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Unidade VI - As Doenças Ocupacionais, Tipos e Causas

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Saúde do Trabalhador
Material Teórico
Responsável pelo Conteúdo:
Profa. Esp. Erika Gambeti Viana de Santana
Revisão Textual:
Profa. Ms. Fátima Furlan
As Doenças Ocupacionais, Tipos e Causas
• Doenças Ocupacionais
• A Relação do Trabalho e o Adoecimento dos Trabalhadores
• Doenças Parasitas e Infecciosas
• Tumores (Neoplasias)
• Doenças do Sistema Respiratório
• Transtornos de Comportamento e Mentais
• Doenças do Sistema Nervoso
• Doenças do Olho
• Doenças do Ouvido
• Doenças do Sistema Digestivo
• Doenças dos Tecidos Subcutâneos e da Pele
• Doenças do Sistema Gênito-Urinário
• Doenças do Tecido Conjuntivo e do Sistema Osteomuscular
 · Passar aos alunos causas e tipos de doenças ocupacionais em diver-
sos tipos de atividades.
OBJETIVO DE APRENDIZADO
As Doenças Ocupacionais, 
Tipos e Causas
Orientações de estudo
Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem 
aproveitado e haja uma maior aplicabilidade na sua 
formação acadêmica e atuação profissional, siga 
algumas recomendações básicas: 
Assim:
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte 
da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e 
horário fixos como o seu “momento do estudo”.
Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar, lembre-se de que uma 
alimentação saudável pode proporcionar melhor aproveitamento do estudo.
No material de cada Unidade, há leituras indicadas. Entre elas: artigos científicos, livros, vídeos e 
sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você também 
encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão sua 
interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados.
Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discussão, 
pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o contato 
com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e aprendizagem.
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte 
Mantenha o foco! 
Evite se distrair com 
as redes sociais.
Mantenha o foco! 
Evite se distrair com 
as redes sociais.
Determine um 
horário fixo 
para estudar.
Aproveite as 
indicações 
de Material 
Complementar.
Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar, lembre-se de que uma 
Não se esqueça 
de se alimentar 
e se manter 
hidratado.
Aproveite as 
Conserve seu 
material e local de 
estudos sempre 
organizados.
Procure manter 
contato com seus 
colegas e tutores 
para trocar ideias! 
Isso amplia a 
aprendizagem.
Seja original! 
Nunca plagie 
trabalhos.
UNIDADE As Doenças Ocupacionais, Tipos e Causas
Doenças Ocupacionais
Durante toda a história, podemos constatar que doenças podem ser causadas pelo 
ambiente de trabalho, como exemplo temos casos de incapacidade e até mesmo 
morte em um número bem alto de trabalhadores. Por mais que as possibilidades de 
prevenção sejam altas por conta do progresso científico, ainda temos uma realidade 
preocupante com grandes agravos à saúde dos trabalhadores.
Quando falamos de problemas de saúde nos ambientes laborais, logo pensamos 
no Acidente de Trabalho, pois acontecem em diversos lugares, várias vezes, é 
fácil de detectar, exige que o atendimento seja feito prontamente e com isso gera 
uma perturbação no ambiente. No entanto, temos outros tipos de agravos que 
acontecem de forma lenta e acaba muitas vezes não sendo percebida nem mesmo 
pelos médicos. Estamos falando da Doença do Trabalho/ Doença Profissional/ 
Doença Ocupacional, essas podem trazer muitos prejuízos aos trabalhadores 
e também à sociedade além de dados estatísticos deficientes. Nas pesquisas 
realizadas, encontramos referência de doenças associadas ao trabalho desde os 
documentos greco-romanos e egípcios, apesar de na época serem insignificantes, 
pois os trabalhos mais arriscados eram realizados pelos escravos. Como exemplo, 
podemos citar uma intoxicação saturnina em um trabalhador mineiro.
