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ATIVIDADE 1 - PLANEJAMENTO E ORGANIZAÇÃO DO TURISMO

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Planejamento e Organização do Turismo – Atividade 1
“Um aspecto a ser realçado e que se constitui numa de suas características é o fato de sempre existir um agente ou sujeito do planejamento, que tanto pode ser uma pessoa como um conjunto de pessoas, e que tem por função elaborar o plano e, muitas vezes, executá-lo. As implicações da existência do agente de planejamento são importantes, pois, como vimos, o ato de escolher os objetivos e ações necessárias para atingi-los dão a ele um formidável instrumento de poder, o que caracteriza essa atividade como eminentemente política pelas possibilidades de influenciar o destino das pessoas que são, de última instância, o objeto do planejamento” (DIAS, 2003, p. 93).
DIAS, R. Planejamento do Turismo: política e desenvolvimento do turismo no Brasil. São Paulo: Atlas, 2003.
Assim, é oportuno destacar que o planejador turístico está qualificado para elaborar os documentos de planejamento, com conhecimento técnico das etapas do planejamento do turismo, respeitando os princípios do processo e analisando o espaço e a abrangência de sua atuação.
Considerando o exposto anterior e os conteúdos abordados na disciplina, responda: atualmente, quais são as atividades e campos de atuação do profissional de turismo? Mencione ainda quais as habilidades e competências necessárias para alcançar o êxito na profissão. Para responder a essa questão, pesquise sobre a história do turismo e a atuação do profissional nessa atividade em completa expansão.
RESPOSTA
Este profissional do turismo tem uma gama de atividades para desempenhar no planejamento turístico, desde cumprir a coleta e análise dos dados quanto a implantação e o monitoramento de um plano ou projeto turístico.
O planejamento turístico pode ocorrer em um município, apenas em determinado bairro da cidade, em uma região, em um estado da federação ou em uma pousada rural, por exemplo.
Entre várias definições que existem, pode-se dizer que planejamento turístico é um processo que visa, a partir de uma situação dada, a orientar o desenvolvimento turístico de um empreendimento, local, região, município, estado ou país, tendo como meta alcançar objetivos propostos anteriormente ou durante a própria elaboração do planejamento (LOHMANN, 2012, p. 135).
Portanto, o planejamento turístico tem como foco o desenvolvimento sustentável de destinos turísticos e a organização de toda a sua infraestrutura para que possa receber os turistas com a prestação de serviços de qualidade, tendo mão de obra qualificada e observando todos os impactos produzidos pela atividade.
O planejamento turístico deve considerar todos os aspectos que possam interferir positiva ou negativamente na qualidade de vida da comunidade receptora. É preciso que alguns princípios sejam observados para o desenvolvimento do turismo.
Sancho (1998 apud BISSOLI, 2000) cita os seis princípios fundamentais:
· Evolução da percepção dos efeitos do turismo.
· Capacidade de carga.
· Importância do consenso da comunidade local.
· Participação da comunidade local.
· Conscientização dos turistas.
· Integração do elemento sociocultural no planejamento turístico.
O planejador turístico deve considerar esses princípios fundamentais, lembrando que as ações de planejamento devem buscar o desenvolvimento sustentável do turismo, contemplando ações estratégicas de conservação ambiental e sociocultural. Deve ocorrer uma participação integrada de todos os componentes da oferta turística, como, também, prezar pela participação de representantes legítimos da comunidade local no processo de planejamento. Lembrando, ainda, a importância do monitoramento, supervisão e avaliação durante todas as fases de desenvolvimento e operação do turismo, permitindo que sejam realizadas adequações ou alterações que beneficiem a população local.
Oliveira (2001, p. 169) destaca:
Antes de dar início a qualquer projeto principal, devem ser efetuadas análises de planejamento econômico, social e ambiental, dando uma especial atenção a diversos tipos de desenvolvimento do turismo e às formas como estas podem ser relacionar com as práticas atuais, formas de vida e questões ambientais.
Assim, o planejador turístico deve, sim, buscar sempre o desenvolvimento sustentável do turismo. Sabemos como podem existir pressões econômicas e políticas durante as etapas do planejamento turístico, buscando muitas vezes encurtar o processo. Mas é preciso manter o conhecimento técnico no desenvolvimento do planejamento turístico para que os princípios prevaleçam e que o turismo se desenvolva de maneira responsável e sustentável.
O planejador turístico deverá realizar atividades de caráter técnico, consultivo, administrativo e até mesmo político. Desempenhará tarefas necessárias que envolvam o processo de planejamento e a materialização dos documentos, como a elaboração do plano, orientação para elaboração dos projetos, coleta e tratamento dos dados e informações, coordenação das etapas do planejamento e o monitoramento e revisão do plano de ação.
O planejador turístico deve ter habilidades e competências para a condução técnica e consultiva do processo de planejamento e a elaboração do plano, do programa e dos projetos, mantendo-se sempre atualizado no que se refere às legislações que se relacionam com a atividade turística, buscando qualificar-se cada dia mais. Deve também conduzir os trabalhos sob os aspectos administrativos, como a gestão das ações, observando as ferramentas de gestão, emitindo relatórios, pareceres e planilhas de controle gerencial. No aspecto político, deve trabalhar proporcionando condições para a integração entre poder público e iniciativa privada, captando recursos financeiros e humanos necessários para cumprir todas as etapas do processo de planejamento.
