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Copyright © 1966, ABNT–Associação Brasileira de Normas Técnicas Printed in Brazil/ Impresso no Brasil Todos os direitos reservados Sede: Rio de Janeiro Av. Treze de Maio, 13 - 28º andar CEP 20003-900 - Caixa Postal 1680 Rio de Janeiro - RJ Tel.: PABX (021) 210 -3122 Fax: (021) 220-1762/220-6436 Endereço Telegráfico: NORMATÉCNICA ABNT-Associação Brasileira de Normas Técnicas NB-98 DEZ 1966 Armazenamento e manuseio de líquidos inflamáveis e combustíveis Palavras-chave: Transporte de carga. Materiais perigosos. Símbolos 21 páginas Origem: ABNT - NB-98/1966 CB-09 - Comitê Brasileiro de Combustíveis CE-09:403.02 - Comissão de Estudo de Armazenamento de Combustíveis Líquidos NB-98 - Storage and handling of flammable liquids and fuel Descriptors: Cargo transport. Dangerous materials. Symbols SUMÁRIO 1 Objetivo 2 Campo de aplicação 3 Definições 4 Armazenamento em tanques 5 Armazenamento em recipientes fechados no interior de edifícios 6 Armazenamento de recipientes fechados fora de edifícios 7 Tubulações, válvulas e conexões 8 Depósitos de líquidos inflamáveis e combustíveis 9 Postos de serviço 10 Estabelecimentos comerciais e industriais 11 Unidades de processamento 12 Refinarias e instalações de manuseio e armaze- namento de petróleo bruto 1 Objetivo Esta Norma tem por objetivo reduzir os riscos inerentes ao armazenamento e manuseio dos líquidos inflamáveis e combustíveis a um grau compatível com a segurança do público. 2 Campo de aplicação 2.1 Esta Norma aplica-se a líquidos com ponto de fulgor inferior à 93,3oC(200oF) e a líquidos que, mesmo com ponto de fulgor superior a 93,3oC, apresentem as caracte- rísticas de líquidos de ponto de fulgor inferior, o que pode ocorrer quando os mesmos estiverem aquecidos. 2.2 Esta Norma não dispensa cuidados adicionais nos casos de líquidos (a) que possuam características de inflamabilidade fora do comum, (b) que sejam sujeitos a ignição espontânea quando expostos ao ar, (c) que sejam altamente reativos com outras substâncias, (d) que sejam sujeitos a decomposição explosiva ou (e) que possuam outras características especiais que evidenciem a necessidade de outras medidas além das requeridas nesta Norma. 2.3 Esta Norma não se aplica ao transporte de líquidos inflamáveis nem ao armazenamento, manuseio e uso de óleo combustível como parte de sistemas de queima- dores. Na ausência de norma brasileira cobrindo estes casos, podem ser adotados, respectivamente, a “Standard on Tank Vehicles for Flammable Liquids”, nº 385, da National Fire Protection Association, a "Standard for the Installation of Oil Burning Equipment., nº 31, da National Fire Protection Association, e o Code of Federal Regulations, da Interstate Commerce Comission do USA. 3 Definições Para os fins desta Norma, serão adotadas as seguintes definições: 3.1 Áreas de produção Áreas onde se localizam poços de petróleo. 3.2 Armazém de líquidos inflamáveis Construção destinada, exclusivamente, à armazenagem de recipientes de líquidos inflamáveis. Procedimento 2 NB-98/1966 3.3 Bico de abastecimento Dispositivo colocado na extremidade da tubulação flexível das unidades de abastecimento e próprio para descar- regar o líquido combustível dentro do tanque do com- bustível do motor do veículo. 3.4 Bico de carregamento Dispositivo colocado na extremidade de sistemas de enchimento de tanque de veículos transportadores de líquidos inflamáveis. 3.5 Instalações industriais Instalações que não se enquadram como depósitos, pos- tos de serviço ou refinarias, mas, onde líquidos inflamá- veis são armazenados e processados. 3.6 Junção ou conexão Ponto de ligação entre tubulações. 3.7 Latões de segurança Recipientes especiais com alça, para transporte, de cerca de 20 litros de capacidade, feitos de chapa de aço, com bicos de descarga com tampa hermética, mantida fechada por uma mola; esta tampa pode ser conservada aberta, por meio de alavanca apropriada. (Para maiores detalhes, veja Handbook of Fire Protection, da National Fire Protection Association). 3.8 Líquido combustível Qualquer líquido que possua ponto de fulgor igual ou superior a 60oC (140oF) e inferior a 93,3oC (200oF). Os líquidos combustíveis serão chamados da classe III. Nota: O limite superior de 93,3oC (200oF) é dado, porque esta Norma não se aplica a líquidos com ponto de fulgor superior a 93,3oC (200oF). Isto não significa que líquidos com ponto de fulgor superior a 93,3oC (200oF) sejam não combustíveis. 3.9 Líquido inflamável Qualquer líquido que tenha ponto de fulgor inferior a 60oC (140oF) e tensão de vapor que não exceda 2,8 kg/cm2 (401b/pol2), absoluta, a 37,7oC (100oF). Os líquidos infla- máveis dividem-se em duas classes. Na classe I estão incluídos os líquidos inflamáveis com ponto de fulgor inferior a 37,7oC (100oF) e são subdivididos como se- gue: Classe I-A inclui os que têm ponto de fulgor abaixo de 22,7oC (73oF) e ponto de ebulição abaixo de 37,7oC (100oF). Classe I-B inclui os que têm ponto de fulgor abaixo de 22,7oC (73oF) e ponto de ebulição igual ou superior a 37,7oC (100oF). Classe I-C inclui os que têm ponto de fulgor igual ou superior a 22,7oC (73oF) e inferior a 37,7oC (100oF). Na classe II estão incluídos os líquidos inflamáveis com ponto de fulgor igual ou superior a 37,7oC (100oF) e inferior a 60oC (140oF). Nota: Os líquidos com ponto de fulgor igual ou superior a 22,7oC (73oF), em tambores e outros recipientes portáteis, fechados, que não ultrapassem capacidade individual de 250 L, não são considerados líquidos combustíveis, nem inflamáveis, para efeito desta Norma. A volatilidade dos líquidos aumenta com a temperatura; quando aquecidos acima do seu ponto de fulgor, os líquidos das Classes II e III, estarão sujeitos aos requisitos desta Norma, como líquidos das Classe I ou II, respecti- vamente. Esta Norma também se aplica a líquidos de ponto de fulgor acima de 93,3oC (200oF), desde que sejam aquecidos acima do seu ponto de fulgor, quando serão considerados líquidos da Classe III. 3.10 Líquido instável (Reativo) Qualquer líquido, puro ou em forma comercial, como é produzido ou transportado, que se polimerize, decom- ponha ou condense, violentamente, ou que se torne auto- reativo, sob condições de choque, pressão ou tempe- ratura. 3.11 Locais de risco Áreas nas quais poderá haver risco decorrente da libe- ração normal ou normal de líquidos inflamáveis, vapores ou gases inflamáveis. 3.12 Ponto de fulgor e Métodos Ponto de fulgor de um líquido é a menor temperatura na qual o mesmo libera uma quantidade de vapor suficiente para formar uma mistura inflamável com o ar, perto da superfície do líquido ou dentro do recipiente usado, de acordo com o procedimento de teste e a aparelhagem especificada abaixo. O ponto de fulgor dos líquidos que possuem ponto de fulgor igual ou inferior a 79oC (174oF), exceto os óleos combustíveis e certos materiais viscosos, é determinado de acordo com a MB-42. O ponto de fulgor dos líquidos que possuem ponto de fulgor superior a 79oC (174oF), exceto os óleos combustíveis, é determi- nado de acordo com a MB-50. O ponto de fulgor dos óleos combustíveis e certos materiais viscosos com ponto de fulgor igual ou inferior a 79oC (174oF), é determinado de acordo com a MB-48. 3.13 Posto de serviço Local público onde são abastecidos os tanques de combustível de motores de veículos. 3.14 Recipiente Qualquer lata, balde, barril, tambor ou tanque portátil, com capacidade individual máxima de 250 L; excetuam- se tanques estáticos ou veículo-tanque. 3.15 Refinaria Unidade industrial na qual são produzidos líquidos infla- máveis, em escala comercial, a partir de petróleo, ga- solina natural ou outras fontes de hidrocarbonetos. 3.16 Respiradouro Dispositivo existente nos tanques de líquidos inflamáveis, destinado à passagem dos vapores ou do ar, motivada pelas variações de volume ou de pressão da camada gasosa acima da superfície do líquido. NB-98/1966 3 3.17 Respiradouros de pressão e vácuo Respiradouros que se abrem somente quando sub- metidosa pressões ou vácuos fora dos limites de trabalho do tanque. 3.18 Rótulo Indicação escrita, fixada em local visível na parede de um recipiente, relacionada com a natureza do produto contido no recipiente. 3.19 Sistema de carregamento Dispositivo para o abastecimento de tanques de com- bustível de motores de veículos, que engloba uma ou mais unidades de abastecimento. 3.20 Tambor Recipiente portátil, cilíndrico, feito de chapa metálica, com capacidade máxima de 250 L. 3.21 Tanque Construção destinada ao armazenamento de líquidos, com capacidade superior a 250 L. Define-se, a seguir , os tipos principais. (Ver NB-89). - Vertical é o de forma cilíndrica, apoiado por uma das bases. - Horizontal é o de forma cilíndrica, apoiado pelo costado. - Atmosférico é o que opera sujeito a pressões compreendidas entre a atmosférica e a de 3,5 cm de coluna d’água acima da atmosférica. - De baixa pressão é o que opera sujeito a pressões superiores a 3,5 cm de coluna d’água acima da atmosférica e não superiores a duas atmosferas absolutas. - De produção é o utilizado em áreas de produção. - De superfície é o que tem a base apoiada direta- mente sobre a superfície do solo. - Enterrado é o que está sob a superfície do solo e direta e totalmente envolvido por terra. - Encerrado é o que está localizado isolado, dentro de compartimento especial. - Interno é o localizado no interior de edifícios. - Elevado é o que está aparado sobre uma es- trutura acima da superfície do solo. 3.22 Unidade de abastecimento Aparelho utilizado para o abastecimento de tanques de combustível de motores de veículos e que consiste, no mínimo, em um dispositivo de medição de volume e um dispositivo de descarregar , provido de bico de abaste- cimento. 