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AULA 10 ALIANÇA DO REINO_E_ALIANÇA DA REDENÇÃO

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ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL 
CLASSE JOVENS & ADULTOS 
MÓDULO 2 
 
 
 
 
 
 
 
Escola bíblica dominical 2020 
– CLASSE JOVENS & ADULTOS 
2 
 
AULA 10 – DAVI: ALIANÇA DO REINO 
C R I S T O - A ALIANÇA DA CONSUMAÇÃO 
 
DAVI: A ALIANÇA DO REINO – Na aliança davídica os propósitos de Deus de redimir um 
povo para si mesmo atingem seu estágio culminante de realização, no que diz respeito ao VT. Nela Deus 
estabelece a maneira pela qual governará seu povo. Seu trono agora se encontra no Monte Sião, em 
Jerusalém. Deus governa através de Davi. 
 
1. COMENTÁRIOS INTRODUTÓRIOS BASEADOS EM II SAMUEL 7 
 
a) A OCASIÃO HISTÓRICA – Davi já havia tomado Jerusalém dos jebuseus (II Sm 5); trouxe a arca 
de Deus para Jerusalém (II Sm 6). Relacionou, portanto, o seu próprio governo de Israel com o trono de 
Deus; Deus já havia dado a Davi “descanso” de todos os seus inimigos (II Sm 7:1). Tais fatos mostram 
a interconexão entre o trono de Davi e o trono de Deus, entre o filho de Davi e o Filho de Deus. 
b) A ESSÊNCIA DO CONCEITO DE ALIANÇA – No coração da aliança davídica está o princípio 
Emanuel, pois Deus andava com o seu povo (I Cr 17:5). Enquanto o povo da aliança vivia errante, 
viajando de uma habitação temporária para outra, o Deus da aliança se identificava com ele, viajando 
com ele também. 
c) INTERCONEXÃO ENTRE DINASTIA E LUGAR DE HABITAÇÃO – Davi se propõe a construir 
o templo. Deus lhe responde: “Edificar-me-ás tu casa para a minha habitação?” (v.5) Um ser mortal 
pode determinar o lugar de habitação do Todo-Poderoso? 
 
Deus inverte o modelo de pensamento de Davi, dizendo: “... também o Senhor te faz saber que ele 
mesmo te edificará casa.” (v.11). Obviamente, a casa que o Senhor construirá para Davi não será um 
palácio real, pois Davi já morava em uma casa de cedro (v.2). Davi entende, então, que a referência de 
Deus à “casa” era relativa à sua posteridade: “também falaste a respeito da casa de teu servo para tempos 
distantes.” (v. 19). 
 
Davi não construirá a “casa” de Deus, mas Deus construirá a “casa” de Davi. A inversão de frases 
intercambia “lugar de habitação” com “dinastia”. Em ambos os casos, a perpetuidade é o ponto de 
ênfase. Davi deseja estabelecer para Deus um lugar de habitação em Israel. Deus declara que 
 
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estabelecerá a dinastia perpétua de Davi. Primeiro, o Senhor soberanamente estabelece a dinastia de 
Davi, e então a dinastia de Davi estabelecerá o lugar de habitação do Senhor (v.13). Assim, Deus manterá 
seu lugar de habitação permanente como rei em Israel através do reinado da linhagem de Davi. 
d) FILHO DE DAVI / FILHO DE DEUS – Este capítulo também declara a íntima conexão entre o filho 
de Davi e o Filho de Deus. Deus afirma que os descendentes de Davi se assentarão para sempre no trono 
de Israel. Ao mesmo tempo, o rei davídico de Israel manterá relação especial com Deus. Deus será seu 
pai, e ele será Filho de Deus (v.14). 
 
Jesus Cristo é o cumprimento final destas duas filiações. Como filho de Davi, ele é também Filho de 
Deus (Rm 1:3,4; II Sm 7:14). Ele é o “Messias divino”. Isaías fala de um filho nascido para assentar-se 
no trono de Davi, que se chamará “Deus forte” (Is 9:6). O salmista também refere-se claramente ao rei 
de Israel: “O teu trono, ó Deus, é para todo o sempre.” (Sl 45:7). 
 
