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13a edição Atualizada até fevereiro de 2020 Código de Processo Civil e normas correlatas SENADO FEDERAL Mesa Biênio 2019 – 2020 Senador Davi Alcolumbre PRESIDENTE Senador Antonio Anastasia PRIMEIRO-VICE-PRESIDENTE Senador Lasier Martins SEGUNDO-VICE-PRESIDENTE Senador Sérgio Petecão PRIMEIRO-SECRETÁRIO Senador Eduardo Gomes SEGUNDO-SECRETÁRIO Senador Flávio Bolsonaro TERCEIRO-SECRETÁRIO Senador Luis Carlos Heinze QUARTO-SECRETÁRIO SUPLENTES DE SECRETÁRIO Senador Marcos do Val Senador Weverton Senador Jaques Wagner Senadora Leila Barros Brasília – 2020 Código de Processo Civil e normas correlatas 13a edição Secretaria de Editoração e Publicações Coordenação de Edições Técnicas Coordenação de Edições Técnicas Senado Federal, Bloco 08, Mezanino, Setor 011 CEP: 70165-900 – Brasília, DF E-mail: livros@senado.leg.br Alô Senado: 0800 61 2211 Código de Processo Civil e normas correlatas. – 13. ed. – Brasília, DF : Senado Federal, Coordenação de Edições Técnicas, 2020. 290 p. Conteúdo: Dispositivos constitucionais pertinentes – Código de Processo Civil – Normas correlatas – Informações complementares. ISBN: 978-85-528-0089-7 (Impresso) ISBN: 978-85-528-0090-3 (PDF) ISBN: 978-85-528-0091-0 (ePub) 1. Direito civil, legislação, Brasil. 2. Processo civil, legislação, Brasil. 3. Brasil. [Código de Processo Civil (2015)]. CDDir 341.46 Edição do Senado Federal Diretora-Geral: Ilana Trombka Secretário-Geral da Mesa: Luiz Fernando Bandeira de Mello Filho Impressa na Secretaria de Editoração e Publicações Diretor: Fabrício Ferrão Araújo Produzida na Coordenação de Edições Técnicas Coordenador: Aloysio de Brito Vieira Organização, atualização e revisão técnica: Serviço de Pesquisa Projeto gráfico e editoração: Serviço de Publicações Técnico-Legislativas Atualizada até fevereiro de 2020. As normas aqui apresentadas não substituem as publicações do Diário Oficial da União. Sumário 9 Apresentação Dispositivos constitucionais pertinentes 12 Constituição da República Federativa do Brasil Código de Processo Civil 20 Índice sistemático da Lei no 13.105/2015 26 Lei no 13.105/2015 Código de Processo Civil. Normas correlatas 184 Lei no 12.318/2010 Dispõe sobre a alienação parental e altera o art. 236 da Lei no 8.069, de 13 de julho de 1990. 186 Lei no 12.153/2009 Dispõe sobre os Juizados Especiais da Fazenda Pública no âmbito dos Estados, do Distrito Federal, dos Territórios e dos Municípios. 190 Lei no 12.016/2009 Disciplina o mandado de segurança individual e coletivo e dá outras providências. 195 Lei no 11.804/2008 Disciplina o direito a alimentos gravídicos e a forma como ele será exercido e dá outras providências. 196 Lei no 11.419/2006 Dispõe sobre a informatização do processo judicial; altera a Lei no 5.869, de 11 de janeiro de 1973 – Código de Processo Civil; e dá outras providências. 200 Lei no 10.259/2001 Dispõe sobre a instituição dos Juizados Especiais Cíveis e Criminais no âmbito da Justiça Federal. 204 Lei no 9.868/1999 Dispõe sobre o processo e julgamento da ação direta de inconstitucionalidade e da ação declaratória de constitucionalidade perante o Supremo Tribunal Federal. 209 Lei no 9.507/1997 Regula o direito de acesso a informações e disciplina o rito processual do habeas data. 212 Lei no 9.307/1996 Dispõe sobre a arbitragem. 219 Lei no 9.289/1996 Dispõe sobre as custas devidas à União, na Justiça Federal de primeiro e segundo graus e dá outras providências. 222 Lei no 9.099/1995 Dispõe sobre os Juizados Especiais Cíveis e Criminais e dá outras providências. 234 Lei no 8.560/1992 Regula a investigação de paternidade dos filhos havidos fora do casamento e dá outras providências. 236 Lei no 8.038/1990 Institui normas procedimentais para os processos que especifica, perante o Superior Tribunal de Justiça e o Supremo Tribunal Federal. 240 Lei no 8.009/1990 Dispõe sobre a impenhorabilidade do bem de família. 242 Lei no 7.913/1989 Dispõe sobre a ação civil pública de responsabilidade por danos causados aos investidores no mercado de valores mobiliários. 243 Lei no 7.347/1985 Disciplina a ação civil pública de responsabilidade por danos causados ao meio ambiente, ao consumidor, a bens e direitos de valor artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico[…] 246 Lei no 6.830/1980 Dispõe sobre a cobrança judicial da Dívida Ativa da Fazenda Pública e dá outras providências. 253 Lei no 5.478/1968 Dispõe sobre ação de alimentos e dá outras providências. 257 Lei no 4.717/1965 Regula a Ação Popular. 262 Lei no 1.060/1950 Estabelece normas para a concessão de assistência judiciária aos necessitados. Informações complementares 266 Índice temático do Código de Processo Civil O conteúdo aqui apresentado está atualizado até a data de fechamento da edição. Eventuais notas de rodapé trazem informações complementares acerca dos dispositivos que compõem as normas compiladas. 9 A pr es en ta çã o Apresentação As obras de legislação do Senado Federal visam a permitir o acesso do cidadão à legislação em vigor relativa a temas específicos de interesse público. Tais coletâneas incluem dispositivos constitucionais, códigos ou leis principais sobre o tema, além de normas correlatas e acordos internacionais relevantes, a depender do assunto. Por meio de compilação atualizada e fidedigna, apresenta- se ao leitor um painel consistente para estudo e consulta. O índice temático, quando apresentado, oferece verbetes com tópicos de relevo, tornando fácil e rápida a consulta a dispositivos de interesse mais pontual. Na Livraria Virtual do Senado (livraria.senado.leg.br), além das obras impressas disponíveis para compra direta, o leitor encontra e-books para download imediato e gratuito. Sugestões e críticas podem ser registradas na página da Livraria e certamente contribuirão para o aprimoramento de nossos livros e periódicos. Dispositivos constitucionais pertinentes 12 C ód ig o de P ro ce ss o C iv il e no rm as c or re la ta s Constituição da República Federativa do Brasil �������������������������������������������������������������������������������� TÍTULO III – Da Organização do Estado �������������������������������������������������������������������������������� CAPÍTULO II – Da União ������������������������������������������������������������������������ Art� 22� Compete privativamente à União le- gislar sobre: I – direito civil, comercial, penal, processual, eleitoral, agrário, marítimo, aeronáutico, espa- cial e do trabalho; �������������������������������������������������������������������������������� XVII – organização judiciária, do Ministério Público do Distrito Federal e dos Territórios e da Defensoria Pública dos Territórios, bem como organização administrativa destes; �������������������������������������������������������������������������������� Parágrafo único� Lei complementar poderá autorizar os Estados a legislar sobre questões es- pecíficas das matérias relacionadas neste artigo� �������������������������������������������������������������������������������� Art� 24� Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente so- bre: I – direito tributário, financeiro, penitenciá- rio, econômico e urbanístico; II – orçamento; III – juntas comerciais; IV – custas dos serviços forenses; V – produção e consumo; VI – florestas, caça, pesca, fauna, conserva- ção da natureza, defesa do solo e dos recursos naturais, proteção do meio ambiente e controle da poluição; VII – proteção ao patrimônio histórico, cul- tural, artístico, turístico e paisagístico; VIII – responsabilidade por dano ao meio ambiente, ao consumidor, a bens e direitos de valor artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico; IX – educação, cultura, ensino, desporto, ciência, tecnologia, pesquisa, desenvolvimento e inovação; X – criação, funcionamento e processo do juizado de pequenas causas; XI – procedimentos em matéria processual; XII – previdência social,proteção e defesa da saúde; XIII – assistência jurídica e defensoria pú- blica; XIV – proteção e integração social das pes- soas portadoras de deficiência; XV – proteção à infância e à juventude; XVI – organização, garantias, direitos e de- veres das polícias civis� § 1o No âmbito da legislação concorrente, a competência da União limitar-se-á a estabelecer normas gerais� § 2o A competência da União para legislar sobre normas gerais não exclui a competência suplementar dos Estados� § 3o Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados exercerão a competência legis- lativa plena, para atender a suas peculiaridades� § 4o A superveniência de lei federal sobre normas gerais suspende a eficácia da lei estadual, no que lhe for contrário� �������������������������������������������������������������������������������� TÍTULO IV – Da Organização dos Poderes CAPÍTULO I – Do Poder Legislativo �������������������������������������������������������������������������������� SEÇÃO VIII – Do Processo Legislativo �������������������������������������������������������������������������������� SUBSEÇÃO III – Das Leis �������������������������������������������������������������������������������� 13 D is po si tiv os c on st itu ci on ai s pe rt in en te s Art� 62� Em caso de relevância e urgência, o Presidente da República poderá adotar medidas provisórias, com força de lei, devendo submetê- -las de imediato ao Congresso Nacional� § 1o É vedada a edição de medidas provisó- rias sobre matéria: I – relativa a: a) nacionalidade, cidadania, direitos políti- cos, partidos políticos e direito eleitoral; b) direito penal, processual penal e proces- sual civil; c) organização do Poder Judiciário e do Ministério Público, a carreira e a garantia de seus membros; d) planos plurianuais, diretrizes orçamen- tárias, orçamento e créditos adicionais e suple- mentares, ressalvado o previsto no art� 167, § 3o; II – que vise a detenção