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ATLS (ABCDE)

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1 Felipe Antônio Dal'Agnol 
ADVANCED TRAUMA LIFE SUPPORT – ATLS 
“O paciente politraumatizado é aquele que apresenta lesões em dois ou mais sistemas de órgãos (tórax, 
abdome, TCE, fratura de ossos longos, etc); é necessário que pelo menos uma, ou mais combinações dessas 
lesões, represente um risco vital para o paciente.” 
AVALIAÇÃO INICIAL 
a. Preparação; 
b. Triagem; 
c. Exame primário (A, B, C, D, E); 
d. Reanimação; 
e. Medidas auxiliares ao exame primário e à reanimação; 
f. Exame secundário (da cabeça aos pés) e história; 
g. Medidas auxiliares ao exame secundário; 
h. Reavaliação e monitoração contínua após a reanimação; 
i. Cuidados definitivos. 
 
ATENÇÃO PRÉ-HOSPITALAR 
 Prioridades: salvar a vida, salvar os membros. Cerca de 50% das pessoas morrem na hora ou na primeira hora 
seguinte ao trauma (hora dourada – período crítico de morte saliente). 
 Objetivos: 
 Otimizar o atendimento; 
 Transportar para hospital adequado próximo; 
 Não exceder 10 minutos na cena. 
ATENÇÃO INTRA-HOSPITALAR 
 Todo pessoal que está/estará em contato com o doente deve estar protegido contra doenças transmissíveis, 
como a hepatite e a AIDS. Para isso, são usados os EPI’s (Equipamentos de Proteção Individual) que 
correspondem a máscaras, proteção dos olhos, avental impermeável, perneiras e luvas. 
TRIAGEM 
 Classificação dos doentes de acordo com o tipo de tratamento necessário e os recursos disponíveis. O 
tratamento prestado deve ser baseado nas prioridades ABC. 
o Vítimas múltiplas: doentes com risco da vida iminente e os doentes com traumatismo multissistêmicos 
serão atendidos primeiro (gradiente não excede a capacidade do hospital). 
o Situações de desastres/Vítimas em massa: doentes com maiores possibilidades de sobrevida, cujo 
atendimento implica em menor gasto de tempo, de equipamentos, de recursos e de pessoal serão 
atendidos primeiro (número de vítimas e/ou gravidade das lesões excedem a capacidade do hospital). 
PRIMEIRA FALA: “Eu e minha equipe estamos paramentados segundo as normas internacionais. Sou o médico 
(nome) e vou lhe atender, como o/a sr./sra. se chama?” 
 Nesse momento (resposta), analisamos: via aérea livre, nível de consciência e ventilação. Uma resposta 
compreensível indica boa perfusão cerebral e via aérea pérvia. 
 PRIORIDADES NA CENA: 
 Segurança da equipe; 
 Avaliação da cena; 
 Avaliação da situação de cada paciente; 
 Coletar informações biomecânicas; 
 Cena segura/precaução padrão; 
 Assumir a vítima/falar com o paciente. 
 
