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Aula 01 Apresentação da Disciplina de Farmacognosia Aplicada e Fitoterapia (SDE3850) Professora Ms: Ingrid Vicente Farias 2020-2 O que não é considerado medicamento Fitoterápico no Brasil ? Chá Homeopatia Planta Partes da planta Cápsulas com planta rasurada Chá Chá Legislação: RDC 277/2005 que Dispões sobre o Regulamento Tecnico para Café, Cevada, Chá, Erva-Mate e Produtos Solúveis. 2.2. Chá: é o produto constituído de uma ou mais partes de espécie(s) vegetal(is) inteira(s), fragmentada(s) ou moída(s), com ou sem fermentação, tostada(s) ou não, constantes de Regulamento Técnico de Espécies Vegetais para o Preparo de Chás. O produto pode ser adicionado de aroma e ou especiaria para conferir aroma e ou sabor. Chá é um alimento que não é obrigatório o registro na ANVISA Existe uma lista de plantas que é permitido fazer e vender chás http://portal.anvisa.gov.br/documents/33916/388729/Informe+T%C3%A9cnico+n%C2%BA+45 %2C+de+28+de+dezembro+de+2010/bc1fd4a8-447c-4445-8d70-2d57ac47e73a?version=1.1 http://portal.anvisa.gov.br/documents/33916/388729/Informe+T%C3%A9cnico+n%C2%BA+45%2C+de+28+de+dezembro+de+2010/bc1fd4a8-447c-4445-8d70-2d57ac47e73a?version=1.1 Não é reconhecido pela legislação com um Chá, mas como Droga Vegetal. Legislação: RDC 10/2010, que dispõe sobre a notificação de drogas vegetais a ANVISA Há a possibilidade do registro do Chá medicinal como Produto Tradicional Fitoterápico. http://portal.anvisa.gov.br/documents/33836/2816834/Notifica%C3%A7% C3%A3o+de+Fitoter%C3%A1picos/fe25d450-b2ac-4be9-b84c-23ef8f2d95df http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/anvisa/2010/res0010_09_03_2010.html http://portal.anvisa.gov.br/documents/33836/2816834/Notifica%C3%A7%C3%A3o+de+Fitoter%C3%A1picos/fe25d450-b2ac-4be9-b84c-23ef8f2d95df http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/anvisa/2010/res0010_09_03_2010.html A dispensação de plantas medicinais é privativa das farmácias e ervanarias Chás medicinais devem conter apenas drogas vegetais Para a manipulação não há uma norma especifica, tendo como exigência que o insumo venha de um fornecedor qualificado Os fitoterápicos não são classificados como medicamentos, mas sim como alimentos, juntamente com chás, temperos, vitaminas e suplementos Justificando um controle menos, aonde existe muita variabilidade e adulteração Podendo ser separado em duas classes: - Botanicos: Plasntas, algas, fungos e suas partes; - Não botânicos: produtos de fermentação, substancia química purificadas e produtos homeopáticos Os fitoterápicos são classificados em dois grupos: • Medicamentos para uso Humano (Diretiva 2004/27/EC); • Fitoterápicos de uso Tradicional (Diretiva 2004/24/EC). Uso bem estabelecido Uso tradicional Principio Ativo Substância ou classe química (metabolismo secundário) que é quimicamente caracterizada e com ação farmacológica conhecida e responsável, total ou parcialmente, pelos efeitos terapêuticos das plantas medicinais ou de seus derivados Marcador Substância ou classe química (metabolismo secundário) utilizado como referência no controle de qualidade da matéria prima vegetal e do fitoterápico, preferencialmente tendo correlação com o efeito terapêutico. Marcador Analítico Marcador Biológico Analise Qualitativa e Quantitativa (presença e ausência / Teor) Bioativo, sem ele o extrato não tem atividade, normalmente é o analítico Fitocomplexo Conjunto de todas as substâncias, originadas do metabolismo vegetal (primário ou secundário), responsáveis em conjunto pelos efeitos biológicos de uma planta medicinal ou de seus derivados. Fitofármaco Substância isolada de origem vegetal, portanto, não é considerado fitoterápico. Droga Vegetal Pulverizada Derivado Vegetal≠ 1. Seleção do Material Vegetal Etnofarmacológica Quimiotaxonômica Randômica 1. Seleção do Material Vegetal Aspectos Quimiotaxonômicos Utilizam das características botânicas De uma Família ou Gênero Busca-se substancias da mesma classes de metabolitos Para selecionar uma espécie deste grupo 1. Seleção do Material Vegetal Aspectos Quimiotaxonômicos Taxus brevifolia planta que iniciou o estudo do Taxol 1. Seleção do Material Vegetal Utilizam dos conhecimentos populares Busca de novos medicamentos (bioprospecção) Estudos químicos e farmacológicos + Aspectos Etnofarmacológicos 2. Coleta e Identificação Excicata 3. Estabilização Secagem Desnaturação protéica das enzimas celulares Retirada da água; Impedir as reações de hidrólise; Crescimento microbiano. 