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Sustentabilidade e Meio Ambiente

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Sustentabilidade e 
Meio Ambiente 
Sustentabilidade e 
Meio Ambiente 
1ª edição
2018
Autoria
Parecerista Validador
Aloísio André dos Santos
Homero Nunes Pereira
*Todos os gráficos, tabelas e esquemas são creditados à autoria, salvo quando indicada a referência.
Informamos que é de inteira responsabilidade da autoria a emissão de conceitos. Nenhuma parte
desta publicação poderá ser reproduzida por qualquer meio ou forma sem autorização. A violação dos
direitos autorais é crime estabelecido pela Lei n.º 9.610/98 e punido pelo artigo 184 do Código Penal.
7
 1Unidade 11. Biodiversidade
Para iniciar seus estudos
Olá! Nesta unidade, compreenderemos o conceito de biodiversidade e 
a importância de sua conservação frente às ameaças provenientes dos 
seres humanos ao longo dos séculos. Assim, teremos a oportunidade de 
entender a importância da biodiversidade para a preservação dos ecossis-
temas e dos biomas. Entenderemos que os ecossistemas são compostos 
também por ambientes não vivos (clima, terra, sol, solo, clima, atmosfera). 
Poderemos compreender que os ecossistemas são os alicerces da biosfera 
e determinam a saúde de todo o sistema terrestre. Em um ecossistema e 
bioma, cada organismo tem seu próprio nicho ou papel a desempenhar. 
Por fim, aprenderemos a diferença entre ecossistemas e biomas, assim 
como quais são os biomas brasileiros e as especificidades de cada um. 
Vamos lá?
Objetivos de Aprendizagem
Ao final desta unidade, esperamos que você:
• Explique o conceito de biodiversidade.
• Diferencie ecossistemas de biomas.
• Identifique biomas brasileiros.
• Analise as ameaças do homem à biodiversidade.
8
Sustentabilidade e Meio Ambiente | Unidade 1 - Biodiversidade
Introdução
A Organização das Nações Unidas (ONU) designou o período entre 2011 e 2020 como a Década das Nações Uni-
das sobre Biodiversidade. Na biodiversidade, cada espécie, não importa quão grande ou pequena seja, tem um 
papel importante a desempenhar no ecossistema. Várias espécies vegetais e animais dependem umas das outras 
e as diversas espécies garantem a sustentabilidade natural para todas as formas de vida. Uma biodiversidade 
saudável e sólida pode recuperar-se da variedade de desastres que encontramos na atualidade, como terremo-
tos, tsunamis, furacões, entre outros.
Na atualidade, os seres humanos são a causa mais perigosa de destruição da biodiversidade da Terra, o que oca-
siona a destruição do habitat pelo desmatamento, superpopulação, poluição e aquecimento global. Espécies que 
são fisicamente grandes e aquelas que vivem em florestas ou oceanos são mais afetadas pela redução do habitat.
Nesse sentindo, podemos notar que a biodiversidade, crucial para o bem-estar da vida na Terra, está sob a 
ameaça de muitos fatores relacionados às atividades humanas. Há uma necessidade urgente de tomar medidas 
para proteger a magnífica biodiversidade do nosso planeta, de forma a criarmos políticas econômicas para man-
ter a biodiversidade da Terra e tomar medidas apropriadas para proteger habitat e espécies. 
Por isso, é importante para nós, enquanto seres humanos e responsáveis pela conservação dos nossos recursos 
naturais, entendermos os conceitos de biodiversidade, ecossistemas e biomas, de forma a procurar meios que 
mitiguem as ameaças utilizando recursos de maneira sustentável e em equilíbrio.
1.1 Biodiversidade 
Biodiversidade ou diversidade biológica é um termo que descreve a variedade de seres vivos na Terra, em suma, 
é descrito como grau de variação da vida.
Figura 1 – Biodiversidade
Fonte: Shutterstock, 2018.
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Sustentabilidade e Meio Ambiente | Unidade 1 - Biodiversidade
A diversidade biológica engloba microrganismos, plantas, animais e ecossistemas, como recifes de corais, flo-
restas, florestas tropicais, desertos, entre outros. A biodiversidade também se refere ao número ou abundância 
de diferentes espécies que vivem dentro de uma região particular, além de representar a riqueza dos recursos 
biológicos disponíveis para a humanidade.
Segundo Barbosa e Viana, “etimologicamente, a palavra biodiversidade significa diversidade da vida (do grego 
bios, que significa vida), ou seja, a variedade e a multiplicidade de seres vivos que há em nosso planeta” (BAR-
BOSA; VIANA, 2014, p. 29).
Para Dias, a biodiversidade:
É uma medida da variedade entre os ecossistemas, espécies, populações de uma mesma espécie e 
da diversidade genética. A biodiversidade natural é uma componente de ecossistemas saudáveis, 
e cada vez mais se reconhece que o nosso continuo acesso aos recursos do planeta, incluindo ar 
limpo, água e solo, depende dessa diversidade biológica (DIAS, 2015, p. 165).
As decisões humanas que influenciam a biodiversidade afetam o bem-estar do homem. Logo, a biodiversidade é 
a base dos serviços ecossistêmicos aos quais o bem-estar humano está intimamente ligado. 
Apesar de muitas ferramentas e fontes de dados, a biodiversidade continua difícil de quantificar com precisão. 
De fato, segundo Rosa et al., “o avanço tecnológico permitiu e exigiu a amplificação e intensificação da comple-
xidade dos efeitos da ação do homem sobre o meio ambiente” (ROSA et al., 2012, p. 157).
Mas respostas precisas raramente são necessárias para elaborar um entendimento efetivo de onde a biodiver-
sidade está, como ela está mudando no espaço e no tempo, os motivadores responsáveis por tais mudanças, as 
consequências de tais mudanças para os serviços ecossistêmicos e bem-estar humano e as opções de resposta.