Trabalhadores são todos os indivíduos que exercem atividades remuneradas 
e que sobrevivem com sua renda assim como seus dependentes seja qual for a 
profissão e atividade exercida. Neste grupo, estão inclusos os trabalhadores como 
domésticos, avulsos, agrícolas, servidores públicos, autônomos, empregadores e 
cooperativados, pois recebem salários pelo trabalho.
As condições sociais, os fatores de riscos ocupacionais sejam físicos, mecânicos 
ou biológicos e as condições econômicas são fatores determinantes para a saúde 
do trabalhador, portanto o maior objetivo da Saúde Ocupacional é a alteração dos 
processos que envolvem o trabalho, para que todas as áreas da vida do trabalhador 
estejam completas causando menos problemas e adoecimentos.
Os trabalhadores são considerados como sujeitos participantes das empresas 
quando nos referimos aos estudos feitos sobre as organizações, sobre como são 
as condições de trabalho a que são submetidos, a identificação dos mecanismos 
utilizados e as técnicas utilizadas. Temos muitos casos de doenças do aparelho 
auditivo, sistema osteomuscular, intoxicações químicas, e outras, causados por 
doenças ocupacionais em nosso estado.
8
9
A Relação do Trabalho e o 
Adoecimento dos Trabalhadores
Da mesma forma que a população em geral os trabalhadores também apre-
sentam casos de morte e adoecimento, o que diferencia um caso de outro são as 
características que causam esses problemas considerando os grupos de risco como 
idade, gênero e atividades executadas. Além dessas características, os trabalhado-
res também podem vir a morrer ou adoecer por conta dos problemas causados 
no trabalho, mediante sua profissão, tipo de serviço que exercem e das condições 
ruins do ambiente em que trabalham. Podemos separar em quatro grupos os fato-
res que resultam no adoecimento e morte dos trabalhadores:
• Doenças consideradas comuns, sem relação com as atividades ocupacionais;
• Doenças comuns, mas infecciosas, traumáticas, neoplasias e crônico-degene-
rativas que são modificadas de acordo com o aumento da frequência ou até 
mesmo do surgimento nos trabalhadores por conta das condições de trabalho;
• Doenças também comuns, mas que por conta das condições de trabalho são 
agravadas como a dermatite, brônquica, perda auditiva, doenças musculares e 
transtornos psicológicos;
• Problemas de saúde agravados por conta dos acidentes e doenças ocupacionais. 
Temos a asbesto e a silicose como exemplo desse grupo.
O homem é o hospedeiro e sua contribuição é através de seus costumes, hábi-
tos e dos condicionantes como: estado civil, sexo, etnia, carga genética, idade e 
mecanismos de defesa.
Quando falamos de meio ambiente, consideramos que ele engloba o ambiente de 
trabalho com suas características particulares ou não e também todos os elementos 
conexos às atividades que serão realizadas lá, portanto, é fundamental que seja 
feita uma detecção precoce quanto antes forem detectadas as alterações melhor 
será para minimizar os progressos das doenças. Temos alguns instrumentos para 
detectar antecipadamente:
• Consulta Médica (anamnese ocupacional);
• Abordagem epidemiológica.
Conceituamos Patologia do Trabalho como o estudo do sofrimento, ou dos agravos 
à saúde que são causados pelo trabalho ou algo relacionado a ele.
9
UNIDADE As Doenças Ocupacionais, Tipos e Causas
A seguir veremos algumas das diversas doenças que podem ser causadas 
pelos agentes ambientais e falaremos um pouco sobre seus sintomas e efeitos no 
organismo do trabalhador.
Doenças Parasitas e Infecciosas
As doenças consideradas parasitas e infecciosas que ocorrem por conta do tra-
balho possuem características próprias sendo essas divididas nos seguintes grupos:
• Agentes que não surgem do trabalho;
• Doenças que acontecem por conta das condições em que se executam as 
atividades ocupacionais e pelo tempo de exposição que favorece a transmissão 
e o contágio.
