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Texto de taquigrafia

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Prévia do material em texto

Prof.ª Dora Lúcia de Aguiar Silveira
TAQUIGRAFIA
Atividade: ler o texto e elaborar Mapa Conceitual – data postagem 13-08-2020.
Data para postagem com resposta do aluno – 17-03-2020.
HISTÓRICO DA TAQUIGRAFIA
Taquígrafo é o profissional que domina a arte de escrever rapidamente, através de sinais, com utilização de métodos de registro.
Profissionais da taquigrafia, que corresponde a escrita através de sinais específicos, desenvolvem atividades principalmente nas áreas judiciária, parlamentar e secretarial.
A taquigrafia (do grego Takys - depressa e Graphia - escrita) ou estenografia é um termo geral que define todo método abreviado ou simbólico de escrita.
Por ser um sistema de escrita abreviada utiliza, em geral, sinais originados da geometria, mas também tirados das letras do alfabeto da língua portuguesa.
A taquigrafia pode ser utilizada não só profissionalmente, em seu mais alto grau de aperfeiçoamento nos campos comercial, judiciário e parlamentar, mas também como instrumento de trabalho nos diversos setores profissionais e intelectuais; sendo bastante utilizada por secretários em empresas multinacionais, estudante, professores, escritores, jornalistas, enfim, para todos os que precisam fazer anotações rápidas.
Alguns estudiosos atribuem a invenção da taquigrafia aos hebreus e, outros, aos gregos.
No entanto, o primeiro sistema organizado de taquigrafia, compreendido como uma grafia diferente por meio de sinais especiais e aceito oficialmente pelos historiadores como o primeiro sistema organizado de taquigrafia, foram as “Notas Tironianas”, ou “Abreviaturas Tironianas”, sinais taquigráficos inventados por “Tiro” (Marco Túlio Tiro), escravo e secretário de Cícero, o grande orador e político romano.
Segundo o historiador G. Sarpe, no seu livro “Prolegomena ad Tachygraphiam romanam”, publicado em 1829, o primeiro apanhamento taquigráfico foi feito por ocasião de um discurso de Cícero contra Verres (um magistrado romano notório pelo seu péssimo mandato como governador da Sicília entre 73 e 71 a.C) No que diz respeito ao Judiciário e as Casas do Congresso Nacional, a taquigrafia é um instrumento imperioso por tratar-se de registros de pronunciamentos e julgamentos de 2ª Instância e que, por vezes, são anexados aos autos processuais, seguindo para Cortes Superiores e Anais da Câmara e Senado.
O trabalho não admite atrasos, eis a razão de um taquígrafo seguir o outro em intervalos curtos, que variam entre 10 a 20 minutos, numa escala de entrada no plenário, para possibilitar mais rapidez na transcrição do texto e manter a fidedignidade do registro com o intuito de melhor servir com eficiência e eficácia as solicitações de deputados, senadores, desembargadores, secretários, advogados e jurisdicionados.
Por outro lado, ressalta-se que a utilização dos métodos taquigráficos propiciam a economia de tempo e o desenvolvimento intelectual, uma vez que disciplina a inteligência, estimula a agilidade e combate a indisposição mental, auxilia o raciocínio, estimulam os dois hemisférios cerebrais, desenvolvem o poder e a velocidade de compreensão e facilita o exercício profissional.
Ao contrário de ser uma área profissional em declínio, utilizada largamente nas áreas judiciária e parlamentar, a taquigrafia teve ampliado o espaço no mercado, sendo cada vez mais requisitada na área empresarial para acompanhamento de eventos como palestras, seminários, dentre outros.
Invenção da Taquigrafia
Hebreus e gregos disputam a prioridade na invenção da taquigrafia; os primeiros insistem que citações feitas por Davi, no Salmo 44, mencionam a pena de um escritor veloz.
O povo grego rebate dizendo que o filósofo e general ateniense Xenofonte, 300 anos a.C., usava um sistema de escrita abreviada.
