso a 
maior parte delas era propriedade dos templos e dos governantes. Essas 
terras eram entregue aos camponeses para o cultivo de cevada, trigo, 
legumes, árvores frutíferas como a macieira, o pessegueiro, a ameixeira, a 
pereira e, principalmente, a tamareira. Pelo direito de cultivar o solo os 
camponeses eram obrigados a entregar aos sacerdotes parte do que 
produziam. 
Como grandes proprietários e grandes exploradores do trabalho dos 
camponeses, artesãos e escravos, os sacerdotes acumulavam grandes 
fortunas. Além de serem explorados em sua mão-de-obra pela elite 
latifundiária, os camponeses e os escravos eram obrigados a trabalhar 
colectivamente na construção de obras hidráulicas e de obras públicas. 
2.2. Sociedade 
Na civilização Mesopotâmica cada grupo social tem uma posição e uma 
função definida. A posição social é determinada pela hereditariedade. A 
estrutura é estática (não há mobilidade social) e hierárquica, sendo 
vinculada às actividades económicas. 
A maior parcela da comunidade trabalhava sob um regime de servidão 
colectiva. As Comunidades camponesas produziam excedentes agrícolas 
entregues ao Estado sob a forma de impostos. Os camponeses não eram 
escravos já que viviam em comunidades, produziam seus próprios 
alimentos e construíam suas moradias. A sociedade estava assim 
hierarquizada: 
 Soberano e aristocracia (nobres e sacerdotes); 
 Intermediários (burocratas, militares, mercadores e artesãos); 
 Camponeses; 
 Escravos utilizados na construção de obras públicas (obras de 
irrigação, templos, palácios e outros). 
 
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 23 
 
Pode-se perceber no entanto, que a organização da sociedade 
mesopotâmica dividida de forma geral entre os chefes religiosos e 
sacerdotes (no comando), os ricos comerciantes e proprietários, a 
população livre e os escravos. 
Escravos e homens de condições humildes levavam o mesmo tipo de vida. 
A alimentação era muito simples: pão de cevada, um punhado de tâmara 
e um pouco de cerveja leve. Isso era essencial no cardápio diário. Às vezes 
comiam legumes, lentilhas, feijão, pepinos ou ainda algum peixe pescado 
nos rios ou nos canais; a carne era um alimento muito raro. 
Na habitação era a mesma simplicidade. Às vezes a casa era um simples 
cubo de tijolos crus revestidos de barro. O telhado era plano e feito com 
troncos de palmeiras e argila comprimida. Esse tipo de telhado tinha a 
desvantagem de deixar passar a água nas chuvas mais torrenciais, mas em 
tempos secos eram usados como terraços. 
As casas não tinham janelas e à noite eram iluminadas por lampiões de 
óleo de gergelim. Os insectos eram abundantes nessas moradias. Embora 
os ricos se alimentassem melhor, e morassem em casas mais confortáveis 
que os pobres, suas condições de higiene não eram mais adequadas. 
Quando as epidemias se abatiam sobre as cidades a mortalidade era a 
mesma em todos as classes. 
2.5. Religião e cultura 
A religião mesopotâmica era politeísta e antropomórfica. Cada cidade 
tinha seu deus, cultuando como todo-poderoso e imortal. Os principais 
deuses eram: Anu, deus do céu; Shamash, deus do Sol e da justiça; Ishtar, 
deusa do amor; e Marduk, criador do céu, da Terra, dos rios e dos homens. 
Além de politeístas, os mesopotâmicos acreditavam e génios, demónios, 
adivinhações e magias. Procuravam viver intensamente, pois achavam que 
os mortos permaneciam num mundo subterrâneo e sem esperanças de 
uma nova vida. Para eles a vida cotidiana e o futuro das pessoas podiam 
ser determinados pela posição dos astros no céu. Os sacerdotes se 
aproveitaram dascrendices para divulgar a astrologia, elaborar os 
horóscopos e monopolizar as previsões diárias através da leitura dos 
astros. 