 
2 Felipe Antônio Dal'Agnol 
EXAME PRIMÁRIO 
A. AIRWAY: via aérea com proteção da coluna cervical; 
B. BREATHING: ventilação e respiração; 
C. CIRCULATION: circulação com controle da hemorragia; 
D. DISABILITY: disfunção neurológica; 
E. EXPOSURE: exposição e controle da hipotermia. 
*História AMPLA: Alergias / Medicamentos em uso / Passado Médico e Prenhez / Líquidos e alimentos / Ambiente e 
eventos relacionados ao trauma. 
A (AIRWAY) 
Inspeção da cavidade oral: 
Corpos estranhos: retirar com pinça de Maguil (não esquecer de tirar a prótese); 
Líquido: aspirar com aspirador rígido ou aspirador Fraser. 
Para estabelecer a via aérea: elevação do mento ou tração da mandíbula (em todos os pacientes). 
Ofertar 10-12L/min de O2 a 100% a todos os politraumatizados com Máscara de Venturi (com reservatório). 
O comprometimento da via aérea pode ocorrer de maneira súbita. 
Hipóxia: agitação → diminuição da disponibilidade de O2 para “x” órgão. 
Hipercapnia: letargia (inconsciência, como se fosse um sono profundo) → aumento de CO2 no sangue arterial. 
Se ainda houver dificuldade/insuficiência respiratória, utilizar tubo orofaríngeo (Cânula de Guedel – somente em 
pacientes inconsciente) ou nasofaríngea (contraindicado se houver suspeita de fratura da base de crânio – paciente 
tem que estar consciente e cooperativo). 
OBS: Guedel é contraindicada para crianças. 
Se a ventilação ainda não for garantida com as medidas anteriores: via aérea definitiva (tudo endotraqueal, com 
balão insuflado abaixo das cordas vocais, devidamente fixado, conectado a uma fonte de oxigênio). 
Intubação Orotraqueal 
Indicações: queimados, apneia, trauma facial grave, risco de aspiração, TCE com necessidade de hiperventilação, 
risco de obstrução iminente ou potencial (lesão de traqueia ou laringe, queimadura, hematoma cervical), 
impossibilidade de manter a VA permeável de outra forma, comprometimento iminente ou potencial da VA, 
Glasgow ≤ 8, proteção contra risco de aspiração de sangue ou vômito, convulsões persistentes. 
1. Testar o balonete; 
2. Pré-oxigenação a 100%; 
3. Manobra de Celic (compressão da cricoide); 
4. Sedar – etomidato 0,3 mg/kg ou midazolan (dormonid); 
5. Relaxante muscular – succinilcolina 1 a 2 mg/kg; 
6. Imobilização manual da cabeça; 
7. Intubar – laringoscópio posicionado e inserção do tudo entre as pregas vocais; 
8. Insuflar balonete; 
9. Confirmar posição do tubo – ausculta pulmonar e em epigástrio, capnografia e posterior RX; 
10. Interromper Celic; 
11. Fixar tubo; 
12. Ventilar – conexão com fonte de O2. 
 
Quando a intubação não puder ser realizada: 
Cricotireoidostomia (mais indicado por ser mais 
rápido, mas fácil e poder ser feito na sala de 
emergência) ou Traqueostomia (no bloco cirúrgico). 
 
3 Felipe Antônio Dal'Agnol 
Via aérea cirúrgica 
Indicações: impossibilidade de intubação endotraqueal; edema de glote; fratura de laringe – rouquidão, enfisema 
subcutâneo e fratura palpável; hemorragia orofaríngea grave; tubo endotraqueal não pode ser posicionado entre as 
cordas vocais; distorção anatômica do pescoço pelo trauma; impossibilidade de visualizar as cordas vocais. 
CRICOTIREOIDOSTOMIA CIRÚRGICA 
1. Antissepsia local; 
2. Anestesia local se doente consciente; 
3. Estabilizar a cartilagem tiroide até o final da intubação; 
4. Incisão na pele que se estende pela membrana cricotireoidea; 
5. Dilatação da abertura com uma pinça hemostática; 
6. Inserir tudo endotraqueal; 
7. Insuflar o balonete; 
8. Conectar com fonte de O2; 
9. Fixar o tubo. 
CRICOTIREOIDOSTOMIA POR PUNÇÃO 
Paciente em posição supina; montar um cateter agulhado de calibre número 12 ou 14 em uma seringa de 5-10 mL; 
palpar a membrana cricotireoidea e estabilizar a traqueia; puncionar a pele na linha média sagital (diretamente 
sobre a membrana) e direcioná-la em ângulo de 45 graus caudalmente, aplicando pressão negativa na seringa, 
aspirando a medida que a agulha avança; remover a agulha e a seringa ao mesmo tempo que se avança o cateter par 
abaixo e conectar o tubo de oxigênio ao cateter. 
Preferível à traqueostomia pois sangra menos, mais fácil e mais rápida. Contraindicação: fratura de laringe e crianças 
menores de 12 anos, pois a cartilagem cricoide é o único suporte do pescoço. 
TRAQUEOSTOMIA 
Em últimos casos – fratura de laringe e crianças menores de 12 anos. 
CERVICAL 
Quando tirar o colar cervical? 
 Em ambiente hospitalar, paciente alerta, sem dor cervical, sem abuso de álcool ou drogas e com exame 
neurológico normal. Se não preencher algum dos critérios = raio X. 
Cerca de 80% dos óbitos por lesão traumática devem-se a luxações atlas-occipital e fraturas C1-C2. 
 
1. Abrir o colar cervical – duas pessoas. 
2. Inspeção: procurar por hematomas, escoriações, sangramentos, ferimentos, lacerações, orifícios de entrada e 
saída, tiro, faca, abaulamentos, desvio de traqueia, turgência jugular. 
3. Palpação: buscar dor, enfisema subcutâneo, crepitação óssea. 
4. Fechar colar cervical. 
 
