Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
TEORIA GERAL DA NORMA PENAL Prof.º Edigardo Neto Aplicação da Lei Penal É fonte formal imediata do Direito Penal. Obs.: A lei penal não é PROIBITIVA, mas DESCRITIVA. A lei é expressa por uma PROIBIÇÃO INDIRETA, descrevendo o fato como pressuposto da SANÇÃO. (TEORIA DA NORMA). Karl Binding. Características: Exclusividade – lei. Imperatividade – imposição de pena. Generalidade – a todos. Impessoalidade – efeitos futuros. Anterioridade. Criam crimes e cominam penas. Estão na Parte Especial e nas Leis Penais. Apresentam todos os elementos da conduta criminosa. Reservam a complementação da definição da conduta a uma outra norma legal, a um Ato da Administração Pública ou ao Julgador. São as que não criam crimes nem cominam penas. Lei Penal Incriminadora Não Incriminadora Completa ou Perfeita Incompleta ou Imperfeita Aplicação da Lei Penal Incriminadoras Preceito Primário Descrição abstrata da conduta criminosa (proibição indireta ou mandamento) Teoria das normas (Karl Binding) Preceito Secundário Pena cominada em abstrato Aplicação da Lei Penal Não Incriminadoras Permissivas Exculpantes Interpretativas De aplicação ou complementares Diretivas Integrativas ou de extensão Aplicação da Lei Penal Normas Completas ou Perfeitas – São aquelas que apresentam todos os elementos da conduta criminosa. Retroatividade da Norma Penal em Branco (Alberto Silva Franco): Homogênea – sempre retroativa. Heterogênea Excepcionalidade Normalidade Normas Incompletas ou Imperfeitas Tipos Abertos Norma Penal em Branco Inversa Própria, Em Sentido estrito ou Heterogênea Imprópria, em Sentido Amplo ou Homogênea Heterovitelina Homovitelina Aplicação da Lei Penal Interpretação da Lei Penal Interpretação Analógica Interpretação Extensiva / Restritiva Analogia – Integração da Lei Penal. In malam partem. In bonam partem. Quanto ao sujeito que a interpreta Autêntica – eficácia retroativa. Doutrinária – não vincula. Quanto ao modo Literal Quanto ao resultado Declarativa Extensiva Jurisprudencial – força vinculante nas situações concretas e nas súmulas vinculantes. Teleológica ou Lógica Histórica Sistemática progressiva Restritiva Aplicação da Lei Penal Tempo do Crime: Teoria da Atividade Teoria do Resultado Teoria da Ubiquidade Sucessão de Leis Penais no Tempo: Atividade – Irretroatividade Extra atividade Retroatividade Ultra atividade Regra: Lei vigente ao tempo do fato (tempus regit actum). Princípio da Coincidência: Todos os elementos do crime devem existir no momento da conduta. Crime permanente e Crime continuado? Súmula nº. 711 do STF. Natureza Jurídica: Causa de Extinção da Punibilidade Coisa Julgada? Juiz Competente? – Súmula nº. 611 do STF. Lei mais benéfica durante o Vacatio? Combinação de Leis? Manutenção do caráter proibitivo da conduta em outro tipo penal. Lei Penal no Tempo Novatio legis Novatio legis in pejus Abolitio criminis Continuidade Normativo-típica Novatio legis in mellius Aplicação da Lei Penal Ultra atividade Ultra atividade do entendimento jurisprudencial? Autorrevogabilidade Possui um prazo determinado (início e fim) Estado de Emergência Lei Temporária Lei Excepcional Aplicação da Lei Penal TERRITORIALIDADE Aplica-se a lei do país a que pertence o agente. Nacionalidade do ofendido. Nacionalidade do bem lesado. Sujeição à lei do país onde for encontrado . Tratados Internacionais de Cooperação de Repressão. Aplicação da lei nacional aos crimes