A Escrita 
A invenção da escrita é atribuída aos sumérios. Eles escreviam na argila 
mole com o auxílio de pontas de vime. O traço deixado por essas pontas 
tem a forma de cunha (V), daí o nome de Escrita cuneiforme. 
Com cilindros de barro, os mesopotâmicos faziam seus contractos, 
enquanto no Egipto se usava o papiro. Em 1986, foi descoberta por 
arqueólogos, perto de Bagdá, capital do Iraque, uma das mais antigas 
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bibliotecas do mundo, datada do século X a.C. A biblioteca continha cerca 
de 150.000 tijolos de argila com inscrições sumerianas. A literatura 
caracterizava-se pelos poemas religiosos e de aventura. 
A arquitectura 
O edifício característico da arquitectura suméria é o zigurate, depois muito 
copiado pelos povos que se sucederam na região. Era uma construção em 
forma de torre, composta de sucessivos terraços e encimada por um 
pequeno templo. Nas obras arquitectónicas os mesopotâmicos usavam 
tijolos cozidos (pois a pedra era muito cara) e ladrilhos esmaltados. 
Preferiam construir palácios. As habitações de escravos e homens de 
condições mais humildes eram, às vezes, simples cubos de tijolos crus, 
revestidos de barro. O telhado era plano e feito com troncos de palmeira 
e argila comprimida. As casas simples não tinham janelas e à noite eram 
iluminadas por lampiões de óleo de gergelim. 
2. OS SUMÉRIOS 
Formação 
Os Sumérios formaram-se entre os rios Eufrates e o Tigre. Fundaram 
cidades como Ur, Nippur, Lagash, cada uma constituindo um pequeno 
estado, regido por um chefe religioso e civil chamado de patesi. 
Política 
Através da maior parte de sua história os sumerianos viveram numa frouxa 
confederação de cidades-estados, unidas unicamente para fins militares. 
À frente de cada uma estava um patesi, que acumulava as funções de 
primeiro sacerdote, comandante do exército e superintendente do 
sistema de irrigação. Ocasionalmente um desses governadores mais 
ambiciosos teria estendido seu poder sobre certo número de cidades a 
assumindo o título de rei. No entanto foi só na época de Dungi, mais ou 
menos 2300 a.C., que todos os sumerianos se uniram sob a autoridade 
única de um chefe de sua nacionalidade. 
Dungi que, em longo reinado de cinquenta e oito anos sabiamente dirigiu 
o trabalho de restabelecer a vida civilizada na Suméria e na Acádia. 
Infelizmente depois viu-se envolvido em guerras estrangeiras em que 
desgastaram as forças do império. Este por fim foi destroçado pelos 
amoritas do norte e os elamitas do leste e a capital Ur sofreu total 
destruição. O enfraquecimento político dos sumerianos, decorrentes da 
desunião, permitiu que povos semitas vindos do norte da cidade de Acad, 
invadissem a região. 
Economia 
A terra não era propriedade do rei, nem a actividade comercial, nem 
industrial era monopólio governamental. As massas populares não tinham 
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quase nenhum património como também propriedades. A escravidão não 
era uma instituição importante, muitos dos que eram considerados 
escravos não passavam na realidade de servos que haviam hipotecado sua 
pessoa por dívida. 
Os sumérios tinham rebanhos bovinos, ovinos e praticavam agricultura 
para a qual haviam idealizado um arado e uma semeadora puxada por 
bois. Em seu novo lar apreenderam como aumentar a produtividade 
natural do vale fluvial construindo canais de irrigação. 
A agricultura era o principal interesse económico da maior parte da 
população, sendo os sumerianos excelentes lavradores. Devido ao seu 
conhecimento de irrigação, conseguiram farta colheita de flutues e 
também de cereais. A terra estava dividida em grandes latifúndios que 
achavam nas mãos dois governadores, dos padres e dos oficiais do 
exército, o cidadão médio ou era rendeiro ou um servo. No comércio 
estava a segunda parte da riqueza sumeriana. Em todas as transacções 
comerciais maiores, serviam como dinheiro, barras ou lingote de ouro e de 
prata, sendo a unidade-padrão de trocas um círculo de prata de valor de 
aproximadamente dois dólares ao câmbio moderno. 