ou sequestro de bens, de poupança popular ou qualquer outro ativo financeiro; III – reservada a lei complementar; IV – já disciplinada em projeto de lei apro- vado pelo Congresso Nacional e pendente de sanção ou veto do Presidente da República� § 2o Medida provisória que implique ins- tituição ou majoração de impostos, exceto os previstos nos arts� 153, I, II, IV, V, e 154, II, só produzirá efeitos no exercício financeiro seguinte se houver sido convertida em lei até o último dia daquele em que foi editada� § 3o As medidas provisórias, ressalvado o disposto nos §§ 11 e 12 perderão eficácia, desde a edição, se não forem convertidas em lei no prazo de sessenta dias, prorrogável, nos termos do § 7o, uma vez por igual período, devendo o Congresso Nacional disciplinar, por decreto le- gislativo, as relações jurídicas delas decorrentes� § 4o O prazo a que se refere o § 3o contar-se-á da publicação da medida provisória, suspen- dendo-se durante os períodos de recesso do Congresso Nacional� § 5o A deliberação de cada uma das Casas do Congresso Nacional sobre o mérito das medidas provisórias dependerá de juízo pré- vio sobre o atendimento de seus pressupostos constitucionais� § 6o Se a medida provisória não for apre- ciada em até quarenta e cinco dias contados de sua publicação, entrará em regime de urgência, subsequentemente, em cada uma das Casas do Congresso Nacional, ficando sobrestadas, até que se ultime a votação, todas as demais deliberações legislativas da Casa em que estiver tramitando� § 7o Prorrogar-se-á uma única vez por igual período a vigência de medida provisória que, no prazo de sessenta dias, contado de sua pu- blicação, não tiver a sua votação encerrada nas duas Casas do Congresso Nacional� § 8o As medidas provisórias terão sua vota- ção iniciada na Câmara dos Deputados� § 9o Caberá à comissão mista de Deputados e Senadores examinar as medidas provisórias e sobre elas emitir parecer, antes de serem apre- ciadas, em sessão separada, pelo plenário de cada uma das Casas do Congresso Nacional� § 10� É vedada a reedição, na mesma sessão legislativa, de medida provisória que tenha sido rejeitada ou que tenha perdido sua eficácia por decurso de prazo� § 11� Não editado o decreto legislativo a que se refere o § 3o até sessenta dias após a rejeição ou perda de eficácia de medida provisória, as relações jurídicas constituídas e decorrentes de atos praticados durante sua vigência conservar- -se-ão por ela regidas� § 12� Aprovado projeto de lei de conversão alterando o texto original da medida provisória, esta manter-se-á integralmente em vigor até que seja sancionado ou vetado o projeto� �������������������������������������������������������������������������������� CAPÍTULO III – Do Poder Judiciário SEÇÃO I – Disposições Gerais Art� 92� São órgãos do Poder Judiciário: I – o Supremo Tribunal Federal; I-A – o Conselho Nacional de Justiça; II – o Superior Tribunal de Justiça; II-A – o Tribunal Superior do Trabalho; III – os Tribunais Regionais Federais e Juízes Federais; IV – os Tribunais e Juízes do Trabalho; V – os Tribunais e Juízes Eleitorais; VI – os Tribunais e Juízes Militares; VII – os Tribunais e Juízes dos Estados e do Distrito Federal e Territórios� § 1o O Supremo Tribunal Federal, o Conse- lho Nacional de Justiça e os Tribunais Superiores têm sede na Capital Federal� 14 C ód ig o de P ro ce ss o C iv il e no rm as c or re la ta s § 2o O Supremo Tribunal Federal e os Tri- bunais Superiores têm jurisdição em todo o território nacional� ������������������������������������������������������������������������ Art� 97� Somente pelo voto da maioria absoluta de seus membros ou dos membros do respectivo órgão especial poderão os tribunais declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do Poder Público� �������������������������������������������������������������������������������� SEÇÃO II – Do Supremo Tribunal Federal �������������������������������������������������������������������������������� Art� 102� Compete ao Supremo Tribunal Fe- deral, precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe: I – processar e julgar, originariamente: a) a ação direta de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo federal ou estadual e a ação declaratória de constitucionalidade de lei ou ato normativo federal; b) nas infrações penais comuns, o Presidente da República, o Vice-Presidente, os membros do Congresso Nacional, seus próprios Ministros e o Procurador-Geral da República; c) nas infrações penais comuns e nos crimes de responsabilidade, os Ministros de Estado e os Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica, ressalvado o disposto no art� 52, I, os membros dos Tribunais Superiores, os do Tribunal de Contas da União e os chefes de missão diplomática de caráter permanente; d) o habeas corpus, sendo paciente qualquer das pessoas referidas nas alíneas anteriores; o mandado de segurança e o habeas data contra atos do Presidente da República, das Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, do Tribunal de Contas da União, do Procura- dor-Geral da República e do próprio Supremo Tribunal Federal; e) o litígio entre Estado estrangeiro ou or- ganismo internacional e a União, o Estado, o Distrito Federal ou o Território; f) as causas e os conflitos entre a União e os Estados, a União e o Distrito Federal, ou entre uns e outros, inclusive as respectivas entidades da administração indireta; g) a extradição solicitada por Estado estran- geiro; h) (Revogada); i) o habeas corpus, quando o coator for Tri- bunal Superior ou quando o coator ou o paciente for autoridade ou funcionário cujos atos estejam sujeitos diretamente à jurisdição do Supremo Tribunal Federal, ou se trate de crime sujeito à mesma jurisdição em uma única instância; j) a revisão criminal e a ação rescisória de seus julgados; l) a reclamação para a preservação de sua competência e garantia da autoridade de suas decisões; m) a execução de sentençanas causas de sua competência originária, facultada a delegação de atribuições para a prática de atos processuais; n) a ação em que todos os membros da magistratura sejam direta ou indiretamente interessados, e aquela em que mais da metade dos membros do tribunal de origem estejam impedidos ou sejam direta ou indiretamente interessados; o) os conflitos de competência entre o Supe- rior Tribunal de Justiça e quaisquer tribunais, entre Tribunais Superiores, ou entre estes e qualquer outro tribunal; p) o pedido de medida cautelar das ações diretas de inconstitucionalidade; q) o mandado de injunção, quando a elabo- ração da norma regulamentadora for atribui- ção do Presidente da República, do Congresso Nacional, da Câmara dos Deputados, do Se- nado Federal, das Mesas de uma dessas Casas Legislativas, do Tribunal de Contas da União, de um dos Tribunais Superiores, ou do próprio Supremo Tribunal Federal; r) as ações contra o Conselho Nacional de Justiça e contra o Conselho Nacional do Mi- nistério Público; II – julgar, em recurso ordinário: a) o habeas corpus, o mandado de segu- rança, o habeas data e o mandado de injunção decididos em única instância pelos Tribunais Superiores, se denegatória a decisão; b) o crime político; III – julgar, mediante recurso extraordinário, as causas decididas em única ou última instân- cia, quando a decisão recorrida: a) contrariar dispositivo desta Constituição; 15 D is po si tiv os c on st itu ci on ai s pe rt in en te s b) declarar a inconstitucionalidade de tra- tado ou lei federal; c) julgar válida lei ou ato de governo local contestado em face desta Constituição; d) julgar válida lei local contestada em face de lei federal� § 1o A arguição de descumprimento de preceito fundamental, decorrente desta Cons- tituição, será apreciada pelo Supremo Tribunal Federal, na forma da lei� § 2o As decisões definitivas de mérito, profe- ridas pelo Supremo Tribunal Federal, nas ações diretas de inconstitucionalidade e nas ações declaratórias de constitucionalidade produzirão eficácia contra todos e efeito vinculante, relati- vamente aos demais órgãos do Poder Judiciário e à administração pública direta e indireta, nas esferas federal, estadual e municipal� § 3o No recurso extraordinário o recorren- te deverá demonstrar a repercussão geral das questões constitucionais discutidas no caso, nos termos da lei, a fim de que o Tribunal exami- ne a admissão do recurso, somente podendo recusá-lo pela manifestação de dois terços de seus membros� Art� 103� Podem propor a ação direta de in- constitucionalidade e a ação declaratória de constitucionalidade: I – o Presidente da República; II – a Mesa do Senado Federal; III – a Mesa da Câmara dos Deputados; IV – a Mesa de Assembleia Legislativa ou da Câmara Legislativa do Distrito Federal; V – o Governador de Estado ou do Distrito Federal; VI – o Procurador-Geral da República; VII – o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil; VIII – partido político com representação no Congresso Nacional; IX – confederação sindical ou entidade de classe de âmbito nacional� § 1o O Procurador-Geral da República deverá ser previamente ouvido nas ações de inconstitucionalidade e em todos os processos de competência do Supremo Tribunal Federal� § 2o Declarada a inconstitucionalidade por omissão de medida para tornar efetiva norma constitucional, será dada ciência ao Poder com- petente para a adoção das providências necessá- rias e, em se tratando de órgão administrativo, para fazê-lo em trinta dias� § 3o Quando o Supremo Tribunal Federal apreciar a inconstitucionalidade, em tese, de norma legal ou ato normativo, citará, previa- mente, o Advogado-Geral da União, que de- fenderá o ato ou texto impugnado� § 4o (Revogado) Art� 103-A� O Supremo Tribunal Federal po- derá, de ofício ou por provocação, mediante decisão de dois terços dos seus membros, após reiteradas decisões sobre matéria constitucional, aprovar