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Com referência a modelos teóricos e ao emprego dos métodos indutivo e dedutivo nos estudos ligados à Hermenêutica, são feitas as afirmativas, a seguir: I. Os enfoques dogmático e zetético não se excluem mutuamente, podem ser complementares, mas a utilização de um ou outro poderá ensejar consequências distintas na interpretação da lei. II. O modelo zetético se aproxima de fatores metajurídicos, utilizando-se frequentemente do método racional- dedutivo. III. A corrente do jusnaturalismo nos ofertou o método dedutivo por influência do modelo do racionalismo matemático que vigorou no séc. XVII e XVIII. IV. O olhar do método indutivo parte sempre de regras gerais para aspectos particulares. É correto o que se afirma em: I e IV, somente. III e IV, somente. II e III, somente. II e IV, somente. I e III, somente. Respondido em 02/10/2020 13:43:19 Explicação: As afirmativas II e IV estão incorretas. A afirmativa II estaria correta, se o modelo mencionado fosse o modelo dogmático. A afirmativa IV estaria sem incorreção, se tivesse a redação: O olhar do método indutivo parte sempre aspectos particulares para a elaboração e proposição de regras gerais. Considerando a relevância para a feitura de Justiça do debate sobre a lógica do razoável, são feitas as seguintes afirmativas: I- A lógica do razoável trabalha o sentido de justo, sem fazer uma crítica elaborada da lógica tradicional aplicada ao Direito. II- Na perspectiva daquilo que é razoável a norma jurídica é vista num contexto em que o caso fático não é premissa menor e a conclusão uma mera subsunção deste àquela. III- A aplicação da lógica da razoabilidade está relacionada a situações com especificidades com a possibilidade de que o juiz ou intérprete recorra nos costumes e na analogia diante da falta de norma adequada. I, apenas. III, apenas. II, apenas. I e III, apenas. II e III, apenas. Respondido em 02/10/2020 13:43:24 Explicação: Na afirmativa I, é necessário observar que a lógica do razoável elabora uma interessante crítica à lógica tradicional aplicada ao Direito em que podemos observar o clássico silogismo: a norma jurídica como premissa maior; o caso fático como premissa menor e a conclusão como subsunção do fato na norma jurídica. Considerando os estudos da lógica do razoável, assinale a opção que apresenta uma característica desta forma de interpretação: Questão1 Questão2 Questão3 Busca a congruência entre fins e a realidade concreta. Evita amparar-se nos ensinamentos da vida e na experiência histórica. Mantém-se nos limites da norma positivada e da subsunção formal. Exige obediência única à lei positivada sem recurso à criatividade. Valoriza a rápida aplicação da norma, sem recurso à prudência. Respondido em 02/10/2020 13:43:29 Explicação: São características vindas da aplicação da lógica do razoável: Não se ampara no silogismo; Não se apoia na subsunção formal; Fundamenta-se na prudência; Baseia-se na equidade e no sentido de justo; Está condicionada pela realidade concreta do mundo; Está impregnada de critérios estimativos ou axiológicos; Reporta-se a uma determinada situação real; É regida por razões de congruência ou adequações entre valores e fins/entre fins e a realidade concreta; Está orientada pelos ensinamentos de vida e experiência histórica; Enseja a aplicação das normas jurídicas segundo princípios de razoabilidade. Frequentemente, a hermenêutica jurídica é vista como uma ciência de importância significativa para o Direito na contemporaneidade. Como uma ciência, a hermenêutica deve orientar-se com vistas a atingir seus objetivos. Neste contexto, são exemplos de objetivos da hermenêutica jurídica, COM EXCEÇÃO DE: sistematizar princípios e regras que permitem interpretar a linguagem jurídica. garantir a aplicabilidade das normas jurídicas aos casos concretos. resolver o problema das antinomias. invocar a tese latina in claris cessat interpretativo, ou seja: a interpretação cessa, quando a lei é clara. verificar a existência de lacunas nas normas e critérios possíveis para sua superação. Respondido em 02/10/2020 13:46:01 Explicação: A única opção que não se adequa ao que pede o enunciado da questão é: invocar a tese latina in claris cessat interpretativo, ou seja: a interpretação cessa, quando a lei é clara. Todas as demais são