3.23 Unidade de processamento Estabelecimento ou parte de estabelecimento cujo obje- tivo principal é o de misturar, aquecer, separar ou pro- cessar, de outra forma, líquidos inflamáveis. Nesta defi- nição não estão incluídas as refinarias,destilarias ou uni- dades químicas. 3.24 Vagão-tanque Veículo ferroviário destinado ao transporte de líquidos inflamáveis a granel. 4 Armazenamento em tanques 4.1 Projeto e construção de tanques 4.1.1 Os tanques serão construídos de aço ou concreto, a menos que as características do líquido requeiram outro material. Tanques construídos de outro material que não aço, deverão ter fatores de segurança equivalentes aos especificados para os tanques de aço. Tanques de aço deverão ser construídos de acordo com as especificações dos itens seguintes. 4.1.2 Os tanques atmosféricos, soldados, deverão ser construídos de acordo com a NB-89, e os tanques atmos- féricos rebitados, na ausência de normas brasileiras, deverão ser construídos de acordo com a Norma API Standard nº 12-A, do American Petroleum Institute. 4.1.3 Tanques de baixa pressão, na ausência de normas brasileiras, deverão ser construídos de acordo com a Norma API Standard nº 620, 1a Edição, fevereiro de 1956 e adendo de fevereiro de 1958. 4.1.4 Tanques de produção não excedendo a 470.000 L (124.000 galões) de capacidade individual, quando usados para armazenamento de petróleo cru, em áreas de produção, na ausência de norma brasileira, poderão ser construídos de acordo com a Norma API Standard nº 12-B, Especificações Tanques de Produção (Parafu- sados). 4.1.5 Tanques de superfície construídos em oficinas. 4.1.5.1 Tanques verticais inferiores a 4.100 L de capaci- dade, terão as especificações mínimas seguintes: Capacidade em Espessura da chapa (L) em mm Acima de 250 até 1.300 1,58 Acima de 1.300 até 2.100 1,98 Acima de 2.100 até 4.100 2,78 4 NB-98/1966 4.1.5.2 Os tetos deverão ser abaulados ou cônicos e construídos de aço com espessura mínima de 3,57 mm. Os tanques deverão ser soldados de acordo com a NB-89 ou rebitados e calefetados ou tornados estanques, de forma igualmente eficiente. O teto do tanque será se- guro, firmemente, ao anel superior da parede, de forma que esta junta tenha a mesma impermeabilidade das ligações entre os anéis. A junta entre a parede e o teto deverá ser mais fraca do que qualquer outra da parede do tanque. Juntas no teto serão soldadas ou rebitadas ou tornadas estanques, por outro processo considerado satisfatório, pela autoridade competente. Todas as aberturas no teto deverão ter proteção. Tanques verticais com capacidade superior a 4.100 L deverão obedecer às especificações da NB-89. 4.1.5.3 Tanques horizontais com capacidade inferior a 4.100 L deverão ser construídos de acordo com o se- guinte: as juntas deverão ser rebitadas e calafetadas, rebitadas e soldadas, ou soldadas. As extremidades dos tanques de diâmetro superior a 1,80 m, deverão ser convexas. As chapas das paredes deverão obedecer às especificações mínimas seguintes: Capacidade em Espessura da chapa (L) em mm Acima de 250 até 1.300 1,98 Acima de 1.300 até 2.100 2,78 Acima de 2.100 até 4.100 3,57 Tanques com diâmetro não superior a 1,80 m deverão ter parede com espessura, no mínimo, igual a 4,8 mm. Tanques de diâmetro superior a 1,80 m, mas não superior a 3,60 m, deverão ter parede com espessura, no mínimo, igual a 6,35 mm. 4.1.6 Tanques enterrados ou encerrados no interior de edifícios deverão ser projetados e construídos de acordo com as especificações mínimas seguintes: Capacidade em Espessura da chapa (L) em mm Acima de 250 até 1000 1,98 Acima de 1.000 até 2.100 2,78 Acima de 2.100 até 4.000 3,57 Acima de 4.000 até 15.000 4,76 Acima de 15.000 até 45.000 6,35 Acima de 45.000 até 75.000 7,94 Acima de 75.000 até 113.000 9,52 4.1.7 Tanques internos, usados para líquidos das Classes I-C, II e III, deverão ter sua capacidade não superior a 1.000 L, podendo ser cilíndricos ou de formato especial, resistentes, com as seguintes especificações mínimas: Capacidade em Espessura da chapa (L) em mm 250 a 1.000 1,98 4.1.8 Tanques de concreto, sem revestimento, deverão ser usados somente para o armazenamento de líquidos inflamáveis com densidade de 40 graus API ou mais pesados. Tanques de concreto, com revestimentos es- peciais, poderão ser usados para outros líquidos infla- máveis, desde que tenham sido aprovados pela auto- ridade competente. 4.2 Instalação externa de tanques de superfície 4.2.1 Localização com respeito às propriedades adjacentes. 4.2.1.1 Todo tanque de superfície, usado para o arma- zenamento de líquidos inflamáveis ou combustíveis (exceto os sujeitos a ebulição eruptiva e líquidos instáveis), operando a pressões iguais ou inferiores a 0,175 kg/cm2 manométricas (2,5 psig) ou equipado com respiradouros de emergência, que não permitam que a pressão ultra- passe aqueles limites, deverá ser localizado de acordo com a Tabela 1. NB-98/1966 5 Tabela 1 Distância mínima à linha Distância mínima às vias Tipo de tanque Sistema de proteção de divisa da propriedade públicas adjacente Metade do diâmetro do tanque, 1/6 do diâmetro do tanque, Proteção contra exposição* mas sem necessidade de ser mas sem necessidade de maior do que 28 m ser maior do que 9 m Tanque de teto flutuante Diâmetro do tanque, mas sem 1/6 do diâmetro do tanque, Nenhuma necessidade de ser maior do mas sem necessidade de que 54 m ser maior do que 9 m Metade do diâmetro do tanque, 1/6 do diâmetro do tanque, Sistema de espuma ou sem necessidade de ser maior mas sem necessidade de inertização do que 28 m, mas nunca ser superior a 9 m mas inferior a 1,5 m nunca inferior a 1,5 m Diâmetro do tanque, mas sem 1/3 do diâmetro do tanque, Vertical com junção do teto Proteção contra exposição* necessidade de ser maior do mas sem necessidade de com o costado mais fraco que 54 m ser maior do que 18 m Dois diâmetros do tanque, mas 1/3 do diâmetro do tanque, Nenhuma sem necessidade de sermas sem necessidade de superior a 100 m ser maior do que 18 m Metade do exigido na Tabela Metade do exigido na Tabela Horizontais e verticais com Sistema de espuma ou 5, mas nunca menos do que 5, mas nunca menos do respiradouros de emergência inertização 1,5 m que 1,5 m que impeçam que a pressão ultrapasse a 0,17 kg/cm2 Proteção contra exposição* As mesmas da Tabela 5 As mesmas da Tabela 5 (2,5 psig) Nenhuma Duas vezes as da Tabela 5 As mesmas da Tabela 5 * Entende-se por proteção contra exposição, um sistema de proteção às estruturas ou construções em propriedades adjacentes aos tanques. As estruturas ou construções que estiverem dentro da órbita de proteção de um sistema público (Corpo de Bombeiros) de proteção contra incêndios, serão, também, consideradas como protegidas contra exposição. Nota: Na ausência de norma brasileira, adotam-se as Normas da NFPA nºs 11, 12, 13, 15, 16 e 17, respectivamente, para sistemas de espuma, sistemas de águas e outros. 4.2.1.2 Todo tanque de superfícies usado para o arma- zenamento de líquidos inflamáveis ou combustíveis (exceto os sujeitos a ebulição eruptiva e líquidos instáveis) operando a pressões superiores a 0,175 kg/cm2 mano- métricas (2,5 psig) ou equipado com respiradouros de emergência que permitam pressões superiores às men- cionadas, anteriormente, deverá ser localizado de acordo com a Tabela 2. 4.2.1.3 Todo tanque de superfície utilizado para arma- zenamento de líquidos inflamáveis ou combustíveis su- jeitos a ebulição eruptiva, deverá ser localizado de acordo com a Tabela 3. 4.2.1.4 Todo tanque de superfície utilizado para o arma- zenamento de líquidos instáveis, deverá ser localizado de acordo com a Tabela 4. Distância mínima do tanque Distância mínima do tanque Tipo de tanque Proteção à linha de divisa da às vias públicas propriedade adjacente Proteção contra Uma e meia vezes as distâncias Uma e meia vezes as distâncias exposição da Tabela 5, mas nunca inferior da Tabela 5, mas nunca inferior a 7,5 m a 7,5 m Qualquer tipo Uma e meia vezes as distâncias Três vezes as distâncias da Nenhuma da Tabela 5, mas Tabela 5, mas nunca inferior nunca inferior a 7,5 m a 15 m Tabela 2 6 NB-98/1966 Tabela 3 Distância mínima do tanque Distância mínima do tanque Tipo de tanque Proteção à linha de divisa da propriedade às vias públicas adjacente Proteção contra exposição Diâmetro do tanque, mas 1/3 do diâmetro do tanque, mas sem precisar exceder 54 m sem exceder 18 m Tanque de teto flutuante Duas vezes o diâmetro do 1/3 do diâmetro do tanque, mas Nenhuma tanque, mas sem precisar sem precisar exceder 18 m exceder 100 m Sistema de espuma ou Diâmetro do tanque, mas 1/3 do diâmetro do tanque, mas inertização sem precisar exceder 54 m sem precisar exceder 18 m Proteção contra Duas vezes o diâmetro do 2/3 do diâmetro do tanque, mas Tanque de teto fixo exposição tanque, mas sem precisar sem precisar exceder 35 m exceder 100 m Quatro vezes o diâmetro do 2/3 do diâmetro do tanque, mas Nenhuma tanque, mas sem precisar sem precisar exceder 35 m exceder 100 m Distância mínima do tanque Distância mínima do tanque Tipo de tanque Proteção à linha de divisa da propriedade às vias públicas adjacente Neblina de água