súmula que, a partir de sua publicação na imprensa oficial, terá efeito vinculante em relação aos demais órgãos do Poder Judiciário e à administração pública direta e indireta, nas esferas federal, estadual e municipal, bem como proceder à sua revisão ou cancelamento, na forma estabelecida em lei� § 1o A súmula terá por objetivo a validade, a interpretação e a eficácia de normas deter- minadas, acerca das quais haja controvérsia atual entre órgãos judiciários ou entre esses e a administração pública que acarrete grave insegurança jurídica e relevante multiplicação de processos sobre questão idêntica� § 2o Sem prejuízo do que vier a ser esta- belecido em lei, a aprovação, revisão ou can- celamento de súmula poderá ser provocada por aqueles que podem propor a ação direta de inconstitucionalidade� § 3o Do ato administrativo ou decisão ju- dicial que contrariar a súmula aplicável ou que indevidamente a aplicar, caberá reclamação ao Supremo Tribunal Federal que, julgando-a pro- cedente, anulará o ato administrativo ou cassará a decisão judicial reclamada, e determinará que outra seja proferida com ou sem a aplicação da súmula, conforme o caso� ������������������������������������������������������������������������ SEÇÃO III – Do Superior Tribunal de Justiça �������������������������������������������������������������������������������� Art� 105� Compete ao Superior Tribunal de Justiça: I – processar e julgar, originariamente: 16 C ód ig o de P ro ce ss o C iv il e no rm as c or re la ta s a) nos crimes comuns, os Governadores dos Estados e do Distrito Federal, e, nestes e nos de responsabilidade, os desembargadores dos Tribunais de Justiça dos Estados e do Distrito Federal, os membros dos Tribunais de Contas dos Estados e do Distrito Federal, os dos Tribu- nais Regionais Federais, dos Tribunais Regionais Eleitorais e do Trabalho, os membros dos Con- selhos ou Tribunais de Contas dos Municípios e os do Ministério Público da União que oficiem perante tribunais; b) os mandados de segurança e os habeas data contra ato de Ministro de Estado, dos Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica ou do próprio Tribunal; c) os habeas corpus, quando o coator ou pa- ciente for qualquer das pessoas mencionadas na alínea “a”, ou quando o coator for tribunal sujeito à sua jurisdição, Ministro de Estado ou Comandante da Marinha, do Exército ou da Aeronáutica, ressalvada a competência da Jus- tiça Eleitoral; d) os conflitos de competência entre quais- quer tribunais, ressalvado o disposto no art� 102, I, “o”, bem como entre tribunal e juízes a ele não vinculados e entre juízes vinculados a tribunais diversos; e) as revisões criminais e as ações rescisórias de seus julgados; f) a reclamação para a preservação de sua competência e garantia da autoridade de suas decisões; g) os conflitos de atribuições entre autorida- des administrativas e judiciárias da União, ou entre autoridades judiciárias de um Estado e administrativas de outro ou do Distrito Federal, ou entre as deste e da União; h) o mandado de injunção, quando a elabo- ração da norma regulamentadora for atribuição de órgão, entidade ou autoridade federal, da administração direta ou indireta, excetuados os casos de competência do Supremo Tribu- nal Federal e dos órgãos da Justiça Militar, da Justiça Eleitoral, da Justiça do Trabalho e da Justiça Federal; i) a homologação de sentenças estrangeiras e a concessão de exequatur às cartas rogatórias; II – julgar, em recurso ordinário: a) os habeas corpus decididos em única ou última instância pelos Tribunais Regionais Fe- derais ou pelos tribunais dos Estados, do Dis- trito Federal e Territórios, quando a decisão for denegatória; b) os mandados de segurança decididos em única instância pelos Tribunais Regionais Federais ou pelos tribunais dos Estados, do Dis- trito Federal e Territórios, quando denegatória a decisão; c) as causas em que forem partes Estado estrangeiro ou organismo internacional,de um lado, e, do outro, Município ou pessoa residente ou domiciliada no País; III – julgar, em recurso especial, as causas decididas, em única ou última instância, pelos Tribunais Regionais Federais ou pelos tribunais dos Estados, do Distrito Federal e Territórios, quando a decisão recorrida: a) contrariar tratado ou lei federal, ou ne- gar-lhes vigência; b) julgar válido ato de governo local contes- tado em face de lei federal; c) der a lei federal interpretação divergente da que lhe haja atribuído outro tribunal� Parágrafo único� Funcionarão junto ao Su- perior Tribunal de Justiça: I – a Escola Nacional de Formação e Aperfei- çoamento de Magistrados, cabendo-lhe, dentre outras funções, regulamentar os cursos oficiais para o ingresso e promoção na carreira; II – o Conselho da Justiça Federal, caben- do-lhe exercer, na forma da lei, a supervisão administrativa e orçamentária da Justiça Federal de primeiro e segundo graus, como órgão central do sistema e com poderes correicionais, cujas decisões terão caráter vinculante� SEÇÃO IV – Dos Tribunais Regionais Federais e dos Juízes Federais �������������������������������������������������������������������������������� Art� 108� Compete aos Tribunais Regionais Federais: I – processar e julgar, originariamente: a) os juízes federais da área de sua jurisdição, incluídos os da Justiça Militar e da Justiça do Trabalho, nos crimes comuns e de responsa- bilidade, e os membros do Ministério Público da União, ressalvada a competência da Justiça Eleitoral; 17 D is po si tiv os c on st itu ci on ai s pe rt in en te s b) as revisões criminais e as ações rescisórias de julgados seus ou dos juízes federais da região; c) os mandados de segurança e os habeas data contra ato do próprio Tribunal ou de juiz federal; d) os habeas corpus, quando a autoridade coatora for juiz federal; e) os conflitos de competência entre juízes federais vinculados ao Tribunal; II – julgar, em grau de recurso, as causas decididas pelos juízes federais e pelos juízes estaduais no exercício da competência federal da área de sua jurisdição� Art� 109� Aos juízes federais compete processar e julgar: I – as causas em que a União, entidade autár- quica ou empresa pública federal forem interes- sadas na condição de autoras, rés, assistentes ou oponentes, exceto as de falência, as de acidentes de trabalho e as sujeitas à Justiça Eleitoral e à Justiça do Trabalho; II – as causas entre Estado estrangeiro ou organismo internacional e Município ou pessoa domiciliada ou residente no País; III – as causas fundadas em tratado ou con- trato da União com Estado estrangeiro ou or- ganismo internacional; IV – os crimes políticos e as infrações penais praticadas em detrimento de bens, serviços ou interesse da União ou de suas entidades au- tárquicas ou empresas públicas, excluídas as contravenções e ressalvada a competência da Justiça Militar e da Justiça Eleitoral; V – os crimes previstos em tratado ou con- venção internacional, quando, iniciada a exe- cução no País, o resultado tenha ou devesse ter ocorrido no estrangeiro, ou reciprocamente; V-A – as causas relativas a direitos humanos a que se refere o § 5o deste artigo; VI – os crimes contra a organização do tra- balho e, nos casos determinados por lei, contra o sistema financeiro e a ordem econômico-fi- nanceira; VII – os habeas corpus, em matéria criminal de sua competência ou quando o constrangi- mento provier de autoridade cujos atos não estejam diretamente sujeitos a outra jurisdição; VIII – os mandados de segurança e os habeas data contra ato de autoridade federal, exce- tuados os casos de competência dos tribunais federais; IX – os crimes cometidos a bordo de navios ou aeronaves, ressalvada a competência da Jus- tiça Militar; X – os crimes de ingresso ou permanência irregular de estrangeiro, a execução de carta ro- gatória, após o exequatur, e de sentença estran- geira, após a homologação, as causas referentes à nacionalidade, inclusive a respectiva opção, e à naturalização; XI – a disputa sobre direitos indígenas� § 1o As causas em que a União for autora serão aforadas na seção judiciária onde tiver domicílio a outra parte� § 2o As causas intentadas contra a União poderão ser aforadas na seção judiciária em que for domiciliado o autor, naquela onde houver ocorrido o ato ou fato que deu origem à deman- da ou onde esteja situada a coisa, ou, ainda, no Distrito Federal� § 3o Lei poderá autorizar que as causas de competência da Justiça Federal em que forem parte instituição de previdência social e segura- do possam ser processadas e julgadas na justiça estadual quando a comarca do domicílio do segurado não for sede de vara federal� § 4o Na hipótese do parágrafo anterior, o recurso cabível será sempre para o Tribunal Regional Federal na área de jurisdição do juiz de primeiro grau� § 5o Nas hipóteses de grave violação de direi- tos humanos, o Procurador-Geral da República, com a finalidade de assegurar o cumprimento de obrigações decorrentes de tratados interna- cionais de direitos humanos dos quais o Brasil seja parte, poderá suscitar, perante o Superior Tribunal de Justiça, em qualquer fase do inqué- rito ou processo, incidente de deslocamento de competência para a Justiça Federal� �������������������������������������������������������������������������������� CAPÍTULO IV – Das Funções Essenciais à Justiça SEÇÃO I – Do Ministério Público �������������������������������������������������������������������������������� Art� 129� São funções institucionais do Mi- nistério Público: 18 C ód ig o de P ro ce ss o C iv il e no rm as c or re la ta s I – promover, privativamente, a ação penal pública, na forma da lei; II – zelar pelo efetivo respeito dos Poderes Públicos e dos serviços de relevância pública aos direitos assegurados nesta Constituição, promo- vendo as medidas necessárias a sua garantia; III – promover o inquérito civil e a ação civil pública, para