O que se sabe é que a palavra Taquigrafia deriva mesmo do grego Tachys rápido; Graphein - escrever.
A taquigrafia é, portanto, uma técnica profissional de escrita rápida.
Além da boa assimilação desse complicado ofício, do taquígrafo são exigidas habilidades mentais e físicas específicas para a realização de um bom trabalho.
O dia-a-dia desse profissional é marcado por situações que certamente seriam consideradas angustiantes para qualquer leigo no assunto.
Suponha-se que alguém, durante uma conversa, esteja falando a uma velocidade de 120 palavras por minuto (velocidade considerada normal, já que muitas vezes falamos bem mais rápido que isso); um segundo de distração e o taquígrafo pode perder completamente o �fio da meada�, e atrapalhar-se na transcrição de um discurso.
Por isso, além de bom conhecimento teórico, o profissional precisa manter a tranquilidade a fim de construir um texto fiel ao de seu orador.
O mercado de trabalho do taquígrafo é vasto, já que a carência de profissionais qualificados é grande.
Ele pode atuar nos órgãos de Poder Público, como profissional liberal, em empresas privadas, com participação em palestras, seminários e congressos nas diversas áreas do conhecimento.
A data
Comemora-se no dia 3 de maio o Dia Nacional do Taquígrafo. Esta data foi escolhida pela classe, reunida soberanamente em um congresso -  o 1° Congresso Brasileiro de Taquigrafia, realizado em 1951, em São Paulo, e promovido pelo Centro dos Taquígrafos de São Paulo  para comemorar o Dia do Taquígrafo.
A data foi escolhida porque foi exatamente no dia 3 de maio de 1823 (há 197 anos, portanto) que foi instituída oficialmente a taquigrafia parlamentar no Brasil, para registrar dados na primeira Assembleia Constituinte do Brasil.
A introdução da taquigrafia no parlamento brasileiro deve-se a José Bonifácio de Andrada e Silva.
Homem de ciência, estadista, escritor, orador parlamentar, poeta, e considerado o mais culto dos brasileiros do seu tempo, José Bonifácio de Andrada e Silva, o �Patriarca da Independência� (assim intitulado por ter exercido papel preponderante junto a Dom Pedro I na preparação da independência do Brasil), ao ver a grande utilidade da taquigrafia nos parlamentos de outros países, lutou pela implantação de um corpo de taquígrafos no parlamento brasileiro.
Assim se expressou José Bonifácio, na sessão da Constituinte, de 22 de maio:
�”Eu quero somente fazer uma explicação para ilustrar a matéria. Logo que se convocou esta Assembleia viu Sua Majestade à necessidade de haver taquígrafos; eu fui encarregado de dar as precisas providências. Um oficial da Secretaria de Estado dos Negócios Estrangeiros se incumbiu de abrir uma aula de taquigrafia; e alunos matriculados trabalharam nessa aula. Para que fossem mais assíduos Sua Majestade lhes mandou dar uma diária de duas patacas (moeda antiga de prata, que valia 320 réis). Obrigando-se eles a aprender esta arte de que deviam fazer uso em serviço da mesma Assembleia. Eis aqui o que tenho que dizer para que sirva de regulamento na deliberação.”�
O oficial da Secretaria de Estado dos Negócios Estrangeiros a que se refere José Bonifácio é Isidoro da Costa e Oliveira Júnior. Incumbido por Sua Majestade de preparar os primeiros taquígrafos parlamentares brasileiros, criou um Curso de Taquigrafia, e ensinou o método Taylor.
