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QUESTÃO 1 Há no texto da filósofa Marilena Chaui (2006) uma passagem sempre referida por estudiosos da ideologia como processo de dominação e pela própria autora em diversas ocasiões. Eis o trecho: "[...] não é qualquer um que pode dizer a qualquer outro qualquer coisa em qualquer lugar e em qualquer circunstância. O discurso competente confunde-se, pois, com a linguagem institucionalmente permitida ou autorizada, isto é, com um discurso no qual os interlocutores já foram previamente reconhecidos como tendo o direito de falar e ouvir, no qual as circunstâncias já foram predeterminadas para que seja permitido falar e ouvir [na hora "certa", poderíamos dizer] e, enfim, no qual o conteúdo e a forma já foram autorizados segundo os cânones [os modelos, os limites] da esfera de sua própria competência". (CHAUI, 2006, p. 7). Pode-se afirmar que o discurso competente, como "linguagem institucionalmente permitida", e daí porque os indivíduos ocupam lugar previamente demarcado na interlocução, ocorre quando: a ) A burguesia se torna classe dominante e adota uma linguagem própria desse grupo para manter a dominação sobre as demais classes. b ) O Estado, sob o olho racional da organização e da burocracia incorpora e consome as novas ideias (o lugar então ocupado pela burguesia no lugar da ordem feudal) que, por assim dizer, não o põem em perigo. c ) O poder passa a ser exercido pelo Estado que, por força de um processo de gestão longo e complexo, supera a luta de classes, extingue as classes sociais e adota uma linguagem própria das burocracias. d ) No contexto histórico, ocorre a passagem de uma política teológica (Deus é o centro do universo) para uma política ateológica ou ateia à frente da qual se coloca a burguesia. e ) Há uma convenção, à frente da qual se colocam o Estado e as organizações, para determinar o modo de relação entre o grupo dos administradores e administrados cada um dos quais de posse de um tipo de discurso que demarca o papel de cada um. Ver justificativa da resposta QUESTÃO 2 Pease e Pease (2005, p. 19) afirmam que a "linguagem do corpo é o reflexo externo do estado emocional da pessoa" e que existem três regras para a leitura da linguagem corporal. São elas: a ) Os gestos são impulsos nervosos e, em parte, mantêm a marca da personalidade do indivíduo, o que exige conhecer melhor o interlocutor para analisar maior precisão o significado do seu gesto; por isso, é preciso descrevê-los ou filmá-los se forem interpretados somente depois de sua realização; devem ser lidos no seu contexto. b ) Leia os gestos um a um; a coerência entre eles depende da relação entre o anterior e o posterior; o contexto influi pouco no significado dos gestos, pois eles são estruturas históricas com pouca ou nenhuma mudança ao longo do tempo. c ) O significado dos gestos muda de acordo com certas condicionantes; o significado dos gestos muda conforme a idade, sexo e classe social do indivíduo; o gesto pode frequentemente ter seu significado alterado, conforme a habilidade de disfarçá-los. d ) Os gestos possuem um e apenas um significado; por isso, é preciso descrevê-los ou filmá-los se forem interpretados somente depois de sua realização; devem ser lidos no seu contexto. e ) Leia os gestos em grupos; deve-se levar em conta a coerência entre palavras e gestos; o contexto é fator decisivo na leitura dos gestos. Ver justificativa da resposta QUESTÃO 3 Gracioso (1995, p. 66) destaca cinco temas recorrentes na propaganda institucional a partir da década de 1990. São eles: a ) Contribuição para o progresso social; corpo técnico; domínio de tecnologia. b ) Valorização do consumidor; ecologia; cidadania; ética nos negócios; a empresa como parceira. c ) Ética nos negócios; tradição; imagem de confiabilidade para a venda de ações da empresa. d ) Valorização do consumidor; ecologia; respeito ao funcionário; reconhecimento público. e ) Melhoria dos produtos; ações filantrópicas; solidez institucional, financeira e econômica. Ver justificativa da resposta QUESTÃO 4 Para Capriotti (2005), a imagem corporativa é uma estrutura mental cognitiva gerada em sucessivas experiências, diretas e indiretas, do público com a organização. São fatores característicos da imagem: a ) Caráter estrutural e efeitos duradouros; ações que "demonstram o cumprimento das promessas da marca"; constrói-se fora da organização. b ) Certo grau de abstração e subjetividade na percepção da imagem; constitui uma unidade de atributos sempre associados; transitória. c ) Caráter conjuntural e efeitos efêmeros; reconhecimento do comportamento; verificável empiricamente. d ) Sempre dependente da reputação; transitória; dependente do ponto de vista dos emissores e ) Alto grau de objetividade; construção histórica; atributos associados, configurando certo perfil. Ver justificativa da resposta QUESTÃO 5 Sobre ética e moral, é correto afirmar: a ) Os valores estabelecidos pela ética parecem ser sempre mais atuais do que aqueles reconhecidos pela moral. b ) Ética e moral projetam valores no tempo, como algo representativo de certa sociedade, porém, a moral