objetivos da hermenêutica. A ideia central da hermenêutica é aquela segundo a qual as normas precisam de interpretação. Por quê? Porque a tese latina in claris cessat interpretativo (a interpretação cessa quando a lei é clara) não deve ser mais invocada, porque sabemos que a lei pode apresentar imprecisões, ou seja, poderá apresentar palavras/termos fora do seu significado usual. E mais. Poderá apresentar um pensamento incompleto ou, até mesmo, confuso. Nesta tarefa, o intérprete busca o sentido e alcance da norma em conformidade com o expresso no art. 5º, da LINDB, que menciona que se deve considerar "fins sociais" e o "bem comum". Em sua obra acerca da lógica do razoável, o jurista Luís Siches sugeriu um esquema com situações que podem se apresentar a um magistrado em seu cotidiano. Entre tais situações, teríamos: I-Existe, aparentemente, uma norma vigente, aplicável a um caso em julgamento, de modo a produzir uma solução satisfatória. Nesta situação, o magistrado não realiza quaisquer juízos axiológicos, uma vez que a norma em seu sentido abstrato e geral naturalmente alcança a significação concreta do caso em análise. Questão4 Questão5 II-No caso de dúvida sobre a aplicação de normas de mesma hierarquia, mas de conteúdo diferente, o magistrado deve escolher aquela que conduza a uma solução que, de acordo com sua valoração, melhor alcance o sentido de justiça. III-O magistrado não deve se colocar nunca em contingência de lacuna, mesmo quando percebe que a aplicação da norma a um caso concreto pode gerar efeitos diversos ao que a mesma norma propõe ou que teria pretendido o legislador no processo de sua elaboração. Acerca das situações, são feitas as seguintes afirmativas: As situações I e II estão de acordo com o que se considera como razoável. As situações II e III estão de acordo com o que se considera como razoável. A situação II está de acordo com o que se considera como razoável. A situação I está de acordo com o que se considera como razoável. A situação III está de acordo com o que se considera como razoável. Respondido em 02/10/2020 13:43:39 Explicação: Com relação à situação I, não está de acordo com o que se entende como razoável, porque: Aparentemente, existe uma norma vigente, aplicável ao caso em julgamento, de modo a lhe produzir uma solução satisfatória. Mas, mesmo nesta situação, o magistrado realiza uma série de juízos axiológicos: para encontrar a norma, para apreciar a prova e qualificar os fatos, e para adequar o sentido abstrato e geral da norma à significação concreta do caso controvertido. Com relação à situação II, há concordância com a lógica do razoável proposta pro Siches. Acerca da situaçao III, observa-se a questão da contingência de lacuna, conforme se lê abaixo: À primeira vista, o juiz, por se deixar influenciar por nomenclaturas e conceitos classificatórios contidos em uma norma, pensa estar diante da regra que cobre o caso. Mas, quando ensaia mentalmente, a aplicação da lei à controvérsia sub judice, percebe que sua aplicação levaria a uma consequência diversa do resultado a que a norma propõe, contrária aos efeitos que o legislador pretendeu ou que teria pretendido se tivesse em vista a controvérsia concreta da questão. Em tal circunstância, o juiz deve afastar a norma aparentemente aplicável à espécie e colocar-se em contingência de lacuna. Questão 2: Considerando a obra de Luís Recaséns Sanchez, saõ feitas a afirmativas abaixo: I-A lógica do razoável não traz a única regra para que o julgador alcance uma decisão justa, pois toda ponderação parcial. II-O clássico silogismo no Direito é próprio à lógica em que a normajurídica é vista como premissa maior em relação ao caso fático. III- A tese de Siches sustenta que a produção do Direito não termina com a promulgação da lei, mas com a individualização no mundo real, em que se desvela o real papel do julgador. É correto o que se afirma em: I, apenas. III, apenas. II e III, apenas. II, apenas. I e II, apenas. Respondido em 02/10/2020 13:43:46 Explicação: Questão6 A afirmativa I está incorreta, à medida que a lógica do razoável seria a única regra, na concepção de Siches, ao alcance de quem julga, permitindo a neutralidade necessária a uma decisão justa.L javascript:abre_colabore('38403','207352641','4140778762');
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