a proteção do patrimônio público e social, do meio ambiente e de outros interesses difusos e coletivos; IV – promover a ação de inconstitucionali- dade ou representação para fins de intervenção da União e dos Estados, nos casos previstos nesta Constituição; V – defender judicialmente os direitos e in- teresses das populações indígenas; VI – expedir notificações nos procedimentos administrativos de sua competência, requisitan- do informações e documentos para instruí-los, na forma da lei complementar respectiva; VII – exercer o controle externo da atividade policial, na forma da lei complementar mencio- nada no artigo anterior; VIII – requisitar diligências investigatórias e a instauração de inquérito policial, indicados os fundamentos jurídicos de suas manifestações processuais; IX – exercer outras funções que lhe forem conferidas, desde que compatíveis com sua fi- nalidade, sendo-lhe vedada a representação judicial e a consultoria jurídica de entidades públicas� § 1o A legitimação do Ministério Público para as ações civis previstas neste artigo não impede a de terceiros, nas mesmas hipóteses, segundo o disposto nesta Constituição e na lei� § 2o As funções do Ministério Público só podem ser exercidas por integrantes da carreira, que deverão residir na comarca da respectiva lo- tação, salvo autorização do chefe da instituição� § 3o O ingresso na carreira do Ministério Público far-se-á mediante concurso público de provas e títulos, assegurada a participação da Ordem dos Advogados do Brasil em sua realização, exigindo-se do bacharel em direito, no mínimo, três anos de atividade jurídica e observando-se, nas nomeações, a ordem de classificação� § 4o Aplica-se ao Ministério Público, no que couber, o disposto no art� 93� § 5o A distribuição de processos no Minis- tério Público será imediata� �������������������������������������������������������������������������������� Código de Processo Civil Índice sistemático daLei no 13.105/2015 26 Parte Geral 26 Livro I – Das Normas Processuais Civis 26 Título Único – Das Normas Fundamentais e da Aplicação das Normas Processuais 26 Capítulo I – Das Normas Fundamentais do Processo Civil 27 Capítulo II – Da Aplicação das Normas Processuais 27 Livro II – Da Função Jurisdicional 27 Título I – Da Jurisdição e da Ação 28 Título II – Dos Limites da Jurisdição Nacional e da Cooperação Internacional 28 Capítulo I – Dos Limites da Jurisdição Nacional 28 Capítulo II – Da Cooperação Internacional 28 Seção I – Disposições Gerais 29 Seção II – Do Auxílio Direto 29 Seção III – Da Carta Rogatória 30 Seção IV – Disposições Comuns às Seções Anteriores 30 Título III – Da Competência Interna 30 Capítulo I – Da Competência 30 Seção I – Disposições Gerais 32 Seção II – Da Modificação da Competência 32 Seção III – Da Incompetência 33 Capítulo II – Da Cooperação Nacional 33 Livro III – Dos Sujeitos do Processo 33 Título I – Das Partes e dos Procuradores 33 Capítulo I – Da Capacidade Processual 34 Capítulo II – Dos Deveres das Partes e de seus Procuradores 34 Seção I – Dos Deveres 35 Seção II – Da Responsabilidade das Partes por Dano Processual 36 Seção III – Das Despesas, dos Honorários Advocatícios e das Multas 39 Seção IV – Da Gratuidade da Justiça 41 Capítulo III – Dos Procuradores 42 Capítulo IV – Da Sucessão das Partes e dos Procuradores 42 Título II – Do Litisconsórcio 43 Título III – Da Intervenção de Terceiros 43 Capítulo I – Da Assistência 43 Seção I – Disposições Comuns 43 Seção II – Da Assistência Simples 43 Seção III – Da Assistência Litisconsorcial 43 Capítulo II – Da Denunciação da Lide 44 Capítulo III – Do Chamamento ao Processo 44 Capítulo IV – Do Incidente de Desconsideração da Personalidade Jurídica 45 Capítulo V – Do Amicus Curiae 45 Título IV – Do Juiz e dos Auxiliares da Justiça 45 Capítulo I – Dos Poderes, dos Deveres e da Responsabilidade do Juiz 46 Capítulo II – Dos Impedimentos e da Suspeição 47 Capítulo III – Dos Auxiliares da Justiça 47 Seção I – Do Escrivão, do Chefe de Secretaria e do Oficial de Justiça 48 Seção II – Do Perito 49 Seção III – Do Depositário e do Administrador 49 Seção IV – Do Intérprete e do Tradutor 50 Seção V – Dos Conciliadores e Mediadores Judiciais 52 Título V – Do Ministério Público 52 Título VI – Da Advocacia Pública 52 Título VII – Da Defensoria Pública 53 Livro IV – Dos Atos Processuais 53 Título I – Da Forma, do Tempo e do Lugar dos Atos Processuais 53 Capítulo I – Da Forma dos Atos Processuais 53 Seção I – Dos Atos em Geral 53 Seção II – Da Prática Eletrônica de Atos Processuais 54 Seção III – Dos Atos das Partes 54 Seção IV – Dos Pronunciamentos do Juiz 55 Seção V – Dos Atos do Escrivão ou do Chefe de Secretaria 55 Capítulo II – Do Tempo e do Lugar dos Atos Processuais 55 Seção I – Do Tempo 56 Seção II – Do Lugar 56 Capítulo III – Dos Prazos 56 Seção I – Disposições Gerais 58 Seção II – Da Verificação dos Prazos e das Penalidades 58 Título II – Da Comunicação dos Atos Processuais 58 Capítulo I – Disposições Gerais 59 Capítulo II – Da Citação 62 Capítulo III – Das Cartas 63 Capítulo IV – Das Intimações 64 Título III – Das Nulidades 65 Título IV – Da Distribuição e do Registro 65 Título V – Do Valor da Causa 66 Livro V – Da Tutela Provisória 66 Título I – Disposições Gerais 66 Título II – Da Tutela de Urgência 66 Capítulo I – Disposições Gerais 67 Capítulo II – Do Procedimento da Tutela Antecipada Requerida em Caráter Antecedente 68 Capítulo III – Do Procedimento da Tutela Cautelar Requerida em Caráter Antecedente 68 Título III – Da Tutela da Evidência 68 Livro VI – Da Formação, da Suspensão e da Extinção do Processo 68 Título I – Da Formação do Processo 69 Título II – Da Suspensão do Processo 70 Título III – Da Extinção do Processo 70 Parte Especial 70 Livro I – Do Processo de Conhecimento e do Cumprimento de Sentença 70 Título I – Do Procedimento Comum 70 Capítulo I – Disposições Gerais 70 Capítulo II – Da Petição Inicial 70 Seção I – Dos Requisitos da Petição Inicial 70 Seção II – Do Pedido 71 Seção III – Do Indeferimento da Petição Inicial 72 Capítulo III – Da Improcedência Liminar do Pedido 72 Capítulo IV – Da Conversão da Ação Individual em Ação Coletiva 72 Capítulo V – Da Audiência de Conciliação ou de Mediação 73 Capítulo VI – Da Contestação 74 Capítulo VII – Da Reconvenção 74 Capítulo VIII – Da Revelia 75 Capítulo IX – Das Providências Preliminares e do Saneamento 75 Seção I – Da Não Incidência dos Efeitos da Revelia 75 Seção II – Do Fato Impeditivo, Modificativo ou Extintivo do Direito do Autor 75 Seção III – Das Alegações do Réu 75 Capítulo X – Do Julgamento conforme o Estado do Processo 75 Seção I – Da Extinção do Processo 75 Seção II – Do Julgamento Antecipado do Mérito 75 Seção III – Do Julgamento Antecipado Parcial do Mérito 76 Seção IV – Do Saneamento e da Organização do Processo 76 Capítulo XI – Da Audiência de Instrução e Julgamento 78 Capítulo XII – Das Provas 78 Seção I – Disposições Gerais 79 Seção II – Da Produção Antecipada da Prova 79 Seção III – Da Ata Notarial 79 Seção IV – Do Depoimento Pessoal 80 Seção V – Da Confissão 81 Seção VI – Da Exibição de Documento ou Coisa 82 Seção VII – Da Prova Documental 82 Subseção I – Da Força Probante dos Documentos 84 Subseção II – Da Arguição de Falsidade 84 Subseção III – Da Produção da Prova Documental 85 Seção VIII – Dos Documentos Eletrônicos 85 Seção IX – Da Prova Testemunhal 85 Subseção I – Da Admissibilidade e do Valor da Prova Testemunhal 86 Subseção II – Da Produção da Prova Testemunhal 88 Seção X – Da Prova Pericial 91 Seção XI – Da Inspeção Judicial 91 Capítulo XIII – Da Sentença e da Coisa Julgada 91 Seção I – Disposições Gerais 92 Seção II – Dos Elementos e dos Efeitos da Sentença 94 Seção III – Da Remessa Necessária 94 Seção IV – Do Julgamento das Ações Relativas às Prestações de Fazer, de Não Fazer e de Entregar Coisa 95 Seção V – Da Coisa Julgada 95 Capítulo XIV – Da Liquidação de Sentença 96 Título II – Do Cumprimento da Sentença 96 Capítulo I – Disposições Gerais 97 Capítulo II – Do Cumprimento Provisório da Sentença que Reconhece a Exigibilidade de Obrigação de Pagar Quantia Certa 98 Capítulo III – Do Cumprimento Definitivo da Sentença que Reconhece a Exigibilidade de Obrigação de Pagar Quantia Certa 100 Capítulo IV – Do Cumprimento de Sentença que Reconheça a Exigibilidade de Obrigação de Prestar Alimentos 101 Capítulo V – Do Cumprimento de Sentença que Reconheça a Exigibilidade de Obrigação de Pagar Quantia Certa pela Fazenda Pública 102 Capítulo VI – Do Cumprimento de Sentença que Reconheça a Exigibilidade de Obrigação de Fazer, de Não Fazer ou de Entregar Coisa 102 Seção I – Do Cumprimento de Sentença que Reconheça a Exigibilidade de Obrigação de Fazer ou de Não Fazer 103 Seção II – Do Cumprimento de Sentença que Reconheça a Exigibilidade de Obrigação de Entregar Coisa 103 Título III – Dos Procedimentos Especiais 103 Capítulo I – Da Ação de Consignação em Pagamento 104 Capítulo II – Da Ação de Exigir Contas 105 Capítulo III – Das Ações Possessórias 105 Seção I – Disposições Gerais 106 Seção II – Da Manutenção e da Reintegração de Posse 106 Seção III – Do Interdito Proibitório 106 Capítulo IV – Da Ação de Divisão e da Demarcação de Terras Particulares 106 Seção I – Disposições Gerais 107 Seção II – Da Demarcação 108 Seção III – Da Divisão 109 Capítulo V – Da Ação de Dissolução Parcial de Sociedade 111 Capítulo VI – Do Inventário e da Partilha 111 Seção I – Disposições Gerais 111 Seção II – Da Legitimidade para Requerer o Inventário 112 Seção III – Do Inventariante e das Primeiras Declarações 113 Seção IV – Das Citações e das Impugnações 114 Seção V – Da Avaliação e do Cálculo do Imposto 115 Seção VI – Das Colações 115 Seção VII – Do Pagamento das Dívidas 116 Seção VIII – Da Partilha 117 Seção IX – Do Arrolamento 118 Seção X – Disposições Comuns a Todas as Seções 119 Capítulo VII – Dos Embargos de Terceiro 120 Capítulo VIII – Da