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Medicina legal - traumatologia forense parte 3

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Thaynara Cabreira - 003 
Traumatologia forense 
 
 
Agora que as feridas foram trabalhadas de maneira 
singular, serão vistas as feridas mistas – misturam mais de 
um tipo de ação mecânica. 
Para compreender a dinâmica das feridas mistas, é 
essencial relembrar que: 
❖ Instrumento contundente: geralmente realizada por 
um objeto que apresenta massa e velocidade 
❖ Instrumento perfurante: apresenta ponta fina que 
afasta tecidos, perfura e gera lesão aprofundada 
❖ Instrumento cortante: apresenta uma ou mais 
superfície cortante e age por deslizamento 
Pensando tais ações com uma TESOURA: 
❖ Se “bater” a tesoura – ela é um instrumento com 
massa e deslocamento e pode ser usada, dessa 
forma, como instrumento contundente podendo gerar 
todos as variações de feridas a este ligadas 
(rubefação, equimose, bossa sanguinolenta, etc) 
❖ Se usar a ponta da tesoura para perfurar – estará 
agindo por percussão numa ponta, afastando 
tecidos e produzindo lesão profunda como um 
instrumento perfurante. 
❖ Se abrir a tesoura, ela apresenta superfície de 
corte – se agir por deslizamento, atritando a 
superfície de corte sobre a superfície a agredir, irá 
ter uma lesão cortante (podendo ter todas as 
características de ser mais profunda em seu início 
e término mais superficial com cauda de 
escoriação) 
Misturando essas lesões hás as feridas mistas. 
❖ Tesoura aberta com superfície de corte – se bater 
esta: há massa, velocidade e superfície de corte – 
gera ferida corto-contundente 
❖ Tesoura aberta com ponta fina ainda mais definida 
e superfície de corte – fazer percussão com 
mecanismo de perfuração + corte pela superfície de 
corte – pérfuro-cortante 
❖ Tesoura fechada com massa e ponta perfurante – 
colocando num mecanismo de disparo que gere 
velocidade → massa + velocidade + ponta de 
perfuração para agir no tecido – ao mesmo tempo 
que perfura, contunde → perfuro-contusa. 
Feridas mistas 
Apresentam aspectos relacionados a dois mecanismos de 
ação associados. 
❖ Contudir e cortar – ao mesmo tempo que corta, usa 
massa e velocidade para contundir 
❖ Cortar e perfurar – instrumento apresenta ponta e 
superfície de corte, mas é usado por percussão 
❖ Perfurar e contundir - tem ponta, massa e 
velocidade ex.: projetil de arma de fogo 
Lesões mistas 
Instrumento Lesão Atuação 
Perfurocortante 
Punhal, canivete 
Pérfuro-incisa Perfurante e 
cortante 
Cortocontundente 
Machado, foice 
Cortocontusa Cortante e 
contundente 
Perfurocontundente 
Projetil 
Perfurocontusa Perfurante e 
contudente 
Ao lado há a imagem de uma 
guilhotina: instrumento que 
apresenta superfície de corte, 
massa e velocidade → 
cortocontundente. Quanto maior 
sua massa e a altura, pior a 
lesão – aumenta a velocidade, 
deslocamento.... Fazia nesse caso 
uma lesão de degolamento. 
 
Parte 3 
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Thaynara Cabreira - 003 
Foice – criada para cortar 
mato mais resistente – ela 
apresenta superfície cortante 
e ainda massa e velocidade. 
Gera lesão cortocontundente 
Machado – apresenta 
massa, é usado com 
deslocamento e 
velocidade e há 
superfície de corte – 
ação cortocontundente. 
 
Ao falar em corto-contundente, sabe-se que, além do corte, 
pode ter associado qualquer tipo de ferimento gerado por 
lesões contusas (de rubefação a bossa serosanguinolentas) 
– características da lesão cortante + características da 
lesão contundente. 
 
Nota-se acima uma lesão corto-contundente. Lesão com as 
bordas mais regulares do que uma lesão puramente 
contusa, profundidade variada (mais regular que a 
contundente), mais sangrante e tende a ser profunda pela 
associação de dois mecanismos. 
 
 
 
 
Qual tipo de ferida o dente causa? Depende – do dente e de 
suas características! 
❖ Incisivo – dois centrais superiores e inferiores e 
dois laterais superiores e inferiores → apresentam 
superfície de corte e massa (peso do dente) e 
velocidade (“mordida”) → são, logo, 
cortocontundentes 
❖ Canino – são mais laterais que os incisivos laterais, 
não apresenta superfície de corte e sim uma ponta 
para fixação e para rasgar superfície – apresenta 
ponta, massa e velocidade → é, então, 
perfurocontundente 
❖ Molar – são mais “quadrados” – superfície plana 
– massa e velocidade → gera movimento de 
contusão e trituração espelhada com outro molar 
Dentro da boca há, logo, instrumento contundente 
propriamente dito, perfurocontundente e cortocontundente. 
 