Na maioria dos casos, temos os nomes das doenças iguais aos dos seus agentescontaminantes, normalmente isso acontece nas doenças infecciosas e causadas por 
parasitas que estão relacionadas ao trabalho. Essas dependem do ambiente e do 
saneamento básico para se disseminarem no meio ambiente.
Temos alguns grupos que possuem mais suscetibilidade para esse tipo de 
exposição como é o caso dos profissionais da saúde, dos que trabalham com serviços 
agrícolas, os empregados dos necrotérios e os que atuam na área da vigilância e 
higiene em saúde, assim como pessoas que atuam no manuseio de animais, em 
frigoríficos e indústrias de abatimento de animais.
Tumores (Neoplasias)
As neoplasias ou tumores fazem parte do grupo de doenças que tem a perda 
de controle da divisão celular tendo seus tecidos renovados ou em crescimento, 
ocorrendo assim a perda de controle dessa multiplicação celular que se torna 
descontrolada. Essa proliferação e crescimento celular irregular e acelerado podem 
levar a casos de câncer que invadem tecidos vizinhos e se propagam para outras 
regiões, por isso devem ser tratados com bastante cuidado.
Os cânceres são diferenciados das outras doenças por possuírem os seguin-
tes aspectos:
• São estabelecidos limites para diversas substâncias carcinogênicas, pois não 
existem níveis seguros de exposição para estes casos;
• Existem hoje diversos tipos de cânceres;
• Não tem como diferenciar os cânceres ocupacionais dos demais;
10
11
• Os cânceres começam a se desenvolver bem depois mesmo após o trabalhador 
não estar mais exposto ao agente responsável pela mutação das células;
• No geral, temos exposições concomitantes ou combinadas.
Doenças do Sistema Respiratório
O ar poluído traz uma porção de doenças para o sistema respiratório que vão 
desde o nariz até os pulmões. Essa exposição é influenciada não só por propriedades 
químicas e físicas, mas também pelos hábitos de vida, doenças persistentes, herança 
genética entre outros fatores. O diagnóstico das doenças respiratórias pode estar 
relacionado a diversos fatores, entre eles estão:
• Histórico Clínico: é importante que sejam vistos os exames feitos ao longo 
do tempo, o histórico clínico ocupacional, os sintomas respiratórios e as ex-
posições a que foi submetido. É de grande importância o histórico de doenças 
dos familiares próximos, pois existem algumas como neoplasias de pleura e 
pulmão que são difíceis de detectar. Outro ponto importante é se houve mani-
pulação de produtos como epóxi, resina, solda, madeiras alergênicas, massas 
plásticas, laser, que podem esclarecer pontos que não se conseguem explicar 
pelo histórico ocupacional apenas;
• Estudo de conhecimento específico e disponível para obtenção de informações 
sobre epidemiológicas existentes;
• Informações relevantes sobre as avaliações do ambiente de trabalho e do perfil 
profissiográfico que são fornecidas pelo empregador;
• Propedêutica Complementar;
Entre os exames complementares temos alguns que são mais usuais:
• Raios-X do tórax;
• Provas de função pulmonar;
• Broncoscopia com lavado broncoalveolar;
• Biópsia;
• Gasometria arterial, hemograma, testes cutâneos e outros.
Nas fases iniciais, as pneumoconioses são normalmente assintomáticas, com 
isso a radiografia do tórax se torna fundamental para que se possa obter um 
diagnóstico precoce e se possa tomar as intervenções necessárias para benefício 
do trabalhador.
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UNIDADE As Doenças Ocupacionais, Tipos e Causas
Laringotraqueíte 
aguda e 
laringotraqueíte 
crônica
Faringite aguda 
não-especi	cada
Ulceração ou 
necrose do septo 
nasal e 
perfuração do 
septo nasal
Asma
Pneumocaniose 
dos 
trabalhadores 
do carvão
Doenças 
pulmonares 
obstrutivas 
crônicas
Rinite alérgica
Rinite crônica 
sinusíte crônica
Lista de Doenças do 
Sistema Respiratório, 
de Acordo com a 
Portaria/MS 
nº 1.399/1999
Figura 1
Transtornos de Comportamento e Mentais
O trabalho contribui muito para as alterações da saúde mental dos trabalhadores, 
por conta dos fatores de exposição aos agentes tóxicos do ambiente de trabalho, 
da divisão e parcelamento de tarefas, do tipo de gerenciamento e da estrutura 
hierárquica da empresa.