ou As mesmas distâncias da Tabela Nunca menos de 7,5 m inertizado ou isolado e 5, mas nunca menos de 7,5 m resfriado ou barricadas Duas vezes e meia a distância Proteção contra exposição da Tabela 5, mas nunca menos Nunca menos de 15 m de 15 m Cinco vezes a distância da Nenhuma Tabela 5, mas nunca Nunca menos de 30 m menos de 30 m Neblina de água ou Duas vezes a distância da Tabela Nunca menos de 15 m inertizado ou isolado e 5, mas nunca menos de 15 m resfriado ou barricadas Proteção contra Quatro vezes a distância da exposição Tabela 5, mas nunca menos de Nunca menos de 30 m 30 m Oito vezes a distância da Nenhuma Tabela 5, mas nunca menos de Nunca menos de 45 m 45 m Horizontal ou vertical com respiradouros de emergência que impeçam pressões superiores a 0,175 kg/cm2 manométricas (2,5 psig ) Horizontal ou vertical com respiradouros de emergência que permitam pressões superiores a 0,175 kg/cm2 manométricas (2,5 psig ) Tabela 4 NB-98/1966 7 Tabela 5 Capacidade do tanque (litros) Distância mínima do tanque à linha de Distância mínima do tanque às divisa da propriedade adjacente vias públicas Acima de 250 até 1.000 1,5 m 1,5 m Acima de 1.001 até 2.800 3 m 1,5 m Acima de 2.801 até 45.000 4,5 m 1,5 m Acima de 45.001 até 110.000 6 m 1,5 m Acima de 110.001 até 200.000 9 m 3 m Acima de 200.001 até 400.000 15 m 4,5 m Acima de 400.001 até 2.000.000 25 m 7,5 m Acima de 2.000.001 até 4.000.000 30 m 10,5 m Acima de 4.000.001 até 7.500.000 40 m 13,5 m Acima de 7.500.001 até 10.000.000 50 m 16,5 m Acima de 10.000.001 ou mais 52,5 m 18 m 4.2.1.5 Onde duas instalações de tanques de proprietários diferentes tenham uma divisa comum, a autoridade com- petente pode, com o consentimento escrito dos proprie- tários das duas partes, substituir as distâncias previstas no item 4.2.1, pelas distâncias mínimas estabelecidas no item 4.2.2. 4.2.2 Para o espaçamento entre tanques, deverão ser usados os seguintes critérios: 4.2.2.1 A distância entre dois tanques de armazenamento de líquidos inflamáveis, combustíveis e instáveis, não será inferior a 1 m. 4.2.2.2 Exceção feita ao previsto nos parágrafos 4.2.2.3 a 4.2.2.5 inclusive, a distância entre dois tanques adja- centes não deverá ser inferior a um sexto (1/6) da soma dos seus diâmetros, exceto quando o diâmetro de um tanque é menos do que a metade do diâmetro do tanque adjacente; nesses casos, a distância não deverá ser inferior à metade do diâmetro do tanque menor. 4.2.2.3 A distância entre tanques contendo petróleo cru, em áreas de produção, com capacidade individual su- perior a 480.000 L, não deverá ser inferior à metade do diâmetro do tanque menor. 4.2.2.4 O espaçamento mínimo entre um tanque de gás de petróleo e um tanque de líquido inflamável deverá ser de 6 m. Deverão ser adotados meios adequados, como diques, guias ou valas, para evitar a possibilidade do acúmulo de líquidos inflamáveis sob os tanques de gás de petróleo. Quando os tanques de líquidos inflamáveis possuem diques, os tanques de gás de petróleo deverão estar fora da área interna aos diques e, no mínimo, a 3 m de distância da linha de centro dos diques. Constitui exce- ção a esta exigência, o caso de tanques de gás de petró- leo de 500 L de capacidade, ou menos, instalados adja- centes a tanques de líquidos da Classe III, de 1.000 L de capacidade ou menos. 4.2.2.5 A distância entre tanques contendo líquidos instá- veis ou entre tanques contendo líquidos instáveis e líquidos inflamáveis ou combustíveis, não deverá ser in- ferior à metade da soma dos seus diâmetros. 4.3 Respiradouros 4.3.1 Respiração normal 4.3.1.1 Os tanques atmosféricos deverão ter respiradou- ros com capacidade suficiente para permitir o seu en- chimento e esvaziamento, mais a sua respiração pro- veniente de variações de temperatura e pressão, sem deformação da parede ou do teto. 4.3.1.2 Tanques armazenando líquidos inflamáveis das Classes I e II deverão ser equipados com respiradouros de pressão e vácuo ou com corta-chama aprovado, exce- ção feita aos casos do item 4.3.1.3, a seguir. 4.3.1.3 Tanques com capacidade igual ou inferior a 100.000 L para líquidos inflamáveis da Classe I e tanques comcapacidade inferior a 480.000 L para petróleo cru, em áreas de produção, podem ter respiradouros abertos. 4.3.2 Descarga de emergência 4.3.2.1 Todos os tanques de superfície deverão ter algum dispositivo que libere pressões internas excessivas (cau- sadas, principalmente, por exposição a incêndio), que possam ocasionar a ruptura da parede ou do fundo do tanque. 4.3.2.2 Em tanque vertical, este dispositivo poderá ser uma junta do teto enfraquecida. A junção entre o teto e a parede de um tanque de diâmetro igual ou superior a 11 m, se projetado e construído como tanque atmosférico de armazenamento, de acordo com o item 4.1, deverá ser enfraquecida para este fim. 4.3.2.3 Quando, para a descarga de emergência, em vez de uma junção fraca, depender-se inteiramente de um dispositivo de emergência, a capacidade total do res- piradouro normal e do de emergência deve ser suficiente 8 NB-98/1966 para evitar a ruptura da parede ou do teto do tanque, se o tanque for vertical, e da parede e das extremidades do tanque, se o tanque for horizontal. Tais dispositivos podem ser uma “porta de visita” de auto fechamento ou uma que use parafusos longos que permitam sua elevação, sob pressão interna, ou um respiradouro ou válvula de escape adicional de maior capacidade. Para se com- putar a quantidade e a área de tais respiradouros e dispo- sitivos de descarga de emergência, pode-se usar a Ta- bela 16. 4.3.3 A saída de todos os respiradouros e drenos de res- piradouros de tanques deve ser disposta de forma a não permitir o aquecimento localizado de nenhuma parte do tanque, na eventualidade de se incendiarem os vapores liberados por estes respiradouros. Nota: A condensação, a corrosividade e a cristalização de certos produtos e a congelação, no inverno, podem tornar impraticável o uso de respiradouros do tipo conservação e, particularmente, os corta-chamas, para alguns produtos ou em climas muito frios. Quando os líquidos armazenados tiverem ponto de fulgor na vizinhança das temperaturas médias do ambiente, no verão, o espaço de vapor acima da superfície do líquido no tanque conterá, normalmente, misturas explosivas. Nestes casos, o uso dos corta-chamas têm a sua maior justificativa. 4.4 Diques e muros 4.4.1 Tanques ou grupos de tanques contendo petróleo cru deverão ser circundados por diques ou por outro meio, para evitar que, na eventualidade de uma descarga do líquido, este venha a alcançar locais adjacentes ou cursos d’água, mares ou lagos. Onde de acordo com este pará- grafo, for exigida área cercada por dique, esta terá a ca- pacidade volumétrica, no mínimo, igual à do tanque ou do grupo de tanques que contiver, podendo ser deduzido o volume dos tanques abaixo da altura do dique. Nota: Certos produtos não derivados de petróleo, manuseados em usinas químicas e por processos especiais, podem ter Tabela 6 - Capacidade total de escape requerida para os respiradouros Capacidade do tanque Capacidade mínima de Diâmetro mínimo, em cm, das aberturas circulares livres a escape em metros diversas pressões Litros Galões Barris cúbicos por hora 7,6 cm de água 0,068 atm 0,170 atm 0,35 atm 3.700 1.000 23,8 89 10 ( 4) 6,35 ( 2 1/2) 5,1 ( 2) 3,8 ( 1 1/2) 15.000 4.000 95,2 244 17,2 ( 6 3/4) 9,5 ( 3 3/4) 7,6 ( 2) 6,3 ( 2 1/2) 70.000 18.000 428 490 24,0 ( 9 1/2 ) 14 ( 5 1/2) 10,7 ( 4 1/4) 9,5 ( 3 3/4) 95.000 25.000 595 585 26,5 (10 1/4) 15,3 ( 6 ) 12,0 ( 4 3/4) 10 ( 4 ) 210.000 56.000 1.330 890 32,4 (12 3/4) 18,4 ( 7 1/4) 14,6 ( 5 3/4) 12,7 ( 5) 370.000 100.000 2.380 1.280 38,8 (15 1/4) 22,2 (8 3/4) 17,8 ( 7) 15,3 ( 6) 600.000 155.000 3.690 1.610 43,8 (17 1/4) 24,8 (9 3/4) 19,7 ( 7 3/4) 16,5 ( 6 1/2) 850.000 222.000 5.290 1.840 46,5 (18 1/4) 26,7 (10 1/2) 21 ( 8 1/4) 17,8 ( 7) 1.800.000 475.000 11.300 2.190 51 (20) 28,6 (11 1/4) 22,9 ( 9) 19,7 ( 7 3/4) 2.800.000 735.000 17.500 2.280 51 (20) 29,8 (11 1/2) 23,5 (9 1/4) 19,7 ( 7 3/4) ilimitada 2.280 51 (20) 29,8 (11 1/2) 23,5 (9 1/4) 19,7 ( 7 3/4) Notas: a) Equipamento para ventilação normal pode servir como escape de emergência, desde que tenha capacidade, dentro dos limites de pressão fixados pela tabela acima. A responsabilidade da escolha da pressão limite recai sobre a Companhia Seguradora. b) Os números entre parênteses correspondem às mesmas medidas, em polegadas. características de ebulição eruptiva (boil-over) semelhante, de alguma forma, às do petróleo. 4.4.2 Em razão da proximidade de cursos d’ água, mares, lagos, ou vias públicas, das características topográficas e da proximidade de estruturas ou de habitações, será exigido o encerramento de um tanque ou de grupo de tanques contendo líquidos inflamáveis, que não petróleo cru, ou líquidos instáveis, em diques, ou poderá se exigir que a área seja cercada por valas ou outro meio que evi- te a possibilidade de líquido derramado vir a atingir pro- priedades adjacentes ou cursos d’água, lagos ou mares. Onde, neste item, se exigir o cercamento, por diques, a capacidade volumétrica da área encerrada pelos diques deverá ser, no mínimo, igual à capacidade do maior tanque encerrado nesta área, mais 10% da capacidade total dos demais tanques. 