Idealmente, para avaliar as condições e tendências da biodiversidade, é necessário medir a abundância de todos 
os organismos no espaço e no tempo, usando taxonomia (como o número de espécies), características funcio-
nais (por exemplo, tipo ecológico, como plantas fixadoras de nitrogênio, como leguminosas versus plantas que 
não fixam nitrogênio) e as interações entre espécies que afetam sua dinâmica e função (predação, parasitismo, 
competição e facilitação, como polinização, por exemplo, e quão fortemente tais interações afetam os ecossis-
temas). Ainda mais importante, seria estimar também a rotatividade da biodiversidade, não apenas estimativas 
pontuais no espaço ou no tempo. 
Existem três elementos essenciais relacionados à biodiversidade:
1. Genética: os seres vivos são formados por genes que contêm as características de cada espécie.
2. Sistema ecológico: quando as espécies, que podem ser iguais ou não, se unem e formam comunidades e, 
por meio de interação com o meio onde vivem, formam um ecossistema e os biomas.
3. Espécies ou diversidade orgânica: evoluções de determinados animais que possuem características em 
comum.
Recentemente, um novo aspecto foi adicionado: diversidade molecular (variedade nas sequências de DNA den-
tro da população). 
Distribui-se de forma desigual a biodiversidade, variando globalmente e dentro das regiões. Os fatores que 
influenciam a biodiversidade incluem temperatura, altitude, precipitação, solos e sua relação com outras espé-
cies. Por exemplo, a biodiversidade oceânica é 25 vezes menor que a diversidade terrestre.
A biodiversidade também aumenta sua forma à medida que se move dos polos para os trópicos.
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Sustentabilidade e Meio Ambiente | Unidade 1 - Biodiversidade
Figura 2 – Biodiversidade terrestre
Fonte: Shutterstock, 2018.
Resultado de 3,5 bilhões de anos de evolução, a biodiversidade sempre esteve sujeita a períodos de 
extinção, sendo que a etapa mais recente e mais destrutiva foi a do Holoceno, que ocorreu devido ao 
impacto dos seres humanos no meio ambiente.
Saiba mais
1.1.1 Importância da biodiversidade
A produtividade do ecossistema aumenta devido à biodiversidade, pois cada espécie, independentemente do 
tamanho, tem um papel importante a desempenhar. Por exemplo: um maior número de espécies de plantas 
significa uma maior variedade de culturas; uma maior diversidade de espécies garante sustentabilidade natural 
para todas as formas de vida; ecossistemas saudáveis podem resistir e se recuperar melhor de umavariedade de 
desastres. Assim, enquanto dominamos este planeta, ainda precisamos preservar a diversidade na vida selvagem. 
A biodiversidade tem várias funções na Terra. Entre elas, podemos destacar:
• Manter o equilíbrio do ecossistema: reciclando e armazenando nutrientes, combatendo a poluição e 
estabilizando o clima, protegendo os recursos hídricos, formando e protegendo o solo e mantendo o 
equilíbrio ecológico.
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Sustentabilidade e Meio Ambiente | Unidade 1 - Biodiversidade
• Fornecer recursos biológicos: fornecimento de medicamentos e produtos farmacêuticos, alimentos para 
a população humana e animais, plantas ornamentais, produtos de madeira, reprodutores e diversidade 
de espécies, ecossistemas e genes.
• Trazer benefícios sociais: recreação e turismo, valor cultural e educação e pesquisa.
De acordo com Barbosa e Viana:
A importância da biodiversidade em nosso ambiente nos propicia inúmeros benefícios, que vão 
além dos interesses econômicos e sociais e que apesar de aparentemente irrelevantes, tendem a 
desaparecer em um desenvolvimento que não priorize a sustentabilidade das atividades produti-
vas e das ações humanas (BARBOSA; VIANA, 2014, p. 31).
Para a maioria dos aspectos de nossas vidas, a biodiversidade é importante. Valorizamos a biodiversidade por 
vários motivos, alguns utilitários, outros intrínsecos. Isso significa que valorizamos a biodiversidade tanto pelo 
que ela proporciona aos humanos quanto pelo valor que ela tem por si só. Os valores utilitaristas incluem as mui-
tas necessidades básicas que os seres humanos obtêm da biodiversidade, como alimentos, combustível, abrigo 
e remédios. Além disso, os ecossistemas fornecem serviços cruciais, como polinização, dispersão de sementes, 
regulação do clima, purificação da água, ciclagem de nutrientes e controle de pragas agrícolas. 
Podemos valorizar a biodiversidade pelo modo como ela molda quem somos, nossos relacionamentos uns com 
os outros e as normas sociais. Esses valores relacionais fazem parte do senso individual ou coletivo de bem-estar, 
responsabilidade e conexão com o meio ambiente. 
Os diferentes valores colocados sobre a biodiversidade são importantes porque podem influenciar as decisões 
de conservação que as pessoas tomam todos os dias. Nesse sentindo, podemos destacar que a biodiversidade é 
ainda importante porque tem relação com as seguintes áreas:
• Alimentação: a biodiversidade fornece variedade de alimentos para o planeta. 80% da oferta de alimen-
tos destinados a humanos vêm de 20 tipos de plantas e 40.000 espécies dessas plantas são destinadas à 
comida, roupa e abrigo.
• Saúde humana: nesse âmbito, a biodiversidade desempenha um papel importante na descoberta de 
medicamentos (retirados da natureza, responsáveis pelo uso de 80% da população mundial) e recursos 
medicinais.
• Indústria: a biodiversidade fornece muitos materiais industriais (fibra, óleo, corantes, borracha, água, 
madeira, papel e alimentos) por meio de fontes biológicas.
• Cultura: a biodiversidade aumenta as atividades recreativas, como a observação de pássaros, a pesca, etc. 