 
4 Felipe Antônio Dal'Agnol 
B (BREATHING) 
INSPEÇÃO: avalia-se a simetria do tórax, se há orifícios de entrada/saída, turgência da jugular, abaulamentos ou 
retrações. 
PALPAÇÃO: comparativa, bilateral, ascendente; busca-se crepitações ósseas, dor e enfisema. 
PERCUSSÃO: comparativa, bilateral, ascendente. Há três possíveis achados percussórios: timpanismo normal, 
hipertimpanismo sugestivo de pneumotórax e macicez, indicandolíquido livre na cavidade. 
AUSCULTA: comparativa, bilateral, ascendente. Aqui, avalia-se dois parâmetros: o murmúrio vesicular e a ausculta 
cardíaca. Quanto ao MV, pode-se encontrar murmúrios normais, diminuídos ou ausentes; quanto às bulhas, podem 
estar normais ou hipofonéticas (importante fazer ausculta comparativa das bulhas com intervalos regulares pelo 
mesmo examinador). 
Situações torácicas graves que devem ser tratadas imediatamente: pneumotórax hipertensivo, tórax instável com 
contusão pulmonar, hemotórax maciço, pneumotórax aberto e tamponamento cardíaco. 
 
Toracocentese (descompressão de alívio): medida temporária, 2ºEI, linha hemiclavicular, abocath 14 com dedo de 
luva. A partir da 10ª edição, passa a ter caráter não obrigatório e no mesmo local da toracotomia. 
 
Toracotomia: medida definitiva, em 5ºEI, anterior à linha axilar média, dreno em selo d’água (dois dedos ou 0,5L). 
Tirar dreno quando para de borbulhar. 
 
*Pneumotórax aberto > 2/3 diâmetro da traqueia = curativo de 3 pontos (depois toracotomia); 
Ventilação mecânica com pressão positiva: empurra o ar para dentro dos pulmões. Cuidar para não gerar/agravar o 
pneumotórax. 
TRAUMA DE TÓRAX 
1. TORACOTOMIA IMEDIATA: 
Hemotórax maciço (drenagem imediata) > 1500 ml ou 200-300 ml/h nas primeiras 2-3 horas; 
Lesões penetrantes na parede torácica anterior com tamponamento cardíaco; 
Feridas na caixa torácica de grandes dimensões; 
Lesões de vasos nobres + instabilidade hemodinâmica; 
Lesões traqueobrônquicas extensas; 
Evidência de perfuração esofagiana. 
Fraturas do 1º ao 3º arcos costais, escápula ou clavícula indica trauma grave  suspeita de lesão de grandes vasos; 
Fratura de arcos costais inferiores  lesões esplênicas e hepáticas; 
Lesões por esmagamento podem comprimir a cava  edema e petéquias na parte superior do tronco. 
2. TÓRAX INSTÁVEL 
Analgesia (xilocaína 1ml/costela) - previne hipoxemia por dor ventilatório-dependente; 
 
5 Felipe Antônio Dal'Agnol 
Se ≥ a 40 irpm, hipoxemia, nível de consciência rebaixado, doença pulmonar crônica ou lesões abdominais 
concomitantes  intubação + prótese ventilatória – fraturas consolidam-se mais rápido. Ventilação com pressão 
positiva. 
Hipóxia = lesão pulmonar adjacente; respiração paradoxal; controlar cristaloides (soro). 
3. CONTUSÃO PULMONAR 
Raio X = consolidação pulmonar  pode-se tornar evidente somente após 24-48 horas; 
Se O2 < 90% ou PaO2 < ou = 65  ventilação mecânica com pressão positiva; 
Cautela na administração do volume; 
Pneumonia associada à ventilação mecânica = complicação mais frequente (óbito em idosos); 
Se piorar inesperadamente a saturação de O2, avaliar (DOPE): 
D eslocamento do tubo; 
O bstrução do tubo; 
P neumotórax; 
E quipamento (falhas). 
 