Sociedade 
Os sumerianos aprenderam a construir suas aldeias em outeiros naturais 
ou artificiais, de modo a ficarem a salvo das águas de enchentes e terem 
maior segurança contra ataques. Para edificar suas moradias tiveram que 
recorrer ao tijolo, material cujas possibilidades souberam aproveitar ao 
máximo e que deu uma fisionomia singular à arquitectura mesopotâmica; 
a pedra, porém costumavam a utilizá-la para esculpir estátuas de deuses e 
de reis, dos quais algumas eram de notável expressão. 
Religião e cultura 
Os sumerianos eram muito religiosos consideravam o culto a seus deuses 
a principal função a desempenhar na vida. Quando interrompiam as 
orações, deixavam estatuetas de pedras que os representavam diante dos 
altares para rezarem em seu nome. 
Dentro dos templos havia oficinas para artesãos, cujos produtos 
contribuíram para a prosperidade da Suméria. Os sumerianos acreditavam 
num dado número de deuses, tendo cada um deles uma personalidade 
distinta com atributos humanos. Podemos citar alguns deuses: ISTAR, a 
deusa do princípio feminino da natureza, SHAMASH, era o deus do sol, 
dava o calor, luz em benefício do homem, mas também podia mandar seus 
raios abrasadores para secar o solo e as plantas. O dualismo religioso, 
envolvendo a crença em divindades inteiramente separadas do bem e do 
mal, só aparece na civilização muito depois. 
Os sumerianos destinavam suas religiões exclusivamente a este mundo e 
não ofereciam qualquer esperança à 
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outra vida, não partejavam a mumificação e nem construíram túmulos 
complicados. Os mortos eram enterrados sob o piso da casa sem caixão. 
Escrita 
Os sumérios desenvolveram um sistema de escrita que inicialmente se 
destinava ao registro da contabilidade dos templos. Os registros escritos 
eram necessários para a administração do rico património acumulado 
pelos templos através de oferendas religiosas, como escravos, rebanhos, 
terras. Os antigos agricultores sumérios enfrentaram muitas dificuldades. 
A principal delas era a escassez de chuvas. Para obter água, abriram canais 
de irrigação. 
Na matemática, descobriram o processo de multiplicação e divisão a até a 
raiz quadrada e cúbica. Seu sistema de numeração, pesos e medidas, era 
duodecimal, com o número sessenta como unidade mais comum. A 
astronomia era pouco mais que astrologia e a medicina, um curioso misto 
de ervaria e magia. O receituário dos médicos consistia principalmente em 
feitiços para exorcizar os epítetos maus e acreditavam serem causas das 
doenças. 
A escrita sumeriana foi desenvolvendo com o tempo e, por volta de 3000 
a.C., passou a ser utilizada também no registo de textos religiosos, 
literários e de algumas normas jurídicas. Originalmente, essa escrita é feita 
na argila mole, com um estilete em "forma de cunha", o que determinou 
o formato dos sinais. Por isso a escrita sumeriana ficou conhecida como 
"cuneiforme" (em forma de cunha). 
Os Acádios 
Formação 
Os Acádios se estabeleceram ao norte dos sumérios, fundando algumas 
cidades, vindo ACADÉ a ser a mais importante. Ali reinaram, pouco depois, 
o rei Sargão, e seu neto Naram-sin, conquistaram um vasto império 
englobando todos os povos da Caldeia, O Elã - no extremo ocidental da 
meseta do Irã - seria a Alta Mesopotâmia, até chegar à Ásia Menor. 
Comandados por Sargão I, os acadianos conquistaram e unificaram as 
cidades sumerianas,fundaram o primeiro império mesopotâmico que 
expandiu desde o Golfo Pérsico até as regiões de Amorru e da Assíria. 