1.2 Ecossistemas
Um ecossistema inclui todos os seres vivos (plantas, animais e organismos) em uma determinada área, intera-
gindo uns com os outros e também com seus ambientes não vivos (clima, terra, sol, solo, clima, atmosfera). Ele 
é o alicerce da biosfera e determina a saúde de todo o sistema terrestre. Nele, cada organismo tem seu próprio 
nicho ou papel a desempenhar.
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Sustentabilidade e Meio Ambiente | Unidade 1 - Biodiversidade
Figura 3 – Ecossistemas
Fonte: Shutterstock, 2018.
Considere uma pequena poça na parte de trás de sua casa. Nela, você pode encontrar todos os tipos 
de seres vivos, de microrganismos a insetos e plantas. Estes podem depender de coisas não vivas, 
como água, luz solar, turbulência na poça, temperatura, pressão atmosférica e até mesmo nutrientes 
na água para a vida. Essa interação muito complexa e maravilhosa dos seres vivos e de seu ambiente 
tem sido a base do fluxo de energia e da reciclagem de carbono e nitrogênio. Sempre que um "estra-
nho" (coisa viva ou fator externo, como aumento de temperatura) é introduzido em um ecossistema, 
pode ser desastroso para esse ecossistema. Isso ocorre porque o novo organismo (ou fator) pode dis-
torcer o equilíbrio natural da interação e potencialmente prejudicar ou destruir o ecossistema.
De acordo com Barbosa e Viana:
Os ecossistemas são constituídos por fatores bióticos e abióticos, bem como pela biocenose, cujos conceitos 
básicos são os seguintes:
Os ecossistemas são constituídos por fatores bióticos e abióticos, bem como pela biocenose, 
cujos conceitos básicos são os seguintes:
Fatores bióticos: são as relações que acontecem entre os seres vivos, como os processos da cadeia 
alimentar, da reprodução ou da competição.
Fatores abióticos: são todos os fatores que compõem o ambiente, ou seja, suas condições físicas 
e químicas, por exemplo, a luz, o solo, a umidade ou os compostos orgânicos.
Biocenose: é o conjunto dos seres vivos presentes nos ecossistemas, como animais, vegetais e os 
microrganismos (BARBOSA; VIANA, 2014, p. 20).
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Sustentabilidade e Meio Ambiente | Unidade 1 - Biodiversidade
Geralmente, os membros bióticos de um ecossistema, juntamente com seus fatores abióticos, dependem uns 
dos outros. Isso significa que a ausência de um membro ou de um fator abiótico pode afetar todas as partes do 
ecossistema. Infelizmente, os ecossistemas foram destruídos e até mesmo destruídos por desastres naturais, 
como incêndios, inundações, tempestades e erupções vulcânicas. As atividades humanas também contribuíram 
para a perturbação de muitos ecossistemas e biomas.
Ecossistemas vêm em tamanhos indefinidos. Eles podem existir em uma pequena área, como debaixo de uma 
rocha, um tronco de árvore em decomposição ou uma lagoa em sua aldeia. Também podem existir em grandes 
formas, como uma floresta inteira. 
Tecnicamente, a Terra pode ser chamada de um enorme ecossistema. Para simplificar, classificam-se os ecossis-
temas em três escalas principais:
1. Micro: um ecossistema de pequena escala, como uma lagoa, poça, tronco de árvore, sob uma rocha.
Figura 4 – Micro ecossistema
Fonte: Shutterstock, 2018.
2. Meso: um ecossistema de média escala, como uma floresta ou um grande lago.
Figura 5 – Meso ecossistema
Fonte: Shutterstock, 2018.
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Sustentabilidade e Meio Ambiente | Unidade 1 - Biodiversidade
3. Bioma: um ecossistema muito grande ou uma coleção de ecossistemas com fatores bióticos e abióticos seme-
lhantes, como uma floresta tropical inteira com milhões de animais e árvores, com muitos corpos d'água diferen-
tes correndo por eles.
Figura 6 – Bioma
Fonte: Shutterstock, 2018.
Os limites do ecossistema não são marcados (separados) por linhas rígidas. Eles são frequentemente separados 
por barreiras geográficas, como desertos, montanhas, oceanos, lagos e rios. Como essas fronteiras nunca são 
rígidas, os ecossistemas tendem a se misturar. É por isso que um lago pode ter muitos pequenos ecossistemas 
com suas próprias características únicas, o que é chamado de "ecótono". 
Os ecossistemas podem ser colocados em dois grupos. Se o ecossistema existe em um corpo d’água, como um 
oceano, água doce ou poça, ele é chamado de ecossistema aquático. Já aqueles que existem fora dos corpos 
d'água são chamados de ecossistemas terrestres. 
Para entender os níveis de pertencimento em um ecossistema, vamos considerar o a escala a seguir:
Indivíduo, espécie, organismo
Um indivíduo é qualquer coisa viva ou organismo. Indivíduos não se reproduzem com indivíduos de outros gru-
pos. Animais, ao contrário de plantas, tendem a ser muito definidos com esse termo, porque algumas plantas 
podem cruzar com outras plantas férteis. Exemplo: um peixe dourado que vive em seu ambiente e só se reproduz 
por meio de contato com a sua mesma espécie (ou seja, peixes dourados), gerando uma população. 
Na atualidade, a melhor definição para espécie é a propostaem 1942 pelo biólogo Ernst Mayr, que definiu espé-
cies como agrupamentos de populações naturais intercruzantes, reprodutivamente isoladas de outros grupos 
semelhantes.
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Sustentabilidade e Meio Ambiente | Unidade 1 - Biodiversidade
Para você saber mais sobre o conceito de espécie e organismo, acesse o site Mundo Educação, depois 
Biologia, Biologia Evolutiva e Espécie Biológica.
Saiba mais
População 
Compõe um grupo de indivíduos de uma determinada espécie que vive em uma área geográfica específica em 
um determinado momento (por exemplo, o peixe dourado citado e sua família e outros peixes da sua espécie). 