Oposição 120 Capítulo IX – Da Habilitação 120 Capítulo X – Das Ações de Família 121 Capítulo XI – DaAção Monitória 122 Capítulo XII – Da Homologação do Penhor Legal 123 Capítulo XIII – Da Regulação de Avaria Grossa 123 Capítulo XIV – Da Restauração de Autos 124 Capítulo XV – Dos Procedimentos de Jurisdição Voluntária 124 Seção I – Disposições Gerais 125 Seção II – Da Notificação e da Interpelação 125 Seção III – Da Alienação Judicial 125 Seção IV – Do Divórcio e da Separação Consensuais, da Extinção Consensual de União Estável e da Alteração do Regime de Bens do Matrimônio 126 Seção V – Dos Testamentos e dos Codicilos 126 Seção VI – Da Herança Jacente 127 Seção VII – Dos Bens dos Ausentes 128 Seção VIII – Das Coisas Vagas 128 Seção IX – Da Interdição 130 Seção X – Disposições Comuns à Tutela e à Curatela 130 Seção XI – Da Organização e da Fiscalização das Fundações 130 Seção XII – Da Ratificação dos Protestos Marítimos e dos Processos Testemunháveis Formados a Bordo 131 Livro II – Do Processo de Execução 131 Título I – Da Execução em Geral 131 Capítulo I – Disposições Gerais 132 Capítulo II – Das Partes 132 Capítulo III – Da Competência 133 Capítulo IV – Dos Requisitos Necessários para Realizar Qualquer Execução 133 Seção I – Do Título Executivo 133 Seção II – Da Exigibilidade da Obrigação 134 Capítulo V – Da Responsabilidade Patrimonial 135 Título II – Das Diversas Espécies de Execução 135 Capítulo I – Disposições Gerais 137 Capítulo II – Da Execução para a Entrega de Coisa 137 Seção I – Da Entrega de Coisa Certa 137 Seção II – Da Entrega de Coisa Incerta 138 Capítulo III – Da Execução das Obrigações de Fazer ou de Não Fazer 138 Seção I – Disposições Comuns 138 Seção II – Da Obrigação de Fazer 138 Seção III – Da Obrigação de Não Fazer 139 Capítulo IV – Da Execução por Quantia Certa 139 Seção I – Disposições Gerais 139 Seção II – Da Citação do Devedor e do Arresto 140 Seção III – Da Penhora, do Depósito e da Avaliação 140 Subseção I – Do Objeto da Penhora 141 Subseção II – Da Documentação da Penhora, de seu Registro e do Depósito 142 Subseção III – Do Lugar de Realização da Penhora 142 Subseção IV – Das Modificações da Penhora 143 Subseção V – Da Penhora de Dinheiro em Depósito ou em Aplicação Financeira 144 Subseção VI – Da Penhora de Créditos 145 Subseção VII – Da Penhora das Quotas ou das Ações de Sociedades Personificadas 145 Subseção VIII – Da Penhora de Empresa, de Outros Estabelecimentos e de Semoventes 146 Subseção IX – Da Penhora de Percentual de Faturamento de Empresa 146 Subseção X – Da Penhora de Frutos e Rendimentos de Coisa Móvel ou Imóvel 147 Subseção XI – Da Avaliação 147 Seção IV – Da Expropriação de Bens 147 Subseção I – Da Adjudicação 148 Subseção II – Da Alienação 153 Seção V – Da Satisfação do Crédito 153 Capítulo V – Da Execução contra a Fazenda Pública 153 Capítulo VI – Da Execução de Alimentos 154 Título III – Dos Embargos à Execução 156 Título IV – Da Suspensão e da Extinção do Processo de Execução 156 Capítulo I – Da Suspensão do Processo de Execução 156 Capítulo II – Da Extinção do Processo de Execução 157 Livro III – Dos Processos nos Tribunais e dos Meios de Impugnação das Decisões Judiciais 157 Título I – Da Ordem dos Processos e dos Processos de Competência Originária dos Tribunais 157 Capítulo I – Disposições Gerais 157 Capítulo II – Da Ordem dos Processos no Tribunal 160 Capítulo III – Do Incidente de Assunção de Competência 161 Capítulo IV – Do Incidente de Arguição de Inconstitucionalidade 161 Capítulo V – Do Conflito de Competência 162 Capítulo VI – Da Homologação de Decisão Estrangeira e da Concessão do Exequatur à Carta Rogatória 163 Capítulo VII – Da Ação Rescisória 165 Capítulo VIII – Do Incidente de Resolução de Demandas Repetitivas 167 Capítulo IX – Da Reclamação 167 Título II – Dos Recursos 167 Capítulo I – Disposições Gerais 169 Capítulo II – Da Apelação 170 Capítulo III – Do Agravo de Instrumento 172 Capítulo IV – Do Agravo Interno 172 Capítulo V – Dos Embargos de Declaração 173 Capítulo VI – Dos Recursos para o Supremo Tribunal Federal e para o Superior Tribunal de Justiça 173 Seção I – Do Recurso Ordinário 173 Seção II – Do Recurso Extraordinário e do Recurso Especial 173 Subseção I – Disposições Gerais 176 Subseção II – Do Julgamento dos Recursos Extraordinário e Especial Repetitivos 178 Seção III – Do Agravo em Recurso Especial e em Recurso Extraordinário 178 Seção IV – Dos Embargos de Divergência 179 Livro Complementar – Disposições Finais e Transitórias 26 C ód ig o de P ro ce ss o C iv il e no rm as c or re la ta s Lei no 13.105/2015 Código de Processo Civil. A PRESIDENTA DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:1 PARTE GERAL LIVRO I – Das Normas Processuais Civis TÍTULO ÚNICO – Das Normas Fundamentais e da Aplicação das Normas Processuais CAPÍTULO I – Das Normas Fundamentais do Processo Civil Art. 1o O processo civil será ordenado, dis- ciplinado e interpretado conforme os valores e as normas fundamentais estabelecidos na Constituição da República Federativa do Bra- sil, observando-se as disposições deste Código. Art. 2o O processo começa por iniciativa da parte e se desenvolve por impulso oficial, salvo as exceções previstas em lei. Art. 3o Não se excluirá da apreciação jurisdi- cional ameaça ou lesão a direito. § 1o É permitida a arbitragem, na forma da lei. § 2o O Estado promoverá, sempre que pos- sível, a solução consensual dos conflitos. § 3o A conciliação, a mediação e outros métodos de solução consensual de conflitos deverão ser estimulados por juízes, advogados, defensores públicos e membros do Ministério Público, inclusive no curso do processo judicial. 1 Nota do Editor (NE): nos dispositivos que alteram normas, suprimiram-se as alterações determinadas uma vez que já foram incorporadas às normas às quais se destinam. Art. 4o As partes têm o direito de obter em prazo razoável a solução integral do mérito, incluída a atividade satisfativa. Art. 5o Aquele que de qualquer forma participa do processo deve comportar-se de acordo com a boa-fé. Art. 6o Todos os sujeitos do processo devem cooperar entre si para que se obtenha, em tempo razoável, decisão de mérito justa e efetiva. Art. 7o É assegurada às partes paridade de tratamento em relação ao exercício de direitos e faculdades processuais, aos meios de defesa, aos ônus, aos deveres e à aplicação de sanções processuais, competindo ao juiz zelar pelo efe- tivo contraditório. Art. 8o Ao aplicar o ordenamento jurídico, o juiz atenderá aos fins sociais e às exigências do bem comum, resguardando e promovendo a dignidade da pessoa humana e observando a proporcionalidade, a razoabilidade, a legalidade, a publicidade e a eficiência. Art. 9o Não se proferirá decisão contra uma das partes sem que ela seja previamente ouvida. Parágrafo único. O disposto no caput não se aplica: I – à tutela provisória de urgência; II – às hipóteses de tutela da evidência pre- vistas no art. 311, incisos II e III; III – à decisão prevista no art. 701. Art. 10. O juiz não pode decidir, em grau al- gum de jurisdição, com base em fundamento a respeito do qual não se tenha dado às partes oportunidade de se manifestar, ainda que se trate de matéria sobre a qual deva decidir de ofício. 27 C ód ig o de P ro ce ss o C iv il Art. 11. Todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão públicos, e fundamen- tadas todas as decisões, sob pena de nulidade. Parágrafo único. Nos casos de segredo de justiça, pode ser autorizada a presença somente das partes, de seus advogados, de defensores públicos ou do Ministério Público. Art. 12. Os juízes e os tribunais atenderão, preferencialmente, à ordem cronológica de conclusão para proferir sentença ou acórdão. § 1o A lista de processos aptos a julgamento deverá estar permanentemente à disposição para consulta pública em cartório e na rede mundial de computadores. § 2o Estão excluídos da regra do caput: I – as sentenças proferidas em audiência, homologatórias de acordo ou de improcedência liminar do pedido; II – o julgamentode processos em bloco para aplicação de tese jurídica firmada em jul- gamento de casos repetitivos; III – o julgamento de recursos repetitivos ou de incidente de resolução de demandas re- petitivas; IV – as decisões proferidas com base nos arts. 485 e 932; V – o julgamento de embargos de declaração; VI – o julgamento de agravo interno; VII – as preferências legais e as metas esta- belecidas pelo Conselho Nacional de Justiça; VIII – os processos criminais, nos órgãos jurisdicionais que tenham competência penal; IX – a causa que exija urgência no julga- mento, assim reconhecida por decisão funda- mentada. § 3o Após elaboração de lista própria, res- peitar-se-á a ordem cronológica das conclusões entre as preferências legais. § 4o Após a inclusão do processo na lista de que trata o § 1o, o requerimento formulado pela parte não altera a ordem cronológica para a decisão, exceto quando implicar a reabertura da instrução ou a conversão do julgamento em diligência. § 5o Decidido o requerimento previsto no § 4o, o processo retornará à mesma posição em que anteriormente se encontrava na lista. § 6o Ocupará o primeiro lugar na lista pre- vista no § 1o ou, conforme o caso, no § 3o, o processo que: I – tiver sua sentença ou acórdão anulado, sal- vo quando houver necessidade de realização de diligência ou de complementação da instrução; II – se enquadrar na hipótese do art. 1.040, inciso II. CAPÍTULO II – Da Aplicação das Normas Processuais Art. 13. A jurisdição civil será regida pelas normas processuais brasileiras, ressalvadas as disposições específicas previstas em tratados, convenções ou acordos internacionais de que o Brasil seja parte. Art. 14. A norma processual não retroagirá e será aplicável imediatamente aos processos em curso, respeitados os atos processuais pratica- dos e as situações jurídicas consolidadas sob a vigência da norma revogada. Art. 