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URGÊNCIA E EMERGÊNCIA: ATUAÇÃO NA SAÚDE PÚBLICA Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. RESUMO DA UNIDADE Esta unidade analisará o contexto da temática de Urgência e Emergência no Sistema Único de Saúde (SUS). Especificamente, o enfoque foi dado ao conceito de Urgência e Emergência e sua Evolução no Cenário da Saúde Pública Brasileira. Os temas abordados apresentam o processo de construção da área no âmbito do SUS, o qual se desenvolve por meio da criação de Portarias, da implementação de uma Política Nacional e da construção de uma Rede de Atenção às Urgências, que são responsáveis pelo regimento, desenvolvimento e normatização do campo da urgência e emergência. Trata-se de um tema de extrema relevância, uma vez que o profissional de saúde deve compreender a estruturação e visualização dos avanços na área, subsidiando um olhar crítico, reflexivo e amplo sobre os componentes do processo de trabalho que deve ser norteado e padronizado com o disposto pelo Ministério da Saúde. Palavras-chave: Urgência. Emergência. Sistema Único de Saúde. Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. SUMÁRIO APRESENTAÇÃO DO MÓDULO ............................................................................... 5 CAPÍTULO 1 – O CENÁRIO DA URGÊNCIA E EMERGÊNCIA ................................ 6 1.1 Definição de Urgência e Emergência ............................................................. 6 1.2 Contextualização: do Princípio ao Cenário Atual ........................................... 8 1.3 Aspectos Históricos da Implantação do Serviço de APH ............................... 9 1.4 Contextualização: O que é o SUS? .............................................................. 12 1.5 Portarias e Marcos Legais ............................................................................ 16 1.5.1 Portaria N.º 2.923/1998 ................................................................................ 16 1.5.2 Portaria N.º 479/1999 ................................................................................... 16 1.5.3 Portaria N.º 2.048/2002 ................................................................................ 19 CAPÍTULO 2 – URGÊNCIA E EMERGÊNCIA E O SUS .......................................... 21 2.1 Portarias e Marcos Legais ............................................................................ 21 2.1.1 Portaria N.º 1.828/2004 ................................................................................ 21 2.1.2 Portaria N.º 2.657/2004 ................................................................................ 22 2.1.3 Portaria N.º 2.972/2008 ................................................................................ 24 2.1.4 Portaria N.º 1.020/2009 ................................................................................ 25 2.1.5 Portaria N.º 1.601/2011 ................................................................................ 26 2.1.6 Portaria N.º 1.010/2012 ................................................................................ 28 2.1.7 Portaria N.º 342/2013 ................................................................................... 33 2.1.8 Portaria N.º 10/2017 ..................................................................................... 37 CAPÍTULO 3 – POLÍTICA NACIONAL DE ATENÇÃO ÀS URGÊNCIAS E REDE DE ATENÇÃO ÀS URGÊNCIAS .................................................................................... 42 3.1 Contextualização: criação e Implementação da Política Nacional de Atenção às Urgências ............................................................................................................. 42 3.2 Portaria N.º 1.863/2003 ................................................................................ 43 3.3 Portaria nº 1.864/2003 ................................................................................. 44 3.4 Portaria N.º 2.072/2003 ................................................................................ 48 3.5 Portaria N.º 2.971/2008 ................................................................................ 49 3.6 Portaria N.º 4.279/2010 ................................................................................ 51 3.7 Portaria N.º 1.600/2011 ................................................................................ 52 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 3.7.1 Das Diretrizes da Rede de Atenção às Urgências ....................................... 53 3.7.2 Dos Componentes da Rede de Atenção às Urgências e Seus Objetivos .... 54 3.7.3 Da Operacionalização da Rede de Atenção às Urgências ........................... 54 3.7.4 Das Disposições Finais ................................................................................ 55 REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 56 5 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. APRESENTAÇÃO DO MÓDULO O Sistema Único de Saúde (SUS) é uma política pública que está em constante construção, perpassando desde componentes políticos, tecnológicos, ideários, e social. No decorrer desse processo evolutivo, os fatores mais desafiadores foram à ampliação do acesso as diversas ações e serviços, diante do aumento da demanda e saturação dos serviços de saúde voltados aos atendimentos de urgência e emergência. Diante desse cenário de consolidação do SUS para atender as necessidades das unidades e usuários, o Ministério da Saúde (MS) empreendeu diversos esforços por meio da implantação de portarias, com o objetivo de organizar a rede assistencial de urgência e emergência, ampliar o acesso, qualidade e resolutividade da assistência, utilizando de um arsenal de estratégias jurídicas e normativas. Esse arsenal exige dos profissionais uma série de qualificações para ofertarem uma atenção integral, equitativa, qualitativa, resolutiva e humanizada, mesmo tratando-se de atendimentos de maior gravidade, seja no cenário hospitalar ou pré- hospitalar fixo e móvel. Entre os profissionais envolvidos nesse processo, o enfermeiro ganha um papel de destaque no contexto da urgência e emergência voltado a saúde pública. Portanto, é necessário que o profissional de enfermagem compreenda a estruturação e visualização dos avanços na área, subsidiando um olhar crítico, reflexivo e amplo sobre os componentes do processo de trabalho que devem ser norteados e padronizados com o disposto pelo MS. Diante do exposto, é necessário identificar o que já foi construído até o presente, resultando na assimilação dos principaisdesafios para oferta de uma assistência de urgência e emergência plenamente qualificada. Portanto, a unidade tem o objetivo de ampliar o conhecimento sobre a temática, refletindo na qualidade e resolutividade da assistência prestada aos usuários. 6 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. CAPÍTULO 1 – O CENÁRIO DA URGÊNCIA E EMERGÊNCIA 1.1 Definição de Urgência e Emergência O termo Urgência e Emergência (UE) atualmente é parte integrante da medicina brasileira, ou seja, processo resultante das observações do campo de trabalho na área da saúde. Ao longo da evolução, o termo seguiu diferentes vertentes, portanto, antes de apresentar as mudanças definidoras relacionadas a urgência e emergência, as várias acepções da língua portuguesa serão destacadas, e posteriormente definições estabelecidas pela literatura biomédica e da saúde pública. O Ferreira, autor do Dicionário Aurélio (1986), definiu urgência e emergência da seguinte forma: Urgência (do lat. urgentia) S.f. 1. Qualidade de urgente 2. Caso ou situação de emergência, de urgência 3. Urgência urgentíssima 4. Na linguagem legislativa, urgência extraordinária. Emergência (do lat. emergentia). S.f. 1. Ação de emergir. 2. Nascimento (do Sol). 3. Situação crítica; acontecimento perigoso ou fortuito; incidente. 4. Caso de urgência, de emergência: emergências médicas; emergências cardíacas [...]