Uma população inclui indivíduos da mesma espécie, mas podem ter diferentes composições genéticas, como 
cor/cabelo/olho/cor, entre si e outras populações.
Comunidade
Compreende todas as populações em uma área específica em um determinado momento. Uma comunidade 
inclui populações de organismos de diferentes espécies. Por exemplo, o peixe dourado está inserido na comuni-
dade salmões, caranguejos e outros peixes diferentes que coexistem em um local definido. Uma grande comuni-
dade geralmente inclui biodiversidade.
Quando consideramos todos os diferentes biomas, cada um misturando-se com o outro, com todos os seres 
humanos vivendo em muitas áreas geográficas diferentes, formamos uma enorme comunidade de seres huma-
nos, animais e plantas, e microrganismos em seus habitats definidos.
Ecossistema 
Incluem mais do que uma comunidade de organismos vivos (bióticos) interagindo com o meio ambiente (abió-
tico). Nesse caso, os peixes e demais indivíduos dependem de outros fatores abióticos, como rochas, água, ar e 
temperatura. 
Bioma
Em termos simples, é um conjunto de ecossistemas que compartilham características semelhantes com seus 
fatores abióticos adaptados a seus ambientes.
Biosfera
É a soma de todos os ecossistemas estabelecidos no planeta Terra, sendo um componente vivo do sistema 
terrestre. 
Por causa da atividade humana, há muitos ecossistemas em perigo, por isso é muito importante que nos torne-
mos conscientes da conservação do ecossistema em que vivemos. 
Vejamos algumas ações que podemos fazer pelo nosso ecossistema:
• reduzir a quantidade de combustível e recursos utilizados em casa e no trabalho;
• combater o desperdício e reciclar;
• usar produtos amigáveis ao meio ambiente, feitos para serem ambientalmente seguros;
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Sustentabilidade e Meio Ambiente | Unidade 1 - Biodiversidade
• respeitar seu ambiente;
• saber usar a água;
• utilizar meios urbanos de transporte, como ônibus ou trens, embora o melhor seja a bicicleta.
1.3 Biomas
Os biomas são definidos como as principais comunidades do mundo, classificadas de acordo com a vegetação 
predominante e caracterizadas por adaptações de organismos àquele ambiente particular. Eles são frequen-
temente definidos por fatores abióticos, como clima, relevo, geologia, solos e vegetação. São áreas ecológicas 
muito grandes na superfície da terra, com fauna e flora (animais e plantas) se adaptando ao seu ambiente.
Figura 7 – Bioma: Pantanal
Fonte: Shutterstock, 2018.
Embora de certa forma possa parecer um ecossistema gigantesco, um bioma não é um ecossistema. Analisando 
mais de perto, perceberemos que plantas ou animais em qualquer bioma têm adaptações especiais que possibi-
litam a existência deles na área, logo podemos encontrar muitas unidades de ecossistemas dentro de um bioma. 
Os biomas mudaram algumas vezes durante a história da vida na Terra. Mais recentemente, as atividades huma-
nas alteraram drasticamente essas comunidades. Assim, a conservação e preservação dos biomas deve ser uma 
grande preocupação para toda a humanidade.
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Sustentabilidade e Meio Ambiente | Unidade 1 - Biodiversidade
Existem cinco categorias principais de biomas na Terra: deserto, aquático, floresta, pastagem, tundra, no entanto, 
conforme destacado por Townsend et al. (2010), alguns geógrafos acreditam na existência de muitos mais. Ainda 
segundo o autor:
A perspectiva do cientista é tão importante quanto o sistema estudado; os “detalhistas” tendem 
a desconfiar de generalizações amplas e enfatizam a diversidade do mundo natural, enquanto 
os “generalistas” restringem a diversidade a um mínimo de categorias facilmente mapeáveis 
(TOWNSEND et al., 2010, p. 147).
Nas categorias de biomas, existem muitos ecossistemas muito bem definidos. Vejamos detalhadamente cada 
uma das categorias de biomas:
Deserto
Pode ser quente e seco, semiárido, litorâneo e frio. Cobre cerca de um quinto da superfície da Terra e ocorre 
onde a precipitação é inferior a 50 cm/ano. Embora a maioria dos desertos, como o Saara do Norte da África e os 
desertos do sudoeste dos EUA, México e Austrália, ocorra em baixas latitudes, outro tipo de deserto, deserto frio, 
ocorre na bacia e na área de alcance de Utah e Nevada e em partes da Ásia Ocidental. 
A maioria dos desertos tem uma quantidade considerável de vegetação especializada, bem como animais verte-
brados e invertebrados especializados. Os solos costumam ter nutrientes abundantes, porque precisam apenas 
de água para se tornarem muito produtivos e terem pouca ou nenhuma matéria orgânica. Os distúrbios são 
comuns, na forma de incêndios ocasionais ou, em climas frios, chuvas repentinas, infrequentes, mas intensas, 
que causam inundações.
Aquático
Pode ser de água doce (lagos e lagoas, rios e riachos, zonas úmidas) ou marinho (oceanos, recifes de corais e 
estuários). A água é o elo comum entre os cinco biomas e constitui a maior parte da biosfera, cobrindo quase 
75% da superfície da Terra. 
As regiões aquáticas abrigam numerosas espécies de plantas e animais, grandes e pequenos. Na verdade, é aqui 
que a vida começou há bilhões de anos, quando os aminoácidos começaram a se unir. Sem água, a maioria das 
formas de vida seria incapaz de se sustentar e a Terra seria um lugar árido e deserto. Embora as temperaturas da 
água possam variar amplamente, as áreas aquáticas tendem a ser mais úmidas, e a temperatura do ar, no lado 
mais frio.
Florestas
Compõem esse bioma as florestas tropicais, temperadas e boreais (também chamada de taiga). 
