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DIREITO DE FAMÍLIA - RELAÇÕES DE PARENTESCO E FILIAÇÃO

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DIREITO DE
FAMÍLIA
RELAÇÃO DE PARENTESCO 
E FILIAÇÃO
São as pessoas que estão ligadas pelo mesmo sangue, por
meio da ascendência e descendência.
 
CC, Art. 1.591. São parentes em linha reta as pessoas que
estão umas para com as outras na relação de ascendentes
e descendentes.
 
RELAÇÕES DE PARENTESCO
Para Maria Helena Diniz, o parentesco trata-se da
relação vinculatória entre pessoas que descendem umas
das outras ou, de um mesmo tronco comum
(consanguíneo), bem como o vínculo existente entre um
cônjuge ou companheiro e os parentes do outro. Além
disso, também há o parentesco civil, que deriva da
afetividade, como no caso da adoção.
TIPOS DE PARENTESCOS:
1- PARENTESCO NATURAL E CONSANGUÍNEO
É o que liga pessoas que liga as pessoas umas as outras
pelo mesmo sangue e do mesmo tronco em comum.
1.1 PARENTESCO EM LINHA RETA
Linha ascendente:
1º Grau: pais.
2º Grau: avós.
3º Grau: bisavós.
4º Grau: trisavós.
Linha descendente:
1º Grau: filhos.
2º Grau: netos.
3º: Grau: bisnetos.
4º Grau: trinetos.
1.2 PARENTESCO EM LINHA COLATERAL
São parentes na linha colateral até o 4º grau as pessoas
que advém de um tronco em comum, sem descenderem
uma das outras.
CC, Art. 1.594. Contam-se, na linha reta, os graus de
parentesco pelo número de gerações, e, na colateral,
também pelo número delas, subindo de um dos parentes
até ao ascendente comum, e descendo até encontrar o
outro parente.
1º Grau: na linha colateral não há parentes de
primeiro grau.
2º Grau: irmãos.
3º Grau: tios e sobrinhos.
4º Grau: tios-avós, primos e sobrinhos-netos.
2- PARENTESCO POR AFINIDADE
Aqueles constituídos com o casamento ou união estável e
se limitam aos ascendentes, descendentes e irmãos do
cônjuge.
 
ATENÇÃO:  Não há possibilidade de futuro vinculo
matrimonial com os parentes por afinidade em linha reta
caso haja a dissolução do casamento ou união estável.
Linha reta: sogros, genro e nora.
Linha colateral: cunhados.
CC, Art. 1.595. Cada cônjuge ou companheiro é aliado aos
parentes do outro pelo vínculo da afinidade. § 1o O
parentesco por afinidade limita-se aos ascendentes, aos
descendentes e aos irmãos do cônjuge ou companheiro.§ 
 2o Na linha reta, a afinidade não se extingue com a
dissolução do casamento ou da união estável.
CC, Art. 1.596. Os filhos, havidos ou não da relação de
casamento, ou por adoção, terão os mesmos direitos e
qualificações, proibidas quaisquer designações
discriminatórias relativas à filiação.
 
“A posse do estado de filho constitui modalidade de
parentesco civil”. Enunciado n. 256 do Conselho da
Justiça Federal.
 
 
3- PARENTESCO CIVIL.
Se refere à adoção, estabelecendo um vínculo entre
adotante e adotado, que se estende aos parentes de um
e de outro, bem como o socioafetivo.
Caracteriza-se como a relação de parentesco em linha
reta de primeiro grau que se estabelece entre pai e filho,
que pode ser sanguínea, adoção ou reprodução
assistida.
 
Como preceitua o art. 227, §6° da CF/88: “Os filhos
havidos ou não da relação de casamento, ou por
adoção, terão os mesmos direitos e qualificações,
proibidas quaisquer designações discriminatórias
relativas à filiação”.
 
Filiação é o vínculo existente entre pais e filhos; vem a
ser a relação de parentesco consanguíneo em linha reta
de primeiro grau entre uma pessoa e aqueles que lhe
deram a vida, podendo, ainda (CC, arts. 1.593 a 1.597 e
1.618 e s.), ser uma relação socioafetiva entre pai adotivo
e institucional e filho adotivo ou advindo de inseminação
artificial heteróloga. (DINIZ, 2006, p.436-437)
 
 
FILIAÇÃO
2- FILIAÇÃO SOCIOAFETIVA/CIVIL
1- FILIAÇÃO NATURAL OU BIOLÓGICA
O Código Civil de 2002 foi omisso em relação a filiação
socioafetiva, pois dispõe apenas sobre a biológica ou
sanguínea. Parte da Doutrina brasileira e da jurisprudência
reconhece a multiparentalidade.
“A afetividade é construção cultural, que se dá na
convivência, sem interesses materiais, que apenas
secundariamente emergem quando ela se extingue. Revela-
se em ambiente de solidariedade e responsabilidade. Como
todo princípio, ostenta fraca densidade semântica, que se
determina pela  mediação  concretizadora do intérprete,
ante cada situação real. Pode ser assim traduzido: onde
houver uma relação ou comunidade unidas por laços de
afetividade, sendo estes suas causas originária e final,
haverá família.A afetividade é necessariamente presumida
nas relações entre pais e filhos, ainda que na realidade da
vida seja malferida, porque esse tipo de parentesco jamais
se estingue.”
 
