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- Conjunto de normas, dentro do amplo direito, que é aplicável à aquele caso específico; - Conjunto de normas jurídicas aplicáveis a determinada situação concreta, diante das diversas possibilidades que o direito apresenta; - Teoria sobre as normas jurídicas: hoje em dia há dois tipos de normas: regras ou princípios ; - Princípio é mais amplo e está mais vinculado aos valores sociais; - Na regra, a lógica é sim ou não; se o caso concreto se enquadrar, aplica-se a regra; são diretas; - No princípio, há um conjunto de valores, há uma ponderação/flexibilidade; Regras - Subsunção: olhar o mandamento abstrato da regra e verificar se a situação fática se enquadra na regra; não existe lógica valorativa; - É um juízo de compatibilidade entre a situação real e o mandamento; - O que acontece quando duas regras podem conflitar em determinada situação? Aplica-se uma e deixa-se de aplicar a outra. A regra não pode ser flexível; Princípios - Valoração: aplicação axiológica; se busca a melhor atitude, a que seja mais compatível com os valores da sociedade; - O que acontece quando dois princípios conflitam em determinada situação? Há uma harmonização e aplicação da ponderação. Tenta-se ao máximo aplicar os dois princípios, sem que um seja abolido totalmente; PRINCÍPIOS ADMINISTRATIVOS REGIME JURÍDICO 1) Princípio da Supremacia do Interesse Público - Caso ocorra conflito entre o interesse público e o interesse privado, o primeiro deve prevalecer; - Entende-se que o interesse público representa o interesse da coletividade. Sendo assim, não é justo prevalecer o interesse privado (de uma única pessoa) em detrimento do interesse de várias pessoas; - O direito da maioria prevalece desde que não acabe ferindo o princípio da dignidade da pessoa humana do privado; - Nem sempre, em todos os casos, deve prevalecer o interesse público. Cada situação deve ser analisada; Ex.: Desapropriação; poder de polícia; privilégios processuais e tributários (maiores prazos em processos se comparados à advogados particulares). 2) Princípio da Indisponibilidade do Interesse Público - Os agentes devem atuar de forma restrita em prol do interesse público. Essa situação não pode agir visando o interesse privado. Isso torna-se abuso de poder; Obs.: Definição de Interesse Público: Primário (interesse da coletividade) e secundário (interesse da máquina pública/ administração pública); Ex.: Se a Universidade Estadual comprar um imóvel para melhorar a sua estrutura, ela está visando a máquina pública e sua melhoria. É um interesse público. 3) Princípio da Legalidade - Base democrática do Estado de Direito; - Garantia da liberdade; - A liberdade é, de certa forma, burguesa; - Liberdade Negativa: não é obrigado a fazer porque não tem lei; pode fazer tudo que a lei não proíba; liberdade dos particulares; - Liberdade Positiva: só pode agir de acordo com a lei; é como atua a administração pública; Obs.: Legalidade em sentido restrito: só pode existir se haja a aplicação de uma lei de fato; aplicação da lei; Reserva de lei: quando a constituição obriga que determinada matéria seja desenvolvida em determinada lei específica; Legalidade em sentido amplo: pode agir em prol de qualquer regulamento/norma; vale qualquer norma; Obs.: Um princípio nunca é deixado de ser aplicado na sua esfera completa. Todas as exceções devem ter fundamento constitucional. Apenas a constituição federal pode mitigar a aplicação de um princípio constitucional; Ex.: Estado de defesa/estado de sítio; PRINCÍPIOS 4) Princípio da Impessoalidade - Ausência de subjetividade na atuação do agente público; - A administração é responsável por atos falhos do agente público; - Este princípio gera certa confusão com a isonomia. Feriu a igualdade de maneira mais ampla; - Isonomia é mais ampla que a própria impessoalidade; 5) Princípio da Finalidade - Finalidade x Objeto(objetivo): objeto é algo imediato; uma atitude que será tomada imediatamente e esta ação/objeto tem sempre uma finalidade, a qual (no campo administrativo) é a realização do interesse público. Já o objeto varia conforme o ato administrativo; Ex.: Diretor de uma escola quer comprar um terreno para ampliá-la (esse é o objeto). Porém, se for constatado que ele está fazendo isso para beneficiar amigos, sua finalidade é ilícita (além de ferir o princípio da autoridade); Obs.: Abuso de Poder(gênero): Agente público realiza um ato ilegal. Esse abuso pode ser realizado por excesso de poder e desvio de poder. O abuso de poder está relacionado a um ato que foi realizado fora do âmbito de sua competência. Ex.: A atitude de alguns policiais que agem fora da sua competência, sendo um ato ilegal. Já o desvio de poder, é visto como desvio de finalidade (exemplo do diretor da escola que queria expandir uma escola com outros fins); 6) Princípio da Publicidade - Os atos administrativos devem ser públicos; - Divulgação para o conhecimento público; - Este princípio também permite exceções (ex.: defesa do consumidor, segurança nacional); Obs.: Habeas Data: Liberdade de informação; O Habeas Data fornece a informação mas não fornece documentos nem certidões; - O Habeas Data é considerado um "remédio constitucional"; - No caso de falta de certidão, por exemplo, deve-se acionar o mandado de segurança; - A informação solicitada, utilizando o habeas data, deve ter caráter pessoal. Ninguém consegue obter informações de outras pessoas; - Agente público não deve utilizar-se da publicidade para se promover. Ex: Agente Público fazer propagandas políticas com o seu nome e etc, associando as ações que tenha feito com a sua imagem; 7) Princípio da Isonomia -Igualdade; -Norteia dois processos administrativos: processo de licitação e de concurso público; -Critérios discriminatórios (idade, sexo e altura, por exemplo) ferem a isonomia em concursos públicos, por exemplo; -Para ter determinados critérios, deve constar em lei, ter justificativa ponderada e estar previsto no edital; 8) Princípio da Eficiência -Não existe uma fórmula para a eficiência. Esse conceito vai ser defendido e definido pela sociedade; -O conceito de eficiência tem influência econômica, buscando sempre a maior eficácia pelo menor custo; 9) Princípio da Razoabilidade -Agir sem excessos; -Aparato de justificativa para o direito; -Princípio da proibição dos excessos; -Controle dos atos administrativos discricionários; -Atos devem ser proporcionais, adequados e necessários; 10) Princípio da Continuidade -Ausência de interrupção da atividade administrativa; Obs.: Servidor público (desde que não seja da área de defesa/segurança nacional) que atua na esfera pública pode entrar em greve desde que a mesma seja ponderada; 11) Princípio da Autotutela -Capacidade da administração pública de controlar seus próprios atos quando ilegais, anulando-os ou quando inconvenientes e inoportunos, revogando-os; -Ato Ilegal: Desde a sua origem afronta a lei; -Atos, quando revogados, são prospectivos;
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