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Introdução
1 - Sistema Financeiro Nacional
Instituições Financeiras
· Conselho Monetário Nacional
· Banco Central do Brasil
· Banco do Brasil
· Demais instituições financeiras públicas e privadas
Banco Central (atribuições e reclamações)
· Atribuições
· Reclamações
· SAC e Ouvidoria
O Correspondente no País
· Atividades que podem executar
· Atividades que não podem executar
· Atributos dos bons agentes
2 - Mercado financeiro
Conceito de risco
· Risco de crédito
· Risco de mercado
· Risco operacional
· Risco de reputação
(definição, tipo de risco, avaliação do risco de crédito)
Elementos básicos de Matemática Financeira
· Capital
· Juros
· Taxas
· Descontos
· Prestações
· Custo de Empréstimo 
· Cálculos de prestações
· Risco legal sobre o crédito
Finanças pessoais
· Orçamento
· Controle de gastos
3 - Produtos e serviços
Conceito de produtos de financiamento
· Definição de empréstimo e financiamento
· Tipos de empréstimo
· Tipos de financiamento
· CET – Custo Efetivo Total
· Tarifas
(definições, papel do Banco Central)
Consignado
· Empréstimo pessoal consignado
· Empréstimo pessoal consignado – cartão
1. Definição
2. Papel do Banco Central
3. Aposentados e pensionistas
Crédito Direto ao Consumidor e Arrendamento Mercantil
· Conceitos gerais e diferenças
· Financiamento de veículos
· Leasing (arrendamento mercantil)
Crédito imobiliário
4 - Crime de lavagem de dinheiro
Combate ao crime de lavagem de dinheiro
· Definição
· Fases do processo
· Combate ao crime
· Fraudes, detecção e prevenção
· Legislação brasileira
Compliance
· Controles internos
· Fraudes, detecção e prevenção
(definição, objetivo, informações e comunicação)
Sigilo bancário
· Definição
· Quebra de sigilo
· Penalidades
5 - Ética nos negócios
Código de ética e conduta:
· princípios
· endividamento
· uso consciente do crédito
Código de Defesa do Consumidor
· Direitos básicos do consumidor
· Práticas comerciais
· Proteção contratual
· SAC e Ouvidoria
ANEPS
A ANEPS - Associação Nacional das Empresas Promotoras de Crédito e Correspondentes no País, criada em 2001, é uma entidade representativa que tem por objetivo congregar e defender os interesses das Promotoras de Crédito e Correspondentes no País.
Desde sua fundação seus esforços são empregados na consolidação da atividade, bem como, na criação de categoria empresarial profissional que dê suporte as atividades, tanto nos aspectos fiscais e tributários, quanto do ponto de vista do trabalho e emprego.
Desde então, a entidade tem obtido o reconhecimento de uma parcela expressiva do mercado, através de sua participação em alguns dos principais eventos ligados ao setor do crédito e ao estabelecimento progressivo de canais de diálogo com entidades representativas de diversos segmentos da economia.
Principais objetivos
· Representar os associados e seus interesses;
· Reconhecimento da categoria:
· Constituir sindicato de classe patronal a nível nacional;
· Promover através dos canais adequados a formação de sindicato classe laboral correspondente a nível nacional;
· Promover o desenvolvimento das empresas e funcionários por meio de cursos, seminários, congressos, feiras e eventos;
· Oferecer suporte jurídico de maneira coletiva às atividades de seus associados;
· Manter relacionamento e pautas positivas junto aos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, bem como com os órgãos reguladores, fiscalizadores e de defesa do consumidor;
· Manter relacionamento e pautas positivas com outras associações e entidades que se relacionem com a categoria através da cadeia produtiva.
1. Sistema Financeiro Nacional
1.1 As instituições Financeiras
1.1.1 Estrutura institucional do SFN
O SFN do Brasil é a reunião de instituições e instrumentos financeiros que regula, fiscaliza e executa as operações relativas à circulação da moeda e do crédito, possibilita a transferência de recursos dos ofertadores finais para os tomadores finais, e cria condições para que os ativos financeiros, os títulos e valores mobiliários tenham liquidez no mercado.
O SFN é constituído por um subsistema normativo e por outro operativo.
· O subsistema normativo regula e controla o subsistema operativo. Regulação e controle são exercidos através de normas legais, expedidas pela autoridade monetária, ou pela oferta seletiva de crédito levada a efeito pelos agentes financeiros do governo;
· O subsistema operativo é constituído pelas instituições financeiras públicas ou privadas, que atuam no mercado financeiro.
O SFN do Brasil agrupa-se segundo as seguintes funções:
	Crédito de Curto Prazo
	Bancos Comerciais e Bancos Múltiplos,
Caixas Econômicas, Cooperativas de Crédito.
	Crédito de Médio
e Longo Prazo
	Bancos de Investimento e Desenvolvimento.
	Crédito ao Consumidor
	Financeiras, Caixas Econômicas,
Sociedades de Crédito ao Microempreendedor
	Crédito Habitacional
	Caixas Econômicas, Sociedades de
Crédito Imobiliário, Bancos Múltiplos.
	Intermediação de Títulos e Valores Mobiliários
	Bolsas de Valores, Bolsas de Mercadorias e Futuros, Sociedades Corretoras e Distribuidoras,
Agentes Autônomos de Investimento.
	Seguro, Previdência
Complementar e Capitalização
	Seguradoras, Fundações de Seguridade Social,
 Companhias de Capitalização, instituições financeiras.
	Arrendamento Mercantil
	Companhias de Leasing.
A instituição financeira
A instituição financeira é a empresa intermediária entre aqueles que têm recursos financeiros disponíveis (doadores finais de recursos) e aqueles que necessitam de recursos financeiros (tomadores finais de recursos).
Para exercer suas funções como intermediária, a instituição financeira realiza atividades financeiras específicas para viabilizar a transferência de recursos dos ofertadores finais para os tomadores finais.
As instituições financeiras, para efeito legal, são pessoas jurídicas, públicas ou privadas, que tenham como atividade principal ou acessória, a coleta, intermediação ou aplicação de recursos financeiros, próprios ou de terceiros, em moeda nacional ou estrangeira, e a custódia de valores de propriedade de terceiros.
Para os efeitos da lei, equiparam-se às instituições financeiras as pessoas físicas que exerçam qualquer das atividades referidas de forma permanente ou eventual.
Estrutura do SFN tem quase meio século, e é considerada uma das mais eficazes do mundo.
1.1.2 Organização do SFN
O diagrama a seguir descreve a organização do SFN – Sistema Financeiro Nacional:
	Órgãos normativos
	Entidades supervisoras
	Operadores
	CMN - Conselho Monetário Nacional
	Bacen – Banco Central do Brasil
	Captadores de depósitos à vista
	·  Bancos múltiplos com carteira comercial
·  Caixa econômica
·  Cooperativas de Crédito
	
	
	Não captadores de depósitos à vista
	·  Outros bancos múltiplos
·  Bancos de investimento
·  Bancos de câmbio
·  Bancos de desenvolvimento
·  Financeiras
·  Crédito imobiliário
·  Companhias hipotecárias
·  Crédito ao microempreendedor
·  APEs
·  Agências de fomento
·  Administradores de consórcio
	
	CVM – Comissão de Valores Mobiliários
	·  Bolsas de Valores
·  Bolsas de Mercadorias e futuros
·  Corretoras de valores
·  Corretoras de câmbio
·  Distribuidoras de valores
·  Arrendamento mercantil
·  Representação de instituições estrangeiras
·  Agentes autônomos
	
	
	·  Fundos de investimento
·  Clubes de investimento
·  Carteiras de investidor estrangeiro
·  Administrador de ativos financeiros
	
	BCB + CVM
	·  Selic
·  Cetip
·  Outras caixas de liquidação e custódia
	CNSP – Conselho Nacional de Seguros Privados
	SUSEP – Superintendência de Seguros Privados
	·  Seguradoras, Resseguradoras
·  Administradoras de seguro-saúde
·  Sociedades de capitalização
·  Entidades abertas de Previdência complementar
	CGPC - Conselho de Gestão da Previdência Complementar
	SPC – Secretaria de Previdência Complementar
	·  Fundos de pensão (entidades fechadas de previdência complementar)
Estas instituições são as principais entidades legais de regulação e fiscalização dos mercados financeiros.
Estas instituições são também chamadas de "monetárias", porquecriam moeda: o depósito bancário é moeda escritural.
Estas não criam moeda, são apenas geradoras de negócios.
São as instituições que realizam a intermediação nos mercados financeiros.
Finalmente, as instituições que reúnem grupos de investidores nos mercados financeiros.
1.1.3 CMN - Conselho Monetário Nacional
O CMN é o órgão deliberativo de cúpula do SFN.
Suas principais atribuições são:
· Estabelecer as diretrizes gerais das políticas monetária, cambial e creditícia;
· Regular as condições de constituição, funcionamento e fiscalização das instituições financeiras;
· Disciplinar os instrumentos de política monetária e cambial.
	O CMN é constituído pelos seguintes membros:
· Ministro da Fazenda – presidente;
· Ministro do Planejamento;
· Presidente do Banco Central.
O CMN - Conselho Monetário Nacional - regula todas as atividades da indústria financeira do Brasil.
1.1.4 Banco Central do Brasil
O Banco Central, autarquia vinculada ao Ministério da Fazenda, é um órgão executivo.
Tem como missão institucional a estabilidade do poder de compra da moeda e a solidez do sistema financeiro como um todo.
Suas atribuições privativas são, entre outras, as seguintes:
· Emitir dinheiro;
· Executar os serviços de circulação do dinheiro;
· Executar os recolhimentos compulsórios, encaixes obrigatórios e depósitos voluntários das instituições financeiras;
· Realizar operações de redesconto e empréstimos a instituições financeiras;
· Controlar e fiscalizar o crédito;
· Controlar e fiscalizar o capital estrangeiro;
· Ser depositário de reservas oficiais de ouro e moedas estrangeiras no país;
· Fiscalizar as instituições financeiras e aplicar as penalidades previstas;
· Todos os atos relativos à instalação, funcionamento, fusões etc, de instituições financeiras;
· Administrar a dívida interna.