A unidade do Império Acádio durou pouco. Revoltas interferiram nos 
planos de Sargão I e seus sucessores não foram capazes de manter o 
império. 
Política 
O sistema político acadiano era centralista na pessoa do rei, a ponto de 
tornar-se divinizado. Com a morte de Sargão seguiu uma nova dinastia que 
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se 
estabeleceu na cidade de UR, unificando acádios e sumérios. Nesta época 
- 2050 a l950 a.C. a região começou a sofrer as invasões e apesar dos 
sistemas de fortificações construídos ao longo do rio Eufrates, não foi 
possível evitar a penetração dos cananeus e o desmembramento do 
Império Acádio, isso ao redor de 2100 a.C., permitindo breve reerguimento 
de algumas das cidades estados sumerianas, como UR. 
A antiga Mesopotâmia sempre foi alvo da disputa entre povos que se 
sucederam no controle da região, e o principal motivo da luta era a 
importante riqueza para aqueles que descobriram a agricultura: a água dos 
rios Tigre e Eufrates. Passados mais de 5 mil anos, a região continua sendo 
palco de guerras; na actualidade a invasão do Iraque e o foco do conflito 
sem dúvida é outra riqueza natural: o petróleo, tão valioso para as 
sociedades industrializadas quanto a água para as teocracias de regadio. 
OS CASSITAS 
Os Cassitas eram bárbaros e não demonstraram nenhum interesse pelas 
realizações culturais de seus predecessores. A sua única contribuição foi a 
introdução do cavalo no Vale do Tigre e do Eufrates. 
O certo é que, pouco depois do reinado de Hamurabi, os cassitas - unidos 
talvez aos hititas - apareceram na Mesopotâmia e a percorreram em 
rápidas conquistas. Muitos deles permaneceram ali, tais como soldados 
mercenários; mas por volta de 1769 a.C., um grupo de cassitas se 
apoderou do poder e fundou uma dinastia que se radicou na Babilónia e 
dominou a região durante quase dois séculos. Os cassitas quando viam 
algo que desejavam não hesitavam em lutar por isso. Assim esses viris 
montanheses tornaram-se os novos senhores da Babilónia. 
Os cassitas assimilaram prontamente a civilização babilónica e não 
introduziram nela alterações importantes, motivos por que o aspecto do 
país pouco mudou durante o tempo de sua dominação. Não foi uma 
brilhante era, mas o comércio continuou a ter importância e são 
conhecidos as relações que a Babilónia teve naquela altura com todos os 
estados da época. Finalmente, ante a violência da agressão dos assírios, a 
Mesopotâmia Meridional caiu em poder deste povo que estava destinado 
a impor sua hegemonia sobre uma vasta extensão do Mundo Antigo. 
Governaram a Babilónia por quase seis séculos, mas nunca seu domínio foi 
tão grande como os anteriores de Sargão e Hamurabi. 
A Babilónia 
Formação 
Os Amorritas também conhecidos como babilónicos formaram-se por 
volta de 2000 a.C., chegaram a Mesopotâmia e estabeleceram-se na 
Babilónia. Por isso os Amoritas ficaram conhecidos como babilónicos. Dali 
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governaram um vasto império que ultrapassou os limites do que tinham 
logrado formar Sargão e Naran-sin: organizaram com prudência e firmeza. 
As características mais importantes dos dominadores da Babilónia, 
consistiu em saberem assimilar prontamente a civilização cujas bases 
tinham sido lançadas pelos sumérios. Sua técnica arquitectónica, suas 
invenções para o controle das inundações, sua escrita, suas indústrias, 
tudo foi aproveitado pelos babilónios e desenvolvidos até em grau notável 
de progresso. 
A cidade cuja, divindade protectora chamava-se MARDUC, e possuía 
notáveis templos, cobriu-se de construções belíssimas e se tornou centro 
importante de actividades de toda a sorte. Ali reinou entre 2133 a 2081 
a.C., um rei chamado Hamurabi que passou a história como um dos 
grandes codificadores da Antiguidade. 