. Ao definir os termos urgência e emergência, fica evidente a sobreposição de ambos, apontando que não havia distinção entre eles naquela época. Entretanto, no mesmo período, a literatura apresenta uma discriminação entre a urgência e a emergência. Fonte: GRATISPNG, 2019 A literatura com base na vivência de Giglio-Jacquemot entre setembro de 1997 a janeiro de 1999 em São Paulo, apontou que a equipe médica estabelece a Urgência e Emergência exprimem conceitos distintos que definem o tipo de tratamento! 7 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. importância de distinguir a urgência da emergência e descreve o usuário como leigo quando se tratando da diferença entre os termos. Ainda, durante as falas da equipe a UE surge claramente como sem consenso, além de apontarem os critérios de classificação como subjetivos (GIGLIO-JACQUEMOT, 2005). Posteriormente, evidências científicas esclarecem essas questões e em 01 de março de 2014 o Ministério da Saúde publicou a Portaria nº 354, que nos anexos 2.1 e 2.2 de Boas Práticas para Organização e Funcionamento de Serviços de Urgência e Emergência, define os termos da seguinte forma: Emergência: constatação médica de condições de agravo a saúde que impliquem sofrimento intenso ou risco iminente de morte, exigindo, portanto, tratamento médico imediato. Urgência: ocorrência imprevista de agravo à saúde com ou sem risco potencial a vida, cujo portador necessita de assistência médica imediata. SAIBA MAIS Acesse: BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria nº 354, de 10 de março de 2014. Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2014/prt0354_10_03_2014.html>. Complementando as informações citadas acima, embora a alusão não seja a mesma citada pelo Ministério da Saúde, segue quadro com objetivo de elucidar a diferenciação dos termos: Termos Não há risco à vida A intervenção pode ser planejada Há risco à vida A intervenção deve ser imediata Urgência Emergência Fonte: autor, 2019 Ao longo das décadas a urgência e emergência foram abordadas de diferentes maneiras. Mesmo após consenso publicado pelo Ministério da Saúde, alguns autores conferem aos termos número exato de horas para o atendimento, ou seja, 8 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. embora já existam critérios bem estabelecidos, a UE ainda influencia discussões na área da saúde. 1.2 Contextualização: do Princípio ao Cenário Atual Historicamente vários órgãos se preocuparam com a formulação de políticas voltadas a UE, quer seja pela superlotação, filas ou insatisfação com os serviços emergenciais (LIMA, RIVERA, 2010). As mudanças concebidas no cenário atual passaram desde modelos biomédicos hospitalocêntricos até a articulação entre os pontos da rede, fortalecendo a atividade integral, regional e horizontal entre os níveis de atenção à saúde com foco nos atendimentos emergenciais. Fonte: PINTEREST, 2019; GRATISPNG, 2019; QUESTUAV, 2019. Os acontecimentos políticos desde a década de 80 até o atual cenário acarretaram cortes relacionados ao financiamento do Sistema Único de Saúde (SUS), estratégia proposta pelos neoliberais com o objetivo de recomposição financeira do Brasil relacionada às crises que perduram desde 2008. Entretanto, deve-se pensar que 65% dos serviços são emergenciais, e que a população com menor renda tem a maior utilização desses serviços (ALMEIDA, TRAVASSOS, 2000), resultando em acesso reduzido a outras portas de entrada que poderiam Quer dizer que hoje temos um modelo de excelência? Infelizmente não, muito já se fez, mas há muito para se conquistar! 9 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. solucionar os problemas elencados pelos usuários, ou seja, a emergência se torna um ponto de acesso saturado e não resolutivo. SAIBA MAIS Austeridade por 20 anos Título do artigo: Impactos do Novo Regime Fiscal na saúde e educação; Autores: Pedro Rossi e Esther Dweck; Ano de publicação: 2016; Revista: Cadernos de Saúde Pública Acesse: http://www.scielo.br/pdf/csp/v32n12/1678-4464-csp-32-12-e00194316.pdf Portanto, embora existam inúmeras conquistas voltadas a urgência e emergência, a questão central que perdura diante do cenário de subfinanciamento do SUS, é o investimento em conscientização da população, atendimentos resolutivos e integrais, regulados pela referência e contrarreferência. No final da década de 80, já havia evidência científica que apontava as necessidades para um sistema emergencial tornar-se organizado (PITELLI, MATTAR, 1988), “necessidades” essas, que fazem parte do atual cenário. Portanto, nos tópicos seguintes, serão apresentadas as dimensões relacionadas à grande área da urgência e emergência, enfatizando as características das redes, políticas, a complexidade em torno do tema e sua relação com o SUS. 1.3 Aspectos Históricos da Implantação do Serviço de APH Antes da discussão acerca das portarias especificamente, é necessário compreender o objetivo primordial de estruturação do serviço de urgência e emergência. Portanto, neste tópico será abordado o processo histórico relacionado ao atendimento pré-hospitalar.Historicamente, sempre houve situações que geravam condições de risco ao ser humano, que, por conseguinte, ativavam as funções de preservação a vida. No período de guerra civil americana, identificou-se a necessidade de medidas 10 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. imediatas para o atendimento as situações de risco, considerando as diversas vidas perdidas ao longo das batalhas. Neste período, as questões referentes ao atendimento imediato e transporte rápido, começaram a ser tratadas (PHTLS, 2004). Com o advento das ambulâncias, houve a necessidade de uma equipe disponível para os atendimentos, que inicialmente era composta pelo condutor, enfermagem e pontualmente, o médico (FERRARI, 2006) e, atualmente, compreende uma equipe completa e treinada para os atendimentos específicos. As medidas de estabilização e transporte rápido reduziram significativamente as mortes nas guerras (NASI, 1994). Com o passar do tempo, foram desenvolvidas técnicas e protocolos voltados às emergências, além do envolvimento do serviço militar. No Brasil, o APH foi influenciado pelos modelos americano e francês (FERRARI, 2006), e iniciou no país com o apoio das instituições militares (MARTINEZ-ALMOYNA, NITSCHKE, 1999; SANTA CATARINA, 2006). A partir de 1900 as ambulâncias foram aprimoradas (FERRARI, 2006) e em 1960 houve uma segunda tentativa de implantação do APH com o Serviço de Atendimento Médico Domiciliar de Urgência. Posteriormente, no âmbito federal, surge a Política Nacional de Atenção às Urgências e o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (BRASIL, 2002). Os atendimentos pré-hospitalares ofertados tem por característica principal prestar o atendimento adequado e nos primeiros minutos após a situação emergencial (BRASIL, 2002; LOPES et al., 2008), estabilizando as condições vitais e por vezes, reduzindo a morbimortalidade (PAVALQUEIRES, 1997). O APH é dividido em duas categorias: Primário: atendimento ofertado ao usuário após solicitação pelo próprio cidadão ou pessoa que esteve próxima da situação emergencial; Secundário: situação em que o usuário já recebeu o primeiro atendimento, mas precisa ser encaminhado a um serviço de maior complexidade. (BRASIL, 2002) 11 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. Além disso, as ações do APH são divididas em suporte básico e avançadas de vida, conforme detalhado abaixo: O suporte básico de vida consiste em apoio a vítimas com risco de morte, porém, esse atendimento é composto apenas por medidas conservadoras ou ações que viabilizem a qualidade da circulação e oxigenação tecidual; O suporte avançado de vida consiste em apoio a vítimas com risco de morte, por meio de medidas invasivas ou não invasivas, como intubação endotraqueal, drenagem torácica, entre outras. (TIMERMAN, GONZÁLES, RAMIRES, 2007; AHA, 2005) Considerando que o APH conta com profissionais da área de saúde e de outras formações, o Núcleo de Educação em Urgências deve habilitar esses profissionais para o atendimento qualificado (BRASIL, 2002). Os serviços que compõem o APH têm como objetivo reduzir a mortalidade, tempo de internação e as sequelas que a situação emergencial pode gerar. Devem funcionar 24 horas por dia, com equipes completas e treinadas. A natureza da urgência não deve ser excludente, ou seja, deve atender todas as situações: Traumáticas e cirúrgicas; Clínicas, ginecológicas, obstétricas, cardíacas, respiratórias e quadros infecciosos agudos; Mentais e suicídio; Transferências; Queimaduras; Intoxicações. (GOIÁS, 2019) O serviço de APH desempenha um importante papel na saúde pública, portanto, é necessário compreender como esse serviço foi estruturado, como trata as portarias a seguir. 