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(UNIFESP-SP) Neste mundo é mais rico, o que mais rapa: Quem mais limpo se faz, tem mais carepa: Com sua língua ao nobre o vil decepa: O Velhaco maior sempre tem capa. ( Gregório de Matos) Nos versos, o eu lírico deixa evidente que: LITERATURA BRASILEIRA I Lupa Calc. CEL0637_A6_202003378135_V1 Aluno: ROSIMERE NAZARÉ DE BRITO JOÃO Matr.: 202003378135 Disc.: LITERATURA BRAS. I 2020.3 EAD (G) / EX Prezado (a) Aluno(a), Você fará agora seu TESTE DE CONHECIMENTO! Lembre-se que este exercício é opcional, mas não valerá ponto para sua avaliação. O mesmo será composto de questões de múltipla escolha. Após responde cada questão, você terá acesso ao gabarito comentado e/ou à explicação da mesma. Aproveite para se familiarizar com este modelo de questões que será usado na sua AV e AVS. 1. as injúrias, em geral, eliminam as injustiças. o vil e o rico são vítimas de severas injustiças. uma pessoa se torna desprezível pela ação do nobre javascript:voltar(); javascript:voltar(); javascript:diminui(); javascript:aumenta(); javascript:calculadora_on(); (UF-RS) Considere as afirmações abaixo: I - A obra de Gregório de Matos centrava-se em dois pólos temáticos, a religião e a vida amorosa, que se concretizam, na sua poesia, no conflito entre o pecado e o prazer. II - Para concretizar esses conflitos, Gregório de Matos fez uso frequente de figuras retóricas como antíteses e paradoxos. III - A crítica social que se pode encontrar nos poemas de Gregório de Matos dirige-se principalmente aos homens públicos da Bahia do século XVII. Assinale a alternativa que contenha apenas as afirmações corretas: o honesto é quem mais aparenta ser desonesto. geralmente a riqueza decorre de ações ilícitas. Explicação: O primeiro verso e o último deixam claro que aquele que prospera é o que mais rouba e geralmente possui "capa", isto é, é alguém de posição mais elevada. 2. Apenas I. I, II e III. Apenas I e II. Apenas II. Apenas I e III. Explicação: Todas as alternativas estão corretas. "(...) o estilo irônico da poesia caracteriza o texto como uma forma de afronta a todos os setores da sociedade. O poeta não poupa governantes e religiosos, atacando seus vícios públicos, que em nome da ordem social eram sublimados. A crítica política é manifestada com humor ácido, capaz de despertar uma sensibilidade que apontasse para o nervo exposto brasileiro, ou seja, a dominação colonial, a política corrupta e a falsa moral existentes." ( Livro proprietário, p. 43, 44, 45) (FUND. STO. ANDRÉ) Cultivou a poesia sacra, lírica e satírica. Também escreveu poemas graciosos e pornográficos. Essa diversidade de caminhos percorridos pela inspiração do vate baiano se explica acima de tudo pela riqueza plástica de seu talento literário e, ao fim, pela estética barroca, que lhe serviu de pano de fundo. Tais palavras, de Massaud Moisés, em A Literatura Brasileira Através dos Textos, aplicam-se a: Ao Braço do Mesmo Menino Jesus Quando Appareceo O todo sem a parte não é todo, A parte sem o todo não é parte; Mas se a parte fez todo, sendo parte, não se diga que é parte, sendo todo. Valorização da imagem é formulada com base na metáfora, pormenorizando seus detalhes. Como exemplo desse "jogo de palavras", tem-se esse fragmento de Gregório de Matos, no qual observamos traços da tendência: "(...) é perceptível a tensão barroca mediante o uso de figuras de linguagem como os pares antitéticos pecar/perdoar e lisonja/ofensa. No entanto, a força do poema reside no tom argumentativo com que pretende convencer Deus de sua salvação. O eu lírico vai buscar nas sagradas escrituras o exemplo que servirá de precedente: o episódio da ovelha desgarrada, proferido por Jesus nos Evangelho" ( Livro proprietário, p.48) Gabarito Comentado 3. Manuel Botelho de Oliveira. Bento Teixeira. Domingos Caldas Barbosa. Gregório de Matos. Eusébio de Matos. Explicação: O enunciado da questão está se referindo ao poeta baiano Gregório de Matos, que cultivou vertentes lírica e satírica em sua expressão poética. 4. c) Hipérbole b) Conceptismo a) Cultismo e) Conflito d) Antítese Luciana Stegagno-Picchio afirma que Gregório de Matos se distingue como primeiro verdadeiro poeta do Brasil Colônia, como se nota no trecho abaixo: "os nobres baianos descendem de sangue "tatu", falam "copebá", enfeitam-se com camisas "urucu" e capas de "arara" ( História da literatura brasileira. Rio de Janeiro:Nova Aguilar, 2004. p. 103). O trecho é um exemplo de: Sobre a obra de Gregório de Matos é correto afirmar, EXCETO. Explicação: "O Cultismo que é caracterizado pela linguagem rebuscada, culta, extravagante (cheia de hipérboles), descritiva; pela valorização do pormenor mediante jogos de palavras, ludismo verbal), com visível influência do poeta espanhol Luís de Gôngora; daí o estilo ser também