Nota-se acima uma mordida – pela antropologia pode 
ajudar a identificar até o agressor. As marcas se 
distinguem pela diferença de mecanismos associadas aos 
diferentes dentes. Há ainda equimose gerada pelo efeito da 
contusão 
 
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Thaynara Cabreira - 003 
Forma lesão mais regular que a contundente por si só, mais 
sangrante, mais profunda (percurtir tende a ser mais 
profundo que largo / deslizar é mais largo que profundo). 
Geralmente há uma borda bem cortante e uma borda mais 
romba. Pode ter a ferida em casa de botão e ainda sofrer 
ação da Lei de Filhós e Langer pela ação das fibras 
musculares superficiais. E por ter massa e velocidade, pode 
ter ainda leque de lesões associadas a contusão 
Age por pressão do gume cortante e do peso contundente 
sobre os tecidos. 
 
 
 
Na lesão acima nota-se que pode ter características de 
bordas e fundo irregulares, em forma de botoeira 
associadas a equimoses, escoriações, fraturas, etc. 
Slide: 
Surge pela compressão de borda cortante sobre o tecido, 
apresentando sinais de esmagamento e corte das estruturas 
lesadas (combina características de ambas ações). Fundo 
geralmente é irregular e tem muito sangue. 
Lesão cortocontusa – provocada por instrumentos que, 
mesmo com gumes, tem a principal ação pela contusão, pela 
pressão devido ao próprio peso. 
Sua gravidade depende do ângulo de incidência da superfície 
atingida e pela força de impacto. São lesões sempre 
profundas, com bordas e formas irregulares, com 
destruição de tecidos e até mesmo fraturas. 
Gravidade da lesão é diretamente proporcional à 
velocidade e indiretamente proporcional à superfície de 
contato. 
Ex.: foice, facção, machado, enxada, rodas de trem, etc. 
Tal qual o nome diz há afastamento pela ponta, percussão e 
corta pela presença de um ou mais gumes. Na lesão, 
geralmente nota-se ângulo agudo e ângulo obtuso, mais 
arredondado – este marca o lado que não corta enquando o 
agudo demonstra o lado e ângulo da superfície de corte. Por 
ter percussão, é mais profunda do que larga geralmente. 
Não há nesse caso cauda de escoriação visto que esta está 
relacionada ao deslizamento, que não há nesse caso – 
instrumento entra e sai, não tangencia tecido e pele de 
maneira angulada. Há lado mais sangrante e lado com menos 
sangramento. 
 
 
Nota-se acima que na vista superior pode lembrar ferida 
cortante – no entanto, não há a cauda de escoriação. A forma 
de botoeira pode ser semelhante em distintas ações – o que 
faz diagnóstico diferencial é o corte e análise das bordas, 
do tecido mais profundo, etc. 
Surge pela compressão de uma borda cortante de uma 
ponta afinada sobre o tecido. Geralmente há sinais de 
perfuração e corte de estruturas lesadas. O fundo é 
regular com uma parede romba e outra fina com muito 
sangue. 
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Thaynara Cabreira - 003 
O número de gumes é igual ao número de ângulos agudos 
(quantos são os lados cortantes) – pode mudar o aspecto 
do fundo conforme demosntrado abaixo: 
 
Lesões perfuro-incisas são provocadas por instrumentos 
de ponta e gume que atuam pela perfuração e cortam pelas 
suas bordas afiadas os planos atingidos. 
Agem por pressão e secção, mas não tem associação com 
conceito de deslizamento 
Há gravidade variável conforme o agente e o planos 
atingidos 
De maneira geral as características notadas são 
❖ Lesão em botoeira – casa de botão 
❖ Lesões biconvexas - punhal 
❖ Na forma do agente 
 
Nota-se acima presença de dois ângulos agudospor ter 
duas superfícies de corte – ocorreu pelo punhal. Há forma 
de casa de botoeira- pelo corte transversal observa o plano 
profundo e diferencia o tipo de lesão. 
 
Nota-se acima que há apenas um ângulo agudo – uma 
superfície de corte só, outro ângulo é mais obtuso. Pode 
estar relacionado a lesão por faca. 
 