Hamurabi decidiu ampliar seus poderes políticos e económicos na região 
e chefiando os amoritas, venceu os povos vizinhos e expandiu os domínios 
babilónicos por toda a Mesopotâmia, desde o Golfo Pérsico até o norte da 
Assíria. Com efeito, Hamurabi mandou recopilar os diversos dispositivos 
que regiam a vida civil e ordenou que fossem gravados em pedra para que 
todos os povos submetidos a sua autoridade os conhecessem. Esses 
dispositivos foram, na realidade, os primeiros códigos jurídicos, com leis 
escritas que se conhecem: O CÓDIGO DE HAMURABI. Esse Código, que 
continha 282 artigos e 3600 linhas de texto, legislava sobre questões 
penais e dividia a sociedade em três classes: homens livres, subalternos e 
escravos. O Código de Hamurabi foi encontrado por arqueólogos em 1901, 
na cidade de Susa e encontra-se actualmente no Museu do Louvre em 
Paris. 
Política 
Entre as mudanças significativas que os antigos babilónios introduziram na 
sua herança cultural podem ser mencionadas a renovação política e a do 
direito. Como conquistadores militares, mantendo em sujeição numerosas 
nações vencidas, julgaram necessário estabelecer um estado consolidado. 
Os vestígios do antigo sistema de autonomia local foram varridos e a 
autoridade do rei de Babilónia tornou-se suprema. Adoptou-se um sistema 
de tributação régia, bem como o serviço militar obrigatório. 
O sistema de leis também foi transformado de acordo com as novas 
condições. Cresceu a lista de crimes contra o estado e os funcionários do 
rei desempenharam um papel mais activo na apreensão e punição dos 
infractores, ainda que fosse impossível ser qualquer criminoso perdoado 
sem o consentimento da vítima ou de sua família. 
Aumentou consideravelmente a severidade das penas, em especial contra 
os crimes que envolvessem sinais de traição ou sedição. Infracções 
aparentemente triviais como "vadiagem" e "desordem numa taberna" 
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tornavam-se puníveis de morte, sem dúvida pela crença de que poderiam 
alimentar actividades desleais ao rei. 
Em alguns particulares o novo sistema legal revelou certo progresso. As 
mulheres e crianças vendidas por dívida não podiam ser conservadas sob 
escravidão por mais de quatro anos, enquanto a escrava que tivesse um 
filho do amo absolutamente não podia ser vendida. 
Sociedade 
Um exemplo de expansão e unificação política da Mesopotâmia ocorreu 
por volta de 1763 a.C., sob o governo de Hamurabi, rei babilónico que 
consolidou seu poder tomando medidas marcantes em diferentes 
aspectos sociais. Impôs o deus babilónio Marduk aos povos vencidos e 
repartiu a propriedade da terra entre o Estado, templos e os particulares. 
Consagrou a divisão da sociedade em três grandes categorias: 
 Os awilum-homens livres de elevada posição (sacerdotes, grandes 
proprietários, ricos comerciantes) a quem as normas jurídicas 
conferiam tratamento privilegiado; 
 Os mushkenum-homens livres de média posição que trabalhavam 
como servidores dos palácios, artesãos ou pequenos comerciantes; 
 Os escravos-prisioneiros de guerra ou homens livres que não 
conseguiam pagar suas dívidas e se tornavam propriedade do 
credor. Normalmente, a escravidão por dívida durava certo 
período, estipulado pelo juiz da questão. 
Hamurabi exorta o juiz a ser imparcial. O falso testemunho era 
severamente castigado. Quando se acusava alguém de homicídio ou de 
magia, o acusado deveria dar provas de sua inocência submetendo-se a 
experiência da água (nesta prova o réu era atirado ao rio) e, se não 
sobrevivesse, estaria cumprida a sentença. 