12 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 1.4 Contextualização: O que é o SUS? No Brasil, os movimentos populares e os momentos inovadores das universidades, partidos políticos progressistas e das prefeituras com bandeiras progressistas, culminaram na implantação de um sistema de saúde com o objetivo de ofertar aos usuários uma atenção integral, pública e de qualidade, denominado Sistema Único de Saúde. ESSE SISTEMA SEMPRE PRESTAVA ASSISTÊNCIA A TODOS? Não, mas abaixo se podem compreender os avanços. Acesse: http://portalms.saude.gov.br/sistema-unico-de-saude Para compreender a representatividade do SUS para os brasileiros, serão apresentadas as funções, diretrizes e princípios de acordo com as Leis n.º 8.080/90, 8.142/90 e a Constituição da República Federativa do Brasil. Funções do SUS: Regulação: estabelece regras para o funcionamento adequado do serviço de saúde público e privado; Fiscalização: avalia as conformidades por meio de um profissional que não faz parte do cenário sistema; Controle: avalia as conformidades por meio de um profissional que faz parte do cenário processo; Execução: ofertar os serviços próprios ou contratar terceiros para completar os serviços que não podem ser executados pelo sistema. Diretrizes e princípios: Universalidade: é o direito que todos os usuários têm à saúde, felicidade e ao bem-estar; 13 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. Fonte: VELOSO, 2017 Igualdade: ter acesso às ações e serviços de saúde de forma igualitária e sem discriminação; Fonte: GRATISPNG, 2019 Equidade: adjetivar a igualdade por meio da justiça; Fonte: NICOLLE, 2017 Integridade: pode ser interpretada de duas formas – perceber o indivíduo em seu todo ou abranger a promoção, proteção e recuperação da saúde; Fonte: CARI, 2019 14 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. Intersetorialidade: considerar fatores determinantes e condicionantes da saúde, além de políticas econômicas e sociais com o objetivo de reduzir o risco de agravos à saúde; Direito à informação: receber todas as informações acerca da situação de saúde, serviços e utilização dos mesmos; Fonte: ARTICLE19, 2013 Autonomia: ter liberdade de decisão sobre a prevenção, controle e tratamento relacionado ao seu estado de saúde; Resolutividade: resolver situações em todos os níveis de assistência à saúde; Epidemiologia: compreender as doenças e agravos que ocorrem com a população,de acordo com tempo e local; Descentralização: distribuir as responsabilidades e os recursos entre os entes federados; Fonte: TATOLI, 2018 Direção única: as três esferas de governo são responsáveis pelo SUS e não podem se eximir de tal obrigação; Regionalização: distribuir as ações e serviços de acordo com as regiões, e quando necessário, referenciar ou contrarreferenciar; 15 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. Hierarquização: os serviços de saúde devem partir dos níveis primários de atenção à saúde (baixa complexidade), posteriormente encaminhado aos secundários (média complexidade), terciários (alta complexidade) e quaternários (superespecializados em uma única área); Complementariedade do serviço privado: a iniciativa privada pode ofertar serviços de saúde. Além disso, o SUS poderá utilizar desse serviço sempre que a demanda por maior que a capacidade de atendimento; Fonte: BARBOSA, BARBOSA, 2011 Suplementariedade do serviço privado: podem ser exercida e utilizada de maneira liberal por consultórios, clínicas, planos e seguros de saúde. (BRASIL, 1990a; BRASIL, 1990b; BRASIL, 1988) Diante da consolidação do SUS, os brasileiros foram beneficiados de diversas formas, contribuindo para a implementação de ações específicas ao longo dos anos e de políticas voltadas ao atendimento das necessidades vivenciadas pela população, dentre elas as voltadas a urgência e emergência. Embora muito tenha se PÚBLICO PRIVADO 16 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. conquistado, alguns aspectos estão em constante transformação para tornar o SUS um serviço público de qualidade. Portanto, nas sessões abaixo serão discutidas as portarias e marcos legais que favoreceram o crescimento do SUS dentro da urgência e emergência de forma cronológica, destacando também as lacunas que ainda podem ser trabalhadas no sistema de saúde emergencial. 1.5 Portarias e Marcos Legais 1.5.1 Portaria N.º 2.923/1998 No contexto da década de 90, a demanda excessiva e consequente sobrecarga nos atendimentos relacionados a urgência e emergência, somados a necessidade de hierarquização, organização dos serviços e treinamento da equipe, influenciaram o Ministério da Saúde a instituir o “programa de apoio à implantação dos sistemas estaduais de referência hospitalar para o atendimento de urgência e emergência” por meio da portaria nº 2.923, de 09 de junho de 1998 (BRASIL, 1998). A Portaria é composta por quatro artigos, são eles: art. 1º - Discorre sobre os programas de apoio para referenciar a atenção hospitalar para a UE; art. 2º - Alocação de recursos entre a assistência pré-hospitalar, centrais de regulação, hospitais e treinamento de equipes; art. 3º - Durante um ano as Secretaria Estaduais de Saúde devem receber R$150.000.000,00 para financiamento dos serviços; e art. 4º - A Portaria entrou em vigor assim que publicada (BRASIL, 1998). Basicamente, a Portaria em questão, trata-se de um componente gerencial com o objetivo de organizar e gerir os serviços para atender as demandas da população que busca o serviço emergencial. Após sua implantação na década de 90, além de gerar resultados positivos no campo, resultou em elaboração de Portarias sequenciais (apresentadas abaixo). 1.5.2 Portaria N.º 479/1999 Diante do objetivo de organizar a assistência, incentivar a melhoria do trabalho da UE de acordo com os níveis tecnológicos e a necessidade de estabelecer critérios com foco na regionalização e hierarquização dos sistemas, em 15 de abril de 1999 o Ministério da Saúde instituiu a portaria nº 479, composta por 15 artigos (BRASIL, 1999). 17 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. Art. 1º discorre sobre a implantação de sistemas de referência dentro da rede da UE; Art. 2º estabelece critérios para classificação e inclusão dos hospitais de referenciamento: Hospitais Tipo I: especializados na área clínica, cirúrgica, pediátrica, trauma e ortopédica, além de cardiológica. Devem dispor de área física, instalações, recursos tecnológicos mínimos e indispensáveis para atender as especialidades acima, recursos tecnológicos acessíveis e/ou alcançáveis de diversas formas, recursos humanos gerais ou especializados; Hospitais Tipo II: hospitais que dispõem de áreas para UE e recursos tecnológicos e humanos adequados. Devem dispor de área física, instalações, recursos tecnológicos mínimos e indispensáveis existentes no hospital, recursos tecnológicos próprios ou de terceiros, recursos humanos mínimos, indispensáveis e alcançáveis; Hospitais Tipo III: hospitais para atendimento geral das UE clínicas, cirúrgicas e traumatológicas. São responsáveis por capacitar, aprimorar e atualizar as equipes sobre as UE. Devem dispor de área física, instalações, recursos tecnológicos mínimos e indispensáveis, recursos tecnológicos próprios ou de terceiros, recursos humanos mínimos, indispensáveis e alcançáveis. A Portaria nº 479/1999 descreve em seu Parágrafo Único que: “Ficam entendidos como recursos tecnológicos e humanos acessíveis/alcançáveis aqueles que são necessários ao atendimento aos pacientes em situação de UE (...)”; Art. 3º determina os hospitais que preenchem os critérios