Qual seria o instrumento em cada ponto? Para diagnóstico 
diferencial essencial observar superfícies profundas e não 
só vista superior. Região do mamilo, por exemplo, pela lei de 
Ilhos e Langer pode sofrer tensão das fibras musculares e 
modificar característica da lesão. 
 
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Thaynara Cabreira - 003 
 
Refere-se a feridas realizadas por projetil de arma de fogo, 
por exemplo – apresenta superfície perfurante, massa e é 
dotado de velocidade secundária à combustão da pólvora. 
Surge pela compressão de uma ponta afinada e do 
peso/massa do instrumento sobre o tecido. 
O trajeto apresenta paredes contusas e perfuradas. 
Se for transfixante apresentará orifício de entrada e saída. 
Contudo, pode ser também apenas penetrante – ter apenas 
orifício de entrada. Depende de n fatores como distância do 
tiro, tecidos a transpassar, pólvora nova ou velha (fica no 
estojo do projetil). 
 
O projétil é o mais típico agente perfurocontundente. É 
composto de chumbo e revestido ou não por outros metais e 
possuem formas variáveis (cilíndricas ou ogivais). 
As munições podem ter carga simples ou única (revolver) ou 
múltiplas (cartucheiras ). 
Obs.: sempre descrever a forma do projetil, tipo de projetil 
local de encontro, tipo de lesão e anexar o projetil ao laudo. 
O projétil pode ser usado pelo perito criminal no exame de 
balística. A arma de fogo pode ser raiada (gera movimento 
circulatório que aumenta precisão do tiro) ou não raiada → 
quando o projétil passa pelo cano da arma se suja de restos 
de disparos anteriores - estuda-se as marcas do projétil, 
dispara novamente com arma suspeita e analisa se marcas 
coincidem (exame comparativo de marcas e entalhes). Pode 
analisar ainda quimicamente os resíduos. Tudo para 
identificar a arma do crime. 
No estudo da lesão, há alguns critérios e elas são 
consideradas: 
❖ Pela distância de disparo do alvo 
❖ Pelas características de seus orifícios (diferem) 
o De entada 
o De saída 
❖ Pela sua trajetória (ou trajetos) – caminho. 
Obs.: nem sempre projetil sai e pode ter ainda tiro tangencial, 
de “raspão” – sem orifício de entrada. 
Obs.: Deve ter cuidado na delimitação do tajeto. Sempre que 
consegue ligar um orifício de entrada a um de saída, é menos 
uma bala para buscar no corpo. Observar sempre se o 
trajeto segue ângulo do orifício de entrada no estudo correto 
do trajeto. 
Ex.: entrada perpendicular – lesão concêntrica no orifício de 
entrada. Pode ter n lesões associadas a contusão. Se entrar 
angulado, na dinâmica de entrada pode encostar mais na 
pele e deixa essa marca – orla de escoriação. Sempre 
observar cuidadosamente para não alterar trajeto. Neste 
pode ter ainda equimose causada a medida que o trajetil 
percorre este se vivo. 
As lesões perfurocontusas causam perfuração e ruptura 
dos tecidos. 
Os ferimentos geralmente 
apresentam: 
❖ Borgas irregulares 
❖ Predomínio da 
profundidade 
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Thaynara Cabreira - 003 
❖ Caráter penetrante ou transfixante 
Ao atingir o corpo, o projétil provoca: 
❖ Rompimento na pele, formando um orifício em forma 
tubular no qual enxuga seus detritos – Orla de 
Enxugo (ele vem sujo do disparo) 
❖ Arrancamento de epiderme – orla de contusão 
(pode ser chamada ainda orla de escoriação) 
Ao se formar o túnel de entrada: 
❖ Pequenos vasos se rompem formando equimoses em 
torno do ferimento - Orla Equimótica (pela 
pancada) 
Obs.: no orifício de saída, caso exista, não há orla de 
enxugo, de escoriação ou contusão. Outras diferenciações é 
que o orifício de entrada apresenta borda invertida e o de 
saída evertida pela própria dinâmica da ação. 
Obs.: orla de enxugo do primeiro tiro pode ser mais suja que 
dos últimos – vai limpando o cano da arma 
Obs: orla equimótica só há em quem está vivo – reação vital. 
O primeiro tiro geralmente tem essa mais intensa e vai 
perdendo intensidade até se tornar inexistente nos 
subsequentes. Pode ajudar a determinar qual foi primeiro 
tiro, etc. 
As orlas sempre estão nas lesões de entrada de projétil 
arma de fogo. 
Há ainda outras coisas que podem ou não estar presentes – 
determinado pela distância. Se chegar mais coisa junto ao 
projetil, novas zonas. 
Pode-se notar ainda nos orifícios de entrada: 
❖ Zona de tatuagem: resultante da impregnação de 
partículas de pólvora incombusta que alcançam o 
corpo 
❖ Zona de esfumaçamento: é produzida pelo depósito 
de fuligem da pólvora ao redor do orifício de 
entrada 
❖ Zona de chamuscamento: tem como responsável a 
ação superaquecida dos gases que atingem e 
queimam o alvo 
Obs.: geralmente tais zonas vem com a aproximação do tiro 
do corpo 
 