Desde agosto de 2004, o cargo de Presidente do Banco Central do Brasil foi transformado em cargo de Ministro de Estado.
Funcionam junto ao BACEN Conselhos e Comitês com funções específicas, dentre os quais se destacam:
· COPOM – Comitê de Política Monetária;
· SPB – Sistema de Pagamentos Brasileiro.
Estas instituições financeiras se chamam "monetárias" porque criam moeda escritural: o depósito bancário
1.1.5 O Banco do Brasil
O Banco do Brasil, pessoa jurídica de direito privado, sociedade anônima aberta de economia mista, tem como acionista controlador a União e como principal acionista minoritário a Caixa de Previdência dos Funcionários do Banco do Brasil (Previ).
O Banco tem por objeto a prática de todas as operações bancárias ativas, passivas e acessórias, a prestação de serviços bancários, de intermediação e suprimento financeiro sob suas múltiplas formas e o exercício de quaisquer atividades facultadas às instituições integrantes do Sistema Financeiro Nacional.
O Banco poderá, também, atuar na comercialização de produtos agropecuários e promover a circulação de bens.
A administração de recursos de terceiros será realizada mediante a contratação de sociedade subsidiária ou controlada do Banco.
1.1.6 Outras instituições financeiras públicas
 
CVM - Comissão de Valores Mobiliários
Autarquia vinculada ao Ministério da Fazenda. 
Compete à CVM:
· Assegurar o funcionamento eficiente e regular dos mercados de bolsa e de balcão;
· Regulamentar, orientar e fiscalizar os fundos de investimento;
· Proteger os titulares de valores mobiliários contra emissões irregulares e atos ilegais de administradores e acionistas controladores de companhias ou de administradores de carteira de valores mobiliários;
· Evitar ou coibir modalidades de fraudes ou manipulação destinadas a criar condições artificiais de demanda, oferta ou preço de valores mobiliários negociados no mercado;
· Assegurar o acesso do público a informações sobre valores mobiliários negociados e às companhias que os tenham emitido;
· Assegurar a observância de práticas comerciais equitativas no mercado de valores mobiliários;
· Estimular a formação de poupança e sua aplicação em valores mobiliários;
· Promover a expansão e o funcionamento eficiente e regular do mercado de ações e estimular as aplicações permanentes em ações do capital social das companhias abertas.
SUSEP – Superintendência de Seguros Privados
É o órgão responsável pelo controle e fiscalização dos mercados de seguro, previdência privada aberta, capitalização e resseguro. Autarquia vinculada ao Ministério da Fazenda, faz parte do Sistema Nacional de Seguros Privados.
Outras entidades públicas participantes são:
· Conselho Nacional de Seguros Privados - CNSP,
· IRB Brasil Resseguros S.A. - IRB Brasil Re,
· companhias de seguros privados e capitalização,
· entidades de previdência privada aberta
· corretores habilitados.
Tem a missão de atuar na regulação, supervisão, fiscalização e incentivo das atividades de seguros, previdência complementar aberta e capitalização, de forma ágil, eficiente, ética e transparente, protegendo os direitos dos consumidores e os interesses da sociedade em geral.
PREVIC – Superintendência Nacional de Previdência Complementar
Autarquia de natureza especial com autonomia administrativa e financeira e patrimônio próprio, vinculada ao Ministério da Previdência Social (MPS), atua como entidade de fiscalização e de supervisão das entidades fechadas de previdência complementar (EFPC) e de execução das políticas para o regime de previdência complementar operados por essas entidades.
SPPC – Secretaria de Políticas de Previdência Complementar
Órgão do Ministério da Previdência Social que assiste o Ministro de Estado na formulação e no acompanhamento das políticas e diretrizes do regime de previdência complementar operado pelas entidades fechadas de previdência complementar.
Outras entidades
Além dessas, funcionam ainda como instituições públicas ou de economia mista empenhadas em atividades dos mercados financeiros as seguintes instituições:
	Empresa pública
	Sociedade de economia mista
	BNDES – Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social
	Banco do Brasil
	CEF - Caixa Econômica Federal
	Banco do Nordeste do Brasil
	
	Banco da Amazônia
1.1.7 Instituições financeiras privadas
1. Bancos comerciais.  Os bancos comerciais são classificados como instituições monetárias, por terem o poder de criar moeda escritural, resultante do acúmulo de depósitos.  São instituições financeiras que recebem depósitos à vista em contas de movimento e efetuam empréstimos a curto prazo, principalmente para capital de giro das empresas.
2. Bancos Múltiplos. São bancos que podem operar simultaneamente, com autorização do Banco Central, carteiras de banco comercial, de investimento, de crédito imobiliário, de crédito, financiamento e investimento, de arrendamento mercantil (leasing) e de desenvolvimento, constituindo-se em uma só instituição financeira de carteiras múltiplas, com personalidade jurídica própria, e que pode selecionar com o que deseja operar, dentre as modalidades referidas. Uma das carteiras será sempre de banco comercial ou de banco de investimento. 
3. Bancos de Investimento. Os bancos de investimentos são entidades especializadas na montagem e colocação no mercado de operações de participação ou financiamento a médio e longo prazos, para suprimento de capital fixo ou de giro, mediante a aplicação de recursos  próprios e/ou captação, intermediação e aplicação de poupanças de terceiros. Além do capital próprio, os bancos de investimentos contam com uma ampla pauta de alternativas para captar recursos. Podem fazê-lo oferecendo aos investidores os recibos e os certificados de depósitos a prazo. Também operam como agentes financeiros do BNDES.
4. Companhias de Crédito, Financiamento e Investimento (Financeiras): Instituição financeira privada, constituída sob a forma de companhia, realiza o financiamento ao consumo através do CDC - Crédito Direto ao Consumidor, e financiamento de vendas. ode captar recursos de público mediante aceite e colocação de letras de câmbio. Desde maio de 2007 pode ainda captar recursos mediante a emissão de RDB - Recibo de Depósito Bancário. As SCFI devemdirigir os recursos provenientes de suas captações para as seguintes operações:
a) no mínimo 60% para o financiamento de bens e serviços a pessoas físicas ou jurídicas
b) no máximo 40% para o financiamento de capital de giro a pessoas jurídicas, com prazo mínimo de 3 meses, admitidas as operações sob a forma de crédito rotativo.
5. Sociedades de Crédito Imobiliário: Instituição financeira constituída sob a forma de companhia, realiza financiamentos habitacionais e imobiliários. Pode operar com recursos próprios ou captar recursos de terceiros em cadernetas de poupança, letras hipotecárias, letras de crédito imobiliário, repasses e financiamentos contraídos no país, inclusive os provenientes de fundos nacionais, empréstimos e financiamentos contraídos no exterior
6. Empresa de Leasing: Empresa que tem como objeto social principal a prática de operações de arrendamento mercantil, com o próprio vendedor do bem ou com pessoas jurídicas a ele coligadas ou interdependentes.
7. Companhia hipotecária: Companhia que tem por objeto social: conceder financiamentos destinados à produção, reforma ou comercialização de imóveis residenciais ou comerciais e lotes urbanos; 
8. Companhia Administradora de consórcios: Empresa que administra fundos providos por futuros adquirentes de bens móveis ou imóveis, mediante sistema de liberação parcial de recursos. Tem sua atividade fiscalizada pelo Banco Central;
9. Bolsas de Valores e de Mercadorias. São instituições administradoras de mercados, que funcionam como local físico ou virtual para a realização de negócios com títulos e valores mobiliários, mercadorias e cereais, em mercados livres e abertos, com operações à vista, a termo e a futuro. Desta forma, investidores têm acesso a sistemas de negociação adequados, transparentes e líquidos, para realizarem suas transações com todos esses tipos de ativos.
1.1.8 Outras instituições do mercado
O Brasil dispõe ainda de diferentes instituições e agentes que realizam tarefas diferenciadas no mercado financeiro, entre as quais destacam-se as seguintes instituições:
1. Bancos e Companhias de Desenvolvimento: instituição pública não federal, constituída sob a forma de companhia, com sede na Capital do Estado da Federação que detiver seu controle acionário;
2. Companhias de Seguros: Empresa financeira que administra riscos, com obrigação de pagar indenizações se ocorrerem perdas e danos nos bens segurados. Opera em dois ramos básicos: ramos elementares (incêndio, transporte, acidentes pessoais e eventos que possam afetar pessoas e bens, responsabilidades, obrigações, garantias e direitos); e ramo vida (benefícios ou rendas).
3. Sociedade de propósito exclusivo: Sociedade auxiliar, mero instrumento de sua controladora, constituída para prestar um serviço específico, cumprir a etapa de um projeto, ou desenvolver um projeto para a controladora. Cumprido seu propósito, seu destino é a liquidação; empresa formada com o objetivo único de transformar os recebíveis em títulos securitizados;
4. Empresa de factoring: Empresa comercial, opera na aquisição incondicional de faturamento de empresas industriais ou comerciais.
5. Entidades de Previdência Complementar: as entidades fechadas são sociedades limitadas ou fundações, sem fins lucrativos, com objeto social de instituir planos privados de concessão de pecúlios ou de rendas, de benefícios complementares ou assemelhados aos da previdência social, mediante contribuição de seus participantes, dos respectivos empregadores ou de ambos.
6. Sociedade de Crédito ao Microempreendedor: Empresa constituída sob a forma de companhia fechada, ou sob a forma de sociedade limitada. Destina-se a conceder financiamentos e prestar garantias a pessoas físicas, com vistas a viabilizar empreendimentos de natureza profissional, comercial ou industrial, de pequeno porte, e a pessoas jurídicas classificadas como microempresas na forma da legislação e regulamentação em vigor.