do Art. 2º façam parte do Sistema Estadual de Referência Hospitalar (SERH); Art. 4º o Hospital Tipo I recebe remuneração adicional de 20%, o Tipo II de 35% e o Tipo II de 50%; Parágrafo Único: “Os atendimentos às urgências/emergências psiquiátricas somente farão jus à remuneração adicional quando realizadas nos hospitais gerais, sejam tipo II ou III”; 18 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. Art. 5º incluir o dígito 2 na AIH para receber a remuneração adicional citada no art. 4º; Art. 6º “definir os procedimentos passíveis de cobrança (...)”; Parágrafo Único: a secretaria de assistência pode emitir portarias; Art. 7º o gestor deve supervisionar a AIH, além de programar e realizar auditorias; Art. 8º não tornar o art. 4º cumulativo; Art. 9º materiais específicos não receberão adicionais; Art. 10 a SERH dispõe de número máximo de hospitais; Art. 11 o gestor deve encaminhar a proposta do SERH à “Secretaria de Assistência à Saúde que, após análise, providenciará o correspondente reajuste financeiro”; Art. 12 a remuneração e classificação dos hospitais são dinâmicas, de acordo com o § 1º, § 2º e § 3º; Art. 13 as Secretarias Estaduais ou Municipais de Saúde devem realizar avaliações dentro do período de seis meses; Art. 14 se as unidades indicadas foram do tipo III, unidades estratégicas podem receber recursos se devidamentejustificado; Art. 15 estabelece a vigor a partir de publicação e revoga a primeira portaria apresentada nesse capítulo. (BRASIL, 1999) FIQUE LIGADO! Para saber detalhes da Portaria nº 479/1999 Acesse: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/1999/prt0479_15_04_1999.html De forma objetiva, essa Portaria revogou a anterior e modificou os mecanismos de implantação do SERH, os critérios de classificação e remuneração, ou seja, detalhou como o SERH seria implantando e apresentou os critérios de classificação e inclusão dos hospitais do tipo I, II e III de referenciamento para esses atendimentos emergenciais, e a partir dessa classificação, distribuiu a remuneração 19 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. conforme o tipo de hospital incluído no sistema, tornando a parte do componente gerencial, referente a organização e gestão dos serviços mais detalhada, e portanto, facilitadora do processo. 1.5.3 Portaria N.º 2.048/2002 O MS no uso de suas atribuições, em 05 de novembro de 2002 aprova o Regulamento Técnico dos Sistemas Estaduais de Urgência e Emergência – anexos art. 1º por meio da Portaria nº 2.048 (BRASIL, 2002). Os anexos referidos acima tratam sobre o regulamento técnico dos Sistemas Estaduais de Urgência e Emergência, e foi dividido em: Introdução (abordando a importância da questão nesses serviços e o objetivo do regulamento); Plano Estadual de Atendimento às Urgências e Emergências (aborda a parte regulatória segundo os Municípios e especificidades); Regulação Médica das Urgências e Emergências (trata a definição, objetivo, atribuições e gestão); Atendimento Pré- hospitalar fixo (aborda o tema UE, Atenção Básica e o Programa Saúde da Família, e Unidades não hospitalares, destacando a área física, pessoal, atribuições, etc); Atendimento Pré-hospitalar Móvel (abordam informações sobre equipe, competências e atribuições, capacitação, classificação das ambulâncias, definição dos materiais e equipamentos, medicamentos e tripulação); e Atendimento Hospitalar (definições e critérios de classificação, área física, funcionamento, características específicas, recursos humanos e tecnológicos, características específicas, etc) (BRASIL, 2002). A Portaria em questão, também trata sobre as transferências e transporte inter- hospitalar, ou seja, o processo de planejamento, conceituação, diretrizes técnicas, responsabilidades e atribuições. Além disso, abordam informações sobre o Núcleo de Educação em Urgências, evidenciando as definições, princípios norteadores, objetivos estratégicos e operacionais, grades de temas, conteúdos, habilidades, cargas horárias mínimas para a habilitação e certificação dos profissionais da área de atendimento às Urgências e Emergências. Finalmente, apresenta as recomendações de atividades práticas para todos os profissionais do atendimento pré-hospitalar fixo, hospitalar e não hospitalar (BRASIL, 2002). 20 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. SAIBA MAIS Para saber detalhes do Anexo da Portaria nº 2.048/2002 Acesse: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2002/prt2048_05_11_2002.html Embora as informações estejam detalhadas no anexo da Portaria nº 2.048, foram tratadas de forma geral, pois serão abordadas detalhadamente nos próximos itens. O art. 2º desta Portaria determina às Secretarias de Saúde, de acordo com as condições de gestão e a divisão de responsabilidades. Ainda, altera o art. 2º da Portaria nº 479/1999 que trata sobre as Unidades Hospitalares de Referência em Atendimento às Urgências e Emergências de Tipo I, II e III (art. 3º). Além disso, trata sobre as providências que são necessárias para que as recomendações sejam aplicadas pela Secretaria de Assistência à Saúde art. 4º (BRASIL, 2002). Os serviços de UE têm o prazo de 2 anos para se adaptarem as mudanças art. 5º. A Portaria entrou em vigor em 05 de novembro de 2002 e revogou a Portaria nº 814/2001 (Art. 6º) (BRASIL, 2002). O anexo de que trata esta Portaria, aborda minuciosamente como deve ser a parte de regulação técnica dos Sistemas Estaduais de Urgência e Emergência, ponto positivo para os serviços de saúde que serão norteados por um documento para ofertar um trabalho de qualidade a partir de um ambiente e profissional qualificado. Entretanto, embora seja uma Portaria norteadora que vai fortalecer o SUS, a implantação das solicitações será um processo evolutivo e em muitos casos, frágil, ou seja, de difícil aplicação, lembrando-se dos diferentes contextos de inserção de cada serviço de saúde. 21 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. CAPÍTULO 2 – URGÊNCIA E EMERGÊNCIA E O SUS 2.1 Portarias e Marcos Legais 2.1.1 Portaria N.º 1.828/2004 A Portaria nº 1.828, de 02 de setembro de 2004, “Institui incentivo financeiro para adequação da área física das Centrais de Regulação Médica de Urgência em estados, municípios e regiões de todo o território nacional”. Fonte: ZAZZLE, 2019; DDC, 2019. O MS, no uso de suas atribuições, institui o seguinte artigo: art. 1º incentiva as Centrais de Regulação e o território nacional de forma financeira, em parcela única de acordo com a população coberta pelo SAMU. Porte I - até 250.000 habitantes – R$ 50.000,00, Porte II – 250.000 a 500.000 habitantes – R$ 100.000,00, e Porte III – mais de 500.000 habitantes – R$ 150.000,00 (BRASIL, 2004a). Para que os projetos elaborados diante do uso do incentivo financeiro sejam cumpridos, o MS determinou o art. 2º. Além do incentivo financeiro com base na cobertura do SAMU, esse artigo trata do financiamento de custeio e manutenção da Central de Regulação e componente pré-hospitalar com base na Equipe de Suporte Básico (R$ 12.500,00 mensal), Equipe de Suporte Avançado (R$ 27.500,00 mensal) e por Equipe da Central (R$ 19.000,00 mensal), seguido do Parágrafo Único instituído pelo MS (2004a) da seguinte forma: O Fundo Nacional de Saúde adotará as medidas necessárias à transferência regular e automática, dos valores mensais para o fundo estadual e fundos municipais de saúde correspondentes, sem onerar os respectivos tetos financeiros da assistência ambulatorial e hospitalar de média e alta complexidade. Considerando: Portaria nº 2.048/2002 Portaria nº 1.863/2003 Portaria nº 1.864/2003 Garantir recursos para o SAMU 22 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. O art. 4º estabelece que o orçamento seja responsabilidade do MS, devendo onerar serviços da “Atenção à Saúde dos Municípios habilitados” ou não “em Gestão Plena do Sistema e nos Estados habilitados” ou não “em Gestão Pleno-Avançada”.Finalmente, o art. 5º apenas apresenta a data de vigor (publicação) dessa Portaria (BRASIL, 2004a). Embora exista uma série de Portarias apresentadas anteriormente ou a seguir que informam como o serviço de saúde voltado ao atendimento emergencial deve funcionar e de que forma os orçamentos serão repassados nesse caso para as Centrais de Regulação, no cotidiano desses serviços percebe-se que o financiamento não necessariamente é suficiente ou em alguns casos, não é disponibilizado ao serviço em questão, tornando o ambiente de trabalho alguns vezes insustentável, principalmente para os coordenadores e equipes diretamente relacionadas com o campo. Portanto, ao ler uma Portaria é necessário que o profissional tenha um olhar crítico-reflexivo sobre o tema e que saiba como colaborar para a implantação do disposto da melhor maneira possível. 