Na Babilónia existia um exército regular cujos guerreiros recebiam como 
pagamento pequenos lotes de terras. Nasépocas das guerras os 
camponeses eram obrigados a prestar o serviço militar, o que os afastava 
da produção de alimentos. Essa circunstância acabava por arruiná-los, 
levando-os muitas vezes, a contrair empréstimos, que não podiam pagar, 
tornando-se então muitas famílias devedores escravizados, cujo número 
aumentava sempre. 
Os sucessores de Hamurábi lutaram contra vários povos asiáticos (cassitas 
e hurritas). Em 1513 a.C., a Babilónia foi tomada pelos hititas, terminando 
assim o 1º Império Babilónico. Até 1137 a.C a Babilónia foi dominada por 
vários povos, mas conseguiu sua independência sob a liderança de 
Nabucodonosor. Após sua morte a Babilónia caiu sob o domínio dos 
Assírio. 
Religião e cultura 
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 30 
 
A 
religião sofreu nas mãos dos antigos babilónios numerosas mudanças, 
tanto superficiais como profundas. Divindades veneradas pelos 
sumerianos, foram esquecidas e outras erigidas em substituição. 
MARDUC, primitivamente deus local da cidade de Babilónia, foi elevado à 
mais alta hierarquia. ISTAR continuou sendo a deusa principal. TAMUZ, seu 
irmão e amante, que não tivera significado especial na religião suméria, 
tornou-se nessa época a terceira das divindades mais importantes. Sua 
morte no outono e ressurreição na primavera simbolizavam a morte e a 
revivescência da vegetação. Mas a morte e a ressurreição do deus tinha 
mais do que um significado simbólico; ao menos vagamente, eram 
concebidas como as causas reais dos próprios processos da natureza. Não 
continham, no entanto, qualquer significado espiritual, não prometendo a 
ressurreição dos mortos ou a imortalidade da alma. Os antigos babilónios 
não desprezavam o mundo do além menos que os sumerianos. 
Além disso, houve um incremento na adoração dos demónios. Nergal, o 
deus da peste, chegou a ser considerado como um monstro terrível que 
buscava todas as oportunidades para abater suas vítimas. Hordas de 
outros demónios e espíritos malévolos escondiam-se na escuridão e 
cruzavam os ares, espalhando no seu caminho o terror e a destruição. Não 
havia defesa contra eles, excepto os sacrifícios e os sortilégios mágicos. Se 
o antigo babilónio não inventou a feitiçaria, foi pelo menos o primeiro 
povo "civilizado" a dar-lhe um lugar de grande importância. As leis 
prescreviam a pena de morte contra ela e há provas de ter sido bastante 
temido o poder dos feiticeiros. Se o desenvolvimento da demonologia e 
da feitiçaria se deveu a um aumento de insalubridade do clima do vale dos 
dois rios ou se à própria mentalidade sombria do povo, é questão sem 
resposta, mas é provável que a primeira seja a melhor explicação. 
 
 
Os Hititas 
Origem 
Os hititas eram de origem indo-europeia e haviam chegado à Ásia 
Ocidental no princípio do segundo milénio. Percorreram durante algum 
tempo extensas regiões, estabelecendo transitoriamente na 
Mesopotâmia; mas acabaram preferindo radicar-se no centro da meseta 
da Anatólia, no país que depois chamou Capadócia. Ali fundaram sua 
capital HATI, onde começaram a se estender em diversos sentidos; não 
tardou que se chocassem com os egípcios, iniciando-se uma série de lutas 
em que estes últimos levaram a melhor, devido a sua aliança com os 
mitanianos, os assírios, e os babilónicos. 
Ao que parece os hititas alcançaram grande poderio militar já nos 
princípios do segundo milénio a.C.. Já 
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haviam feito conquistas no norte da Síria antes de destruírem Babilónia 
por volta de 1600 a.C., e deixaram os destroços aos cassitas porque lhes 
era impossível manter o domínio a tão longa distância. Só porém depois 
do século XV Hati tornou-se uma grande nação imperial. Como seus 
predecessores, os hititas davam muita importância à religião. Seus 
governantes eram um rei-sacerdote e o clero tinha grande influência. 
