LIVRO-Metodologia de Pesquisa Científica na prática

Metodologia de Pesquisa Cientí\ue01f ca na Prática José Guilherme Silva Vieira 1Capa.indd 1 7/1/2010 17:31:45 02 PEDAGOGIA - 1ª PROVA - 07/01/2010 APROVADO: _______________ Metodologia de Pesquisa Cientí\ue01fca na Prática Curitiba 2010 \ue026\ue021\ue023\ue035\ue02c\ue024\ue021\ue024\ue025\ue0d5\ue025\ue024\ue035\ue023\ue021 \ue023\ue029\ue02f\ue02e\ue021\ue02c\ue0d5\ue024\ue021\ue0d5\ue02c\ue021\ue030\ue021 \ue024\ue049\ue052\ue045\ue054\ue04f\ue052\ue0d5\ue021\ue043\ue041\ue044\ue0bf\ue04d\ue049\ue043\ue04f Osíris Manne Bastos \ue024\ue049\ue052\ue045\ue054\ue04f\ue052\ue0d5\ue021\ue044\ue04d\ue049\ue04e\ue049\ue053\ue054\ue052\ue041\ue054\ue049\ue056\ue04f\ue00d\ue026\ue049\ue04e\ue041\ue04e\ue043\ue045\ue049\ue052\ue04f Cássio da Silveira Carneiro \ue024\ue049\ue052\ue045\ue054\ue04f\ue052\ue0d5\ue044\ue045\ue0d5\ue025\ue058\ue050\ue041\ue04e\ue053\ue0b8\ue04f\ue0d5\ue045\ue0d5 \ue0d5 \ue031\ue055\ue041\ue04c\ue049\ue044\ue041\ue044\ue045\ue0d5\ue021\ue043\ue041\ue044\ue0bf\ue04d\ue049\ue043\ue041 Alfredo Angelo Pires \ue024\ue049\ue052\ue045\ue054\ue04f\ue052\ue0d5\ue044\ue045\ue0d5\ue025\ue058\ue050\ue041\ue04e\ue053\ue0b8\ue04f\ue0d5\ue045\ue04d\ue0d5\ue025\ue041\ue024 Alex Rosenbrock Teixeira \ue023\ue04f\ue04f\ue052\ue044\ue045\ue04e\ue041\ue044\ue04f\ue052\ue041\ue0d5\ue044\ue04f\ue0d5\ue023\ue055\ue052\ue053\ue04f\ue0d5\ue044\ue045\ue0d5 \ue0d5 \ue030\ue045\ue044\ue041\ue047\ue04f\ue047\ue049\ue041\ue0d5\ue025\ue041\ue024 Vívian de Camargo Bastos \ue033\ue045\ue043\ue052\ue045\ue054\ue0b6\ue052\ue049\ue041\ue0d5\ue027\ue045\ue052\ue041\ue04c Dirlei Werle Fávaro \ue033\ue029\ue033\ue034\ue025\ue02d\ue021\ue0d5\ue025\ue024\ue035\ue023\ue021\ue023\ue029\ue02f\ue02e\ue021\ue02c\ue0d5\ue025\ue021\ue024\ue023\ue02f\ue02e \ue024\ue049\ue052\ue045\ue054\ue04f\ue052\ue0d5\ue025\ue058\ue045\ue043\ue055\ue054\ue049\ue056\ue04f Julián Rizo \ue024\ue049\ue052\ue045\ue054\ue04f\ue052\ue045\ue053\ue0d5\ue021\ue044\ue04d\ue049\ue04e\ue049\ue053\ue054\ue052\ue041\ue054\ue049\ue056\ue04f\ue00d\ue026\ue049\ue04e\ue041\ue04e\ue043\ue045\ue049\ue052\ue04f\ue053 Ademilson Vitorino Júlio César Algeri \ue024\ue049\ue052\ue045\ue054\ue04f\ue052\ue041\ue0d5\ue044\ue045\ue0d5\ue02f\ue050\ue045\ue052\ue041\ue0bc\ue0ca\ue045\ue053 Cristiane Andrea Strenske \ue024\ue049\ue052\ue045\ue054\ue04f\ue052\ue041\ue0d5\ue044\ue045\ue0d5\ue02d\ue041\ue052\ue04b\ue045\ue054\ue049\ue04e\ue047 Ana Cristina Gomes \ue023\ue04f\ue04f\ue052\ue044\ue045\ue04e\ue041\ue044\ue04f\ue052\ue041\ue0d5\ue027\ue045\ue052\ue041\ue04c Dinamara Pereira Machado \ue025\ue024\ue029\ue034\ue02f\ue032\ue021\ue0d5\ue026\ue021\ue025\ue02c \ue023\ue04f\ue04f\ue052\ue044\ue045\ue04e\ue041\ue044\ue04f\ue052\ue0d5\ue025\ue044\ue049\ue054\ue04f\ue052\ue049\ue041\ue04c William Marlos da Costa \ue025\ue044\ue049\ue0bc\ue0b8\ue04f Silvia Milena Bernsdorf \ue032\ue045\ue056\ue049\ue053\ue0b8\ue04f Lisiane Marcele dos Santos \ue030\ue052\ue04f\ue04a\ue045\ue054\ue04f\ue0d5\ue027\ue052\ue0b6\ue046\ue049\ue043\ue04f\ue0d5\ue045\ue0d5\ue023\ue041\ue050\ue041 Denise Pires Pierin \ue024\ue049\ue041\ue047\ue052\ue041\ue04d\ue041\ue0bc\ue0b8\ue04f Ana Lúcia Ehler Rodrigues Denise Pires Pierin Ficha Catalográfica elaborada pela Fael. Bibliotecária \u2013 Siderly Almeida CRB9/1022 Vieira, José Guilherme Silva V657m Metodologia de pesquisa científica na prática / José Guilherme Silva Vieira. \u2013 Curitiba: Editora Fael, 2010 152 p. Nota: conforme Novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa. 1. Pesquisa. I. Título. CDD 001.42 Direitos desta edição reservados à Faculdade Educacional da Lapa \u2013 Fael. É proibida a reprodução total ou parcial desta obra sem autorização expressa da Fael. Metodologia da Pesquisa José Guilherme Silva Vieira 001.42 V657m 1. Pesquisa. I. T