Foram oito os primeiros taquígrafos parlamentares do Brasil, que fizeram parte do histórico período da primeira Assembleia Constituinte do Brasil (em 1823):
.Possidônio Antônio Alves
.João Caetano de Almeida e Silva
.Pedro Afonso de Carvalho
.Manoel José Pereira da Silva
.João Estevão da Cruz
.José Gonçalves da Silva
.Vitorino Ribeiro de Oliveira e Silva
.Justiniano Maria dos Santos
Foi árduo o trabalho dos primeiros taquígrafos. As condições em que trabalhavam eram adversas. Era reduzido o número desses profissionais (oito); escrevia-se com pena de pato (material não apropriado para apanhamentos taquigráficos em altas velocidades); não contavam com sistema de som e gravadores como hoje em dia; a tradução dos apanhamentos taquigráficos era feita à mão, já que não dispunham de máquinas de escrever; ficavam situados a grande distância dos oradores, pois, por causa de um preconceito da época, era vedada a entrada de taquígrafos no interior do recinto (o recinto eraexclusivamente reservado para os senhores constituintes); e para piorar, no local a eles reservado para taquigrafar, ouvia-se o barulho da rua comunicado à sala pelas janelas abertas.
Mas, em que pesem todos esses entraves para o bom desempenho de suas funções, foi o trabalho abnegado desses oito primeiros taquígrafos parlamentares brasileiros que permitiu tivesse sido conservado até hoje o que nos legaram os primeiros legisladores do Império.
Conforme muito bem expressou Antônio Pereira Pinto, em 1873, no Memorial� em que narra a história dos Anais da Assembleia Constituinte de 1823, �sem a Taquigrafia, estaria irremediavelmente perdido o rico manancial de estudo e de elementos históricos.
Nota: No que se refere ao tempo gasto na preparação dos oito taquígrafos para trabalharem na Assembleia Constituinte, vamos transcrever aqui um trecho do opúsculo (pequeno livro): Manuscrito n° 5750 do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro (Um estudo sobre taquigrafia)�, preparado pelo renomado Prof. Adhemar Ferreira Lima. (Pág.20) �Se o curso foi criado �logo que se convocou esta Assembleia, como disse o Patriarca, a sua instalação se teria dado logo depois de 3 de junho de 1882, data da convocação. Tudo indica que o oficial da Secretaria de Estado dos Negócios Estrangeiros a que se refere José Bonifácio era Isidoro da Costa Oliveira.
O Dr. Salomão de Vasconcellos (Cem anos de Tachygraphia no Brasil, in Revista Taquigráfica, Rio de Janeiro, fev. 1934, n° 14) demonstra, entretanto, que a primeira aula de taquigrafia no Brasil deve ter sido em 1821. Baseia-se na referência feita por José Pereira da Silva (Silva Velho) com relação aos taquígrafos que prestaram serviços na Constituinte, quando diz:
 “… apesar de terem uma prática assídua na aula de taquigrafia por espaço de dois anos. Tendo sido instalada a Assembleia Constituinte em 1823, só poderiam os taquígrafos ter uma prática por espaço de dois anos, tendo aprendido a técnica em 1821.”.
Confirma Salomão de Vasconcellos essa afirmação de Silva Velho com um Parecer de 3 de agosto de 1826, publicado nos Anais do Senado (Anais do Senado, t.4,p.11-12) relativo a um requerimento do taquígrafo João Caetano de Almeida, no qual declara que o governo desde 1821 o mandara aprender, exercitar e ensinar a arte…�
PERGUNTAS FREQUENTES
1. O que é taquigrafia?
A taquigrafia é um sistema de escrita abreviada. Em geral usa sinais tirados da geometria (retas, círculos, partes do círculo…). Há sistemas de taquigrafia cujos sinais são tirados das letras comuns. Por ser abreviada, permite grande rapidez. É uma escrita fonética, ou seja, cada sinal taquigráfico refere-se a um determinado som, ou a determinados sons. Serve para o registro simultâneo do que está sendo falado: discursos, palestras, aulas, cursos etc. É de grande utilidade para qualquer pessoa, sem distinção.
