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ATIVIDADE 3 - PLANEJAMENTO E ORGANIZAÇÃO DO TURISMO

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ATIVIDADE 3 – PLANEJAMENTO E ORGANIZAÇÃO DO TURISMO
“Para um desenvolvimento turístico eficaz, é necessário levar em consideração alguns pontos: conscientização turística; levantamento minucioso da oferta turística; conhecimento da demanda turística; e comercialização do produto turístico. Neste sentido, o desenvolvimento turístico está vinculado à existência de alguns fatores como: motivação; infraestrutura; segurança; saneamento básico; salubridade ambiental; divulgação; e legislação” (CASTELLI apud BISSOLI, 2000, p. 52).
BISSOLI, M. A. M. A. Planejamento turístico municipal com suporte em sistemas de informação. São Paulo: Futura, 2000.
Portanto, para o desenvolvimento turístico eficaz, é necessário fundamentar o planejamento turístico em dados atualizados, para que ocorra uma análise criteriosa da situação atual, ou seja, como está a localidade receptora em termos de infraestrutura, saneamento básico, recursos turísticos, segurança, aspectos ambientais, socioculturais e econômicos etc. A análise da situação atual reflete na assertividade do prognóstico e, consequentemente, nas ações planejadas que serão implementadas para alcançar o desenvolvimento turístico sustentável.
Considerando o exposto acima e os conteúdos abordados na disciplina, responda: o inventário turístico está vinculado às etapas do planejamento turístico? Como os dados atualizados do inventário turístico poderão embasar com mais assertividade a análise dos impactos negativos ou positivos da atividade turística? Para responder a essa questão, relembre as etapas do planejamento, o inventário turístico e os impactos do turismo.
RESPOSTA
O inventário turístico está sim vinculado ao planejamento turístico, é um parâmetro fundamental, para que se ocorra o planejamento turístico dentro área receptora, com a finalidade de oferecer de forma mais profissional e sustentável, as atrações turísticas da localidade receptora, na coleta detalhada e atualizada dos dados das atrações turísticas, promovida por uma equipe capacitada e altamente treinada com a participação da comunidade receptora. .
No caso do planejamento para a racionalização, o planejamento resultará em uma mudança quantitativa.
No planejamento para a mudança há uma mudança qualitativa, com modificação na estrutura.
Já no planejamento sem objeto a atividade do turismo é planejada e organizada de acordo com suas potencialidades, mas que inicialmente ainda não estava em andamento.
Além da classificação dos objetivos do planejamento, como planejadores turísticos devemos sempre manter o foco do que realmente fundamenta a nossa atuação, ou seja, “a finalidade do planejamento do território está diretamente relacionada à superação de problemas de toda ordem, particularmente à justiça social, e a melhoria da qualidade de vida”
As propriedades rurais e vinícolas estão encontrando no turismo uma fonte de renda que muitas vezes inicia-se como atividade secundária e, após algum tempo, a visitação turística torna-se intensa e acaba sendo a principal fonte, alterando o negócio e direcionamento mais investimentos para o setor. Uma vez que já definimos os objetivos do planejamento, precisamos, então, encontrar o modelo de planejamento turístico adequado à realidade da situação e de acordo com as necessidades e desejos dos envolvidos. Existe uma série de métodos e técnicas para a realização de um planejamento. Esses métodos e técnicas vão desde enfoques simples, que não requerem conhecimentos técnicos, até métodos e técnicas complexas, que podem implicar conhecimentos e fórmulas matemáticas complexas. Qualquer que sejam os métodos e técnicas utilizados, não se deve esquecer que são apenas instrumentos que orientam em direção às decisões corretas sobre planejamento.
Para Hall (2001), o método de planejamento turístico com abordagem baseada no fomento não conta com a participação da comunidade receptora no processo de planejamento ou de tomada de decisões e também não se atém aos impactos econômicos, sociais e ambientais que porventura o turismo possa provocar — negativamente — na localidade de destino
Quanto à abordagem econômica, por sua vez esse método de planejamento tem o turismo como uma ferramenta para obter o crescimento econômico e geração de empregos, atraindo investimentos, mas que ainda tem um foco limitado nos impactos negativos que o turismo pode provocar.