3. Estabilização Métodos de Secagem Secagem ao sol; Secagem a sombra; Circulação de ar; Secagem com ar aquecido; Secagem à vácuo 4. Moagem Reduzir, mecanicamente o material vegetal a fragmentos de pequenas dimensões Armazenamento Extração Moagem Escolha do Moinho Princípio de funcionamento Características do Material Vegetal Constituintes Químicos RETIRAR, de forma mais SELETIVA E COMPLETA possível, as substâncias ou fração ativa contida na droga vegetal 5. Processos Extrativos 5. Processos Extrativos Material vegetal Solvente (líquido extrator) Extração Extrato Extrato Concentrado Extrato Seco Secagem Vaporização Concentração Solvente orgânico ou inorgânico Relação Granulometria da matéria prima vegetal Relação droga:solvente Liquido extrator Desenvolvimento tecnológico de um extrato ou sistema e a comprovação do uso popular Método de extração Método de secagem Melhor método de extraçãoVariação das etapas Perfil químico e biológico MACERAÇÃO TURBOEXTRAÇÃO PERCOLAÇÃOFRIO INFUSÃO SOXHLET QUENTE SISTEMAS ABERTOS SISTEMAS FECHADOS REFLUXO DECOCÇÃO 29 5. Processos Extrativos Maceração Recipiente fechado; Temperatura ambiente; Período de horas a dias; Sem renovação do liquido extrator; Não há esgotamento da droga. Exemplo: Garrafadas 5. Processos Extrativos 5. Processos Extrativos Percolação Processo dinâmico Arraste dos princípios ativos pela passagem continua do liquido extrator; Leva a um esgotamento da planta através do gotejamento lento do material; Cuidar com o material do percolador 5. Processos Extrativos Turboextração Equipamento liquidificador ou Ultra-Turrax; Extração realizada simultaneamente com a redução das partículas; Força de cisalhamento em rotações de até 30.000 rpm; Tamanho de partícula – dissolução do PA; Tempo de extração reduzido; Ótimo rendimento 32 5. Processos Extrativos Infusão Processo antigo e tradicional; Adição de água fervente sobre o material vegetal, que fica tapado de 5-30 min; Aplicável a parte vegetal mole; Material vegetal rasurado ou pulverizado facilita a extração pela água; Exemplo: Chimarrão e os chás 5. Processos Extrativos Decocção O material vegetal e o solvente são levados a fervura até ebulição; Mantém a fervura por 10 minutos, gerando o decocto; Instabilidade – devido ao aquecimento; Aplicável a sementes, cascas e raízes. Extração por Soxhlet Utilizada para extração com solventes orgânicos; Emprega menos solvente que as demais técnicas. A cada ciclo o solvente entra em contato com o material vegetal. 5. Processos Extrativos O processo de extração visa obter um extrato bioativo que não cause problemas ao usuário Solvente atóxicos Água HidroetanólicoHexano Metanol 37 Líquido extrator: Solvente orgânico x Solvente inorgânico 5. Processos Extrativos Extrai componentes lipofílicos Água Hidroetanólico Hexano Metanol 38 Líquido extrator: Solvente orgânico x Solvente inorgânico 5. Processos Extrativos Acetona Extrai componentes lipofílicos CO2 Supercrítico Extrai componentes lipofílicos. Resíduos atóxicos, mas o processo é caro Extrai componentes lipofílicos e hidrofílicos Extrai componentes lipofílicos e hidrofílico. Resíduos atóxicos, processo barato Extrai componentes hidrofílico. Resíduos atóxicos, processo barato Líquido extrator: Solventeorgânico x Solvente inorgânico 5. Processos Extrativos Método de Secagem: Vaporização ou Concentração 6. Concentração dos extratos Obtenção do extrato mole 7. Secagem dos extratos Secagem a frio: Liofilização Obtenção do extrato seco 