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Insuficiência Venosa

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1 
A insuficiência venosa crônica é definida como uma 
anormalidade do funcionamento do sistema venoso 
causada por uma incompetência valvular, associada ou 
não à obstrução do fluxo venoso. Pode afetar o sistema 
venoso superficial, o sistema venoso profundo ou 
ambos. Além disso, a disfunção venosa pode ser 
resultado de um distúrbio congênito ou pode ser 
adquirida. 
 
Patogênese 
Sistema venoso é um sistema de capacitância e 
funciona como reservatório sanguíneo. 
Regime de hipertensão venosa (acúmulo de sangue) 
causa todas as alterações, complicações e sequencias 
em relação a IV. 
Quando há dilatação, alterações ou insuficiência das 
válvulas, o fluxo sanguíneo do sistema profundo 
começa a cair no superficial e surge o início do processo 
de insuficiência venosa. 
1. O regime de hipertensão causa um refluxo 
venoso crônico do sistema profundo para 
superficial. 
2. Esse refluxo dilata as veias e danifica as válvulas 
fazendo com que não cumpram sua função. 
3. Dessa forma, com o mau funcionamento das 
válvulas, há mais acumulo de sangue e mais 
dilatação, virando um looping. 
4. Causando regime de hipertensão dentro dos 
capilares, edema crônico dos tecidos e 
surgimento de feridas. 
Acontece mais nos MMII por conta da gravidade que 
dificulta o retorno venoso. 
 
Anatomia 
• Sistema profundo está envolto pela musculatura. 
• A fáscia separa o sistema profundo do superficial. 
• Sistema superficial envolto pelo tecido 
subcutâneo. 
• Fluxo normal vai em direção ao coração. 
• Fluxo de sangue através das veias perfurantes: 
superficial para profundo. 
 
 
Regime de hipertensão Venosa Crônica 
Esse regime repercute no sistema capilar, apresentando 
um refluxo venoso em direção ao leito capilar 
causando: 
• Alteração endotelial; 
• Aumento da permeabilidade capilar causando 
extravasamento do sangue 
Exudato. 
• Exudato origina edema e hipoperfusão tecidual, 
inflamação e perda tecidual 
Surgimento de feridas. 
• Ponto final da IV: 
Repercussões clínicas devido as alterações 
estruturais e anatômicas nas extremidades e 
surgimento de feridas. 
 
1 
2 
 
Válvulas venosas e alterações 
Importância do sistema de válvulas e complicações 
devido alterações da IV. 
 
• No paciente normal: 
Quando há exercício, a pressão dentro da veia cai 
bruscamente devido a contração do músculo que 
auxilia no retorno venoso aliviando as paredes do 
vaso. 
Com o termino do exercício, a veia volta a receber 
sangue de forma gradual e a pressão aumenta de 
forma lenta, até atingir o nível próximo a 
normalidade antes do exercício. 
• Paciente com IV: 
A pressão cai, mas não tão bruscamente como na 
fisiologia normal. 
Logo após o termino do exercício físico a pressão 
volta mais rapidamente pro estado pré-exercício. 
Isso significa que dentro do vaso há um sistema de 
hipertensão que está sendo mantido mesmo com a 
contração da musculatura. 
Essa estabilidade na hipertensão repercute no leito 
capilar dando origem a todo o processo da 
insuficiência, sendo risco para surgimento de 
feridas. 
• Paciente com IV e trombose: 
A pressão se mantém mesmo com a contração da 
musculatura, devido a obstrução do vaso. 
O regime de hipertensão por conta da obstrução 
vai acarretar em toda as complicações da IV. 
Esse paciente apresenta um risco bem mais 
elevado para o surgimento de todas as lesões por 
IV. 
 
Diversas etiologias. 
Congênita 
• Alteração estrutural de nascimento, da veia. 
• Síndrome de Klippet-Trénaunay-Weber: 
Além de associação de alterações venosas com 
linfáticas (aumento da extremidade de MMII e 
unilatareal). 
 
