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ROTEIRO DE ESTUDO – Unidade II Formulação de caso Cognitivo-Comportamental 1. Nem todo paciente se adequa à TCC. Explique esta afirmativa. Nem todo paciente se adéqua a TCC pois ela é centrada em tarefas de casa e requer alta motivação do paciente para o comportamento, para pacientes que têm baixo repertório verbal utiliza-se outras técnicas, para o paciente se adequar também requer que ele tenha recursos financeiros adequados, moradia, otimismo em relação as chances de sucesso na terapia, aceitação de responsabilidade pela mudança, compatibilidade com a linha de raciocínio cognitivo-comportamental, entre outros. 2. Pode-se dizer que há contra indicações da TCC? Explique. Sim, há contra-indicações, pois pacientes com repertório muito pobre, demência avançada, perda de memória, transtorno de personalidade anti-social, estado de confusão transitório por exemplo a pessoa que usou drogas e está sob o efeito desta não tem eficiência com a utilização da TCC 3. Explique o que é conceitualização de caso em TCC, quais os seus objetivos e como deve ser conduzida ao longo do processo terapêutico. A conceitualização cognitiva é uma técnica de compreensão do caso e de adesão ao tratamento por parte do cliente. Na Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC), conceitualizar o caso significa traçar um panorama de como o cliente funciona e a partir disso, propor a forma mais eficaz de intervenção. O terapeuta depois de fazer um levantamento de hipótese de trabalho faz um plano de tratamento, o terapeuta Penso no que é mais grave no momento ali na vida do paciente, pensa como um todo, Qual o problema Central? faz uma formulação no nível do problema e vê quais estratégias de enfrentamento que a pessoa utiliza e Através disso trabalha com algo específico traçando assim um plano de tratamento. 4. A conceitualização de caso em TCC envolve uma análise seccional e longitudinal. Explique. Análise seccional: Situações que precipitam ou ativam padrões atuais de: Pensamentos automáticos, Emoções e Comportamentos. Análise longitudinal: Eventos durante o desenvolvimento 5. Baseando-se no fluxograma de conceitualização de caso em TCC, aponte quais são os pontos que devem ser analisados pelo terapeuta. Deve ser analisado quais os sintomas que a pessoa tem, sintomas de influência do desenvolvimento, se existe questões situacionais ou interpessoais, se existe fatores biológicos, genéticos ou médicos na hipótese, pontos fortes e quais os recursos que a pessoa usa para o enfrentamento da situação, quais são os pensamentos automáticos, emoções e comportamentos típicos que a pessoa tem, e quais são os esquemas subjacentes que ela faz, com esta análise obtêm-se a hipótese de trabalho para traçar o plano de tratamento 6. Sobre o transtorno de pânico, fale sobre os sintomas (e a quantidade) para caracterizar um ataque de pânico. O ataque de pânico é um surto abrupto de medo intenso ou desconforto intenso que alcança um pico em minutos e durante o qual ocorrem quatro ou mais dos seguintes sintomas: 1 palpitações, coração acelerado, taquicardia. 2 sudorese 3 tremores ou abalos 4 sensações de falta de ar ou sufocamento cinco sensações de asfixia 6 dor ou desconforto torácico 7 náusea ou desconforto abdominal 8 sensações de tontura, instabilidade Vertigem ou desmaio 9 calafrios ondas de calor 10 parestesias (anestesia ou sensações de formigamento) 11 desrealização (sensações de irreabilidade) ou despersonalização (sensação de estar distanciado de si mesmo) 12 medo de perder o controle ou “enlouquecer” 13 medo de morrer 7. O critério B do transtorno de pânico aponta que pelo menos um dos ataques foi seguido de um mês (ou mais) de uma ou ambas características. Quais são elas? Apreensão ou preocupação persistente acerca de ataques de pânico adicionais ou sobre suas consequências. Exemplos: · Perder o controle · Ter um ataque cardíaco · “Enlouquecer” Uma mudança desadaptativa significativa no comportamento relacionada aos ataques. Exemplo: · Comportamentos que têm por finalidade evitar ter ataques de pânico, como a esquiva de exercícios ou situações desconhecidas. 8. Explique o critério C do transtorno de pânico: A perturbação não é consequência dos efeitos psicológicos de uma substância. A perturbação não é consequência dos efeitos psicológicos de uma substância. Exemplos: a. Droga de abuso b. Medicamento c. Ou de outra condição médica (p. ex., hipertireoidismo, doenças cardiopulmonares). 