LÔBO, Paulo Luiz Netto. Entidades Familiares Constitucionalizadas: para além do numerusclausus.
Disponível em: 25.03.2014. Artigo publicado no site (www.mundo jurídico.adv.br) em 28 de abril de 2020.
A  filiação natural  ou  biológica, tem origem na
consanguinidade, estabelecendo-se a filiação pelos laços
de sangue entre os pais e filhos.
Em face de ambos os pais, havida de relação de casamento
ou da união estável, ou em face do único pai ou mãe
biológico.
 
 
A socioafetividade, ensina Paulo Luiz Netto Lobo, para se
projetar no direito, notadamente e quanto à filiação,
exige a presença dos seguintes elementos: 
a) pessoas que se comportam como pai e mãe e outra
pessoa que se comporta como filho; 
b) convivência familiar; 
c) estabilidade do relacionamento; 
d) afetividade.
 
LÔBO, Paulo Luiz Netto.  Socioafetividade no Direito de Família: a Persistente Trajetória de um
Conceito Fundamental. In:  Revista Brasilira de Direito das Famílias, nº05. Ago/Set 2008. Porto
Alegre: Magister; Belo Horizonte: IBDFAM, 2008. p.6.
A filiação civil socioafetiva é prevista na  adoção  e
na  reprodução medicamente assistida  heteróloga, ao
considerar pai/mãe jurídicos aqueles que não forneceram
o material genético, mas consentiram na fecundação
utilizando material do parceiro e de terceiro doador para
procriação do filho do casal. O art. 1.593, entretanto,
ampliou outras possibilidades ao constar genericamente,
tratando-se de norma de inclusão, da constituição do
parentesco por outra origem, possibilitando o
reconhecimento da filiação em razão da posse do estado
de filho, distinguindo o direito de ser filho da origem
genética. (http://ibdfam.org.br/artigos/512/Filia)
 
Quanto a adoção, o reconhecimento da adoção de fato,
de acordo com os princípios consagrados na CRFB e o
mais moderno entendimento doutrinário, é de grande
importância, na medida em que é valorizado o vínculo
socioafetivo no melhor interesse da criança, relevando-se
o caráter biológico e registral, com consequências,
inclusive, na órbita atinente à obrigação de prestar
alimentos. (DIAS, 2009, p.42)
 
“A adoção corresponde ao ato jurídico pelo qual uma
pessoa recebe outra como filho, independentemente de
existir entre elas qualquer relação de parentesco
consanguíneo ou afim”.  (RAMOS, 2008, p.24).
 
ECA, Art. 41 “A adoção atribui a condição de filho ao
adotado, com os mesmos direitos e deveres, inclusive
sucessórios, desligando-o de qualquer vínculo com pais e
parentes, salvo os impedimentos matrimoniais”.
 
 
 
 
Também decorre da adoção ou outra origem.
 
No que concerne a reprodução artificial, tornou possível a
inseminação artificial homólogo ou heteróloga,
fertilização in vitro ou "proveta".
 
A inseminação homóloga (CC 1.597, III) pressupõe que a
mulher seja casada ou mantenha união estável e que o
semêm provenha do marido ou companheiro. É utilizada
em situações nas quais, apesar de ambos os cônjuges
serem férteis, a fecundação não é possível por meio do
ato sexual por várias etiologias (problemas endócrinos,
impotência, vaginismo, etc.). A inseminação heteróloga
(CC 1.597, IV) é aquela cujo semêm é de um doador que
não é o marido ou companheiro. Aplica-se principalmente
nos casos de esterilidade do marido, incompatibilidade
do fator Rh, moléstias graves transmissíveis pelo marido
etc. Com frequência, recorre-se aos bancos de esperma,
nos quais, em tese, os doadores não são e não devem ser
conhecidos. Destaca-se que se a inseminação heteróloga
deu-se sem o consentimento do marido, este pode
impugnar a paternidade. Se ainseminação deu-se com
seu consentimento, há que se entender que não poderá
impugnar a paternidade que assumiu (CC 1.597, V)
(RAMOS, 2008, p. 27)
 
A maior polêmica se instaura diante da inseminação
artificial heteróloga, pois, o doador do esperma não
possui o animus de ser pai, mas de contribuir para que
uma mulher que não consegue engravidar de maneira
natural possa ter a possibilidade de ter um filho. 
Diante disto, o Conselho Federal de Medicina
estabeleceu que a identidade dos doadores e os que
recebem os espermas devem ter suas identidades
mantidas em sigilo para evitar uma possível ação de
investigação de paternidade posterior.

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