O emprego da taquigrafia é muito útil para secretários, estudantes, professores, escritores, jornalistas, enfim, para todos que precisam fazer anotações rápidas. De grande interesse também para quem queira escrever algo “em segredo”, para ninguém entender.
Resumindo
- Uma escrita sintética.
- Um sistema de escrita baseada em sons (escrita fonética).
- Um sistema de escrita avançado, que permite grande rapidez.
- Útil para qualquer pessoa.
Além dessas façanhas, a taquigrafia tem o mérito de exercitar a mente de quem a aprende. O estudo da taquigrafia é uma verdadeira escola de disciplina intelectual, de concentração, de atenção, de coordenação, de memória gráfica, glóssica e lógica, de agilidade mental e vivacidade de compreensão.
2. Quem inventou a taquigrafia?
Alguns estudiosos atribuem a invenção da taquigrafia aos hebreus; outros, aos gregos. Mas o primeiro sistema organizado de taquigrafia, como é concebido hoje, ou seja, uma grafia especial por meio de sinais especiais, e aceito oficialmente pelos historiadores como o primeiro sistema organizado de taquigrafia, foram as “Notas Tironianas”, ou “Abreviaturas Tironianas”, sinais taquigráficos inventados por “Tiro” (Marco Túlio Tiro), escravo e secretário de Cícero, o grande orador e político romano.
Segundo o historiador G. Sarpe, no seu livro “Prolegomena ad Tachygraphiam romanam”, publicado em 1829, o primeiro apanhamento estenográfico foi feito por ocasião de um discurso de Cícero contra Verres, no ano de 70 a.C. O segundo apanhamento registrado pela História, segundo Faulmann, foi em 8 de novembro de 63 a.C., por ocasião da segunda Catilinária. Veja o Breve Histórico da Taquigrafia, com detalhes!
3. Para que serve a taquigrafia?
A taquigrafia é muito útil na vida pessoal, no setor profissional e no ambiente escolar.
- NA VIDA PESSOAL
Para fazer anotações rápidas de lembretes, ideias…
Anotações dos pontos principais, numa aula, num curso, numa palestra, numa conferência…
Registro em diário…
Registro em agendas…
Anotações durante programas de rádio, televisão (informações importantes, ideias…) 
Resumos de revistas ou livros…
Troca de correspondência confidencial (com outro taquígrafo)…
Sumários para estudo de matérias…
Rascunhos para relatórios, reportagens em jornais, revistas, livros…
Anotações em reuniões de associações, clubes, grêmios, reuniões de condomínio…
Anotações nas margens de folhetos, revistas, livros…
Anotações de assuntos confidenciais…
- NO SETOR PROFISSIONAL
Anotações em conversas, em entrevistas, em reuniões…
Anotações em consultas…
Anotações durante conversas ao telefone…
Reunião de material e ideias, sumários, minutas, rascunhos para estudo das matérias…
Esboços, projetos para elementos (construtivos) de textos…
Anotação das informações de colaboradores…
Rascunhos para documentos…
Registro das perguntas e respostas em entrevistas (entrevistas de apresentação, entrevistas de vendas, etc.)…
Registro do que está sendo dito, para uma tradução simultânea, palavra por palavra (muito útil para repórteres e jornalistas)…
Anotações de assuntos profissionais/empresariais confidenciais…
Na Câmara e Senado, nas Assembleias Legislativas e Câmaras de Vereadores, registro ao vivo de discursos e debates parlamentares, registro de comissões e depoimentos. Nos Tribunais, registros de discursos, debates, palestras, depoimentos, anotações para Atas…
- NO SETOR ESCOLAR
Fazer anotações durante as aulas, cursos, palestras, conferências…
Anotar exemplos, palavras e regras do quadro-negro…
Anotar particularidades referentes ao dever de casa…
Preparar o próprio relatório, redação, composição, tese, monografia…
Preparação e resumo das aulas (no caso dos professores)…
Montar fichas de apontamentos (dicas) para exercícios orais, falas curtas, apresentações em público…
Fazer anotações nas margens dos livros e revistas…
Fazer anotações como secretário ou moderador em discussões, em grêmios estudantis, em associações…
Fazer minutas (rascunhos) de trabalhos de grande envergadura…
- Área privada
Um taquígrafo pode ser utilizado das seguintes formas, em termos de registro de eventos em geral, ficando o trabalho final na forma de Ata (resumida) ou Ata (Notas taquigráficas, já transcritas na íntegra) ou como Anais (registro de tudo que foi dito no evento).