2.1.2 Portaria N.º 2.657/2004 A Portaria nº 2.657, de 16 de dezembro de 2004, apresenta as atribuições e o dimensionamento estrutural e operacional para o funcionamento adequado das Centrais de Regulação, uma vez que é nesse ponto da rede que cada caso será “julgado” para receber um atendimento ágil, qualificado e adequado, além da responsabilidade de reordenação do fluxo. Embora a Portaria seja composta apenas pelos seguintes artigos: art. 1º retoma as atribuições e dimensionamentos que serão citados posteriormente, art. 2º responsabiliza a Secretaria de Atenção à Saúde pela aplicação dessa Portaria, e art. 3º aponta a data que a Portaria entre em vigor, apresenta inúmeros anexos para complementariedade do art. 1º (BRASIL, 2004b). SAIBA MAIS! Para saber detalhes sobre o que é e como funciona a Central de Regulação Acesse: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2004/prt2657_16_12_2004.html 23 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. Relação dos anexos dispostos nessa Portaria: Atribuições Gerais da Regulação: processar função reguladora; oferecer várias possibilidades para utilizar os recursos; subsidiar planejamento e refletir sobre oferta e demanda; articular ações de acordo com as necessidades e com os Serviços de Controle, Avaliação, Auditoria e Vigilância em Saúde; agir de acordo com os pactos estabelecidos; priorizar e executar projetos e programas; produzir os indicadores da UE e divulgar; realizar ações compartilhadas; avaliar desempenho; formular planos e eventos compartilhados (BRASIL, 2004b). Atribuições Específicas da Regulação: disponibilizar equipe médica qualificada por 24 horas, todos os dias; qualificar, classificar, hierarquizar e responder adequadamente as chamadas recebidas da população ou de unidades de saúde, garantindo a melhor operacionalização; orientar e monitorar as equipes do Suporte Básico e Avançado; dispor de recurso para assistência; ligar informando a gravidade do paciente que o serviço receberá; acolher a necessidade do cidadão e responder da melhor forma; monitorar todo o processo de forma dinâmica e sistematizada; respeitar as leis, códigos, legislação, entre outros (BRASIL, 2004b). Estruturação Física: a sala deve ter 2 m² por cada posto de trabalho e dimensionamento da equipe; acesso restrito; adequadamente iluminado, temperatura controlada, isolamento acústico visando sigilo ético; várias linhas disponíveis para os atendimentos; sistema de gravação, arquivo e rádio-operação entre os envolvidos (BRASIL, 2004b). Demais necessidades: sala de equipamento; banheiro com chuveiros; área de conforto e alimentação; área administrativa; local destinado a materiais e medicamentos controlados; área de esterilização, tratamento de materiais e expurgo; garagem (ambulâncias) com sinalização adequada; alojamentos feminino e masculino; bases descentralizadas (BRASIL, 2004b). Operacionalização: é necessário ter mapas com as regiões de cobertura, estradas e vias principais; listas de telefones; formas de se relacionar diretamente com os demais serviços; dispor de agenda de eventos, 24 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. diretrizes técnicas e plano de manejo para situações complexas; grades pactuadas (BRASIL, 2004b). Normas Gerais e Fluxos: as ligações devem ser gratuitas para o número 192; funcionar 24 horas por dia com pelo menos um médico regulador; as chamadas devem passar primeiro pelo telefonista auxiliar treinado; trotes e enganos são registrados, mas não contabilizados; os telefonistas podem tirar dúvidas do solicitante se a ligação não for classificada como pedido de socorro; o médico regulador tem até um minuto para julgar a gravidade do caso, respondendo imediatamente da melhor forma; casos de menor gravidade podem receber apenas orientação e não o encaminhamento da equipe, ficando à disposição para eventuais dúvidas; o médico regular deve acompanhar o caso mesmo após envio da equipe decidindo para qual unidade o paciente será encaminhado; se autorizado, o médico assistente pode manter contato com o médico do serviço receptor; após recebimento do paciente na instituição o médico regulador considera o caso encerrado; o rádio-operador acompanha a movimentação das ambulâncias em todas as etapas (BRASIL, 2004b). 2.1.3 Portaria N.º 2.972/2008 No dia 09 de dezembro de 2008, foi instituída pelo MS a Portaria nº 2.972, com o objetivo de dar continuidade na qualificação e organização da rede, por meio da disponibilização de recursos para melhoria das Unidades Hospitalares art. 1º e Pronto-socorro art. 2º, nas áreas de abrangência do SAMU, de acordo com proposto e avaliado pelos projetos art. 1º, que devem seguir os anexos dessa Portaria ou as diretrizes e orientações técnicas art. 3º, e serem submetidos à apreciação do Colegiado de Gestão Regional, além a aprovação das Comissões Intergestores Bipartite art. 4º, que deverão enviar ofício com as priorizações aos órgãos responsáveis para homologação art. 5º (BRASIL, 2008b). A cooperação técnica e financeira entre os entes federados durante o processo de implementação das Redes de Atenção Integral às Urgências é indispensável art. 6º, além da necessidade da Secretaria de Atenção à Saúde por intermédio dos 25 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. responsáveis, continuarem o processo de qualificação art. 7º, a partir da data de publicação da Portaria art. 8º (BRASIL, 2008b). Segue anexo dos Pré-requisitos para Projetos dessa Portaria: Fonte: BRASIL, 2008b Refletindo sobre a dificuldade de acesso e as demais limitações enfrentadas principalmente pelo Sistema Único de Saúde, esse programa que garante o investimento contínuo na qualificação e organização da Rede de Atenção à Saúde voltada para Unidades Hospitalares e Pronto-Socorro, garante aos usuários um atendimento emergencial regionalizado de qualidade e com continuidade em todos os níveis de atenção, resultando em uma assistência integrada e fortalecendo a Rede de Urgência. 2.1.4 Portaria N.º 1.020/2009A Portaria nº 1.020, instituída no dia 13 de maio de 2009, estabelecia a implantação dos elementos pré-hospitalares fixos para compor as redes (BRASIL, 26 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 2009), entretanto, foi revogada em 07 de julho de 2011 pela Portaria nº 1.601 que será abordada posteriormente (BRASIL, 2011). 2.1.5 Portaria N.