O deus principal era TESHUB o deus da tempestade, às vezes montado 
num touro. Outra divindade principal era a deusa-mãe a que se associava 
um jovem deus masculino. Seu emblema era o leão sobre o qual 
divindades representando regiões favorecidas e forças da natureza, e uma 
das poucas conhecidas da literatura hitita são as orações no templo da 
peste, dirigida por Mursilis II ao deus-tempo. 
O domínio hitita trouxe consigo duas invenções de importância 
fundamental para o progresso da humanidade: a utilização do ferro e o 
uso do cavalo. Esse animal era muito ágil para o transporte veloz de carros 
de guerra, construídos não mais com rodas cheias já conhecidas pelos 
sumérios, mas rodas com raios mais leves e de fácil manejo. Por diversos 
meios os hititas deixaram sua marca imprensa nos registros da história: 
pelos trabalhos pioneiros no uso do ferro; por seu grande império, que tão 
fortemente influenciou o curso da história no segundo milénio a.C., por 
sua adaptação e transmissão das realizações de outros povos asiáticos e 
por originais contribuições nas artes. 
Política 
O rei hitita era chefe do exército, juiz supremo e sacerdote. As rainhas 
dispunham de certo poder. Apesar da decadência, o Império Hitita durou 
em torno de 1200 a.C., certos elementos do mundo hitita sobreviveram 
três séculos nos pequenos reinos situados no sudeste da Anatólia e no 
norte da Síria. 
A importância desta civilização reside no facto de ter sido ela que nos legou 
os mais antigos documentos escritos numa língua indo-europeia (língua 
que deu origem a maior parte das línguas faladas na Europa) até hoje 
descobertos. A maior parte dos textos que tratavam de história, de 
política, de legislação, de literatura e de religião, eram gravados em 
cuneiforme sobre tabelinhas de argila. 
Economia 
Talvez isso seja verdade do ponto de vista material, pois os hititas tiveram 
sem dúvida alguma um conhecimento extensivo da agricultura e uma vida 
económica em geral altamente desenvolvida. Extraíam grande quantidade 
de prata, cobre e chumbo, que vendiam às nações circunvizinhas. 
Descobriram a mineração e o uso do ferro, tornando utilizável esse 
material para o resto do mundo civilizado. O comércio foi também uma de 
suas principais actividades económicas. Parece, com efeito, que, na 
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expansão de seu império, dependeram quase tanto da penetração 
comercial quanto da guerra. 
Religião e cultura 
Pouco se sabe a respeito da religião hitita além do facto de que possuía 
uma mitologia complicada, inúmeras divindades e formas de culto de 
origem mesopotâmica. O nome da divindade masculina principal parece 
ter sido Addu, um deus da tempestade constantemente representado com 
um feixe de raios saindo da mão. O posto principal da hierarquia era dado, 
contudo, à deusa mãe da fertilidade, cujo nome se desconhece. Adoravam 
também um deus do sol e uma multidão de divindades, algumas das quais, 
aparentemente, não tinham nenhuma função particular. Os hititas 
parecem ter acolhido no seu panteão quase todos os deuses dos povos 
que conquistaram e até das nações que deles compravam mercadorias. As 
práticas religiosas incluíam a adivinhação, o sacrifício, as cerimónias de 
purificação e as orações. 
Literatura 
A literatura dos hititas consistia mormente mitologia, inclusive adaptações 
da epopeia de Gilgamesh e das lendas da Criação e do Dilúvio dos antigos 
babilónios. Nada tinha que mereça o nome de filosofia, nem há indícios 
duma originalidade científica fora das artes metalúrgicas. Evidentemente 
possuíam certo dom para o aperfeiçoamento da escrita, pois, além de uma 
escrita cuneiforme modificada que derivaram da mesopotâmica, 
desenvolveram também um sistema hieroglífico de carácter parcialmente 
fonético.

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