7. Auditor independente: Perito-contador que presta serviços de auditoria independente a empresas. Para exercer atividade no âmbito do mercado de valores mobiliários, está sujeito ao registro na CVM - Comissão de Valores Mobiliários. Pode ser pessoa física ou jurídica, sociedade profissional, constituída sob a forma de sociedade limitada.
1.1.9 Reclamações
O Banco Central do Brasil mantém o RDR - Sistema de Registro de Denúncias, Reclamações e Pedidos de Informações, destinado ao registro e ao tratamento de denúncias, reclamações e pedidos de informações a ele apresentados por usuários de produtos e serviços das instituições financeiras, demais instituições autorizadas a funcionar pela referida autarquia e administradoras de consórcios.
Considera-se denúncia os fatos que caracterizem indícios de descumprimento de dispositivos legais e regulamentares cuja fiscalização esteja afeta ao Banco Central.
As denúncias e as reclamações registradas no sistema RDR serão disponibilizadas às instituições e às administradoras na página do Banco Central do Brasil na internet (www.bcb.gov.br).
As instituições e as administradoras devem responder ao interessado em até dez dias úteis, contados da data de disponibilização do registro no sistema RDR.
Cópia eletrônica da resposta e dos respectivos anexos, além de relato das providências adotadas e dos esclarecimentos cabíveis, devem ser encaminhados ao Banco Central do Brasil, por meio do sistema RDR, no prazo mencionado acima. 
1.1.10 Ouvidoria
A missão da Ouvidoria do Banco Central é garantir que a manifestação do cidadão sobre os serviços prestados pelo Banco seja apreciada pela Instituição.
Encontra-se localizada no Edifício-Sede, em Brasília, e exerce sua função em todo o território nacional, em virtude da competência legal da Instituição.
A atuação da Ouvidoria do Banco Central do Brasil ocorre da seguinte forma:
· recebe as manifestações do cidadão sobre os serviços prestados pelo Banco Central;
· envia as manifestações às áreas do Banco Central do Brasil responsáveis pelo assunto;
· acompanha as providências e cobra soluções;
· responde no menor prazo possível com clareza e objetividade;
· sugere/recomenda mudanças de procedimentos internos e adequações de normas e serviços;
· avalia o grau de satisfação do cidadão.
1.1.11 Ouvidoria da ANEPS
Existem procedimentos na ANEPS que disciplinam a Ouvidoria e os Processos Disciplinares.
Em linhas gerais, o fluxo de encaminhamento e julgamento de ocorrências é o seguinte:
· Recebimento da denúncia fundamentada no Código de Ética e Conduta
· Avaliação da pertinência e designação de um relator para o caso
· Informação ao denunciado e ao denunciante sobre abertura do processo
· Coleta de informações adicionais
· Parecer final do relator e comunicação às partes envolvidas (1ª instância)
· Oportunidade para apelação
· Decisão final da Comissão de Ética (2ª instância)
· Aplicação das penalidades (conforme decidido pela 1ª ou 2ª instância)
1.1.12 O COPOM
Comitê encarregado de formular a política monetária do País.
Estabelece diretrizes de política monetária, e define a meta da taxa de juros primária (SELIC) que remunera os títulos da dívida pública federal.
O COPOM foi instituído com o objetivo de estabelecer diretrizes da política monetária e definir a taxa de juros. 
A criação do Comitê tem objetivos semelhantes aos do Federal Open Market Committee (FOMC), do FED - Federal Reserve System, do Central Bank Council do banco central da Alemanha e do Monetary Policy Committee (MPC) do banco central da Inglaterra.
Posteriormente, o Banco Central Europeu instituiu sistema semelhante para a administração do euro.
Os objetivos do COPOM são "estabelecer diretrizes de política monetária, definir a meta da taxa SELIC e seu eventual viés, e analisar o Relatório de Inflação".
A taxa de juros fixada na reunião do COPOM é a meta para a taxa SELIC para o período entre reuniões ordinárias do Comitê.
O COPOM é composto por oito diretores do Banco Central, com direito a voto, e é presidido pelo Presidente do Banco Central, que tem o voto de qualidade.
No último dia dos meses de março,junho, setembro e dezembro, o COPOM publica o Relatório de Inflação, que explicita as condições da economia que orientaram as decisões do COPOM. 
1.2 O Sistema de Informações de Crédito
1.2.1 Definiçao do SCR
O SCR - Sistema de Informações de Crédito do Banco Central - é um sistema completo, amigável, consistente e ágil e de acesso fácil pela internet.
O SCR é um banco de dados alimentado mensalmente pelas instituições financeiras, mediante coleta de informações sobre as operações concedidas.
Paulatinamente, esse valor foi sendo diminuído, inicialmente para o patamar de R$ 20.000,00 (vinte mil reais), depois para R$ 5.000,00 (cinco mil reais), e atualmente, são armazenadas no banco de dados do SCR as operações dos clientes com responsabilidade total igual ou superior a R$ 1.000,00 (mil reais) a vencer e vencidas, e os valores referentes às fianças e aos avais prestados pelas instituições financeiras a seus clientes, além de créditos a liberar contabilizados nos balancetes mensais.
A base legal para o sistema coletar e compartilhar informações entre as instituições participantes do Sistema Financeiro Nacional e o respeito à privacidade do cliente quanto ao sigilo e à divulgação de informações obedecem às condições previstas na Lei Complementar 105/01 e na Resolução 2.724/00.
Entidades participantes
· Bancos Múltiplos;
· Bancos Comerciais;
· Caixa Econômica Federal;
· Bancos de Investimento;
· Bancos de Desenvolvimento;
· Sociedades de Crédito Imobiliário;
· Sociedades de Crédito, Financiamento e Investimento;
· Companhias Hipotecárias;
· Agências de Fomento ou de Desenvolvimento;
· Associações de Poupança e Empréstimo;
· Sociedades de Arrendamento Mercantil;
· Cooperativas de Crédito
O SCR armazena dados sobre as operações contratadas por todas as instituições, de forma que o Banco Central pode adotar medidas preventivas com o objetivo de proteger os recursos que os cidadãos confiam às instituições integrantes do sistema.
Assim, o principal objetivo do SCR é o de reforçar os mecanismos de supervisão bancária, com aumento da eficácia de avaliação dos riscos inerentes à atividade.
O outro objetivo do SCR é auxiliar as instituições financeiras na gestão de suas carteiras de crédito, preenchendo uma lacuna na obtenção de informações sobre as características e avaliação da capacidade de pagamento dos devedores, com impactos positivos na diminuição dos índices de inadimplência.
O sistema fomenta a competição entre os agentes pela possibilidade de oferta de taxas de juros menores nas operações que oferecem menor risco.
1.2.2 Acesso às informações do SCR
O acesso ao SCR pode ser feito pelas instituições financeiras participantes do sistema, pelos tomadores de empréstimos e financiamentos e pelas áreas especializadas do Banco Central.
Para as instituições financeiras, é necessária a autorização expressa dos clientes. A inobservância desse requisito sujeitará os implicados às penalidades previstas na lei.
As pessoas físicas e jurídicas podem se cadastrar no Banco Central para acessarem, gratuitamente, por meio da internet, seus dados porventura cadastrados no SCR.
Se conveniente, podem obter relatórios com informações detalhadas a seu respeito, diretamente nas Centrais de Atendimento ao Público, mantidas pelo Banco Central em dez capitais do país, mediante apresentação dos documentos exigidos.
1.2.3 Documentação exigida para consulta
Os documentos exigidos para consulta ao SCR são:
· Pessoa física: identidade e CPF.
· Pessoa jurídica: contrato social (original ou cópia autenticada), certidão da Junta Comercial, declaração atestando que os documentos apresentados são atuais e fidedignos, bem como documento de identificação do representante legal (original ou cópia autenticada).
As instituições financeiras são responsáveis pelo encaminhamento sistemático de dados sobre as operações de crédito.
Cumpre a elas também corrigir ou excluir as informações imprecisas.
Eventuais questionamentos judiciais devem ser encaminhados diretamente à instituição financeira que informou os dados sobre a operação.
1.3 O correspondente e seus agentes
1.3.1 Atributos do bom agente
Todos os itens a seguir formam um conjunto de atributos que bons agentes apresentam.
Um bom agente potencializa um bom cliente.
As principais qualidades que um agente deve desenvolver para dar qualidade ao seu sistema de atendimento ao cliente são:
	Cortesia
	É item fundamental no atendimento.
	Agilidade
	É essencial para que o cliente obtenha rapidamente a solução para seus problemas
	Comunicação
	Quem se comunica bem sabe ouvir melhor, para estabelecer um diálogo cortês e profissional
	Saber o que está fazendo
	Conhecer produtos e serviços é fundamental para transmitir informações corretas, precisas e concisas ao cliente
	Entrar na realidade do cliente
	Para poder atendê-lo adequadamente, o agente deve buscar entender as necessidades dele, ter empatia com o cliente à sua frente
	Estimular a curiosidade do cliente
	Será que o cliente precisa apenas daquilo que ele próprio definiu? Será que nossa carteira de produtos não tem algo mais adequado, algo que chame mais a atenção do cliente, algo que ele queira além do que já está pedindo?
	Estar disponível com bom humor, motivação e alto astral
	O agente mal-humorado tem poucas chances de sucesso com clientes
	Praticar todas essas qualidades também no atendimento interno
	Com isso se evitam demoras, atrasos e duplicidade nos serviços. Tratar os chefes e companheiros de trabalho como se eles também fosse clientes
E o cliente?
O que uma pessoa leva em consideração para se transformar em cliente? Eis alguns pontos em que ele pensa:
	Preços, para pagamento a prazo
	Custos que não reflitam aumento significativo no total a pagar.