Primária 
• Alteração das válvulas devido a hipertensão venosa 
primária do sistema profundo. 
 
Secundária 
• Síndrome pós trombótica, trauma ou condição 
anatômica que causa aumento da pressão no 
sistema venoso. 
 
Superficial 
• Defeito nas válvulas venosas superficiais. 
 
Profunda 
• Defeito nas válvulas venosas profundas, 
normalmente associado a trombose venosa 
profunda (TVP) com risco de desenvolvimento da 
síndrome pós trombótica. 
 
Existem vários fatores de risco e alguns podem ser 
tratados para diminuir o risco de desenvolvimento de 
IV. 
• Idade avançada; 
• Sedentarismo; 
• Obesidade; 
• Mulheres; 
• História familiar; 
• Posição supina prolongada: 
Paciente trabalha de pé ou sentado por muito 
tempo e não faz a profilaxia com meias 
compressivas; 
• Tabagismo; 
• Gestação: 
Devido a compressão dos vasos da pelve; 
• HAS; 
• Anticoncepcional oral; 
• Trauma em MMII: 
Trauma causa alteração do retorno venoso. 
 
• Prevalência aumenta com a idade. 
• 2 – 5% população mundial tem IV; 
• Até 60% de veias se tornam varicosas; 
Importante na avaliação clínica. 
• O pico ocorre dos 40-50 anos e nos homens 70-80 
anos mais associado a fatores de risco; 
3 
 
Aplicabilidade clínica importante. 
CEAP 
 
ALTERAÇÕES LEVES 
• CO: sem sinais visíveis de doença venosa. 
• C1: telangiectasias ou veias reticulares. 
SURGIMENTO DE VEIAS VARICOSAS 
• C2: veias varicosas. 
ALTERAÇÕES RELEVANTES 
• C3: edema sem alterações na pele. 
ALTERAÇÕES TRÓFICAS 
• C4: alterações na pele e tecido subcutâneo. 
PRESENÇA DE FERIDAS 
• C5: úlcera venosa cicatrizada. 
• C6: úlcera ativa 
 
• EC: IV congênita 
• EP: IV primária 
• ES: IV adquirida, secundária (pós trobótica) 
• EM: IV sem causa definida 
 
• AS: veias superficiais 
• AD: veias profundas 
• AP: veias perfurantes 
• AN: localização não definida 
 
• Refluxo 
• Obstrução, trombose 
• Refluxo e obstrução 
• Sem fisiopatologia identificada 
 
Quadro clínico intrínseco e típico, podendo identificar a 
doença no exame clínico com exame físico. 
Cronologia sintomatológica é importante fazer na 
avaliação clínica. 
Sintomatologia 
 
• Queimação, pulsátil, cólica. 
• Normalmente associado a edema bilateral. 
• Paciente fica muito tempo na posição supina. 
• Melhora na elevação de membro. 
• Retenção de líquido na extremidade. 
• Extravasamento e inflamação liberam prurido na 
extremidade. 
• Paciente pode se queixar de dificuldade na 
deambulação. 
O conjunto dessa sintomatologia, do ponto de vista 
clínico, fecha o diagnóstico de paciente portador de IV. 
Exame físico 
 
• Vasos superficiais dilatados e insuficientes. 
• Veias de menor calibre como telejanctasia. 
• Veias de maior calibre como dilatação da veia 
safena magna. 
• Sintoma mais grave e crônico. 
• Alterações na coloração da extremidade, devido ao 
trofismo em relação ao processo inflamação. 
• A 
• Pode vir secundária ao processo das feridas. 
Linfedema secundário 
• Alteração no retorno linfática devido ao edema nas 
extremidades. 
• Aumento do edema na extremidade tanto pela 
retenção da IV e secundariamente a insuficiência 
linfática. 
• Superficial ou profunda como consequência da IV, 
já que ela altera o retorno venoso. 
 
