Resumo Introdução ao Estudo do Direito AV2 1. Poder Judiciário: No exercício da função jurisdicional o Poder Judiciário é o intérprete privilegiado do Direito, cabendo aos seus órgãos o dever de apreciar e decidir sobre qualquer questão levada a juízo. A função do Poder Judiciário é garantir os direitos individuais, coletivos e sociais e resolver conflitos entre cidadãos, entidades e Estado. Para isso, tem autonomia administrativa e financeira garantidas pela Constituição Federal. 1.1 Critica quanto a eficácia da função do Poder Judiciário e suas consequências: No entanto, três são os fatores que devem ser levados em consideração por quem pretenda valer-se do trabalho dos instrumentos estatais da justiça: a incerteza do direito, a lentidão e o alto custo do funcionamento da máquina judiciária. Esses fatores levam a algumas consequências: a falta de realização ou a realização tardia, muitas vezes ineficaz, dos ideais da justiça; um sentimento de desconfiança da opinião pública em relação à efetividade da tutela jurisdicional. 1.2 Jurisdição e suas atribuições: É o poder que o Estado detém para aplicar o direito a um determinado caso, com o objetivo de solucionar conflitos de interesses e com isso resguardar a ordem jurídica e a autoridade da lei. É ao mesmo tempo poder, dever, função e atividade. Poder = decidir e impor suas decisões. Dever = prestar a tutela jurisdicional requerida, dentro de período de tempo razoável. Função = promover a pacificação dos conflitos de interesses. Atividade = complexo de atos jurídicos praticados pelo juiz no processo. 1.3 Princípios e Características da Jurisdição As características da jurisdição são: imparcialidade, monopólio do Estado, lide, substitutividade, definitividade e unidade. LIDE = Conflito de interesses entre as partes envolvidas judicialmente, SUBSTITUTIVIDADE = o juiz, ao decidir, substitui a vontade dos conflitantes pela dele, DEFINITIVIDADE = Somente a atividade jurisdicional tem a capacidade de tornar-se indiscutível e INERCIA = A jurisdição só é exercida quando provocada. Os princípios que regem a jurisdição são os seguintes: inafastabilidade, improrrogabilidade, investidura, correlação, indelegabilidade e inércia. Investidura – somente Juiz pode exercer esta função. Aderência – os juizes somente têm autoridade nos limites territoriais do Estado; Indelegabilidade – Não pode delegar a função; Inevitabilidade – A vontade do Juiz é imposta mesmo contra a vontade das partes envolvidas; Inafastabilidade - Segundo o qual a todos é possibilitado o acesso ao Judiciário em busca da solução de suas situações litigiosas e conflitos de interesses em geral. 1.4 Artigo 92 - São órgãos do Poder Judiciário: I - o Supremo Tribunal Federal; I-A - o Conselho Nacional de Justiça; II - o Superior Tribunal de Justiça; II-A - o Tribunal Superior do Trabalho; III - os Tribunais Regionais Federais e Juízes Federais; IV - os Tribunais e Juízes do Trabalho; V - os Tribunais e Juízes Eleitorais; VI - os Tribunais e Juízes Militares; VII - os Tribunais e Juízes dos Estados e do Distrito Federal e Territórios. § 1º O Supremo Tribunal Federal, o Conselho Nacional de Justiça e os Tribunais Superiores têm sede na Capital Federal. § 2º O Supremo Tribunal Federal e os Tribunais Superiores têm jurisdição em todo o território nacional. Supremo Tribunal Federal - Sua principal função é zelar pelo cumprimento da Constituição e dar a palavra final nas questões que envolvam normas constitucionais. É composto por 11 ministros. Superior Tribunal de Justiça (STJ) - Cuja responsabilidade é fazer uma interpretação uniforme da legislação federal. É composto por 33 ministros. Justiça Federal - A Justiça Federal comum pode processar e julgar causas em que a União, autarquias ou empresas públicas federais sejam autoras, rés, assistentes ou oponentes – exceto aquelas relativas