O consumidor tem noção do valor, à vista, do que é oferecido pelos concorrentes
	Agilidade no atendimento
	complementada por instrumento adequado para a transformação do cliente em cliente fidelizado
	Condições adequadas
	·  O valor da prestação deve estar de acordo com as suas condições de pagamento.
·  Para a maioria dos clientes de crédito, em função da renda da população brasileira, o mais importante é o enquadramento da prestação no orçamento do cliente do que efetivamente o custo do financiamento.
	Não ter qualquer tipo de constrangimento
	Todos os detalhes do negócio devem ser explicados. Seja na obtenção do crédito como no decorrer do prazo, evitando a  cobrança agressiva ou inadequada
	Controles adequados
	Os controles da empresa devem ser adequados, para não ocorrerem cobranças indevidas.
1.3.2 O contrato do correspondente
Os correspondentes estabelecidos no País prestam serviços em atividades de atendimento a clientes e usuários da instituição contratante.
O correspondente atua por conta e sob as diretrizes da instituição financeira contratante, que assume inteira responsabilidade pelo atendimento prestado aos clientes e usuários por meio do contratado.
A instituição contratante, para celebração ou renovação de contrato de correspondente, deve verificar a existência de fatos que, a seu critério, desabonem a entidade contratada ou seus administradores, estabelecendo medidas de caráter preventivo e corretivo a serem adotadas na hipótese de constatação, a qualquer tempo, desses fatos, abrangendo, inclusive, a suspensão do atendimento prestado ao público e o encerramento do contrato.
O contrato de correspondente pode ter por objeto as seguintes atividades de atendimento, visando ao fornecimento de produtos e serviços de responsabilidade da instituição contratante a seus clientes e usuários:
· recepção e encaminhamento de propostas referentes a operações de crédito e de arrendamento mercantil de concessão da instituição contratante
· realização de recebimentos, pagamentos e transferências eletrônicas visando à movimentação de contas de depósitos de titularidade de clientes mantidas pela instituição contratante;
· recebimentos e pagamentos de qualquer natureza, e outras atividades decorrentes da execução de contratos e convênios de prestação de serviços mantidospela instituição contratante com terceiros;
· recepção e encaminhamento de propostas de abertura de contas de depósitos à vista, a prazo e de poupança mantidas pela instituição contratante;
· execução ativa e passiva de ordens de pagamento cursadas por intermédio da instituição contratante por solicitação de clientes e usuários;
· recepção e encaminhamento de propostas referentes a operações de crédito e de arrendamento mercantil de concessão da instituição contratante;
· recebimentos e pagamentos relacionados a letras de câmbio de aceite da instituição contratante;
· recepção e encaminhamento de propostas de fornecimento de cartões de crédito de responsabilidade da instituição contratante; e
· realização de operações de câmbio de responsabilidade da instituição contratante, observado o disposto no art. 9º.
Pode ser incluída no contrato a prestação de serviços complementares de coleta de informações cadastrais e de documentação, bem como controle e processamento de dados.
O atendimento prestado pelo correspondente em operações de câmbio deve ser contratualmente restrito às seguintes operações:
· execução ativa ou passiva de ordem de pagamento relativa a transferência unilateral do ou para o exterior;
· recepção e encaminhamento de propostas de operações de câmbio.
Determinados tipos de correspondentes realizam ainda operações de compra e venda de moeda estrangeira em espécie, cheque ou cheque de viagem, bem como carga de moeda estrangeira em cartão pré-pago, desde que sejam;
· instituição financeira ou instituição autorizada a funcionar pelo Banco Central do Brasil;
· pessoas jurídicas cadastradas no Ministério do Turismo como prestadores de serviços turísticos remunerados, na forma da regulamentação em vigor;
· a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT);
· os permissionários de serviços lotéricos.
1.3.3 Outras exigências contratuais
O contrato de correspondente deve estabelecer ainda:
· exigência de que o contratado mantenha relação formalizada mediante vínculo empregatício ou vínculo contratual de outra espécie com as pessoas naturais integrantes da sua equipe, envolvidas no atendimento a clientes e usuários;
· vedação à utilização, pelo contratado, de instalações cuja configuração arquitetônica, logomarca e placas indicativas sejam similares às adotadas pela instituição contratante em suas agências e postos de atendimento;
· divulgação ao público, pelo contratado, de sua condição de prestador de serviços à instituição contratante, identificada pelo nome com que é conhecida no mercado, com descrição dos produtos e serviços oferecidos e telefones dos serviços de atendimento e de ouvidoria da instituição contratante, por meio de painel visível mantido nos locais onde seja prestado atendimento aos clientes e usuários, e por outras formas caso necessário para esclarecimento do público;
· realização de acertos financeiros entre a instituição contratante e o correspondente, no máximo, a cada dois dias úteis;
· utilização, pelo correspondente, exclusivamente de padrões, normas operacionais e tabelas definidas pela instituição contratante, inclusive na proposição ou aplicação de tarifas, taxas de juros, taxas de câmbio, cálculo de Custo Efetivo Total (CET) e quaisquer quantias auferidas ou devidas pelo cliente, inerentes aos produtos e serviços de fornecimento da instituição contratante;
· permissão de acesso do Banco Central do Brasil aos contratos firmados ao amparo desta resolução, à documentação e informações referentes aos produtos e serviços fornecidos, bem como às dependências do contratado e respectiva documentação relativa aos atos constitutivos, registros, cadastros e licenças requeridos pela legislação;
· possibilidade de adoção de medidas pela instituição contratante, por sua iniciativa ou por determinação do Banco Central do Brasil;
· observância do plano de controle de qualidade do atendimento, estabelecido pela instituição contratante e das medidas administrativas nele previstas;
· declaração de que o contratado tem pleno conhecimento de que a realização, por sua própria conta, das operações consideradas privativas das instituições financeiras ou de outras operações vedadas pela legislação vigente sujeita o infrator às penalidades previstas em lei.
1.3.4 Assuntos vedados nos contratos
As normas impõem uma série de vedações à atividade de correspondente bancário.
Por estas normas é vedado ao correspondente:
· a celebração de contrato de correspondente que configure contrato de franquia.
· a contratação, para o desempenho das atividades de atendimento de entidade cuja atividade principal seja a prestação de serviços de correspondente.
· a contratação de correspondente cujo controle seja exercido por administrador da instituição contratante ou por administrador de entidade controladora da instituição contratante.
· a cobrança, pela instituição contratante, de clientes atendidos pelo correspondente, de tarifa, comissão, valores referentes a ressarcimento de serviços prestados por terceiros ou qualquer outra forma de remuneração, pelo fornecimento de produtos ou serviços de responsabilidade da referida instituição, ressalvadas as tarifas constantes da tabela adotada pela instituição contratante,
· emitir, a seu favor, carnês ou títulos relativos às operações realizadas, ou cobrar por conta própria, a qualquer título, valor relacionado com os produtos e serviços de fornecimento da instituição contratante;
· a realização de adiantamento a cliente, pelo correspondente, por conta de recursos a serem liberados pela instituição contratante;
· a prestação de garantia, inclusive coobrigação, pelo correspondente nas operações a que se refere o contrato;
· a realização, pelo contratado, de atendimento aos clientes e usuários relativo a demandas envolvendo esclarecimentos, obtenção de documentos, liberações, reclamações e outros referentes aos produtos e serviços fornecidos, as quais serão encaminhadas de imediato à instituição contratante, quando não forem resolvidas pelo correspondente.
1.3.5 O pastinha
Pessoa que atua irregularmente como intermediário entre instituições bancárias e correspondentes bancários, através de empresas promotoras de crédito.
Está presente especialmente em operações de crédito consignado.
Sua atuação pode originar fraudes como:
· Cobrança de taxas superiores às contratadas;
· Descontos não autorizados;
· Ausência de recebimento de valor, apesar de o contracheque do devedor apresentar o desconto.
2. Mercado Financeiro
2.1 Os riscos
2.1.1 Conceito de risco
Em termos legais, risco é a exposição a uma possibilidade de perda, mudanças adversas ou responsabilidade por algum dano.
É também a possibilidade da ocorrência de um evento resultar em perdas de toda a espécie podendo vir comprometer a continuidade das atividades de uma organização.
Normalmente, o risco tem relação direta com o nível de renda do investimento ou com o custo de um financiamento: quanto maior o custo ou nível de renda exigidos, maior o potencial de risco.
Risco é algo que pode ser evitado.
Portanto, risco é algo que a maioria das pessoas – físicas e jurídicas – está disposta a pagar para não ter.
Pode-se classificar os riscos em:
· exógenos: riscos não ligados aos negócios financeiros;
· endógenos: ligados - ainda que indiretamente -aos negócios financeiros;
· passíveis de proteção: através de instrumentos financeiros adequados;
Alguns tipos de riscos exógenos estão exemplificados a seguir:
· Riscos políticos: mudança de regime; mudança de governo;
· Riscos econômicos: estatização, alterações em políticas (fiscal, cambial), confiscos;
· Riscos sociais: greves, tensões sociais, criminalidade elevada;
· Riscos tecnológicos: obsolescência de produtos e processos de produção.
· Riscos de desastres: incêndios, inundações;
· Riscos de fraudes: roubo, sabotagem, extorsão, seqüestros.
Já entre os riscos endógenos, citam-se:  
· Riscos econômicos: custos, preços, oscilação de demanda, taxa de inadimplência;
· Riscos financeiros: taxa de juros, inflação, taxa de câmbio;
· Riscos operacionais: sistemasinternos, qualidade da mão-de-obra, custódia, alavancagem.
2.1.2 Gestão do risco
É o conjunto de técnicas que visa a avaliar, de acordo com um padrão estatístico ou determinista, as perdas causadas por variações nas condições de mercado, operacionais, de crédito etc.
Destinam-se a minimizar a possibilidade de descontinuidade do processo de liquidação de operações, inclusive mediante a adoção de técnicas, modelos e sistemas reconhecidamente aceitos.
A gestão do risco deve começar com uma compreensão dos fatores que o definem.