As florestas ocupam aproximadamente um terço da área terrestre da Terra, são responsáveis por mais de dois ter-
ços da área foliar das plantas terrestres e contêm cerca de 70% do carbono presente nos seres vivos. No entanto, 
as florestas estão se tornando grandes vítimas da civilização à medida que as populações humanas aumentaram 
nos últimos milhares de anos, trazendo problemas de desmatamento, poluição e uso industrial para esse impor-
tante bioma.
Pastagem
Composta pelas as savanas e os campos temperados. Elas são caracterizadas como terras dominadas por gra-
míneas, em vez de grandes arbustos ou árvores. Nas épocas do Mioceno e do Plioceno, que duraram cerca de 
25 milhões de anos, as montanhas se elevaram no oeste da América do Norte e criaram um clima continental 
favorável aos pastos. Florestas antigas declinaram e as pastagens se tornaram difundidas. Após a Idade do Gelo 
do Pleistoceno, as pradarias se expandiram à medida que os climas mais quentes e secos prevaleceram em todo 
o mundo.
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Sustentabilidade e Meio Ambiente | Unidade 1 - Biodiversidade
Tundra
Tundra vem da palavra finlandesa tunturia, que significa planície sem árvores. É conhecida por suas paisagens 
moldadas pelo gelo, temperaturas extremamente baixas (a mais fria de todos os biomas), pouca precipitação, 
nutrientes pobres e estações de crescimento curtas. 
O material orgânico predominantemente morto funciona como um pool de nutrientes. Os dois principais nutrien-
tes são nitrogênio e fósforo. O nitrogênio é criado pela fixação biológica e o fósforo é criado pela precipitação. 
A tundra é separada em dois tipos: tundra ártica (localizada em latitudes próxima à região do Ártico) e tundra 
alpina (localizada em regiões de altitudes elevadas, como cadeias montanhosas).
Os biomas desempenham um papel crucial na manutenção da vida na Terra. Por exemplo, o bioma aquáticoabriga milhões de espécies de peixes e a origem do ciclo da água. Também desempenha um papel muito impor-
tante na formação do clima. Os biomas terrestres fornecem alimentos, enriquecem o ar com oxigênio e absor-
vem dióxido de carbono e outros gases ruins do ar. Eles também ajudam a regular o clima e assim por diante.
Em resumo, um bioma é uma grande área ecológica na superfície da Terra, com grupos de plantas e animais dis-
tintos, adaptados a esse ambiente específico.
1.4 Biomas brasileiros
O Brasil é um dos países mais ricos do mundo em termos de biodiversidade. 
A Floresta Amazônica, conhecida como pulmão do mundo, é reconhecida como a região mais diversificada do 
mundo. No entanto, o Brasil esconde muitos biomas mais ricos que a floresta tropical, mas muito mais desco-
nhecidos e com um alto grau de problemas que afetam sua conservação.
 O Brasil, segundo recentes publicações científicas, é o país com a flora mais rica do mundo, com 46.100 espécies 
de plantas, fungos e algas descritas, sendo 43% endêmicas. Esse número aumenta a cada ano, já que muitas 
biodiversidades brasileiras ainda são desconhecidas. De fato, estima-se que 20.000 espécies ainda não tenham 
sido descritas. Botânicos descrevem cerca de 250 novas espécies de plantas a cada ano no Brasil. Outro fato sur-
preendente é que 57% das 8.900 espécies de plantas de sementes no Brasil são endêmicas, ou seja, são restritas 
ao local. Estas e outras conclusões estão nos estudos publicados pela Rodriguésia – Revista do Jardim Botânico 
do Rio de Janeiro, de dezembro de 2015.
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Sustentabilidade e Meio Ambiente | Unidade 1 - Biodiversidade
A classificação dos biomas brasileiros pouco mudou desde a primeira tentativa de classificar a vegeta-
ção brasileira em domínios florísticos elaborados por Martius em 1824, que deram nomes de ninfas 
gregas aos cinco domínios detectados. Ele escolheu os Nayades, ninfas de lagos, rios e fontes para 
chamar a Amazônia. Para o cerrado, ele levou os Oreades, ninfas das montanhas, companheiros de 
Diana, a deusa de caça. Ele nomeou a Mata Atlântica sob as Dryades, as ninfas protegiam os carvalhos 
e as árvores em geral. Ele considerou as florestas de pampas e araucárias sob o domínio de Napeias, 
ninfas de vales e prados e, finalmente, Hamadryades, protetores de ninfas, cada um de uma árvore em 
particular, foram usados para designar a caatinga.
Saiba mais
No Brasil, atualmente existem seis tipos de biomas. Veja:
1. Amazônia
A área da bacia amazônica é a maior floresta do mundo e o bioma mais biodiverso do Brasil. Essa área ocupa 
quase 50% do país e está seriamente ameaçada, devido ao desmatamento causado pelas indústrias madeireiras 
e pela soja.
A origem da diversidade amazônica permanece um mistério. Recentes estudos científicos explicam que a ascen-
são dos Andes, que começou há pelo menos 34 milhões de anos, originou essa riqueza biológica. Os Andes foram 
formados pelo colapso da placa tectônica americana sob a placa oceânica do Pacífico. Esse processo geológico 
mudou o regime de ventos na área, afetando os padrões de precipitação no lado leste dos Andes. Isso também 
mudou a direção do Rio Amazonas, que antes voou para o Oceano Pacífico e, devido à elevação da cadeia de 
montanhas, foi redirecionado para o Oceano Atlântico.
Figura 8 – Bioma: Amazônia
Fonte: Shutterstock, 2018.
20
Sustentabilidade e Meio Ambiente | Unidade 1 - Biodiversidade
Esses fenômenos geológicos e climáticos originaram a formação de uma grande área de zonas úmidas na parte 
oriental dos Andes, causando o aparecimento de muitas espécies novas. 
A Amazônia é uma floresta tropical fechada com um solo arenoso, pobre em nutrientes e com uma vegetação 
rasteira inexistente. Existem milhares de espécies de plantas, sendo 55% delas encontradas na área.