º 1.601/2011 Embora os serviços de urgência até o período mencionado tenham evoluído de forma significativa, no ano de 2009 surge à necessidade das referências fixas para o atendimento pré-hospitalar e no ano de 2011 com a necessidade de suporte adequado para o atendimento móvel, surge a Portaria nº 1601, revogando (Art. 16) a Portaria nº 1.020/2009, com o objetivo de implantar as Unidades de Pronto- atendimento (UPA) e os Serviços de Urgência 24 horas. A UPA fica definida como serviço de saúde intermediário, que deve ser implantada em local estratégico para facilitar o processo. Os fluxos, estrutura física, mobiliário, materiais, equipamentos e caracterização visual devem estar descritas no Plano de Ação Regional art. 1º (BRASIL, 2011b). As competências para o funcionamento adequado da UPA, são: funcionar 24 horas ininterruptamente; dispor de equipe multiprofissional; realizar o acolhimento com classificação de risco do paciente, além de acolher seus familiares; utilizar de protocolos para as atividades; articular-se com outros serviços de saúde; ofertar serviços médicos e de enfermagem, pediátricos ou adultos, qualificados e resolutivos; ser capaz de estabilizar os pacientes até a ação do SAMU; fornecer suporte para Rede; casos classificados como de menor gravidade devem ser atendidos em consulta em regime de pronto atendimento; em casos de dúvidas diagnósticas o paciente deve permanecer 24 horas no serviço para ser estabilizado e elucidar o quadro, após esse período, se a situação não for resolvida, paciente deve ser encaminhado ao serviço hospitalar, via central de regulação; ser referenciamento e contrarreferenciar para outros serviços, por meio do transporte de urgência art. 2º (BRASIL, 2011b). Os portes das Unidades de Pronto-atendimento são classificados art. 3º segundo o quadro abaixo: 27 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. Fonte: BRASIL, 2011b A UPA receberá incentivo financeiro para as seguintes construções ou itens materiais de diversos espécimes art. 4º: UPA nova, financiamento para construção, mobiliário, materiais e equipamentos, distribuídos segundo o porte: I – R$ 1.400.000,00 II – R$ 2.000.000,00 e III - R$ 2.600.000,00; UPA ampliada, financiamento de acréscimo de área, alguns materiais, equipamentos e mobiliários; e UPA reformada, financiamento para alteração do ambiente, alguns materiais, equipamentos e mobiliários. Esse incentivo deve ser repassado pelo Fundo Nacional de Saúde, em 1ª (10%), 2ª (80%) e 3ª (10%) parcelas, segundo especificações art. 5º (BRASIL, 2011b). O incentivo da UPA ampliada ou reformada, também será realizado pelo Fundo Nacional de Saúde, divididos entre 1ª (30%) e 2ª (70%) parcelas, de acordo com as especificações art. 6º, repassados regularmente e de forma automática art. 7º (BRASIL, 2011b). Após conclusão da obra e/ou reforma, o serviço tem o prazo de até 90 dias para iniciar atividades art. 8º. Ainda, fica estabelecida pelo art. 9º que os gestores do SUS devem submeter às propostas de financiamento à Secretaria de Atenção a Saúde (BRASIL, 2011b). Para a UPA ser considerada como qualificada para o atendimento, deve atender a uma série de requisitos técnicos, educativos e avaliativos art. 10, por meio de fluxo art. 11 (BRASIL, 2011b). Ótimo financiamento para implantar uma UPA, mas compreenda a dúvida que está me matando! 28 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. Como faremos para mantê-la? A responsabilidade dos custeios mensais da UPA é tripartite e estão descritos abaixo (Art. 12): UPA NOVA Fonte: BRASIL, 2011b UPA AMPLIADA E/OU REFORMADA Fonte: BRASIL, 2011b Lembrando que os recursos são oriundos do MS art. 13, e o Distrito Federal deve ser tratado como Estado art. 14, a partir da dará de publicação da Portaria art. 15 (BRASIL, 2011b). 2.1.6 Portaria N.º 1.010/2012 Levando em conta as necessidades de mudança do serviço de emergência, especificamente o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) e sua Central de Regulação, as diretrizes que a norteiam sua implantação, foram redefinidas art. 1º de acordo com a Portaria nº 1.010, em 21 de maio de 2012 (BRASIL, 2012). O art. 2º dessa Portaria apresenta diversas definições, as mais importantes são: SAMU - rede móvel para atendimento de urgências que podem levar o indivíduo a óbito ou apresentar sequelas, Central de Regulação de Urgências - 29 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. classificação e priorização dos atendimentos por meio do atendimento telefônico realizado por uma equipe multiprofissional médico capacitado para regular urgência, técnico auxiliar de regulação médica, rádio-operador – art. 3º e devem ser implantados a partir da publicação da Portaria – art. 4º, Base Descentralizada - estrutura física com instalação em local estratégico, que não a central, resultando em melhor tempo de resposta art. 3º, e pode ser implantada sempre que for necessária para garantir esse tempo-resposta art. 5º (BRASIL, 2012). As Unidades Móveis devem contar com técnico de enfermagem e o condutor para compor a Unidade de Suporte Básico de Vida; enfermeiro, médico e o condutor para uma Unidade de Suporte Avançado de Vida; enfermeiro e médico como equipe aeromédica; técnico de enfermagem ou enfermeiro com treinamento para condução da motolância; enfermeiro, médico e o condutor para um Veículo de Intervenção Rápida, condutor e um ou dois auxiliar (es)/técnico(os) de enfermagem compondo a embarcação art. 6º (BRASIL, 2012). SAIBA MAIS SOBRE O PRIMEIRO HELICÓPTERO DE ATENDIMENTO AEROMÉDICO DO PAÍS! Acesse: https://www.defatoonline.com.br/minas-gerais-tem-o-primeiro-helicoptero- de-atendimento-aeromedico-do-pais/ O SAMU deve ser regionalizado art. 7º e contar com um Plano de Ação Regional art. 8º. Municípios com 500.000 habitantes ou mais tem caráter de região para implantação de Central de Regulação art. 9º, já os Municípios com população de 350.000 habitantes ou menos, serão analisados via projetos regionais art. 10 (BRASIL, 2012). O art. 11 dessa Portaria dispõe que a equipe deve ser capacitada permanentemente (BRASIL, 2012). O financiamento para implantação, habitação e qualificação das Centraisde Regulação será realizado da seguinte forma art. 12: 30 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. Número de habitantes por município Incentivo financeiro em reais ≤ 350.000 R$ 216.000,00 350.001 a 3.000.000 R$ 350.000,00 > 3.000.000 R$ 440.000,00 Fonte: próprio autor Além do citado acima, a Portaria institui incentivo financeiro para aquisição de materiais, mobiliários art. 13 e equipamentos de informática art. 14, que serão repassados após detalhamento técnico art. 15 contendo informações do Município da área de abrangência do SAMU art. 17, que deve ser aprovado pelos gestores do SUS art. 16, para liberação dos recursos art. 18. Após término das obras a Coordenação-Geral de Urgências e Emergências do Departamento de Atenção Especializada da Secretaria de Atenção à Saúde receberá uma série de documentos comprobatórios art. 19. As obras devem durar até nove meses após liberação do recurso financeiro e iniciar os atendimentos em até 90 dias após recebimento das unidades móveis art. 20 (BRASIL, 2012). Os incentivos destinados à reforma das Centrais foram distribuídos da seguinte forma art. 21, e seguem os mesmos requisitos dos art. 17 a 20 (art. 22): Número de habitantes por município Incentivo financeiro em reais ≤ 350.000 R$ 100.000,00 350.001 a 1.500.000 R$ 150.000,00 1.500.001 a 4.000.000 R$ 175.000,00 ≥ 4.000.001 R$ 200.000,00 Fonte: próprio autor Ainda, as Centrais também receberão incentivo de custeio art. 23, e em caso de aumento da população da área o recurso será repassado de forma complementar art. 24 (BRASIL, 2012). Quanto as Unidades Móveis, será destinado recurso para manutenção, como informado no quadro abaixo art. 25: 31 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. SUPORTE BÁSICO DE VIDA Tipo de Unidade Incentivo financeiro em reais Habilitada R$ 13.125,00 Habilitada e qualificada R$ 21.919,00 SUPORTE AVANÇADO DE VIDA Tipo de Unidade Incentivo financeiro em reais Habilitada R$ 38.500,00 Habilitada e qualificada R$ 48.221,00 EQUIPE DE AEROMÉDICO Tipo de Unidade Incentivo financeiro em reais Habilitada R$ 38.500,00 Habilitada e qualificada R$ 48.221,00 EQUIPE DE EMBARCAÇÃO Tipo de Unidade Incentivo financeiro em reais Habilitada R$ 45.000,00 Habilitada e qualificada R$ 75.000,00 MOTOLÂNCIA Tipo de Unidade Incentivo financeiro em reais Habilitada R$ 7.000,00 Habilitada e qualificada R$ 7.000,00 VIR Tipo de Unidade Incentivo financeiro em reais Habilitada R$ 38.500,00 Habilitada e qualificada R$ 48.221,00 Fonte: próprio autor As unidades serão consideradas habilitadas assim que comprovado o funcionamento art. 26, por meio do encaminhamento de documentação à Coordenação-Geral de Urgências e Emergências do Departamento de Atenção Especializada da Secretaria de Atenção à Saúde art. 27. Ainda, o SAMU e demais poderão qualificar-se e receberão alteração de custeio por meio da apresentação de documentação art. 28. Essa solicitação de qualificação deverá ser avaliada pela Secretaria de Atenção a Saúde art. 29, e se aprovada, terá validade de dois anos (BRASIL, 