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ANOTAÇÕES DE AULA 4 TEORIA DO DIREITO

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ANOTAÇÕES DE AULA 4 TEORIA DO DIREITO
O DIREITO COMO CIÊNCIA
(Epistemologia Jurídica)
ESTA AULA:
VISÃO CONJUNTA DA CIÊNCIA DO DIREITO: 
>AS DIVERSAS CIÊNCIAS JURÍDICAS; 
>A DIVISÃO DO DIREITO EM PÚBLICO E PRIVADO.
AS DIVERSAS CIÊNCIAS JURÍDICAS 
Visão conjunta da ordem jurídica 
Situado o direito no conjunto dos conhecimentos humanos, devemos, em seguida, procurar ter uma visão conjunta da ordem jurídica. Para isso, podemos percorrer dois caminhos: 
a) examinar o quadro atual das diversas ciências jurídicas, especialmente: - a Epistemologia Jurídica 
- a Axiologia Jurídica 
- a Dogmática Jurídica 
- a Sociologia Jurídica 
- outras ciências jurídicas 
b) focalizar a tradicional divisão do direito em público e privado e sua ramificação atual que, com ligeiras diferenças entre os juristas, apresenta o seguinte quadro: 
- Direito Público: 
Interno: 
Direito Constitucional 
Direito Administrativo
Direito Processual
Direito Financeiro
Direito Tributário
Direito Penal 
*Direito Internacional Privado 
Externo: 
Direito Internacional Público 
*Direito Internacional Privado 
- Direito Privado: 
Comum: 
Direito Civil 
Especial:
Direito Empresarial 
Direito do Trabalho
Direito do Consumidor 
*Direito Internacional Privado 
Ciência do direito, em sua acepção mais ampla, apresenta o seguinte quadro das principais disciplinas jurídicas: 
a EPISTEMOLOGIA JURÍDICA, que é a teoria do conhecimento científico do direito; 
a AXIOLOGIA JURÍDICA ou teoria dos valores jurídicos e especialmente da justiça; 
a DOGMÁTICA JURÍDICA ou teoria do direito como norma; que inclui a técnica jurídica; 
a TEORIA DOS DIREITOS SUBJETIVOS ou teoria do direito como poder, que alguns autores incluem na dogmática jurídica;
a SOCIOLOGIA JURÍDICA, que é o estudo do direito como fenômeno social.
EPISTEMOLOGIA JURÍDICA 
Epistomologia - do grego episteme (ciência) e logo (estudo) - é a teoria da ciência. 
Estuda as características próprias do objeto e do método de cada ciência, investigando suas relações e os princípios comuns ou diferenciais; esse é o sentido estrito. 
Muitos autores, entretanto, dão ao termo "epistemologia" o sentido amplo de teoria do conhecimento em geral e não apenas o de teoria da ciência. Identificam assim epistemologia e gnosiologia (do grego gnósis, conhecimento). 
Epistemologia jurídica é, em sentido estrito, a teoria da ciência do direito. 
O estudo das características relativas ao objeto e aos métodos das diversas ciências jurídicas - a dogmática jurídica, a sociologia do Direito, a técnica jurídica etc. -, sua posição no quadro das ciências e suas relações com as ciências afins.
E, em sentido amplo, epistemologia do Direito é a teoria do conhecimento jurídico em todas as suas modalidades: 
os "conceitos" jurídicos, 
as "proposições" ou juízos do direito, 
o "raciocínio" jurídico, 
a "ciência" ou ciências do direito etc. 
É a teoria do conhecimento aplicada às coisas do direito.
Epistemologia recebe, ainda, uma terceira significação que a identifica com a "filosofia da ciência", isto é, o estudo crítico de todos os pressupostos ou postulados de cada ciência.
AXIOLOGIA JURÍDICA
Axiologia - do grego, axiós, apreciação, estimativa - é a parte da filosofia que se ocupa do problema dos valores, tais como o bem, o belo, o verdadeiro. Em síntese, é a teoria dos valores.