1- Orla de enxugo – interno 
2- Orla equimótica 
3- Zona de esfumaçamento 
4- Zona de tatuagem, queimadura fica na mesma 
posição - mais externas e dependem da mesma 
distância . 
As orlas de enxugo e equimótica estão SEMPRE presentes. 
As zonas de esfumaçamento e tatuagem DEPENDEM da 
distância e de anteparos – mais se for próximo 
Obs.: a zona de esfumaçamento pode sair com água, 
lavagem. Pode confundir com equimose – esta não sai com 
lavagem. 
Orla de contusão e exnxugo – Anel de Fish 
Determinam a direção do disparo 
As orlas de contusão e enxugo mudam de formado conforme 
o ângulo. Quando entra mais concêntrico geralmente sem 
grande desenho, quando mais angulado pode demonstrar a 
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Thaynara Cabreira - 003 
lesão inicial de escarificação e entrada – ajuda a ver 
direção do disparo. 
 
 
Nota-se acima que projétil entrou angulado arrancando a 
pele, a orla de enxugo (pontos pretos) também estão bem 
demarcados na mesma angulação. Não concentrico 
 
Mostra também que primeiro teve contato angulado 
tangencial e não perpendicular com lesão inicial – dá 
direção. 
Formato do orifício de entrada 
Podem ser: 
❖ Circulares – entram a 90º 
❖ Ovais ou arredondados, elíptico – ângulo diverso 
do de 90º 
❖ Tangencial – conforme ângulo de incidência 
Tiro a longa distância 
Nota-se que chega apenas o projétil. Se enxuga por dentro, 
arranca pele com orla de escoriação e há equimose – muita 
hemorragia ao longo do trajeto. 
Nota-se que a ferida de saída geralmente é maior que 
projétil por sair evertendo as bordas. A ferida de entrada, 
entretanto, parece ser menor do que o projétil porque as 
bordas são invertidas. 
No tiro a longa distância, só chega o projétil. Os gases, 
restos de nitrito e nitrato, fumaça, nada chega no tecido – 
não há as zonas. 
 
O projétil de arma de fogo é pontiagudo, sem face cortante 
e age por pressão da ponta e contusão pela massa e 
velocidade. 
Orifício de entrada 
❖ Forma arredondada 
❖ Diâmetro menor que o do projétil 
❖ Com orla de escoriação 
❖ Com orla equimótica 
 
Nota-se pele limpa sem tatuagem, queimadura ou 
esfumaçamento, concêntrico. 
Obs.: distância – curta e longa varia conforme a arma 
utilizada. 
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Thaynara Cabreira - 003 
Tiro a curta distância 
Chega ao corpo o projétil e, além disso, os gases 
superaquecidos formando a zona de queimadura. Tatuagem 
geralmente tem mesma dimensão – nitrtiro e nitrato na derme, 
não sai com água. E ainda zona de esfumaçamento pela 
fumaça. Ademais, pelo projétil tem as orlas tal qual descrito 
anteriormente 
 
Nota-se: 
❖ Cone de dispersão do tiro 
❖ Forma arredondada ou circular 
❖ Orla de escoriação ou contusão 
❖ Orla equimótica 
❖ Orla de Enxugo 
❖ Zona de Tatuagem 
❖ Zona de esfumaçamento -é removível com lavagem 
❖ Zona de queimadura ou chamuscamento 
 
Acima nota-se que o orifício de entrada não é tão limpo e 
facilmente identificável – há área de tatuagem, queimadura, 
etc.É essencial avaliar e examinar a roupa da vítima/cadáver. 
AS vezes a zona está na roupa e não no cadáver – 
analisando só este o tiro pode se assemelhar a longa 
distância. Dependendo da textura da roupa, se mais grossa, 
até a tatuagem fica nesta. Sempre olhar a roupa, descrever 
os orifícios de entrada nela encontrado para só então 
analisar o cadáver. 
 
Nota-se acima o esfumaçamento bem característico e um 
orifício concêntrico. Pouco sinal do chamuscamento e da 
tatuagem. 
 