2. QUESTÕES ESPECÍFICAS RELATIVAS À ALIANÇA DAVÍDICA 
 
a) O REI COMO MEDIADOR DA ALIANÇA – Ser rei em Israel é estar em relação de aliança com 
YAHWEH. É também ser o mediador da aliança perante o povo (II Sm 5:3; II RS 23:1-3; Jr 34:8). Como 
mediador da aliança, o rei não somente representa Deus em sua autoridade como Senhor da aliança com 
o povo. Ele representa o povo de Deus. 
 
O mediador da aliança, por ser Filho de Deus, compartilha o trono com Deus, seu Pai. Como filho, 
possui os privilégios de acesso perpétuo ao pai: Hb 1.2, mostra que Jesus, sendo Filho, é rei e herdeiro. 
E porque é Filho, é também sacerdote e mediador (Hb 5: 5,6). 
 
b) PROMESSAS CRUCIAIS NA ALIANÇA DAVÍDICA – Os propósitos de Deus em redimir um 
povo para si mesmo centralizam-se nestes dois pontos: a linhagem de Davi e o trono de Jerusalém. 
 
Deus havia prometido a preservação perpétua da casa de Davi, mas também dera a certeza de que “se 
vier a transgredir, castigá-lo-ei com varas de homens e com açoites de filhos de homens.” (II Sm 7:14). 
Salomão, o primeiro filho de Davi a assentar-se em seu trono, pecou. Deus declarou que lhe tiraria o 
reino e o daria a seu servo (1RS 11:11). Entretanto, Deus não esquece seu compromisso sob a aliança 
 
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davídica: “Todavia não tirarei o reino todo; darei uma tribo a teu filho, por amor a Davi, meu servo, e 
por amor de Jerusalém, que escolhi.” (1Rs 11:36). 
 
Só com o reino extremamente ímpio de Manasses, mais de 400 anos após o início da dinastia davídica 
(aproximadamente no ano 1.000 a.C) é que Deus rejeita a dinastia davídica juntamente com a cidade de 
Jerusalém. Tudo isso por causa dos terríveis pecados de Manassés (2Rs 21:4,7). 
 
Antes deste momento de devastação, a linhagem de Davi com a capital em Jerusalém havia persistido 
por mais de 400 anos! Comparado aos países vizinhos da Mesopotâmia e ao Egito, cujas dinastias 
tiveram a duração média de 100 anos, este fato é espantoso. Mesmo Israel, o reino do norte, teve apenas 
duas dinastias de certa importância, que duraram apenas 100 anos. Realmente Deus estava manifestando 
sua fidelidade única para com Davi. 
 
c) A ALIANÇA DAVÍDICA: CONDICIONAL OU INCONDICIONAL? São as suas promessas 
dependentes de certas respostas da parte de Davi e dos seus descendentes? Ou esta aliança garante o 
cumprimento de suas promessas incondicionalmente? 
 
c.1) VÁRIAS PERSPECTIVAS SOBRE A QUESTÃO - 1ª) A aliança davídica representa uma 
lembrança da antiga aliança feita com Abraão. Mesmo tendo vindo quase 1.000 anos depois da aliança 
abraâmica, “houve uma conexão material entre a tradição de Abraão e o surgimento de Davi”, afirma 
R.E. Clements. Para ele, esta aliança é incondicional. 
 
2ª) Outros eruditos, discordando de Clements, ligam as promessas a Davi com as estipulações da aliança 
mosaica. Para eles, esta aliança é condicional. 
 
c.2) SOLUÇÃO PARA A QUESTÃO PROPOSTA - Mesmo existindo alguns fatores de 
condicionalidade na aliança davídica, como veremos mais adiante, existe também a certeza 
absolutamente incondicional de que seu alvo final será realizado plenamente! A aliança que Deus 
estabeleceu com Davi ajustava-se integralmente ao propósito de Deus redimir um povo para si mesmo. 
Esse fato, por si só, assegura o cumprimento final das promessas feitas a Davi. O Senhor dessa aliança 
não será absolutamente impedido de tirar pecadores do reino das trevas para introduzi-los em seu 
 
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gracioso domínio. Jamais serão frustrados os propósitos do Deus soberano de estabelecer uma linhagem 
real messiânica através de Davi. 
 
A primeira e segunda perspectiva já apresentadas, que relacionam ora a aliança abraâmica, ora a aliança 
mosaica com a aliança davídica, erram quanto à condicionalidade da aliança davídica, pois todas as 
manifestações da aliança da redenção na Escritura contêm este aspecto de certeza de realização. 
 