Os transtornos mentais que atingem os trabalhadores e os comportamentos 
alterados resultantes do trabalho podem ser atrelados não apenas aos fatores isola-
dos, mas sim, aos fatores que envolvem uma interação de corpo e psíquico dos tra-
balhadores. Isso tudo implica no fato de que o corpo sendo atingido e produzindo 
lesões e disfunções biológicas, podem resultar também em problemas psicológicos 
e sintomáticos. Podem também desencadear problemas ligados às condições do 
trabalho, reduzindo o desempenho do profissional.
O trabalho é fundamental para algumas pessoas e possuem um lugar de des-
taque em suas vidas sendo considerada uma fonte de posição social e também de 
subsistência. Quando ocorre a falta desse trabalho, então é instalado um sofrimen-
to psíquico fazendo com que a vida pessoal seja ameaçada.
12
13
Lista de Transtornos 
Mentais e do 
Compromisso 
Relacionados ao 
Trabalho de Acordo 
com a Portaria/MS 
nº 1.399/1999
Demência em 
outras doenças 
especí
cas 
classi
cadas em 
outros locais
Delírio, 
não-sobreposto 
à demência, 
como descrita
Transtorno 
cognitivo leve e 
neurose 
pro
ssional
Transtorno 
orgânico de 
personalidade
Transtorno 
mental orgânico 
ou sintomático 
não especi
cado
Alcoolismo 
crônico 
(relacionado ao 
trabalho)
Episódios 
depressivos e 
sensação do 
estar acabado
Estado de 
estresse 
pós-traumático
Neurastenia – 
Incluí síndrome 
de fadiga
Figura 2
Doenças do Sistema Nervoso
A exposição ocupacional atinge bastante o sistema nervoso, por conta de este 
ser bem vulnerável a diversas substâncias químicas, fatores causais e agentes físicos 
decorrentes do trabalho dentro das organizações, isso vem ficando cada vez mais 
evidente e traz tanto episódios isolados como epidêmicos de doenças ocupacionais. 
A rede básica e serviços de saúde, normalmente são os primeiros atendimentos que 
os trabalhadores recebem nos casos relacionados a doenças do sistema nervoso 
e manifestações neurológicas das intoxicações por exposições a metais pesados, 
solventes e agrotóxicos.
É de extrema importância que os profissionais que irão prestar o atendimento 
estejam familiarizados com esses agentes químicos, biológicos, físicos decorrentes do 
trabalho podendo assim trazer um diagnóstico mais rápido e correto estabelecendo 
as medidas mais apropriadas e seguras.
13
UNIDADE As Doenças Ocupacionais, Tipos e Causas
Algumas Doenças do 
Sistema Nervoso 
relacionadas ao 
Trabalho, de Acordo 
com a Portaria/MS 
nº 1.399/1999
Ataxia 
cerebelosa
Parkinsonismo 
secundário 
devido a outros 
agentes 
externos
Distúrbios do 
clico vigilia-sono
Transtornos do 
nervo olfatório 
(inclui anosmia)
Transtorno do 
plexo braquial e 
encefalopatia 
tóxica aguda
Mononeuropatias 
dos Membros 
superiores 
síndrome do 
túnel do carpo
Figura 3
Doenças do Olho
O olho e todo o aparelho visual são bem vulneráveis a diversos agentes que são 
encontrados no trabalho como os mecânicos, físicos, químicos, biológicos e ao 
sobre-esforço que leva a uma debilidade na visão. A saúde Ocupacional reconhece 
como um problema importante os efeitos que as substâncias tóxicas podem 
acarretar ao aparelho visual.