É a maior diversidade de plantas do mundo. Botânicos registram 46 mil espécies e identificam em 
média 250 por ano no Brasil, de acordo com a revista Pesquisa Fapesp, disponível no link: (http://
revistapesquisa.fapesp.br/2016/03/21/a-maior-diversidade-de-plantas-do-mundo/)
Saiba mais
2. Floresta Atlântica
É uma floresta tropical que cobre a região costeira do Brasil e, portanto, é caracterizada por ventos úmidos vindos 
do mar e relevos íngremes. É composta de uma variedade de ecossistemas, uma grande variedade de altitudes, 
latitudes e climas que vão desde florestas estacionais semideciduais até campos abertos nas montanhas e flo-
restas de araucárias no sul.
Figura 9 – Bioma: Mata Atlântica
Fonte: Shutterstock, 2018.
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Embora muito menos conhecida do que a Floresta Amazônica, a Floresta Atlântica possui a maior diversidade de 
angiospermas, pteridófitas e fungos do país, com um alto nível de endemismo (50% de suas espécies são exclu-
sivas). Mas está em um nível pior de conservação. De fato, até a chegada dos europeus, era a maior floresta tro-
pical do mundo. Atualmente, permanece apenas 10% do seu comprimento original, devido à pressão antrópica. 
Uma das primeiras explorações desse bioma foi o pau-brasil (Caesalpinia echinata), valorizada por sua madeira e 
pelo corante vermelho de sua resina, que deu nome ao país. O pau-brasil foi então seguido por outros impactos 
humanos, como cana-de-açúcar, cultivo de café e mineração de ouro. Mas foi só no século XX que a degrada-
ção do meio ambiente se agravou, já que as principais capitais econômicas e históricas, como São Paulo, Rio de 
Janeiro e Salvador, estão dentro de seu domínio.
3. Cerrado
É o segundo maior bioma da América do Sul, cobrindo aproximadamente 22% do Brasil. É considerada a savana 
mais rica do mundo em termos de número de espécies. Contém um alto nível de espécies endêmicas e é consi-
derado um dos hotspots globais no que diz respeito à biodiversidade. 
Está em áreas do interior do Brasil com duas estações bem marcadas (chuva e seca). Inclui diferentes tipos de 
habitats, como campo sujo, campo limpo ou cerradão.
Figura 10 – Cerrado: Chapada dos Veadeiros
Fonte: Shutterstock, 2018.
É composto de pequenas árvores com raízes profundas e folhas com tricomas e uma vegetação rasteira com-
posta por juncos e gramíneas. Os solos do Cerrado são arenosos e pobres em nutrientes, com cores avermelha-
das e alto teor de ferro.
4. Caatinga
É o único bioma exclusivamente brasileiro e ocupa 11% do país. Seu nome vem de uma língua nativa do Brasil, 
o tupi-guarani, e significa floresta branca. No entanto, esse bioma é o mais desvalorizado e pouco conhecido, 
devido à sua aridez. 
O clima da caatinga é semiárido e os solos são pedregosos. A vegetação é estepe e savana e é caracterizada por 
uma grande adaptação à aridez (vegetação xerófita), muitas vezes espinhosa. 
As caatingas perdem as folhas durante a estação seca, deixando uma paisagem cheia de troncos esbranquiçados.
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Figura 11 – Caatinga
Fonte: Shutterstock, 2018.
O status de conservação da caatinga também é crítico. Cerca de 80% da caatinga já é antropizada. O principal 
motivo para essa degradação é a indústria de alimentos e mineração.
5. Pampa
É um bioma que ocupa um único estado no Brasil, o Rio Grande do Sul, cobrindo apenas 2% do país. 
O bioma pampa está muito bem representado no Uruguai e no norte da Argentina. Ele inclui uma grande diver-
sidade de paisagens, que vão desde planícies, montanhas e afloramentos rochosos, mas os mais típicos são cam-
pos de grama com colinas e árvores isoladas próximas a cursos de água.
Figura 12 – Pampa
Fonte: Shutterstock, 2018.
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A região dos pampas tem um patrimônio cultural muito típico, compartilhado com os habitantes dos pampas da 
Argentina e do Uruguai e desenvolvido pelos gaúchos. As atividades econômicasmais desenvolvidas são a agro-
pecuária, que veio junto com a colonização ibérica, deslocando grande parte da vegetação nativa.
6. Pantanal
É uma estepe inundada que ocupa a planície aluvial do Rio Paraguai e seus afluentes. É, portanto, uma planície 
úmida que inunda durante a estação chuvosa, de novembro a abril. Essas inundações favorecem uma alta bio-
diversidade. Ocupa apenas 1,75% do território brasileiro e é, portanto, o bioma menos extenso do país. Quando 
ocorrem enchentes, emerge muita matéria orgânica, pois a água carrega todos os vestígios de vegetação e ani-
mais em decomposição, favorecendo a fertilização do solo.
Figura 13 – Pantanal
Fonte: Shutterstock, 2018.
Campos de gramíneas configuram a paisagem típica do Pantanal. Áreas não inundadas são ocupadas por arbus-
tos e até árvores. Cerca de 2.000 espécies diferentes de plantas foram catalogadas no Pantanal. Algumas das 
mais representativas são as palmeiras e macrófitas aquáticas.
O Pantanal contém uma alta diversidade de peixes (263 espécies), anfíbios (41 espécies), répteis (113 espécies), 
aves (650 espécies) e mamíferos (132 espécies), sendo a arara-azul, o jacaré e a onça preta suas mais emblemá-
ticas espécies. 
Depois da Amazônia, o Pantanal é o segundo bioma mais preservado do Brasil, já que 80% de sua extensão man-
tém sua vegetação nativa. No entanto, a atividade humana também gera um grande impacto, especialmente em 
atividades agrícolas.