Refere-se não somente às práticas destinadas à limitação dos riscos individuais, como também aos métodos sistemáticos e quantitativos para identificar, monitorar e controlar os riscos agregados, que envolvem todas as áreas de atividades da instituição.
A gestão de risco exige múltipla abordagem gerencial, envolvendo diversas áreas de tomada de decisão da empresa:
· Financeira (provedora dos recursos);
· Operacional (processos e tecnologias operacionais);
· Marketing (necessidades do mercado e a concorrência);
· Recursos Humanos (capacidade da empresa para executar as tarefas necessárias).
2.1.3 O risco de crédito
Risco de crédito é a possibilidade de não pagamento por parte:
· do tomador de recursos, ou
· do emitente de um título de crédito;
· do comprador a prazo
Decorre de situações de inadimplência e de insolvência do devedor da obrigação.
Entre estas situações, uma exposição a um maior risco de mercado pode redundar num aumento do risco de crédito.
Alguns dos principais fatores de risco de crédito se transformam em risco ou sub-riscos, que devem ser monitorados separadamente, como:
· risco de inadimplência
· risco de deterioração de crédito
· risco de garantia real
O risco de crédito é uma parte inevitável do processo de venda a prazo para os estabelecimentos industriais e comerciais, de financiamentos e empréstimos para as instituições financeiras.
Existe sempre a possibilidade do tomador de empréstimos ou comprador que utiliza financiamentos para suas aquisições, não pagar o compromisso na data contratada.
Desse modo, o risco de crédito consiste não somente em risco de a contraparte ficar totalmente inadimplente com suas obrigações, mas também em apenas poder pagar uma parte de seus compromissos, após a data combinada.
Normalmente, nas instituições financeiras, para minimizar o risco de crédito, são constituídas garantias adicionais.
Como evitar o risco de crédito? Ou diminuí-lo?
Levantando o máximo de informações sobre o cliente ou financiado, definindo, com elas, a curva de probabilidade de risco dos eventos contratados naquela situação. As empresas comerciais, industriais ou prestadoras de serviços poderão ou não ter interesse em assumir o risco na concessão de crédito nas vendas a prazo para seus clientes.
No caso de desinteresse na assunção do risco de crédito ou do interesse na sua redução, a empresa pode buscar caminhos para tal proteção, como:
	Redução do risco
	· Investir em informações pode representar diminuição do risco de crédito, mas tem seu limite.
· É viável enquanto o custo das informações adicionais for menor que o benefício proporcionado pela diminuição do risco.
	Diluição do risco
	Diversificação da concessão de crédito para um determinado perfil de cliente, determinada região ou dependente de determinado segmento de atividade econômica.
	Transferência do risco
	· Parceria com uma instituição financeira que assume todo o risco, concedendo o crédito dentro dos seus padrões. 
· Desta forma, com custos operacionais menores (despesas operacionais de crédito e de perda eliminadas), a empresa busca a competitividade no preço, beneficiando-se no fluxo de caixa com as vendas vista.
2.1.4 O grau de informaçoes
Existe uma correlação entre o risco e o grau de informações obtidas pelo observador para determinada contingência.
Quanto mais informado estiver o observador sobre determinado evento futuro, as probabilidades que compõem a curva de contingência ou riscos possíveis do evento podem ser alteradas, para melhor ou para pior, de acordo com a qualidade das informações.
Assim, o conhecimento básico sobre a quem está sendo concedido crédito engloba as seguintes informações em relação aos candidatos a crédito:
· Identificação do beneficiário do crédito;
· Fontes de pagamento (rendimentos) e estabilidade dessa fonte;
· Localização do devedor - residência e trabalho.
Esta análise, não raramente, e é feita de forma superficial, tornando o crédito vulnerável e arriscado, não criando a relação nível de informação x nível de risco x nível de sinistro de crédito, básica para qualquer processo de gerenciamento de carteira de crédito no varejo.
A capacidade de administrar o risco e de, através dela, atingir a disposição de assumi-lo, efetuando seleções progressivas, são elementos imprescindíveis à geração de negócios que impulsiona o crescimento das empresas.
A gestão do risco deve começar com o conhecimento da natureza das várias tendências do risco e a diferença entre elas.
Particularmente, o risco de crédito, para as empresas que necessitam vender a prazo, sofre a influência de inúmeras variáveis, algumas controláveis e outras externas (fora de seu controle), cuja mitigação depende do acompanhamento e monitoramento dos acontecimentos nas diversas áreas envolvidas – processo interno, governo, mercado, economia mundial e outras.
2.1.5 O risco de mercado
Define-se o risco de mercado como sendo a possibilidade de perdas:
· decorrentes da flutuação adversa do valor de ajuste diário de mercado financeiro durante o período necessário para liquidação;
· em função de flutuação desfavorável do valor de ativos, valores mobiliários ou qualquer outro instrumento utilizado pelo mercado financeiro;
· decorrente da má utilização de instrumentos financeiros, como hedge e swap, diversificação excessiva ou insuficiente, etc.
Alguns riscos que compõem o risco de mercado:
	Risco de variação na taxa de juros
	Quando há descasamento de prazos entre a captação de recursos para a concessão do crédito e sua liquidação
	Exemplo: capta a 12 meses, financia a 36 meses
	Risco cambial
	Mesma situação relatada acima, agora em relação a variações nas taxas de câmbio
	Exemplo: capta com dólar a R$ 2,00, financia com dólar a R$ 1,70
O administrador de recursos busca gerenciar suas carteiras focado no objetivo de mitigar o risco.
Quando ele constata movimento de preço de ativos, esse fato representa risco e a perda deve ser quantificada diariamente, através da marcação a mercado do investimento.
A perda decorrente deste risco caracteriza-se pela redução do valor de mercado do ativo.
A quantificação do risco de mercado está ligada à volatilidade de mercado ou à volatilidade de determinado investimento.
O risco de mercado é maior em situações que apresentam maior variação de valor nos preços, ou seja, quando há maior oscilação de preço em relação à sua média.
2.1.6 O risco de liquidez
O risco de liquidez se caracteriza pela possibilidade de perda decorrente da falta de compradores ou de vendedores para realizar operações com o mínimo de esforço e sem alterações expressivas nos preços dos ativos.
O risco de liquidez é um risco financeiro devido à incerteza de poder realizar as operações de uma empresa.
Outras características apontam situações em que uma entidade não consegue cumprir com seu objeto social porque não consegue achar outra entidade interessada em assumir o lado contrário da operação a um preço de mercado.
Uma instituição pode perder acesso à liquidez se o sua classificação de crédito cair, ou se um outro evento levar outras contrapartes a evitar operar com a companhia. Pequeno volume de negócios podem aafetar a liquidez da empresa.
Uma firma também está exposta a risco de liquidez se os mercados do qual ela depende estiverem sujeitos a possível perda de liquidez.
Quanto mais desenvolvido for um mercado tanto mais ele será líquido. Mercados poucos desenvolvidos, ao contrário, podem ser um obstáculo à compra ou à venda de ativos financeiros, ocasionando quase sempre alteração nos preçosde cotação.
E a tecnologia, atualmente, é vital para a criação de mercados modernos e seguros.
O Brasil é um exemplo desse desenvolvimento, através de seus sistemas de registro, compensação e liquidação de operações, tais como:
	SPB
	Sistema de Pagamentos Brasileiro, conjunto de procedimentos, regras, instrumentos e sistemas operacionais integrados com a finalidade de transferir fundos do pagador para o recebedor e, com isso liquidar uma obrigação.
As economias de mercado dependem deste sistema para movimentar fundos decorrentes das atividades econômicas (produtiva, comercial e financeira), tanto em moeda local como em moeda estrangeira.
	Selic
	Sistema computadorizado administrado pelo Banco Central.
Destina-se ao registro de títulos e depósitos interfinanceiros por meio de equipamento eletrônico de teleprocessamento, em contas gráficas abertas em nome de seus participantes, bem como ao processamento, utilizando o mesmo mecanismo, de operações de movimentação, resgates, ofertas públicas e respectivas liquidações financeiras.
Destina-se à custódia de títulos escriturais de emissão do Tesouro Nacional e do Banco Central, bem como ao registro e à liquidação de operações com os referidos títulos.
	Cetip
	Sociedade administradora de mercados de balcão organizados, ou seja, de ambientes de negociação e registro de valores mobiliários, títulos públicos e privados de renda fixa e derivativos de balcão.
É uma câmara de compensação e liquidação sistemicamente importante, nos termos definidos pela legislação do SPB – Sistema de Pagamentos Brasileiro, que efetua a custódia escritural de ativos e contratos, registra operações realizadas no mercado de balcão, processa a liquidação financeira e oferece ao mercado uma Plataforma Eletrônica para a realização de diversos tipos de operações online, tais como leilões e negociação de títulos públicos, privados e valores mobiliários de renda fixa.
	CORE
	Nova câmara de compensação da BM&FBovespa, que unifica os sistemas de clearing existentes, e permite o exercício da função CCP (contraparte que garante os pagamentos dos investidores em caso de quebra de um dos participantes do mercado). Com a adoção do sistema CORE, é possível administrar toda sorte de riscos envolvendo as negociações com diversos ativos, como ações, câmbio, instrumentos financeiros, valores mobiliários e commodities, negociados na Bolsa. A nova plataforma substitui as câmaras de compensação existentes na estrutura da BM&FBovespa.
Concorrem ainda para mitigar os riscos de liquidez no Brasil:
· a existência de mercados organizados para a transferência de riscos (mercado de derivativos da BM&FBovespa),
· o grau de confiança nos agentes econômicos e financeiros que regem a Economia,
· e a grande variedade de instrumentos financeiros que permite aos administradores de carteiras selecionar operações apropriadas para praticamente todos os objetivos de investimento dos investidores brasileiros.
Esta situação não beneficia mercados de ativos não financeiros, como os mercados imobiliário e o mercado de arte.