15. Na ausência de normas que regulem processos eleitorais, trabalhistas ou adminis- trativos, as disposições deste Código lhes serão aplicadas supletiva e subsidiariamente. LIVRO II – Da Função Jurisdicional TÍTULO I – Da Jurisdição e da Ação Art. 16. A jurisdição civil é exercida pelos juízes e pelos tribunais em todo o território nacional, conforme as disposições deste Código. Art. 17. Para postular em juízo é necessário ter interesse e legitimidade. Art. 18. Ninguém poderá pleitear direito alheio em nome próprio, salvo quando autorizado pelo ordenamento jurídico. Parágrafo único. Havendo substituição pro- cessual, o substituído poderá intervir como assistente litisconsorcial. Art. 19. O interesse do autor pode limitar-se à declaração: 28 C ód ig o de P ro ce ss o C iv il e no rm as c or re la ta s I – da existência, da inexistência ou do modo de ser de uma relação jurídica; II – da autenticidade ou da falsidade de do- cumento. Art. 20. É admissível a ação meramente de- claratória, ainda que tenha ocorrido a violação do direito. TÍTULO II – Dos Limites da Jurisdição Nacional e da Cooperação Internacional CAPÍTULO I – Dos Limites da Jurisdição Nacional Art. 21. Compete à autoridade judiciária bra- sileira processar e julgar as ações em que: I – o réu, qualquer que seja a sua nacionali- dade, estiver domiciliado no Brasil; II – no Brasil tiver de ser cumprida a obri- gação; III – o fundamento seja fato ocorrido ou ato praticado no Brasil. Parágrafo único. Para o fim do disposto no inciso I, considera-se domiciliada no Brasil a pessoa jurídica estrangeira que nele tiver agên- cia, filial ou sucursal. Art. 22. Compete, ainda, à autoridade judiciá- ria brasileira processar e julgar as ações: I – de alimentos, quando: a) o credor tiver domicílio ou residência no Brasil; b) o réu mantiver vínculos no Brasil, tais como posse ou propriedade de bens, recebi- mento de renda ou obtenção de benefícios econômicos; II – decorrentes de relações de consumo, quando o consumidor tiver domicílio ou resi- dência no Brasil; III – em que as partes, expressa ou tacita- mente, se submeterem à jurisdição nacional. Art. 23. Compete à autoridade judiciária bra- sileira, com exclusão de qualquer outra: I – conhecer de ações relativas a imóveis situados no Brasil; II – em matéria de sucessão hereditária, pro- ceder à confirmação de testamento particular e ao inventário e à partilha de bens situados no Brasil, ainda que o autor da herança seja de nacionalidade estrangeira ou tenha domicílio fora do território nacional; III – em divórcio, separação judicial ou dis- solução de união estável, proceder à partilha de bens situados no Brasil, ainda que o titular seja de nacionalidade estrangeira ou tenha domicílio fora do território nacional. Art. 24. A ação proposta perante tribunal es- trangeiro não induz litispendência e não obsta a que a autoridade judiciária brasileira conheça da mesma causa e das que lhe são conexas, res- salvadas as disposições em contrário de tratados internacionais e acordos bilaterais em vigor no Brasil. Parágrafo único. A pendência de causa perante a jurisdição brasileira não impede a homologação de sentença judicial estrangeira quando exigida para produzir efeitos no Brasil. Art. 25. Não compete à autoridade judiciária brasileira o processamento e o julgamento da ação quando houver cláusula de eleição de foro exclusivo estrangeiro em contrato internacional, arguida pelo réu na contestação. § 1o Não se aplica o disposto no caput às hi- póteses de competência internacional exclusiva previstas neste Capítulo. § 2o Aplica-se à hipótese do caput o art. 63, §§ 1o a 4o. CAPÍTULO II – Da Cooperação Internacional SEÇÃO I – Disposições Gerais Art. 26. A cooperação jurídica internacional será regida por tratado de que o Brasil faz parte e observará: I – o respeito às garantias do devido processo legal no Estado requerente; II – a igualdade de tratamento entre nacionais e estrangeiros, residentes ou não no Brasil, em relação ao acesso à justiça e à tramitação dos processos, assegurando-se assistência judiciária aos necessitados; III – a publicidade processual, exceto nas hipóteses de sigilo previstas na legislação bra- sileira ou na do Estado requerente; 29 C ód ig o de P ro ce ss o C iv il IV – a existência de autoridade central para recepção e transmissão dos pedidos de coo- peração; V – a espontaneidade na transmissão de in- formações a autoridades estrangeiras. § 1o Na ausência de tratado, a cooperação jurídica internacional poderá realizar-se com base em reciprocidade, manifestada por via diplomática. § 2o Não se exigirá a reciprocidade referida no § 1o para homologação de sentença estran- geira. § 3o Na cooperação jurídica internacional não será admitida a prática de atos que contra- riem ou que produzam resultados incompatí- veis com as normas fundamentais que regem o Estado brasileiro. § 4o O Ministério da Justiça exercerá as funções de autoridade central na ausência de designação específica. Art. 27. A cooperação jurídica internacional terá por objeto: I – citação, intimação e notificação judicial e extrajudicial; II – colheita de provas e obtenção de infor- mações; III – homologação e cumprimento de de- cisão; IV – concessão de medida judicial de ur- gência; V – assistência jurídica internacional; VI – qualquer outra medida judicial ou ex- trajudicial não proibida pela lei brasileira. SEÇÃO II – Do Auxílio Direto Art. 28. Cabe auxílio direto quando a medida não decorrer diretamente de decisão de autori- dade jurisdicional estrangeira a ser submetida a juízo de delibação no Brasil. Art. 29. A solicitação de auxílio direto será encaminhada pelo órgão estrangeiro interes- sado à autoridade central, cabendo ao Estado requerente assegurar a autenticidade e a clareza do pedido. Art. 30. Além dos casos previstos em tratados de que o Brasil faz parte, o auxílio direto terá os seguintes objetos: I – obtenção e prestação de informações sobre o ordenamento jurídico e sobre processosadmi- nistrativos ou jurisdicionais findos ou em curso; II – colheita de provas, salvo se a medida for adotada em processo, em curso no estrangeiro, de competência exclusiva de autoridade judi- ciária brasileira; III – qualquer outra medida judicial ou ex- trajudicial não proibida pela lei brasileira. Art. 31. A autoridade central brasileira comu- nicar-se-á diretamente com suas congêneres e, se necessário, com outros órgãos estrangeiros responsáveis pela tramitação e pela execução de pedidos de cooperação enviados e recebidos pelo Estado brasileiro, respeitadas disposições específicas constantes de tratado. Art. 32. No caso de auxílio direto para a prática de atos que, segundo a lei brasileira, não neces- sitem de prestação jurisdicional, a autoridade central adotará as providências necessárias para seu cumprimento. Art. 33. Recebido o pedido de auxílio direto passivo, a autoridade central o encaminhará à Advocacia-Geral da União, que requererá em juízo a medida solicitada. Parágrafo único. O Ministério Público re- quererá em juízo a medida solicitada quando for autoridade central. Art. 34. Compete ao juízo federal do lugar em que deva ser executada a medida apreciar pedido de auxílio direto passivo que demande prestação de atividade jurisdicional. SEÇÃO III – Da Carta Rogatória Art. 35. (Vetado) Art. 36. O procedimento da carta rogatória perante o Superior Tribunal de Justiça é de ju- risdição contenciosa e deve assegurar às partes as garantias do devido processo legal. 30 C ód ig o de P ro ce ss o C iv il e no rm as c or re la ta s § 1o A defesa restringir-se-á à discussão quanto ao atendimento dos requisitos para que o pronunciamento judicial estrangeiro produza efeitos no Brasil. § 2o Em qualquer hipótese, é vedada a re- visão do mérito do pronunciamento judicial estrangeiro pela autoridade judiciária brasileira. SEÇÃO IV – Disposições Comuns às Seções Anteriores Art. 37. O pedido de cooperação jurídica in- ternacional oriundo de autoridade brasileira competente será encaminhado à autoridade central para posterior envio ao Estado requerido para lhe dar andamento. Art. 38. O pedido de cooperação oriundo de autoridade brasileira competente e os documen- tos anexos que o instruem serão encaminhados à autoridade central, acompanhados de tradução para a língua oficial do Estado requerido. Art. 39. O pedido passivo de cooperação jurí- dica internacional será recusado se configurar manifesta ofensa à ordem pública. Art. 40. A cooperação jurídica internacional para execução de decisão estrangeira dar-se-á por meio de carta rogatória ou de ação de ho- mologação de sentença estrangeira, de acordo com o art. 960. Art. 41. Considera-se autêntico o documen- to que instruir pedido de cooperação jurídica internacional, inclusive tradução para a língua portuguesa, quando encaminhado ao Estado brasileiro por meio de autoridade central ou por via diplomática, dispensando-se ajuramen- tação, autenticação ou qualquer procedimento de legalização. Parágrafo único. O disposto no caput não impede, quando necessária, a aplicação pelo Estado brasileiro do princípio da reciprocidade de tratamento. TÍTULO III – Da Competência Interna CAPÍTULO I – Da Competência SEÇÃO I – Disposições Gerais Art. 42. As causas cíveis serão processadas e decididas pelo juiz nos limites de sua compe- tência, ressalvado às partes o direito de instituir juízo arbitral, na forma da lei. Art. 43. Determina-se a competência no mo- mento do registro ou da distribuição da petição inicial, sendo irrelevantes as modificações do estado de fato ou de direito ocorridas poste- riormente, salvo quando suprimirem órgão judiciário ou alterarem a competência absoluta. Art. 44. Obedecidos os limites estabelecidos pela Constituição Federal, a competência é de- terminada pelas normas previstas neste Códi- go ou em legislação especial, pelas normas de organização judiciária e, ainda, no que couber, pelas constituições dos Estados. Art. 45. Tramitando o processo perante outro juízo, os autos serão remetidos ao juízo federal competente se nele intervier a União, suas em- presas públicas, entidades autárquicas e funda- ções, ou conselho de fiscalização de atividade profissional, na qualidade de parte ou de terceiro interveniente, exceto as ações: I – de recuperação judicial, falência, insol- vência civil e acidente de trabalho; II – sujeitas à justiça eleitoral e à justiça do trabalho. § 1o Os autos não serão remetidos se houver pedido cuja apreciação seja de competência do juízo perante o qual foi proposta a ação. § 2o Na hipótese do § 1o, o juiz, ao não admitir a cumulação de pedidos em razão da incompetência para apreciar qualquer deles, não examinará o mérito daquele em que exista interesse da União, de suas entidades autárquicas ou de suas empresas públicas. § 3o O juízo federal restituirá os autos ao juízo estadual sem suscitar conflito se o ente federal cuja presença ensejou a remessa for ex- cluído do processo. 