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Radiodiagnóstico I Pamela Barbieri – T23 – FMBM Prof. Dr. Marcus Valentin ( ) • Reativas: distúrbios imunológicos policlonais (afeta pacientes imunodeprimidos / portadores de doenças auto-imunes). • Neoplásicas: proliferação monoclonal – manifestação de doença maligna do tecido linfoide de qualquer parte do corpo. Doenças linfoproliferativas reativas: Doenças benignas raras • Espectro de 3 entidades: - Hiperplasia nodular linfóide (HNL) - focal - Bronquiolite folicular (BF) – peribrônquico - Pneumonia intersticial linfocítica (PIL) – difuso - Doença de Castelman ➢ Lesão nodular linfoide: • É uma lesão linfoproliferativa reativa policlonal benigna e localizada. • Sua etiopatogenia é incerta (maioria é 2ªária a condições inflamatórias focais). • Atinge idade média de 65 anos (homens e mulheres acometidos na mesma proporção). • Geralmente é assintomático, e quando sintomático apresenta falta de ar, tosse, dor torácica. • 70% dos achados são acidentais. • Essas lesões se apresentam habitualmente no pulmão como lesões nodulares circunscritas ou consolidação focal (solitárias ou múltiplas). • Esses nódulos podem crescer e coalescer formando massas. • Pode apresentar espessamento septal tênue/espessamento liso do septo (disseminação linfática focal). • Podem regredir ou permanecer estáveis por anos. Radiodiagnóstico I Pamela Barbieri – T23 – FMBM Prof. Dr. Marcus Valentin Imagem: Nódulos periféricos pulmonares (sabe-se que é intrapulmonar pelo broncograma aéreo). ➢ Pneumonia intersticial linfocítica: • Vidro fosco difuso ou esparso • Nódulos centrolobulares mal definidos • Cistos aéreos de paredes finas • Espessamento do interstício peribroncovascular • Espessamento septal interlobular (quase todas tem, porque passam vênulas e tecidos linfáticos, sendo eles acometidos pela doença, podem ficar espessos). • Linfonodomegalias mediastinais • Patogênese desconhecida: pode estar relacionada a distúrbio imunológico sistêmico. 1: TC de tórax em tórax axial em nível próximo ao fígado: pulmão com opacidade em vidro fosco (pulmão meio acinzentado). Paredes lisas e finas com ar em seu interior: cistos. 2) Setas pretas: áreas mais opacas; presença de cistos. Imagem: ponta das setas: nódulos centrolobulares na ponta das setas. Radiodiagnóstico I Pamela Barbieri – T23 – FMBM Prof. Dr. Marcus Valentin Corte axial e coronal. Vidro fosco e cistos nas bases pulmonares (pneumonia intersticial linfocítica). ➢ Doença de Castleman: • Hiperplasia angiofolicular linfóide • Linfonodos hiperplásicos grandes e benignos →Subtipo Vascular Hialino: - Forma localizada (mediastino anterior) - Indivíduos jovens - Linfonodomegalia localizada com importante realce →Subtipo Células Plasmáticas: - Forma disseminada - Visceromegalia, manifestações auto-imunes e infecções recorrentes - Pacientes adultos, portadores de imunodeficiência (AIDS) • Linfonodomegalia hilar/mediastinal - Podem apresentar intenso realce ➢ Malignos: ➢ Doenças Linfoproliferativas Neoplásicas: →Primárias: • 0,5% das neoplasias pulmonares • Acometimento primário do pulmão, sem evidência de doença extrapulmonar até 3 meses após o diagnóstico • Linfoma Não-Hodgkin de células B – tipo mais comum (80%) - Linfoma MALT – pacientes com doença auto-imune - Linfoma do Tecido Linfoide Associado à Mucosa (MALT, na sigla em inglês) é uma neoplasia de células B, extranodal, subtipo de linfoma não-Hodgkin. - Difuso de grandes células B (pacientes imunocomprometidos). - Granulomatose linfomatóide. Radiodiagnóstico I Pamela Barbieri – T23 – FMBM Prof. Dr. Marcus Valentin ➢ Linfoma MALT: • Nódulos mal definidos / consolidações, bilaterais • Espessamento peribroncovascular • Espessamento septal interlobular • Micronódulos centrolobulares • Pode: linfonodomegalias mediastinais (30%) • Massas com broncogramas aéreos Nódulos com broncogramas aéreos. 1) Nódulos maiores, esparsos, bilaterais. 2) Massa basal posterior esquerda, diagnosticada como linfoma Radiodiagnóstico I Pamela Barbieri – T23 – FMBM Prof. Dr. Marcus Valentin Formação de massa (opacidade lobo inferior direito), na tomografia vê-se uma consolidação parenquimatosa. ➢ Linfoma difuso de grandes células B • Nódulos ou massas pulmonares sólidas • Escavação é achado comum • Pode apresentar linfonodomegalias mediastinais Linfoma difuso de grandes células B. Porção escavada dentro da massa. ➢ Granulomatose linfomatoide: • DLP rara – associação com o vírus EBV • Tendência a destruição de vasos – distribuição angiocêntrica • Pulmão é o sítio primário mais comum – acometimento secundário do SNC e pele • Prognóstico ruim. • Múltiplos nódulos com predomínio nas bases • Podem coalescer e escavar Radiodiagnóstico I Pamela Barbieri – T23 – FMBM Prof. Dr. Marcus Valentin • Distribuição peribroncovascular. • Sinal do halo invertido. Múltiplos nódulos dispersos bilateralmente. Nódulos que foram coalescendo com formação de áreas consolidades, broncogramas aéreas. ➢ Secundárias: • Envolvimento secundário pulmonar por linfoma nodal ou extratorácico. • Linfoma Não-Hodgkin (LNH) - 80-90% dos casos - 50% com doença intra-torácica na apresentação - 25% dos casos com doença parenquimatosa • Linfoma Hodgkin (LH) - 10-20% dos casos - 85% com doença intratorácica na apresentação - 40% dos casos com doença parenquimatosa • Diferentes padrões de acometimento – disseminação por extensão direta, via hematogênica ou linfática • Linfonodomegalia mediastinal – mais comum • LH – acometimento parenquimatoso quase sempre está associado a linfonodomegalia hilar/mediastinal • LNH – acometimento parenquimatoso isolado pode ocorrer. • Nódulos pulmonares; Massas ou consolidações; Derrame pleural; Espessamento septal liso ou nodular Radiodiagnóstico I Pamela Barbieri – T23 – FMBM Prof. Dr. Marcus Valentin Nódulos, massas com áreas de escavações. Espessamento dos septos, vidro fosco. Bronquios estreitados, alargamento do mediastino, cadeia linfonodal acometida. Derrame pleural. Radiodiagnóstico I Pamela Barbieri – T23 – FMBM Prof. Dr. Marcus Valentin Outras DLP Neoplásicas: • DLP relacionada ao paciente imunocomprometido - Linfoma relacionado à AIDS - PTLD (Desordem linfoproliferativa pós- transplante) Linfoma relacionado à SIDA: • Segunda neoplasia mais comum em pacientes com AIDS • Prevalência 40 a 100 vezes maior • Proliferação de linfócitos B por exposição crônica ao HIV e EBV • LNH agressivo • Doença avançada - CD4 baixo. • Múltiplos nódulos circunscritos e periféricos ou massas - podem apresentar escavação • Derrame pleural (manifestação mais comum) • Consolidações ou áreas em vidro fosco SIDA: DERRAME PLEURAL + NÓDULOS + LINFONODOMEGALIA = LINFOMA.
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