Deus mesmo assume a responsabilidade total do cumprimento da aliança de Abraão. Só a teofania 
(manifestação visível de Deus) passa entre os pedaços (Gn. 15). E é igualmente inconcebível que, sob 
as ordenanças da aliança mosaica, Deus não houvesse introduzido seu povo na terra de Canaã, falhando 
assim no cumprimento de seu propósito. Mesmo no momento de maior apostasia, permanece a certeza 
de que Deus irá realizar seu propósito. Pois mesmo se Ele tivesse aniquilado todo o povo de Israel, 
poderia ainda formar outra nação – do israelita Moisés (Ex 32:10). A desobediênciaàs estipulações 
mosaicas traz certamente punição, mas não trará aniquilamento. 
 
Porém, ainda com respeito à condicionalidade da aliança davídica, podemos perguntar: O que acontece 
com o participante individual das bênçãos da aliança? Sob Abraão, o macho incircunciso devia ser 
eliminado. Sob Moisés, o desobediente não entraria no descanso de Deus. Sob Davi, o rei pecador devia 
ser açoitado com varas de homens. Em todos esses casos, a participação plena nas bênçãos da aliança 
tinha uma condição. Somente quando era satisfeita esta condição é que a bênção seria assegurada. 
 
Assim, vemos que cada uma das alianças de Deus tinha um aspecto condicional. O propósito de Deus 
de redimir um povo para si mesmo certamente assegura que essas condições serão atendidas. Mas esta 
certeza não pode livrar o indivíduo de suas obrigações diante das estipulações da aliança. 
 
Deve-se, ainda, fazer distinção entre o castigo de Deus aos seus filhos e a sua destruição dos réprobos. 
Sob a velha aliança, o castigo dos filhos de Deus muitas vezes foi misturado com a destruição dos 
réprobos. Sob as estipulações da aliança davídica, Israel experimentou tanto os castigos sob Salomão e 
seus sucessores quanto a devastação final do exílio, no qual Israel tornou-se “não meu povo”. 
 
Mesmo nos dias de hoje, a própria existência das experiências de castigo para o crente em Cristo revela 
o caráter temporário da situação presente. No entanto, a presença de ameaça de julgamento sob a 
 
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condição de desobediência não implica inerentemente colapso da certeza de que Deus finalmente será 
bem-sucedido em sua intenção pactuada de redimir um povo para si mesmo. 
 
Jesus Cristo, o último descendente real de Davi, finalmente cumpriu as obrigações da aliança davídica. 
E além de cumprir todas as estipulações da aliança davídica, Ele levou sobre si o castigo e a condenação 
merecidos pela descendência de Davi., por suas violações da aliança. 
 
c.3) O CUMPRIMENTO FINAL DA PROMESSA - Nesta aliança, Deus prometeu que a linhagem de 
Davi assentar-se-ia para sempre no trono de Israel. Todavia, os descendentes de Davi não conseguiram 
continuar ocupando o trono de Israel. 
 
Como entender isto? O fato é que a linhagem de Davi no VT apenas antecipava, na forma de 
sombra, a realidade do Redentor messiânico, que devia futuramente unir de forma definitiva o 
trono de Davi com o trono de Deus, dando-lhe assim um caráter eterno. Da mesma forma que o 
sacerdócio levítico antecipou o sacerdócio permanente de Jesus Cristo; da mesma forma que Moisés e 
os profetas anteciparam o profeta por excelência; assim também Davi e o seu trono anteciparam o reino 
benéfico do Messias vindouro. Vemos, portanto, que em todo “tipo” do VT havia uma inadequabilidade 
inerente que requeria cumprimento mais perfeito. 
 
Enquanto a linhagem real de Davi manifestava o senhorio de Deus, ela representava 
tipologicamente o próprio trono de Deus. Quando falhou entregando-se ao pecado, foi interrompida 
pelo próprio Deus. Deus era o verdadeiro Rei de Israel. Ao ser coroado, Salomão “assentou-se no 
TRONO DO SENHOR” (I Cr 29:22). O trono dos descendentes de Davi era, portanto, o trono do próprio 
Deus. 
 
Enquanto o reino dos descendentes de Davi se esfacela, os profetas afirmam enfaticamente que virá um 
ocupante maior do trono de Davi. Irá assentar-se para sempre no trono de Davi, seu pai. Reinará com 
justiça sobre toda a terra. Fundirá, literalmente, o trono de Deus com o seu, porque será EMANUEL, 
Deus Todo-poderoso, Deus mesmo (AM 9:11s; Os 1:11; 3:4s; Mq 4:1-3; 5:2; Is 7:14; 9:6; 11:1-10; Jr 
23:5,6; 33:15-26; Ez 34; 37:24). 
 