A causa mais comum de pneumotórax hipertensivo é a ventilação mecânica com pressão positiva em pacientes com 
lesões pulmonares assintomáticas; 
No tórax instável, a condição que mais frequentemente leva a vítima à insuficiência respiratória aguda é a contusão 
pulmonar (e não a resposta paradoxal); 
Hipertensão arterial sistólica só é identificada em perda de 30% da volemia = choque. 
4. HIPOVOLEMIA NA CRIANÇA 
Taquicardia, má perfusão da pele, desaparecimento dos pulsos periféricos, pele mosqueada, extremidades frias, 
diminuição dos níveis de consciência; 
Pressão sistólica normal = 70mmHg + 2x a idade; 
Reposição Volêmica: 
Ringer lactato; 
Avaliação da reposição volêmica: 
 Débito urinário; 
 Nível de consciência; 
 Perfusão periférica; 
Valores do lactato e déficit de bases. 
Em vítima de trauma fechado solicitar radiografia: 
a) Coluna cervical incidência lateral; 
b) Tórax em incidência anteroposterior; 
c) Pelve em incidência anteroposterior. 
 
6 Felipe Antônio Dal'Agnol 
A principal etiologia do choque no trauma é a perda hemorrágica e o abdome é a principal fonte. 
 
 
5. PNEUMOTÓRAX: 
 
Pequeno: 
 Menos de 1/3 do pulmão colabado = não drenar; 
 Para tirar o dreno em selo d’água = pulmão totalmente expandido e não borbulhando pelo frasco de 
drenagem por 24-72 horas; 
 Todo pneumotórax pequeno que vai se submeter ao transporte aéreo ou à ventilação mecânica deve ter 
seu tórax drenado em selo d’água. 
 
Hipertensivo: 
 Toracocentese; 
 Exame clínico, e não radiológico; 
 Dispneia importante acompanhada de diminuição da expansibilidade do hemitórax envolvido, associada a 
algum desses achados: desvio contralateral da traqueia, ausência ou diminuição do murmúrio vesicular no 
hemitórax acometido, turgência jugular, hipotensão ou enfisema subcutâneo. 
 
6. HEMOTÓRAX: 
A partir de 300mL na cavidade pleural em posição ortostática (radiografia frontal já revela); 
Maciço: 
 > 1500mL ou 1/3 da volemia na cavidade; 
 Choque, murmúrio vesicular ausente, macicez à percussão, jugulares podem estar colabadas pela 
hipovolemia; 
 Infusão de cristalóides e sangue compatível; 
 Toracotomia no 5º EI, linha hemiclavicular; 
 > ou = 1500mL ou de 200mL/h  toracotomia. 
Quilotórax: drenagem em selo d’água + nutrição proteica com TG de cadeia média + pleurodese 
(procedimento que adere uma pleura à outra); 
Ventrículo direito é mais suscetível à contusão miocárdica (CM); 
 CM: hemorragia subepicárdica, miocárdica e endocárdica; ruptura de fibras musculares, edema, necrose 
celular e migração leucocitária; 
 Miocárdio pode entrar em insuficiência ou arritmias; hipotensão + aumento da pressão venosa, alterações 
na motricidade miocárdica, alterações eletrocardiográficas; 
 Antiarrítmicos, infusão de volume, drogas inotrópicas (aumenta a contratibilidade cardíaca). 
Considerar auto-transfusão. 
 
7. TAMPONAMENTO CARDÍACO: 
Pericardiocentese; 
AESP; 
Posterior tratamento cirúrgico; 
Tríade de Beck: 
 Abafamento das bulhas; 
 Hipotensão arterial; 
 Hipertensão venosa  turgência jugular. 
Ringer lactato= cloreto de potássio, cloreto de 
sódio, cloreto de cálcio, lactato de sódio. 
 
7 Felipe Antônio Dal'Agnol 
 
8. TRAUMA AÓRTICO: 
Trauma por desaceleração + sinais radiológicos: mediastino alargado (> 8cm), perda do contorno aórtico, desvio do 
tubo orotraqueal e da traqueia para a direita, depressão do brônquio fonte esquerdo, desvio da sonda nasogástrica 
para a direita, derrame extrapleural apical, densidade retrocardíaca, fratura do 1º e 2º arcos costais, obliteração do 
espaço entre a artéria pulmonar e a aorta, elevação e desvio para a direita do brônquio principal direito. 
 Reparo cirúrgico, stends, anti-hipertensivos. 
C (CIRCULATION) 
PARAR O SANGRAMENTO E REPOR O PERDIDO! 
1. Obter dois acessos venosos periféricos, se for necessário fazer acesso em vaso central, solicitar radiografia; em 
crianças menores de 6 anos fazer acesso intraósseo (tibial): 
 Com cateteres (calibre mínimo 16G no adulto); 
 Preferencialmente na fossa cubital, safena magna, jugular externa, jugular interna, subclávia, femoral; 
 1º tirar amostra de sangue para prova cruzada, tipagem, fator Rh, exame toxicológico e ß-HCG; 
 2º infusão de ringer lactato aquecido a 39oC no micro-ondas em bolus pelo Abocath 14 (Técnica de 
Seldinger) (1-2L adultos, 200mL/Kg crianças) (315-320mL/mim) - 1 bolus é igual a dois litros; 
 Se o paciente continuar instável (hipotenso e taquicárdico) indica sangramento: transfusão 
sanguínea. 
 