Tiro acima foi tangencial, tem esfumaçamento e até 
chamuscamento – mais escuro e queimado em volta. 
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Thaynara Cabreira - 003 
 
Não sai com lavagem. Deveria ter esfumaçamento – saiu 
provavelmente ao raspar o cabelo para avaliar a zona de 
couro cabeludo e ao lavar. Não se notaria nesse caso na 
pele o chamuscamento porque provavelmente o queimado foi 
o cabelo que foi raspado para análise da pele. 
Tiro encostado, “à queima roupa” 
Nota-se o projetil com a escoriação, contusão, equimose e 
enxugo. Os gases superaquecidos, o nitrito e nitrato da 
tatuagem e a fumaça entram no corpo humano. 
A ferida é muito clássica e óbvia se houver superfície óssea 
logo abaixo da região do tiro – ex clássico é região de 
cabeça com crânio. A superfície óssea gera efeito 
interessante – os gases, fumaças, nitrito e nitrato encontram 
o osso, batem e volta – o cone junto do projetil volta e este 
prossegue → gera ferida de entrada imensa por esse 
retorno – desenho de explosão – chamado de “boca de minas” 
pelos livros. Este aspecto é clássico do crânio – pouco tecido 
entre osso e pele. 
 
Nota-se ferida irregular, imensa, osso e fratura ou fundo 
que pode se exteriorizar e toda a deformidade gerada pelo 
cone de disparo que encontrou anteparo ósseo. 
 
Nota-se acima que osso está queimado. Por dentro das 
bordas encontra a tatuagem. Enxugo sempre presente. Difícil 
disntiguir o ângulo da boca de mina. A referência pode ser 
notada pelo osso – se entrar concêntrico fratura 
normalmente como acima 
Se tiver angulação – faz um tipo de desgaste na tábua interna 
e outro tipo na externa. 
 
 
Acima não há boca de mina, foi tiro encostado – nota-se que 
queimou, marcou desenho da arma. Sem a boca de mina, 
tudo do cone é encontrado internamente. 
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Thaynara Cabreira - 003 
O sinal de Funil de Bonnet define a entrada e saída de 
projéteis em crânio. 
 
Na primeira imagem nota que entrou tangencialmente e fez 
essa fratura na tábua extena. Na tábua interna (virou para 
olhar) há outro desenho – altera o ângulo. 
 
 
Se entrar e sair são 4 fraturas relacionadas – 2 na entrada 
(tabua interna e interna) e 2 na saída. 
 
Orifício de saída 
❖ De forma irregular ou dilacerado 
❖ Maior que o orifíco de entrada 
❖ Maior sangramento – canaliza todo sangramento 
do trajeto 
❖ Ausência de orlas, zonas e halos 
❖ Bordas evertidas 
 
 
Nota-se acima orifício de saída em região de crânio - bisel 
mais fechado dentro e maior fora. 
 
Orifício de saída pode ser estrelado. Nesse caso teve 
traumatismo de base de crânio – notado pelo olho de 
Guaxinim – equimose na região orbitária. 
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Thaynara Cabreira - 003 
 
Obs.: tiro de ricochete é menos penetrante porque perde um 
pouco da força. 
Trajeto/Trajetória 
Trajeto é o caminho percorrido pelo projétil dentro do corpo 
da vítima. 
Pode ser: 
❖ Transfixante – há entrada e saída 
❖ Não transfixante – projétil retido 
Trajetória é o caminho percorrido pelo projétil fora do corpo 
– da arma até a superfície atingida. 
Pode ser: 
❖ Trajeto simples -resultante de projétil único 
❖ Trajeto múltiplo – resultante de projéteis múltiplos 
Obs.: radioscopia – usada para tenta encontrar projéteis, 
auxilia ver trajeto etc 
Obs.: é importante definir isso na causa da morte por exemplo 
– explicar se entrou e saiu, qual a causa da morte. Se entrou 
e saiu, não viu o projétil então não pode falar do instrumento 
e apenas da ação. Se não transfixante – fala da ferida 
penetrante e responde ainda que há projétil – pode falar 
deste. 
O trajeto pode ser ainda: 
❖ Tangencial 
 
Encostou na pele e não entrou. Nota-se que tem tempo 
pela cicatrização e epitelização já presente. Pode notar 
isso, por exemplo, em extremidades nas lesões de 
defesa 
❖ Tuneiforme 
 
Túnel – nota entrada e saída. 
 
Pode ocorrer por exemplo na 12 – 1 cartucho com vários 
balins – orifício de entrada grande formado pelos 9 balins

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