 
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2. O DESDOBRAMENTO HISTÓRICO DA ALIANÇA DAVÍDICA - I e II Rãs afirmam que Deus 
proferiu um juramento de aliança com Davi, comprometendo-se com o seu reino. Seu decreto permanece 
inviolável, pois Deus é fiel. 
 
a) PASSAGENS FUNDAMENTAIS - II SAMUEL 7 – o SOBERANO Senhor do céu e da terra 
proferiu sua palavra de aliança entre os reis de Israel (II Sm 7:2,12,13,16) 
I REIS 2:1-4 – Davi adverte Salomão a obedecer a Deus, mostrando-lhe que seus descendentes só 
gozariam as bênçãos da palavra da aliança de Deus com Davi se andassem fielmente perante o Senhor. 
I REIS 9 – Deus exorta Salomão a guardar seus “estatutos e ordenanças”. Esta passagem une as alianças 
mosaica e davídica. 
 
Tais passagens mostram que o futuro da monarquia em Israel depende das cláusulas da palavra de 
aliança com Davi. Se Salomão permanecer fiel, as palavras de Deus a Davi serão cumpridas nele. 
 
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Esta última aliança de Deus traz ao cumprimento final as promessas das alianças anteriores. E isto é 
feito por uma Pessoa singular, que cumpre todas as promessas messiânicas. O próprio Deus, na Pessoa 
do seu Filho Jesus Cristo cumpre o objetivo final da aliança: “Eu serei o vosso Deus e vós sereis o meu 
povo”. 
 
1. O CONTEXTO MAIS AMPLO DA PROFECIA DA ALIANÇA EM JR 31:31-34 
 
O contexto histórico em que Jeremias entregou esta profecia era o de um inevitável julgamento de Deus 
sobre o seu povo. A nação estava para sofrer a devastação da maldição da aliança por persistir no pecado 
impenitentemente. Seria expulsa da terra prometida e considera “não meu povo”. 
 
a) O RETORNO DO ISRAEL EXILADO A TERRA DA PROMESSA - Em Jr 30, verso 3, Deus 
declara que Ele os trará de volta a terra que Ele havia dado aos seus pais. Deus os trará de volta para que 
habitem seguramente na Palestina (Jr 32, v. 37; cg Jr 50, v. 5). 
 
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b) RESTAURAÇÃO PLENA DA BÊNÇÃO DE DEUS SOBRE A TERRA DA PROMESSA - A 
cidade de Jerusalém será reconstruída para o Senhor (Jr 31:38-40). Deus ressuscitará os ossos secos, 
trazendo nova vida ao povo de Israel (Ez 37:12,26). 
c)CUMPRIMENTO DIVINO DOS COMPROMISSOS PRÉVIOS DA ALIANÇA – Pela nova aliança, 
Deus cumprirá todas as promessas das alianças anteriores. A obediência à lei de Deus que não se 
materializou sob a aliança mosaica encontrará cumprimento consumado sob as estipulações da nova 
aliança (Jr 31:33). A posse da terra por Israel, prometida a Abraão, tornar-se-á realmente sólida e 
inabalável (Ez 37:24,25). 
d) RENOVAÇÃO INTERNA PELA OBRA DO ESPÍRITO SANTO DE DEUS – Na nova aliança Deus 
transforma aqueles que dela participam no íntimo dos seus corações (Jr 31:33; 32:40; 37:14; Ez 37:23). 
e) O PLENO PERDÃO DOS PECADOS – Deus purificará o seu povo das suas iniquidades, perdoando-
os totalmente (Jr 31:34; 33:8). 
f) A UNIÃO DE ISRAEL E JUDÁ - A nova aliança unirá os dois reinos de Israel e Judá (Jr 31:31; 
50:4). Um rei-pastor da linhagem de Davi governará a nação reunida (Ez 34:33). 
g) O CARÁTER PERPÉTUO DA NOVA ALIANÇA - Ela realiza tudo aquilo que Deus propôs na 
redenção. Por ela o propósito de Deus de redimir um povo para si mesmo encontra cumprimento 
consumado. É uma aliança final e perpétua. 
 
