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Indicação de realização dos exames A ausência ou diminuição dos MF pode significar comprometimento fetal Está indicada em gestantes de alto risco e, quando há a queixa de redução de MF, tem risco aumentado de morte fetal intraútero, crescimento uterino restrito e situação fetal não tranquilizadora Avaliação deve ser feita se movimentos fetais ausentes por 2 horas ou diminuids por 12 horas. É o registro da frequência cardíaca fetal e da atividade uterina Atividade uterina: o Número de contrações em janela de 10 minutos em um período de 30 minutos. o Avaliar: duração intensidade e relaxamento entre contrações. Linha de base: o Avaliada em janela de 2 minutos no traçado de 10 minutos, excluindo alterações periódicas (AT e desacelerações) o A FCF normal é entre 110 e 160 bpm. Normal: 5 ou menos contrações em 10 min. Taquissistola: >5 contrações em 10 min Gestações de alto risco Induções Líquido meconial Sangramento vaginal Bolsa rota Alterações da FCF na ausculta rotineira o A FCF é controlada por mecanismos intrínsecos do miocárdio, sistema nervoso autônomo (com o avançar da gestação, aumenta o sistema parassimpático também, diminuído a FCF) e fatores humorais (epinefrina e noraepinefrina). Taquicardia o Linha de base da FCF superior a 160 bpm o Até 180 bpm é moderada e > 180bpm é grave o Causas: hipertermia materna, ansiedade materna, tireotoxicose materna, diabete, infecção intrautero, hipoxemia fetal, drogas (atropina e salbutamol), arritmias fetais, estimulação fetal, atividade motora intensa, constitucional. Bradicardia: o FCF inferior a 100, sendo moderada quando entre 100-109bpm e grave quando < 100bpm o Causas: hipóxia, medicações (propranolol, anestésicos locais), arritmia fetal, hipocalemia. Variabilidade: o Alterações FCF batida a batida modulada pelo SNA. o Se apresentam como alterações na linha de base, irregularidades na amplitude e frequência. Sempre que diminuída deve ser valorizada. o Classificação: Ausente: amplitude não detectada Mínima ou silente: amplitude menor que 5bpm Diminuída: amplitude entre 6-10 bpm Normal: amplitude entre 11 e 25 bpm Aumentada: amplitude > 25 bpm o Causas: medicamentos (narcóticos, barbitúricos, anestésico locais, propranolol, sulfato de magnésio), bloqueio atrioventricular total, taquicardia atrial fetal. Variabilidade mínima: o Quando persistente está associada a redução do pH fetal. É associada ao comprometimento fetal se tiver taquicardia, bradicardia ou desaceleração. o Pode ser fisiológica pelo repouso fetal ou por depressão de mecanismos autonômicos reguladores ou defeitos na integração central. o Causas: hipóxia e acidose, prematuridade, repouso fisiológico fetal, drogas, arritmia fetal Variabilidade aumentada: o >25bpm o Relacionada a intensidade na atividade motora, arritmia fetal e hipoxemia. Padrão sinusoidal: o Variação em formato de onda na linha de base com frequência de 3 a 5 ciclos por minuto que persistem por 20 minutos ou mais. o Reflete anemia grave do feto. É encontrado em Rh-sensibilizados gravez, sendo necessária intervenção urgente. Se não tiver incompatibilidade de Rh, considerar infecções, insuficiência cardíaca fetal, hemoglobinopatias (talassemias), transfusão fetomaterna ou sangramento de vasa prévia. Investigar com anticorpos anti-Rh, teste Kleihauer-Betke Alterações periódicas Acelerações transitórias: o Aumentos abruptos da FCF com amplitude de pelo menos 15 bpm e duração de pelo menos 15 segundos, que levam menos de 2 minutos para retornar a linha de base. < 32 semanas: amplitude 10 batimentos e duração de 10 segundos. > 32 semanas: amplitude > ou = 15 batimentos e duração > ou = 15 segundos. AT prolongada: > 2 minutos e < 10 minutos de duração. o Sua presença indica bem-estar e sua ausência, depressão SNC, sono ou uso de barbitúricos. Desaceleração precoce: o Desacelerações bruscas da FCF, calculada a partir do início ao nadir da desaceleração, que coincide com o ápice da contração. o Costumam apresentar formato de “V” – pico coincidente com contração uterina. . o Causas: estimulo vagal secundário à hipertensão endocraniana pelas contrações. Desacelerações tardias: o Desacelerações graduais da FCF com amplitude negativa, não inferior a 15 bpm, com duração maior que 15 segundos e menor que 3 minutos, que iniciam depois da contração uterina. o Formato de “U”. o Resultado da redução do fluxo sanguíneo placentário que ocorre durante contração uterina em fetos com baixa reserva de oxigênio (insuficiência placentária). Desaceleração variável: o