 
 
2. Semiologia do abdome: 
INSPEÇÃO: hematomas, equimoses (FAST), escoriações, sangramentos, ferimentos, lacerações, orifícios de entrada e 
saída, tiro, facada, abaulamento, eviscerações, corpo estranho empalado, marca do cinto de segurança (abrasões, 
contusões). Examinar o retroperitônio se girar o paciente. Se houver facada: explorar para ver se passou a 
aponeurose. Se houver tiro: laparotomia. 
AUSCULTA: ruídos hidroaéreos normais (pouca probabilidade de lesão) ou diminuídos (podem ser sinal de 
hemorragia interna, líquido, conteúdo intestinal ou gástrico na cavidade peritoneal). 
PERCUSSÃO: macicez pode significar líquido livre; timpanismopode significar ar na cavidade (rompimento de víscera 
oca); se houver dor pode haver lesão grave; defesa involuntária é sinal de irritação peritoneal. 
PALPAÇÃO: procurar por dor (FAST ou LPD); dor na descompressão rápida: sinal de irritação peritoneal (sangue, bile, 
conteúdo intestinal, pus). 
3. FAST (focused assessment with sonography for trauma – “ultrassom do abdome”): se houver dor, edema, 
equimose; para identificar líquido livre; focos: hipocôndrio esquerdo (espaço esplenorrenal, espaço subfrênico 
esquerdo, goteira parietocólica esquerda), subxifoide, pelve, hipocôndrio esquerdo (goteira perietocólica direita, 
espaço hepatorrenal e espaço subfrênico direito). Se houver líquido livre: laparotomia. 
4. LPD: sonda infra-umbilical, se não aspirar mais de 10mL de sangue ou líquido, colocar 1L de soro, “mexer” o 
paciente para misturar e aspirar novamente. Se houver 100.000 hemácias, 500 leucócitos ou presença de 
bactérias: laparotomia. 
A ADM em excesso de fluidos pode exacerbar a 
tríade letal: coagulopatia, acidose, hipotermia. 
 Com ativação da cascata de sinalização. 
 
8 Felipe Antônio Dal'Agnol 
 Tomografia só se o paciente estiver hemodinamicamente estável. 
TRAUMA ABDOMINAL: 
 Fechado - "contusão pulmonar": 
o Compressão, esmagamento de vísceras abdominais e da pelve; 
o Desaceleração: estruturas fixas e não fixas sofrem movimento em sentidos opostos; 
o Órgãos mais afetados: baço 40-55%, fígado 35-45%, diafragma 20%, cólon 15%, intestino delgado 5-10%. 
 Aberto/penetrante - "ferida abdominal": 
o Arma branca: fígado 40%, intestino delgado 30%, diafragma 20%, cólon 15%. 
o Arma de fogo: intestino delgado 50%, cólon 40%, fígado 30%, estruturas vasculares 25%. 
 
5. EXAME DA PELVE: palpação da crista ilíaca ântero-superior: estável (não abre); instável (fratura – ninguém mais 
examina): fazer fixação externa com balancim ou lençol para parar passível sangramento interno e imobilizar 
(FAST). 
 
6. EXAME DO PERÍNEO: 
INPEÇÃO: hematomas, equimoses no escroto/períneo/vulva: pode tentar passar a Sonda Vesical uma vez; sangue no 
meato uretral: NÃO passar a Sonda Vesical. 
TOQUE RETAL: sangue na luva, próstata deslocada cranialmente ou não palpável (homens): NÃO passar a Sonda 
Vesical; sem tônus esfincteriano: pode haver trauma raquimedular; fratura de Reto. 
TOQUE VAGINAL: apenas se houver suspeita de lesão. 
7. Se não houver contraindicação, passar a Sonda Vesical (de Folley) para descomprimir a bexiga e controlar a 
perfusão renal. 
Antes: XILOCAÍNA 10-15mL (anestésico); 
Após a passagem da sonda, inflar o balonete; 
Normal: 
 0,5 mL/Kg/h adulto; 
 1 mL/Kg/h crianças 1-12 anos; 
 2 ml/Kg/h crianças < 1 ano. 
NO POLITRAUMA, TODO CHOQUE É HIPOVOLÊMICO ATÉ QUE SE PROVE O CONTRÁRIO. 
8. Se houver contraindicação para passagem de Sonda Vesical, fazer Sondagem Suprapúbica. 
9. Sondagem nasogástrica com sonda de Levine: para descomprimir o estômago e evitar aspiração do conteúdo 
gástrico. 
 Sempre ver se a sonda está aberta; 
 Se houver sinais de fratura de base de crânio: NÃO passar a sonda; 
 Pode ser feita no C ou no D após avaliação neurológica. 
 Orogástrica: fazer com paciente sedado ou inconsciente, mesmo estando intubado. 
Exame duvidoso do abdome: FAST. Se houver certeza, ou o FAST for +: laparotomia. 
10. Se houver fratura: alinhar, colocar tala e comprimir para parar o sangramento. 
 