No método de planejamento turístico com abordagem físico-espacial podemos observar que o foco é o uso do solo e consequentemente há destaque para a capacidade limite do espaço, seja no aspecto social ou ambiental.
Na abordagem comunitária ocorre o envolvimento da comunidade receptora no que se refere à participação no processo de tomada de decisão.
Na abordagem sustentável é necessário que exista comprometimento com os princípios sustentáveis do turismo e que tanto o poder público quanto os envolvidos no turismo tenham suas ações alinhadas com os princípios do desenvolvimento sustentável.
O enfoque urbanístico teve sua influência nos processos de planejamento até a década de 1990. Esse modelo tinha o objetivo de captar divisas e gerar empregos, fomentando o desenvolvimento regional. Não apresentava preocupação com os impactos e aspectos socioculturais e ambientais.
O modelo com o enfoque do produto turístico exige que as etapas do processo tenham foco nos recursos turísticos e no fluxo de turistas, com análise e avaliação dos impactos socioeconômicos e efeitos ao meio ambiente, mas se restringe ao planejamento físico da localidade e não abrange os detalhes do planejamento da atividade turística em sua integralidade.
No enfoque econômico, além da geração de empregos e da busca de investimentos, ocorre a análise das oportunidades e ameaças, os pontos fortes e fracos, para que o planejador direcione as ações analisando os impactos, o custo benefício e as estratégias.
As características mais significativas do modelo de planejamento estratégico são: localizar recursos disponíveis para as ações importantes: identificar os pontos fortes e os pontos frágeis da empresa.
O inventário turístico é o levantamento de dados da oferta turística que cataloga e registra os atrativos turísticos, os equipamentos e serviços turísticos e também a infraestrutura de apoio ao turismo, que serve de base de informações para a análise do cenário atual e tomada de decisões para a elaboração do planejamento turístico. Durante a catalogação, ocorre a hierarquização dos atrativos turísticos de acordo com o grau de atratividade.
O inventário turístico é composto de duas partes — a primeira parte consiste em reunir dados geográficos, históricos, administrativos, legais, econômicos dos serviços públicos; todos esses dados são os aspectos gerais.
Na parte de aspectos específicos serão coletados dados sobre os recursos turísticos, os serviços de equipamentos turísticos, a infraestrutura de apoio ao turismo e todos os dados que tenham relação direta com o turismo.
Ruschmann (2006, p. 144) indica que a elaboração do inventário dos atrativos turísticos consiste em: efetuar consulta às fontes secundárias e a publicações eminentemente turísticas que fazem referência ao local, realizar o trabalho de campo, selecionar o material e informações recolhidas de acordo com sua importância e validade para o plano e selecionar e avaliar as alternativas de desenvolvimento para a atração.
Para a coleta de dados, é importante contar com uma equipe que esteja totalmente familiarizada com os aspectos e detalhes dos formulários e dos itens que serão questionados, ou seja, que esteja capacitada. Também é necessário contar com o apoio tecnológico para coleta, organização e arquivamento dos dados. A equipe deverá percorrer in loco a área pesquisada para coletar os dados e até mesmo atualizá-los. É um trabalho minucioso e, quanto mais informações, melhor será para alcançar êxito na próxima etapa, que é o diagnóstico.
Ruschmann (2006, p. 144) indica que a elaboração do inventário dos atrativos turísticos consiste em: efetuar consulta às fontes secundárias e a publicações eminentemente turísticasque fazem referência ao local, realizar o trabalho de campo, selecionar o material e informações recolhidas de acordo com sua importância e validade para o plano e selecionar e avaliar as alternativas de desenvolvimento para a atração.
Para a coleta de dados, é importante contar com uma equipe que esteja totalmente familiarizada com os aspectos e detalhes dos formulários e dos itens que serão questionados, ou seja, que esteja capacitada. Também é necessário contar com o apoio tecnológico para coleta, organização e arquivamento dos dados. A equipe deverá percorrer in loco a área pesquisada para coletar os dados e até mesmo atualizá-los. É um trabalho minucioso e, quanto mais informações, melhor será para alcançar êxito na próxima etapa, que é o diagnóstico.

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