Como características pessoais e profissionais, o planejador do turismo deve ter facilidade para trabalhar em equipe, em aprender novas tecnologias, em relacionamento interpessoal, ter clareza e objetividade na comunicação, ter conhecimento técnico para realizar todas as funções operacionais da atividade.
Assim, é muito vasto o campo de atuação. Ele pode atuar como funcionário público em uma diretoria ou secretaria municipal, implementando ações de gestão municipal para o desenvolvimento do turismo. Alguns municípios já contam com funcionários municipais que passaram por concurso público e que exigiam formação específica na área de Turismo. Pode, ainda, ser contratado para elaborar um projeto de revitalização de um parque aquático. Tanto na esfera pública ou privada existem atividades para o profissional do turismo. No setor privado, estes profissionais podem atuar em agências de viagens, no setor hoteleiro, transporte aéreo e rodoviário, no setor de alimentos e bebidas, nos atrativos turísticos, como, também, podem empreender. Outra excelente opção é se especializar em captação de recursos financeiros para projetos turísticos. Ter conhecimento técnico para elaborar propostas que estejam dentro dos parâmetros nacionais e internacionais para a captação de recursos financeiros governamentais ou de sistemas financeiros/empresas privadas e que destinam valores para promover o desenvolvimento socioeconômico de determinada localidade.
A Teoria de Sistemas considera que sistema é um conjunto de partes que se relacionam, que são dependentes umas das outras e que integradas formam um todo unitário. A partir desta visão de sistemas e do que o turismo abrange, podemos identificar os participantes da atividade turística, suas competências, a interdependência entre eles e os atributos de cada um dentro deste Sistema Turístico.
A configuração do Sistema Turístico considera que as partes são interdependentes entre si, de forma dinâmica e em movimento, que se unem, criando um ambiente que busca força e energia.
Na visão de Molina (1997, apud LOHMANN, 2012), as partes ou subsistemas que formam o sistema turístico, são as seguintes:
· a superestrutura: organizações do setor público e privado; leis, regulamentos, planos, programas;
· a demanda: turistas residentes no país e noestrangeiro;
· a infraestrutura: aeroportos, estradas, redes de água potável, esgoto, telefonia, etc.;
· os atrativos: naturais e culturais;
· o equipamento e as instalações: hotéis, motéis, campings, trailer parks, restaurantes, cafés, agências de viagens, piscinas e quadras de tênis, entre outros;
· a comunidade receptora: residentes locais ligados direta e indiretamente ao turismo.
O Sistema de Turismo (Sistur) mais conhecido é o proposto pelo professor Mário Carlos Beni, configurado como sistema aberto, pois influencia e é influenciado pelos sistemas que se relaciona.
· Conjunto das Relações Ambientais: composto dos subsistemas cultural, social, ambiental e econômico. Destaca a importância da economia, a cultura, o meio ambiente e a sociedade.
· Conjunto da Organização Estrutural: composto dos subsistemas da superestrutura e infraestrutura, tanto pública quanto privada, destacando na superestrutura: a política, as normas, as secretarias e conselhos da gestão pública. Na infraestrutura têm-se os serviços urbanos, como saneamento básico, transportes, comunicação, sistemas viários, uso do solo, água, coleta de lixo, estradas etc.
· Conjunto das Ações Operacionais: onde se dá a dinâmica do turismo, pois seus subsistemas são a oferta, demanda, mercado, produção e distribuição e consumo. Nesse conjunto, podemos contar com as unidades produtivas de bens e serviços, como restaurantes, hotéis etc.
Ao se estabelecer um paralelo com o Turismo, lembrando que o produto turístico é o resultado da soma de recursos naturais e culturais e serviços produzidos por uma pluralidade de empresas, algumas das quais operam a transformação da matéria-prima em produto acabado, enquanto outras oferecem seus bens e serviços já existentes, vai-se constatar que, como no exemplo anterior, a demanda é gerada pelos clientes potenciais, que estão dispostos a consumir o produto mediante a propaganda de seus atributos. Portanto, esses consumidores estão “fora” do sistema; na medida em que solicitarem esse produto, inserem-se no consumo, gerando a demanda que vai influenciar o funcionamento do sistema (BENI, 2007, p. 26).
Observamos, então, que o Sistema Turístico mostra a riqueza e a dinâmica das partes envolvidas, permitindo ao profissional do turismo uma visão geral com foco no que se relaciona direta ou indiretamente com a atividade turística e permite a verificação do equilíbrio entre oferta e demanda.
O turismo é uma atividade que tem contribuído fortemente para o desenvolvimento socioeconômico dos municípios e que tem uma característica ainda mais relevante que é o poder de redistribuição da renda, uma vez que gera o deslocamento de riqueza de localidades ricas, que geralmente são emissoras de turistas para diversas localidades receptoras, que por sua vez podem não deter um alto índice econômico.
Como o turismo necessita de mão de obra, abrindo oportunidades de trabalho e contribui para o desenvolvimento socioeconômico, muitos municípios, estados e países estão empenhados em apoiar cada vez mais as ações de planejamento e organização desta atividade.

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