9. Explique como podemos diferenciar o transtorno de pânico de: · Transtorno de ansiedade social · Fobia específica · Transtorno Obsessivo-compulsivo · Transtorno de estresse pós-traumático · Transtorno de ansiedade de separação 10. Os ataques de pânico podem ser esperados ou inesperados. Explique a diferença entre eles. Ataques de pânico esperados a. Existe um sinal ou desencadeante óbvio b. Situações em que eles geralmente ocorreram Ataques de pânico inesperados c. Não há gatilho ou desencadeante óbvio no momento da ocorrência d. Exemplos: Quando em relaxamento Durante o sono – ataque de pânico noturno 11. Fale sobre os ataques de pânico noturnos. Acordar em estado de pânico SEM um fator desencadeante claro Não se refere à: · Acordar e depois entrar em pânico · Excitações causadas por pesadelos ou ruídos inesperados do ambiente Mais frequente entre 1 a 3 horas após o início do sono Passam a ter medo de dormir --> postergam o início do sono Privação do sono: Mais ataques de pânico 12. Os ataques de pânico podem ocorrer em outros transtornos, sem que a pessoa tenha transtorno de pânico. Explique. Podem ocorrer em vários transtornos: · De ansiedade · De humor · Uso e abuso de substâncias · De personalidade · Psicoses Transtorno + indicador de ataque de pânico 13. Sobre o transtorno depressivo maior, fale sobre os sintomas descritos no critério A, apontando a quantidade e duração, de acordo com o DSM V. Cinco (ou mais) dos seguintes sintomas estiveram presentes durante o mesmo período de duas semanas e representam uma mudança em relação ao funcionamento anterior; pelo menos um dos sintomas é (1) humor deprimido ou (2) perda de interesse ou prazer. 1. Humor deprimido na maior parte do dia, quase todos os dias, conforme indicado por: · Relato subjetivo: Sente-se triste, vazio, sem esperança · Por observação feita por outras pessoas: “Parece choroso. Em crianças e adolescentes, pode ser humor irritável. 2. Acentuada diminuição do interesse ou prazer em todas ou quase todas as atividades na maior parte do dia, quase todos os dias (indicada por relato subjetivo ou observação feita por outras pessoas). 3. Perda ou ganho significativo de peso sem estar fazendo dieta (p. ex., uma alteração de mais de 5% do peso corporal em um mês), ou redução ou aumento do apetite quase todos os dias. (Nota: Em crianças, considerar o insucesso em obter o ganho de peso esperado.) 4. Insônia ou hipersonia quase todos os dias. 5. Agitação ou retardo psicomotor quase todos os dias (observáveis por outras pessoas, não meramente sensações subjetivas de inquietação ou de estar mais lento). 6. Fadiga ou perda de energia quase todos os dias. 7. Sentimentos de inutilidade ou culpa excessiva ou inapropriada (que podem ser delirantes) quase todos os dias (não meramente autorrecriminação ou culpa por estar doente). 8. Capacidade diminuída para pensar ou se concentrar, ou indecisão, quase todos os dias (por relato subjetivo ou observação feita por outras pessoas). 9. Pensamentos recorrentes de morte (não somente medo de morrer), ideação suicida recorrente sem um plano específico, uma tentativa de suicídio ou plano específico para cometer suicídio. 14. O que é um Episódio depressivo maior, segundo o DSM V? Humor deprimido persistente e incapacidade de antecipar felicidade ou prazer. O humor deprimido de um EDM é mais persistente e não está ligado a pensamentos ou preocupações específicos. Infelicidade e angústia generalizadas Ruminações autocríticas ou pessimistas Sentimentos de desvalia e aversão a si mesmo são comuns. Esses pensamentos têmo foco em acabar com a própria vida por causa dos sentimentos de desvalia, de não merecer estar vivo ou da incapacidade de enfrentar a dor da depressão. 15. Qual a diferença entre episódio depressivo maior e transtorno depressivo maior? O episódio não é atribuível aos efeitos fisiológicos de uma substância ou a outra condição médica. Nota: Os Critérios A-C representam um episódio depressivo maior. 16. Explique as diferenças entre luto e episódio depressivo maior. LUTO EPISÓDIO DEPRESSIVO MAIOR Afeto predominante: sentimentos de vazio e perda. A disforia no luto pode diminuir de intensidade ao longo de dias a semanas, ocorrendo em ondas, conhecidas como "dores do luto". Essas ondas tendem a estar associadas a pensamentos ou lembranças do falecido. A dor do luto pode vir acompanhada de emoções e humor positivos. O conteúdo do pensamento associado ao luto geralmente apresenta preocupação com pensamentos e lembranças do falecido. Autoestima costuma estar preservada. Se presente no luto, a ideação autodepreciativa costuma envolver a percepção de falhas em relação ao falecido (p. ex., não ter feito visitas com frequência suficiente, não dizer ao falecido o quanto o amava). Se um indivíduo enlutado pensa em morte e em morrer, tais pensamentos costumam ter o foco no falecido e possivelmente em * se unir" a ele. Humor deprimido persistente e incapacidade de antecipar felicidade ou prazer. O humor deprimido de um EDM é mais persistente e não está ligado a pensamentos ou preocupações específicos. Infelicidade e angústia generalizadas Ruminações autocríticas ou pessimistas Sentimentos de desvalia e aversão a si mesmo são comuns. Esses pensamentos têm o foco em acabar com a própria vida por causa dos sentimentos de desvalia, de não merecer estar vivo ou da incapacidade de enfrentar a dor da depressão. 17. Faça um exemplo de Formulação de caso em TCC num paciente com transtorno depressivo maior. 18. Faça um exemplo de Formulação de caso em TCC num paciente com transtorno de pânico.