Doenças do Ouvido
As doenças de ouvido que são de caráter ocupacional, normalmente são 
adquiridas por meio de exposições aos agentes químicos, físicos, alérgicos e 
mecânicos irritativos. A exposição à substância neurotóxicos, aos ruídos, pressão 
atmosférica, radiações ionizantes e vibrações afetam diretamente o ouvido interno, 
as inflamações do ouvido externo, as lesões traumáticas e lesões do pavilhão 
auricular estão ligadas aos agentes biológicos.
Um dos principais problemas da saúde do trabalho está ligado à exposição 
ao ruído nas empresas por conta das diversas consequências que essa exposição 
causa no organismo humano. A PAIR é a perda auditiva que foi causada por conta 
de ruídos, um dos problemasmais comuns entre os trabalhadores por devido à 
frequência da exposição.
14
15
Para que se obtenha um diagnóstico mais preciso, uma orientação terapêutica, 
uma caracterização dos danos e uma investigação mais correta, seria indicado 
realizar exames em centros médicos especializados, muito embora, os profissionais 
de saúde básica sejam capacitados para reconhecer as manifestações iniciais para 
encaminhar de maneira correta o paciente.
 
Lista de Doenças do 
Ouvido Relacionadas 
ao Trabalho Acordo 
com a Portaria/MS 
nº 1.399/1999
Orite média 
não-supurativa
Perfuração da 
membrana do 
tímpano
Labirintite e 
hipoacusia 
ototóxica
Outras 
percepções 
auditivas 
anormais
Síndrome devida 
ao deslocamento 
de ar de uma 
explosão
Sinusite 
barotraumática
Otalgia e 
secreção 
auditiva e otite 
barotraumática
Perda da audição 
provocada pelo 
ruído e trauma 
acústico
Figura 4
Doenças do Sistema Digestivo
Temos alguns fatores bem importantes quando se trata de doenças digestivas 
do trabalho, entre eles estão os agentes físicos, os fatores organizacionais como 
estresse, tensão, conflito, fadiga, horários e condições de trabalho, turnos e as 
substâncias tóxicas.
No caso dos fatores físicos que apresentam riscos a saúde do trabalhador e que 
podem lesar o sistema digestivo temos o ruído, radiações ionizantes, vibrações, 
exposição às mudanças radicais e rápidas de temperatura, as queimaduras que 
quando são extensas podem causar uma lesão hepática ou uma úlcera gástrica.
Alterações digestivas por serem causadas também por posições forçadas no tra-
balho podem causar hérnia, viceroptose e paraesofageana. Ssão bem crescentes 
15
UNIDADE As Doenças Ocupacionais, Tipos e Causas
as queixas gastrintestinais pelos trabalhadores por conta dos fatores relacionados 
ao trabalho. O trabalho muito pesado, a fadiga, a patologia física, as situações de 
conflito e estresse, o controle excessivo e as relações ruins entre os trabalhadores 
podem acarretar em quadros de dor epigástrica, diarreia, ulcera péptica, regurgi-
tação e aerofagia.
Lista de Doenças do 
Sistema Digestivo, de 
Acordo com a 
Portaria/MS 
nº 1.399/1999
Alterações 
pós-erupitivas da 
cor dos tecidos 
duros dos dentes
Estomative 
ulcerativa crônica
Gastrenterite e 
colite tóxica
Cólica do e 
Hipertensão 
portalchumbo
Doença tóxica do 
fígado com necrose 
hepática, ou outros 
transtornos 
hepáticos
Erosão dentaria e 
Gengivite crônica
Figura 5
Doenças dos Tecidos Subcutâneos e da Pele
As doenças ocupacionais de pele estão ligadas às alterações da mucosa e dos 
anexos da pele, sendo causadas direta e indiretamente, podendo ser agravadas 
pelo trabalho. Dois grupos de fatores são determinantes para elas:
As causas indiretas como etnia, antecedentes mórbidos, idade, fatores ambientais, 
clima, hábitos e facilidades de higiene;
Causas diretas que são causadas por agentes físicos, químicos, biológicos ou 
mecânicos que estão presentes no ambiente de trabalho que atuam diretamente 
para a ocorrência de dermatoses ou o agravamento das preexistentes;
As dermatoses são doenças ocupacionais causadas por diversos agentes, mas 
os que se sobressaem, segundo as pesquisas e estudos, são os químicos, orgânicos, 
irritantes, sensibilizantes e inorgânicos por serem os causadores de 80% das 
dermatoses ocupacionais. Dentre estas a que possui mais casos comprovados são 
as dermatites. A maioria das dermatoses é irritativa e uma quantidade bem menor 
é do tipo sensibilizante.