Ou também como registro de apoio, no caso de jornalistas ao entrevistar alguém, fazendo a anotação simultânea, a tempo real do que é dito durante a entrevista, ou mesmo no apanhado de uma aula, quando o professor está proferindo a aula e o taquígrafo registra também.
- Eventos gerais 
1. Tudo que precisa ter registro escrito do que é expresso oralmente;
2. Pesquisa de mercado (Discussão de grupo – Pesquisa qualitativa -, Entrevistas em profundidade);
3. Reuniões de Conselhos Deliberativos;
4. Conselhos Fiscais;
5. Seminários;
6. Simpósios;
7. Conferências;
8. Encontros;
9. Escritores (na ajuda de colocar a fala oral ao vivo ou gravada em termos escritos);
10. Debates;
11. Entrevistas
12. Assembleias-gerais ordinárias e extraordinárias de Conselhos, Sindicatos, Federações, Confederações, Condomínios;
13. Transcrição de programas de rádio, programas televisivos;
- Área pública
Por meio de concurso público,o taquígrafo pode atuar no Poder Legislativo (em Assembleias Legislativas e Câmaras de Vereadores) e no Poder Judiciário (Tribunal de Justiça, Tribunal Regional Eleitoral, Tribunal Federal Regional, Tribunal de Contas, Tribunal do Trabalho, Tribunais Superiores) e Ministério Público.
4. Qualquer pessoa pode aprender taquigrafia?
Sim, qualquer pessoa pode aprender taquigrafia, do mesmo modo que qualquer pessoa pode ser alfabetizada. Até uma criança pode aprender taquigrafia (com didática adequada a crianças). Na verdade, a taquigrafia é uma nova alfabetização. Em certo sentido é até mais fácil aprender taquigrafia do que aprender a grafia comum.
A taquigrafia é uma grafia mais condensada (é mais condensada exatamente para poder ser veloz), e os sinais taquigráficos indicam sons. 
5. Qual a diferença entre “taquigrafia” e “estenografia”?
Hoje em dia, taquigrafia e estenografia significam a mesma coisa, ou seja, uma escrita abreviada e rápida, com sinais tirados em geral da geometria (partes do círculo, círculo, retas horizontais, verticais, oblíquas…). Antigamente era costume fazer-se uma distinção: alguém que tivesse uma velocidade de apanhamento até 80 palavras por minuto seria um “estenógrafo”; acima de 80 palavras por minuto, seria um “taquígrafo”. Etimologicamente há uma cabal diferença entre “estenografia” e “taquigrafia”.
Em resumo, para que melhor se entenda a significação dos termos, temos:
Taquigrafia – Escrever depressa
Estenografia – Escrever abreviado
Estenotaquigrafia – Escrever depressa e abreviado”.
6. Uma pessoa de um método pode ler o que outra pessoa de outro método taquigrafou?
Não, uma pessoa de um método só consegue ler o que outra pessoa do mesmo método taquigrafou. E às vezes nem isso é possível, caso a outra pessoa tenha deturpado os sinais ou tenha inventado alguns sinais especiais (sinais convencionais) que só ela entende. Nesse caso seria como querer entender “letra de médico”.
Cada método de taquigrafia é diferente do outro. Embora em geral os métodos (os geométricos) tirem os sinais da geometria (partes do círculo, retas horizontais, retas verticais, oblíquas, etc.), cada sinalzinho em cada método tem um valor diferente, um som diferente. Taquigramas (sinais convencionais) que diferem bastante de um método para outro.