2. O CONTEXTO ESPECÍFICO DE JEREMIAS 31 - Em Jr 30:1-3 o profeta recebe a ordem para 
escrever as palavras que o Senhor lhe falou em um livro, porque o Senhor iria restaurar a sorte de Israel. 
Os capítulos 30 e 31 de Jeremias têm o mesmo tema e frase introdutória comum: “Porque eis que vêm 
dias, diz o Senhor” (Jr 30:3; 31:27, 31, 38). Eles são conhecidos como o “grande hino de libertação de 
Israel”. 
 
 
3. OBSERVAÇÕES EXEGÉTICAS - 
 
a) CONTINUIDADE VERSUS NOVIDADE NA NOVA ALIANÇA - O anúncio de Jeremias sobre 
uma nova aliança futura antecipa uma nova dimensão na obra redentiva de Deus. Também o profeta 
Ezequiel prevê o dia em que Deus porá um “novo espírito” dentro do seu povo (Ez 11:19; 36: 24-28). 
 
 
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Jeremias contrasta a nova aliança com a totalidade das alianças anteriores de Deus com Israel.Uma 
“nova” aliança substituirá todos os prévios tratamentos de Deus com base em aliança. Há, no 
entanto, um fator de continuidade com relação às alianças anteriores. Jeremias não condena a velha 
aliança. Condena Israel por quebrar a aliança (Jr 31:32; cg Jr 2: 5, 13, 20, 32). O homem é totalmente 
incapaz de observar a aliança de Deus. Assim, como parte integral da nova aliança, Deus escreverá 
sua “torá” nos corações do seu povo (Jr 31:33). A substância da lei da aliança proverá uma base de 
continuidade entre a velha e a nova aliança. Deus inscreverá essencialmente a mesma lei anteriormente 
dada nos próprios corações dos filhos de Israel. 
 
Enquanto a nova aliança estará em radical divergência com a velha com respeito à sua eficácia em 
cumprir seu objetivo, é idêntica a substância das duas alianças em termos de intenção redentiva: Deus 
sempre quer redimir o seu povo. O perdão dos pecados é um princípio fundamental da nova aliança, 
pois Deus perdoará seus pecados e não mais se lembrará dele; Israel não terá necessidade de mestre. 
Todos conhecerão o Senhor. 
 
Na velha aliança os sacrifícios pelos pecados tinham de ser renovados sempre, o que indica que o pecado 
não era realmente removido, mas apenas não levado em conta. Se o sacrifício do dia da expiação 
realmente tornasse a pessoa justa de uma vez para sempre aos olhos de Deus, por que essa cerimônia 
tinha de ser repetida anualmente? O sangue de animais não tinha poder inerente de remover pecados. 
 
Jeremias, então, prevê o dia em que o real substituirá o simbólico. Jeremias vê o dia em que os pecados 
realmente serão perdoados para jamais serem lembrados. Dessa forma Jeremias antevê o fim do 
sistema sacrificial do VT. O novo fator de perdão apresentado pela nova aliança é o daquele perdão de 
uma vez para sempre. 
 
A velha aliança foi “anulada” por Israel quando sua teimosa desobediência como vassalo tornou nulas 
e sem efeito as promessas e bênçãos associadas com o referido relacionamento. Pela remoção de Israel 
da terra da promessa, o Senhor demonstra o fim do relacionamento da velha aliança. Como poderiam 
eles considerar-se povo de Deus, se todo o processo de bênção prometido tinha sido revertido ao ponto 
de serem expulsos da terra de Canaã e escravizados? Só uma aliança inteiramente nova poderia lhes dar 
esperança nessa calamitosa situação. Deus irá constituir de novo um povo que venha a ser dele! Esta 
 
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nova aliança irá atingir seu alvo pretendido de transbordante bênção redentiva e restauração para seus 
participantes. 
 
A forma da velha aliança passa, porém permanece a substância da bênção que ela promete. A “torá” de 
Deus será escrita nos corações do seu povo. Deus redimirá seu povo num sentido final. Aquele perdão 
de pecados que foi prefigurado sob a velha aliança terá realidade consumada na nova... A nova aliança 
realiza completamente o que foi previsto sob a velha. 
 
b) CORPORATIVISMO VERSUS INDIVIDUALISMO NA NOVA ALIANÇA – 
 
b.l) QUEM É A COMUNIDADE CORPORATIVA CHAMADA ISRAEL? 
O Israel da velha aliança pode ser considerado representação tipológica do povo eleito de Deus. Na 
perspectiva da velha aliança Israel representa tipologicamente o escolhido de YAHWEH pela nação. 
 