16
17
Lista de algumas das 
Doenças de Pele e do 
Tecido Subcutâneo, 
de acordo com a 
Portaria/MS 
nº 1.399/1999
Dermatoses 
pápulo-pustulosas 
e suas complicações 
infecciosas
Dermatite 
alérgica de 
contato e Geladura 
(frosbite)
Dermatites de 
contato por 
irritantes
Outras alterações 
agudas da pele 
devido à exposição 
crônica à radiação 
não-ionizante
Outras formas de 
acne: cloracne e 
Ceratose palma
Outras formas de 
cistos foliculares da pele 
e do tecido subcutâneo: 
elaioconiose ou 
dermatite folicular
Urticária de contato 
e Queimadura solar
Figura 6
Doenças do Sistema Gênito-Urinário
Os trabalhadores podem ser atingidos por doenças nos rins, no trato urinário, 
lesões crônicas e agudas em função da exposição ocupacional ou ambiental a 
agentes farmacológicos químicos e biológicos. É mais fácil diagnosticar um paciente 
que teve uma intoxicação medicamentosa, pois ele ou seus familiares podem relatar 
o ocorrido facilitando assim essa análise; e também pelas condições evolutivas, 
reversíveis e agudas, mas, no caso dos outros agentes que acabam desencadeando 
insidiosos crônicos se torna bem difícil o diagnóstico, aumentando o risco de danos.
O aumento da importância que se dá ao controle e monitoramento das condições 
de trabalho e dos ambientes para a redução dos fatores de risco de lesões do sistema 
gênito-urinário é devido aos fatores como comprometimento pela qualidade de 
vida, das mortes dos trabalhadores, do custo social que um trabalhador incapacitado 
de realizar suas tarefas pode acarretar, dos tratamentos dispendiosos a que são 
submetidos esses profissionais e dos transplantes de rins que são necessários. Outro 
ponto que é reforçado é a necessidade de se acompanhar, de se ter um controle 
médico eficiente e o afastamento do trabalhador assim que apresenta os primeiros 
sinais de alteração, evitando que se tenha uma situação mais grave.
A prevenção dessas doenças começa com os procedimentos de vigilância sanitária 
dos ambientes e da saúde do trabalhador. Baseando-se também nos conhecimentos 
médicos e clínicos, de toxicologia, de ergonomia, epidemiológicos, psicológicos, de 
outras disciplinas e das legislações básicas e regulamentações técnicas existentes.
17
UNIDADE As Doenças Ocupacionais, Tipos e Causas
Lista de doenças 
do sistema 
Gênito-Urinário, de 
acordo a 
Portaria/MS 
nº 1.339/1999
Síndrome nerítica 
aguda e Cistite 
aguda
Doença 
glomerular
crônica e 
Infertilidade 
masculina
Insu�ciência renal 
aguda e crônica
Nefropatia 
túbulo-intestinal 
induzidas por 
metais pesados
Figura 7
Doenças do Tecido Conjuntivo 
e do Sistema Osteomuscular
Devido à introdução dos novos modelos organizacionais e as transformações 
em andamento no mundo das organizações, as repercussões são pouco conhe-
cidas em relação à saúde dos trabalhadores, com isso temos o surgimento de 
algumas novas doenças como as LER/DORT – Lesões por Esforço Físico Re-
petitivo e os Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho. Algumas 
características são comuns a esse grupo de transtornos como o aparecimento de 
evolução de caráter traiçoeiro, a origem multifatorial complexa que pode acarre-
tar inúmeros fatores casuais como exercícios mecânicos repetitivos por um longo 
tempo, utilização de equipamentos vibratórios, posições irregulares inadequadas, 
fatores organizacionais como exigência de produtividade e competitividade. Es-
sas atividades intensificam o trabalho e o controle excessivo dos trabalhadores 
não levando em conta as características pessoais de cada um, de sua história de 
vida e dos traços de personalidade.