Pesca e criação de gado são as atividades econômicas mais desenvolvidas no Pantanal. As usinas hidrelétricas 
também ameaçam o equilíbrio ecológico do meio ambiente, porque se o regime de enchentes for quebrado, a 
vida selvagem será afetada.
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1.5 Conservação e ameaças
Ao longo do último século, os seres humanos passaram a dominar o planeta, causando rápida mudança nos 
ecossistemas e perda maciça de biodiversidade em todo o planeta. Embora a Terra já tenha experimentado 
mudanças e extinções, hoje elas estão ocorrendo em um ritmo sem precedentes. 
As principais ameaças diretas à biodiversidade incluem perda e fragmentação de habitat, uso insustentável de 
recursos, espécies invasoras, poluição e mudanças climáticas globais. 
As causas subjacentes da perda de biodiversidade, como a crescente população humana e o consumo excessivo, 
são muitas vezes complexas e derivam de muitos fatores inter-relacionados.
A boa notícia é que está ao nosso alcance mudar nossas ações para ajudar a garantir a sobrevivência das espé-
cies e a saúde e integridade dos sistemas ecológicos. Entendendo as ameaças à biodiversidade e como elas se 
desenvolvem no contexto, podemos estar mais bem preparados para gerenciar os desafios da conservação. Os 
esforços de conservação das últimas décadas fizeram uma diferença significativa no estado da biodiversidade na 
atualidade. 
Mais de 100.000 áreas protegidas, incluindo parques nacionais, refúgios de vida silvestre, reservas de caça e áreas 
marinhas protegidas, administradas tanto por governos quanto por comunidades locais, fornecem habitat para a 
vida selvagem e ajudam a manter o desmatamento sob controle. 
Proteger o habitat não é suficiente, outros tipos de ações de conservação, como a restauração, a reintrodução e 
o controle de espécies invasoras, tiveram impactos positivos. Tais atitudes foram fortalecidas por esforços contí-
nuos para melhorar as políticas ambientais nas escalas local, regional e global. Finalmente, as escolhas de estilo 
de vida de indivíduos e comunidades podem ter um grande efeito sobre seus impactos na biodiversidade e no 
meio ambiente. Embora não possamos evitar todos os impactos negativos sobre a biodiversidade, com o conhe-
cimento podemos trabalhar para mudar a direção e a forma de nossos efeitos sobre o resto da vida na Terra.
Há uma série de questões que ameaçam a biodiversidade do nosso planeta, desde a mudança climática até 
espécies invasoras. 
A seguir, argumentaremos sobre algumas das maiores ameaças que a biodiversidade enfrenta hoje, bem como o 
que o mundo pode fazer (e está fazendo) para mantê-las sob controle.
Mudança climática
As mudanças no clima ao longo da história do nosso planeta, naturalmente, alteraram a vida na Terra a longo 
prazo. Os ecossistemas vieram e se foram e as espécies rotineiramente são extintas. Mas a rápida mudança cli-
mática provocada pelo homem acelera o processo, sem propiciar a ecossistemas e espécies o tempo de adap-
tação. Por exemplo, o aumento da temperatura oceânica e a diminuição do gelo marinho do Ártico afetam a 
biodiversidade marinha e podem alterar as zonas de vegetação, com implicações globais. 
Amorim (2015) afirma que o clima é um importante fator de distribuição de espécies, o que causa a aclimatação 
forçada de determinados grupos. A não adaptação climática, consequentemente, ocasiona a extinção de várias 
espécies. 
Os indivíduos podem tomar várias medidas para combater a mudança climática, como reduzir a emissão de car-
bono, promover a educação e contatar autoridades eleitas. Governos e cidades internacionais podem liderar o 
movimento de combate às mudanças climáticas. A Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas 
de 2015, em Paris, foi o ponto inicial.
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Desmatamento
O desmatamento é uma causa direta de extinção e perda de biodiversidade. Estima-se que 18 milhões de acres 
de floresta são perdidos a cada ano, em parte devido à extração de madeira e outras práticas humanas, des-
truindo os ecossistemas dos quais muitas espécies dependem. 
As florestas tropicais, em particular, como a Amazônia, detêm uma alta porcentagem das espécies conhecidas no 
mundo, mas as próprias regiões estão em declínio, devido aos seres humanos.
As soluções para o desmatamento estão principalmente na política. Empresas e corporações podem adotar 
melhores práticas e se recusarem a usar fornecedores de madeira e papel que contribuem para o desmatamento. 
Na mesma linha, consumidores conscientes podem se recusar a patrocinar empresas que fazem e pressionar os 
varejistas que empregam métodos de fabricação insustentáveis. Indivíduos também podem participar da pre-
servação da Terra por meio de instituições de caridade e corporações privadas. Em última análise, no entanto, os 
governos internacionais precisam promulgar leis de proteção florestal mais fortes e científicas.
Superexploração
A superexploração refere-se à caça excessiva, a sobrepesca e ao excesso de colheita, que contribuem grande-
mente para a perda de biodiversidade, matando numerosas espécies ao longo dos últimos cem anos. 
A caça furtiva e outras formas de caça aumentam o risco de extinção. A extinção de um predador de ponta – ou 
um predador no topo de uma cadeia alimentar – pode resultar em consequências catastróficas para os ecossis-
temas. Por outro lado, o excesso de colheita de determinados alimentos pode influenciar o aumento de animais 
e contribuir, também para o aumento da caça em determinadas regiões.
A conservação e a conscientização contínua em torno da superexploração, especialmente a caça furtiva e a 
pesca excessiva, são fundamentais. Os governos precisam aplicar ativamente as regras contra tais práticas (caça 
e pesca excessiva). Já os indivíduos podem estar mais conscientes do que comem e compram. Outras soluções, 
como a remoção de subsídios concedidos à pesca em grande escala, podem ajudar também no controle dessas 
práticas.