 
 
4 
Iminentemente clínico. 
Colher a história clínica, avaliar os fatores de risco e 
corroborar diagnóstico com condições achadas no 
exame físico. 
 Os exames em gerais não são mandatórios, mas podem 
ser solicitados. 
Os exames são requeridos mais para ver complicações. 
 
Diagnóstico 
 
Exames 
 
• Coagulação: 
D-dímero 
• Função renal: 
Creatina. 
• Hemograma. 
Não se faz necessário, normalmente o exame 
laboratorial é para avaliar alguma complicação que 
possa ter. 
• US venosa doppler: visualizar com nitidez a IV da 
safena magna e safena parva (vasos superficiais 
importantes nos MMII). 
Avaliação do refluxo do sistema profundo para 
superficial, dilatação das veias e pulso venoso. 
Mais usado para confirmação e fechamento de 
diagnóstico. 
Coloração vermelha: fluxo sanguíneo no sentindo 
contrário (proximal para distal). Risco maior para 
desenvolver complicações acerca da IV. 
 
• RNM 
• Venografia ou Flebografia: 
Usada para procedimentos invasivos. 
Auxilia no tratamento. 
Cateteriza o vaso, injeta contraste para visualizar o 
sistema venoso e superficial 
 
Dilatação de veias profundas e muitas veias 
varicosas e tortuosas.Grau de IV relevante com comprometimento 
superficial e profundo. 
• Pletismografia 
• Monitorização ambulatorial da pressão venosa. 
Aplicabilidade clínica mais difícil, mas de certa 
forma confirma a presença do regime de 
hipertensão dentro das veias. 
Feito durante 24h. 
 
Diagnóstico diferencial 
• Celulite 
Na IV é associada a ferida de infecção secundária. 
• Erisipela 
Na IV é associada a ferida de infecção secundária. 
• Neoplasia de pele 
Diferenciar de úlcera venosa. 
• Úlcera diabética 
Diferenciar de úlcera venosa. 
• Úlcera traumática 
Diferenciar de úlcera venosa. 
• Manifestações dermatológicas de doenças 
sistêmicas. 
Alteram coloração e trofismo da extremidade 
assim como a IV. 
 
 
 
 
 
 
5 
O tratamento inicia de forma clínica. 
Clínico 
Paciente com insuficiência das válvulas, dilatação e 
refluxo. 
• Compressão gradual: 
Meias: tratamento e prevenção. 
Usar máximo de tempo. 
Pressão no tornozelo 30 – 50mmHg e vai descendo 
proximalmente. 
A pressão vai diminuindo ao longo que se aproxima 
do coração. 
• Elevação do membro. 
• Evitar posição supina ou sentado de forma 
prolongada. 
• Controle das comorbidades: obesidade, tabagismo, 
HAS, DM. 
Evitar complicação de IV. 
• Realizar atividades físicas. 
 
Cirúrgico 
Pacientes refratários ao tratamento clínico (não 
melhoram) ou evoluam com alguma complicação 
(úlcera, infecção, trombose venosa). 
Tratamento cirúrgico evitar que continue agravando ou 
surja complicações. 
• Safenectomia ou ligadura da veia safena magna. 
• Flebectomia: 
Ressecção das veias varicosas superficiais. 
• Curativo pós operatório: 
Meia elástica com gradiente de compressão. 
Evitar dilatação dos vasos, devido a hipertensão 
dos mesmos. 
• Escleroterapia com ablação farmacológica: 
Fechamento total do vaso esclerosante. 
• Laser endovenoso/ radioblação: 
Fechamento do vaso e progressiva canalização do 
fluxo para um sistema não deficiente. 
• Curativo: 
Substancias tópicas e compressão. 
• Cirurgia: 
Enxerto ou retalho. 
 
 
 
 
 
Sanarflix.

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