7. Secagem dos extratos Secagem a frio: Liofilização 7. Secagem dos extratos Secagem a quente: Spray Dryer Obtenção do extrato seco 8. Controle de Qualidade O que é QUALIDADE? É a propriedade que um produto apresenta em relação as características a ele projetadas, que asseguram o desempenho de uma determinada função Por que produzir com qualidade? Eficácia e segurança do produto Custo de produção Imagem do Produto O que é Controle de Qualidade? É a verificação do cumprimento ou não de todas as exigências em relação a empresa para produzir com qualidade 8. Controle de Qualidade 1. Amostragem 2. Análise sensorial ou organoléptica 3. Identificação Botânica 4. Testes de Identificação 5. Testes de Pureza 6. Doseamento Testes de Identificação Doseamento 8. Controle de Qualidade 1. Amostragem Analise da qualidade de um lote de MPV Confiabilidade do resultado ✓ Todas as embalagens devem ser inspecionadas; ✓ Avaliar condições do recipiente/embalagem; ✓ Verificar dados no rótulo e embalagem; ✓ Observar alterações que afetem qualidade e estabilidade; ✓ Embalagens suspeitas devem ser amostradas em separado. ➢ 3 amostras iguais; ➢ Região Superior, intermediária e inferior; ➢ Quarentena/Aguardando laudo técnico; ➢ Procedimento de amostragem deve ser documentado 8. Controle de Qualidade 1. Amostragem 8. Controle de Qualidade 8. Controle de Qualidade 2. Análise Sensorial ou Organoléptica ✓ Produto diferente do usual ---- Rejeição do Consumidor; ✓ Aspecto visual, sabor e odor; ✓ Profissionais treinados; ✓ Amostra autêntica 8. Controle de Qualidade 3. Identificação Botânica 8. Controle de Qualidade 4. Testes de identificação Identificação através de constituintes químicos Reações químicas de caracterização Caracterização cromatográfica Verificar a presença de grupos de substâncias através de método simples, de rápida execução e baixo custo Reações químicas de caracterização 8. Controle de Qualidade 4. Testes de identificação Identificação através de constituintes químicos Reações químicas de caracterização Caracterização cromatográfica Pesquisa de constituintes químicos indesejáveis Reações químicas de caracterização (Reação de Bornträger – Antraquinonas) 8. Controle de Qualidade 4. Testes de identificação Identificação através de constituintes químicos Reações químicas de caracterização Caracterização cromatográfica - Cromatografia em Camada Delgada; - Cromatografia Líquida; - Cromatografia Gasosa Caracterização cromatográfica Processo físico-químico de separação de componentes de uma mistura 8. Controle de Qualidade 4. Testes de identificação Reações químicas de caracterização Caracterização cromatográfica - Cromatografia em Camada Delgada; - Cromatografia Líquida; - Cromatografia Gasosa Caracterização cromatográfica 8. Controle de Qualidade 4. Testes de identificação - Cromatografia em Camada Delgada; - Cromatografia Líquida; - Cromatografia Gasosa Caracterização cromatográfica Extrato de Guaco (A e B) Cada pico representa uma substância. A posição do pico identifica a substância e a altura do pico indica a concentração da substancia no extrato. Que será quantificado por uma curva de concentração 8. Controle de Qualidade 4. Testes de identificação - Cromatografia em Camada Delgada; - Cromatografia Líquida; - Cromatografia Gasosa Caracterização cromatográfica Extrato de Guaco (A e B) O extrato A é igual ao extrato B? 8. Controle de Qualidade 4. Testes de identificação - Cromatografia em Camada Delgada; - Cromatografia Líquida; - Cromatografia Gasosa Caracterização cromatográfica Extrato de Guaco (A e B) Não, mas são da mesma espécie porem de cultivares diferentes. 