31 C ód ig o de P ro ce ss o C iv il Art. 46. A ação fundada em direito pessoal ou em direito real sobre bens móveis será proposta, em regra, no foro de domicílio do réu. § 1o Tendo mais de um domicílio, o réu será demandado no foro de qualquer deles. § 2o Sendo incerto ou desconhecido o domi- cílio do réu, ele poderá ser demandado onde for encontrado ou no foro de domicílio do autor. § 3o Quando o réu não tiver domicílio ou residência no Brasil, a ação será proposta no foro de domicílio do autor, e, se este também residir fora do Brasil, a ação será proposta em qualquer foro. § 4o Havendo 2 (dois) ou mais réus com diferentes domicílios, serão demandados no foro de qualquer deles, à escolha do autor. § 5o A execução fiscal será proposta no foro de domicílio do réu, no de sua residência ou no do lugar onde for encontrado. Art. 47. Para as ações fundadas em direito real sobre imóveis é competente o foro de situação da coisa. § 1o O autor pode optar pelo foro de domicí- lio do réu ou pelo foro de eleição se o litígio não recair sobre direito de propriedade, vizinhança, servidão, divisão e demarcação de terras e de nunciação de obra nova. § 2o A ação possessória imobiliária será pro- posta no foro de situação da coisa, cujo juízo tem competência absoluta. Art. 48. O foro de domicílio do autor da heran- ça, no Brasil, é o competente para o inventário, a partilha, a arrecadação, o cumprimento de disposições de última vontade, a impugnação ou anulação de partilha extrajudicial e para todas as ações em que o espólio for réu, ainda que o óbito tenha ocorrido no estrangeiro. Parágrafo único. Se o autor da herança não possuía domicílio certo, é competente: I – o foro de situação dos bens imóveis; II – havendo bens imóveis em foros diferen- tes, qualquer destes; III – não havendo bens imóveis, o foro do local de qualquer dos bens do espólio. Art. 49. A ação em que o ausente for réu será proposta no foro de seu último domicílio, tam- bém competente para a arrecadação, o inventá- rio, a partilha e o cumprimento de disposições testamentárias. Art. 50. A ação em que o incapaz for réu será proposta no foro de domicílio de seu represen- tante ou assistente. Art. 51. É competente o foro de domicílio do réu para as causas em que seja autora a União. Parágrafo único. Se a União for a deman- dada, a ação poderá ser proposta no foro de domicílio do autor, no de ocorrência do ato ou fato que originou a demanda, no de situação da coisa ou no Distrito Federal. Art. 52. É competente o foro de domicílio do réu para as causas em que seja autor Estado ou o Distrito Federal. Parágrafo único. Se Estado ou o Distrito Federal for o demandado, a ação poderá ser proposta no foro de domicílio do autor, no de ocorrência do ato ou fato que originou a de- manda, no de situação da coisa ou na capital do respectivo ente federado. Art. 53. É competente o foro: I – para a ação de divórcio, separação, anu-lação de casamento e reconhecimento ou dis- solução de união estável: a) de domicílio do guardião de filho incapaz; b) do último domicílio do casal, caso não haja filho incapaz; c) de domicílio do réu, se nenhuma das par- tes residir no antigo domicílio do casal; d) de domicílio da vítima de violência do- méstica e familiar, nos termos da Lei no 11.340, de 7 de agosto de 2006 (Lei Maria da Penha); II – de domicílio ou residência do alimen- tando, para a ação em que se pedem alimentos; III – do lugar: a) onde está a sede, para a ação em que for ré pessoa jurídica; b) onde se acha agência ou sucursal, quanto às obrigações que a pessoa jurídica contraiu; c) onde exerce suas atividades, para a ação em que for ré sociedade ou associação sem per- sonalidade jurídica; d) onde a obrigação deve ser satisfeita, para a ação em que se lhe exigir o cumprimento; 32 C ód ig o de P ro ce ss o C iv il e no rm as c or re la ta s e) de residência do idoso, para a causa que verse sobre direito previsto no respectivo es- tatuto; f) da sede da serventia notarial ou de regis- tro, para a ação de reparação de dano por ato praticado em razão do ofício; IV – do lugar do ato ou fato para a ação: a) de reparação de dano; b) em que for réu administrador ou gestor de negócios alheios; V – de domicílio do autor ou do local do fato, para a ação de reparação de dano sofrido em razão de delito ou acidente de veículos, in- clusive aeronaves. SEÇÃO II – Da Modificação da Competência Art. 54. A competência relativa poderá mo- dificar-se pela conexão ou pela continência, observado o disposto nesta Seção. Art. 55. Reputam-se conexas 2 (duas) ou mais ações quando lhes for comum o pedido ou a causa de pedir. § 1o Os processos de ações conexas serão reunidos para decisão conjunta, salvo se um deles já houver sido sentenciado. § 2o Aplica-se o disposto no caput: I – à execução de título extrajudicial e à ação de conhecimento relativa ao mesmo ato jurídico; II – às execuções fundadas no mesmo título executivo. § 3o Serão reunidos para julgamento con- junto os processos que possam gerar risco de prolação de decisões conflitantes ou contradi- tórias caso decididos separadamente, mesmo sem conexão entre eles. Art. 56. Dá-se a continência entre 2 (duas) ou mais ações quando houver identidade quanto às partes e à causa de pedir, mas o pedido de uma, por ser mais amplo, abrange o das demais. Art. 57. Quando houver continência e a ação continente tiver sido proposta anteriormente, no processo relativo à ação contida será proferida sentença sem resolução de mérito, caso contrá- rio, as ações serão necessariamente reunidas. Art. 58. A reunião das ações propostas em separado far-se-á no juízo prevento, onde serão decididas simultaneamente. Art. 59. O registro ou a distribuição da petição inicial torna prevento o juízo. Art. 60. Se o imóvel se achar situado em mais de um Estado, comarca, seção ou subseção judi- ciária, a competência territorial do juízo preven- to estender-se-á sobre a totalidade do imóvel. Art. 61. A ação acessória será proposta no juízo competente para a ação principal. Art. 62. A competência determinada em razão da matéria, da pessoa ou da função é inderro- gável por convenção das partes. Art. 63. As partes podem modificar a com- petência em razão do valor e do território, ele- gendo foro onde será proposta ação oriunda de direitos e obrigações. § 1o A eleição de foro só produz efeito quan- do constar de instrumento escrito e aludir ex- pressamente a determinado negócio jurídico. § 2o O foro contratual obriga os herdeiros e sucessores das partes. § 3o Antes da citação, a cláusula de eleição de foro, se abusiva, pode ser reputada ineficaz de ofício pelo juiz, que determinará a remessa dos autos ao juízo do foro de domicílio do réu. § 4o Citado, incumbe ao réu alegar a abu- sividade da cláusula de eleição de foro na con- testação, sob pena de preclusão. SEÇÃO III – Da Incompetência Art. 64. A incompetência, absoluta ou rela- tiva, será alegada como questão preliminar de contestação. § 1o A incompetência absoluta pode ser ale- gada em qualquer tempo e grau de jurisdição e deve ser declarada de ofício. § 2o Após manifestação da parte contrária, o juiz decidirá imediatamente a alegação de incompetência. 33 C ód ig o de P ro ce ss o C iv il § 3o Caso a alegação de incompetência seja acolhida, os autos serão remetidos ao juízo competente. § 4o Salvo decisão judicial em sentido con- trário, conservar-se-ão os efeitos de decisão pro- ferida pelo juízo incompetente até que outra seja proferida, se for o caso, pelo juízo competente. Art. 65. Prorrogar-se-á a competência relativa se o réu não alegar a incompetência em preli- minar de contestação. Parágrafo único. A incompetência relativa pode ser alegada pelo Ministério Público nas causas em que atuar. Art. 66. Há conflito de competência quando: I – 2 (dois) ou mais juízes se declaram com- petentes; II – 2 (dois) ou mais juízes se consideram incompetentes, atribuindo um ao outro a com- petência; III – entre 2 (dois) ou mais juízes surge con- trovérsia acerca da reunião ou separação de processos. Parágrafo único. O juiz que não acolher a competência declinada deverá suscitar o con- flito, salvo se a atribuir a outro juízo. CAPÍTULO II – Da Cooperação Nacional Art. 67. Aos órgãos do Poder Judiciário, es- tadual ou federal, especializado ou comum, em todas as instâncias e graus de jurisdição, inclusive aos tribunais superiores, incumbe o dever de recíproca cooperação, por meio de seus magistrados e servidores. Art. 68. Os juízos poderão formular entre si pedido de cooperação para prática de qualquer ato processual. Art. 69. O pedido de cooperação jurisdicional deve ser prontamente atendido, prescinde de forma específica e pode ser executado como: I – auxílio direto; II – reunião ou apensamento de processos; III – prestação de informações; IV – atos concertados entre os juízes