2.1.7 Outros tipos de riscos
Outros tipos de risco são os seguintes:
	Risco legal
	· Possibilidade de perda em caso de situações envolvendo modificações na legislação ou no regime tributário a que se submetem as aplicações financeiras.
· São ainda riscos legais julgamentos desfavoráveis em situações contratuais, compromissos em contratos omissos, mal redigidos ou sem amparo legal.
· Assinaturas em contratos por pessoa que não representa a instituição, não-execução de garantias, informalidade na execução de ordens de compra e venda de investimentos, estão entre as principais situações de risco legal.
· Possibilidade de questionamento jurídico da execução dos contratos, processos judiciais ou sentenças contrárias ou adversas àquelas esperadas pela Instituição e que possam causar perdas ou perturbações significativas que afetem negativamente os processos operacionais
	Risco sistêmico
	· Risco que compromete todo um sistema.
· Risco generalizado
· Também chamado risco sistemático
	Risco soberano
	· Risco legal, ou político, de liquidação e de outros riscos relacionados com transações com títulos públicos de um país.
· Risco empresarial em outro país, em face de problemas de natureza política ou econômica, de diversas naturezas
· Quando relacionado a transações internacionais, denomina-se risco de país, ou risco geográfico.
	Moral hazard
	· Risco moral.
· Risco que a existência de um contrato possa afetar o comportamento de uma ou mais partes. O exemplo clássico está na indústria de seguros, onde a cobertura contra uma perda pode modificar para pior o comportamento do segurado, em relação ao risco. Um motorista de carro com seguro total pode começar a dirigir de modo afoito, com excesso de velocidade, simplesmente porque "está no seguro"
	Aversão ao risco
	O investidor avesso ao risco não participa de um negócio pelo prazer do risco, como faz o jogador, mas sim porque vislumbra um prêmio de risco adequado.
	Prêmio de risco
	· Taxa adicional exigida pelo investidor, em função do nível de risco do financiamento oferecido.
· Diferença entre a taxa de juros de uma aplicação com risco e de uma aplicação sem risco. Constatada a diferença, aceitar o risco merece um prêmio.
	Risco de fraude
	Possibilidade de ocorrência de evento que cause prejuízo direto ou indireto para a organização, oriundo de ações de pessoas ou empresas que venham subtrair recursos da conta de um banco participante em favor de terceiros ou ainda de outras ações que caracterizem ato de má-fé
	Risco de reputação
	Possibilidade de ocorrer publicidade negativa, verdadeira ou não, em relação à prática da condução dos negócios da Instituição, gerando declínio na base de clientes, litígio ou diminuição da receita
	Risco operacional
	Possibilidade de perda decorrente da falta de consistência e adequação dos sistemas de informação, processamento e operações, falhas nos controles internos, fraudes ou qualquer tipo de evento não previsto
2.1.8 Conceito de garantia
São ativos, recursos financeiros, direitos, contratos e outros instrumentos depositados para assegurar o cumprimento das obrigações dos participantes de uma operação financeira.
É também o documento, compromisso ou assinatura com que se assegura a execução de direito ou obrigação contratado, ou a satisfação de um crédito.
2.1.9 Tipos de garantias
As principais garantias exigidas em operações financeiras estão relacionadas a seguir:
	Real
	· Garantia que constitui um direito real sobre os direitos patrimoniais de outrem, garantia hipotecária ou pignoratícia.
Exemplos: penhor de bens móveis ou direitos (recebíveis), hipoteca de bens imóveis, anticrese;
	Pignoratícia
	· Garantia real conferida ao credor através de penhor mercantil, de direitos, de títulos de crédito etc, onde o bem ou direito permanece empenhado até o cumprimento da obrigação garantida, ou por determinado prazo.
·  Ela torna a propriedade do bem precária até a liquidação da dívida
	Fidejussória
	Garantia por aval, fiança ou cláusula contratual, na forma de responsabilidade pessoal do garantidor
	Quirografária
	· Garantia em que o credor concorre com demais credores quirografários no caso de liquidação da companhia.
· O credor quirografário é aquele destituído de qualquer privilégio ou preferência.
	Fiduciária
	· Garantia de dívida através de alienação fiduciária, garantia baseada no crédito ou na confiança pública
	Acessória
	Garantia adicional, como o seguro do bem adquirido
	Valores em garantia
	Valores empenhados pelo devedor em favor do credor, para garantir adimplemento de obrigações assumidas por aquele perante esse
2.1.10 O aval e a fiança
Aval
É a declaração que consiste na assinatura do declarante lançada em título de crédito, em razão da qual o declarante se compromete a garantir, de forma autônoma, as obrigações de outra pessoa que figure no título;
É ainda a garantia pessoal, plena e solidária, que se dá em favor de qualquer obrigado ou coobrigado em título cambial.
Caracterizam o aval:
· oportador do título avalizado não tem direito a substituição do aval;
· o avalista é devedor solidário até a liquidação do título;
· o credor pode executar o avalista antes mesmo de executar o devedor principal;
· o avalista vincula-se solidariamente ao devedor, no próprio título avalizado;
· a obrigação do avalista é vinculada ao título avalizado;
· o título avalizado só é válido quando comparecem ambos os cônjuges. 
Fiança
É a obrigação acessória assumida por terceira pessoa para garantir o pagamento da obrigação assumida pelo devedor, se a obrigação não for por este cumprida no tempo e nas condições formalmente estabelecidas.
Caracterizam a fiança:
· pressupõe a existência de um contrato principal, da qual é a garantia do credor;
· é obrigatoriamente assumida na forma escrita;
· pode revestir também as formas de fiança bancária e fiança locatícia;
· exige o comparecimento de ambos os cônjuges. 
2.1.11 A alienação fiduciária
A alienação fiduciária em garantia é:
· a garantia que o devedor dá ao credor, em operações de cfrédito direto ao consumidor;
· a extensão dessa forma de garantia para operações no SFI – Sistema Financeiro Imobiliário;
· transferência para o credor do domínio resolúvel e a posse indireta da coisa móvel alienada, independentemente da tradição (entrega) efetiva do bem
O devedor, como depositário do bem, não pode revendê-lo.
O não-pagamento das prestações contratuais constitui esbulho possessório, o que abre ao credor a possibilidade da retomada imediata do bem.
A atualização da legislação prescreve que o credor fiduciário faz a busca e apreensão, pede uma liminar e, se em cinco dias o devedor não pagar, o banco poderá tomar o bem.
Com isso consolidam-se a propriedade e a posse plena e exclusiva do bem no patrimônio do credor fiduciário, cabendo às repartições competentes, quando for o caso, expedir novo certificado de registro de propriedade em nome do credor, ou de terceiro por ele indicado, livre do ônus da propriedade fiduciária.
Para evitar este procedimento, o devedor fiduciante poderá pagar a integralidade da dívida pendente, segundo os valores apresentados pelo credor fiduciário na inicial da ação, hipótese na qual o bem lhe será restituído livre do ônus.
Na sentença que decretar a improcedência da ação de busca e apreensão, o juiz condenará o credor fiduciário ao pagamento de multa, em favor do devedor fiduciante, equivalente a cinqüenta por cento do valor originalmente financiado, devidamente atualizado, caso o bem já tenha sido alienado.
Gravame
É a situação que ocorre quando se financia um veículo, até que o mesmo seja totalmente quitado, junto ao um banco ou uma financeira, ou então quando o veículo não está corretamente documentado.
A baixa no gravame se dá pela extinção da alienação fiduciária em garantia, no cadastro do Detran/PR, mantendo-se o mesmo proprietário, com a emissão de novo Certificado de Registro de Veículo (CRV) e Certificado de Registro e Licenciamento do Veículo (CRLV).
2.1.12 A garantia na captação pelos bancos
Em maio de 2013, decisão do FGC – Fundo Garantidor de Crédito aumentou a garantia bancária para R$ 250 mil, valor semelhante ao que é praticado em outros países, como Estados Unidos ou área do euro, na Europa.
Esta decisão permite que os bancos médios e pequenos modifiquem por completo seus esforços de captação, oferecendo títulos e depósitos de renda fixa em valores desligados da taxa DI, podendo chegar a 1% ao mês – ou até mais – sobre investimentos que interessam à quase totalidade dos investidores em renda fixa no país.
Apenas para raciocinar, um investidor com esposa e dois filhos passa a ter capacidade de investir até um milhão de reais totalmente garantidos, desde que todos os membros da família tenham CPF diverso. Com isso, a renda fixa “referenciada DI” praticada pelos bancos de rede pode sofrer um rude golpe, especialmente nos fundos que captam com essa forma de rendimento, porque as aplicações em fundo não são cobertas pelo FGC.
Estes novos valores de garantia (a garantia anterior era de R$ 70 mil) modificam o perfil de operação de grande parte dos bancos de médio e pequeno porte, bem como das financeiras, que atuam diretamente sobre o crédito massificado, crédito direto ao consumidor e operações consignadas.
São objeto da garantia proporcionada pelo FGC os seguintes Créditos:
· Depósitos à vista ou sacáveis mediante aviso prévio;
· Depósitos de poupança;
· Depósitos a prazo, com ou sem emissão de certificado;
· Depósitos mantidos em contas não movimentáveis por cheques destinadas ao registro e controle do fluxo de recursos referentes à prestação de serviços de pagamento de salários, vencimentos, aposentadorias, pensões e similares;
· Letras de câmbio;
· Letras imobiliárias;
· Letras hipotecárias;
· Letras de crédito imobiliário;
· Operações compromissadas que têm como objeto títulos emitidos após 8 de março de 2012 por empresa ligada.
Não são cobertos pela garantia ordinária os demais créditos, incluindo:
· As aplicações em fundos de investimento;
· Os depósitos, empréstimos ou quaisquer outros recursos captados ou levantados no exterior;
· As operações relacionadas a programas de interesse governamental instituídos por lei;
· Os depósitos judiciais;
· Qualquer instrumento financeiro que contenha cláusula de subordinação, autorizado ou não pelo Banco Central do Brasil a integrar o patrimônio de referência das instituições financeiras e das demais instituições autorizadas a funcionar pela referida Autarquia.