à falência, acidentes de trabalho e aquelas no âmbito da Justiça Eleitoral e à Justiça do Trabalho. É composta por juízes federais que atuam na primeira instância, nos Tribunais Regionais Federais (segunda instância) e nos Juizados Especiais Federais, que julgam causas de menor potencial ofensivo e de pequeno valor econômico. Justiça do Trabalho - A Justiça do Trabalho julga conflitos individuais e coletivos entre trabalhadores e patrões. É composta por Juízes Trabalhistas que atuam na primeira instância e nos Tribunais Regionais do Trabalho (TRT), e por ministros que atuam no Tribunal Superior do Trabalho (TST). Justiça do Eleitoral - Com o objetivo de garantir o direito ao voto direto e sigiloso, preconizado pela Constituição, a Justiça Eleitoral regulamenta os procedimentos eleitorais. Justiça Militar - Composta por juízes militares que atuam em primeira e segunda instância e por ministros que julgam no Superior Tribunal Militar (STM). Sua função é processar e julgar os crimes militares. Justiça Estadual - A função da Justiça estadual é processar e julgar qualquer causa que não esteja sujeita à Justiça Federal comum, do Trabalho, Eleitoral e Militar. Nela atuam Juízes de Direito (primeira instância) e Desembargadores, (nos Tribunais de Justiça, segunda instância). 1.5 AS FUNÇÕES ESSENCIAIS A JUSTIÇA 2. Elementos da relação jurídica A relação jurídica é um vínculo que une duas ou mais pessoas, cuja relação se estabelece por fato jurídico, cuja amplitude relacional é regulada por normas jurídicas, que operam e permitem uma série de efeitos jurídicos. São as pessoas (jurídica ou física) entre as quais a relação jurídica se estabelece. “Pode existir mais de um em cada polo.” O direito subjetivo e o dever jurídico são um poder e um dever de certas pessoas que estão entre si em relação: OBJETO: É a coisa que recai sob o poder do sujeito ativo. Ex: um carro, um imóvel uma criança, uma prestação... GARANTIA: É a forma de reparação, uma garantia de obter a realização do interesse reconhecido. VINCULO: Existe na relação jurídica está sempre em função do objeto. Um vínculo que une um ao outro e caracteriza, verdadeiramente, essa modalidade de relação . O vínculo de atributividade pode ser, por exemplo, o contrato estabelecido entre duas pessoas . O vínculo de atributividade pode ter por origem o contrato ou a lei. 3. Classificação da relação jurídica a) Quanto a abrangência - Abstratas: É o que está na lei. Antes do fato ocorrer, é abstrato. - Concreto: Relação jurídica existente na realidade. Ex: A paga B b) Quanto ao número - Simples: Quando os direitos são conferidos a uma das partes e deveres a outra. Ex: testamento - Complexos: Direitos e obrigações recaem sobre ambos. Ex: Direito da família, contrato de aluguel c) Quanto a natureza - Principais: Tem vida autônoma. Não precisa de outra relação jurídica para acontecer. Ex: matrimonio - Acessórios: Depende de uma outra relação Jurídica. Ex: Divórcio d) Quanto à eficácia - Absolutas: Vinculam seus efeitos a todos as pessoas, efeitos para todos. Ex: Direito de liberdade - Relativas: Vinculam seus efeitos, apenas as pessoas diretamente envolvidas. Ex: Direito de família e) Quanto à forma -Públicas: Aquela em que participa o Estado com predomínio de seu interesse ou com poder de autoridade. -Privadas: Quando as pessoas (podendo ser o Estado) participam em condições de igualdade. 4. Característica das normas jurídicas Bilateralidade – O direito existe sempre vinculado a Duas ou Mais Pessoas. Generalidade – A norma jurídica é destinada a Todos em uma sociedade. Abstratividade – As normas jurídicas estabelecem uma formula padrão de conduta. Imperatividade – O direito possui normas com caráter imperativo. Coercibilidade – Possibilidade de coação. Atribuitividade – Atribuição de Direitos e Deveres as partes envolvidas. 5. Hermenêutica