cometidos em aeronaves e embarcações privadas, quando praticados no estrangeiro e aí não sejam julgados. Território por Extensão – art. 5º, § 1º, CP. Embaixadas – Extensão do território? Passagem Inocente - Lei nº. 8.671/93. Territorialidade Territorialidade Temperada ou Mitigada Art. 5º, CP. Nacionalidade ou Personalidade ativa Nacionalidade ou Personalidade passiva Defesa ou Real Justiça Penal Universal ou Justiça Cosmopolita Representação, pavilhão ou Bandeira Aplicação da Lei Penal Crimes à distância – Crimes em trânsito – Crimes plurilocais LUGAR DO CRIME Ubiquidade ou Mista Art. 6º, CP. Resultado Atividade Aplicação da Lei Penal EXTRATERRITORIALIDADE Entrar o agente no território nacional (condição de procedibilidade). Condições objetivas de punibilidade. Ser punível no país em que foi praticado. Estar o crime dentre os quais a lei brasileira autoriza a extradição. Não havido absolvição ou cumprimento de pena no estrangeiro. Não havido perdão, extinção da punibilidade, segundo lei mais favorável. Não ter sido pedida ou ter sido negada a extradição. Ter havido requisição do Ministro da Justiça. STJ – Justiça Estadual (regra). Justiça Federal (exceção – art. 109, CF/88). PENA CUMPRIDA NO ESTRANGEIRO – art. 8º, CP. Quantidade das penas – abatimento da pena cumprida no exterior. Qualidade das penas – atenuação da pena imposta considerando a pena cumprida. Obs.: Exceção ao princípio do ne bis in idem. Incondicionada Art. 7º, § 1º, CP. Hipercondicionada Art. 7º, § 3º, CP. Condicionada Art. 7º, § 2º, CP. Aplicação da Lei Penal INTRATERRITORIALIDADE Prerrogativas Funcionais Imunidade Relativa: Foro; Prisão; Processo; Testemunha. Imunidade Diplomática (Direito Púbico Internacional) Chefes de governo ou de Estado estrangeiro e suas famílias e membros da comitiva. Embaixador e sua família. Funcionários do corpo diplomático e suas famílias. Funcionários da Organizações Internacionais. Inviolabilidade. Agentes Consulares – Imunidade Funcional Relativa – atos de ofício. Imunidade Parlamentar (Atipicidade) Art. 53 a 56, CF/88. Material (Imunidade Absoluta) Formal Aplicação da Lei Penal EFICÁCIA DA SENTENÇA ESTRANGEIRA – art. 9º, CP. Determinação de valor mínimo indenizatório pelo Juiz Criminal – art. 397, CPP. STJ – Homologa (exame formal – art. 788, CPP) – Súmula nº 420, STF “Não se homologa sentença proferida no estrangeiro sem prova do trânsito em julgado”. Art. 15, LINDB. Obs.: Medida de Segurança – tratado de extradição ou Requisição do Ministro da Justiça. CONTAGEM DO PRAZO – art. 10, CP. Prazos improrrogáveis. Inclusão do dia do começo e exclusão do dia do fim, por interpretação doutrinária. Favorecer o réu. FRAÇÕES NÃO COMPUTÁVEIS DA PENA – art. 11, CP. No montante final da pena. Aplicação da Lei Penal CONFLITO APARENTE DE NORMAS PENAIS Concurso de Crimes Especialidade Art. 12, CP. A lei especial afasta a aplicação da norma geral. subsidiariedade O fato regulado por uma lei é também regulado por outra, tendo um âmbito de aplicação comum, mas abrangendo diversas normas (soldado de reserva). Consunção O crime meio deve ser absorvido pelo crime fim (crime progressivo). Alternatividade Crimes de conteúdo variado ou de ação múltipla (alternativa ou cumulativa). Contém todos os elementos da norma geral, acrescido das especializantes. Progressão criminosa – o agente substitui o seu dolo. A realização de vários verbos, no mesmo contexto fático e sucessivamente, dar causa a crime único.
Compartilhar