4.4.3 Exceto quando existir proteção topográfica natural, os diques ou muros de retenção exigidos nestes itens, deverão ser de terra, de chapas de aço, de concreto ou de alvenaria maciça, herméticos e deverão suportar a pressão hidráulica do dique cheio de líquido. Os diques de terra, de 1 metro ou mais, deverão ter seção de coroa- mento de, no mínimo, 0,60 m de largura. O talude deverá ter inclinação de acordo com o ângulo de equilíbrio do material com que os diques forem construídos. A altura dos diques deverá se restringir a, no máximo, dois metros da cota do terreno interno. A menos que se disponha de meio para a extinção de incêndio em qualquer dos tan- ques contendo petróleo cru, os diques e muros cercando estes deverão possuir, no seu topo, um dispositivo pro- jetado para escorar a onda provocada por uma ebulição eruptiva, desde que o tanque encerrado não possua teto flutuante aprovado. NB-98/1966 9 4.4.4 Quando as áreas encerradas pelos diques possuem drenos para escoamento das águas fluviais, estes de- verão, normalmente, permanecer fechados e devem ser projetados de forma a não permitir a contaminação, por líquidos inflamáveis, de mananciais, esgotos públicos ou sistemas de drenagens públicas. Quando o controle de drenagem é feito por meio de bombas, estas não deverão ser de partida automática. 4.4.5 Não será permitida, na área interna aos diques, a existência de material combustível abandonado ou de tambores cheios ou vazios. 4.4.6 Os tanques destinados ao armazenamento de óleo lubrificante não necessitam de bacia de proteção. 4.5 Fundações e suportes 4.5.1 Os tanques deverão ser apoiados diretamente sobre o chão ou em fundações ou suportes de concreto armado, alvenaria ou aço. Os suportes de aço deverão ser prote- gidos contra exposição a incêndios, por materiais re- sistentes ao fogo, de forma a lhes dar resistência contra fogo de, pelo menos, duas horas. 4.6 Ancoragem 4.6.1Na ausência de normas brasileiras sobre o assunto, deverá ser utilizada a norma americana da NFPA, nº 30-A "Protection of Tanks Containig Flammable Liquids in Locations That May be Flooded". 4.7 Escadas, plataformas e passadiços 4.7.1 As escadas, plataformas e passadiços deverão ser de aço ou concreto. 4.8 Válvulas de controle 4.8.1 Nos tanques de armazenamento de líquidos inflamáveis, todas as conexões localizadas abaixo do nível normal do líquido, devem possuir válvula de controle, colocada o mais próximo possível da parede do tanque. Exceto para o caso de incompatibilidade química do lí- quido inflamável para o aço, as válvulas e suas conexões com o tanque deverão ser de aço. 4.9 Instalações de tanques enterrados 4.9.1 Localização Tanques enterrados ou tanques sob edifícios, com respeito às fundações ou suportes de edifícios existentes, deverão ser localizados de forma que as cargas das fun- dações ou dos suportes não sejam transmitidas ao tan- que. A distância de qualquer parte dos tanques arma- zenando líquidos da Classe I à parede mais próxima de um alicerce, poço ou porão, deverá ser, no mínimo, de 0,30 m, e à divisa de outra propriedade na qual possa vir a erguer-se um edifício, deverá ser, no mínimo, de 1 metro. A distância de qualquer parte de um tanque arma- zenando líquidos das Classes I e III à parede mais pró- xima de um alicerce, poço ou porão, ou à divisa de outra propriedade, deverá ser, no mínimo, de 0,30 m. 4.9.2 Profundidade e cobertura Escavações para a instalação de tanques de arma- zenamento enterrado deverão ser feitas, com todo cui- dado, para evitar-se o solapamento de estruturas exis- tentes. Os tanques enterrados deverão ser assentados sobre fundações firmes e cercados por terra ou areia bem prensada no lugar. Os tanques deverão ser re- cobertos com uma camada de terra de, no mínimo, 0,60 m de espessura ou com uma camada de terra de 0,30 m de espessura sobre a qual se deverá colocar uma laje de concreto armado de, no mínimo, 0,10 m de espessura. Em locais onde os tanques enterrados estão ou possam vir a estar sob áreas sujeitas ao tráfego, estes deverão ser protegidos contra danos, por uma cobertura de terra de 1 m de espessura ou por 0,45 m de terra bem socada mais 0,15 m de concreto armado, ou por 0,45 m de terra bem socada mais 0,20 m de concreto asfáltico. Quando concreto armado ou concreto asfáltico são usa- dos como pavimentação, esta deverá estender-se, hori- zontalmente, 0,30 m além dos limites do tanque, em to- das as direções. 4.9.3 Respiradouros a)Tubulações de respiradouros de tanques enter- rados que armazenem líquidos da Classe I deverão ser localizadas de forma que o ponto de descarga fique externo a edifícios e mais alto do que linhas de enchimento e, pelo menos, 3,50 m acima do nível do terreno circundante. Os tubos dos respiradouros descarregarão, somente, para cima ou horizontalmente (nunca para baixo), de forma e dispersar os vapores. Tubos de respiradou- ros de diâmetro nominal, interno, igual ou inferior a 5 cm, não deverão ser obstruídos por dispo- sitivos que reduzam sua capacidade, causando pressões internas. As saídas dos tubos dos respi- radouros devem ser localizadas de forma a impedir que os gases delas provenientes entrem em edifícios ou sejam aprisionados em beirais ou outras obstruções. Se o tubo do respiradouro tiver menos de 3 m de comprimento ou mais de 5 cm de diâmetro interno nominal, o ponto de descarga deverá possuir dispositivo de escape de pressão e vácuo ou corta-chamas aprovado. Em nenhum caso o corta-chamas poderá distar mais que 4,5 m do ponto de descarga do tubo do respiradouro. É permitida a utilização de capuz ou chapéu, com altura conveniente para impedir a entrada de objetos estranhos. b)Tubos dos respiradouros dos tanques de armaze- namento de líquidos das Classes II e III deverão terminar em local externo a edifícios e mais alto do que a entrada das linhas de enchimento. O ponto de descarga pode possuir curva, tela de malha grossa ou outro dispositivo para evitar a entrada de material estranho. c) Cada tanque deverá possuir tubos de respiradou- ros de diâmetro suficiente para impedir retorno de vapores ou líquidos pela linha de enchimento, quando o tanque estiver sendo enchido. Estes tubos não deverão ter diâmetros internos nominais inferiores a 3 cm. 10 NB-98/1966 d)Os tubos dos respiradouros deverão ser montados sem pontos baixos onde possa acumular líquido e de modo a drenar para dentro do tanque. Devem ser localizados de forma a estarem livres da possibilidade de avarias. Tanques contendo líquidos inflamáveis da mesma classe podem ter os tubos de seus respiradouros ligados a uma descarga comum. Nesses casos, o tubo de descarga comum deverá ter diâmetro com di- mensão acima do maior tubo de respiradouro a ele ligado. Em nenhum caso, o ponto de conexão entre os tubos de respiradouros deverá ser em nível inferior a qualquer entrada de enchimento. A parte inferior do tubo respiradouro deverá entrar na parte mais alta do tanque. 4.9.4 As linhas de enchimento e de descarga para os tanques enterrados de líquidos da Classe I-C, da Classe II-C e da Classe III deverão entrar no tanque somente pelo topo e para os líquidos das classes I-B e I-C, exceto óleo cru, gasolinas e asfaltos, a linha de enchimento deverá prolongar-se até 20 cm acima do fundo do tanque. 4.9.5 O bico de enchimento da linha de enchimento de- verá ser localizado fora dos edifícios. Para o arma- zenamento de líquidos inflamáveis das Classes I e II, a extremidade da linha de enchimento deverá distar, no mínimo, 1,50 m de qualquer entrada ou abertura de edifícios ou porões. Para líquidos da Classe III, a extremidade da linha de enchimento deverá distar, no mínimo, de 0,60 m de qualquer entrada ou abertura de edifícios ou porões. A extremidade de carregamento, quando não em uso, deve ser fechada hermeticamente. Extremidades de carregamento, para receberem de vagões ou caminhões tanques, deverão ser de diâmetro compatível com as conexões de descarga desses veí- culos. 4.9.6 As bocas de medição deverão possuir tampa her- mética. No armazenamento de líquidos da Classe I e da Classe II, dentro de edifícios, estas bocas deverão possuir dispositivo como válvula de retenção ou outros, de forma a evitar o escape de vapores ou líquidos. 4.9.7 Ancoragem – Na ausência de norma brasileira deve- se aplicar o Standard nº 30-A, da NFPA, sobre anco- ragem de tanque, sempre que os mesmos forem ins- talados em locais sujeitos a inundações ou a elevação do nível de água do lençol freático. 4.10 Instalação de tanques no interior de edifícios 4.10.1 Tanques para o armazenamento de líquidos infla- máveis da Classe I só deverão ser instalados no interior de edifícios de acordo com as seções 9 e 10. Tanques para o armazenamento de líquidos inflamáveis da Clas- se I podem ser instalados, no interior de edifícios, sob a forma de tanques enterrados, de acordo com o item 4.9. 