A maior visibilidade que esse problema esta tendo na atualidade é por conta 
do aumento real da frequência, da ação política dos sindicatos das categorias que 
são afetadas, da divulgação sistemática da mídia e do diagnóstico do aparecimento 
de novos casos. As lesões por esforços repetitivos são conceituadas pela Norma 
Técnica do INSS como uma síndrome clínica de dor crônica, que vem acompanhada 
por alterações objetivas ou não, que tem suas manifestações na região do pescoço, 
da cintura e dos membros superiores causadas pelo trabalho, afetando os tendões, 
nervos e músculos. É difícil diagnosticar esses eventos, principalmente nos casos 
crônicos, subagudos e o nexo com o trabalho é questionado, mesmo com as 
evidências ergonômicas e epidemiológicas.
18
19
As LER/DORT possuem sinais e sintomas diversificados e múltiplos, entre eles 
podemos destacar:
Dores que atingem a movimentaçãoativa, passiva e da resistência;
Alterações no organismo que levam ao cançaso, aumento de peso, dormencia, 
fraqueza, perda de sensibilidade, sensação de diminuição, choques, agulhadas;
Problemas para utilizar os membros principalmente das mãos
É importante que os mecanismos fisiopatológicos de LER/DORT sejam compre-
endidos para orientação das condutas terapêuticas que devem ser utilizadas pelos 
trabalhadores que sofrem com esses problemas e dos procedimentos de vigilância 
e prevenção da exposição dos trabalhadores, contendo os riscos de adoecimento. 
Estudiosos procuram explicar por meio de diversas teorias sua gênese sobre o au-
mento da frequência de LER/DORT. Iremos apresentar a seguir características de 
algumas dessas doenças. Apesar da falta de conhecimento sobre esse tema, já te-
mos algum consenso de que essas têm resultados que se entrelaçam em três grupos 
de fatores envolvendo dores musculares:
Fatores Biomecânicos presentes nos serviços realizados;
Fatores Psicossociais do trabalho;
Fatores de psicodinâmica do trabalho ou ligados a desiquilíbrios psíquicos que 
geram situações especiais de adoecimento.
Lista com algumas das 
doenças do sistema 
osteomuscular e do 
tecido conjuntivo, de 
acordo com a portaria/MS 
nº 1339/1999
Gota induzida pelo 
chumbo e outras 
artroses
Síndrome 
cervicobraquia
Dorsalgia: 
cervicalgia ciática 
e lumbago 
com ciática
Sinusites e 
tenossinovites
Transtornos dos 
tecidos moles 
relacionados com o 
uso excessivo e 
pressão de origem 
ocupacional
Fibromatose de 
fáscia palmar e 
lesões do ombro
Flurose do 
esqueleto e 
Osteólise
Figura 8
19
UNIDADE As Doenças Ocupacionais, Tipos e Causas
Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
 Leitura
Saúde Mental do Trabalhador: A Importância do Equilíbrio Psicológico
https://goo.gl/rD5jro
Principais Doenças Ocupacionais
https://goo.gl/UwlOIA
Doenças Relacionadas com o Trabalho
https://goo.gl/GVhxlK
Conheça as Doenças do Trabalho
https://goo.gl/xqm9I8
20
21
Referências
Sites consultados
Saúde e trabalho <http://www.nesc.ufrj.br/cursos/saudetrab/2007/SAUDEDO
TRABALHO .pdf> acesso em 20-12-2016.
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