A “serpente de bronze” da velha aliança figurou tipologicamente o Cristo da nova aliança amaldiçoado 
na cruz. O tabernáculo da velha aliança prefigurou tipologicamente a habitação de Deus no meio do seu 
povo na nova aliança. A nação de Israel da velha aliança figurou tipologicamente a realidade da nova 
aliança do povo escolhido de Deus reunido como nação consagrada a Deus. 
 
Se o povo da nova aliança de Deus é a realização verdadeira de uma forma tipológica, e a nova aliança 
agora está em vigor, então os que constituem o povo de Deus nas circunstâncias presentes devem ser 
reconhecidos como o “Israel de Deus”. Como um povo unificado, os participantes da nova aliança hoje 
são “Israel”. 
 
b.2) QUE É CORPORATIVISMO BÍBLICO? 
Deus estabelece aliança corporativamente e não individualmente apenas. O conceito de aliança 
pressupõe inerentemente um povo com quem a aliança é estabelecida. Ao entrar em relacionamento de 
aliança, Deus não somente faz promessa de salvação ao crente individual, oferece também promessas 
com relação à “descendência" do participante da aliança. 
 
Em Jr 32:39, o Senhor promete que dará a Israel um coração e um caminho para que ele o tema para 
sempre, “para o bem deles e dos seus filhos depois deles”. Tal promessa não inclui só o próprio 
 
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participante, mas também seus filhos. Assim, corporativismo e individualismo são princípios 
complementares e não mutuamente excludentes. 
 
b.3) REALIDADE INTERNA VERSUS SUBSTÂNCIA EXTERNA NA NOVA ALIANÇA 
 
1º) AS REALIDADES INTERNAS SÃO ENFATIZADAS NA NOVA ALIANÇA – Jr 31:33: “Na 
mente lhes imprimirei a minha lei e também no coração lhes inscreverei.” 
 
A vontade de Deus expressa na lei sob a velha aliança foi apresentada externamente ao povo, enquanto 
sob a nova aliança ela deve tornar-se um princípio interno de vida. Jeremias conhecia a profundidade 
da impiedade que habita no coração humano (Jr 17: 1, 5, 9, 10; 12:2). Somente quando o homem é visto 
da perspectiva da impossibilidade de mudança é que pode ser plenamente apreciada a esperança de uma 
nova aliança. 
 
Nada na velha aliança tinha a eficácia necessária para reconciliar realmente o pecador com Deus. 
Somente antevendo a obra consumada de Cristo é que o ato de renovação do coração podia ser efetuado 
sob as estipulações da velha aliança. Jeremias diz ainda que, sob a nova aliança, ninguém ensinará ao 
seu próximo ou ao seu irmão a conhecer o Senhor. Todos o conheceriam, do menor ao maior (Jr 31:34). 
Isto quer dizer que não haveria mais necessidade de alguém precisar mediar a aliança. 
 
O ofício de mestre era o de mediador da aliança. Moisés era “mestre” (Dt 4: 1, 14; 6: 1, etc.). Também 
os levitas, sacerdotes e profetas eram apresentados na velha aliança como os mestres do povo de Deus 
(II Cr 17: 7-9; Jr 32: 33). Essas pessoas funcionavam como mediadores da aliança. Na nova aliança, 
porém, todos conheceriam o Senhor diretamente. 
 
O conhecimento imediato de Deus por todo e cada participante da aliança expressa a ideia da essência 
do relacionamento da aliança presente através de toda a Escritura. Qual é o traço característico da 
aliança? É estabelecer unidade entre Deus e seu povo. Esta unidade que foi interrompida com a 
entrada do pecado, deve ser restabelecida através da aliança da redenção. “Eu serei o seu Deus e eles 
serão o meu povo” funciona como o tema unificador da aliança, e salienta o papel da unidade como a 
essência da aliança. 
 
 
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Essa unidade de aliança é atingida na Pessoa de Jesus Cristo. Porque Deus é um (Gl 3:20),e porque a 
unidade com Deus, no sentido mais completo, se acha na união com a pessoa de Jesus Cristo, então 
Jesus Cristo deve ser essencialmente e totalmente Deus. Ele não é um mediador subdivino, algo menor 
do que Deus, e, portanto, de certo modo mais próximo do homem. Porque a unidade de aliança é atingida 
através da unidade com a pessoa de Jesus Cristo, então Jesus Cristo é Deus. 
 