4.10.2 Líquidos da Classe II e da Classe III: a) Nenhum tanque que não seja enterrado pode ser localizado à distância horizontal inferior a 1,50 m de qualquer chama. b) Tanques com capacidade superior a 250 L deverão ser instalados no pavimento mais baixo, no porão, se existir, a menos que sejam locali- zados em instalações industriais e comerciais, cujo processamento de outra forma o exigir. c) Tanques não enterrados, com capacidade individual superior a 1.000 L ou tanques não enterrados com capacidade coletiva superior a 4.000 L, num mesmo edifício, ou numa seção de um edifício, poderão ser instalados, desde que encerrados da seguinte forma: as paredes do compartimento que encerram o tanque deverão ser construídos de concreto armado, com espes- sura mínima de 0,15 m, ou de alvenaria, com espessura mínima de um tijolo. Tais paredes deverão ser construídas somente sobre concreto ou outro material resistente ao fogo e serão engas- tadas no piso. O compartimento deverá ter teto de concreto armado, com 0,12 m de espessura mí- nima, ou outro material de equivalenteresistência ao fogo. Onde o teto ou pavimento acima do compartimento for de concreto armado ou de outro material de equivalente resistência ao fogo, as paredes do compartimento poderão se estender à face superior do forro ou pavimento, engastando- se firmemente ao mesmo. Qualquer abertura deste compartimento possuirá porta corta-fogo ou outros dispositivos aprovados com soleiras herméticas a líquidos, com 0,15 m de altura e incombustível. Antes de se entrar em tais com- partimentos, para inspeção ou manutenção, deve- se providenciar uma forma de ventilação ade- quada e eficiente. d) Em edifícios de construção comum, a capacidade nominal, total, do tanque ou tanques, não pode ser superior a 40.000 L. Em edifícios resistentes ao fogo essa capacidade não deve ser superior a 60.000 L. Em qualquer edifício, em uma sala resistente ao fogo ou separada, vertical e horizon- talmente, dos outros andares, de forma aprovada, a capacidade nominal, total, dos tanques, não deve exceder a 200.000 L, com uma capaci- dade máxima individual, de cada tanque, de 100.000 L. 4.10.3 Os dispositivos de respiração, de enchimento e de medição deverão ser construídos de acordo com as exigências dos itens 4.9. 3, 4.9.4, 4.9.5 e 4.9.6. 4.10.4 Suporte dos tanques nos edifícios - Tanques de armazenamento, no interior de edifícios, deverão ser firmemente amarrados, a fim de que não venham a mover- se em qualquer direção. 4.10.5 Drenagem de tanques em edifícios - Tanques interno para armazenamento de líquidos inflamáveis deverão possuir drenos. Os drenos deverão ser instala- dos de forma a permitir declividade nunca inferior a 2,5%. Os drenos deverão ser instalados de forma a permitir rápido escoamento dos produtos.De nenhuma forma, os líquidos inflamáveis poderão atingir sistemas públicos de esgoto ou cursos d’ água, lagos ou mares. NB-98/1966 11 4.11 Ensaio dos tanques 4.11.1 Os tanques construídos de acordo com as normas da ABNT ou do API, aqui citadas, deverão ser ensaiados de acordo com as normas sob as quais forem construídos. 4.11.2 Exceção feita aos casos enquadrados no item 4.11.1, os demais tanques deverão passar pelo ensaio de impermeabilidade, antes de serem colocados em uso. Os tanques e suas conexões devem passar por ensaio hidrostático ou pneumático, a uma pressão não inferior a 1 ½ vezes a pressão máxima de trabalho. Esta pressão de ensaio, entretanto, não poderá ser inferior a 0,35 kg/cm2 nem superior a 0,7 kg/cm2, medidas no ponto mais alto do sistema, exceção feita aos casos do item 4.11.3, seguinte. 4.11.3 Quando as alturas da linha de enchimento e do tubo de respiração forem tais que, quando cheios de líquido, a pressão hidráulica estática destas colunas exceda 0,7 kg/cm2 , o tanque e suas tubulações deverão ser ensaiados a uma pressão igual à pressão estática da coluna de líquidos que possa ser imposta desta forma. 5 Armazenamento em recipientes fechados no interior de edifícios 5.1 Campo de aplicação 5.1.1 Este capítulo aplica-se ao armazenamento de líquidos inflamáveis, em tambores ou outros recipientes portáteis fechados, que não ultrapassem a capacidade individual de 250 L, no interior de edifícios. 5.1.2 Os líquidos com ponto de fulgor igual ou superior a 22,7oC (73oF), quando em tambores ou outros recipientes portáteis, fechados, que não ultrapassem a capacidade individual de 250 L, estão sujeitos aos requisitos deste capítulo, se armazenados em conjunto com líquidos de ponto de fulgor inferior a 22,7oC (73oF) ou com líquidos instáveis. 5.1.3 Este capítulo não se aplica ao armazenamento de recipientes fechados, em instalações industriais, depósitos de líquidos inflamáveis a granel, postos de reabastecimento ou refinarias. Estes casos serão tratados, separadamente, nos capítulos 8, 9, 10 e 12, respecti- vamente. 5.1.4 Este capítulo não se aplica a áreas onde se abrem recipientes, com a finalidade de distribuir, misturar ou manipular o conteúdo. O armazenamento de recipientes tais locais é tratado, separadamente, nos capítulos 8, 9, 10 e 12. 5.2 Projeto e construção de salas de armazenamento interno 5.2.1 Salas de armazenamento interno deverão obedecer às seguintes exigências, gerais, de construção: paredes, pisos e tetos construídos de material não combustível, com taxa de resistência ao fogo não inferior a duas horas. Aberturas para outras salas ou edifícios serão providas de soleiras ou rampas elevadas, à prova de passagem de líquido, feitas de material não combustível: as soleiras ou rampas terão, pelo menos 15 cm de altura, as portas deverão ser corta-fogo, do tipo aprovado, instaladas de maneira a fecharem, automaticamente, em caso de incêndio. Uma alternativa permissível, em substituição das soleiras ou rampas, são valetas abertas, cobertas com grades de aço e com escoamento para local seguro. Onde estejam expostas outras partes do edifício ou outras propriedades, as janelas deverão ser protegidas da maneira padronizada. Madeira com a espessura nominal, mínima, 2,5 cm poderá ser usada para prateleiras, estantes, almofadas de estiva, ripas para mata-junta, pisos e instalações similares. Deverá ser providenciada ventilação adequada, sendo preferida ventilação natural à ventilação mecânica. A calefação deve ser restringida às unidades de vapor de baixa pressão, ou água quente, ou elétrica aprovada para os Locais de Perigo da Classe I, previstos no National Electrical Code. 5.2.2 Equipamentos e fiação elétricos situados nas salas de armazenamento interno usadas para líquidos infla- máveis da Classe I, deverão ser aprovados para os Locais de Perigo da Classe I, Divisão 2, previstos no National Electrical Code. 5.2.3 Salas ou partes de edifícios, com características de construção equivalentes às que são exigidas para salas de armazenamento interno, poderão ser utilizadas para o armazenamento de líquidos inflamáveis, caso também não sejam utilizadas para qualquer outro armazena- mento ou operação, os quais, em combinação, criem maior perigo de incêndio. 5.2.4 As salas de armazenamento interno deverão ser localizadas de sorte a diminuirem os danos, em casos de explosão. 5.2.5 Onde for prático, as salas de armazenamento interno deverão ser equipadas com grandes respiradouros ou outro dispositivo que promova alívio para o exterior, em caso de fogo e explosão. 5.3 Compartimentos para armazenagem 5.3.1 Compartimentos para armazenagem deverão ser construídos com as seguintes exigências: o fundo, o teto, a porta e os lados do compartimento deverão ser de chapas metálicas de 1,3 mm de espessura (no 18), no mí- nimo, com paredes duplas, existindo entre elas uma ca- mada de ar de 4 cm de espessura. As juntas deverão ser rebitadas ou soldadas e impermeabilizadas por método eficiente. A porta deverá ser equipada com fechadura de 3 travas e permanecer fechada, quando não em uso. A soleira da porta deverá estar elevada, no mínimo, 5 cm sobre o fundo do compartimento. Quando for julgado ne- cessário, pela autoridade competente, os comparti- mentos deverão ser ventilados. O compartimento deverá ter um cartaz bem visível, com os seguintes dizeres “INFLAMÁVEL – PERIGO DE INCÊNDIO”. 12 NB-98/1966 5.3.2 Compartimentos para armazenagem poderão ser usados, quando se desejar guardar mais do que 40 L de líquidos inflamáveis, no interior de edifícios. Nenhum dos recipientes individuais, guardados no compartimento, deverá ter capacidade superior a 20L e não deverá ser armazenada quantidade maior do que 200 L, em qualquer compartimento. 5.4 Formas de armazenagem e suas limitações 5.4.1 Líquidos inflamáveis não deverão ser armazenados (inclusive para venda), nas proximidades de saídas, escadas ou áreas normalmente usadas para a saída ou passagem de pessoas. 5.4.2 O armazenamento de líquidos inflamáveis, em re- cipientes fechados, deverá obedecer a esta Norma. 5.4.3 Residências e prédios de apartamentos não contendo mais do que três unidades residenciais com ou sem garagem - Deverá ser proibido o armazenamento de qualquer líquido inflamável, salvo os líquidos com- bustíveis necessáriospara a manutenção ou operação de equipamentos domésticos, desde que a quantidade não exceda 40 litros. 5.4.4 Prédios de apartamentos contendo mais do que três unidades residenciais e hotéis - Deverá ser proibido o armazenamento de líquidos inflamáveis, exceto os necessários para a manutenção e operação dos equipa- mentos específicos do prédio. Este armazenamento de- verá ser feito em recipientes metálicos ou latões de se- gurança, guardados em compartimentos para armaze- namento ou recintos que não possuam portas que se comuniquem com partes do edifício usadas pelo público. 5.4.5 Áreas ocupadas por entidades educacionais e institucionais - O armazenamento limitar-se-á ao que for necessário para limpeza, demonstrações e serviços próprios de laboratório. Líquidos inflamáveis, nos laboratórios e em outros pontos de uso, deverão estar colocados em recipientes não recipientes não maiores que um litro ou em latões de segurança. Para quantidades maiores do que 40 L deve-se usar compartimentos para armazenagem. 