Espécies invasoras
A introdução de espécies não nativas em um ecossistema pode ameaçar a vida selvagem endêmica (como pre-
dadores ou competidores por recursos naturais, frutas, por exemplo), afetar a saúde humana e perturbar as eco-
nomias. As soluções frente a essa prática (introdução de novas espécies) incluem a criação de sistemas para 
prevenir a introdução de espécies invasoras, em primeiro lugar, o monitoramento efetivo de novas infestações e 
a erradicação rápida de novos invasores detectados.
PoluiçãoDesde a queima de combustíveis fósseis (liberando substâncias químicas perigosas na atmosfera e, em alguns 
casos, esgotando os níveis de ozônio) até despejar 19 bilhões de quilos de plástico no oceano a cada ano, a polui-
ção perturba completamente os ecossistemas da Terra. Embora não necessariamente causem a extinção, os 
poluentes têm o potencial de influenciar os hábitos das espécies. Por exemplo, a chuva ácida, que normalmente 
é causada pela queima de combustíveis fósseis, pode acidificar corpos menores de água e solo, afetando negati-
vamente as espécies que vivem lá, alterando os hábitos de reprodução e alimentação.
Para combater a poluição atmosférica e hidrológica, podemos optar pela reciclagem, a conservação de energia 
em casa e o uso de transporte público. 
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Sustentabilidade e Meio Ambiente | Unidade 1 - Biodiversidade
Conclui-se que, ao longo dos anos, o meio ambiente vem sofrendo com ameaças vindas dos seres humanos, 
como desmatamento, poluição das rios e lagoas, aumento do consumo, caça e pesca descontrolada, entre 
outros. Isso faz a humanidade repensar as suas ações de conservação e preservação da biodiversidade.
Síntese da unidade
Nesta unidade, observamos que a biodiversidade tem três elementos essenciais: genética; sistema ecológico; 
espécies. Vimos também que, recentemente, um novo aspecto foi adicionado: diversidade molecular. A biodi-
versidade é distribuída de forma desigual, isso varia globalmente e dentro das regiões. Os vários fatores que 
influenciam a biodiversidade incluem temperatura, altitude, precipitação, solos e sua relação com outras espé-
cies. Ela aumenta a produtividade do ecossistema, em que cada espécie, não importa quão pequena, tem um 
papel importante a desempenhar. Por exemplo, um maior número de espécies de plantas significa uma maior 
variedade de culturas; uma maior diversidade de espécies garante sustentabilidade natural para todas as formas 
de vida; ecossistemas saudáveis podem resistir e se recuperar melhor de uma variedade de desastres.
Aprendemos que é importante valorizarmos a biodiversidade por vários motivos, alguns utilitários, outros intrín-
secos. Isso significa que valorizamos a biodiversidade tanto pelo que ela proporciona aos humanos quanto pelo 
valor que ela tem por si só. 
Vimos também que um ecossistema inclui todos os seres vivos (plantas, animais e organismos) em uma deter-
minada área, interagindo uns com os outros e também com seus ambientes não vivos (clima, terra, sol, solo, 
clima, atmosfera). Os limites do ecossistema não são marcados (separados) por linhas rígidas. Já um bioma, em 
termos simples, é um conjunto de ecossistemas que compartilham características semelhantes com seus fatores 
abióticos adaptados a seus ambientes. Eles são definidos como as principais comunidades do mundo, classifica-
das de acordo com a vegetação predominante e caracterizadas por adaptações de organismos àquele ambiente 
particular. São áreas ecológicas muito grandes na superfície da terra, com fauna e flora (animais e plantas) se 
adaptando ao seu ambiente. Os biomas são frequentemente definidos por fatores abióticos, como clima, relevo, 
geologia, solos e vegetação. 
Nas cinco categorias de biomas (deserto, floresta, aquático, pastagem e tundra), existem muitos sub-biomas, sob 
os quais existem muitos ecossistemas mais bem definidos. Nesse sentindo, compreendemos que o Brasil é um 
dos países mais ricos do mundo em termos de biodiversidade. A Floresta Amazônica, conhecida como pulmão do 
mundo, é reconhecida como a região mais diversificada do mundo. No entanto, o Brasil esconde muitos biomas 
mais ricos que a floresta tropical, mas muito mais desconhecidos e com um alto grau de problemas que afetam 
sua conservação. Por fim, entendemos que há uma série de questões que ameaçam a biodiversidade do nosso 
planeta, desde a mudança climática até espécies invasoras, e que as causas subjacentes da perda de biodiver-
sidade, como a crescente população humana e o consumo excessivo, são muitas vezes complexas e derivam de 
muitos fatores inter-relacionados.
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Considerações finais
Nesta unidade, tivemos a oportunidade de compreender a importância 
da biodiversidade para o ser humano. Concluímos que um bioma não é 
um ecossistema, embora de certa forma possa parecer um ecossistema 
gigantesco. Ao estudar a biodiversidade, percebemos que plantas ou 
animais em qualquer bioma têm adaptações especiais que possibilitam 
a existência deles na área, logo podemos encontrar muitas unidades de 
ecossistemas dentro de um bioma. Por fim, concluímos que os biomas 
brasileiros, importantes na biodiversidade do planeta, abrigam milhares 
de espécies e necessitam de maior comprometimento do ser humano 
quanto à sua conservação e que as escolhas de estilo de vida de indiví-
duos e comunidades podem ter um grande efeito sobre seus impactos na 
biodiversidade e no meio ambiente.
	Unidade 1
	1. Biodiversidade
	Unidade 2
	2. Sustentabilidade
	Unidade 3
	3. Desenvolvimento Sustentável
	Unidade 4
	4. Recursos, exploração e esgotamento
	Unidade 5
	5. Pobreza e superpopulação
	Unidade 6
	6. Consciência Ecológica
	Unidade 7
	7. Pegada Ecológica e biocapacidade
	Unidade 8
	8. Globalização ambiental

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