Desacelerações com amplitude negativa mínima de 15 bpm, com duração maior que 15 segundos, apresentando variação na forma e no aparecimento (antes, durante ou depois da contração). o Causadas pela obstrução temporária da circulação fetal. Desaceleração prolongada: o Queda na frequência cardíaca fetal de pelo menos 15 batimento e que dura 2 minutos ou mais. Queda maior ou igual a 15 batimentos de duração maior ou igual a 15 batimentos, coincidente com ápice da contração Queda maior ou igual a 15 batimentos, com duração maior ou igual a 15 segundos, iniciado após o ápice da contração o Pode significar hipóxia aguda por compressão ou prolapso de cordão, descolamento prematuro de placenta ou ruptura uterina. Também pode ser causado por analgesia peridural, toque vaginal ou hiperestimulção. o Tentar mudar de decúbito, parar infusão de ocitocina, hidratação materna e administração de oxigênio em máscara facial. Espicas: o Quedas bruscas FCF, > 15 bom, que duram menos de 15 segundos. Cardiotocografia Basal Anteparto (MAP): A base do MAP são as AT (acelerações transitórias) que ocorrem devido a movimentação fetal. Sua avaliação é através do ultrassom no dorso fetal preso com uma cinta elástica e outra no fundo uterino para detecção da atividade uterina. A movimentação é informada pela paciente que se encontra em decubito Lateral Esquerdo. A observação é feita por 20 minutos e consideramos reativos quando temos 2 Acelerações Treansitóriass, podemos prorrogar por mais 20 minutos até considerarmos o feto não reativo. Movimentação informada pela paciente. Feto ativo e reativo Reposta Fetal ao Estímulo Externo: • Glicose: em geral aumenta a atividade respiratória fetal, mas nenhum efeito na MF e ATs. • Luz: O feto responde com MF e ATS (amnioscopia), mas precisa de dilatação do colo. • Estímulo manual: De pouco valor • Estímulo vibroacústico: Provoca aumento na FCF, ATs e na MF e uma diminuição nos movimentos respiratórios. Classificação: Ecografia Primeiro trimestre: o Avaliação de risco cromossômico: aumenta com a idade materna, deve ser realizada entre 11 e 13s e 6d. Será avaliado medida da transluscência nucal (nl até 3mm) e presença de Categoria I • Linha de base entre 100 e 160 bpm. •Variabilidade normal. •desacelerações tardias ou variáveis ausentes •desacelerações precoces presentes ou ausentes •acelerações transitórias presentes ou ausentes • Eq. ácido-base normal, Apgar> ou = 7 Categoria II • Taquicardia • Bradicardia não acompanhada de variabilidade ausente • Variabilidade: mínima ou ausente não acompanhada de desacelerações recorrentes ou aumentada. •Acelerações transitórias ausentes depois de estimulação. •desacelerações periódicas ou episódicas: (1) variaveis acompanhadas de variabilidade mínima ou normal, (2) desacelerações prolongadas (+2min e - 10 min) ou (3) desacelerações tardias recorrentes com variabilidade normal ou (4) desacelerações com característica patológica Categoria III • Ausência de variabilidade em qualquer das seguntes alterações: • (1) desacelerações tardias recorrentes, (2) desacelerações variaveisrecorrentes, (3) bradicardia, (4) padrão sinusal • Equilíbrio ácido base anormal, podendo ter relação com administração de oxigênio, mudança de decúbito, retirada de ocitocina, tratamento de hipotensão materna e taquissistolia osso nasal (que em fetos normais está presente antes da 11ºsemana). Associa-se aos marcadores bioquímicos (fração beta do HCG livre e proteína plasmática-A). Segundo trimestre: o Avaliação morfológica: Deve ser realizada entre 20 e 24 semanas de gestação e entre 18- 20 semanas para as que não fizerem rastreamento de primeiro trimestre. Perfil Biofísico Fetal: o Sua indicação é de detectar a asfixia fetal. Escore: 2 para normal e 0 para anormal Indicações: RCIU, Isoimunização Rh, Diabetes mellitus, Rupreme (risco de infecção ovular), Lupus/síndrome antifosfolipídeo, Pós-datismo, Gestação gemelar, Oligodrâmnio Avalia: artérias uterinas (insuficiência placentária), artéria cerebral média (redistribuição do fluxo arterial com chance de desenvolver sofrimento fetal, desacelerações tarias e aumento na morbimortalidade), artérias umbilicais (aumento de mortalidade fetal e neonatal e risco de déficit neurológico por comprometimento de perfusão feto-placentária – CIUR, hipóxia e acidemia fetal) Referência: MARTINS-COSTA, Sérgio. Rotinas em Obstetrícia. 6 ed. Artmed, 2011 e alterações São observados: - Movimentos fetais - Movimentos respiratórios - Tônus fetal - Volume do líquido amniótico
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