conhecido por Gongorismo. No cultismo, valoriza-se o ¿como dizer¿." ( Livro proprietário, p.41) Gabarito Comentado 5. presença de antíteses e paradoxos tematização da religiosidade gosto pela lírica amorosa exploração da temática filosófica gosto pelo emprego de termos indígenas em seus poemas Explicação: Para Luciana Stegagno-Picchio, o que dá a Gregório de Matos a distinção de primeiro poeta do Brasil é o gosto pelo emprego de palavras indígenas em seus poemas, geralmente para demonstrar desprezo aos desafetos, em suas sátiras, mas também por prazer estético linguístico 6. os códices (manuscritos antigos) e compilações trazem diversas variantes foi esquecido de nossa vida literária durante cerca de dois séculos. não se encontram dois poemas absolutamente idênticos nas diversas edições de sua obra. sua obra foi escrita em espanhol. não publicou nada em vida. SONETO VII Ardor em firme coração nascido! Pranto por belos olhos derramado! Incêndio em mares de água disfarçado! Rio de neve em fogo convertido! Tu, que em um peito abrasas escondido, Tu, que em um rosto corres desatado, Quando fogo em cristais aprisionado, Quando cristal em chamas derretido. Se és fogo, como passas brandamente? Se és neve, como queimas com porfia ? mas ai! Que andou Amor em ti prudente. Pois para temperar a tirania, Como quis, que aqui fosse a neve ardente, Permitiu, parecesse a chama fria. Gregório de Matos. ASSINALE AS CARACTERÍSTICAS DO POEMA ACIMA CITADO: Sobre a poética de Gregório de Matos Guerra, seria adequado afirmar: Explicação: Existe uma dificuldade em se estabelecer um texto definitivo de Gregório de Matos, já que não se encontram dois poemas absolutamente idênticos nas diversas edições de sua obra. Não tendo publicado nada em vida, Gregório de Matos foi esquecido de nossa vida literária durante cerca de dois séculos; os códices (manuscritos antigos) e compilações trazem diversas variantes, com muitos textos que comprovadamente não são do escritor e vários casos de autoria duvidosa.(Literatura brasileira I / Sandra Salviato Terra Rio de Janeiro : SESES, 2016.) 7. Dualidade temática da sensualidade e do refreamento, construção sintática por simetrias sucessivas, predomínio figurativo das metáforas e pares antitéticos que tendem para o paradoxo. Temática barroca, predomínio do jogo antitético de ideias seguindo os conceitos teóricos do Conceptismo de Quevedo. Temática naturalista, assimetria total de construção, ordem direta predominando sobre a ordem inversa. Trocadilhos, predomínio de metonímias e de símiles, a dualidade temática da sensualidade e do refreamento, antíteses claras dispostas em ordem direta. Sintaxe segundo a ordem lógica do Classicismo, predomínio das inversões, temática da fugacidade do tempo e da vida. Explicação: No poema, observamos a presença da dualidade temática da sensualidade e do refreamento (fogo/neve). Também verificamos a construção sintática por simetrias sucessivas, particularmente no trecho : ¿Tu, que em um peito abrasas escondido, Tu, que em um rosto corres desatado¿. Observe o trecho o paralelismoda estrutura sintática dos dois versos. Há também o predomínio figurativo das metáforas e pares antitéticos que tendem para o paradoxo, como ¿neve/ fogo¿. Gabarito Comentado 8. A defesa da independêncial cultural e política da colônia, claramente perceptível em seus poemas, como "À Cidade da Bahia" ("Triste Bahia")". A restrição de seus poemas ao gênero satírico. A vinculação total de uma postura anárquica do eu-biográfico ao eu-lírico de seus poemas, este totalmente original e afastado das convenções poéticas de seu tempo. A consciência nativista e a valorização do nativo mestiço, de sua linguagem e de sua inserção na sociedade local, em sua esfera mais alta. A opção pela sátira como um elemento moralizante, como postulado pelas convenções poéticas clássicas, conforme defende João Adolfo Hansen, em A sátira e o engenho. Explicação: Gregório de Matos produziu uma variada gama de poemas, com temas bastante contundentes, no entanto bastante alinhados com as convenções estéticas do barroco, como o uso de antíteses e paradoxos; o apego ao cultismo ou ao conceptismo estético, conforme o tratamento do tema o exigia. Suas sátiras, frequentemente, incidiam sobre os mestiços, seus privilégios, bem como sobre a relação de Portugal com a Inglaterra, o que por ele era criticado no poema "Triste Bahia". A sátira, em Gregório, tem o objetivo de mover o olhar do leitor para a moralização do desconcerto do cenário em que ele se encontrava. Além de poemas satíricos, o poeta dedicou-se à lírica amorosa, religiosa e filosófica. Gabarito Comentado Não Respondida Não Gravada Gravada Exercício inciado em 29/09/2020 22:01:20. javascript:abre_colabore('38777','206959657','4133891285');
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