7. Num concurso, a folha taquigrafada também é corrigida? Ou só a tradução?
Não, num concurso público a folha taquigrafada não é corrigida. O que é corrigido é o texto traduzido. Para um examinador poder corrigir a folha taquigrafada de todos os métodos num concurso seria preciso que ele soubesse muito bem todos os métodos.
E mesmo que ele soubesse todos os métodos, ele não iria conseguir interpretar (portanto, não iria poder corrigir) os sinais deturpados de alguns candidatos e muito menos os sinais convencionais inventados e usados por alguns candidatos. De modo que é praticamente impossível um examinador conseguir interpretar e corrigir todos os sinais taquigráficos de todos os métodos de taquigrafia existentes num concurso público.
8. Qual a velocidade taquigráfica exigida em concursos?
A velocidade taquigráfica exigida em concurso vai depender do critério de cada instituição.
No Censo Taquigráfico Brasileiro, feito em 2013, para a pergunta “Qual a velocidade exigida na prova técnica de registro taquigráfico?”, as respostas (de instituições do Judiciário e do Legislativo no Brasil) variaram.
Obtivemos as seguintes velocidades: 60 palavras por minuto, 70, 75, 80, 85, 90, 95, 100, 105, 108, 110, 115, 120. O tempo dos ditados também variou: ditados de 5 minutos e ditados de 10 minutos. Alguns numa só velocidade, outros em velocidade crescente, por exemplo, cinco minutos de 100 a 110 palavras por minuto. Veja uma relação completa nas páginas 35 e 36 (Perguntas 12 e 13) do Censo 2003.
9. Como é feita a contagem das palavras? Os artigos (“o”, “a”, “os”, “as”), as preposições e palavras de apenas uma sílaba entram também na contagem?
A rigor, todas as “palavras” entram na contagem, sem distinção. Cada palavra é contada como uma unidade, não importando quantas sílabas tenha. Assim, para efeito de contagem num ditado de taquigrafia, a palavra “de” é contada como uma palavra, assim como a palavra “incomensuravelmente”.
Pela lógica, não é um critério de contagem justo, porque o “de” tem apenas uma sílaba, enquanto “incomensuravelmente” tem oito. Na Europa e em outros países fora da Europa é costume a contagem por sílabas, não por palavras. Mas este sistema de contagem por sílabas, embora pareça um critério “justíssimo”, não o é. E por que não o é? Pelo seguinte: há, em taquigrafia, o que se chama de “sinais convencionais”.
Um “sinal convencional” às vezes é apenas um pequeno sinal que vale para uma frase inteira. Por exemplo, a frase “Vossa Excelência me permite um aparte?”, muito usada no Legislativo, tem um sinal especial. Mas esta frase, de apenas um sinal especial tem, na verdade, 15 sílabas! Então, serão contadas 15 sílabas, mas na realidade o taquígrafo vai fazer um só sinal taquigráfico.
De modo que tanto a contagem por palavras quanto a contagem por sílabas não são – tecnicamente falando – justas. Mas são os dois critérios adotados no mundo inteiro. No Brasil, repito, a contagem é feita por palavras, qualquer palavra é contada como uma palavra, mesmo as de uma sílaba só.
Quanto aos números, a contagem costuma ser feita em relação ao que é pronunciado (pois a taquigrafia é um sistema de grafia fonética). Assim, 15, embora tenha dois números (o 1 e o 5), é contado como uma palavra só, porque é assim que é pronunciado: “quinze”. O número 2005 é contado como “quatro palavras”, (dois-mil-e-cinco).
10. Qual o melhor método de taquigrafia?
Um bom método de taquigrafia é aquele que é “fácil de aprender”, “fácil de taquigrafar” e “fácil de traduzir”, “que seja o mais condensado possível, quer com o uso de iniciais e terminações especiais, quer com o uso abundante de taquigramas (ou “sinais convencionais”)”.