5.4.6 Áreas ocupadas por estabelecimentos comerciais - Em salas ou áreas acessíveis ao público, o arma- zenamento será efetuado, em recipientes fechados, em quantidades limitadas ao necessário para exibição aos clientes e para clientes e para fins mercantis. Onde o estoque exceder de 650 L, dos quais não poderão ser mais do que 220 L de líquidos inflamáveis da Classe I, tal estoque deverá ser guardado em salas ou partes do edifício que cumpram as exigências de construção do item 5.2., exceto quando em lojas de varejo de um só pavimento, que ainda assim deverão ter paredes, pisos e tetos com resistência mínima contra fogo, não inferior a uma hora. 5.4.7 Armazéns gerais - O armazenamento de líquidos inflamáveis deverá ser feito de acordo com a Tabela 7, em salas resistentes ao fogo, construídas de acordo com os itens 5.2 e 5.4.8. Material não combustível, que não constitua risco para líquidos inflamáveis, poderá estar armazenado na mesma área. Nota: Os compartimentos de armazenagem deverão ser situados, preferivelmente, ao nível do solo. 5.4.8 Armazéns de líquidos inflamáveis - O armazena- mento deverá ser feito de acordo com a Tabela 7. Os armazéns deverão ser construídos de material não com- bustível, de acordo com o item 5.2. Caso o armazém es- teja situado a distância de 10 a 15 metros de um prédio ou limite da propriedade adjacente, na qual possa ser posteriormente feita uma construção, a parede contígua a esta propriedade deverá ser não combustível, sem interrupção, com resistência mínima contra fogo, de duas horas. Caso o armazém esteja situado a distância de 3 a 10metros de um prédio ou limite da propriedade adja- cente, na qual possa ser posteriormente feita uma cons- trução, a parede contígua a esta propriedade deverá ser sem interrupção, com resistência mínima contra fogo de três horas. Caso o armazém esteja situado a distância menor do que 3 metros do limite da propriedade adja- cente, na qual possa ser posteriormente feita uma cons- trução, a parede contígua deverá ser sem interrupção, com resistência mínima contra fogo de quatro horas. Em instalações particulares, as exigências de distância entre o armazém e outros edifícios poderão ser alteradas, à discrição da autoridade competente que exerce juris- dição. 5.5 Controle de incêndio 5.5.1 Dispositivos convenientes de combate a incêndio deverão estar à disposição, nos locais onde se armazena líquidos inflamáveis, de acordo com as recomendações do Instituto de Resseguros do Brasil ou do Corpo de Bombeiros Local. 5.5.2 Chamas abertas e descobertas, cigarros e outras fontes de ignição, não deverão ser permitidas nas salas de armazenamento de líquidos inflamáveis. 5.5.3 Materiais que reajam com a água, produzindo vapores inflamáveis, não deverão ser armazenados no mesmo recinto, com líquidos inflamáveis. 6 Armazenamento de recipientes fechados fora de edifícios 6.1 Campo de aplicação 6.1.1 Este capítulo aplica-se ao armazenamento de líquidos inflamáveis, em recipientes fechados, portáteis, cuja capacidade individual não exceda 250 L, fora de edifícios, em áreas usadas exclusivamente para tal fim. 6.1.2 Este capítulo não se aplica ao armazenamento de líquidos inflamáveis, em tambores ou recipientes fe- chados, portáteis, em instalações industriais ou depósitos que trabalham com material a granel, postos de rea- bastecimento e refinarias. Estas exigências são tratadas, separadamente, em capítulos posteriores. 6.2 Medidas básicas de segurança 6.2.1 Somente recipientes construídos de acordo com as especificações da Associação Brasileira de Normas Técnicas, ou, na ausência destas, de acordo com as especificações do ICC (Interstate Commeree Comission - EE.UU.), poderão ser armazenados ao ar livre. 6.2.2 Os recipientes não deverão ser armazenados ao ar livre, de maneira que possam contribuir para a propa- gação do fogo. NB-98/1966 13 6.2.3 O armazenamento de quantidades maiores do que 100 tambores de líquidos inflamáveis da Classe I deverá ser dividido em grupos, cada grupo com o limite máximo de 100 tambores localizados, pelo menos, a 20 m de distância de edifícios ou do limite mais próximo da propriedade adjacente e cada grupo de recipientes de- verá ser separado dos outros grupos por uma distância mínima de 15 m. O armazenamento de quantidades maiores do que 300 tambores de líquidos inflamáveis das Classes II e III deverá ser dividido em grupos, cada grupo com o limite máximo de 300 tambores, localizado, pelo menos, a 15 m de distância de edifícios ou do limite mais próximo da propriedade adjacente e cada grupo de tambores deverá ser separado dos outros grupos por uma distância mínima de 10 m. Estas distâncias poderão ser reduzidas, em 50%, caso exista um sistema de chuveiros automáticos (“sprinklers”) de água ou espuma, em conjunto com um sistema de drenagem para local distante, de forma a não constituir riscos para outras instalações ou para terceiros. 6.2.4 O local do armazenamento de recipientes será esco- lhido de tal maneira que se evite o escapamento do ma- terial drenado para outras áreas de armazenamento ou edifícios. A área de armazenamento deverá ser livre de vegetação e de outros materiais combustíveis. Deverão ser colocados cartazes de prevenção, proibindo o uso de cigarros e chamas abertas. 7 Tubulações, válvulas e conexões 7.1 As tubulações, válvulas e conexões para líquidos inflamáveis deverão ser projetadas para as pressões de serviço e para os esforços estruturais a que poderão ser submetidas. Deverão ser de aço ou outro material adequado para uso com o líquido a ser manipulado. Na ausência de normas brasileiras, as espessuras das paredes das tubulações deverão ser de acordo com o capítulo 3 da Norma Americana para tubulações de pressão (“American Standard Code for Pressure Pinping”) - ASA B-31.1.1959), exceto os tubos de aço-carbono que não deverão ser de espessura menor do que a espes- sura-padrão de parede relacionada na norma “American Standard for Wrought-Steel and Wrought-Iron Pipe” - ASA B-36.10-1950. Todas as junções e conexões rosqueadas deverão ser tornadas herméticas com lubrificante ou composto específico adequado. 7.2 Características da tubulação 7.2.1 Junções de tubulações não deverão ser usadas den- tro de edifícios. Elas deverão ser usadas fora de edifícios, acima ou abaixo do nível do solo. Quando usadas acima do solo, a tubulação deverá ser presa firmemente, a fim de evitar a desconexão das junções; ou o sistema deverá ser projetado de forma a impedir que qualquer derra- mamento resultante de possível desconexão das junções que venha a expor, indevidamente, pessoas, edifícios ou estruturas, e de forma que se possa controlar este derra- mamento por meio de válvulas de controle remoto. 7.2.2 Proteção contra corrosão - As tubulações para lí- quidos inflamáveis, acima da terra ou subterrâneas, de- verão ser pintadas ou, de outra maneira, protegidas contra a corrosão externa. 7.2.3 As tubulações deverão ser solidamente apoiadas e protegidas contra deformações e esforços excessivosresultantes da montagem, vibração, expansão ou con- tração das mesmas. 7.2.4 Os sistemas de tubulações deverão conter número suficiente de válvulas para a operação adequada do sistema e para a proteção da instalação. Os sistemas de tubulações em conexões com bombas deverão ter número suficiente de válvulas para o controle adequado do fluxo do líquido em operação normal e em caso de rupturas. As tubulações que servem para descarregar líquidos inflamáveis de equipamentos, tais como carros- tanques ou caminhões-tanques, para tanques de arma- zenamento acima do solo, através de bombas centrífugas, deverão ser munidas de válvulas de retenção, para proteção automática contra retorno do líquido. 8 Depósitos de líquidos inflamáveis e combustíveis 8.1 Armazenamento 8.1.1 Os líquidos inflamáveis da Classe I deverão ser armazenados em recipientes fechados ou em tanques de armazenamento acima do solo, fora de edifícios ou no subsolo, de acordo com o capítulo 4. 8.1.2 Os líquidos inflamáveis das Classes II e III deverão ser armazenados em recipientes ou em tanques, dentro de edifícios ou acima do solo, fora de edifícios, de acordo com o capítulo 4. 8.1.3 Recipientes de líquidos inflamáveis, quando empi- lhados uns sobre os outros, deverão ser separados, me- diante separadores, suficientes para prover estabilidade e evitar esforço excessivo nas paredes dos vasos. A altura do empilhamento deverá ser compatível com a esta- bilidade e a resistência dos recipientes. 8.2 Prédios 8.2.1 Os edifícios deverão ser construídos de material incombustível e de forma que as salas onde se manipula ou armazena líquidos inflamáveis cumpram as exigências municipais locais. Líquidos inflamáveis da Classe I não deverão ser armazenados nem manipulados, no interior de qualquer edifício que possua porão ou poço, nos quais possam entrar vapores inflamáveis, a menos que tal área possua sistema de ventilação que impeça o acúmulo de vapores inflamáveis. 8.2.2 Saídas de emergência - Salas onde se armazenam ou manipulam líquidos inflamáveis deverão possuir saídas de emergência construídas de maneira a evitar- se o aprisionamento dos ocupantes, em caso de incêndio. 8.2.2.1 Na ausência de normas brasileiras sobre as saídas de emergência, em locais dessa categoria, deverá ser obedecida a Norma NFPA - 101 - “Building Exits Code”. 8.2.3 As salas nas quais se armazenam ou manipulam líquidos inflamáveis da Classe I deverão ser aquecidas somente por meios que não constituam fontes de ignição, tais como vapor ou água quente. As salas que contenham dispositivos de aquecimento envolvendo fontes de ignição deverão ser localizadas e dispostas de modo a evitar a entrada ou o acúmulo de vapores inflamáveis. 