ítulo. apresentação Ao ler esta obra pela prime ira v ez, pensei que se tratava de mais um dentre tantos livros que buscam ensinar as pessoas a escrever um traba - lho de conclusão de curso. No entanto, veri\ue01fquei que estava equiv ocado. Metodologia de Pesquisa Cientí\ue01fca na Prática vai além de um sim- ples manual voltado aos alunos dos últimos anos de cursos de graduação ou pós-graduação; trata-se de um guia de procedimentos sobre a pesqui- sa, ao mesmo tempo em que se converte em um instrumento de re\ue01e exão sobre o que estamos fazendo, enquanto cientistas, nesse mundo. Melhor dizendo, tanto os alunos de graduação, que desenv olvem seus trabalhos de conclusão de curso, monogra\ue01fas ou artigos cientí\ue01f- cos como requisitos \ue01fnais para a obtenção de grau, quanto os alunos de mestrado e doutorado \u2013 sempre às voltas com suas dissertações e teses \u2013 enxergam nesses trabalhos barreiras entre eles e seus objetivos. Esse é o dilema da maioria dos alunos e é o oposto do que deveria vigorar nas suas mentes. Popularmente, uma pessoa só se completa quando realiza três ta- refas: plantar uma árvore, ter \ue01flhos e escrever um livro. A muda de f ei- jão \u2013 alvo de experiências cientí\ue01fcas nos tempos da escola \u2013, em certo sentido, pode ser vista como uma árvore \u2013 nesse caso, quase todos nós já plantamos uma. Os \ue01flhos costumam vir com o tempo. E tanto as mono- gra\ue01fas quanto os artigos, dissertações e teses são, em essência, livros. Ass im sen do, os tra bal hos de con clus ão de curs os de grad uaç ão, mes tra do e do utor ado deve riam ser um mome nto de real iza ção pesso al \u2013 e não de sofrimento. Mesmo assim, um olhar para os corredores das faculdades costuma contemplar cenas de angústia de alunos prestes a se f ormarem na busca de soluções p ara seus trabalhos \ue01fnais, em um processo frenético de abordagens de orientadores e de qualquer um que lhes possa \u201cestender a mão\u201d. Nesse sentido, é preciso reconhecer que apresentação em algum momento falhamos ao ensinar a pesquisar ou ao desenv olver um processo que ajude o aluno pesquisador a aprender a aprender . Desse modo, as primeiras páginas deste livro representam uma ruptura com o tradicional. Ao apresentar o processo de ev olução da ciên- cia e todos os seus percalços, a obra aborda os desa\ue01fos encontrados no processo de pesquisa. Apresenta, ainda, a dif erença entre o saber comum e o saber cientí\ue01fco , introduzindo elementos que comprovam a necessidade de se ter um método cientí\ue01fco para a pesquisa. O livro se destaca nas partes em que se aproxima dos manuais de pesquisa. A forma como exempli\ue01fca ricamente o \u201ccomo fazer\u201d (isto é, como se escreve e se apresenta um trabalho cientí\ue01fco) rompe com os padrões atuais, por p artir de exemplos reais de trabalhos cientí\ue01fcos. Em síntese , é uma obra excelente para aqueles que venham a escrever trabalhos cientí\ue01fcos e também p ara os que costumam ler esses materiais. Hugo Eduardo Meza Pinto* * Doutor em Integração da América Latina pela Universidade de São Paulo (USP), atualmente é diretor geral das Faculdades Integradas Santa Cruz de Curitiba-PR. apresentação apresentação sumário Prefácio....................................................................................... 7 1 Natureza da pesquisa cientí\ue01fca ............................................... 11 2 Tipos de pesquisa ..................................................................... 45 3 Roteiro essencial para a pesquisa ........................................... 51 4 Projeto de pesquisa .................................................................. 79 5 Pesquisas qualitativas .............................................................. 