Enfim, o método ideal de taquigrafia é aquele que propicia ao taquígrafo uma grande fluidez na escrita e na leitura. Às vezes acontece de um método (ou sistema) de taquigrafia ser inventado por alguém e depois ir sofrendo mudanças, aperfeiçoamentos através dos tempos.
11. Quantas palavras por minuto alguém consegue taquigrafar?
No idioma português, a velocidade taquigráfica alcança bem umas 140 palavras por minuto. Talvez, um taquígrafo experiente, que treine velocidade todos os dias, e se utilize de grande número de sinais convencionais, consiga ir um pouco além.
Mas vai depender muito das palavras empregadas num texto, num ditado. No caso de um discurso, de uma palestra, de um curso, vai também depender muito das palavras empregadas pelo orador. Em resumo: a extensão das palavras, a complexidade dos traçados taquigráficos, o ritmo, a cadência daquele que fala, tudo vai influenciar na desenvoltura, na fluência e na velocidade taquigráfica.
É importante ainda salientar que o estado de espírito e o estado físico de um taquígrafo também exercem papel fundamental na velocidade taquigráfica.
12. Um método de taquigrafia usado no Brasil serve para taquigrafar em outros idiomas?
Sim, em geral um método de taquigrafia costuma ser adaptado a outros idiomas. Digo adaptado porque cada sinal taquigráfico indica um som. E há determinados sons que existem num idioma e não existem em outro.
Por exemplo, o som típico do inglês “th” (como em “this”, ”that”) não existe em português. Por outro lado, o inglês não tem o som do nosso “lh” (como em “filho”). Então é muito comum o autor de um método fazer adaptações, fazendo trocas. Por exemplo, o sinal taquigráfico referente ao nosso “lh” serviria para o “th” no idioma inglês.
É interessante saber que o primeiro método usado no Brasil, o Taylor, é um método inglês. Foi adaptado à língua portuguesa. Da mesma forma foram adaptados ao português os métodos Pitman (inglês), Martí (espanhol), Duployé (francês) e vários outros. Atualmente o método mais utilizado no Brasil é o de autoria do Dr. Oscar Leite Alves, democratizado para alíngua portuguesa. Empregado na docência da faculdade UPIS.
13. Ainda se usa muito taquigrafia? Com toda a tecnologia que existe hoje?
Sim, usa-se bastante a taquigrafia em todo o mundo, mas não na medida em que o deveria ser, considerando a sua imensa utilidade. E isso se dá por três motivos principais: falta de conhecimento, falta de divulgação e falta de professores de taquigrafia. A taquigrafia é um sistema de escrita abreviada e rápida, que consegue fazer o que a grafia comum não consegue.
A grafia comum é lenta, atinge umas 30 palavras por minuto apenas, enquanto a taquigrafia consegue a proeza de anotar até 140 palavras por minuto. É uma escrita veloz, um sistema avançadíssimo de escrita. Como tal, é de grande valia para qualquer pessoa, bastando apenas um papel, um lápis ou uma caneta. Em qualquer lugar se pode taquigrafar.
De modo que, mesmo com toda a tecnologia que existe e que virá, sempre haverá um lugar todo especial para a taquigrafia.
Da mesma forma que a tecnologia não eliminou a grafia comum, não eliminou os livros, também não haverá desta forma eliminar a taquigrafia, que é por premissa valiosa, e em algumas situações, várias vezes superiores à grafia comum, que é lerda por natureza. Feliz aquele que sabe os dois modos de escrever: a comum e a veloz!
O taquígrafo profissional tem ainda, por razão de ofício, de aumentar sempre e cada vez mais o seu cabedal, a sua bagagem cultural, os seus conhecimentos gerais, para poder cada vez mais interpretar e redigir melhor.
