Grátis
12 pág.

OSTEOGENESE IMPERFEITA - TRABALHO COMPLETO FAVOR TIRAR MEU NOME E MATRICULA
UNIVERSO
Denunciar
Pré-visualização | Página 1 de 3
UNIVERSIDADE SALGADO DE OLIVEIRA PRÓ-REITORIA ACADÊMICA CURSO DE FISIOTERAPIA FISIOTERAPIA PEDIÁTRICA II MARIA AÇUSSENA CARVALHO MARTINS 600774575 PROF: EDUARDO AMORIM SÃO GONÇALO 2020 DOENÇA DE EKMAN- OSTEOGÊNESE IMPERFEITA Trabalho apresentado ao Curso de Graduação em Fisioterapia, da Universidade Salgado de Oliveira – UNIVERSO - campus São Gonçalo, para obtenção da nota do VT. Professor : EDUARDO AMORIM São Gonçalo 2020 DOENÇA DE EKMAN- OSTEOGÊNESE IMPERFEITA Conforme dados estimados pela Associação Brasileira de Osteogênese Imperfecta (Aboi), existem cerca de 12 mil pessoas convivendo com osteogênese imperfeita (OI) no Brasil. A OI é uma doença genética e hereditária que ocorre por uma deficiência na produção de colágeno, proteína que dá sustentação às células dos ossos, tendões e da pele, causando fragilidade óssea ao portador. Osteogênese imperfeita (doença de Lobstein ou doença de Ekman-Lostein), também conhecida pelas expressões “ossos de vidro” ou “ossos de cristal”, é uma condição rara do tecido conjuntivo, de caráter genético e hereditário, que afeta aproximadamente uma em cada 20 mil pessoas e tem como principal característica a fragilidade dos ossos que quebram com enorme facilidade. A OI pode ser congênita e afetar o feto que sofre fraturas ainda no útero materno e apresenta deformidades graves ao nascer. Ou, então, as fraturas patológicas e recorrentes, muitas vezes espontâneas, ocorrem depois do nascimento, o que é característico da osteogênese imperfeita tardia. A definição clássica de osteogênese imperfeita (OI) é ser doença caracterizada por fragilidade óssea causada por defeito qualitativo ou quantitativo do colágeno tipo 1, sintetizado por osteoblastos. O colágeno é um importante componente estrutural dos ossos, por isso, a sua falta ou deficiência os tornam anormalmente quebradiços, ou seja, as pessoas com OI têm fraturas por traumas simples, que não seriam suficientes para provocá-las em outras pessoas: uma pequena queda ou pancada, um esbarrão em algum obstáculo e até mesmo, nos casos mais graves da doença, um movimento do corpo mais brusco. Nesse sentido, é importante que a equipe de saúde envolvida no atendimento a esse paciente seja capacitada, principalmente na assistência à criança. O QUE CAUSA A OI Por ser uma alteração genética, a osteogênese imperfeita pode passar de pais para filhos, mas também pode surgir sem que existam outros casos na família, devido a mutações durante a gestação, por exemplo. A causa da doença é uma deficiência na produção de colágeno do tipo 1, o principal constituinte dos ossos, ou de proteínas que participam do seu processamento. O resultado é o surgimento de quadros de osteoporose bastante graves, já que o colagênio do tipo 1 é a principal proteína utilizada para criar ossos fortes. A falta de colágeno afeta não só os ossos, mas também a pele e os vasos sanguíneos. Análises de DNA mostram que alguns pacientes não apresentam mutações nos genes responsáveis pela produção de colágeno, embora sejam portadores da doença. SINTOMAS A osteogênese imperfeita pode variar de leve a grave. A maioria das pessoas com osteogênese imperfeita apresenta ossos frágeis e entre 50% e 65% sofrem perda da audição. A osteogênese imperfeita faz com que o branco dos olhos (esclera) de algumas pessoas tenha uma coloração azulada. Essa coloração azulada aparece porque as veias sob a esclera anormalmente fina podem ser vistas através dela. As escleras são mais finas que o normal porque o colágeno não se formou corretamente. A criança pode ter dentes manchados e mal desenvolvidos (denominada dentinogênese imperfeita), dependendo do tipo de osteogênese imperfeita. Por vezes, as crianças com osteogênese imperfeita desenvolvem doenças cardíacas ou pulmonares. DIAGNÓSTICO O diagnóstico de OI deve ser considerado em qualquer criança com fraturas de repetição aos mínimos traumas. História familiar, exame clínico e achados radiológicos são importantes para a confirmação diagnóstica. Outras doenças com fragilidades ósseas, hereditárias ou não, devem ser consideradas no diagnóstico diferencial da OI, especialmente osteoporose idiopática juvenil. O diagnóstico de osteogênese imperfeita considera o exame clínico, a recorrência das fraturas e o resultado dos seguintes exames: raios X, exame de sangue, observação de deformações nos ossos, ultrassonografia e densitometria do esqueleto. Podem ser necessários, ainda, exames complementares, como os marcadores do metabolismo ósseo e do colágeno e a análise do DNA. Muitas vezes, o diagnóstico demora a ser feito, porque a doença não é tão conhecida. . CLASSIFICAÇÃO Existem 4 tipos de osteogênese imperfeita e as manifestações clínicas da OI variam muito de grau e intensidade: Tipo I: é o mais comum e a mais leve forma da doença, provocando pouca ou nenhuma deformação dos ossos. No entanto, os ossos são frágeis e podem fraturar com facilidade e se manifesta mais tarde aos 20, 30 anos, com perda leve da resistência óssea; Tipo II: é o tipo mais grave da doença que faz com que o feto apresente fraturas dentro do útero da mãe, levando ao aborto na maioria dos casos, ou morte logo depois do nascimento; Tipo III: surgem deformidades graves como consequência das fraturas espontâneas e do encurvamento dos ossos; dificilmente, o paciente consegue andar. As pessoas com este tipo, normalmente, não crescem o suficiente, apresentam deformações na coluna e o branco dos olhos pode apresentar cor azulada; Tipo IV: é o tipo moderado da doença, no qual surgem deformações leves nos ossos, mas não surge mudança de cor da parte branca dos olhos. Tem deformidades moderadas na coluna, curvatura nos ossos longos, especialmente nos das pernas, baixa estatura. Dentre as manifestações da patologia, estão as escleras azuladas, frouxidão dos ligamentos deixando as articulações mais frouxas e instáveis, a fragilidade dos vasos sanguíneos, dificultando bastante o acesso venoso para a infusão do medicamento, deficiência auditiva em alguns casos, dentinogênese imperfeita (doença genética do desenvolvimento dentário) e baixa estatura, por exemplo. O fundamental é identificar se a doença está na forma branda, intermediária ou grave da doença, pois a conduta e manuseio serão diferentes nas diversas formas, variando de muito cuidado na forma mais grave e na intermediária, e mais próximo ao normal, na forma branda da doença. TRATAMENTO A osteogênese imperfeita não tem cura, mas existem alguns tratamentos envolvendo equipe multidisciplinar com atendimento clínico, cirúrgico e de reabilitação fisioterápica que ajudam a melhorar a qualidade de vida do paciente, reduzindo o número de fraturas ao longo da vida. Os tratamentos ortopédico e de fisioterapia são parte importante do cuidado destes pacientes. Os objetivos do tratamento para pacientes com