8. Controle de Qualidade 4. Testes de identificação - Cromatografia em Camada Delgada; - Cromatografia Líquida; - Cromatografia Gasosa Caracterização cromatográfica Extrato de Guaco (A e B) A substância indicada pela seta, representa o marcador químico. Logo o CQ dessa planta deve ser feito com base no doseamento 8. Controle de Qualidade 4. Testes de identificação - Cromatografia em Camada Delgada; - Cromatografia Líquida; - Cromatografia Gasosa Caracterização cromatográfica Extrato de Guaco (A e B) Se o marcador for o indicado pela seta, podemos dizer que o extrato B, provavelmente será mais eficaz em relação ao extrato A. 8. Controle de Qualidade 4. Testes de identificação - Cromatografia em Camada Delgada; - Cromatografia Líquida; - Cromatografia Gasosa Caracterização cromatográfica Extrato de Guaco (A e B) Caso se deseje produzir o fitoterápico com o extrato A, será necessário mais extrato pra atingir o teor do marcador indicado para posologia correta. 8. Controle de Qualidade 4. Testes de identificação - Cromatografia em Camada Delgada; - Cromatografia Líquida; - Cromatografia Gasosa Caracterização cromatográfica Extrato de Guaco (A e B) Caso a seta em azul seja o princípio ativo e a laranja o composto tóxico, podemos esperar que a eficácia não se altere, porém, medicamentos preparados com o extrato B podem causar algum efeito adverso 8. Controle de Qualidade 8. Controle de Qualidade 5. Testes de pureza Determinar a quantidade de substância volátil de qualquer natureza Determinação da Perda por Dessecação 8. Controle de Qualidade 5. Testes de pureza Determinar a quantidade de substância residual não volátil Determinação de Cinzas Totais Cinzas Não-Fisiológicas Material Estranho (areia/terra) Cinzas Fisiológicas Derivado de Tecido vegetal 8. Controle de Qualidade 6. Doseamento Quantificação do Marcador Químico 8. Controle de Qualidade 6. Doseamento Quantificação do Marcador Químico 8. Controle de Qualidade 6. Doseamento Quantificação do Marcador Químico 8. Controle de Qualidade 6. Doseamento Quantificação do Marcador Químico 8. Controle de Qualidade Pesquisa de Contaminantes Microbiológicos 8. Controle de Qualidade Preparações Extrativas Alcoolatura Preparação vegetal líquida, pelo processo de maceração a frio com planta fresca Extrato Fluido Preparação líquida de drogas vegetais por extração com liquido extrator apropriado ou por dissolução do extrato seco. Pode ser adicionado conservante. Tintura Preparação etílica ou hidroetílica resultante da extração de drogas vegetais ou diluição dos respectivos extratos. Obtido por maceração ou percolação, obedecendo uma proporção droga: solvente (1:10) Formas Farmacêuticas Líquidas Solução Xarope Semissólidas Creme Gel Sólidas Pós Cápsulas Formas Farmacêuticas Líquidas Solução Xarope Forma genérica; Pode ser uso oral ou tópico; mL ou gotas Uso oral No mínimo 45% de açúcar Desvantagem: Diabéticos Cuidado: Não passar de 60°C risco de caramelização ou açúcar invertido Formas Farmacêuticas Semissólidas Creme Creme Aniônico (Lanette) Creme não-Iônico (Polawax) Componentes da Formulação Quantidade Fase I (oleosa) Cera autoemulsificante não iônica (ex Polawax) 10-15% Vaselina Líquida 2% Propilparabeno (Nipasol) 0,05% Fase II (aquosa) Metilparabeno (Nipagin) 0,15% Propilenoglicol 2% Água qsp 100g 1. Aquecer separadamente a Fase I a 75°C e a Fase II a 80°C; 2. Verter lentamente a fase II na fase I com agitação vigorosa e constante; 3. Diminuir a velocidade de agitação e permanecer até que a mistura atinja 40°C; 4. Acondicionar e rotular. Formas Farmacêuticas Semissólidas Gel Formas Farmacêuticas Sólidas Cápsulas Saúde Baseada em Evidência Cientifica Em um mundo repleto de informações Como o profissional de saúde decide qual é o melhor tratamento ou orientaçãopara o paciente? Que fatores influenciam na decisão? Quais são as fontes de informação confiáveis? Saúde Baseada em Evidência Cientifica Integração das melhores evidências de pesquisas científicas de qualidade com a habilidade clínica e a preferência do paciente Saúde Baseada em Evidência Cientifica Saúde Baseada em Evidência Cientifica Saúde Baseada em Evidência Cientifica Obrigada!!! Contato exclusivamente por e-mail: fariasingridv@gmail.com ou ingrid.vicente@estacio.br mailto:fariasingridv@gmail.com mailto:ingrid.vicente@estacio.br
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