14. Quanto tempo alguém leva para aprender taquigrafia?
Quando alguém se apresenta para aprender taquigrafia, a primeira pergunta geralmente é esta: “professor, quanto tempo eu vou levar para aprender taquigrafia?” Resposta: se você dispuser de uma hora por dia para o estudo da lição e feitura dos exercícios, se for um aluno aplicado, fizer um estudo sistemático, fizer todos os exercícios com atenção, poderá aprender o método em três meses. 
Ficará apto, então, a escrever qualquer coisa em taquigrafia. Em geral, o prazo é este: três meses. Poderá ser mais ou um pouco menos, dependendo do tempo disponível para o aprendizado. Há alunos que levam cinco meses para o aprendizado do método. Aprendido o método, passa-se ao treinamento da velocidade taquigráfica, cuja duração também dependerá do tempo disponível para o treinamento. Uma pessoa que treina uma hora por dia, terá um rendimento muito bom!
É preciso enfatizar ainda o seguinte: o bom taquígrafo, mesmo depois de formado, sempre treinará a velocidade taquigráfica – para se manter em forma! Como o pianista, os instrumentistas, como os atletas. E por quê? Para continuar mantendo e se possível até aumentar os “reflexos condicionados”, o “automatismo”.
15. Que maquininha é aquela que se vê em julgamentos nos filmes…?
Aquela maquininha com teclados é a máquina de estenotipia (taquigrafia mecânica). Há um rolinho (como as das máquinas de calcular) aonde vão sendo impressos os sinais taquigráficos na medida em que o estenotipista (taquígrafo) vai digitando os sinais no teclado.
Depois, o estenotipista fará a tradução dos sinais taquigráficos impressos no rolinho. Hoje já existem máquinas de estenotipia acopladas ao computados.
A tradução vai aparecendo na tela simultaneamente ao registro do que é falado, na medida em que o estenotipista vai digitando na máquina de estenotipia.
Essa tradução dos sinais taquigráficos (que costumam chamar de “tradução em tempo real”) é feita através de um software específico.
Concluindo, a taquigrafia é especialmente necessária nos Tribunais Superiores, no Congresso Nacional e nas Assembleias Legislativas, em razão da rapidez e fidedignidade com que se registra o que foi declarado oralmente.
Seu uso pode se estender não só aos congressos, eventos e palestras que precisem registrar de modo eficaz o que foi dito, como também às emissoras de TV, que utilizam o sistema Closed Caption (comumente referido pela sigla CC), é um sistema de transmissão de legendas via sinal de televisão, utilizado para auxiliar deficientes auditivos. Mais do que uma legenda convencional, ela indica em palavras os outros sons do vídeo. Em programas gravados, é o mesmo texto do teleponto. Para os programas ao vivo, no entanto, há dois métodos de produção: estenotipia, comum nos Estados Unidos, que consiste no registro integral de diálogos pelo estenotipista num teclado especial, cujos botões são baseados em fonemas em vez de letras; Esse sistema gera legendas que facilitam a transmissão das falas para os deficientes auditivos.
Embora hoje existam tecnologias avançados, como modernos gravadores e computadores de ponta que convertem em caracteres as palavras de um discurso, o taquígrafo ou estenógrafo ainda tem espaço, pois, na verdade, os gravadores e os computadores são ferramentas de apoio para eles, mas não podem substituí-lo.
Os gravadores estão sujeitos a falhas técnicas, e os computadores apresentam problemas e estão sujeitos a vírus.
Já o ser humano, apesar dos seus limites, é mais confiável que as máquinas.
Fontes:
SILVEIRA, DORA LÚCIA DE AGUIAR. TAQUIGRAFIA: MÉTODO: OSCAR LEITE ALVES: APRENDIZADO.
 www.tj.pa.gov.br/Taquibrás/www.taquigrafia.emfoco.nom.br/www.
taquigrafos.com.br/www.paulinas.org.br

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