2.2 Básico de Matemática Financeira
2.2.1 Conceitos básicos
Matemática Financeira é uma ferramenta útil na análise de algumas alternativas de investimentos ou financiamentos de bens de consumo.
As principais definições de Matemática Financeira estão descritas a seguir:
	Capital
	· Valor financeiro que está sendo emprestado ou investido
· Principal,
· Valor Atual,
· Valor Presente
· Valor Aplicado
· Present Value (nas calculadoras financeiras)
	Montante
	· Soma do Capital com os juros.
· Valor Futuro
· Future Value (nas calculadoras financeiras)
	Juros
	· Remuneração do Capital empregado em alguma atividade produtiva.
· Remuneração pelo empréstimo do dinheiro
	Taxa de juros
	· Remuneração que será paga ao dinheiro emprestado, para um determinado período, expressa da forma porcentual, em seguida da especificação do período de tempo a que se refere: 8 % a.a. - (a.a. significa ao ano), 10 % a.m. - (a.m. significa ao mês).
	Parcela ou Prestação
	· Valor pago pelo tomador do empréstimo (ou receptor do investimento).
	Payback
	· Tempo decorrido entre o investimento inicial e o momento no qual o lucro líquido acumulado se iguala ao valor desse investimento.
	Desconto
	· Abatimento que o devedor faz jus quando antecipa o pagamento de um título ou quando o mesmo é resgatado antes de seu vencimento
· Juro cobrado por um intermediário para antecipar o recebimento de um título
· Pode ser desconto simples ou desconto composto (também chamado de racional)
Nota: Se a taxa de juros for mensal, trimestral ou anual, os períodos deverão ser respectivamente, mensais, trimestrais ou anuais, de modo que os conceitos de taxas de juros e períodos sejam compatíveis, coerentes ou homogêneos.
2.2.2 O juro
Juro é o valor da remuneração do dinheiro.
É pago pelo financiado ao financiador.
O juro pode ser:
	Taxa básica de juro
	menor taxa de juros vigente em um país, funcionando como taxa de referência para todos os contratos.
É também a taxa nas operações interbancárias.
	Taxa de juro
	taxa porcentual cobrada como remuneração do capital para empréstimos, crédito ou financiamentos de dinheiro
	Taxa de juro simples
	Juro calculado sobre o montante inicial
	Taxa de juro composto
	Juro calculado sobre o montante inicial acrescido de seus próprios juros
	Taxa de juro nominal
	valor do juro num contrato de financiamento
	Taxa de juro real
	juro nominal menos a taxa de inflação do período.
	Taxa de juro pós fixado
	Juro calculado sobre o montante final
	Taxa de juro pré fixado
	Juro calculado sobre o montante inicial
	Taxa de juro legalJuro autorizado por lei. Está previsto no novo Código Civil, fixado segundo a taxa que estiver em vigor para a mora do pagamento de impostos devidos à Fazenda Nacional
2.2.3 O juro simples
O regime dos juros simples, a taxa de juros é aplicada sobre o principal (valor emprestado) de forma linear, ou seja, não considera que o saldo da dívida aumenta ou diminui conforme o passar do tempo.
No juro simples, a taxa de juros é aplicada sobre o valor principal de um empréstimo ou financiamento.
Exemplo: empresta-se R$ 1.000,00, ao juro de 2% ao mês, durante 6 meses.
	F = P (1 + i.n)
Onde:
· P = valor presente do empréstimo
· F = valor futuro do empréstimo
· I = taxa de juro em decimais
· N = número de períodos (meses, anos)
Teremos:
F = 1.000 (1 + 0,02 x 6) =
= 1.000 (1 + 0,12) =
= 1.000 x 1,12 = 1.120
2.2.4 O juro composto
No regime de juros compostos (também chamado de regime de juros sobre juros), os juros de cada período são somados ao capital para o cálculo de novos juros nos períodos seguintes.
Nesse caso, o valor da dívida é sempre corrigido e a taxa de juros é calculada sobre esse novo valor, como mostra a planilha abaixo.
Exemplo:
Seja um empréstimo de 1.000, juro composto de 2% (0,02), prazo de 6 meses.
Este empréstimo seria planilhado na forma a seguir:
	Período
	Principal
	Juro
	Total
	Jan
	1.000,00
	20,00
	1.020,00
	Fev
	1.020,00
	20,40
	1.040,40
	Mar
	1.040,40
	20,81
	1.061,21
	Abr
	1.061,21
	21,22
	1.082,43
	Mai
	1.082,43
	21,65
	1.104,08
	Jun
	1.104,08
	22,08
	1.126,16
Se fossem juros simples, o valor final seria de 1.120. No juro composto, esse valor torna-se 1,126,16.
Esta planilha transforma-se numa fórmula, que define o juro composto:
	F = P (1 + i)n
Onde:
· F= valor futuro
· P = valor presente
· i = taxa de juros em decimais
· n = período
Teremos:
F = 1.000 (1 + 0,02)6=
= 1.000 x 1,026 = 1.000 x 1,12616 =
= 1.126,16
2.2.5 O juro nominal e o juro real
Juro nominal é o valor contratado do juro, expresso num documento.
Juro real é a diferença entre o juro nominal e a inflação do período.
A avaliação do juro real depende de diferentes combinações de conceitos.
O analista deve selecionar:
· qual é a taxa de juro nominal, entre as taxas Selic, taxa futura ou a taxa de juros que atrai o investidor estrangeiro;
· qual é o índice de preços que mais convém à análise (IPCA ou IGP-M, ou ainda outro indicador relevante);
· qual é a taxa de inflação a ser descontada: inflação que já ocorreu ou a inflação projetada;
· qual o prazo a levar em conta na análise: seis meses, doze meses ou outro prazo.
A partir deste processo de seleção se constrói a taxa de juros real.
No modelo brasileiro, adiciona-se o conceito do juro real ex-ante, que resulta do desconto da expectativa de inflação projetada para um ano à frente, ou do juro ex-post, quando ele é calculado sobre a inflação passada.
Exemplo: consta de um contrato o juro nominal de 12% ao ano e conhece-se a taxa Selic de 7,25% ao ano.
O juro real da operação será 12% - 7,25% = 4,75% ao ano
2.2.6 O juro pré e o juro pós fixado
Num contrato de financiamento, podem ser fixadas duas formas de cobrança de juros:
	Juro pré-fixado
	Juro calculado sobre o capitalinicial
	Juro pós-fixado
	Juro calculado sobre o montante final
 
O juro pré-fixado tem formato simplificado: basta fixá-lo no contrato.
Já o juro pós-fixado é normalmente adicionado a um indexador da economia, denominado no contrato de financiamento.
Exemplos:
	Pré
	prazo de X meses, juros de 3% ao mês.
	Pós
	prazo de X meses, indexado ao IPCA mais juros de 6% ao ano
2.2.7 Principais taxas do mercado financeiro
As principais taxas do mercado financeiro estão listadas a seguir:
	Taxa nominal
	parâmetro de comparação entre operações financeiras, o seu valor não é aplicado nos cálculo. O mesmo que taxa proporcional
	Taxa efetiva
	taxa apurada durante todo o prazo da operação financeira. Ela é construída pelo processo de formação exponencial da taxa nominal ao longo dos períodos de capitalização.
	Taxa Equivalente
	aquelas que produzem o mesmo montante ao final de um determinado período, pela aplicação de um mesmo capital inicial
Exemplo de taxa nominal:
· 18% ao ano, capitalizado mensalmente;
· 3% ao mês, capitalizado diariamente;
· 15% ao semestre, capitalizado bimestralmente.
Exemplo de taxa efetiva:
· 654,44% ao ano (taxa de cartão de crédito)
Exemplo de taxa equivalente:
· 15,99% ao mês, equivalente a 654,44% ao ano (taxa de cartão de crédito)
2.2.8 Pagamento de prestaçoes
Prestação é:
· o valor da amortização parcelada e periódica de um débito;
· o que o devedor deve pagar, em um contrato de financiamento.
O Banco Central do Brasil disponibiliza um simulador para livre acesso, no endereço abaixo conforme instruções na tela.
	https://www3.bcb.gov.br/CALCIDADAO/publico/exibirFormFinanciamentoPrestacoesFixas.do?method=exibirFormFinanciamentoPrestacoesFixas
Se o usuário clicar em "Metodologia", logo abaixo do simulador, encontrará a formulação matemática que calcula as prestações.
2.2.9 Indices de preços
Classificados como Índices Agregados Ponderados, são utilizados basicamente para determinar variações no custo de vida, sob diferentes condições de oferta de bens e serviços e demanda por faixas de renda da população.
Podem ser orientados a partir de preços de atacado praticados entre comerciantes ou preços de varejo pagos por consumidores finais.
Os índices mais utilizados no Brasil são:
· IGP – DI (Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna, da FGV): média ponderada do IPC (30%) do Rio de Janeiro, IPA (60%) e INCC (10%), apurados no mês civil;
· IGP – M (Índice Geral de Preços de Mercado da FGV): o mesmo que IGP – DI, apurado entre 21 e 20 de cada mês;
· INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor, do IBGE): apurado por quatro vezes, durante o mês civil, entre famílias de faixas de renda de um a oito salários mínimos, cujo chefe é assalariado em sua ocupação principal e residente nas áreas urbanas das regiões metropolitanas de São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, Belém, Fortaleza, Salvador, Curitiba, Goiânia e Brasília. O índice nacional é apurado a partir dos índices regionais, utilizando a média aritmética ponderada, onde a variável de ponderação é a população residente urbana;
· IPCA: (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Ampliado, do IBGE): utilizado pelo Banco Central para acompanhamento dos objetivos estabelecidos no sistema de metas de inflação. Semelhante ao INPC, mas referindo-se a famílias com rendimentos mensais compreendidos entre um e quarenta salários-mínimos, qualquer que seja a fonte de rendimentos, e residentes nas áreas urbanas das mesmas regiões. O índice nacional é apurado a partir dos índices regionais, utilizando a média aritmética ponderada, onde a variável de ponderação é o rendimento total urbano.