2012). Deverá ser encaminhada a Coordenação-Geral de Urgências e Emergências do Departamento de Atenção Especializada da Secretaria de Atenção à Saúde um relatório descritivo analítico semestralmente, para que o incentivo seja mantido art. 32 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 31, podendo ser cancelada ou suspensa a qualquer momento art. 32 (BRASIL, 2012). A produção mensal do Sistema de Informações Ambulatoriais será incluída no SAMU e na Central de Regulação art. 33. Os incentivos de custeio só serão suspendidos se houver descumprimento de algum requisito pré-determinado art. 34 (BRASIL, 2012). As disposições gerais dessa Portaria destaca que esses custos, relatados ao longo da Portaria devem estar descritos no Plano de Ação Regional e no registro do Sistema de Informação Ambulatorial art. 35, as situações caracterizadas como Trauma I e Trauma II atendidos pelo Corpo de Bombeiros e pela Polícia Federal devem ser bem descritos no Sistema de Informação Ambulatorial para receberem seus respetivos faturamentos art. 36 (BRASIL, 2012). Os recursos disponibilizados pelo MS devem ser destinados a manutenção e qualificação do SAMU e Central de Regulação art. 37, repassados às Secretarias de Saúde responsáveis art. 38, de acordo com a disponibilidade orçamentária art. 39 (BRASIL, 2012). Além disso, as despesas de custeio serão divididas em 50% para União, 25% para o Estado e 25% para o Município art. 40. Quanto aos recursos orçamentários destinados a União, será realizada pelo MS art. 41 (BRASIL, 2012). As doações das Unidades Móveis serão realizadas durante a implantação do SAMU art. 42 e a Coordenação-Geral de Urgências e Emergências do Departamento de Atenção Especializada da Secretaria de Atenção à Saúde serão responsável pela aplicação dessas recomendações art. 43 (BRASIL, 2012). Durante todo o processo, as regras e fluxos aplicáveis deverão estar vigentes no MS art. 44, o Distrito Federal deverá assumir os direitos e obrigações dos Estados e Municípios art. 45 (BRASIL, 2012). O SAMU e a Central de Regulação devem ser inseridos no Sistema de Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde art. 46. Finalmente, a Portaria entrou em vigor depois de publicada art. 47 e revogou as Portarias nº 2.026/2011, nº 2.301/2011 e a nº 2.649/2011 art. 48 (BRASIL, 2012). 33 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. A Portaria apresenta uma série de detalhamentos sobre o incentivo financeiro, para obter mais informações: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2012/prt1010_21_05_2012.html. Embora a Portaria seja extensa e apresente detalhes minuciosos sobre o incentivo financeiro, essa é à base do funcionamento do serviço público móvel ou fixo de urgência, uma vez que diariamente os serviços enfrentam falta de funcionários, trabalhadores saturados pela carga excessiva de trabalho faltam de materiais e equipamentos para desenvolvimento das atividades, além de veículos insuficientes disponíveis para os atendimentos fata de manutenção. Todos esses fatores influenciam diretamente na assistência prestada ao paciente, e estão relacionadas ao financiamento e gestão dos serviços. Apesar de ser um exemplo pontual, em Santa Catarina a suficiência de pessoal na central foi avaliada como satisfatória (ORTIGA et al., 2016), resultando em um trabalho qualificado, quer seja na ponta ou início da assistência. 2.1.7 Portaria N.º 342/2013 Novamente, em 4 de março de 2013 uma nova Portarianº 342 é implantada para tratar sobre a UPA 24 horas e o incentivo financeiro para as Unidades Novas ou Ampliadas art. 1º (BRASIL, 2013). A Portaria nº 342, nos seus art. 2º, 3º, 4º, 5º, 6º, 7º e 8º mantêm as definições, locais de implantação, composição da Rede, forma de funcionamento, competências, composição no Plano de Ação Regional das Redes de Atenção às Urgências, orientações técnicas e competências do gestor, tratados na Portaria nº 1.601/2011 (BRASIL, 2013). Em seu Art. 9º apresenta o Porte das UPA’s, com pequenas alterações relacionadas à equipe: 34 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. Fonte: BRASIL, 2013 O incentivo financeiro dessas Unidades se divide em construção, ampliação de custeio mensal art. 10. A UPA nova será construído com recurso dessa Portaria ou do ente federativo, a UPA Ampliada deverá utilizar do acréscimo da área de estabelecimentos e do Sistema do Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde. Deve-se considerar como gestor o Chefe do Poder Executivo estadual, distrital ou municipal ou Secretário de Saúde estadual, distrital ou municipal art. 11 (BRASIL, 2013). O incentivo financeiro para construção da UPA Nova será distribuído segundo seu porte art. 12 e repassado em diferentes parcelas: 1ª 10%, 2ª 80% e 3ª 10%, pelo Fundo responsável art. 13: UPA Nova Incentivo financeiro em reais Porte I R$ 2.200.000,00 Porte II R$ 3.100.000,00 Porte III R$ 4.000.000,00 Fonte: próprio autor O ente federado deverá enviar a proposta de construção da UPA com os documentos solicitados, podendo sofrer mudança de porte conforme solicitação art. 14 (BRASIL, 2013). Apenas a policlínica, pronto-atendimento, pronto-socorro geral e especializado e unidades mistas podem solicitar incentivo para UPA Ampliada art. 15 e os valores do incentivo serão de acordo com o projeto arquitetônico art. 16, ambientes a serem ampliados e mobiliários/equipamento necessário art. 17 (BRASIL, 2013). 35 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. O incentivo destinado a UPA ampliada também será destinado segundo o porte das Unidades (Art. 18) e repassado pelo Fundo responsável em 1ª (30%) e 2ª (70%) parcelas art. 19: UPA Ampliada Incentivo financeiro em reais Porte I R$ 1.500.000,00 Porte II R$ 2.500.000,00 Porte III R$ 3.500.000,00 Fonte: próprio autor O ente federativo que se interessar pela UPA Ampliada, deverá enviar a proposta com os documentos necessários art. 20 (BRASIL, 2013). Ainda, os entes contemplados deverão seguir alguns prazos art. 21: UPA Nova 9 meses para apresentar documentos para pagamento da 2ª parcela; 18 meses para conclusão da obra (contando a partir da 1ª parcela); 90 dias após pagamento da 3ª parcela para iniciar os atendimentos. UPA Ampliada 9 meses para apresentar documentos para pagamento da 2ª parcela; 18 meses para conclusão da obra (contando a partir da 1ª parcela); 90 dias após conclusão da obra para iniciar os atendimentos. As informações devem ser constantemente atualizadas no Sistema de Monitoramento de Obras do Ministério da Saúde art. 22, se não ocorrer pelo menos uma vez em 2 meses, o repasse será suspendido art. 23. Ainda, se os prazos não forem cumpridos, o gestor será contatado para justificar art. 24. Além disso, é necessária a elaboração de um Relatório Anual de Gestão para comprovar a aplicação do recurso art. 25 (BRASIL, 2013). O ente federativo deverá assumir a manutenção preventiva do local por pelo menos 5 anos art. 26, além de informar o início, andamento, conclusão e posteriores manutenções preventivas da obra art. 27 (BRASIL, 2013). Ainda, aqueles que não atenderem aos arts. 23 e 24 poderão participar do processo de pré-seleção para obter novo financiamento se atenderem os requisitos 36 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. solicitados art. 28. Finalmente, a construção e aquisição de mobiliários/equipamentos são de responsabilidade tripartite art. 29 (BRASIL, 2013). A UPA receberá incentivo financeiro mensal art. 30, que é de responsabilidade compartilhada, tripartite art. 31 (BRASIL, 2013). Para a UPA Nova art. 32 e Ampliada art. 33 o MS passará o seguinte valor mensal: UPA Nova Porte Incentivo financeiro em reais Habilitada I R$ 100.000,00 II R$ 175.000,00 III R$ 250.000,00 Habilitada e Qualificada I R$ 170.000,00 II R$ 300.000,00 III R$ 500.000,00 UPA Ampliada Porte Incentivo financeiro em reais Habilitada ou Habilitada e Qualificada I R$ 100.000,00 II R$ 175.000,00 III R$ 300.000,00 Fonte: próprio autor A Portaria nº 342 nos seus art. 34, 35, 36, 37, 38 e 39, trata sobre o processo e fluxo de habilitação e qualificação e seus respectivos financiamentos, já detalhados na Portaria nº 1.601/2011 (BRASIL, 2013). Para que a UPA Ampliada receba incentivo destinado ao custeio mensal, deve estar qualificada art. 40 e UPA Nova Habilitada art. 41. Os serviços de saúde edificados, equipamentos e em funcionamento também receberão o incentivo art. 42. Todas as Unidades habilitadas até 2012 devem seguir essa Portaria art. 47 (BRASIL, 2013). Posteriormente, a Portaria aponta detalhes sobre os projetos habilitados para financiamento de UPA Nova e Ampliada, parcelas, prazos e entes envolvidos, tratados diversas vezes anteriormente. Detalha o incentivo financeiro de investimento de UPA Nova e Ampliada sobre os termos de diferentes Portarias, além de prazo para conclusão das obras e início do funcionamento até o art. 77 (BRASIL, 2013). 