 
D (DISABILITY) 
1. Classificar: AVDI (Atento; responde a estímulos 
Inconsciente). 
2. Avaliar a sensibilidade ascendentemente (com uma agulha) e, 
3. Pupilas: reflexo fotorreceptor das pupilas 
a. Isocoria: pupilas simétricas
b. Anesocoria: pupilas assimétricas.
4. Procurar por fraturas de base de crânio (olhos de guaxinim 
hematoma retroauricular; sangue ou líquor saindo dos ouvidos ou do nariz
rinorreia, otorreia, fístula liquótica [gaze]
a. NÃO podem receber sonda nasogástrica.
5. Procurar sinais de laterização; 
6. Palpar calota craniana. 
 
 Resposta das pupilas: se estiverem contraídas haverá lesão no SNAP, uma vez a na midríase é o 
SNAS que está atuando. 
 
 
7. E se diminuir o nível de consciência:
 Reavaliar: oxigenação/perfusão (via aérea / hemorragia);
8. Inspeção e palpação da base de crânio.
E (EXPOSURE) 
EXPOSIÇÃO + CONTROLE DA HIPOTERMIA
1. Despir o paciente cortando suas roupas longitudinalmente;
2. Se houver substância química na pele, lavar com água e sabão;
3. Controlar temperatura (ar condicionado, cobertor, infusão de líquidos aquecidos);
4. Rolamento em bloco: 
a. Palpar coluna vertebral, procurar por fraturas, lesões, ferimentos penetrantes, procurar por crepitações;
b. Cuidar para não mexer o colar cervical;
c. Não rolar para o lado da lesão/
5. Tirar a prancha rígida. 
 
responde a estímulos Verbais; responde a estímulos 
Avaliar a sensibilidade ascendentemente (com uma agulha) e, quando chegar na cabeça, Glasgow;
Pupilas: reflexo fotorreceptor das pupilas – midríase e miose; 
étricas; 
Anesocoria: pupilas assimétricas. 
e de crânio (olhos de guaxinim - hematoma pe
hematoma retroauricular; sangue ou líquor saindo dos ouvidos ou do nariz
rinorreia, otorreia, fístula liquótica [gaze]). 
NÃO podem receber sonda nasogástrica. 
pilas: se estiverem contraídas haverá lesão no SNAP, uma vez a na midríase é o 
 
E se diminuir o nível de consciência: 
xigenação/perfusão (via aérea / hemorragia); trauma direto; hipoglicemia, álcool, drogas.
palpação da base de crânio. 
EXPOSIÇÃO + CONTROLE DA HIPOTERMIA 
 
Despir o paciente cortando suas roupas longitudinalmente; 
Se houver substância química na pele, lavar com água e sabão; 
temperatura (ar condicionado, cobertor, infusão de líquidos aquecidos); 
Palpar coluna vertebral, procurar por fraturas, lesões, ferimentos penetrantes, procurar por crepitações;
Cuidar para não mexer o colar cervical; 
lado da lesão/do dreno; 
9 Felipe Antônio Dal'Agnol 
responde a estímulos Dolorosos; 
quando chegar na cabeça, Glasgow; 
hematoma periorbital; sinal de Battle - 
hematoma retroauricular; sangue ou líquor saindo dos ouvidos ou do nariz, epistaxe, otorragia, 
pilas: se estiverem contraídas haverá lesão no SNAP, uma vez a na midríase é o 
 
ipoglicemia, álcool, drogas. 
Palpar coluna vertebral, procurar por fraturas, lesões, ferimentos penetrantes, procurar por crepitações;

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