O site do Banco Central oferece uma Calculadora do Cidadão com procedimentos de cálculo e exemplos dos principais índices brasileiros, no endereço:
	https://www3.bcb.gov.br/CALCIDADAO/publico/exibirFormCorrecaoValores.do?method=exibirFormCorrecaoValores
Se acessar "Metodologia" verá a fórmula de cálculo para chegar aos valores.
2.3 Finanças pessoais
2.3.1 Controle de qualidade do cadastro
A pessoa que procura uma empresa correspondente para realizar uma operação de crédito deve ter em mente a necessidade de estar com sua situação cadastral livre de problemas.
O agente de correspondente deve orientar seus clientes a fim de ter sempre um cadastro à prova de problemas.
Um check list dessa situação pode ser observado nos itens a seguir:
	Avalizar
	Cuide de evitar dar aval e comprometer-se com fiança em operações de crédito de outra pessoa.
	Cartões de crédito
	· Trabalhe com poucos cartões
· Tenha saldos pré-aprovados de valor baixo
· Procure sempre pagar a fatura integral
· Se não der, pague acima do pagamento mínimo
· Esteja atento para a taxa de juros do rotativo dos cartões
· Deixe cartões em casa. Saia apenas com aquele que você precisará usar
· Esteja atento para ofertas de liquidação parceladade cartão. O juro costuma ser menor do que manter o rotativo
· Controle seus cartões pela internet.
· Não empreste seus cartões para ninguém
	Cheques
	· Evite cheques sem provisão de fundos.
· Faça anotações no canhoto a cada cheque emitido.
· Controle seu saldo pela internet.
· Lance os pré-datados no seu Fluxo de Caixa
	Compromissos
	Se tiver dificuldade para honrar um valor a pagar no vencimento, negocie com o credor outra forma de pagamento
	Dados pessoais
	· Nome e identificação pessoal (RG, CPF, carteira de trabalho), devem estar à mão.
· CP deve estará em dia com as anotações da empresa
· Se solicitadas, certidões (casamento, óbito, registro de imóveis) e comprovantes de endereço devem estar à mão e atualizados, quando for o caso
· Endereços tipo “rua 1”, ou “rua A”, devem ser melhor caracterizados
	Emprestar nome
	Nunca empreste seu nome para terceiros abrirem linhas de crédito.
2.3.2 Administraçao do orçamento familiar
O aprendizado da austeridade com o dinheiro familiar e metas realistas compensar os cuidados que se deve ter com o dinheiro resultante do trabalho.
Para isso é necessário planejar, eleger prioridades, controlar seus recursos. Assim se garante maior estabilidade das finanças no presente, visando prevenir o futuro.
A administração das receitas e despesas familiares deve ser uma atividade constante das famílias, em face da inflação, das necessidades familiares e das novas demandas que acontecem durante a vida das pessoas.
Cabe ao agente do correspondente orientar seus clientes para uma boa administração de orçamento.
Como administrar o orçamento familiar
	Receitas
	· Relacione salários da família, pelo valor bruto.
· Relacione 13º apenas nos orçamentos dos meses em que ele é pago (novembro e dezembro)
· Outras receitas, relacione apenas as que estão certas (ou contratadas)
	Poupar e investir
	· Crie uma reserva de poupança. É como se fosse um colchão de conforto financeiro, para atender ás emergências da família.
· Dê preferência à segurança e à liquidez nos seus primeiros investimentos.
· Casa própria não é investimento especulativo. Planeje sua compra como algo definitivo.
· Quando possuir uma renda discricionária [1], pode começar a ousar, buscando investimentos com maior potencial de lucros.
· Planeje sua aposentadoria. Veja planos de previdência complementar, mas oriente-se bem, para evitar planos caros.
· Tenha os seguros essenciais. Caso contrário, você fica sendo seu próprio segurador.
	Despesas
fixas
	· Lance todas as deduções salariais.
· Lance despesas fixas: luz, gás, água, telefone, aluguel, condomínio, transporte, educação, assistência médica, alimentação.
· Lance todas as prestações.
· Lembre-se que “juro zero” não existe, mas pagando à vista você pode obter bons descontos
· Pague integral nos cartões de crédito. Se não der pague o máximo possível.
· Olho vivo nas despesas com o carro (ou os carros).
· Faça sempre pesquisas de preços. As diferenças podem ser muito desfavoráveis para você.
	Despesas eventuais
	· Lance despesas que não ocorrem sempre, como remédios, consertos em geral, cabeleireiro, oficina mecânica, lazer, vícios, cheques pré datados e outras.
· Lembre-se dos impostos e taxas.
· Considere as despesas que só acontecem em datas certas: volta às aulas, IPVA, licenciamento, Dia dos Pais, das Mães, dos Namorados, da Criança, Natal, Páscoa, e férias para a família
	Aumento de receitas
	· Busque aumentar sua renda realizando novas tarefas, que possam ser cumpridas sem afetar seus compromissos com seu patrão.
· Digitação de apostilas, serviços de pesquisa pela internet – há diversas formas pelas quais você pode aumentar suas receitas.
	Corte de despesas
	· Evite novos empréstimos para quitar dívidas antigas. Procure renegociá-las, se elas estouram seu orçamento.
· Envolva a família no corte de despesas – seja transparente, é mais fácil obter reconhecimento e compreensão.
· Evite criar dissensões na vida pessoal, porque piora as coisas
Se desejar aprofundar as leituras sobre finanças pessoais, acesse este endereço na Internet:
	http://financaspessoais.blog.br/financaspraticas/
2.3.3 O orçamento familiar
Orçamento é uma fotografia, em determinado instante, de uma situação financeira pessoal.
Permite iniciar um processo de planejamento financeiro familiar, visando a proteger e a aumentar seu patrimônio e seu bem-estar.
O planejamento financeiro é um processo contínuo, que ajuda a antecipar dificuldades e problemas, e alcançar objetivos pessoais.
As principais razões para montar periodicamente um orçamento são:
· Medir o alcance real dos rendimentos pessoais
· Montar planejamentos financeiros familiares
· Planejar a contratação de empréstimos e financiamentos
· Evitar desperdícios
· Começar a poupar visando a construir um patrimônio
· Prever as despesas mensais
· Informar aos familiares a situação financeira e propor colaboração de todos
· Reduzir os níveis de stress decorrentes de aflições financeiras
Atualmente, encontra-se nos sites de busca um sem-número de planilhas e pequenos programas que se propõem a montar esse planejamento financeiro a partir do orçamento.
Um exemplo é a Planilha de Orçamento Pessoal distribuída gratuitamente no site da BM&FBovespa, no endereço:
	http://www.bmfbovespa.com.br/pt-br/educacional/iniciantes/mercado-de-acoes/planilha-de-orcamento-pessoal/planilha-de-orcamento-pessoal.aspx?idioma=pt-br
O programa Microsoft Excel também possui modelos básicos de orçamento pessoal. Basta buscar nos exemplos.
Fluxo de caixa
O fluxo de caixa é uma previsão do comportamento das receitas e despesas pessoais.
Para um assalariado existe apenas uma entrada mensal e dezenas de saídas, quando movimenta dinheiro.
A diferença entre estes dois fluxos gera um resultado no final de mês, que pode ser investido ou financiado.
O fluxo de caixa pode ser obtido a partir de uma planilha, fixando-se um prazo para o futuro (um ano, dois anos), e inserindo as receitas e as despesas mensais ou periódicas (como tributos sobre automóvel).
No fluxo de caixa, pode-se provisionar essas despesas não-mensais, de modo a manter um saldo mais constante no final de cada mês.
O fluxo de caixa positivo auxilia na construção do patrimônio.
Fluxos de caixa constantemente negativos podem reduzir dramaticamente um patrimônio.
Modelos de fluxos de caixa podem ser obtidos nos sites de busca.
2.3.4 A declaração de IR como ferramenta
A sugestão é de Marcia Dessen, sócia do Brazilian Management Institute (BMI):Começar a estruturar um orçamento exige um mínimo de dedicação e pode parecer custoso – ou chato – demais para valer a pena. Por isso, Márcia sugere que os interessados em colocar as finanças em dia enxerguem a declaração de Imposto de Renda como uma ferramenta de gestão.
"Quantas pessoas só descobrem nessa hora o quanto realmente estão devendo na praça? E por que será que deixam para fazer esse balanço apenas uma vez por ano?", questiona. "Minha sugestão é que a declaração sirva como o pontapé para começar um controle, mês a mês, dos ganhos e dos gastos".
Um orçamento mensal, é claro, não precisa seguir todo o detalhamento exigido pela Receita Federal. Márcia recomenda anotar os gastos diários em uma planilha. Para facilitar esse trabalho, a consultora sugere pagar as contas com cartão, de crédito ou débito, sempre que for possível. "Ao fim de cada mês, bastará somar, a partir dos registros da fatura, todas as despesas feitas e separá-las em grandes classes de gastos, como alimentação, moradia ou entretenimento", diz.
O ideal, na visão da planejadora financeira, é usar dinheiro em espécie apenas para fazer as pequenas compras corriqueiras. "O valor de cada saque de dinheiro pode ser totalmente contabilizado numa linha de 'diversos'. É mais fácil e mais estimulante do que se obrigar a anotar cada cafezinho comprado na rua".
Controlar os gastos é o que permite às pessoas evitar entrar em armadilhas financeiras, como recorrer ao crédito para dar conta do consumo do dia a dia, um alerta que Márcia dá sempre que tem uma oportunidade. "Dívidas costumam custar

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