demonstra maior preocupação em conservá-los em sua integridade. c ) É próprio da moral ser histórica, enquanto que a ética é a-histórica. d ) Embora sejam construções sociais, portanto, produto de intersubjetividades, os costumes, na ótica da moral e da ética, nunca deixam transparecer essa característica, consolidando seu caráter racionalizante. e ) Ambas as palavras remetem à ideia de costume, porém, enquanto a segunda, modernamente, ainda conserva o sentido original, como um conjunto de princípios, crenças e regras, a primeira identifica-se mais com uma reflexão crítica da moral. Ver justificativa da resposta QUESTÃO 6 De acordo com os postulados de Kunsch (2003) sobre a abrangência da Comunicação Organizacional (expressão equivalente à Comunicação Empresarial), os objetivos e objetos da subárea compreendida como Comunicação Administrativa são estes: a ) Cria e em seguida orienta nos diversos níveis da instituição as conexões indicadas no organograma, instrumento em que aquelas conexões ganham a forma de divisões e subdivisões administrativas no interior das quais ocorrem todas as modalidades de comunicação. O processo, por sua vez, lança mão de diferentes ferramentas, tais como folders, memorandos, e-mails, intranet, TV Corporativa etc.. b ) Conjunto de atividades, processos, programas - com o devido aparelhamento oferecido por diversas ferramentas - centrado no âmbito da organização. Ordena, coordena e organiza fluxos de comunicação formais e informais. c ) Conjunto de procedimentos cujo papel é o de estabelecer o posicionamento da organização no mercado e a partir disso alinhar as diversas estratégias da comunicação integrada de marketing, tais como vendas diretas, mídia interna e externa, marketing digital etc.. d ) É um operador da imagem, identidade e reputação da organização, uma vez que promove ações de cunho institucional dentro e fora da organização para o que conta com ferramentas que vão desde o quadro de aviso, a intranet, folhetos e revistas até a propaganda corporativa, institucional e mercadológica. e ) Opera no nível sistêmico, engajando funcionários nas várias atividades com a ajuda de canais tão variados como os setores, secções, departamentos, divisões etc.. Para tanto, conta com a ajuda de protocolos rigorosamente estabelecidos pela comunicação institucional, com destaque para estatutos, regimentos, manuais, código de ética etc. Ver justificativa da resposta QUESTÃO 7 A escuta é mais do que uma atitude ética, de educação e valorização do outro na empresa. Justamente por encarnar essas virtudes, a escuta se impõe como fator da gestão da comunicação. Somente a escuta proporciona, durante a comunicação, "ouvir o que não foi dito", ler nas entrelinhas, interpretar, como defende Peter Drucker. Nesse contexto, ela é um instrumento de análisedo clima organizacional que é a percepção coletiva que as pessoas formam da empresa. Se há uma abertura para a escuta é porque, concomitantemente, há uma demanda em relação a ela e, portanto, uma necessidade de manifestação por parte do outro ou o que se pode chamar de afirmação da voz desse outro. Marchington (2010) destaca que "a voz é um importante e necessário componente do sistema de RH e que para ser efetivo, em termos de percepção do empregado e performance, deve ser incorporado dentro da organização, visível no ambiente de trabalho e ser um espaço de expressão". A propósito dos obstáculos à comunicação relacionados abaixo, indique a opção em que o problema é causado conscientemente pela supressão da voz do outro como forma de manutenção do poder. (obstáculos, entre aspas abaixo, identificados pela Opinion Research Corp. International (ORCI) e citados por Matos (2009, p. 23-24). a ) Grupo habituado à prática do "nós-conosco", identificada no represamento de informações em alguma instância de comando da organização. Nesse caso, a informação, de significativa importância para os escalões elevados da organização, é retida estrategicamente, por algum tempo, para uso político (estratégico) do grupo. b ) "Os escalões gerenciais em geral já recebem a informação por 'filtros', o que acaba por favorecer a distorção sobre a realidade dos fatos". c ) "Muitos chefes retêm informações na pretensão de que com isso tornem-se mais importantes, transmitindo-as, muitas vezes, apenas quando as mesmas podem garantir-lhes prestígio junto aos subordinados. Acredita, dessa forma, que a 'confiabilidade' que atribuem às informações reforçam seu poder". d ) "Profissionais que mantêm 'distância' com os subordinados, inibindo-os à manifestação e, com isso, limitando as comunicações ao fluxo descendente". e ) "Escamoteação de informações para obter vantagens pessoais: não revelam informações que possam ser úteis a possíveis concorrentes". Ver justificativa da resposta QUESTÃO 8 Em uma empresa que pratica a comunicação descendente, os veículos internos de comunicação interna serão pautados a partir da perspectiva dos: a ) Empregados. b ) Stakeholderes. c ) Fornecedores. d ) Prestadores de serviço. e ) Diretores da empresa. Ver justificativa da resposta
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