Através da unidade da aliança com Jesus Cristo, o povo da nova aliança experimenta aquele 
conhecimento imediato de Deus que torna completamente desnecessária uma série de mestres 
mediadores. No estágio presente do cumprimento da nova aliança, os mestres ainda funcionam. Porém 
o fazem em sentido limitado. Pois todo crente hoje é seu próprio sacerdote e seu próprio intérprete da 
Escritura. A função dos mestres é apenas de ajuda na realização da unidade direta que os crentes agora 
experimentam com Deus na nova aliança. 
 
Resumindo, a unidade com o próprio Deusé atingida por meio de Jesus Cristo, o Filho de Deus. Ele 
efetua a unidade essencial entre Deus e o seu povo, a qual tem sido o alvo último da aliança através da 
história humana. Nesta nova aliança, o participante goza de profunda comunhão com Deus, dificilmente 
concebível sob a velha aliança. 
 
2º) MAS A SUBSTÂNCIA EXTERNA TAMBÉM RECEBE DESTAQUE - A nova aliança dá um 
destaque importantíssimo à transformação interna. Um novo coração, em perfeita sintonia com 
Deus, mostra a essência das suas bênçãos. 
 
Todavia, ela inclui também importantes bênçãos materiais: a volta de Israel à terra, reconstrução das 
cidades devastadas, reconstituição da nação e a ressurreição dos mortos. A profecia da nova aliança de 
Jeremias inclui como parte integral do seu cumprimento, a volta de Israel à terra prometida, depois do 
cativeiro da Babilônia, que duraria 70 anos (Jr 25: 12; 29: 10). A consequente “mini realização” da 
promessa da nova aliança mostra inerentemente que algum fator tipológico deve estar envolvido no 
cumprimento da profecia da nova aliança. Obviamente, a volta de Israel à Palestina, em 537 a. C., não 
atendeu a todos os requisitos incluídos na profecia da nova aliança. Todavia representou simbolicamente 
o restabelecimento do povo de Deus de acordo com as estipulações da nova aliança. 
 
 
Escola bíblica dominical 2020 
– CLASSE JOVENS & ADULTOS 
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Uma realização muito mais completa das estipulações da nova aliança está sendo desfrutada pelo povo 
de Deus na era presente. Um novo Israel de Deus tem sido construído sobre a base da revitalização 
do coração de judeus e gentios através das estipulações da nova aliança tornadas possíveis pela morte 
e ressurreição de Jesus Cristo, o Senhor da nova aliança. 
 
Cada vez que um grupo de crentes celebra a Ceia do Senhor, eles se alegram na experiência comum das 
bênçãos da nova aliança por causa da sua comunhão com Deus alcançada pelo “sangue da nova 
aliança” (Lc 22: 20; I Co 3: 18). Experimentando o cumprimento da nova aliança, têm agora a lei de 
Deus escrita em seus corações (II Co 3: 3, 6-8). É “a nós” que o Espírito Santo testifica sobre o perdão 
dos pecados e sobre a cessação de ofertas, de uma vez para sempre, como prometido na nova aliança 
(Hb 10: 15-18). Os que receberam a unção do Espírito Santo hoje, em cumprimento das promessas da 
nova aliança, são os que não têm necessidade de que alguém os ensine (I Jo 2:27). 
 
E, além disso, as bênçãos materiais que caem sobre o povo de Deus hoje vêm como resultado dessa 
mesma nova aliança. Todavia, ainda aguardamos para o futuro a realização mais completa das promessas 
da nova aliança. Aguardamos seu cumprimento completo no tempo da ressurreição do corpo e do 
rejuvenescimento de toda a terra. 
 
A volta histórica a uma “terra prometida” por um pequeno remanescente, 70 anos depois da profecia de 
Jeremias, encoraja a esperança da volta final ao paraíso perdido pelo “Israel de Deus”, novamente 
constituído. Assim, como homens de todas as nações tinham sido desapossados e alienados da criação 
original, assim agora eles podem esperar por plena restauração e paz, até mesmo a ponto de antecipar 
uma “terra da promessa”, certa de aparecer na nova criação, e certa de ser gozada por um povo 
ressuscitado.

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