87 6 Pesquisas quantitativas ......................................................... 107 7 A rtigo cientí\ue01fco e os demais trabalhos de conclusão de curso ................................................................. 115 Ref erências............................................................................. 145 Glossário ................................................................................. 149 sumário 7 prefácio prefácio F oi em 1999 que tive minha primeira experiência com a elaboração de um trabalho acadêmico. Na ocasião, precisava es - crever uma monogra\ufb01a para a obtenção de meu bachar elado. Lembro-me perfeitamente de toda a inquietude que essa tarefa me trouxe. Nunca havia escrito um texto cientí\ufb01co até então. Referen - cial teórico, r evisão bibliográ\ufb01ca, problematização \u2013 o que seriam todas essas coisas? Corri rapidamente para a biblioteca, a \ufb01m de encontrar obras que me iluminassem nesse caminho . Encontrei todo o tipo de suges- tões. Entre elas, a que mais me marcou foi a de Umberto Eco, que dizia que se eu não tivesse mais do que seis meses para escrever era melhor esquecer . Eu tinha sete meses de praz o. M esmo assim, percebi que a tarefa não seria fácil e, de fato, deu muito trabalho. Discussões com o meu orientador se tornaram fre- quentes, e eu achava que ele estav a quase sempre errado . N o \ufb01nal, fui bem sucedido e até ganhei um prêmio em um concurso de mono- gra\ufb01as. O tempo passou e pude perceber o quanto fui ajudado por meu orientador , sobretudo quando me disse o que não colocar em uma monogra\ufb01a, nas sugestões de objetividade, atenção e foco no problema de pesquisa, e em quais obras basear a argumentação. Hoje lhe sou muito agradecido. U ma monogra\ufb01a é um trabalho que busca discutir sobr e um tema especí\ufb01co e não sobre vários. É obra de um autor , e o orientador é apenas um guia destinado a corrigir a trajetória e não a escrevê-la em conjunto com o orientando. É uma ocasião para descobertas e amadurecimento . É a oportunidade para o ser humano se sentir realizado em dizer algo que \ufb01cará para a posteridade. Aprendi isso com um certo tempo. M eu trabalho terminou com extensas 153 páginas \u2013 um exagero, penso hoje. N a década de 90 do século passado, valorizava-se a exten- são do trabalho também. Vivemos agora tempos de objetividade e, em muitas instituições, as monogra\ufb01as foram substituídas por artigos cientí\ufb01cos, como requisito para a conclusão de curso. Mais enxu- tos, esses trabalhos de cerca de vinte páginas não são necessariamente mais fáceis de fazer . Em síntese, os artigos são monogra\ufb01as enxutas, pois guardam todas as suas partes, sendo apenas mais objetivos em cada uma delas. P osteriormente, quando ingr essei no mestrado, vi-me obrigado a escrever uma dissertação. D escobri que uma dissertação se trata- va de uma monogra\ufb01a mais aprofundada, com leituras mais densas, fontes originais \u2013 muitas vezes em outros idiomas \u2013 que retratavam o estado das ar tes em uma determinada ciência. T ive um orientador liberal que me deixou à vontade para escr ever . Destruiu quase tudo o que escrevi da primeira vez em que mostrei os r esultados parciais de meu trabalho e me sugeriu outras bibliogra\ufb01as. F oi fantástica a expe- riência: devo ter escrito umas quatrocentas páginas e no \ufb01nal \ufb01quei apenas com oitenta. N ovo sucesso. Sem prêmio, dessa vez, mas com a mesma nota: 10. Escolhi o mesmo orientador do mestrado para minha tese de doutorado. Lembro-me do rosto dele no primeiro dia em que nos reunimos para falar da tese de doutorado . Ele me disse que tínhamos um grande desa\ufb01o pela frente; que uma tese é mais que uma disser ta- ção aprofundada, trata-se de descobrir e pro var algo novo . prefácio prefácio

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