coo- perantes. § 1o As cartas de ordem, precatória e arbitral seguirão o regime previsto neste Código. § 2o Os atos concertados entre os juízes coo- perantes poderão consistir, além de outros, no estabelecimento de procedimento para: I – a prática de citação, intimação ou noti- ficação de ato; II – a obtenção e apresentação de provas e a coleta de depoimentos; III – a efetivação de tutela provisória; IV – a efetivação de medidas e providências para recuperação e preservação de empresas; V – a facilitação de habilitação de créditos na falência e na recuperação judicial; VI – a centralização de processos repetitivos; VII – a execução de decisão jurisdicional. § 3o O pedido de cooperação judiciária pode ser realizado entre órgãos jurisdicionais de di- ferentes ramos do Poder Judiciário. LIVRO III – Dos Sujeitos do Processo TÍTULO I – Das Partes e dos Procuradores CAPÍTULO I – Da Capacidade Processual Art. 70. Toda pessoa que se encontre no exer- cício de seus direitos tem capacidade para estar em juízo. Art. 71. O incapaz será representado ou as- sistido por seus pais, por tutor ou por curador, na forma da lei. Art. 72. O juiz nomeará curador especial ao: I – incapaz, se não tiver representante legal ou se os interesses deste colidirem com os daquele, enquanto durar a incapacidade; II – réu preso revel, bem como ao réu revel citado por edital ou com hora certa, enquanto não for constituído advogado. Parágrafo único. A curatela especial será exercida pela Defensoria Pública, nos termos da lei. Art. 73. O cônjuge necessitará do consenti- mento do outro para propor ação que verse sobre direito real imobiliário, salvo quando casa- dos sob o regime de separação absoluta de bens. § 1o Ambos os cônjuges serão necessaria- mente citados para a ação: 34 C ód ig o de P ro ce ss o C iv il e no rm as c or re la ta s I – que verse sobre direito real imobiliário, salvo quando casados sob o regime de separação absoluta de bens; II – resultantede fato que diga respeito a ambos os cônjuges ou de ato praticado por eles; III – fundada em dívida contraída por um dos cônjuges a bem da família; IV – que tenha por objeto o reconhecimen- to, a constituição ou a extinção de ônus sobre imóvel de um ou de ambos os cônjuges. § 2o Nas ações possessórias, a participação do cônjuge do autor ou do réu somente é in- dispensável nas hipóteses de composse ou de ato por ambos praticado. § 3o Aplica-se o disposto neste artigo à união estável comprovada nos autos. Art. 74. O consentimento previsto no art. 73 pode ser suprido judicialmente quando for ne- gado por um dos cônjuges sem justo motivo, ou quando lhe seja impossível concedê-lo. Parágrafo único. A falta de consentimento, quando necessário e não suprido pelo juiz, in- valida o processo. Art. 75. Serão representados em juízo, ativa e passivamente: I – a União, pela Advocacia-Geral da União, diretamente ou mediante órgão vinculado; II – o Estado e o Distrito Federal, por seus procuradores; III – o Município, por seu prefeito ou pro- curador; IV – a autarquia e a fundação de direito pú- blico, por quem a lei do ente federado designar; V – a massa falida, pelo administrador ju- dicial; VI – a herança jacente ou vacante, por seu curador; VII – o espólio, pelo inventariante; VIII – a pessoa jurídica, por quem os res- pectivos atos constitutivos designarem ou, não havendo essa designação, por seus diretores; IX – a sociedade e a associação irregulares e outros entes organizados sem personalidade jurídica, pela pessoa a quem couber a adminis- tração de seus bens; X – a pessoa jurídica estrangeira, pelo ge- rente, representante ou administrador de sua filial, agência ou sucursal aberta ou instalada no Brasil; XI – o condomínio, pelo administrador ou síndico. § 1o Quando o inventariante for dativo, os sucessores do falecido serão intimados no pro- cesso no qual o espólio seja parte. § 2o A sociedade ou associação sem persona- lidade jurídica não poderá opor a irregularidade de sua constituição quando demandada. § 3o O gerente de filial ou agência presume- -se autorizado pela pessoa jurídica estrangeira a receber citação para qualquer processo. § 4o Os Estados e o Distrito Federal poderão ajustar compromisso recíproco para prática de ato processual por seus procuradores em favor de outro ente federado, mediante convênio fir- mado pelas respectivas procuradorias. Art. 76. Verificada a incapacidade processual ou a irregularidade da representação da parte, o juiz suspenderá o processo e designará prazo razoável para que seja sanado o vício. § 1o Descumprida a determinação, caso o processo esteja na instância originária: I – o processo será extinto, se a providência couber ao autor; II – o réu será considerado revel, se a provi- dência lhe couber; III – o terceiro será considerado revel ou excluído do processo, dependendo do polo em que se encontre. § 2o Descumprida a determinação em fase recursal perante tribunal de justiça, tribunal regional federal ou tribunal superior, o relator: I – não conhecerá do recurso, se a providên- cia couber ao recorrente; II – determinará o desentranhamento das contrarrazões, se a providência couber ao re- corrido. CAPÍTULO II – Dos Deveres das Partes e de seus Procuradores SEÇÃO I – Dos Deveres Art. 77. Além de outros previstos neste Código, são deveres das partes, de seus procuradores e de todos aqueles que de qualquer forma parti- cipem do processo: 35 C ód ig o de P ro ce ss o C iv il I – expor os fatos em juízo conforme a ver- dade; II – não formular pretensão ou de apresentar defesa quando cientes de que são destituídas de fundamento; III – não produzir provas e não praticar atos inúteis ou desnecessários à declaração ou à de- fesa do direito; IV – cumprir com exatidão as decisões ju- risdicionais, de natureza provisória ou final, e não criar embaraços à sua efetivação; V – declinar, no primeiro momento que lhes couber falar nos autos, o endereço residencial ou profissional onde receberão intimações, atua- lizando essa informação sempre que ocorrer qualquer modificação temporária ou definitiva; VI – não praticar inovação ilegal no estado de fato de bem ou direito litigioso. § 1o Nas hipóteses dos incisos IV e VI, o juiz advertirá qualquer das pessoas mencionadas no caput de que sua conduta poderá ser punida como ato atentatório à dignidade da justiça. § 2o A violação ao disposto nos incisos IV e VI constitui ato atentatório à dignidade da justiça, devendo o juiz, sem prejuízo das sanções criminais, civis e processuais cabíveis, aplicar ao responsável multa de até vinte por cento do valor da causa, de acordo com a gravidade da conduta. § 3o Não sendo paga no prazo a ser fixado pelo juiz, a multa prevista no § 2o será inscrita como dívida ativa da União ou do Estado após o trânsito em julgado da decisão que a fixou, e sua execução observará o procedimento da execução fiscal, revertendo-se aos fundos pre- vistos no art. 97. § 4o A multa estabelecida no § 2o poderá ser fixada independentemente da incidência das previstas nos arts. 523, § 1o, e 536, § 1o. § 5o Quando o valor da causa for irrisório ou inestimável, a multa prevista no § 2o pode- rá ser fixada em até 10 (dez) vezes o valor do salário mínimo. § 6o Aos advogados públicos ou privados e aos membros da Defensoria Pública e do Mi- nistério Público não se aplica o disposto nos §§ 2o a 5o, devendo eventual responsabilidade disciplinar ser apurada pelo respectivo órgão de classe ou corregedoria, ao qual o juiz oficiará. § 7o Reconhecida violação ao disposto no inciso VI, o juiz determinará o restabelecimen- to do estado anterior, podendo, ainda, proibir a parte de falar nos autos até a purgação do atentado, sem prejuízo da aplicação do § 2o. § 8o O representante judicial da parte não pode ser compelido a cumprir decisão em seu lugar. Art. 78. É vedado às partes, a seus procura- dores, aos juízes, aos membros do Ministério Público e da Defensoria Pública e a qualquer pessoa que participe do processo empregar ex- pressões ofensivas nos escritos apresentados. § 1o Quando expressões ou condutas ofensi- vas forem manifestadas oral ou presencialmente, o juiz advertirá o ofensor de que não as deve usar ou repetir, sob pena de lhe ser cassada a palavra. § 2o De ofício ou a requerimento do ofen- dido, o juiz determinará que as expressões ofensivas sejam riscadas e, a requerimento do ofendido, determinará a expedição de certidão com inteiro teor das expressões ofensivas e a colocará à disposição da parte interessada. SEÇÃO II – Da Responsabilidade das Partes por Dano Processual Art. 79. Responde por perdas e danos aquele que litigar de má-fé como autor, réu ou inter- veniente. Art. 80. Considera-se litigante de má-fé aquele que: I – deduzir pretensão ou defesa contra texto expresso de lei ou fato incontroverso; II – alterar a verdade dos fatos; III – usar do processo para conseguir ob- jetivo ilegal; IV – opuser resistência injustificada ao an- damento do processo; V – proceder de modo temerário em qual- quer incidente ou ato do processo; VI – provocar incidente manifestamente infundado; VII – interpuser recurso com intuito mani- festamente protelatório. 36 C ód ig o de P ro ce ss o C iv il e no rm as c or re la ta s Art. 81. De ofício ou a requerimento, o juiz condenará o litigante de má-fé a pagar multa, que deverá ser superior a um por cento e inferior a dez por cento do valor corrigido da causa, a indenizar a parte contrária pelos prejuízos que esta sofreu e a arcar com os honorários advo- catícios e com todas as despesas que efetuou. § 1o Quando forem 2 (dois) ou mais os liti- gantes de má-fé, o juiz condenará cada um na proporção de seu respectivo interesse na causa ou solidariamente aqueles que se coligaram para lesar a parte contrária. § 2o Quando o valor da causa for irrisório ou inestimável, a multa poderá ser fixada em até 10 (dez) vezes
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