37 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. SAIBA MAIS Para mais detalhes (R$), acesse: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2013/prt0342_04_03_2013.html. Em seus arts. 78 a 83 trata das disposições finais já citadas na Portaria nº 1.601/2011. Finalmente, revoga as seguintes Portarias: nº 2.638/2011, nº 1.171/2012, nº 1.172/2012, nº 132/2013 e os arts. 5º e 6º da nº 169/2013 (BRASIL, 2013). Embora muito já tenha sido tratado na Portaria nº 1.601/2011, na nº 342/2013, há uma grande alteração nos incentivos financeiros a UPA Nova e Ampliada, além de alteração no detalhamento para o processo. Porém, um importante fator para reflexão é a mudança no número de médicos destinados aos serviços no período noturno, que embora seja o período menos saturado, também é destacado como período de atendimento demorado e em muitos momentos não resolutivo. Portanto, a reflexão nesse momento deve ir ao sentido de custo-benefício, para ofertar uma assistência de qualidade no momento da urgência, que é o objetivo principal desse serviço. 2.1.8 Portaria N.º 10/2017Considerando a necessidade de ajustes no financiamento e atualizações das diretrizes do modelo assistencial da UPA art. 1º, foi instituída em 3 de janeiro de 2017 a Portaria nº 10 (BRASIL, 2017). No art. 2º dessa Portaria, consideram as definições de UPA 24h, UPA Nova, UPA Ampliada, Gestor, Classificação de risco, Acolhimento e Segurança do paciente todos citados anteriormente (BRASIL, 2017). Estabelece que a UPA deve funcionar 24 horas ininterruptamente, dispor de equipe multiprofissional, acolhimento, classificação de risco art. 3º, e fazer parte do planejamento da Rede art. 4º, desempenhando acolhimento do usuário e familiar, articulando-se entre os diferentes serviços, ofertando assistência qualificada e resolutiva, por meio da estabilização dos pacientes que foram atendidos inicialmente pelo SAMU, realizando consultas médicas e de enfermagem em regime de pronto- atendimento, apoiar com diagnóstico ou terapêutica, elucidar diagnóstico, estabilizar 38 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. ou encaminhar o paciente, se necessário art. 5º. As informações sobre as competências do gestor responsável pela UPA art. 6º, foram inseridas anteriormente. Assim como as informações sobre as instalações físicas, equipamentos e recursos humanos art. 7º ao art. 12 (BRASIL, 2017). Quanto aos recursos de investimento, a UPA habilitada até 31 de dezembro de 2014, mantém os portes art. 13: Fonte: BRASIL, 2017 Os valores são definidos segundo os portes definidos acima e as gradações art. 14: Fonte: BRASIL, 2017 O ente federado pode apresentar proposta de aquisição dos mobiliários e equipamentos, se a UPA tiver sido habilitada até de março de 2013, por meio de documentação art. 15. Os recursos de investimento serão repassados pelo Fundo responsável art. 16, de acordo com o quadro a seguir (BRASIL, 2017): Fonte: BRASIL, 2017 A UPA poderá fazer mudança de porte ou metragem, em situações excepcionais, após avaliação e aprovação da proposta art. 17. Para o recurso da UPA Ampliada será considerada a área a ser ampliada art. 18 (BRASIL, 2017). Deverão ser apresentados documentos comprobatórios para o recebimento do custeio art. 19 e seguir o fluxo para habilitação de custeio art. 20 (BRASIL, 2017). 39 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. Os custeios mensais repassados pelo MS devem ser complementados Estados e Municípios art. 21, e após a publicação da Portaria de habilitação, o Fundo responsável deve fazer o repasse do recurso art. 22. Esse repasse do MS ocorrerá conforme capacidade operacional art. 23 (BRASIL, 2017): Fonte: BRASIL, 2017 Os valores mensais serão repassados a UPA (Qualificada, Habilitada e Ampliada) conforme capacidade operacional art. 24: Fonte: BRASIL, 2017 O Termo de Compromisso deve ser apresentado conforme manifestação de opção de funcionamento art. 25. UPA Nova ou Ampliada localizada na Amazônia terá um acréscimo de 30% no custeio mensal art. 26 (BRASIL, 2017). Devem-se apresentar documentos comprobatórios para justificar caso o custeio que esteja sendo repassado resulte na redução da capacidade operacional art. 27 ou implique na ampliação da capacidade operacional art. 28. Caso a UPA opte pela qualificação, deve apresentar os documentos necessários art. 29 e seguir o fluxo de qualificação art. 30 (BRASIL, 2017). 40 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. Quanto à qualificação da UPA Ampliada, deve-se apresentar também o termo de recebimento da obra de ampliação art. 31 e o repasse de custeio mensal está condicionado à portaria de qualificação art. 32. Caso a UPA passe por uma habilitação, o processo de qualificação também será necessário art. 33 (BRASIL, 2017). Os arts. 34 a 36 tratam sobre os prazos para conclusão da obra e início de funcionamento da UPA Nova e Ampliada, já citados anteriormente (BRASIL, 2017). Após o primeiro repasso do incentivo, a UPA seja qualificada ou habilitada, deve receber monitoramento art. 37, e a distribuição mínima deve ocorrer da seguinte forma art. 38 (BRASIL, 2017): Fonte: BRASIL, 2017 Anualmente deve-se encaminhar um relatório de cumprimento de qualificação da UPA Qualificada, de responsabilidade do gestor art. 39. Além disso, os procedimentos que caracterizam os atendimentos serão descritos a seguir art. 40: Fonte: BRASIL, 2017 Caso os requisitos dessa Portaria sejam descumpridos, o MS pode suspender o repasse art. 41 e caso a situação persista, haverá a interrupção do repasse art. 42 (BRASIL, 2017). 41 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. Anualmente o MS faz uma visita para detectar irregularidades e sugerir adequações ao gestor art. 43, além de não eximir o ente federado de ter que comprovação a aplicação dos recursos art. 44 (BRASIL, 2017). Quanto às disposições finais dessa Portaria, para implantar uma nova UPA, deverão ser inseridas no Sistema de Monitoramento de Obras as questões sobre o planejamento art. 45. Os custeios citados nessa Portaria são de responsabilidade do MS art. 46. Pedidos de recursos solicitados durante a vigência de outras Portarias serão analisados de acordo com tal art. 47, diferente dos recursos destinados a habilitações ou qualificações que serão analisadas mediante esta Portaria art. 48. Finalmente, a Portaria nº10/2017 revoga parte da nº 342/2013, nº 1.277/2013, nº 2.878/2013, nº 104/2014, nº 2.740/2014, nº 678/2015 e nº 1.656/2016 (art. 49), vigorando a partir da data de sua publicação art. 50 (BRASIL, 2017). Ao finalizar este capítulo sobre a Urgência e Emergência e o Sistema Único de Saúde, é necessário que o leitor possa refletir sobre como a UE é complexa e dependem de distintos fatores, desde questões de financiamento, área física, equipamentos, materiais, pessoal, documentação, regulatório e outras atribuições. Diante disso, pode-se afirmar que o atendimento emergencial no SUS é multifacetado e resulta diretamente na qualidade da assistência prestada ao usuário. Portanto, os serviços de saúde mencionados neste capítulo, devem seguir o proposto nas Portarias, uma vez que cada uma delas teve por objetivo a oferta qualificada e resolutiva da assistência. 42 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. CAPÍTULO 3 – POLÍTICA
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