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CURSO DE EDUCAÇÃO FÍSICA Turma: 1º PERÍODO Disciplina: ANATOMIA HUMANA I Aula: 8 Prof. Dr. Luciana Firmes Marinato Mantida pelo Instituto Vale do Cricaré Ltda. Recredenciada pela portaria MEC 43 de 18-01-2017 2 Anatomia do Sistema Reprodutivo Masculino A maioria dos sistemas orgânicos do corpo funciona quase continuamente para manter o bem-estar do indivíduo. O sistema genital, no entanto, parece “ficar adormecido” até a puberdade, passando a desempenhar um papel importante na vida adulta. Embora os órgãos genitais masculinos e femininos sejam bem diferentes, eles compartilham uma finalidade comum: gerar uma prole. Os órgãos sexuais, ou genitais, são divididos em órgãos primários e acessórios. Os órgãos sexuais primários, ou gônadas (“sementes”), são os testículos nos homens. As gônadas produzem as células sexuais, ou gametas — os espermatozoides nos homens — que se fundem com o ovócito (originado da mulher) e formam um ovo fertilizado. Todos os outros órgãos sexuais em ambos os sexos são órgãos sexuais acessórios, incluindo as glândulas internas e os ductos que nutrem os gametas e os transportam para fora do corpo e os genitais externos. Além de produzirem células sexuais, as gônadas secretam hormônios sexuais e, portanto, funcionam como glândulas endócrinas. Os hormônios são moléculas mensageiras que percorrem a corrente sanguínea para sinalizar várias respostas fisiológicas em determinados órgãos-alvo. Os hormônios sexuais desempenham papéis vitais no desenvolvimento, manutenção e função de todos os órgãos sexuais. No homem, o hormônio sexual de maior importância é a testosterona. No sistema genital masculino, as gônadas são os testículos produtores de espermatozoides situados no escroto. Partindo dos testículos, os espermatozoides seguem para fora do corpo através de um sistema de ductos (vias espermáticas) na seguinte ordem: epidídimo, ducto deferente, ducto ejaculatório e, finalmente, uretra, que se abre na extremidade do pênis. As glândulas sexuais acessórias, que liberam suas secreções nas vias espermáticas durante a ejaculação, são as glândulas seminais, a próstata e as glândulas bulbouretrais. Testículo O par de testículos ovais está situado no escroto (“bolsa”), um saco de pele e fáscia superficial localizado inferiormente e do lado de fora da cavidade da pelve, próximo à raiz do pênis. O espermatozoide viável não pode ser produzido na temperatura central do corpo (37°C), por isso a posição superficial do escroto proporciona um ambiente aproximadamente 3 °C mais frio, uma adaptação essencial para o funcionamento do testículo. Além disso, o escroto responde às mudanças na temperatura externa. Em condições de frio, os testículos são tracionados para cima na direção da parede 3 corporal aquecida e a pele escrotal se enruga para aumentar sua espessura e diminuir a perda de calor. Cada testículo tem, em média, 2,5 cm de largura e 4 cm de comprimento. Dentro do escroto, cada testículo é posterior e parcialmente envolvido por um saco seroso chamado túnica vaginal. Profunda à lâmina visceral da túnica vaginal situa-se a túnica albugínea (“cobertura branca”), a cápsula fibrosa do testículo. 4 O testículo é repleto de túbulos seminíferos contorcidos (“transportadores de espermatozoides”), as verdadeiras “fábricas de espermatozoides”. A maioria desses túbulos consiste em alças parecidas com grampos de cabelo. Posteriormente, os túbulos seminíferos contorcidos de cada lóbulo convergem e formam um túbulo seminífero reto que transporta os espermatozoides para a rede do testículo, uma rede complexa de minúsculos tubos ramificados. Partindo da rede do testículo, os espermatozoides saem do testículo através de uma dúzia, aproximadamente, de dúctulos eferentes que entram no epidídimo, uma estrutura em forma de vírgula que abraça a superfície externa posterior do testículo. Epidídimo Os espermatozoides ainda não são plenamente funcionais quando saem dos testículos. É no epidídimo (“ao lado do testículo”) que os espermatozoides amadurecem. Ele é um órgão em forma de vírgula que se arqueia sobre a face posterior e lateral do testículo. A cabeça do epidídimo contém os dúctulos eferentes que desembocam no ducto do epidídimo, um ducto altamente espiralado que completa a cabeça e forma todo o corpo e cauda desse órgão. Com um comprimento não espiralado de mais de 6 m, o ducto do epidídimo é mais comprido do que o intestino inteiro. 