Axiologia jurídica é o estudo dos valores jurídicos, na base dos quais está a justiça. 
Recebe também as denominações de Teoria dos valores jurídicos, Teoria do direito justo, Estimativa jurídica, Teoria da justiça. 
Del Vecchio prefere denominá-la Deontologia jurídica - etimologicamente: ciência do que deve ser (do grego, deontós, que significa "dever"), porque lhe compete investigar o que "deve" ou "deveria" ser o direito, diante do que "é" na realidade. 
DOGMÁTICA JURÍDICA
A dogmática jurídica é o estudo do sistema de normas jurídicas vigentes em determinada época e local. 
Seu objetivo é conhecer as normas, interpretá-las, integrá-las no sistema, aplicá-las aos casos concretos. 
É chamada "dogmática" porque a situação do jurista - seja ele advogado, juiz, escrivão, promotor - perante a norma jurídica é semelhante à do fiel diante dos dogmas. Deve aceitar a norma vigente como ponto de partida inatacável. Muitos preferem denominá-la Teoria do Direito Positivo ou Ciência do Direito em sentido estrito ou, ainda, Jurisprudência, Jurisprudência dogmática, Jurisprudência técnica.
TEORIA DOS DIREITOS SUBJETIVOS 
Do campo da dogmática jurídica pode ser destacada a "Teoria dos direitos subjetivos", também estudada sob a designação de "Teoria do direito como poder", em oposição ao "Direito como regra". 
A regra do direito constitui apenas um primeiro aspecto da realidade jurídica. Toda "regra" se traduz, na prática, pelo "poder" reconhecido a uma pessoa (privada ou pública) para agir em determinado sentido nas relações sociais. Este segundo aspecto é, na realidade, consequência do primeiro. 
Trata-se, entretanto, de colocá-lo em plena luz, a fim de conhecer os meios que o direito oferece às partes, como decorrência da norma. 
SOCIOLOGIA JURÍDICA
A sociologia do Direito é a disciplina que tem por objeto o estudo do fenômeno jurídico, considerado como fato social. É ciência teórica ou especulativa, no sentido de que estuda o direito, não como um dever-ser, mas como um "ser" ou fenômeno social, considerando-o em si mesmo, em sua evolução e em suas relações com os demais setores da vida social, tais como a economia, a arte, a técnica, a moral, a religião. 
Apesar de possuir raízes antigas em Aristóteles (385322 a.C.), Hobbes (1588- 1679), Espinoza (1632-1677), Montesquieu (1689-1755) e outros, a sociologia jurídica é ciência de constituição recente, ou "ainda em pleno período de formação", como diz Gurvitch,que aponta entre seus fundadores europeus: E. Durkheim (1858-1917), L. Duguit (1859-1928), E. Levy (1880-1943), M. Hauriou (1856-1929), Max Weber (1864-1920), Ehrlich (1862-1922) e os americanos O. W. Holmes (1841-1936), Roscoe Pound e Benjamin Cardozo (1870-1938). 
OBSERVAÇÃO:
Ao verdadeiro jurista não pode faltar conhecimento da natureza de sua ciência (epistemologia) e dos valores fundamentais (axiologia) que dão sentido e significação a qualquer instituição jurídica. 
Não lhe poderá faltar, também, o conhecimento da realidade jurídico-social que é a própria vida do direito. 
Daí o tríplice aspecto: jurídico (estrito senso), filosófico e sociológico, que deve ter o curso de teoria do direito. 
A DIVISÃO DO DIREITO EM PÚBLICO E PRIVADO
Entre as possibilidades que existem de apresentar globalmente a ordem jurídica, destaca-se a tradicional divisão do direito em púbico e privado.
Dentre os inúmeros critérios propostos para estabelecer a distinção entre esses dois ramos, está o que se fundamenta no objeto material da ciência jurídica. O direito tem por matéria as relações sociais. Seu objetivo é a ordenação da vida social. E esta consta de duas espécies de relações:
a) relações em que a própria sociedade, representada pelo Estado, é parte; 
b) relações dos participantes entre si. 