14 NB-98/1966 8.2.4 Todas as salas, edifícios e compartimentos nos quais se armazenam ou manuseiam líquidos inflamáveis da Classe I, deverão possuir ventilação. O projeto do sistema de ventilação deverá considerar a densidade relati- vamente alta dos vapores. A ventilação poderá ser feita por aberturas adequadas, nas paredes externas, ao nível do piso. Nenhuma dessas aberturas poderá ser obstruída, a não ser por telas de malha grossa ou venezianas. Onde for impraticável a ventilação natural, deve ser provida a ventilação mecânica. 8.2.4.1 Na ausência de normas brasileiras sobre sistemas de ventilação, deve ser obedecida a Norma nº 91, “Standard for the Installation of Blower and Exhaust Systems”. 8.2.5 Enchimento e esvaziamento de recipientes - Reci- pientes contendo líquidos inflamáveis da Classe I ou da Classe II não deverão ser esvaziados ou enchidos, dentro de edifícios, exceto se forem tomadas providências para evitar o acúmulo de vapores inflamáveis. 8.3 Estações de carregamento de caminhões 8.3.1 As estações de carregamento para líquidos infla- máveis da Classe I ou de caminhões-tanques deverão estar separadas de tanques, armazéns e outras cons- truções e da linha de divisa da propriedade mais próxima, de 8 m medidos da posição mais próxima de qualquer bico de enchimento. Prédios para bombas ou para abrigo do pessoal do carregamento podem fazer parte de estação de carregamento. 8.3.2 Os seguintes tipos de estações de carregamento de caminhões deverão estar equipados contra faíscas eletrostáticas, durante o enchimento de caminhões; estações de carregamento de líquidos inflamáveis da Classe I, em bocais abertos de caminhões-tanques; estações de carregamento de líquidos inflamáveis das Classes II e III, em bocais abertos de caminhões-tanques que possam conter vapores de cargas anteriores de lí- quidos inflamáveis da Classe I. A proteção deverá con- sistir num fio metálico permanentemente ligado, eletri- camente, ao bico de carregamento ou a alguma parte da tubulação (se metálica) do mesmo bico de carregamento. A parte livre do fio deve ser provida de pegador ou dis- positivo similar, para ser convenientemente presa a algu- ma parte metálica do tanque de carga do caminhão. A conexão do fio deve ser completada, antes de se abrir o local de carregamento. Ela deve ser mantida no lugar, durante todo o enchimento e as tampas dos bocais de enchimento deverão ser firmemente fechadas, antes do fio ser desconectado, no tanque de carga. Nota: Correntes e fitas metálicas, anteriormente especificadas para os caminhões-tanques, para eliminar cargas estáticas, evidenciaram, pela experiência, ser ineficientes e sua eliminação é recomendada. 8.4 Estações de carregamento de vagões-tanque Líquidos inflamáveis da Classe I não poderão ser descarregados ou carregados de vagões-tanques, exceto se for prevista e usada proteção contra correntes elétricas parasitas; esta proteção deverá ser projetada e instalado de conformidade com as circulares da Association of American Railroads, nº 17-E, de 1 de agosto de 1947. 8.5 Enchimento de recipientes Líquidos inflamáveis da Classe I não deverão ser intro- duzidos em recipientes, sem que o bico e o recipiente estejam eletricamente conectados. Onde a base metálica, sobre a qual fica o recipiente, estiver eletricamente conectada com o bico de enchimento ou onde o bico de enchimento estiver ligado ao recipiente, durante as ope- rações de enchimento, por intermédio de um fio, poderão ser consideradas como cumpridas as recomendações deste parágrafo. 8.6 Equipamento elétrico Toda a fiação e todo o equipamento elétrico, incluindo motores e interruptores elétricos para bombas, operando com líquidos inflamáveis da Classe I ou localizados no caminho possível de vapores, deverão ser projetados e instalados de modo a não criar risco de ignição. 8.6.1 Na ausência de norma brasileira, o NEC provê informações sobre o projeto e instalação de equipamento elétrico em locais de risco. 8.7 Fontes de ignição Líquidos inflamáveis da Classe I não deverão ser manu- seados, retirados ou despejados, onde seus vapores infla- máveis possam atingir uma fonte de ignição. Fumar, de- verá ser proibido, exceto em locais seguros. Avisos de PROIBIDO FUMAR deverão ser colocados em locais de fácil visibilidade, onde houver perigo, normal, de presença de vapores inflamáveis. 8.8 Drenagem e remoção de resíduos Deverão ser tomadas medidas para impedir que, líquidos inflamáveis provenientes de derrames nos pontos de carga ou descarga, ou provenientes de drenagens, entrem em sistemas de esgotos ou drenagem públicos ou em cursos de águas naturais. As drenagens para estes esgotos ou cursos d’ água, deverão ser providas de caixas de separação ou outros meios aprovados que evitem entrada de líquidos inflamáveis. Óleos usados e líquidos inflamáveis não poderão ser lançados em esgotos, mas, deverão ser armazenados em tanques ou tambores her- méticos, fora dos prédios, até serem removidos do local. 8.9 Controle de incêndio Dispositivos de controle apropriados, como mangueiras ou extintores portáteis de incêndio, deverão estar disponíveis, nos locais onde possam ocorrer incêndios. Equipamento adicional para controle de incêndio poderá ser requerido, onde um tanque de capacidade individual maior que 180.000 L contiver líquido inflamávelda Clas- se I e onde existir risco não usual proveniente de pro- priedade adjacente. Este equipamento adicional de controle de incêndio deverá ser suficiente para extinguir incêndio no maior tanque. O projeto e a qualidade deste equipamento devem estar de acordo com as normas de engenharia aprovadas. Nota: Esta Norma não cobre projeto ou operação de cais de inflamáveis, encontrados em terminais de entregas a granel. Um guia para a regulamentação de cais de inflamável é publicado pela NFPA, sob o título “Suggested Ordinance for Petroleum Wharves”, NFPA nº 304-L e poderá ser consultado para as seções aplicáveis. N B -98/1966 15 Nota: Os números das colunas de total em litros representam o número de litros que podem ser armazenados por pilha e os números entre parênteses representam, respectivamente, o número de galões e o número de tambores de 55 galões correspondentes àquela quantidade, em litros. Os números, nas colunas de largura e altura, representa as larguras e as alturas da pilha e os números entre parênteses representam o número correspondente de tambores de 55 galões que, quando arrumados juntos, produzirão tal pilha. Tabela 7 - Arrumação de recipientes Classe Nível de Com aspersores ou equivalentes máximos por pilha Sem proteção de armazenagem líquido Total Largura Altura Largura das Total Largura Altura Largura das inflamável (L) passagens (L) passagens (galões) m m galões m m (tambores) Principais Laterais (tambores) Principais Laterais m m m m Nível do 10.000 2,44 1,83 2,40 1,50 2.500 1,22 0,91 2,40 2,10 I solo e (2640) (660) superiores (48) (4) (2) (12) (2) (1) Porões PROIBIDO PROIBIDO Nível do 20.000 2,44 1,83 2,40 1,20 5.000 1,22 0,91 2,40 1,50 II solo e (5289) (4) (2) (1320) (2) (1) superiores Porões PROIBIDO PROIBIDO III Nível do solo 42.000 3,63 0,9 sob 2,40 1,20 10.000 2,44 3,63 2,40 1,20 e superiores (11000) os pulveri- (2640) (200) (6) zadores (48) (4) (4) de Sprinkler Porões (21000) (5500) 2,44 2,72 2,40 1,20 PROIBIDO (100) (4) (3) 16 NB-98/1966 9 Postos de serviço 9.1 Localização Aparelhos que despejam líquidos inflamáveis da Classe I, em tanques de combustíveis de veículos motorizados, de propriedade do público, não deverão ser localizados em depósitos de liquidos inflamáveis, a não ser que, estejam separados desses depósitos por cerca ou alam- brado de material incombustível. 9.2 Construção geral Os prédios deverão ser construídos de maneira que as salas em que são manipulados ou armazenados líquidos inflamáveis cumpram com as exigências desta e de outras normas em vigor. Líquidos inflamáveis da Classe I não deverão ser armazenados ou manipulados no interior de prédio que possua porão ou poço no qual possam se acumular vapores inflamáveis, a não ser que tal área possua sistema de ventilação construído para evitar a acumulação de vapores inflamáveis na referida área. 9.3 Armazenamento e manipulação 9.3.1 Líquidos inflamáveis da Classe I deverão ser arma- zenados em recipientes fechados, ou em tanques enter- rados, ou em compartimentos especiais, isolados, de acordo com a descrição do item 9.4. 9.3.2 Líquidos inflamáveis das Classes II e III deverão ser armazenados em recipientes ou em tanques enterrados, ou em compartimentos especiais, isolados, de acordo com a descrição do item 9.4 ou de acordo com o item 5.3. 9.3.3 Tanques acima do solo, localizados em depósitos adjacentes, poderão ser ligados, por meio de tubulação, com os tanques subterrâneos do posto de serviço, desde que, em adição às válvulas, nos tanques acima do solo seja, também, instalada uma válvula que possa ser controlada pelo pessoal do posto de serviço. 9.3.4 As determinações dos itens 9.3.1 e 9.3.2 não proi- birão o uso temporário de tanques portáteis ou semi-por- táteis, em conexão com o despejamento de líquidos infla- máveis nos tanques de combustíveis de veículos moto- rizados ou de outro equipamento motorizado, em áreas normalmente não acessíveis ao público; tais instalações, entretanto, só poderão ser feitas com a permissão da autoridade competente. A permissão incluirá um limite definido de tempo. 