5 Ducto deferente O ducto deferente (“que leva para longe”), ou vaso deferente, armazena e transporta os espermatozoides durante a ejaculação e tem aproximadamente 45 cm de comprimento. Partindo da cauda do epidídimo, o ducto deferente segue superiormente dentro do funículo espermático (um tubo de fáscia que também contém os vasos e nervos do testículo), passa pelo canal inguinal, através da parede do abdome e entra na cavidade pélvica. A partir daí, o ducto deferente continua posteriormente ao longo da parede lateral da pelve verdadeira, arqueia-se medialmente sobre o ureter e desce ao longo da parede posterior da bexiga. Sua extremidade distal expande-se como a ampola (“frasco”) do ducto deferente e depois se junta ao ducto da glândula seminal para formar o curto ducto ejaculatório. Cada ducto ejaculatório segue dentro da próstata, onde se abre na parte prostática da uretra. 6 Uretra Nos homens, a uretra leva os espermatozoides dos ductos ejaculatórios para fora do corpo. Suas três partes são a parte prostática da uretra na próstata, a parte intermédia da uretra no diafragma da pelve e a parte esponjosa da uretra no corpo esponjoso do pênis. Glândulas acessórias As glândulas acessórias nos homens incluem o par de glândulas seminais, a próstata e o par de glândulas bulbouretrais. Essas glândulas produzem a maior parte do sêmen, uma mistura de espermatozoides e secreções das glândulas acessórias e dos ductos acessórios. - Glândulas seminais As glândulas seminais (ou vesículas seminais) situam-se na superfície posterior da bexiga, são ocas e têm aproximadamente a forma e o tamanho de um dedo (5 a 7 cm); porém, como uma glândula seminal é dobrada e enrolada sobre si mesma, seu comprimento verdadeiro (desenrolado) é de aproximadamente 15 cm. Como foi observado anteriormente, o ducto de cada glândula seminal une-se ao ducto deferente no mesmo lado do corpo para formar um ducto ejaculatório dentro da próstata. Os espermatozoides e o fluido seminal misturam-se no ducto ejaculatório e entram na parte prostática da uretra durante a ejaculação. 7 - Próstata A próstata (figura acima), que tem o tamanho e a forma de uma castanha, circunda a primeira parte da uretra numa posição imediatamente inferior à bexiga. A próstata consiste em 20-30 glândulas tubuloalveolares compostas, pertencentes a três classes — principal, submucosa e mucosa. As glândulas estão embutidas em uma massa de tecido conjuntivo denso e músculo liso, chamada estroma fibromuscular. É um órgão muito susceptível a tumores e sujeito à infecção nas doenças sexualmente transmissíveis. - Glândulas bulbouretrais As glândulas bulbouretrais têm o tamanho de uma ervilha e estão situadas inferiormente à próstata, dentro do diafragma urogenital. Essas glândulas tubuloalveolares compostas produzem um muco, parte do qual entra na parte esponjosa da uretra quando o homem fica excitado sexualmente, antes da ejaculação. Esse muco neutraliza os traços de urina ácida na uretra e a lubrifica para a passagem suave do sêmen durante a ejaculação. Pênis O pênis (“cauda”), o órgão masculino para o intercurso sexual, leva espermatozoides para dentro do trato reprodutor feminino. Juntos, ele e o escroto compõem as estruturas reprodutoras externas, ou genitais externos, do homem. O pênis consisteem uma raiz fixa e um corpo livre que termina em uma ponta alargada chamada glande do pênis. A pele que cobre o pênis é frouxa e estende- -se na direção distal em volta da glande, formando uma manga chamada prepúcio. Internamente, o pênis contém a parte esponjosa da uretra e três corpos cilíndricos longos de tecido erétil (um corpo esponjoso e dois corpos cavernosos). Cada um desses três corpos eréteis é um tubo espesso coberto por uma bainha de tecido conjuntivo denso e preenchido com uma rede de partições que consistem em músculo liso e tecido conjuntivo. Essa rede esponjosa, por sua vez, é preenchida com espaços vasculares. Referências Bibliográficas TORTORA G., DERRICKSON B. Corpo Humano- Fundamentos de Anatomia e Fisiologia. 8ed. Porto Alegre: Artmed, 2012. MARIEB E. N., WILHELM P. B., MALLAT J. Anatomia Humana. 7ed. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2014. NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.
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