As relações sociais em que o Estado, como tal, é parte, são reguladas pelo Direito público. 
As relações dos particulares entre si são reguladas pelo Direito privado. 
O Direito público regula a organização e a atividade do estado considerado: 
- em si mesmo; 
- em suas relações com os particulares; 
- em suas relações com outros Estados. 
Assim, o Direito Constitucional, ao regular a divisão dos Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário, dispõe sobre a organização do Estado, considerado em si mesmo. O Direito Tributário, ao fixar os tributos, regula relações entre o Estado e os particulares. O Direito Internacional Público regula as relações dos Estados entre si. 
Por Estado, deve-se entender: 
a) o Poder Público representado, no Brasil, pela União, os estados e os municípios, com todas as suas ramificações: ministérios, secretarias, departamentos; 
b) as autarquias e outros órgãos, que têm personalidadejurídica distinta da do Estado, mas que a ele se ligam intimamente, por serem por ele criados e exercerem funções públicas; é o caso da Ordem dos Advogados do Brasil, Banco Central etc.; 
c) as organizações como a ONU, UNESCO, FAO, que são órgãos supracionais reconhecidos pelos Estados e que mantêm relações jurídicas com organismos governamentais e não governamentais. 
O Direito privado regula as relações dos particulares entre si. 
Por particulares deve-se entender: 
a) os indivíduos, também chamados pessoas físicas ou naturais;
 
b) as instituições ou entidades particulares, como as associações, as fundações, as sociedades civis ou comerciais etc., também chamadas pessoas jurídicas de direito privado; 
c) o próprio Estado, em condições especiais, quando participa de uma transação jurídica, não na qualidade de Poder Público, mas na de simples particular, como no caso em que, locatário de um prédio, ele figura na condição de inquilino, sujeito, como os demais, à lei do inquilinato. 
As relações jurídicas entre essas pessoas ou entidades são regidas pelo Direito privado. 
DIREITO PÚBLICO
Direito Constitucional fixa as bases do Estado. 
Direito Administrativo regula as atividades e os serviços do poder público. 
Direito Financeiro e o Tributário têm por objeto as finanças públicas e os tributos em geral. 
Direito Processual disciplina a organização do Poder Judiciário e o processo a ser observado nas ações submetidas à Justiça. 
Direito Penal define os crimes e estabelece as penas a serem aplicadas pelo Poder Público. 
Direito Internacional Público regula as relações entre os Estados e a atividade dos organismos internacionais. 
DIREITO PRIVADO
Direito Civil é considerado Direito privado comum, porque rege as relações entre particulares, considerando-os simplesmente como pessoas e não como membros de uma profissão ou nacionalidade. Regula os direitos das pessoas, enquanto tais, em suas relações de família e em suas relações patrimoniais. 
Do Direito Civil, como tronco comum, nasceram os ramos especiais do Direito privado. 
Direito Empresarial que estabelece normas especiais disciplinando a atividade da empresa.
Direito do Trabalho regula as relações de emprego e a proteção à pessoa e aos direitos do trabalhador. Em virtude da forte atuação do Estado nessa proteção, o Direito de Trabalho pode ser também considerado como um ramo do Direito público. 
Direito Internacional Privado rege as relações entre particulares na sociedade internacional. 
NOVOS RAMOS 
A divisão não é rígida nem definitiva. Diversos ramos novos continuam a se constituir, passando a figurar como direitos autônomos. 
É o caso do Direito Financeiro e do Direito Tributário, que já se destacaram do Direito Administrativo. 
Mais recentemente, estão se formando, entre outros, o Direito Ambiental, o Direito Urbanístico e o Direito do Consumidor. 
OBSERVAÇÃO: Essa divisão acompanhou a evolução do direito desde Roma, e, apesar das críticas que tem recebido, não foi, até hoje, substituída com vantagem por qualquer outra.

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