9.4 Compartimentos especiais 9.4.1 Quando não for possível ou prática a instalação de tanques, de acordo com o item 4.9, devido às limitações da propriedade ou do edifício, os tanques de líquidos inflamáveis poderão ser instalados em edifícios, se encer- rados em compartimentos especiais e submetidos à apro- vação da autoridade competente. 9.4.2 O compartimento especial deverá ser substancial- mente impermeável a líquidos e hermético a vapores ou gases, sem aterro. Os lados, o topo e o fundo do compar- timento deverão ser de concreto armado, de espessura mínima de 15 cm, possuindo abertura de inspeção, somente no topo. As conexões dos tanques deverão ser construídas e instaladas de tal forma que nem líquidos possam escapar para dentro do compartimento. Deverão ser providenciados meios para que possa ser utilizado equipamento portátil que sirva para retirar quaisquer vapores que se possam acumular, em caso de vaza- mento. 9.4.3 Nos postos de serviço para veículos motorizados, instalados em locais de estacionamento, no nível do solo ou no subsolo, abaixo de grandes edifícios de uso co- mercial ou residencial, os tanques contendo líquidos infla- máveis da Classe I, instalados de acordo com o item 9.4.2, não deverão exceder de 20.000 L de capacidade individual ou 40.000 L de capacidadetotal. 9.5 Armazenamento no interior de edifícios 9.5.1 Exceto quando armazenado em tanques, de acordo com o item 9.4, não poderá ser armazenado ou mani- pulado nenhum líquido inflamável da Classe I, dentro do edifício do posto de serviço, exceto produtos enlatados, como P.ex.: fluido para limpeza recebido e revenido em recipientes metálicos inquebráveis e fechados, cada um com a capacidade máxima de até 4 L, ou em recipientes não metálicos aprovados, com capacidade máxima de 1 L cada um. Líquidos inflamáveis das Classes II e III, em recipientes fechados, poderão ser armazenados no interior dos edifícios de postos de serviço. Recipiente equipado com bomba aprovada, ou com torneira de fechamento automático, será considerado como recipi- ente fechado, mas somente para as finalidades de arma- zenamento. 9.5.2 Líquidos inflamáveis da Classe I não poderão ser despejados ou transferidos de um recipiente para outro, dentro do edifício do posto de serviço, excetuando-se líquidos inflamáveis anti-congelativos. Tais líquidos anti- congelativos poderão ser despejados em recintos do posto de serviço, contanto que os referidos recintos te- nham dispositivos de aquecimento aprovados para locais de risco e não exista neles chama aberta a uma altura inferior a 2,5 m acima do nível do solo. Áreas de postos de serviço que não sejam recintos reservados para lubri- ficação ou salas onde se transfiram ou despejem líquidos inflamáveis, poderão ser aquecidas de qualquer maneira convencional. 9.5.3 Os líquidos das Classes II e III poderão ser armaze- nados e manuseados no interior dos edifícios de postos de serviço, de recipientes aprovados, de capacidade individual não excedendo 250 L. 9.6 Rótulo 9.6.1 A venda de qualquer líquido das Classes I, II e III, em recipientes, só deverá ser feita se o recipiente possuir rótulo com o nome do produto nele contido. 9.7 Recipientes 9.7.1 Não deverá ser feita entrega de qualquer líquido inflamável da Classe I, em recipientes portáteis, salvo se o recipiente for de construção metálica sólida, possuir tampa hermética, rosqueada ou fechada com mola e possuir um bico ou outro dispositivo que permita que o líquido contido seja despejado, sem respingar. NB-98/1966 17 9.8 Sistema de carregamento 9.8.1 Localização As unidades de abastecimento de veículos motorizados, em postos de serviço, deverão ser localizados de tal forma que todas as partes do veículo que está sendo abastecido, estejam dentro dos limites do posto. 9.8.2 Localização interna Unidades de abastecimento, aprovadas, poderão ser localizadas no interior de oficinas de manutenção de veículos, desde que tenham sido submetidas à aprovação da autoridade competente. A área de abastecimento deverá ser separada das áreas de reparo de veículos, na forma julgada conveniente, pela autoridade competente. As unidades de abastecimento e suas tubulações deverão ser protegidas contra possíveis danos físicos provocados pelos veículos, montando-as em ilhas de concreto, e devem ser localizadas onde não possam ser atingidas por veículos desgovernados, descendo rampas ou ladeiras. A área de abastecimento deverá possuir sistema de ventilação forçada. Deverá ser instalado um interruptor claramente identificável e de fácil acesso, para desligar a corrente elétrica de todas as unidades de abasteci- mento, em caso de incêndio ou acidente danoso. Quando as unidades de abastecimento estiverem localizadas abaixo do nível do solo, toda a área das mesmas deve ser protegida por sistema de chuveiro ou de aspersores de água, aprovado. 9.9 Unidades de abastecimento 9.9.1 Os líquidos inflamáveis da Classe I deverão ser transferidos dos tanques, por meio de bombas fixas, projetadas de forma a possuir controle de fluxo e de forma a evitar vazamento ou descarga acidental. Líquidos infla- máveis da Classe I não deverão ser transferidos dos tanques por processos que submetem as paredes desses tanques a pressões superiores às pressões permissíveis de trabalho. Pressão por meio de ar ou gás não deverá ser usada. 9.9.2 Deverá ser instalado dispositivo suplementar, distante da unidade de abastecimento, pelo qual a fonte de corrente elétrica da unidade possa ser desligada, na eventualidade de incêndio ou outro acidente. 9.9.3 As unidades de abastecimento deverão ser do tipo aprovado pela autoridade competente. As unidades construídas de acordo com as especificações do DNIG (Departamento Nacional de Iluminação e Gás) serão consideradas como aprovadas. 9.9.4 Líquidos inflamáveis da Classe I não deverão ser descarregados de tambores, barris, ou recipientes similares, por meio de pressão. Dever-se-á usar, somente, bombas que succionem do topo do recipiente ou válvula do tipo de fechamento automático. 9.10 Sistemas de bombeamento remoto 9.10.1 Campo de aplicação Esta seção se aplica a sistemas de abastecimento de líquidos inflamáveis da Classe I, quando tais líquidos forem transferidos de um tanque subterrâneo para uma ou mais unidades de abastecimento, por meio de bombas localizadas distantes das mesmas unidades. 9.10.2 Bombas As bombas deverão ser projetadas ou equipadas de forma que o sistema não seja submetido a pressões su- periores à pressão de trabalho permissível. Bombas ins- taladas acima do nível normal do solo, fora de edifícios, deverão ser localizadas a distância não inferior a 3 m da linha de limite da propriedade adjacente e não inferior a 1,5 metros de qualquer entrada de edifício. Quando não for possível instalar as bombas em local externo a edifícios, elas poderão ser instaladas no seu interior, obe- decendo as especificações do item 9.8.2 ou item 9.10.3. As bombas deverão ser firmemente ancoradas e pro- tegidas contra possíveis danos físicos provocados por veículos. 9.10.3 Poços Poços para bombas ou tubulações de descargas ins- talados abaixo da superfície do solo deverão suportar os esforços externos a que possam ser submetidos, sem que danos às bombas ou às tubulações. O poço deverá ter largura apenas necessária para inspeção e ma- nutenção dos equipamentos e deverá possuir tampa com junta hermética. 9.11 Controle de segurança das unidades de abastecimento 9.11.1 Deverá ser instalado um controle, de forma a permitir que a bomba entre em funcionamento somente quando o bico de abastecimento for removido do seu suporte, na unidade de abastecimento e quando o comutador da unidade for acionado. Este controle deverá também des- ligar a bomba, quando todos os bicos de descarga forem novamente colocados no seus suportes. 9.11.2 Deverá haver meios, visíveis da área de operação, para indicar quando a bomba está funcionando. 9.11.3 Deverá ser instalado comutador claramente iden- tificável e acessível, a fim de cortar a corrente elétrica para os motores das bombas, quando necessário, em caso de incêndio ou acidente físico com uma das uni- dades de abastecimento. 9.11.4 Ensaio - Depois que a instalação for completada, incluindo qualquer pavimentação, a seção da tubulação de pressão entre a bomba e o bico de abastecimento da unidade de abastecimento deverá ser ensaiada, pelo menos durante 30 min, à pressão 1,5 vezes maior do que a pressão máxima de trabalho. Estas provas deverão ser repetidas cada cinco anos. 9.12 Unidade automática de abastecimento 9.12.1 É proibida a instalação e o uso de unidades de abastecimento acionadas por moeda ou dispositivos semelhantes, para líquidos inflamáveis da Classe I. 9.13 Bicos de abastecimento 9.13.1 Bicos manuais Líquidos inflamáveis da Classe I deverão ser despejados em tanques ou em outros recipientes, sempre por pes- soas qualificadas. É proibido o uso de qualquer dis- 18 NB-98/1966 positivo que permita que líquidos inflamáveis da Classe I sejam despejados quando a mão do operador for remo- vida da alavanca de acionamento do bico, exceto quando o bico for automático, em uso num posto de abaste- cimento instalado de acordo com as exigências do item 9.13.2. 9.13.2 Bicos automáticos com dispositivos de fechamento por ferrolho Em vez de manter-se o bico de abastecimento
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